Agosto/2015 - UnespRPapo é um boletim-laboratório produzido por alunos do 3º termo de Relações...

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Olha NOVA GRADE aí!

PRIMEIROS PASSOS

Experiências e visões acerca das oportunidades existentes

Agosto/2015

Entrevista com Jonas Bovolenta, sobre o mercado de trabalho em

Relações Públicas

Conversamos com a coordenadora do curso, Célia Retz, e ela nos contou sobre o processo de elaboração dessa

nova fase dentro do curso de Relações Públicas

CASEPREFEITURA DE CURITIBA

+ EXTENSÃO

INTERCÂMBIO

ReitorProfº. Dr. Julio Cezar Durigan

Diretor da FAACProf. Dr. Nilson Ghirardello

Chefe do Departamento de Comunicação SocialProf. Dr. Juarez Tadeu de Paula Xavier

Coordenadora do Curso de Relações PúblicasProfa. Dra. Célia Maria Retz Godoy dos Santos

Professora OrientadoraProfa. Dra. Roseane Andrelo

Telefone:(14) 3103-6000

Site:www.faac.unesp.br

Atuar como Relações Públicas é ter que construir e manter relacionamentos, pensar de maneira estratégica, analisar cenários, gerenciar marcas e crises, monitorar clima organizacional, melhorar a comunicação, entre inúmeras outras atividades. Assim como no mercado de trabalho, a universidade nos apresenta uma série opções e, com elas, muitas dúvidas. Quem nunca teve que decidir entre uma iniciação científica e um estágio? Um projeto ou um intercâmbio? Seguir área acadêmica ou partir para o mercado de trabalho?Pensando em todas essas possibilidades, nóselaboramos o RPapo: um boletim para trazer umpouco mais de luz sobre alguns temas relacionadosàs relações públicas.

Nesta edição você encontra matérias sobre a nova grade curricular, implantada no primeiro semestre de 2015; projetos de extensão que possuem vagas para RP; olhares de quem fez ou vai fazer um intercâmbio; entrevistas e dicas de egressos do curso; como é ser RP no Inter e, ainda, uma análise de caso sobre a Prefeitura de Curitiba, que dominou a internet no último ano. O RPapo é um boletim produzido pelos alunos do terceiro termo de Relações Públicas como produto da disciplina de Comunicação Dirigida, voltado para alunos de RP do primeiro ao último ano. Esperamos que vocês apreciem a leitura e encontrem mais uma motivação para aproveitar ao máximo o que a Unesp oferece!

Boa leitura!

Alunos do 2º ano de Relações Públicas.

CARTA AO LEITOR

RPapo é um boletim-laboratório produzido por alunos do 3º termo de Relações Públicas para a disciplina de Técnicas de Comunicação Dirigida em Agosto de 2015.

Conselho Editorial: Guilherme Teixeira, Ana Cláudia Tripoloni e Gabriel Correa.

Diagramação: Guilherme Teixeira.

Comunicar é uma das (muitas!) tarefas de um profissional de Relações Públicas e por isso, esta foi a ideia escolhida para a capa do RPapo. Clima organizacional, relacionamento, estratégia, análise de cenários... tudo depende da comunicação, seja para um público interno ou externo, essencial constitutivo ou de rede de interferência, acionista ou operário. Assim, trazemos como imagem principal da capa desta edição, um megafone para representar a abrangência da comunicação nas Relações Públicas. Com ela, chamada para quatro matérias que acreditamos serem de interesse dos alunos de todos os anos: nova grade, entrevistas com alunos formados, intercâmbio e um estudo de caso.

4. ExtensãoUm complemento à sala de aula

5. IntercâmbioUma oportunidade para a vida

6. EntrevistaPrimeiros passos do RP no mercado

8. Fique ligadoConheça e entenda a nova grade!

9. CarreiraEu estou formado, mas e agora?

10. Mídias SociaisO Caso da Prefeitura de Curitiba

11. EventosTransformação através do Meeting 2.0

12. InterO maior da América Latina

NOSSA CAPA

ÍNDICE

Um complemento à sala de aulaProfessores e alunos relatam suas experiências acerca da importância dos projetos de extensão

EXTENSÃO

A Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC) conta atualmente com 63 projetos

nas mais diversas áreas, desde aqueles de cunho social a projetos de incentivo à cultura. Os Projetos de Extensão, definidos pela Pró-Reitoria de Extensão como “ação processual e contínua de caráter educativo, social, cultural, científico ou tecnológico, com objetivo específico e prazo determinado”, possibilitam a formação de profissionais e cidadãos estreitando os laços entre os universitários e a sociedade, utilizando o conhecimento provido em sala de aula para auxiliar,fora dela, a superação de desigualdades e problemassociais.

