Abordagem sistemica e contigencial

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Abordagem sistemica e contingencial

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Teoria Geral da Administração II

1Adm. Prof. Ms. Faisal Awad

Teoria dos Sistemas Abertos

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TEORIA DOS SISTEMAS ABERTOS

•Autor - biólogo alemão Ludwing Von Bertalanffy.

•Período – Após 2ª guerra – 1950.

•Pressuposto básico – A organização é um sistema aberto que deve se ajustar ao mercado.

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Preliminares

PRESSUPOSTOS ESTRUTURAIS DA ABORDAGEM SISTÊMICA

• As organizações não podem ser compreendidas APENAS poruma análise exclusiva e separada de cada um de seusdepartamentos.

• Se baseia na compreensão de que todos os departamentos sãodependentes e há necessidade de integração.

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EMBASAMENTO

• Crítica à visão de que a organização esteja dividida em áreas separadas

• A compreensão da realidade exige a integração dos diversos departamentos da organização.

• “o todo é mais do que a soma das partes” e “é o todo que determina as partes, não o inverso”.

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Impacto

Probabilidade

Insignificante Gradual Substancial Exponencial Muda as Regras do

Jogo

CERTA

Acontece

imediatamente

PREVISÍVEL

É certo que

acontecerá

POSSÍVEL

Pode acontecer

FANTÁSTICA

Improvável

ABSURDA

ridículo acreditar

que possa acontecer

INCONCEBÍVEL

Além da imaginação

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Modelo Parsoniano (LIGA) e as quatro funções por ele definidas para cada sistema

• Talcott Parsons – As diversas partes de um sistema são integradas pelas leis e regras de funcionamento geral do sistema.

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As Quatro Funções do Modelo de Liga e a Organização

• As funções do modelo de liga agem da seguinte maneira ena seguinte ordem: a empresa fornece os valores(Latência) que permite aos colaboradores integrarem-sena organização (Integração), buscando atingir os objetivosfornecidos pelo empresa (Gerar e Atingir Objetivos), e,para tanto, contribuindo para a adaptação dele,produzindo os recursos fundamentais à sua sobrevivência(Adaptação).

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Estudos sociotécnicos de Emery e TristMODELO TAVISTOCK

• Subsistema técnico:

• Subsistema social:

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Resumo da Teoria SociotécnicaERIC TRIST

•O trabalho não pode ser apenas considerado um conjuntode tarefas rotineiras e individuais justapostas, mas sim umsistema de atividades que tem uma unidade clara, formadapor partes diferenciadas que devem ser integradas e reagir.

•O grupo organizacional, e não o indivíduo, deve ser aunidade de análise principal.

•Deve-se trabalhar a perspectiva de que o próprio grupo detrabalho tem de se ajustar de modo informal e organizar oseu trabalho, e não a imposição de regras externas e ocontrole burocrático excessivo, que geram reações do grupoinformal e mostram não ser efetivos.

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Resumo da Teoria SociotécnicaERIC TRIST

• Quando o sistema de trabalho necessita ser modificado, são asfunções e tarefas que devem ser vistas como redundantes emodificadas, e não os indivíduos; dessa forma, eles estarãoprontos a readaptar-se e adquirir novas habilidades, sem seespecializar em demasia, o que é positivo para o sistemaorganizacional.

• Os papéis sociais no ambiente de trabalho não devem serprescritivos, uma vez que, tendo autonomia, os atores sociaissentir-se-ão mais à vontade para modificar o seu comportamentoe adquirir novos padrões de conduta no caso de mudança detarefas e de estrutura organizacional.

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Resumo da Teoria Sociotécnica ERIC TRIST

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O trabalho de Eric Trist e Fred Emery e a Adaptação das Organizações ao Meio Ambiente

de Negócios

• Nos anos 1960, Eric Trist começa a trabalhar com Fred Emery e elespublicam em 1965 um importante artigo chamado ‘The causal textureof organizational environments’¹. Nesse artigo, eles propõe a ideia deque cada tipo de meio ambiente sociotécnico e econômico seria uma‘trama causal’, ou seja, um encadeamento de causas e efeitos queteriam como resultante a adoção pelas organizações de um tipo deestrutura adaptada às exigências e características do seu setor. Cadatipo de meio ambiente, entre os quatro definidos pelos autores,condicionaria a empresa a optar por um tipo de estrutura diferente.

