Post on 25-Sep-2020
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À descoberta da Costa VicentinaBudens > Odeceixe
1 Pela Serra de MonchiqueCaldas de Monchique > Marmelete
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Património Cultural
4 Ermida das Caldas
7 Igreja Matriz de Alferce
9 Igreja Matriz de Monchique
10 Núcleo de Arte Sacra
11 Igreja de São Sebastião
12 Igreja da Misericórdia
13 Ermida do Sr. dos Passos
15 Convento de N. Sra. do Desterro
20 Igreja Matriz de Marmelete
21 Ermida de Sto. António
Património Natural
1 Complexo das Termas de Monchique
2 Complexo Natural das Caldas
3 Fonte dos Amores
5 Miradouro da Picota
6 Carvalho das Canárias ou de Monchique
8 Barranco do Demo
14 Araucária de Norfolk - Araucaria heterophylla -
16 Magnólia - Magnolia grandiflora -
17 Miradouro da Fóia
18 Barranco dos Pisões
19 Plátano - Platanus hybrida -
Património Cultural
1 Igreja Matriz de Budens
2 Forte de S. Luís ou de Almádena
3 Ermida de Sto. António
4 Ermida de Nossa Sra. da Guadalupe
5 Igreja Matriz da Raposeira
6 Menir de Milrei
7 Menir do Padrão
8 Igreja Matriz de N. Sra. da Conceição
9 Museu de Arte Sacra
10 Miradouro do Castelejo
11 Torre de Aspa
12 Conjunto de Meníres do Monte dos Amantes
13 Porto de Pesca Tradicional
14 Forte da Baleeira
15 Fortaleza de Sagres
16 Cabo de São Vicente
17 Complexo do Forte do Cabo de S. Vicente
19 Forte da Carrapateira / Igreja Matriz da Carrapateira
20 Museu do Mar e da Terra da Carrapateira
21 Porto de Pesca da Carrapateira
23 Porto de Pesca da Arrifana
24 Forte e Miradouro da Arrifana
25 Ribât da Arrifana
26 Igreja de N. Sra. da Alva
27 Igreja da Misericórdia
28 Museu de Arte Sacra Monsenhor Francisco Pardal
29 Castelo de Aljezur
30 Fonte das Mentiras
31 Casa Museu Pintor José Cercas
32 Museu Antoniano
33 Museu Municipal
35 Adega Museu
36 Igreja Matriz de Odeceixe
37 Polo Museológico do Moinho
Património Natural
18 Reserva Biogenética de Sagres
22 Pinhal de Bordalete
34 Praia da Amoreira / Dunas da Praia da Amoreira
38 Miradouro da Praia de Odeceixe
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2Igreja Matriz de Alferce
Moinho de Odeceixe
Aljezur
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21Torre de Aspa
Fortaleza de Sagres
Praia do Castelejo Medronhos
Monchique
1Fortaleza de Sagres Castelo de Aljezur Fóia
Farol do Cabo de S. Vicente
Igreja Matriz de Monchique
Da Costa Vicentina a Monchique
Segredos do Algarve Rural
Vamos pelo Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e percorremos a Rota do Infante: fortes, castelos e miradouros. Seguimos o gosto do mar e o sabor da terra: perceves, sargos, feijão e batata-doce.Percorremos as Rotas do Infante D. Henrique entre arribas, falésias, dunas, areais sem fim e um imenso mar. É “o fim do mundo” no coração do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Talvez se observe alguma águia, lontra ou outros mais. Menires enigmáticos, fortes a lembrar corsários e piratas, castelos de reis e princesas. Miradouros com o Atlântico ao longe num horizonte sem fim. E o vento por companhia. Descemos a praias rebeldes, enseadas tranquilas, portos de pesca tradicionais, ribeiras e mais ribeiras. Em todos os lugares o sabor a mar: perceves, cataplanas, muito peixe e marisco. E o gosto da terra: batata-doce, feijão, grão. Por entre pinhais e matagais, subimos por encostas de casinhas brancas, entramos em pequenas igrejas e museus locais. Encantam-nos as gentes e os seus testemunhos.