Estabelecidos pelo Fórum de Pró-Reitores de Extensão, os parâmetros da extensão universitária no Brasil visam direcionar os projetos de formaque as necessidades da comunidade sejam atendidas.Segundo Loriza Lacerda de Almeida, ex-assessora daProex e professora doutora do Departamento de Ciências Humanas da Unesp Bauru, os projetos de extensão são importantes pois proporcionam o exercício profissional na área de conhecimento do aluno, atendendo demandas que ele nem sabia que existia, além de ensinar os alunos a serem cidadãos na prática devido o contato com acomunidade.

Raquel Cabral, professora doutora do Departamento de Comunicação Social e tutora do projeto Incubadora de Cooperativas Populares (INCOP), que tem como objetivo acompanhar diversas cooperativas durante um processo de desenvolvimento de capacidades internas para que possam, futuramente, caminhar sozinhos, afirma queos projetos são importantes porque aplicam osconceitos da disciplina, aproximando o aluno domercado de trabalho, além de desenvolver o seulado social.

Aluno de graduação e membro da INCOP, Guilherme Lopes Teixeira exalta a visão da realidade que os projetos de extensão proporcionam, uma vez que em sala de aula o estudante tem mais contato, em geral, com a parte teórica e acadêmica da área que escolheu. Para ele, a aproximação com a comunidade agrega de forma bastante enfática na formação profissional e humana dos alunos.

Além do desenvolvimento como profissional na área estudada e do bem realizado para a sociedade,

os discentes também enaltecem o desenvolvimento como ser humano e o aprendizado de vida adquirido no contato com os membros da comunidade.

Para Carmem Toledo, aluna coordenadora da Universidade Aberta para a Terceira Idade (UnATI), o retorno recebido dos idosos é ainda mais recompensador que a aplicação dos conceitos, “eles têm muito a ensinar para gente” afirmou ela.Caso se interesse pelos projetos da FAAC, acesse o portal da Unesp e clique na aba “Extensão” para conhecer todos eles. (Amanda Geraldini, Ariele Lobo, Bianca Velo, Carolina Della Torre, Tamires de Brandi e Viviane Okubo)

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No dia 1° de outubro de 2015 será realizado o 8° congresso de extensão universitária da Unesp em todas as Unidades Universitárias e Campus

Experimentais para apresentação de trabalhos de extensão previamente selecionados, que serão avaliados e

premiados. Mais informações no link

http://www.unesp.br/portal#!/proex

Projetos de extensão que os estudantes de relações públicaspodem participar no Campus Bauru

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Uma oportunidade para a vidaRelato de estudantes e professores da UNESP sobre a experiência de viverem o intercâmbio

INTERCÂMBIO

C om um mercado de trabalho tão competitivo e exigente, um diploma de ensino superior não

é suficiente para se destacar dos demais e, para isso, muitos estudantes optam pelo intercâmbio para, além de viver novas experiências, melhorar o currículo.

A UNESP, como tantas outras universidades, possui programas de intercâmbios para diversos países, em diferentes continentes. As vagas são disputadíssimas, e ter boas notas e frequência nas aulas contribui para ser selecionado. Débora Freitas, de 23 anos, estudante do terceiro ano de Relações Públicas da UNESP irá para Portugal daqui a dois meses e relata que mesmo temendo o processo de adaptação, acredita “que o intercâmbio seja uma das melhores experiências para enriquecimento cultural, pessoal e no caso do acadêmico, formal e profissional”.

Débora, que se acomodará em um alojamento da universidade, conta que a escolha por esse país deve-se à sua linha de pesquisa, que é muito abordada em terras lusitanas e por não possuir fluência em outro idioma, portanto, engana-se quem acha que esta oportunidade só é usufruída por pessoas que dominam várias línguas.

Outro estudante da mesma universidade, Jonathan Hanan Bosso, de 21 anos, também foi contemplado com uma bolsa e cursou um semestre no Chile. Ele conta que “o impacto foi grande”, principalmente em relação aos hábitos alimentares e o idioma: “A comida nunca vai ser igual a nossa, igual a da nossa casa, da nossa terra”.

Para ter maior contato com a cultura, Jonathan optou por morar com uma família chilena, a experiência foi tão gratificante que a sua vontade foi permanecer por mais tempo no país, para “conhecer mais ainda aquele lugar fascinante”. Para quem deseja fazer um intercâmbio, o estudante aconselha: “Só posso

dizer que vale a pena. Vale a pena todo o esforço para sairde intercâmbio, ainda mais se a faculdade te proporciona e ainda oferece uma bolsa. É uma experiência incrível e que com certeza trará crescimento, amadurecimento, autoconhecimento e com certeza te deixará mais preparado para a vida.”

