AMOS - · PDF filePretende igualmente dar continuidade ao projeto concretizado nos dois...

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PROJETO DE ESCRITA COLABORATIVA

“VAMOS CRIAR UMA HISTÓRIA…”

Plano TIC - 2011/2012

Este projeto surge no âmbito do cumprimento dos objetivos do Plano TIC do

Agrupamento, em consonância com o Projeto Educativo e de acordo com a

necessidade sentida pela comunidade de estreitar os laços entre os vários

estabelecimentos e os vários níveis de ensino que compõem o Agrupamento.

Pretende assim desenvolver competências variadas, no âmbito do domínio da língua

portuguesa, da utilização das TIC, da criatividade, do reforço das relações

interpessoais, entre outras.

Pretende igualmente dar continuidade ao projeto concretizado nos dois últimos anos

letivos, que decorreram de forma muito satisfatória.

A história foi iniciada pelos mais novos, as crianças do Jardim-de-infância e finalizada

pelos mais velhos, os alunos do 3º ciclo. Pelo meio, alunos de anos de diferentes anos

de escolaridade e de diferentes estabelecimentos de ensino do Agrupamento deram o

seu contributo para a construção da história.

ESCRITORES ENVOLVIDOS (2011/2012)

Etapa Ano/Turma Educador/Professor

1ª JI do Linhó Paula Alves

2ª 1º ano da EB1 do Linhó Paula Lourenço

3ª 2º ano da EB1/JI de Sintra (Vila) Isabel Costa

4ª 3º ano da EB1/JI da Portela Manuela Gonçalves

5ª 4º ano da EB1/JI de S. Pedro Dulce Severiano

6ª 3º / 4º anos da EB1/JI de Ranholas Teresa Anselmo

7ª 5º A da EB23 de D. Fernando II Maria José Leite

8ª 7º A/B da EB23 de D. Fernando II Eugénia Casimiro

Coordenação do projeto João Camacho

Um, dois, três…

OS TRÊS LOBINHOS E O

PORCO MAU

Era uma vez dois meninos e uma menina que arranjaram uma brincadeira no bosque. Estes meninos eram irmãos.

O mais velho chamava-se Rodrigo e era muito comilão. Usava uma camisola preta, calças vermelhas e uns sapatos azuis escuros. Tinha uma cara rechonchuda com pintinhas e o cabelo era preto aos caracóis.

O irmão do meio era o Simão que tinha uma camisola azul clara , calções de ganga e sapatos vermelhos. Usava também um boné vermelho. O Simão era sabichão. O cabelo era louro com caracóis, os olhos castanhos e usava óculos.

A mais nova chamava-se Sara. Tinha uma saia roxa e uma camisola cor-de-rosa às bolinhas. Usava um laçarote cor-de-rosa com brilhantes e brincos. Os sapatos eram de salto alto.

Os olhos eram azuis, o cabelo era castanho aos caracóis. A Sara era trapalhona.

Quando estavam no bosque fizeram uma fogueira e foram jogar às escondidas… Com pozinhos de perlimpimpar,

os próximos meninos vão continuar…

Jardim de Infância do Linhó

O Rodrigo, que sabia contar até 100 mil, ficou a contar ao pé da fogueira...

1º ano da EB1 do Linhó

… enquanto os irmãos mais novos, se foram esconder no meio das árvores da floresta.

Entretanto, a Sara que se tinha escondido atrás de um sobreiro, ouviu um barulho esquisito...

Era um porco gigante! Gordo, feio, com pelos pretos e compridos; um focinho com umas narinas carregadas de macacos secos; as bochechas muito vermelhas e inchadas; com a pele cor de rosa e às manchas pretas... Enfim! Um porco horroroso e assustador!

A Sara gritou tão alto, tão alto que, três pequenos lobos que andavam à caça ali por perto, apareceram logo para a ajudar.

Aiiiii! Socooooorro!

Com coragem e bravura, o 2º ano continua

esta linda aventura!

1º ano da EB1 do Linhó

Logo que a ouviu o Rodrigo parou de contar, o Simão do esconderijo saiu e a sua irmã foram ajudar.

O Rodrigo de imediato exclamou, impressionado com a sua aparência: - Porco, tu precisas de um

banho e com muita urgência!

O lobo Orelhudo, de pelo azul claro, brilhante e macio e orelhas bem compridas, comentou com voz baixa, pois estava receoso:

Este porco eu já vi, O seu não focinho não me é estranho. Não é qualquer um que não toma banho!

O elegante lobo Peludo, de pelo comprido e preto como o carvão, logo retorquiu:

- Já nos cruzámos com ele, tens razão! Na nossa infância Passada noutra região.

