Post on 26-Jul-2020
1
Comércio Internacional da Região Geográfica Intermediária Juiz de Fora
Esta é a sexta publicação da série de informativos que, em
edições mensais, apresenta os dados das exportações para cada
uma das 13 Regiões Geográficas Intermediárias (RGInt) de Minas
Gerais. Este informativo traz dados da RGInt Juiz de Fora1 (Mapa
1): valores nominais exportados, participação no total das
exportações do estado e estrutura da pauta, com destaque para
os principais itens comercializados. Apresentam-se os municípios
de maior participação nas exportações da região, seus
respectivos produtos transacionados e parceiros comerciais.
As informações são da plataforma Comex Stat do Ministério da
Economia. Os resultados regionalizados das exportações
constituem instrumental adicional para conhecer a diversidade
espacial da economia de Minas Gerais2.
Mapa 1: RGInt Juiz de Fora
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Elaboração própria.
A distribuição das exportações entre as
RGInt de Minas Gerais indicou 3,2% de
participação para a RGInt Juiz de Fora em
2019, a quarta menor do estado. A RGInt
Belo Horizonte apresentou 37%, a maior
participação, seguida por Uberaba
(12,7%), Varginha (10,9%) e Ipatinga
(10,1%). As RGInt Uberlândia e Patos de
Minas registraram, respectivamente, 5,9%
e 6%. Para as RGInt Divinópolis, Barbacena
e Pouso Alegre, a participação variou de
3,0% a 3,6%. As menores participações,
inferiores a 1%, foram das RGInt Teófilo
Otoni e Governador Valadares (Gráfico 1).
Gráfico 1: Participação relativa das RGInt nas exportações de Minas Gerais – 2019 (%)
Fonte: Fonte: Comex Stat/Elaboração própria.
1 A RGInt Juiz de Fora é composta por 146 municípios: Abre Campo, Acaiaca, Além Paraíba, Alto Caparaó, Alto Jequitibá ,Alvinópolis, Amparo do Serra, Andrelândia, Antônio Prado de Minas, Aracitaba, Arantina, Araponga, Argirita, Astolfo Dutra, Barão de Monte Alto, Barra Longa, Belmiro Braga, Bias Fortes, Bicas, Bocaina de Minas, Bom Jardim de Minas, Brás Pires, Caiana, Cajuri, Canaã, Caparaó, Caputira, Carangola, Cataguases, Chácara, Chalé, Chiador, Coimbra, Conceição de Ipanema, Coronel Pacheco, Descoberto, Diogo de Vasconcelos, Divinésia, Divino, Dom Silvério, Dona Eusébia, Dores do Turvo, Durandé, Ervália, Espera Feliz, Estrela Dalva, Eugenópolis, Ewbank da Câmara, Faria Lemos, Fervedouro, Goianá, Guaraciaba, Guarani, Guarará, Guidoval, Guiricema, Ipanema, Itamarati de Minas, Jequeri, Juiz de Fora, Lajinha, Laranjal, Leopoldina, Liberdade, Lima Duarte, Luisburgo, Manhuaçu, Manhumirim, Mar de Espanha, Maripá de Minas, Martins Soares, Matias Barbosa, Matipó, Mercês, Miradouro, Miraí, Muriaé, Mutum, Olaria, Oliveira Fortes, Oratórios, Orizânia, Paiva, Palma, Passa-Vinte, Patrocínio do Muriaé, Paula Cândido, Pedra Bonita, Pedra do Anta, Pedra Dourada, Pedro Teixeira, Pequeri, Piau, Piedade de Ponte Nova, Pirapetinga, Piraúba, Pocrane, Ponte Nova, Porto Firme, Presidente Bernardes, Recreio, Reduto, Rio Casca, Rio Doce, Rio Novo, Rio Pomba, Rio Preto, Rochedo de Minas, Rodeiro, Rosário da Limeira, Santa Bárbara do Monte Verde, Santa Cruz do Escalvado, Santa Margarida, Santana de Cataguases, Santana do Deserto, Santana do Manhuaçu, Santa Rita de Jacutinga, Santo Antônio do Aventureiro, Santo Antônio do Grama, Santos Dumont, São Francisco do Glória, São Geraldo, São João do Manhuaçu, São João Nepomuceno, São José do Mantimento, São Miguel do Anta, São Pedro dos Ferros, São Sebastião da Vargem Alegre, Sem-Peixe, Senador Cortes, Senador Firmino, Sericita, Silveirânia, Simão Pereira, Simonésia, Tabuleiro, Taparuba, Teixeiras, Tocantins, Tombos, Ubá, Urucânia, Viçosa, Vieiras, Visconde do Rio Branco e Volta Grande. 2 Os dados de comércio exterior por município referem-se ao domicílio fiscal da empresa que realizou a operação de exportação ou importação e não ao local onde se produziu a mercadoria. Dessa forma, os totais das exportações ou importações de uma unidade da Federação (UF) produtora divergem do somatório do total das exportações e ou importações de todos os municípios e/ou regiões geográficas localizados nessa UF produtora.
