Apresentação Para O Ps 10 08 09 X1

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Prefeitura Municipal de CampinasSecretaria Municipal de Educação

Departamento Pedagógico

Proposta Curricular da Educação Básica

Educação Infantil

Coordenadoras Pedagógicas de Educação Infantil

29/06/09

Estrutura do documento

- Introdução- Parte I – Quanto a Educação Infantil- Parte II – Quanto as linguagens- Parte III - VII – outras temáticas da

Educação Infantil- Conclusão- Bibliografia

Introdução

Neste documento intitulado “Proposta Curricular da Educação Básica – Educação Infantil” faz-se constar um acervo de considerações que vimos elaborando na última década a respeito da Educação Infantil, com ênfase em avançar o movimento do “Currículo em Construção” - 1998, as “Diretrizes Curriculares para o trabalho pedagógico com leitura e escrita na Educação Infantil” - 2008, bem como atender às exigências do tempo presente, das determinações legais pós Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN 9394/96, e ainda, explicitar e enfatizar a política educacional da Secretaria Municipal de Educação de Campinas - SME, na confluência do trabalho pedagógico hoje desenvolvido nas Unidades Educacionais de Educação Infantil do Município de Campinas. Assim esta proposta curricular traz em seu bojo um repertório teórico-prático anunciado, estudado, refletido e vivido por muitos educadores da Rede Municipal de Ensino de Campinas - RMEC, que desenvolvem o cotidiano do trabalho.

Busca-se avançar nas possibilidades criativas e inovadoras do trabalho educativo de forma a manter através do diálogo um caminho comum a todos os profissionais da educação Infantil, que implementam cada vez mais e melhor a escola de qualidade para todas as crianças, que é nossa meta e nossa responsabilidade profissional.

Sabe-se dos desafios que nos são impostos, porém se enfatiza as possibilidades demarcadas por dados da realidade experienciados no cotidiano. Utiliza-se na elaboração deste documento uma metodologia que envolve a fundamentação de forma objetiva em cada um dos itens do documento, alicerçada de dados de ações implementadas cotidianamente nas U.E.s da RMEC.

Nesta perspectiva entende-se ser possível subsidiar e divulgar o trabalho cotidiano daqueles que, na sua ação educativa planejada e intencional, recorram sistematicamente a este documento e que ainda, na mesma medida, produzam continuamente documentos pedagógicos que futuramente também comporão outros volumes sobre o Currículo da Educação Básica da RMEC. Desta forma é possível dar continuidade à produção pedagógica da Secretaria Municipal de Educação que em processo contínuo, viabilizará publicações nas quais outras práticas documentadas possam ganhar visibilidade no movimento curricular, em cadernos periódicos que sistematizem coletivamente nosso currículo vivido.

Com essa abordagem pretende-se referendar uma concepção de educação infantil que não seja focada em “brincar por brincar” e nem tampouco em uma “escolarização precoce”. Assim, elabora-se uma proposta educacional para a Educação Infantil que aponta a todos os educadores a oportunidade de se compreenderem em seu desenvolvimento profissional, de atuarem com intencionalidade numa prática pedagógica que favorece e compreende o brincar, da mesma forma que compreende e favorece práticas educativas organizadas com crianças que se constituem nas múltiplas linguagens, no mundo letrado, na cultura humana.

Parte I – Quanto a Educação Infantil

Apresenta pressupostos básicos para o trabalho com crianças pequenas:

→ Apresenta a Legislação considerada;→ Concepção de Educação Infantil: não preparatória, direito

de viver a infância, produção da cultura infantil;→ Relação educação infantil – ensino fundamental;→ Articulação cuidado e educação;→ Relação com as famílias: inserimento das crianças e no

próprio projeto pedagógico;→ Contribuição do trabalho com projetos com a qualidade na

educação infantil;

→ Registro e documentação do trabalho pedagógico como transparência do processo educativo;

→ Intencionalidade do trabalho pedagógico;→ Avaliação Institucional envolve a avaliação da

criança na relação desta com os conhecimentos, atitudes e valores;

→ Apropriação pelos educadores de seu próprio fazer cotidiano como objeto de estudo e pesquisa constante para a produção de conhecimento pedagógico;