Além de maior visibilidade no mercado de trabalho e crescimento pessoal, o intercâmbio também proporciona ampliar o referencial sobre a área estudada ao entrar em contato com realidades distintas ao do contexto brasileiro, comenta Raquel Cabral, professora doutora na UNESP, que fez seu doutorado na Espanha. Ao ser questionada sobre os benefícios de sua experiência, a professora Raquel relata: “foi uma grande experiência intercultural profissional e pessoal, rica em vários sentidos. Aprendi muito sobre o mundo, sobre a diversidade de culturas linguísticas, sobre o Brasil e sobre mim.”

Com esses relatos, é nítido que mesmo sendo um período de adaptação e insegurança, o intercâmbio é uma grande oportunidade pessoal e profissional, nos permite entrar em contato com novas culturas e amadurece nossa postura profissional, contribuindo assim para melhor enfrentarmos os obstáculos da profissão. Uma dica para os estudantes seria aproveitar as oportunidades oferecidas pela universidade e acompanhar os editais publicados no sistema. (Bruna Lima Chaves, Vanessa Kaori, Mariana Camargo, Karina Amaral e Raquel Ribeiro)

“Foi uma grande experiência intercultural profissional e pessoal, rica em vários

sentidos. Aprendi muito sobre o mundo, sobre a diversidade de culturas linguísticas, sobre

o Brasil e sobre mim.”Raquel Cabral

Jonathan Bosso, intercambista de Relações Públicas, em uma

paisagem no Chile

Débora Freitas, aluna de Relações

Públicas

Você, aluno da Unesp, pode verificar as oportunidades no portal de sistemas. Mais

informações: Escritório de Relações Internacionais (ERI) da FAAC (e-mail: erapi@faac.unesp.br)

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Primeiros passos do RP no mercadoFormado pela FAAC em 2013, Jonas já possui uma sólida experiência profissional

ENTREVISTA

Jonas Bovolenta é natural de Mogi Mirim, mas vive em Bauru desde 2009, quando ingressou em

Relações Públicas na FAAC. Durante a graduação, ele foi membro da Associação Atlética Acadêmica e da Empresa Júnior de Relações Públicas, e considera que a experiências nos projetos o auxiliaram a conseguir dois estágios durante a faculdade, um deles na área de marketing em uma grande empresa de festas da região de Bauru. Depois de formado, Jonas trabalhou como assessor de comunicação interna e assessoria de imprensa da Duratex e atualmente trabalha como agente de inovação local pelo Sebrae. Apesar de não se considerar muito estudioso, ele acredita que a formação teórica e humana proporcionada pela Unesp são fundamentais para um bom desempenho no mercado de trabalho. Ele ainda conta que acredita que as mudanças na matriz curricular de Relações Públicas são primordiais e dá algumas dicas para quem quer ingressar no mercado da comunicação.

E: Como foi o processo de conquista do primeiro emprego?

J: Bom, durante a faculdade fui estagiário de Relações Públicas em uma distribuidora de acessórios para móveis, porém eles não contratam em função da demanda de estagiário que Bauru tem. Fiquei um tempo só nos projetos da faculdade, até conseguir um trabalho registrado e na área. Eu tinha muito medo de não conseguir nada na área de comunicação, ainda mais em Bauru! Minha meta era ao menos conseguir algo na minha área, foi quando consegui uma vaga no Marketing da Ticomia. Foi muito rápido o processo, em função da minha experiência com eventos durante a faculdade – acredito que isso foi um diferencial. Um sentimento que eu tive foi: “Ufa!!! Não dependo dos meus pais agora” (risos).

E: Preferiu ficar aqui por ter gostado da cidade ou por causa do mercado?

J: Na verdade gosto muito da cidade, mas também foi muito em função das oportunidades que tive aqui. Trabalhar na Duratex foi fundamental para que isso acontecesse, mas em relação ao mercado é complicado. Vejo que em Bauru e região é muito complicado fazer carreira na área. Sinceramente se não fosse a Duratex eu teria saído daqui.

E: Realmente, você é um dos poucos que optou por ficar. Continua estudando?

J: Sim, estou finalizando uma pós: Estratégias Competitivas de Mercado: Comunicação, Inovação e Liderança, fora outros cursos EAD mais voltados para área que atuo.

E: Pelo que eu estou vendo você prefere o mercado de trabalho à área acadêmica...

J: Com certeza!!! Não tenho muito perfil acadêmico, confesso... (risos)

E: Os projetos de que você participou na faculdade ajudaram na sua formação?