100,0
37,0
12,7 10,9 10,1 6,0 5,9 3,6 3,4 3,3 3,2 3,0 0,7 0,2
Min
as G
era
is
Bel
o H
ori
zon
te
Ub
erab
a
Var
gin
ha
Ipat
inga
Pat
os
de
Min
as
Ub
erlâ
nd
ia
Div
inó
po
lis
Bar
bac
ena
Mo
nte
s C
laro
s
Juíz
de
Fora
Po
uso
Ale
gre
Teó
filo
Oto
ni
Go
v. V
alad
are
s
v. 2 nº 6 20 julho 2020
Análise Insumo-Produto: Comércio
Internacional por Região
2
Gráfico 2: Exportações da RGInt de Juiz de Fora: valor (US$milhões) e participação relativa (%) nas exportações de Minas Gerais – 2010-2019
Fonte: Fonte: Comex Stat/Elaboração própria.
A série 2010 a 2019, referente à participação da RGInt Juiz
de Fora no total das exportações de Minas Gerais, pode
ser resumida em três ciclos. O primeiro, de 2010 a 2013,
foi decrescente. A maior variação negativa, de 3,3% em
2010 para 1,8% em 2011, refletiu a queda abrupta das
exportações de automóveis. O nível mais baixo, de 1,5%
em 2013, foi em virtude da retração das remessas de
silício e de zinco. O segundo ciclo refere-se a três anos de
recuperação, que atingiram o ponto máximo de 3,9% em
2016 em termos relativos, visto que, em termos nominais,
os R$ 834 milhões de 2016 foram menores que os R$ 965
milhões de valor exportado em 2011. Tal recuperação foi
promovida pelo crescimento simultâneo de itens
representativos da pauta (café, zinco, siderúrgicos) e pela
sinalização não concretizada de retomada dos
automóveis. O terceiro ciclo refere-se à estabilização em
torno de 3% nos anos subsequentes (Gráfico 2).
Produtos
O café apresentou as principais participações em quase toda série histórica da RGInt Juiz de Fora. Segunda maior produtora
estadual do grão, a região tem os principais cultivos nos municípios Manhuaçu, Matipó, Manhumirim e Espera Feliz. O café
representou 20,8% das exportações da RGInt em 2010. A valorização da cotação internacional elevou sobremaneira as
receitas de exportação do produto em 2011, dado que, para o volume, a variação foi sutil. Associado à retração do valor
relativo ao embarque de automóveis no mesmo ano, tal acréscimo elevou para 47,8% a sua participação nas exportações
da região. À exceção de 2017 e 2018, os anos subsequentes registraram acréscimos sucessivos em volume, que culminaram
em participações superiores a 60%, chegando a 67,8% em 2019. Em sentido oposto, o segmento de automóveis, que havia
registrado a maior participação por três anos consecutivos (35,7% em 2010), foi praticamente suprimido das exportações
locais a partir de 2011. Esse resultado refletiu a reestruturação da unidade local da Mercedes Benz, que passou a produzir
somente caminhões, com possível redirecionamento da comercialização (Gráficos 3.1 e 3.2).
Gráfico 3.1: Participação das exportações de café e de automóveis no valor das exportações da RGInt Juiz de Fora – 2010-2019 (%)
Gráfico 3.2: Exportações de café da RGInt Juiz de Fora– 2010-2019 - US$ milhões e mil toneladas
Fonte: Comex Stat/Elaboração própria.
Códigos e descrições do Sistema harmonizado SH2 e SH4 do MDIC: (1) Veículos automóveis, tratores, ciclos e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios (SH2 87). (2) Café, mesmo torrado ou descafeinado; cascas e películas de café; sucedâneos do café contendo café em qualquer proporção (SH4 901).
As exportações de produtos químicos inorgânicos vêm, principalmente, da produção de silício. A participação média do
produto nas exportações da RGInt Juiz de Fora foi de 15,9% entre 2010 e 2019.