Cenários de água e vegetação num horizonte de mar. Nos vales floridos os sons da água misturam-se com o canto das aves. Redescobrimos as termas, os sabores da serra e da terra: enchidos, mel e medronho.Neste percurso pela Serra de Monchique, a “Sintra do Algarve”, os cenários são de água e vegetação luxuriante. Fontes e ribeiras descobrem-se a cada recanto, num jogo de sombra e luz por entre pinheiros, medronheiros e castanheiros. Redescobrimos as termas e descansamos junto a árvores seculares. Sabe bem um piquenique em família, abrigados num verde florido, escutando os sons da água que se misturam com o canto das aves. Deliciamo-nos com os sabores da serra e da terra: enchidos, mel e medronho. Vamos por picos e montes que nos conduzem a vales acolhedores e de uma exuberante beleza florística: camélias e acácias ou a rosa-albardeira. Com os seus 902 metros, impõe-se a Fóia, um impressionante miradouro natural com vista para o Algarve e Alentejo num horizonte de mar e serra.
Co-financiadoresPT
Ficha Técnica
Edição e PropriedadeTurismo do Algarve turismodoalgarve@turismodoalgarve.pt www.turismodoalgarve.pt www.visitalgarve.pt
SedeAv. 5 de Outubro, 18 8000-076 Faro, Algarve, Portugal
Telefone: 289 800 400Fax: 289 800 489
CoordenaçãoDepartamento de Marketing Equipa de Comunicação e Imagem Turismo do Algarve marketing@turismodoalgarve.pt
Conceção Gráfica e paginação:DCB design
TextosArquivo Turismo do Algarve
FotografiaHélio Ramos, Luís da Cruz, F32, Arquivo Turismo do Algarve (Pedro Reis, Hugo Santos, Rafaela Oliveira)
Impressão Litográfis, S. A.
Tiragem10.000 exemplares
Distribuiçãogratuita
Depósito Legal 339585/12
Capa Odeceixe
Cadeiras de tesoura
2Serra de Monchique
Legenda
ESTRADAS PRINCIPAIS
LINHA FÉRREA
PERCURSO 1BUDENS > ODECEIXE
PERCURSO 2CALDAS DE MONCHIQUE > MARMELETE
PAISAGEM PROTEGIDA
ESTRADAS SECUNDÁRIAS
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Budens > Vila do Bispo 8 kmEste é um percurso pelo Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Caminha-se ao longo de oitenta mil hectares por imponentes arribas xistosas na costa ocidental e calcárias na costa sul.Partimos de Budens, povoação de ruas pitorescas, onde há a destacar a igreja matriz (1). Descendo em direção à costa, no local de Boca do Rio, podemos visitar o Forte de S. Luís ou de Almádena (2). Este forte, tal como outros do percurso, foi construído para proteger as armações da pesca do atum de corsários e piratas. Voltamos à estrada que liga Budens à Raposeira para visitar a Ermida de Sto. António (3). Mais à frente, a não perder, encontra-se a Ermida de Nossa Sra. de Guadalupe (4), local onde o Infante D. Henrique orava. Hoje é Monumento Nacional. Os capitéis, decorados com ramos, folhagens, conchas e cabeças humanas são de grande riqueza. Chegamos à Raposeira, uma pequena aldeia de casas com portais dos sécs. XV e XVI, que foi um dos locais de habitação do Infante D. Henrique. A Igreja Matriz da Raposeira (5) é composta por uma só nave, apresenta um portal Manuelino e uma torre sineira terminada em pirâmide octogonal. Esta zona é de grande riqueza arqueológica. Ingressamos na estrada que dá acesso à Ingrina na descoberta do Menir de Milrei (6) e do Menir do Padrão (7), o único que se encontra erguido na zona.
