Análise de cenários econômicos

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Conteúdo ProgramáticoObjetivo da disciplina

Capacitar os profissionais a analisar, interpretar e compreender o cenário econômico.

Conteúdo programático

Tópicos Principais

a) Introdução: métodos de análise de cenários econômicos;

b) Importância da construção de cenários no planejamento;

c) Aplicação prática de análise de cenários econômicos.

Metodologia

• Aula expositiva e aplicação de estudos de casos sobre o tema para aferição de aprendizagem.

• O processo de avaliação dar-se-á por meio de estudos dirigidos (casos reais) em classe.

Avaliação

Bibliografia

SOUZA, H. J. (Betinho). Como se faz análise de conjuntura. 26ª ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2005.

FEIJÓ, C.A. et al. Para Entender a Conjuntura Econômica. São Paulo: Manole, 2007.

GONÇALVES, R.R. et al. Cenários econômicos e tendências. Rio de Janeiro: FGV, 2011.

Currículo Resumido do Docente

Mauri da Silva

Formação• Doutor em Ciências Sociais - Unesp Marília;• Professor Assistente da FATEC Ourinhos desde

2008;• Professor Titular das Faculdade Integradas de

Ourinhos – FIO desde 2005;

Análise de cenário: ideia-força Descrição coerente da situação futura de um ambiente econômico. Construído a partir de indicadores:

• sociais;• econômicos;• políticos;• jurídicos e ideológicos;

Os eventos ocorrem: • lugar e tempo determinado

Análise do Futuro 3 certezas sobre o futuro

• Morte, Impostos e as mudanças.

Prevendo mudanças

a) Risco: quando existem dados ou informações permitem estimar a probabilidade de eventos futuros;

b) Incertezas estruturais: quando o evento único, a probabilidade não pode ser estimada pela inexistência de dados prévios;

c) Desconhecido: não é possível imaginar o evento.

UTILIDADE Fornecer uma visão consistente da estrutura de um setor econômico (agronegócio, indústria, serviços) (PORTER, 1992).

Ferramenta “para melhorar o processo decisório, com base no estudo de possíveis ambientes futuros (SCHOEMAKER & HIJDEN, 1992).

Ferramenta para “ajudar a ter uma visão de longo prazo em um mundo de grandes incertezas” (SCHWARTZ, 1996).

Processo de análise de cenários1. Definir o objetivo de análise (o que analisar) e

finalidade (onde se quer chegar);2. Identificar os principais atores envolvidos na análise;3. Identificar as tendências básicas: política, econômica,

social e tecnológica: Positiva Negativa Incerta

4. Identificar as incertezas;5. Construção do cenário inicial.

MÉTODO DE ANÁLISE ECONÔMICA

O método de análise depende da “lente” utilizada para se enxergar o objeto a ser analisado: “visão de mundo”.Visão liberal (ortodoxa): acreditam que o livre mercado é o

melhor meio para se alcançar a prosperidade econômica, e entendem que o Estado deva intervir o mínimo possível na atividade econômica;

Visão heterodoxa: os mercados não funcionam perfeitamente, é imperativo a participação da Estado no funcionamento de mercado;

Não existe análise econômica neutra.

Método crítico (Karl Marx)

• Dividiu sua análise em duas partes:

SuperestruturaEstrutura

Análise das forças produtivas e as relações sociais de produção (esfera econômica):• Setor primário;• Setor secundário;• Setor terciário;

Instituições políticas, jurídicas, religiosas e mídia (atuam sobre a consciência social):• ideologias políticas;• códigos morais;• comunicação e conhecimento.

Forças motrizes na análise de cenáriosFATORES ASPECTOS A CONSIDERAR

Políticos Eleições e conflitos.

Econômicos Política macroeconômica

Social Mobilidade social, demografia, valores sociais e culturais, estilo de vida.

Tecnológico Impacto de novas tecnologias.

DISPUTA À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA: BRASIL-2014

Fonte: Vox Populi, 2014. Disponível em: http://www.eleicoes2014.com.br/pesquisa-eleitoral-para-presidente/

QUESTÃO POLÍTICA

DISPUTA À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA: BRASIL-2014

Fonte: Datafolha, 2014. Disponível: emhttp://www.eleicoes2014.com.br/pesquisa-eleitoral-para-presidente/

Fonte: Datafolha, 2014. Disponível: emhttp://www.eleicoes2014.com.br/pesquisa-eleitoral-para-presidente/

NÍVEL DE APROVAÇÃO AO GOVERNO DILMA (AVALIAÇÃO COMO ÓTIMO E BOM)

EXPLICAÇÃO: TEMPO DE PROPAGANDA ELEITORAL GRATUÍTA

Fonte: DANTAS, 2014. Disponível: http://economia.estadao.com.br/blogs/fernando-dantas/por-que-dilma-reagiu/

MAIOR TEMPO DE PROPAGANDA ELEITORAL AO GOVERNO:

1)transmitir uma visão seletivamente positiva de seu governo;

"Eu não tenho escrúpulos. O que é bom a gente fatura; o que é ruim, a gente esconde.”

Rubens Ricupero – Min. da Fazenda do Governo Itamar Franco

2) Usar a propaganda negativa:• Reduzir a prioridade do pré-sal;

• Direitos dos homossexuais;

• Autonomia do Banco Central.