96
5
67
8
54
7
46
1
63
5
60
7
83
4
75
2
71
6
75
3
3,3
1,8
1,5
2,2
2,8
3,9
3,1 3,0 3,2
-
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
-
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1.000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Par
tici
paç
ão R
gin
t Ju
iz d
e F
ora
/MG
(%
)
Exp
ort
açãõ
es
(US$
nm
ilhõ
es)
RGInt Juiz de Fora (US$milhões) RGInt Juiz de Fora/MG (%)
20,8
47,8 48,2
57,8
67,2 60,3
64,2 63,3 64,0 67,8
35,7
1,1 0,9 1,3 1,0 1,3 5,5
0,0 0,8 0,2
Café (1) Veículos automóveis (2)
72
,8
73
,4
75
,0
11
2,0
14
0,4
15
1,7
21
2,5
17
7,7
20
0,0
25
7,6
20
0,8
32
4,1
26
3,5
26
6,4
42
6,9
36
6,1
53
6,1
47
5,5
45
8,2
51
0,6
0
100
200
300
400
500
600
0
50
100
150
200
250
300
US$
milh
õe
s
Mil
ton
ela
das
mil toneladas US$ bilhões
3
As exportações de produtos siderúrgicos
da RGInt Juiz de Fora estão fortemente
associadas à produção da Arcelormittal. A
atividade tem enfrentado restrições
internas e externas devido ao excedente
mundial de oferta de aço, com efeito
compressor sobre os preços. O ponto
máximo de inflexão foi verificado em
2014, quando a participação nas
exportações da região caiu para 1,4% - 6.8
p.p. de decréscimo em relação à
participação de 8,2% em 2010. A
retomada a partir de 2015, que chegou a
10,6% em 2018 (a maior da série), foi
interrompida pela baixa acentuada em
2019, para 5,2%.
Gráfico 4: Participação das exportações de hidrogênio e gases raros; ferro fundido, ferro e aço; e zinco no total das exportações da RGInt Juiz de Fora – 2010-2019 (%)
Fonte: Comex Stat/Elaboração própria.
Códigos e descrições do Sistema harmonizado SH2 e SH4 do MDIC: (1) Produtos químicos inorgânicos; compostos inorgânicos ou orgânicos de metais preciosos, de elementos radioativos, de metais das terras raras ou de isótopos (SH2 28). (2) Ferro fundido, ferro e aço e suas obras (SH2 72 e 73). (3) Zinco em formas brutas (SH4 7901).
Gráfico 5: Exportações de zinco em forma bruta – Minas Gerais, RGInt Belo Horizonte e RGInt Juiz de Fora – 2010-2019 (mil toneladas)
Fonte: Comex Stat/Elaboração própria.
Depois de avançar de 7,9% em 2010 para
14,4% em 2011, a participação das
exportações de zinco da RGInt de Juiz de Fora
no total das exportações estaduais teve um
grande decréscimo nos anos seguintes
(Gráfico 4). A contração do volume exportado
pela região seguiu a tendência de declínio
observada para o total estadual das
exportações do produto. A recuperação em
2015 e 2016 foi proporcionada pelo
crescimento das aquisições da África do Sul e
Argentina, porém, interrompida a partir de
2017 pelo aumento contínuo das exportações
da RGInt Belo Horizonte (município Três
Marias), em detrimento das exportações
locais (Gráfico 5).
Os tecidos de algodão perfizeram 2,8% das
exportações da RGInt Juiz de Fora em 2010 e 4,1%
no ano seguinte. A partir de então, verificou-se um
declínio sucessivo, simultaneamente ao
crescimento das exportações de outras RGInt, como
Divinópolis e Montes Claros. Sem grandes
oscilações no valor nominal das receitas de
exportação, o setor de instrumentos para medicina
registrou participação média de 2,4% entre 2010 e
2019.
Incialmente compostas apenas por aves, as
exportações de carnes da RGInt incluíram o
segmento de suínos a partir de 2015. O ano de 2013,
maior da série em participação (4,2%) e também em
valor (US$19,3 milhões), foi impulsionado pelos
preços e pela demanda, especialmente da Rússia e
do Japão (Gráfico 6).