Vila do Bispo > Sagres 9 km Em Vila do Bispo visitamos a Igreja Matriz de Nossa Sra. da Conceição (8) que tem uma escadaria de acesso à torre onde existem quatro sineiras. Anexo à igreja, no Museu de Arte Sacra (9) expõem-se, entre outras, uma cruz românica com a imagem de Cristo Coroado e duas custódias... E não podemos sair de Vila do Bispo sem saborear os perceves! Aconselhamos um desvio até à praia do Castelejo onde fica o miradouro do Castelejo (10). Daí observa-se o perímetro florestal de Vila do Bispo, a panorâmica da costa e a Torre de Aspa (11), próxima da praia do Castelejo. Os vestígios da torre persistem junto do atual marco geodésico.Saímos em direção a Sagres pela antiga estrada e paramos no Monte Salema à descoberta do conjunto de menires do Monte dos Amantes (12). São 9 pedras monumentais e enigmáticas, com formas fálicas e diversas inscrições.
Sagres > Cabo de S.Vicente 6 kmContinuamos até Sagres, uma vila com projeção mundial devido à sua localização geográfica onde se ergue a fortaleza mandada construir pelo Infante D. Henrique. Aproveitamos e descemos até ao porto de pesca tradicional (13) e visitamos as ruínas do Forte da Baleeira (14) que foi atacado em 1587 pelo corsário inglês Drake. Seguimos até à Fortaleza de Sagres (15) que tem a sua origem no séc. XV e está classificada como Monumento Nacional. O complexo inclui a fortaleza, o torreão de entrada, a “rosa dos ventos”, o relógio do sol, o padrão, a torre cisterna, os canhões, as ruínas da muralha henriquina, um centro de exposições itinerantes e a Igreja de N. Sra. da Graça. Esta igreja foi construída sobre as fundações da primitiva Igreja de Sta. Maria fundada pelo Infante D. Henrique. O último setor da Via Algarviana (Grande Rota 13) estende-se por uma das zonas protegidas mais valiosas do país, o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Este percurso pedestre tem início na Igreja Matriz de Vila do Bispo e desenvolve-se na presença de menires do Monte dos Amantes pelos extensos campos e paisagens costeiras até ao Cabo de S. Vicente.
Cabo de S. Vicente > Carrapateira 20 km Seguimos para o Cabo de São Vicente (16), o ponto mais sudoeste da Europa Continental, denominado como “o fim do mundo”. Foi uma referência nas rotas marítimas que interligaram a Europa à América entre o séc. XIII e o séc. XVI. Visitemos o Complexo do Forte do Cabo de S. Vicente (17), onde se destacam o farol e um espaço museológico sobre o tema. O cabo oferece uma ótima vista panorâmica sobre o mar e as arribas. Os calcários dolomíticos culminam em imponentes falésias de 100 m de altura. As areias preenchem as fendas no topo dos rochedos proporcionando
substrato a várias plantas. Junto à praia do Beliche fica a Reserva Biogenética de Sagres (18). O clima é húmido e os ventos fazem-nos companhia dia e noite. A paisagem da zona é caracterizada por pinheiros bravos e por matagais. Por aqui passam um grande número de aves no seu processo de migração, fazendo uma pausa para se alimentarem como a cegonha-preta, o abutre-do-egito, o grifo, a águia-calçada, a águia-imperial, pardela-de-barrete e a pardela-do-mediterrâneo fazendo de Sagres um dos locais mais interessantes para observação de aves no nosso país. De maio a outubro podemos observar uma grande variedade de aves aquáticas e de rapina já que esta é a área de residência da gralha-de-bico-vermelho, sisão, cotovia-escura, felosa-do-mato e o falcão-peregrino. Entre agosto e novembro verifica-se um pico de diversidade com mais de 170 espécies que podem ser vistas nesta região entre aves aquáticas, passeriformes e de rapina. Voltamos a subir em direção a Vila do Bispo seguindo na estrada EN 268 para Aljezur.