Parte II - Quanto às Linguagens

“ as linguagens são passiveis de leitura e escrita própria”

“uma linguagem não se sobrepõe a outra”

“se compreender autora e produtora”

Linguagem Artística

Arte – dimensão viva no mundo / conviver com a produção artística da humanidade / produção

de arte / criatividade;Dança – desenho com o corpo / educar o corpo

lúdico e criativo;Música: sons / ruídos / presente nos diferentes

momentos do cotidiano;Teatro: envolve todas as formas de expressão

artísticas;

Linguagem oral, leitura e escrita→ Diretrizes Curriculares para o trabalho pedagógico com

leitura e escrita na Educação Infantil / 2008

→ Dimensões que fazem parte da formação humana: oralidade, leitura e escrita

→ Supera a instrumentalização da linguagem embora também a considere

→ Envolve uma escuta da fala da criança

→ Pressupõe o trabalho com todas as idades, inclusive os bebês

→ Entrecruza realidade e imaginário

Linguagem corporal e as questões de gênero

→ toda educação é educação do corpo;→ movimentos manifestam a linguagem do corpo;→ cultura inscreve marcas no corpo;→ relação entre homens e mulheres: construção

social histórica;→ adulto tem um papel na construção das

relações de gênero;→ planejamento de espaços e tempos para a

movimentação prazerosa do corpo.

Linguagem matemática

→ está inserida no mundo e no cotidiano educativo;

→ está dentro das outras linguagens;→ a preocupação não é a grafia dos números

mas a vivência com a resolução de problemas, com o raciocínio lógico, com as quantidades, com as formas;

→ trabalho significativo com números e quantidades;

Língua Estrangeira→ diferentes compreensões;→ foca o conhecimento de outra cultura, combatendo o

etnocentrismo;→ abordagem com respeito à diversidade cultural;→ necessidade de sólida formação teórica sobre a

lingua e seu ensino;→ trabalho com a oralidade, ludicidade, jogos e

cantigas;→ necessidade de pesquisa sobre o ensino nessa faixa

etária;→ grupos de estudos e pesquisas com profissionais de

U.E.s que desenvolvam o trabalho;→ a partir dos três anos.

Parte III - Quanto ao brincar na intencionalidade dos profissionais: a

ênfase no lúdico

→ brincar é direito da criança;→ brincadeiras são reveladoras e transformadoras de

cultura;→ produz marcas corporais e culturais;→ a brincadeira coloca a criança em relação com o mundo

da imaginação;→ na brincadeira a criança estabelece múltiplas relações

com o mundo, através de diferentes linguagens;→ o educador planeja espaços e tempos para a brincadeira

das crianças, participa junto com elas;→ brincar e todas as relações das brincadeiras são

constitutivos das crianças;

Parte IV - Diversidade Étnico-racial

→Lei 10.639/03 e Lei 11.645/08;→ vivência no espaço educativo amplia e intensifica as

relações humanas; vários modos de leitura do mundo;→ trabalho intencional com a vivência multi-étnica;→ temática é base para a formação da identidade;→ possibilitar questionamento crítico;→ necessidade de compreensão sobre os efeitos do

processo de socialização;→ ocorrência ainda hoje de práticas discriminatórias;→ formação específica de qualidade sobre a questão.

Parte V - Quanto à Educação Ambiental

→o olhar da criança está aberto para os detalhes do ambiente;

→ o mundo instiga a atitude e o olhar investigativo das crianças;

→ crianças investigam, observam, confrontam idéias, produzindo cultura;

→ dificuldade dos adultos em incorporar ações preservacionistas;

→ oportunizar as crianças observar, investigar, perguntar e compreender o mundo;

→ desenvolvimento de atitudes de respeito.

Parte VI - Quanto à Educação Alimentar -

→ no Projeto Pedagógico auto-servimento com objetivos claros;

→ diversidade da cultura alimentar; manifestação cultural;

→ parte integrante do currículo;→ espaços educativos organizados de forma

apropriada ; importantes no processo de conhecimento;

→ projetos específicos relacionados a diferentes culturas em diferentes tempos e lugares;

→ autonomia e convivência coletiva.