Gráfico 6: Participação das exportações de algodão, carnes e instrumentos e aparelhos médicos no total das exportações da RGInt Juiz de Fora – 2010-2019 (%)
Fonte: Comex Stat/Elaboração própria. Códigos e descrições do Sistema harmonizado SH2 e SH4 do MDIC: (1) Algodão (SH2 52). (2) Carnes e miudezas, comestíveis (SH2 2). (3) Instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia, odontologia e veterinária, incluídos os aparelhos de cintilografia e outros aparelhos electromédicos, bem como os aparelhos para testes visuais (SH4 9018).
15,7 18,0 21,0 16,5 14,6 18,1
13,4 13,1 14,5 14,2
8,2
3,2 2,7
3,1
1,4 2,7 4,0
8,9 10,6 5,2 7,9
14,4 10,6
2,7
3,5 7,9 7,1
6,3 1,2 1,9
Produtos químicos inorgânicos (1)
Ferro fundido, ferro e aço e suas obras (2)
Zinco em formas brutas (3)
80
,1 9
2,4
60
,0
28
,5
25
,4
55
,9
77
,2
77
,5
81
,2
86
,2
38
,6
44
,9
28
,5
21
,9
15
,1
31
,7
49
,3 58
,6
78
,7
80
,5
41
,4
47
,5
31
,4
6,7
10
,4
24
,2
27
,9
16
,9
2,4
5,7
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Minas Gerais REGInt Belo Horizonte RGInt Juíz de Fora
2,8
4,1 3,8
3,4
2,2 1,7
1,2 1,2 1,2
2,0 2,3
2,4
1,9
4,2
2,4
1,5
1,3
1,8
2,1 2,6
1,7
2,6
3,3
3,4 2,7 2,7
1,3 1,9 2,1
2,0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Algodão (1)Carnes (2)Instrumentos e aparelhos para medicina (3)
4
Tecnologia
De acordo com a classificação da Organização
para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE)3, 68,1% das exportações
da RGInt Juiz de Fora, representados pelo
café, foram de baixa intensidade tecnológica.
A categoria de média-baixa tecnologia, com
6,0%, contemplou as carnes e o algodão. Os
produtos de média intensidade tecnológica
representaram 8,3% e incluíram produtos
siderúrgicos e zinco primário. Os produtos de
maior conteúdo tecnológico corresponderam
a 17,5% da pauta, 2,3% tendo sido de alta,
representados pelos instrumentos e
aparelhos para medicina, e 15,3%, de média-
alta tecnologia, correspondentes ao silício e
uma pequena parte em equipamentos
mecânicos e veículos (Gráfico 7).
Gráfico 7: Exportações, segundo o grau de intensidade tecnológica -RGInt Juiz de Fora –2019 (%)
Fonte: Comex Stat, OECD. Elaboração própria.
Ao se considerar a participação dos itens exportados da RGInt Juiz de Fora no total das exportações mineiras dos mesmos
itens em 2019, evidenciaram-se os instrumentos para medicina, que perfizeram US$14,9 milhões, o equivalente a 84,1%
do correspondente estadual de US$17,7 milhões. Também se destacaram o silício, do grupo de químicos inorgânicos
(18,8%); o algodão (14,6%) e o café, que equivaleu 14,3%. O zinco primário correspondeu a 6,5%; as carnes, a 2,1%; os
produtos siderúrgicos, a 0,9% (Gráficos 8.1 e 8.2).
Gráfico 8.1: Principais produtos exportados pela RGInt Juiz de Fora – 2019 (US$ milhões)
Grafico 8.2: Participação dos principais produtos exportados pela RGInt Juiz de Fora nas exportações de Minas Gerais dos mesmos produtos – 2019 (US$) (%)
Fonte: Comex Stat/Elaboração própria. Códigos e descrições do Sistema harmonizado SH2 e SH4 do MDIC: (1) Café, mesmo torrado ou descafeinado; cascas e películas de café; sucedâneos do café contendo café em qualquer proporção (SH4 901). (2) Produtos químicos inorgânicos; compostos inorgânicos ou orgânicos de metais preciosos, de elementos radioativos, de metais das terras raras ou de isótopos (SH2 28). (3) Ferro fundido, ferro e aço e suas obras (SH2 72 e 73). (4) Carnes e miudezas, comestíveis (SH2 2). (5) Algodão (SH2 52). (6) Instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia, odontologia e veterinária, incluídos os aparelhos de cintilografia e outros aparelhos electromédicos, bem como os aparelhos para testes visuais (SH4 9018). (7) Zinco em formas brutas (SH4 7901).