J: Sem dúvida. Participei da RPJr. por dois anos como Diretor Administrativo e da Atlética por 2 anos. Lá fui Diretor de Patrocínio, Diretor de Comunicação e Diretor Geral de Esportes. Minha formação não seria a mesma sem essa participação nos projetos, muito por conta de a Unesp ter um carga teórica muito forte. Com os projetos, tive a oportunidade de amadurecer como pessoa, convivendo com pessoas diferentes e também pude compreender um pouco o mercado.

E: Você acha que muita teoria não ajuda muito?J: A teoria é a base, com certeza, e sem ela não

conseguimos executar, compreender nada no “mundo” da comunicação, porém, a prática é fundamental. Acredito que o diálogo entre academia e mercado precisaria ser melhor explorado.

E: Como as teorias aprendidas em sala de aula auxiliaram no seu trabalho?

J: Virge maria, agora você pegou no meu calo hein! (risos). Nunca fui de estudar... (risos) mas vou dar um exemplo claro do que aconteceu comigo: quando trabalhava na Duratex fazia um programa de rádio, o “Voz da Floresta”, para os trabalhadores rurais. Nunca na minha vida achei que fosse usar aqueles conceitos de técnica redacional de rádio e televisão, cara... E se eu não soubesse isso, eu não teria tido o sucesso que esse programa ainda tem lá!

“Nunca na minha vida achei que fosse usar aqueles conceitos de técnica redacional de rádio e televisão, cara... E se eu não

soubesse isso, eu não teria tido o sucesso que esse programa [de

rádio] ainda tem lá!”

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Nome: Jonas BovolentaIdade: 26 anosAno de formação: 2013Projetos de extensão: Atlética e RPJrExperiência profissional: dois estágios durante a faculdade, assessor de comunicação interna e

assessoria de imprensa da Duratex e agente de inovação do SebraeSe imagina fazendo outra coisa?Sim, me imagino fazendo outras coisas como consultor ou empresário, nada muito voltado à área de comunicação, mas sim com a comunicação sendo ferramenta de trabalho, entende?

Gostou do Curso?Gostei absurdamente! (risos) É importantíssimo o foco “humano” que a UNESP tem na grade curricular, isso não se encontra em nenhuma grade de outra faculdade de RP. Embora eu não tenha sido um aluno exemplar academicamente (risos), acredito que isso seja um diferencial para o unespiano graduado em RP.O que mudaria?O que eu mudaria? Hm.. acho que a UNESP já está mudando. Essa nova grade curricular é fundamental para que os alunos acompanhem o mercado, o novo jeito de se comunicar, de consumir... É nítida a mudança do mercado, esse novo hábito de consumo, de comunicação, sabe? Então atrelar a grade curricular a esse novo mundo é primordial!

O ENTREVISTADO

E: Como você vê o mercado de relações públicas hoje para os profissionais recém-formados?

J: Olha, vou ser muito sincero – e peço desculpas desde então... O que eu notei – e ainda compartilho dessa opinião – é que para a maioria das empresas, ser RP, jornalista ou publicitário não faz muita diferença – a não ser em agências de publicidade. O que as empresas buscam é o perfil adequado para aquela função e quando digo “o perfil” não é a formação e sim o perfil profissional, qualidade e defeitos daquele profissional, isso vai muito além da formação, entende?

Por exemplo, em uma vaga de Analista de Comunicação: a descrição do cargo pede formação na área de comunicação, o que abrange qualquer área de formação em comunicação. Para analista de marketing também. E é muito difícil achar uma vaga de Relações Públicas. Isso melhorou, mas ainda é muito difícil o mercado reconhecer o trabalho de um RP, acho que o mercado de comunicação – que já é difícil –, melhorou bastante, mas para RP, especificamente, ainda acho bem difícil.

E: Falando sobre o mercado, então, o seu atual emprego – como agente de inovação do Sebrae – é mais voltado para a área de administração, certo? Você está gostando?

J: É... podemos dizer que é mais voltado, sim, embora a comunicação esteja muito presente. No entanto a comunicação é minha maior ferramenta de trabalho, mas a comunicação como ferramenta e não como departamento ou área da empresa, entende? E sim, estou gostando muito!

E: Entendo. E entender de comunicação seria seu diferencial?

J: Com certeza, pois ela é fundamental no processo de atendimento e sensibilização dos empresários, ela que me condiciona a um bom relacionamento e credibilidade com eles.

E: Você tem algumas dicas para o pessoal que está se formando agora?