Carrapateira > Aljezur 18 kmA próxima paragem é na Carrapateira, aldeia implantada num conjunto de cerros. O Forte da Carrapateira tem muralhas de xisto da região e envolve a Igreja Matriz da Carrapateira (19). Esta é um edifício do período Manuelino, com uma arquitetura popular, reconhecida nas formas, texturas e elementos decorativos. O Museu do Mar e da Terra da Carrapateira (20), formado com a ajuda da população, é a casa da identidade e da memória desta aldeia. Para os amantes da natureza sugerimos uma pequena rota partindo da Carrapateira em direção à praia do Amado, para ver o tradicional porto de pesca da Carrapateira (21). Seguimos viagem passando pela Ponta do-a-do-Pau, Palheirão, Pontal, onde a vista sobre o mar é deslumbrante. Na estrada para a praia da Bordeira encontramos a ribeira da Carrapateira que desempenha o papel de “reabastecimento” no processo de migração das aves aquáticas. Toda esta zona é de grande valor ecológico porque aqui podem-se encontrar vários tipos de habitats do parque natural.A Carrapateira é envolta por um cordão dunar de grande diversidade de flora. Algumas espécies de aves encontram-se no topo da lista das prioridades de conservação, como é o caso da águia de Bonelli e a águia pesqueira. De entre os mamíferos destacam-se a lontra, o gato-bravo, o coelho-bravo e o javali. Na estrada entre a Carrapateira e a Bordeira encontramos uma vasta área de pinheiro manso conhecida como o Pinhal de Bordalete (22). Prosseguimos a nossa caminhada e um quilómetro antes de Aljezur viramos à esquerda para a Arrifana, uma aldeia enquadrada num extenso areal abrigado por falésias. Aí organizam-se passeios turísticos e de pesca desportiva. A aldeia tem um pitoresco porto de pesca (23) ligado à figura do príncipe e poeta muçulmano Ibn Caci que lá viveu retirado. A merecer a nossa visita encontram-se o Forte e o Miradouro da Arrifana (24) no cimo da falésia. Daqui podemos ver a Pedra da Agulha, uma rocha gigante erguida no meio do mar, o Cabo de S. Vicente a sul, a Foia a nascente e para norte a Ponta da Atalaia.
Caldas de Monchique > Alferce 16 kmSaindo de Portimão ou Silves e subindo em direção a Monchique, depois de uma curva, surpreende-nos o verde a descansar numa colina pontilhada pelo colorido das casas. Chegamos às Caldas de Monchique. A identidade desta povoação está intimamente associada à riqueza das suas águas e às suas propriedades curativas. Já em 1495 D. João II visitava as termas para tomar banhos para recuperar da sua doença. Ligado a este património termo-mineral está o Complexo das Termas de Monchique (1) que atualmente tem não só uma oferta turística de saúde mas também de bem-estar e beleza. São os Spas a completar a oferta tradicionalmente centrada nos problemas digestivos, ósseos ou respiratórios.Para o tratamento de várias doenças ou simplesmente para umas férias relaxantes, o Complexo Natural das Caldas (2) oferece um cenário de água e vegetação deslumbrante. Fontes, ribeiras e regatos descobrem-se a cada recanto, num jogo de sombra e luz onde o verde domina. Plantas raras e árvores seculares, pinheiros, medronheiros, camélias e acácias, surgem pelos caminhos e trilhos que convidam a passeios calmos ou a piqueniques em família, num contacto revitalizante com a natureza.
Nas Caldas, aconselhamos um passeio até à Fonte dos Amores (3) situada num parque de merendas à sombra de eucaliptos ancestrais. Aprecie o complexo arquitetónico que é de uma enorme beleza, fazendo lembrar-nos outra serra. Do património cultural local destaca-se a Ermida das Caldas (4).