E, de imediato, com pelo laranja cor de fogo e focinho pontiagudo, disse o lobo Narigudo:

- É o porco Rosado, já me lembro bem! O seu corpo malhado…

Turma dos 1º e 2º anos EB1/ JI de Sintra

Com notas de piano, Vai continuar o 3º ano…

Ao ver-se rodeado de lobos e de crianças, o lobo bufou. Com as patas raspou a terra, levantando muita poeira. Baixou um pouco a cabeça e investiu contra o lobo Peludo. Os lobos, assustados, fugiram a quatro patas e esconderam-se atrás das crianças.

Neste instante, começou a cheirar a queimado e uma nuvem de fumo aproximou-se. A fogueira que o Rodrigo tinha acendido cresceu e

pegou fogo a uns arbustos que estavam lá perto.

Turma do 3º ano A EB1/ JI da

Portela de

Sintra

Antes que o fogo

pegue, a turma do

4º ano segue.

Como havia um ribeiro ali por perto, os lobos e as crianças encheram a boca de água e cuspiram para tentar apagar o fogo, que ainda era pequeno…

Entretanto, o porco que estava escondido atrás de um arbusto, a observar tudo com muita atenção, levou com a água, ficando todo molhadinho…

Já estava o fogo apagado, quando o porco, bastante zangado, saiu de trás do arbusto, correndo atrás das crianças e dos lobinhos…

Antes que o

porco bata

as

castanholas,

vão

continuar os

meninos de

Ranholas…

Turma do

4º ano

EB1/JI de

S. Pedro

Ora, enquanto o porco corria, com toda a sua mania, um charco de lama ele viu que logo o atraiu. Porco que é porco, na lama esfrega o corpo! Pensou ele, enquanto se divertia e nada mais o prendia.

Crianças e lobinhos, Pasmados a olhar Juntos seguiram caminhos Até uma gruta encontrar. Do porco mau eles fugiram E que grande susto sentiram Mas será que é de fiar? O bicho vão enganar?

E com a pergunta no ar

Outros colegas vão continuar.

Turma dos 3º e 4º anos EB1/ JI de Ranholas

Dentro da gruta, cansados e assustados, as crianças e os lobinhos

repousaram uns minutos e, de seguida, foram à procura da saída.

Caminhavam tão rapidamente que … catrapuz! a Sara caiu pois

não havia luz.

- Então, Sara?! Foste ao chão? Precisas de uma mão? – perguntou

o Simão, dando uma gargalhada.

- Não sejas mauzinho! – disse um lobinho.

Oinc…Oinc…Oinc…

- Com cuidado, menina desastrada! Estás quase em cima da minha

ninhada!

Ah, é verdade! Esqueci-me de vos apresentar a Porca Asseada. Sim, o Porco

Rosado afinal é casado!

- Porcos?! Neste abrigo?! – exclamou o Rodrigo.

-Sim, sou a Porca Asseada, com o Porco Rosado sou casada, e estes são os

nossos filhinhos: o Rosado Júnior, a Rosinha e o Rosado Sénior.

- Pois nós estamos aqui por causa do seu marido, o Porco Rosado, que é um

malvado! O Peludo ele atacou e quase o matou! Fugimos a sete patas, neste sítio nos

refugiámos … e eis que nos encontrámos! – esclareceu o narigudo, de nariz

pontiagudo.

- Fiquem vocês a saber que o nosso paizinho é bom! Ele fala sempre

connosco em bom tom! – defendeu a Rosinha já um pouco irritadinha.

De súbito, sentiram o chão estremecer. O que estaria a acontecer?

Oinc…Oinc…Oinc…

- Estou à vossa espeeeeeera! Queriam escapaaaaar? Era bom,

era! - Rosado ameaçou e crianças e lobinhos de novo amedrontou.

- Não se deixem intimidar! O medo têm de enfrentar! E, para isso, a nossa

família vai ajudar! Vamos com o meu pai falar! – O Rosado Sénior exclamou e todos

incentivou.

Até à entrada da gruta então caminharam e o Porco Rosado enfrentaram.

- Papá! Papá! – correu o Rosado Júnior – Não faças mal às crianças nem

aos lobinhos! São nossos amiguinhos!

- Sim, meu amorzinho, tens de ser bonzinho! Temos de viver com todos em

harmonia! Tens de perder essa mania! - determinou a Porca Asseada.

-Tens razão, meu docinho. Civismo tem-me vindo a faltar e tenho de melhorar.

Uma promessa vou fazer: bem comportado passarei a ser! – jurou o Rosado, muito

empenhado.

De súbito…

Pum! Pum! Pum!

O que estará a acontecer? Irão todos morrer?

E com este mistério para desvendar, os colegas do 7ºano terão muito que imaginar!

O som do coração do Rodrigo acelerou. Não se sabe se por se ver na pele do

porco mau, se pelo terrível estrondo que ouviu. Acordou.

... Fogo ! ... como é possível eu estar a perder tempo de sono a pensar na

história que tenho de recriar ... Se o professor de História sabe passa-se dos

carretos, logo ele que está sempre a dizer :

-A História é para respeitar e não para brincar! -Voltou-se a deitar mas

antes de adormecer ainda balbuciou:

- Só mesmo a professora de português para me tirar o sono!