J: Uma dica? Humm... A primeira dica é que operação vem antes do estratégico. Vejo muitos RPs frustrados, reclamando da empresa e blá blá blá, reclamando de atividades operacionais e blá blá blá. Mas antes de sermos um gestor, temos que conhecer a fundo a operação da comunicação e isso significa “camelar”, trabalhar pra caramba, conhecer a fundo a operação mesmo, e para quem quer viver de comunicação infelizmente o mundo é assim. Por isso uma dica: tenham paciência!!!

Outra dica, as empresas buscam os melhores profissionais, o que não quer dizer que são aqueles que sejam melhor tecnicamente, mas sim aqueles que tenham o comportamento adequado para aquela empresa ou aquela vaga. Ou seja, mostrar e desenvolver o trabalho em grupo e relacionamento interpessoal é também um dos principais quesitos que uma empresa busca. (Ana Cláudia Tripoloni, Gabriela Semeão, Julia Okubo e Vitória Sá)

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Conheça e entenda a nova grade!Entrou em vigor no ano de 2015 a nova grade do curso de Relações Públicas da Unesp de Bauru

FIQUE LIGADO

Célia Maria Retz Godoy dos Santos é coordenadora do curso de Relações Públicas

da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação - FAAC, da Unesp e participou assiduamente do processo de mudança da grade curricular que ocorreu no ano de 2014, para ser utilizada este ano. Nesta entrevista, a professora contou um pouco sobre os procedimentos e detalhes desse projeto.

E: Como foi o processo de reelaboração da grade curricular do curso? Os alunos puderam opinar? E o quão relevante foi a participação dos alunos?

C: Então, em 2012 tivemos três seminários, e um deles contou com a participação da Profª Claudia Moura, professora e pesquisadora da Faculdade de Comunicação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, que nos auxiliou na montagem das diretrizes curriculares em conjunto com o MEC - Ministério da Educação. Depois passamos para os alunos participarem e fazerem uma reivindicação e um questionário de sugestões para as disciplinas que deviam ser tiradas e acrescentadas. Foi uma iniciativa de evitar conteúdos repetidos e atrasados. Embora já exista essa preocupação quanto a repetição dentro do projeto pedagógico, existiam muitas matérias de planejamento, por exemplo, que pôde ser contemplado em novas disciplinas. Nestes seminários foram discutidos os resultados trazidos direto do mercado, com profissionais que sabem qual é a importância do curso e de suas frentes para o relações-públicas no futuro. Como poderíamos mudar essas disciplinas com esse corpo docente? Porque não se pode mudar completamente. Então houve inúmeras adequações e foram incorporados conteúdos em disciplinas, como por exemplo, em teoria política, as Relações Públicas internacionais. Outras, excluiu-se e/ou diminuiu-se. Tudo pensado para a eficácia do curso.

E: Qual é o próximo passo para o curso de Relações Públicas?

C: Então, agora já temos salas bem melhores, com equipamentos, ar condicionado, etc. Estamos montando uma sala de aprendizagem ativa, como um laboratório de RP, que acredito que será excelente na realização de dinâmicas em grupo, incorporando essa metodologia ativa que é uma ideia que está sendo estruturada como uma nova forma de ensino para fugir do padrão. O objetivo é uma transformação, chamada de be-learning, sendo um pouco a distância e um pouco presencial.

E: O que se espera hoje dos alunos que venham a se formar com a nova grade? Qual a principal diferença curricular entre a nova e a antiga?

C: A ideia é que a Universidade forme profissionais gestores da Comunicação. Por ser uma Universidade Pública, o conteúdo teórico é priorizado, porém, viu-se a necessidade da mudança devido às diferenças no mercado de trabalho. A mudança trouxe exatamente isso para dentro da Universidade, com o objetivo de que os alunos tenham novas diretrizes. Em relação à grade curricular, eram 2800 horas divididas em 700 horas de matérias de comunicação, 700 horas de matérias humanísticas e 700 horas de áreas específicas. Com as novas diretrizes, ficou obrigatório metade das matérias serem específicas e a outra metade de serem de comunicação e humanísticas. A grade ficou mais adequada para o mercado, tendo em vista que a profissão está em

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Entrevista realizada com a Profª Drª Célia Retz em julho/2015

“A ideia é que, a partir de agora,a Universidade forme

profissionais gestores da Comunicação”

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Eu estou formado, mas e agora?Qual estudante de Relações Públicas nunca se sentiu perdido no curso e sem saber pra onde ir?