Alferce > Monchique 9 kmSaímos das Caldas de Monchique em direção a Monchique e logo à entrada da vila viramos à direita na EN 267 para Alferce. Nesta estrada podemos subir ao cerro da Picota. Com os seus 774 m, este é um dos pontos mais altos e escarpados da Serra de Monchique onde podemos visitar o Miradouro da Picota (5). Ficamos deslumbrados com a maravilhosa vista sobre a serra. Regressamos à EN 267 e surpreende-nos uma árvore monumental, o “carvalho das canárias” ou de Monchique - Quercus canariensis (6).Mais à frente, numa colina que se eleva por entre campos de oliveiras, encontramos uma aldeia rural de casas caiadas e flores às portas. Segundo se pensa, o nome Alferce deriva de alfaraç (cavaleiro) e pode estar relacionado com a presença muçulmana nesta aldeia. É de visitar a igreja matriz (7) de nave única e capela-mor retangular. Dedicada a S. Romão, a igreja terá sido construída nos finais do séc. XV e renovada em 1578, data esta inscrita no fecho do arco triunfal. De realçar, ainda, a primitiva imagem do padroeiro em pedra, a cobertura da capela-mor, o seu retábulo em talha e a porta ogival. Os testemunhos materiais visíveis nesta igreja situam Alferce no final do séc. XV. De facto, no período de Quinhentos, houve um movimento de emancipação criando-se novas freguesias e Alferce parece ter sido um dos resultados desse movimento.Dirigimo-nos ao Barranco do Demo (8) onde existe uma garganta cujas águas vão desaguar à Ribeira de Monchique numa paisagem de rara beleza com vista para os contrafortes da Serra de Monchique. A águia de Bonelli, ex-libris da avifauna do sul de Portugal e da Europa, apesar da sua raridade, está em crescimento nesta zona do sudoeste. A águia de Bonelli nidifica nos eucaliptos de grande porte, enquanto mais a norte prefere as vertentes rochosas.
Monchique > Fóia 8 kmTomamos a estrada para Monchique e chegamos à localidade. Monchique localiza-se entre dois maciços, o da Fóia e o da Picota, no coração da serra de Monchique. Começamos por visitar a igreja matriz (9). Foi edificada nos sécs. XV/XVI mas ficou bastante destruída por altura do terramoto de 1755. Posteriormente, veio a sofrer uma profunda remodelação e foi classificada como um Imóvel de Interesse Público. Quando entramos nesta igreja temos uma sensação de abertura e leveza, talvez pelas
suas três naves serem tão amplas... Estas são separadas por harmoniosas arcadas de volta perfeita, onde os capitéis das colunas repetem o tema decorativo do portal principal. Os elementos mais relevantes são os seus dois pórticos, belos exemplares do estilo Manuelino. Podemos apreciar sete retábulos e a imagem da N. Sra. da Conceição atribuída ao escultor Machado de Castro, um belo exemplar também do período Manuelino. De salientar a Capela do Santíssimo, com uma abóbada Manuelina revestida com azulejos do séc. XVII e os quatro painéis de alminhas. O Núcleo de Arte Sacra (10), no edifício da igreja matriz, reúne o espólio da freguesia que entretanto foi alvo de uma recuperação por parte de especialistas. A Igreja de São Sebastião (11) é a próxima paragem onde destacamos as colunas fantasiosas que integram o retábulo do altar e a imagem da N. Sra. do Desterro datada do séc. XVII. Na Igreja da Misericórdia (12), possivelmente anterior ao séc. XVI, o realce vai para o altar, o púlpito e o baldaquino. A não perder a exposição dos painéis utilizados nas procissões e duas telas do séc. XVIII. Visitamos ainda a Ermida do Sr. dos Passos (13), um exemplo de simplicidade, com um só altar e uma imagem de Cristo em tamanho natural.Ainda na vila, não nos escapa o seu património natural representado pelas árvores monumentais, como a Araucária de Norfolk - Araucaria heterophylla - (14). Uma encontra-se junto ao Largo dos Chorões e a outra na Quinta do Viador. Estes são alguns dos espécimes do concelho de Monchique classificados como árvores monumentais, pela sua idade, porte ou raridade.Antes de sair da vila é de espreitar os produtos locais desta região. Visite as várias casas de