Pum! ... pum!... pum! ... e eis que de novo sonho e realidade se misturam.

- ...Será sonho ou realidade! ... Mas afinal sou eu o porco mau?

Catrapum! De repente a entrada da gruta ficou tapada abatendo-se sobre eles um

silêncio assustador. Um vivo fininho foi progressivamente ecoando pela gruta

chamando-os à realidade. Já não eram só os lobinhos que sentiam medo.

Lobinhos e leitõezinhos rapidamente se refugiaram junto da porca asseada que os

protegia a todos. Procurando não demostrar medo, o porco mau encostava-se às

paredes da gruta na esperança de que as pernas parassem de tremer.

- Fiquem quietos ! ... vou procurar uma saída - disse o porco mau mal

disfarçando o medo.

- não vá papá, temos medo…..- choravam os porquinhos.

– Não! Não, mamã porco, vamos também, porque senão ele foge. –

suplicavam os lobinhos.

- Sabe deus o que poderia acontecer... Somos tantos que nos poderíamos

perder, deem-me as patas…. fiquemos todos juntos que ele há de voltar. –

sossegou-os a mãe porca.

Entretanto, o porco mau, coladinho à parede para não se perder, passo a

passo foi em busca de uma saída.

Passou algum tempo e uns e outros começaram a duvidar se alguma vez

sairiam dali. E foi quando um frágil raio de luz surpreendeu o porco mau. A

esperança de que não fosse uma miragem deu-lhe forças e já com as patas

doridas finalmente encontrou uma saída, não era lá muito grande... mas

daria certamente para as crias... e mal pôs esta hipótese, regressou

rapidamente para junto dos outros .

Oinc ! oinc! ... meninos ! meninos! Encontrei a saída! ... – gritava ele

enquanto percorria o caminho de regresso sempre encostado à parede.

De novo juntos e passadas algumas dificuldades, finalmente estavam todos reunidos

junto à saída. E foi aí, que o casal se deu conta de um novo dilema: só as crias

conseguiriam sair. Dirigindo-se à mulher:

- nós, temos de arranjar outra solução... mas eles, podem salvar-se já...

- ... mas não terão nenhum de nós por perto, para os proteger...- choramingou a mãe

porca.

- ... também na vida, nem sempre estaremos por perto ... é preciso correr riscos...

temos de confiar neles...- respondeu o porco que já não parecia mau, mal disfarçando

as lágrimas.

O porco mau abraçou os lobinhos e os leitõezinhos,

bem demoradamente e disse-lhes baixinho,

como que pesando as palavras:

-a nossa vida vai depender de vocês!

Mantenham-se unidos! Vão e procurem ajuda!

Uma vez do lado de fora, os leitõezinhos e os lobinhos sentiam-se sozinhos, assustados

e com medo de se afastarem, de se perderem ou de serem atacados por estranhos,

pelo que decidiram eles mesmo, retirar pedra a pedra todas as que obstruíam a

passagem, por forma a alargá-la o suficiente para permitir que o porco mau e a porca

asseada saíssem. Como tinham pouca força tinham de trabalhar em conjunto e usar de

alguma inteligência: primeiro tiravam as pedras mais leves e pequenas, que estavam

em baixo, para que as mais pesadas e maiores ficassem desequilibradas e lhes fosse

mais fácil empurra-las. Quando se aperceberam, o casal de porcos não hesitou em

ajudar da parte de dentro, com a força que os mais pequenos não tinham. Os mais

pequenos ao verem que comandavam os trabalhos ganharam coragem e incansáveis

ajudavam-se mutuamente.

Já o sol se punha, quando o porco “mau” e a porca asseada finalmente, voltaram a

estar juntos e a abraçar os lobinhos e os leitõezinhos. Emocionado, o porco disse:

- estou muito orgulhoso de todos vocês! Ficaremos para sempre gratos e vocês

(dirigindo – se para os lobinhos ) podem ficar a viver connosco.

Estava o porco “mau” ocupado a agradecer quando uma campainha de fininho se

intrometeu e, ora porco , ora menino…..:

- Toca a acordar, tens de ir para a escola! Não tens que ensaiar uma peça de teatro?

Agora a realidade não parecia mais assustadora e com um sorriso traquina

estampado no rosto, o menino disse:

- Tem calma mãe... já sei a peça...

- como?- questionou a mãe admirada com a aparente calma do filho, já esquecido

do pânico da véspera, perante o projeto de português.

- sonhei-a .

Era verdade, a sua cama, o seu quarto, estava tudo exatamente

no mesmo lugar. – Mas que aventura aquela e que boa ideia

para a peça de português! – disse para os seus botões - Foi um

sonho?! Como os sonhos parecem realidade?!..... Uma cousa eu

aprendi: A UNIÃO FAZ A FORÇA!!!