TRIPÉ MACROECONÔMICO1)Câmbio flutuante: a taxa de câmbio oscila livremente

segundo as forças de mercado (lei de oferta e demanda);

2) Meta de inflação: o Banco Central é obrigado a perseguir a meta

de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional-CMN;

3) Superávit Primário: esforço de superávit antes do pagamento dos juros da dívida pública

QUESTÃO ECONÔMICA

TRIPÉ MACROECONÔMICO1)Câmbio flutuante:

Qtde. de Equilíbrio US$

Tax

a de

câm

bio

nom

inal

Demanda US$

Oferta US$

E

TRIPÉ MACROECONÔMICO

Risco da livre flutuação da taxa de câmbio:

• Determinação da taxa de câmbio pelo mercado sem intervenção governamental;

• Valorização da taxa de câmbio: pode levar a desindustrialização de um país;

• A taxa de câmbio é um preço (variável) muito importante para ficar sobre o controle do mercado.

“A inflação aleija, o câmbio mata” Mario Henrique Simonsen

TRIPÉ MACROECONÔMICO

Risco da livre flutuação da taxa de câmbio:

• Determinação da taxa de câmbio pelo mercado sem intervenção governamental;

• Valorização da taxa de câmbio: pode levar a desindustrialização de um país;

• A taxa de câmbio é um preço (variável) muito importante para ficar sobre o controle do mercado.

“A inflação aleija, o câmbio mata” Mario Henrique Simonsen

Acordo de Plaza: EUA, ALEMANHA, JAPÃO

Marco alemão, Iene versus dólar: evolução da taxa de câmbio entre 1970-

1990 (1970 = 100%).

TRIPÉ MACROECONÔMICO

2) Risco do Regime de Meta de inflação:• O Banco Central, a qualquer custo, buscará cumprir a

meta de inflação:• BRASIL: IPCA = 4,5% a.a.;• Principais instrumentos: aumento da taxa básica

de juros (SELIC), política de crédito restritiva e valorização da taxa de câmbio;

• Eficaz no controle da inflação, mas provoca efeito colateral sobre o crescimento econômico, sobre a produção doméstica e o emprego.

TRIPÉ MACROECONÔMICO

3) Risco da Meta de superávit primário:• Superávit do governo antes do pagamento dos juros

da dívida pública;• Principais instrumentos: corte nos gastos públicos

na área social e de investimentos públicos;• Eficaz no controle do endividamento público, mas

restringe a capacidade do governo de usar a política macroeconômica à promoção do crescimento econômico.

PIB = Produção e consumo

Demanda

Oferta

Inflação = Pe

RELAÇÃO ENTRE O TRIPÉ MACROECONÔMICO E

CRESCIMENTO ECONÔMICO

Estado estacionário da economia

Taxa de inflação no Brasil: IPCA, 2000-2013

Evolução da taxa de câmbio R$ / US$: 1/1995 – 8/2014

Taxa de crescimento % anual do PIB: Brasil, 1994-2013

QUESTÃO SOCIALEmprego formal: Brasil, anos selecionados

QUESTÃO SOCIALRendimento médio nominal do trabalho:

Brasil, fev/2002 à mar./2014.

QUESTÃO SOCIALRedução da pobreza no Brasil entre 2001 e 2012

QUESTÃO TECNOLÓGICAExportações sul-coreanas: 1962-2012 em bi US$

Descrição 1962 1970 1980 1990 2000 2010 2012

Alimentos e animais vivos 0,02 0,07 1,15 2,01 2,40 3,92 4,96

Bebidas e tabaco 0,00 0,01 0,12 0,12 0,21 1,01 1,33

Materiais brutos, não comestíveis, 0,02 0,10 0,33 0,99 1,83 5,58 7,39

Combustíveis minerais, lubrificantes 0,00 0,01 0,03 0,66 9,33 31,86 56,60

Óleo vegetal e animal e gorduras 0,00 0,00 0,01 0,00 0,02 0,06 0,10

Químicos 0,00 0,01 0,78 2,58 13,80 49,15 61,46

Bens manufaturados 0,01 0,22 6,24 14,67 30,49 60,89 76,34

Maquinários e transporte 0,00 0,06 3,45 23,93 97,30 262,88 287,07

Obras diversas 0,00 0,35 5,30 19,83 15,31 47,78 49,11

Commodities não classificadas  - 0,00 0,06 0,04 0,06 0,26 0,39

Total 0,06 0,84 17,48 64,84 170,74 463,39 544,76Fonte: UNCONTRADE/ONU. Elaboração própria.

Tabela 1 - Exportações sul-coreanas: período selecionado, em bilhões US$.

QUESTÃO TECNOLÓGICA

Exportações brasileiras: 1964-2013 em bi US$

Tabela 1 - Exportações sul-coreanas: período selecionado, em bilhões US$.

Produtos 1964 1970 1980 1990 2000 2010 2013

Básicos 1,2 2,0 8,5 8,7 12,6 90,0 113,0

Semimanufaturados 0,1 0,2 2,3 5,1 8,5 28,2 30,5

Manufaturados 0,1 0,4 9,0 17,0 32,5 79,6 93,8

Total1,4 2,7 19,9 30,9 53,6 197,8 237,3

Fonte: MDIC, 2014.

QUESTÃO TECNOLÓGICAExportações brasileiras por fator agregado: 1964-

2013 (%)

Tabela 1 - Exportações sul-coreanas: período selecionado, em bilhões US$.

Fonte: MDIC, 2014.

RAZÕES DO CRESCIMENTO ECONÔMIVOSaldo em transações correntes: 1990-2013

Tabela 1 - Exportações sul-coreanas: período selecionado, em bilhões US$.

Fonte: IPEADATA, 2014.

Problema do tripé macroeconômico

DA = C + G + I + (X – M)

Análise do PIB pela ótica do consumo

Sendo, DA = Nível de consumo agregado do país;C = Consumo das famíliasG = Consumo do governoI = Investimentos das firmas (novas fábricas)X = ExportaçõesM = Importações

Problema do tripé macroeconômico

Fonte: IBGE, 2014.