artesanato espalhadas pela vila onde poderá adquirir as famosas cadeiras de tesoura, admirar os trabalhos em barro e as peças de cerâmica. O mel da serra de Monchique é um néctar multifloral de sabor suave. A famosa aguardente de medronho, do não menos famoso fruto do medronheiro - Arbutus unedo -, é um dos ex-libris da zona. Fruto de um saber ancestral, no início do ano, é ver o fumo a sair dos telhados das casas, sinal de que a “destila” está no auge. Por fim, os famosos enchidos, outro dos produtos emblemáticos, que têm direito a uma feira anual. O mólho, a farinheira de milho, a morcela de farinha e a chouriça servem também de ingredientes a pratos da gastronomia monchiquense, que valem a pena apreciar pela sua riqueza e diversidade: feijão ou grão com arroz, feijão com couve, couve à Monchique, assadura, papas de milho em caldo mouro.Vamos conhecer um pouco melhor os arredores da vila onde podemos encontrar o Convento de N. Sra. do Desterro (15), fundado em 1631 e que dele só restam as ruínas. Mas esta rota tem valor pois aqui podemos apreciar a Magnólia - Magnolia grandiflora - (16), presumindo-se que esta é a mais alta árvore da sua espécie em Portugal. Daqui desfrutamos de belos panoramas sobre a vila e a encosta da Picota, um dos poucos locais onde se observam resquícios da vegetação autóctone. Estamos num
Informações Úteis
Serviços e Entidades Câmara Municipal: Monchique 282910200
Guarda Nacional Republicana: Monchique 282912629
Posto de Turismo: Monchique 282911189
Coordenadas geográficasCaldas de Monchique: (N) 37° 17’ 11.5836”_(W) 8° 32’ 45.7182”Monchique: (N) 37° 19’ 8.5758”_(W) 8° 33’ 18.1218”Alferce: (N) 37° 20’ 0.4194”_(W) 8° 29’ 21.282”Fóia: (N) 37° 18’ 56.4402”_(W) 8° 35’ 41.3016”Marmelete: (N) 37° 18’ 35.031”_(W) 8° 39’ 51.5844”
Feiras e MercadosFeira Anual de Alferce: 1.º sábado de agosto
Feira Anual de Marmelete: 1.º domingo de setembro
Feira Anual de Monchique: 4.º fim de semana de outubro
Feira dos Produtos Locais / Monchique: 2.º e 4.º domingo de cada mês
Mercado Mensal de Monchique: 2ª sexta-feira de cada mês
Eventos e FestividadesFeira dos Enchidos / Monchique: 1.º fim de semana de março
Festa do “M” (Maio, Mel, Medronho, Bolo de Maio e Música) / Monchique: 1 de maio
Festa do Dia da Espiga - Feriado Municipal (quinta-feira de Ascenção 40 dias depois da Páscoa)/ Monchique: maio
Informações Úteis
Serviços e Entidades Câmaras Municipais: Vila do Bispo 282 630 600Aljezur 282 990 010 Instituto Socorros a Náufragos:Sagres 282 624 493 Guarda Nacional Republicana: Vila do Bispo 282 639 112 Aljezur 282 998 130 Centros de Saúde:Vila do Bispo 282 639 179 Aljezur 282 990 200 Postos de Turismo:Sagres 282 624 873Aljezur 282 998 229
Coordenadas geográficasBudens: (N) 37° 5’ 8.412”_(W) 8° 49’ 50.7174”Vila do Bispo: (N) 37° 4’ 57.2556”_(W) 8° 54’ 27.2622”Sagres: (N) 37° 0’ 24.0546”_(W) 8° 56’ 39.7428”Cabo S. Vicente: (N) 37° 1’ 22.191”_(W) 8° 59’ 47.1654”Carrapateira: (N) 37° 11’ 0.5418”_(W) 8° 53’ 39.7572”Aljezur: (N) 37° 18’ 53.463”_(W) 8° 48’ 12.69”Odeceixe: (N) 37° 25’ 55.3836”_(W) 8° 46’ 5.0766”
Feiras e MercadosMercado Mensal de Barão de S.Miguel:1.ª segunda-feira de cada mês
Mercado de Budens: 1.ª terça-feira de cada mês
Mercado da Raposeira: 1.ª quarta-feira de cada mês
Mercado de Vila do Bispo: 1.ª quinta--feira de cada mês
Mercado de Sagres: 1.ª sexta-feira de cada mês
Mercado Mensal do Rogil: 4.º domingo de cada mês
Marchas Populares com sardinha assada / Marmelete: junho
Feira do Presunto / Monchique: 2.º quinzena de julho
Feira / Mostra de Artesanato / Marmelete: último domingo de julho
Actividades de Verão / Monchique:agosto
Festa de Santo António / Marmelete: 3º fim de semana de julho
ARTECHIQUE - Feira / Mostra de Artesanato de Monchique / Monchique: 1.º fim de semana de setembro
Festa da Castanha - Dia da Freguesia Marmelete: 1 de novembro
Magusto Popular / Alferce: 1 de novembro
Na direção do Vale da Telha, no cimo da Ponta da Atalaia, encontra-se o Ribât da Arrifana (25) um antigo centro religioso e militar do século XII.