CARREIRA

C om uma área de atuação muito ampla, o estudante muitas vezes se sente perdido em

relação ao que pretende fazer ao fim do curso. Desde a área de administração até relações governamentais, passando por projetos institucionais até organização de eventos, as opções são inúmeras para os recém-formados. A comunicação institucional tem uma grande importância dentro da organização: é através dela que se alinham os interesses e políticas da organização com funcionários, clientes e fornecedores. Em entrevista com Rodolfo Garcia, formado em relações públicas em 2013 pela UNESP Bauru, ele conta um pouco de sua experiência na área.

E: Qual é a sua área de atuação e quais projetos você desenvolve?

R: A minha área de atuação é a área da comunicação institucional e a comunicação publicitária. Trabalho como agente de comunicação, sou gestor de comunicação e desenvolvo trabalhos para várias outras empresas na área da comunicação institucional interna e externa.

“O Profissional de RP é um relacionador público no sentido mais restrito da palavra.”

E: Qual é a importância do RP nestes projetos? E quais foram as suas maiores dificuldades ao entrar no mercado de trabalho?

R: Tem muita gente trabalhando com comunicação (Designer, jornalista e RP). O legal de trabalhar com Relações Públicas nesses vários ramos da comunicação é você saber gerenciar isso (e eu gosto de trabalhar com várias pessoas). O RP tem muito disso por estudar muito a parte das ciências sociais. Ele é um relacionador público no sentido mais restrito da palavra: o de se relacionar e tornar disso algo profissional e até gerenciar as relações públicas sociológicas, profissionais e comerciais. Eu acho que o RP é preparado para isso na faculdade, não aprende muito em relação ao mercado de trabalho - o que é

difícil - mas na prática alia a teoria ao que o mercado propõe. A principal dificuldade foi aprender a aliar o que aprendemos na faculdade à prática.

E: É necessário algum tipo de experiência prévia pra realizar este tipo de trabalho ou é uma área aberta para alunos que se formaram recentemente?

R: É uma área totalmente aberta, desde que você esteja aberto para fazer com gosto e com alma.

E: Qual é a parte mais enriquecedora do seu trabalho?

R: A parte mais enriquecedora é o próprio trabalho, o dia-a-dia do mercado e das relações comerciais, além é claro do contato com os públicos internos e externos da empresa. (Barbara Tezotto, Carmem Toledo, Luiz Guilherme Soave, Marcel Furtado, Rodolfo Batista, Selena Wolf)

Rodolfo Garcia, além de ser Graduado em Relações Públicas, também é

vocalista e guitarrista da banda Seu Antônio, gosta de jogar DOTA e nunca

perde um jogo do São Paulo.

Rodolfo Garcia - Graduado em Relações Públicaspela UNESP Bauru, na turma de 2013

acensão no mundo e está buscando uma comunicação integrada, com uma linguagem mais sinergética entre todos os profissionais de comunicação.

E: As matérias que estão na nova grade curricular podem ser cursadas pelos alunos que não são contemplados pela mesma?

C: Há a possibilidade de requisitar disciplinas especiais. A Universidade agora está com as atividades complementares, que são 180 horas de atividades

que o aluno pode, inclusive, cursar uma matéria de psicologia, de Biologia, ou qualquer outro curso. Apesar de as disciplinas novas aparecerem majoritariamente no terceiro e quarto ano, o que impossibilitaria os alunos que não são contemplados pela grade conseguirem cursá-las, sempre há a possibilidade disso acontecer. (Carolina Lima, Gabriel Correa, Leandro Simões, Luana Rodrigues e Luara Cardoso.

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O Caso da Prefeitura de CuritibaComo uma comunicação institucional diferenciada e inovadora atraiu a atenção da internet

MÍDIAS SOCIAIS

O Facebook da Prefeitura de Curitiba ou Prefs, como é conhecida em suas mídias, possui

mais 597 mil curtidas. Uma mistura de comunicação institucional e atualizações com referências a vídeo games, séries de TV e memes, trouxeram uma linguagem diferente do comum em comunicações institucionais e tem conquistado admiradores por todo o país. Tudo isso é pensado, planejado e executado pela Secretaria Municipal de Comunicação Social de Curitiba.

A IDEIA“Em 2013 quando atual gestão assumiu, havia uma

necessidade da própria rede utilizar esses perfis. Já tínhamos cidadãos nos questionando com demandas nas redes sociais, mas não havia um atendimento ou conteúdo para eles. O Marcos Giovanella, hoje nosso diretor de marketing, desenvolveu na época um planejamento buscando entender as tendências que seriam diretrizes do nosso trabalho. E foi assim que surgiu a prefs!” (Jana Santos – Analista de Mídias da Prefs).