3 A metodologia do MDIC abrange apenas os produtos classificados na indústria da transformação. A classificação utilizada neste informativo baseia-se na metodologia da OCDE de 2016, que inclui produtos manufaturados e não manufaturados, divididos em cinco categorias tecnológicas: baixa, média-baixa, média, média-alta e alta. Ver metodologia completa em https://pdfs.semanticscholar.org/70bf/6f27b38212e160c6de5d5ceefdd59e210cc8.pdf?_ga=2.160656699.760985388.1584364112-1342030009.1584364112.
alta tecnologia; 2,3
média-alta tecnologia; 15,3
média tecnologia; 8,3
média-baixa tecnologia; 6,0
baixa tecnologia; 68,1
14,4
14,9
15,2
19,6
39,2
106,6
510,6
Zinco em formas brutas (7)
Instrumentos e aparelhos paramedicina (6)
Algodão (5)
Carnes (4)
Ferro fundido, ferro e aço e suasobras (3)
Produtos químicos inorgânicos (2)
Café (1)
RGInt Juiz de Fora (US$ milhões)
6,5
84,1
14,6
2,1
0,9
18,8
14,3
Zinco em formas brutas (7)
Instrumentos e aparelhos paramedicina (6)
Algodão (5)
Carnes (4)
Ferro fundido, ferro e aço e suasobras (3)
Produtos químicos inorgânicos(2)
Café (1)
RGInt Juiz de Fora/MG (%)
5
Municípios
Manhuaçu foi o principal município exportador da RGInt Juiz de Fora em 2019, com participação de 33,1%. Além da
participação predominante do café (96,8%), houve uma pequena participação do algodão (3,2%).
Matipó, Manhumirim e Espera Feliz - respectivamente, 16,8%, 11,9% e 6,6% da região – exportaram exclusivamente café.
Santos Dumont exportou silício, o equivalente a 14,1% das exportações totais da RGInt. O produto é proveniente da
unidade local da americana, Dow Chemical.
Juiz de Fora respondeu por 10% das exportações da região e possui uma pauta concentrada no segmento metalúrgico, que
totalizou 71%. A maior parte (51,9%) correspondeu a produtos siderúrgicos, provenientes da unidade metalúrgica da Anglo
Ferrous Resources. O restante, 19,1%, refere-se à metalurgia do zinco, da Nexa Resources (antiga Votorantim Metais).
Os equipamentos médicos, 19,8% do total, foram relativos à unidade industrial da Becton e Dickinson. Uma pequena
parcela (3,1%) foi referente à extração de minérios de metais preciosos; 2,4% foram relativos a obras de asfalto; e 1,3%,
referente a medicamentos.
A participação do município Cataguases, 1,8% da RGInt,
teve a maior parte (58,3%) constituída por têxteis, que
têm origem da produção da Companhia Industrial
Cataguases. Os tecidos de algodão foram 54,9%; os
sintéticos, 3,4%. Também representativo nas
exportações da região (29,8%), o setor de
equipamentos e instrumentos mecânicos pode estar
associado à Energisa Soluções, que produz
equipamentos mecânicos de médio e de grande porte.
O município Visconde do Rio Branco representou 1,5%.
A maior parte (91,3%) foi constituída por carne de aves
relativa à produção da unidade da Pif Paf Alimentos.
Outros 5,5% foram referentes a sucos e derivados de
frutas associados a indústrias locais de sucos como a
Tiau e a Le Verger (Minasfuit). Também houve registro
de remessas de extrato de malte e de água mineral.
Com participação de 1,3%, Ponte Nova teve 98,2% das
suas exportações compostas por alimentos, 90,5% dos
quais relativos a carne suína (Gráfico 9).
Gráfico 9: Participação relativa dos principais municípios exportadores da RGInt Juiz de Fora – 2019 (%)
Fonte: Comex Stat/Elaboração própria.
Parceiros comerciais
Em 2019, as exportações da RGInt Juiz de Fora tiveram participação de 20,6% dos Estados Unidos: 63,4% relativos a café;
29,1%, a silício; 5,2%, a instrumentos para medicina.
A participação de 11,2% da Alemanha foi predominantemente referente a compras de café (99,6% do total). Para o Japão
(10,6% do total), a região exportou a maior parte em café (95,8%), seguida de carnes de aves (3,1%). As exportações para
o Reino Unido representaram 9%, distribuídas entre silício (90,4%) e café (9,5%).