Aljezur > Odeceixe 15 km Voltamos à EN 120 e vamos até Aljezur onde fazemos uma pausa para apreciar o prato de feijão com batata-doce. Em novembro realiza-se o Festival da Batata-doce organizada pela Associação de Produtores de Batata-doce. Mas o sargo, douradas e robalos também fazem parte das delícias gastronómicas. No artesanato local é de procurar trabalhos em trapologia, em latão, cobre e bijuteria.Aljezur, fundada pelos Árabes no séc. X, estende-se ao longo de uma colina e desce em direção à ribeira. Na parte nova da vila as habitações envolvem a Igreja Matriz de N. Sra. da Alva (26). Conhecida como a Igreja Nova, possui uma valiosa imagem de N. Sra. da Alva. Podemos ainda visitar a Igreja da Misericórdia (27) onde numa das suas alas funciona o Museu de Arte Sacra Monsenhor Francisco Pardal (28). A não perder é o castelo de Aljezur (29) datado do séc. X, com um vasto espaço muralhado e duas torres. Daqui é possível ter uma ótima panorâmica sobre a serra. A Fonte das Mentiras (30) está situada no cerro do castelo. Diz a lenda que há uma passagem subterrânea até ao castelo e que, aquando da conquista da vila, lá se escondeu uma bela moura amada por um cristão.Recomendamos a visita à Casa Museu Pintor José Cercas (31) e, na parte velha da vila, ao Museu Antoniano (32) (ambos abertos apenas nos meses de verão). Aconselhamos também a visita ao Museu Municipal (33) que está instalado no edifício dos antigos Paços do Concelho e integra um importante núcleo arqueológico e outro etnográfico.A bonita Ribeira de Aljezur ladeia a estrada para a praia da Amoreira e as dunas da praia da Amoreira (34). Nos topos das falésias e nos estuários existem extensos sistemas dunares que albergam uma flora única. A costa é de altas e escarpadas falésias. Nas praias, pequenos cursos de água desaguam no Atlântico. Voltamos para a estrada principal e antes de chegarmos ao Rogil podemos visitar o moinho da Arregata. A escolha gastronómica é difícil. Saborear a cataplana, a caldeirada de peixe, o arroz de marisco ou a feijoada de búzios? Saindo da estrada nacional e em direção ao mar podemos visitar as praias de Carreagem e Vale dos Homens, envoltas por altas falésias escarpadas. No final deste percurso avista-se mais uma colina que abriga Odeceixe. Se quiser compreender o processo de transformação da uva até ao vinho, visite o Pólo Museológico Adega Museu (35). Recomendamos também a Igreja Matriz de Odeceixe (36), ou a subida ao cerro até ao moinho de vento, onde funciona o Pólo Museológico do Moinho (37). Para terminar o percurso vamos dar uma volta pelo vale de Odeceixe e observamos as aves na Ribeira de Seixe. Subimos ao miradouro da praia de Odeceixe (38) e deixamos o olhar percorrer o horizonte.
ambiente natural privilegiado, pois grande parte desta serra está incluída na rede ecológica europeia Natura 2000.