Parte VII - Quanto à Educação Especial

→ não há modelo único de atendimento às crianças;→ conceito de deficiência não está ligado apenas às

diferenças físicas ou sensoriais; o ambiente determinará o quanto a diferença se traduzirá em “deficit”, “falta” ou “deficiência”;

→ construção do sentido de pertencimento e sua identidade;

→ convivência cuidada para diferenças não se transformarem em desigualdades; inclusão e não desigualdade;

→ brincar organizador dos espaços e tempos em que se estabelecem as relações/interação;

→ atitude de escuta às crianças no cotidiano;→ papel ativo dos profissionais.

À guisa de Conclusão

Esse documento sintetiza dados do trabalho desenvolvido nas unidades educacionais da RMEC

publicizados em inúmeras situações. Muito se diferenciam entre si, aproximando-se mais ou

menos do que foi aqui apresentado, o que concretamente não esgota a riqueza, a diversidade,

as inovações e nem tampouco as dificuldades do trabalho. Entretanto, o movimento cotidiano

investigativo, consistente, documentado que se gerará nos grupos intencionalmente constituídos posteriormente, para a sistematização curricular, possibilita aproximações e novas sínteses a partir do que avança na prática e na teoria da educação

infantil. Tais grupos deverão envolver todos os segmentos e todos os NAEDs.

Desta forma pode-se elaborar currículo que promove qualidade. Os

indicadores que revelam a qualidade da educação infantil que se vivencia

para cada criança e suas famílias, em cada um dos agrupamentos, em cada

unidade educacional, podem ser elaborados no seu próprio âmbito de

forma participativa.

Há de se destacar, que o movimento de conquista da qualidade da Educação

Infantil, se dá na articulação das famílias e dos profissionais no atendimento dos direitos das crianças juntamente com a

mobilização geral por políticas públicas de grande alcance social.

Na medida em que todos os profissionais, com a participação das comunidades se

posicionarem e se virem neste movimento de sistematização curricular, tal

documento conquista credibilidade para estender sua viabilização naquilo que

possa representar avanços. Os aprofundamentos teóricos que se fazem

necessários serão conquistados no desenvolvimento profissional de todos em

formação continuada intencional.

Objetivamente, buscou-se dar visibilidade ao trabalho possível, não de forma abstraída da

teoria, porém o texto simples e direto foi a forma priorizada para que o diálogo, estabelecido com todos os que trabalham com as crianças e suas

famílias, se efetive neste movimento. Evidentemente em toda prática subjaz uma

teoria e o referencial deste documento consta de sua bibliografia.

Revela-se a diversidade da REDE. Certamente muitas temáticas pertinentes foram deixadas para momentos posteriores, que ainda devam

ser tratados no movimento curricular da SME, a que todos estão convocados.

Organização do trabalho nas escolas : de 10 a 14/08

- Programação oficial;- Leitura integral do documento por todos os

educadores;- Registro e síntese das discussões com as

diferentes opiniões;- Eleger relator e coordenador para as discussões;- Discutir cada um dos itens;- Entrega da síntese no dia 17/08 ao NAED aos

cuidados das Coordenadoras Pedagógicas.- Roteiro / questões - DEPE

Roteiro para discussão

A) O trabalho pedagógico focado no documento ora analisado engloba o trabalho realizado nesta unidade? Por quê?

B) Aproximem com relatos de práticas o que a unidade trabalha em termos de organização de espaço e tempo e os projetos desenvolvidos em relação às linguagens apresentadas no texto.

C) Relatem em que o trabalho da unidade educacional se distancia do que é tratado neste documento, explicitando as divergências com justificativas.

D) Contribuam especificamente com o Currículo da SME referindo-se a: . 1. O que obstaculiza o trabalho realizado na Unidade Educacional?. 2. O que proporciona que o trabalho educativo avance

qualitativamente?E) Posicionem-se acerca de cada tópico especifico do documento

“Proposta Curricular da Educação Básica – Educação Infantil 2009” e ao documento como um todo.

F) Quais outros tópicos podem compor o documento tendo em vista o trabalho educativo realizado?

H) Outras sugestões acerca do movimento curricular da SME.