Segundo Carolina Terra, especialista em mídias sociais, o Facebook da Prefs atinge as necessidades de um público mais jovem e sempre conectado, “eu acredito que seja eficiente como canal de comunicação sim, só que não pode ser o único, tem que ser parte de um mix de comunicação mesmo que a prefeitura oferece aos cidadãos.”

Carolina acredita que eles “inovaram e foram pioneiros na forma como eles se comunicam com o cidadão. E abriram um precedente, tanto que outras prefeituras como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, passaram a utilizar essa linguagem mais informal, mais lúdica, mais bem humorada para se relacionar”.

Mas e quando os comentários negativos e reclamações entram em cena?

A resposta da Prefeitura é direta: “Marcando presença, temos a oportunidade de permear e atuar como mediadores deste debate e assim podemos até mesmo reverter críticas.”.

Por isso, a equipe de atendimento é maior que a equipe de conteúdo, pois eles acreditam que o atendimento deve ser o máximo possível, se preocupando em dar respostas rápidas e encaminhar as solicitações de serviços para as secretarias responsáveis.

Carolina complementa: “eu acredito muito que essa boa atuação da Prefeitura de Curitiba, reforça a importância de um trabalho decente, bacana, interessante de comunicação; e isso é valorizado pelos veículos de comunicação, pelos cidadãos, pela imprensa em geral, pela opinião pública. Então eu acho que mostra a necessidade de transparência, de relacionamento, de diálogo, portanto valoriza a atividade de relações públicas”. (Cristhiane Faria, Guilherme Teixeira, Laís Alves e Taynara Ferrarezi)

“Inovaram e foram pioneiros na forma como

eles se comunicamcom o cidadão.”

Carolina Terra

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okO QUE REALMENTE OS IMPRESSIONA,

SÃO OS RESULTADOS PRÁTICOS.

“Há cerca de um ano, fizemos um post brincando com uma capivara soltando lasers pela cidade. O sucesso foi tanto que as capivaras acabaram sendo adotadas como um mascote informal da cidade e hoje são produtos no IPCC (Instituto Pró-Cidadania) que tem a renda revertida para projetos de ação social. Somente com a venda dos produtos da linha da capivara atenderam 4.800 pessoas com cobertores novos.”

Jana Santos

Exemplos de alguns dos posts feitos pela Prefeitura

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Transformação através do Meeting 2.0A mudança do formato do Meeting resultou em um evento que conseguiu transformar a plateia

EVENTOS

A equipe da RP Jr. prometeu uma edição do Meeting diferente e de qualidade, que

abordasse assuntos interessantes e que envolvesse os futuros profissionais de relações públicas através de interação e dinamismo. E conseguiu! O evento contou com expoentes da profissão e atividades diversificadas que fizeram dele um sucesso.

O evento aconteceu nos dia 5, 6 e 7 de agosto, no campus da UNESP Bauru e teve como programação palestras, mesa de agências, grupo de discussão e workshops - sobre gestão de projetos, marketing esportivo e assessoria de imprensa -. O tema desse ano foi “o relações-públicas como agente de transformação” e, para tratar do assunto de forma ampla, foram convidados palestrantes que trabalham com diferentes áreas da profissão.

Para contemplar o objetivo do evento, os palestrantes relataram sobre o dia-a-dia da profissão, provando a capacidade do RP de ser agente de transformação de diferentes formas. No primeiro dia, Val de Castro e Natália Gonzales contaram suas experiências com a Responsabilidade Social, expondo a importância de o relações-públicas transformar na área da produção cultural e apresentando possibilidades de criação de projetos sociais que unam a recompensa financeira à realização social.

No segundo dia, Heloísa Picos e Carol Terra abordaram a importância e a necessidade das mídias sociais nas organizações e o poder da interação e da transparência. Nessas palestras, provaram que a versatilidade do RP é uma forma de transformar a comunicação organizacional, tida como conservadora.

Quando questionadas sobre o que é ser agente de transformação, ambas expressaram suas opiniões:

Heloísa Picos: ‘’Eu acho que a área de Relações Públicas, em sua essência, ela já é transformadora, porque ela incentiva a comunicação, a troca de experiências, e também a busca por um interesse em comum. Alinhar as expectativas e os interesses em comum. A comunicação digital trouxe mais

dinamismo. E trouxe também uma amplitude de quebrar as barreiras e fazer com que as pessoas tenham acesso a mais informação, mais orientações, e também uma integração maior. Acho que é o momento realmente de fazer uma transformação não só por meio das relações públicas mas da comunicação de uma forma em geral.’’