Fóia > Marmelete 31 kmSaímos de Monchique e subimos em direção à Fóia defrontando-nos com um panorama de mar e serra. A Fóia (17), com os seus 902 metros, é o ponto mais alto a sul do Rio Tejo. Este é um verdadeiro e impressionante miradouro para o Algarve e Alentejo, com uma vista que vai de Vila Nova de Milfontes até Albufeira! A norte observam-se ainda as ruínas do casario da aldeia de Barbelote e um magnífico conjunto de socalcos a lembrar tempos de grande atividade agrícola. Todo este complexo montanhoso funciona como uma barreira aos ventos atlânticos carregados de humidade que, ao colidirem com ele, precipitam e permitem o desenvolvimento de tão exuberante beleza florística. Espécies únicas como a Adelfeira - Rhododendrum ponticum - ocorrem nestas particulares condições, ou o Azevinho - Ilex aquifolium - que a sul só faz a sua aparição nesta serra, ou ainda a Euphorbia monchiquensis uma planta endémica e a tão comum rosa-albardeira - Paeonia broteroi. Esta área possui uma rica avifauna onde se destacam a águia de Bonelli, a felosa-do-mato, a escrevedeira-de-garganta e a cia.Da Fóia propomos que se regresse a Monchique para depois seguir em direção a Peso, até chegarmos ao Barranco dos Pisões (18) onde a água é o tema dominante ao longo do ano. Encontramo-nos rodeados de freixos, amieiros, choupos e outras árvores, bem como de um Plátano - Platanus hybrida - (19), classificado como árvore monumental de Portugal.Daqui, percorrendo a estrada que passa por detrás da Fóia, chegamos a Marmelete, pequena localidade onde é de visitar a igreja matriz (20) situada no centro da aldeia e que tem como padroeira a N. Sra. da Encarnação. A terminar o percurso seguimos até uma pequena elevação perto da aldeia a fim de visitar a Ermida de Sto. António (21) e desfrutar da bela vista sobre o casario e o mar.Como alternativa a partir de Monchique, junto ao Largo dos Chorões, tomar os trilhos pedestres da Via Algarviana (Grande Rota 13) através da paisagem típica de montanha. O caminhante poderá seguir pela Fóia e apreciar a vista panorâmica sendo conduzido depois a Penedo do Buraco e à sua escarpa admirável e posteriormente, após um harmonioso vale, junto do percurso ficam pequenos aglomerados habitacionais como Vale da Moita, Porta da Horta e Barbelote. É após um bosque de sobreiral rico em variedade de fauna e flora que se entra em Marmelete.
Pela Serra de Monchique
À descoberta da Costa Vicentina
Caldas de Monchique > Marmelete
Budens > Odeceixe
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1Mercado Mensal de Aljezur / Igreja Nova: 3.ª segunda-feira de cada mês
Feira Anual do Rogil: 3º domingo de agosto
Feira Anual de Odeceixe: 1.º domingo de setembro
AgroExpo / Vila do Bispo: 1.º fim de semana de setembro
Feira Anual e Festa Popular em Raposeira: 2.º fim de semana de setembro
Feira Anual de Aljezur: último domingo de setembro
Feira Anual das Alfambras: 1.º sábado de outubro
Eventos e FestividadesFeriado Municipal de Vila do Bispo - Festa de S.Vicente: 22 de janeiro
Dia do Pescador / Sagres: última semana de maio
Santos Populares / Freguesias de Sagres, Vila do Bispo e Budens: junho
Festa de N. Srª do Perpétuo Socorro / Burgau: 15 de julho
Festival de Folclore do Rogil: 1º sábado de agosto
Festas de Barão de S. Miguel / Vila do Bispo: 7, 8, 21 e 22 de agosto
Festas de N. Srª da Graça / Sagres: 13, 14 e 15 de agosto
Festas de Burgau / Burgau: 20, 21 e 22 de agosto
Festa do “Banho” / Vila do Bispo: noite de 28 para 29 agosto
Feriado Municipal de Aljezur: 29 de agosto
Festas em Honra de N. Srª da Alva Padroeira de Aljezur: 1.º fim de semana de setembro
Festival da Batata-doce / Aljezur: fim de novembro ou inicio de dezembro
Vegetação de MonchiqueCaldas de Monchique
Ermida de N. Sra. de Guadalupe
Monchique
Rosmaninho
Praia da Amoreira