A Turquia representou 5%, com exportações compostas majoritariamente por café (97,8%). O algodão teve participação
de 1,9%.
As exportações para a Itália e Bélgica, respectivamente, 3,8% e 3,3% do total da região, tiveram participação preponderante
do café: respectivamente, 98,9% e 99,6%. Além do café, houve uma pequena parcela (1,1%) de equipamentos mecânicos
para a Itália.
3,0
1,3
1,5
1,8
6,6
10,0
11,9
14,1
16,8
33,1
Demaismunicípios
Ponte Nova
Visconde do RioBranco
Cataguases
Espera Feliz
Juiz de Fora
Manhumirim
Santos Dumont
Matipó
Manhuaçu
6
A participação de 2,9% da Colômbia teve uma composição bastante diversificada: produtos siderúrgicos (42,5%), café
(25,5%), papéis (18,6%), algodão (5,5%), obras de asfalto (3,5%), equipamentos mecânicos (1,6%) e preparações
alimentícias (1,3%).
O café foi predominante nas exportações para a Grécia e Eslovênia, ambas com participação individual de 2,3%. Para a
Espanha, que representou 2% das exportações locais, a pauta distribuiu-se em café (60,2%) e instrumentos para medicina
(38,5%).
Com participações inferiores a
2%, outros países perfizeram
26,9%. Nesse conjunto estão as
exportações de zinco para os
Emirados Árabes, África do Sul e
Malásia, a maior parte das de
exportações de carnes, que
foram para a Cingapura, China e
Geórgia, também a maioria das
exportações de algodão
(Bangladesh, Argentina e
Vietnã), parcela expressiva das
remessas de café (23,2% do total
da região distribuídos em 54
países) e as de produtos
siderúrgicos (Peru, Equador,
Suíça e Chile) (Gráfico 10).
Gráfico 10: Participação relativa dos principais países de destino das exportações da RGInt Juiz de Fora - 2019 (%)
Fonte: Fonte: Comex Stat/Elaboração própria.
Conclusões
Apesar da concentração elevada em café, a pauta de exportações da RGInt Juiz de Fora é bastante diversificada. Inclui
desde bens primários até produtos de alta tecnologia. Também se observa grande variedade de destinos, cerca de 40% em
2019 distribuídos entre países com participações inferiores a 5%. Espacialmente, entretanto, mais de 90% das exportações
tiveram origem em apenas seis dos 146 municípios da região.
A interrupção das remessas de automóveis a partir de 2011 - em virtude da reorientação estratégica de produção da
Mercedes Benz – alterou fortemente o valor exportado e devolveu ao café o protagonismo regional. O incremento então
proporcionado pela valorização internacional do grão, entretanto, foi mais que neutralizado pelas pressões contracionistas
do segmento metalúrgico, intensamente afetado pela excessiva oferta mundial de aço. A recuperação conjunta dos
produtos siderúrgicos e do fortalecimento do café na região resultaram, em 2016, no maior valor da série desde 2010 e
determinaram a relativa estabilidade até 2019.
Estados Unidos; 20,6
Alemanha; 11,2
Japão; 10,6
Reino Unido; 9,0 Turquia; 5,0
Itália; 3,8
Bélgica; 3,3
Colômbia; 2,9
Grécia; 2,3
Eslovênia; 2,3
Espanha; 2,0
Demais países; 26,9
7
Expediente
FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO
Presidente Helger Marra Lopes
Vice-presidente Monica Moreira Esteves Bernardi
DIRETORIA DE ESTATÍSTICA E INFORMAÇÕES Diretora
Eleonora Cruz Santos
Diretor-Adjunto Renato Vale Santos
Coordenação de Análise Insumo-Produto Carla Cristina Aguilar de Souza
Equipe Técnica Carla Cristina Aguilar de Souza
Lúcio Otávio Seixas Barbosa Marco Paulo Vianna Franco
Maria Aparecida Sales Souza Santos Rafael Pereira Prestes (estagiário)
Revisão Renato Vale Santos
Diagramação Lívia Cristina Rosa Cruz
Arte Gráfica Bárbara Andrade
Informações para imprensa
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Telefone: (31) 3448-9580 / 3448-9588 E-mail: comunicacao@fjp.mg.gov.br
Alameda das Acácias, 70, bairro São Luiz, Pampulha. CEP: 31275-150, Belo Horizonte, Minas Gerais
COORDENAÇÃO DE ANÁLISE INSUMO-PRODUTO carla.aguilar@fjp.mg.gov.br