Carol Terra: ‘’Eu acredito que o RP tenha papel fundamental nessa temática das mídias sociais, enquanto este agente transformador , porque há uma necessidade hoje das organizações, das agências e das instituições, e eu acho que o profissional de RP tem condições de assumir esse papel. Claro que ele não é o único profissional, mas ele tem um papel importante, preponderante nesse cenário. E eu acho também que nós estamos em um momento muito bom para atividade de relações públicas , um momento que as organizações têm essa necessidade de comunicar, se relacionar, então, de novo, nós podemos ser esse agente de transformação.’’

Por fim, o terceiro dia do evento contou com Rodolfo Araújo e Guilherme Alf para trabalhar conceitos da profissão de relações públicas como um todo. A primeira palestra reafirmou a importância da transparência para a reputação e da necessidade de se aproveitar oportunidades para a criação de ações de sucesso. Já na segunda, Guilherme Alf falou sobre o conteúdo de seu livro “Adeus, golfinho feio” que se trata da necessidade de o RP enxergar sua capacidade, enfrentar desafios e explorar a criatividade para conseguir transformar o mundo.

E assim, com muita organização, empenho e criatividade da equipe da RP Jr., o evento se encerrou com chave de ouro.

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O maior da América LatinaEm sua 15ª edição, será sediado em Araraquara do dia 30 de outubro ao dia 2 de novembro

INTER

Quando se fala em ser unespiano, a grande maioria já pensa no Inter, o maior torneio universitário da América Latina. Envolvendo 22 campi da Unesp, o torneio possui um formato de 4 dias de competições, com festas noturnas e tendas durante o dia.

Conversamos com Felipe Marchiori, formado em Relações Públicas pela Unesp Bauru e ex-diretor da Atlética do Campus. Felipe participou da instituição de 2012 a 2014 e nos contou como é a organização do Inter e o porquê da mudança de nome do evento.

“O Inter é um evento que possui um excelente mote, a integração de todos os campi da Unesp, que preenchem os mais distantes cantos do estado de São Paulo. Esse mote ligado ao esporte e à competição saudável é muito positivo, porém acaba contaminado com os excessos das festas, vandalismos, aumento do número de pessoas nas alas hospitalares, etc. Para qualquer um fora dessa microesfera universitária da Unesp, o evento possui o cunho negativo e é uma ‘desculpa para beber’. Do meu ponto de vista como RP, é um evento complexo, principalmente com a mídia local e a própria reitoria da Unesp.”

O Inter, maior evento esportivo universitário da América Latina, até 2011 era oficialmente chamado de InterUnesp. Para efeitos burocráticos, O Inter precisou ser desvinculado da Unesp, porém, a identidade e consolidação da marca continua, afinal, foram 12 anos de competição que levou o nome de InterUnesp.

Quando perguntado sobre a mudança do nome do evento, Felipe respondeu:

“Acompanhei (a mudança). O Inter era legalmente Interunesp até as pressões e investidas da reitoria após o trágico evento “rodeio das hordas” em 2010. Legalmente o Inter passou a ser o Inter em 2012, chamado de Interjabuka.

Com o marketing amador, essas alterações jamais fixarão em um público jovem. Como se as Olímpiadas passassem a ser chamadas de olimp.”

Em um evento desse porte, ele considera que a comunicação é muito importante, porém deve estar aliada a toda a parte técnica e estrutural.

Belos folders e postagens no Facebook, fotos lindas dos atletas e quadras no insta e aplicativo geralmente não condizem com a realidade de quadras velhas e sem arquibancadas onde são realizados os jogos.

Cabe ao relações-públicas grande parte da organização do Inter. Ainda que o foco principal do evento seja o esporte, festas e tendas movimentam os quatro dias de competição. O RP pode atuar em toda a parte estrutural e de planejamento do evento, além da divulgação e consolidação da marca O Inter.

Buscando trabalhar de forma a dar um retorno à sociedade, a Liga do Inter trabalha com ações pontuais de cunho social. Entre elas estão o Inter Reflora e o Inter Diversidade, a primeira sendo uma ação com o meio ambiente e a segunda trabalhando o combate ao preconceito em todos campi da Unesp. (Amanda Ribeiro, Amanda Louro, Isabela Carreira, Jenyffer Braz e Vinicius Silano)

A emoção de jogar, torcer e participar da organização

é algo inexplicável, um sentimento único que é

lembrado por muito tempo.

O Inter tem como maior vencedor o Campus de Bauru, que detém 11 títulos dos 14 que já foram disputados. Os outros ficaram com Botucatu, Rio Claro e Presidente Prudente, esse último, principal adversário de Bauru dentro de quadra. O grande diferencial do Inter é a integração entre os campi. Grandes adversários em quadra

se unem para celebrar nos momentos de festa, o que é conhecido como o clima unespiano que rege o Inter.

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