• Foram identificados setores ‘estáveis e difusos’, ‘estáveis econcentrados’, ‘instáveis e reativos’ e, finalmente, ‘turbulentos’.

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1. Tradução livre - A textura causal dos ambientes organizacionais

Ambientes estáveis e difusos são ambientes onde há pouca

competitividade, um baixo nível de complexidade, poucas mudanças

estruturais.

Ambientes estáveis e concentrados são ambientes onde há poucas

mudanças e competitividade, mas existes maior número de

organizações disputando espaço no ambiente.

Ambientes instáveis e reativos são ambientes onde há muitas

mudanças organizacionais e tecnológicas e menor grau de

diferenciação das organizações.

Ambiente turbulento é o mais difícil, pois, além de existirem mudanças

tecnológicas e organizacionais rápidas, há um grande nível de

competitividade e diferenciação. Trata-se de um ambiente complexo.

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Ideias Centrais - Homem Funcional

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O enfoque sistêmico na organização

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Toda empresa se insere em um mercado onde se originam os recursos utilizados para

desenvolver suas atividades e destinar seus resultados. Existem 3 elementos

interdependentes no esquema de um sistema organizacional: entradas, processos e

saídas, todas cercadas pelo meio ambiente que provoca mudanças na estrutura e

desempenho, assim, afetando o sistema como um todo. Alguns aspectos relevantes

que influenciam no desempenho dos sistema s organizacional são:

1. Atuação do estado nas áreas política e legal;

2. Situação da economia e do sistema financeiro do país;

3. Desenvolvimento e disponibilidade tecnológica;

4. Nível educacional e cultural da sociedade;

5. Concorrência de outras empresas;

6. Preocupação com ecologia e preservação do meio ambiente.

TEORIA DA CONTINGÊNCIA

“Entende-se por contingência um conjunto de

conhecimentos, derivados de diversos

empreendimentos de pesquisa de campo que procuram

delimitar a validade dos princípios gerais de

administração a situações específicas.”

(Fernando C.P. Motta)

Origens da Teoria Contingencial

Nasceu a partir de uma série de pesquisas feitas para verificar quais modelosde estruturas organizacionais são mais eficazes em determinados tipos deorganização.

Isso significa que o tipo de organização mais adequada (vencedora) dependede seu ambiente interno e externo.

Abordagem contingencial

• Variações no ambiente ou na tecnologia conduzem a variaçõesna estrutura organizacional. O paradigma mostrado é similar aomodelo de estímulo-resposta proposto por Skinner, que sepreocupa basicamente com adequação da resposta, deixandode lado os processos (causas) pelos quais um estímulo resultana emissão de uma resposta. Para Skinner, o comportamentoaprendido opera sobre o ambiente externo para provocaralguma mudança no ambiente. Se o comportamento causauma mudança no ambiente, então a mudança ambiental serácontingente em relação ao comportamento. A contingência éuma relação do tipo “se-então”.

Abordagem Contingencial

• O conceito skinneriano de contingência envolve trêselementos principais:

1.2.3.

• Skinner procura enfatizar as consequências ambientaiscomo mecanismos controladores do comportamentoaprendido. O comportamento atua sobre o ambiente paraproduzir uma determinada situação. Assim, ocomportamento é função de suas consequências.

Pesquisa de Chandler

• Realizou um estudo sobre as mudanças estruturais nasorganizações em relação à estratégia de negócio.

• Pesquisou quatro grandes empresas AMERICANAS: DU PONT,GM, STANDARD OIL CO. E A SEARS ROEBUCK & CO.

• Selecionou essas empresas por serem inovadoras na criação deestruturas de sucesso em grandes empresas multidimensional.

As quatro fases da Pesquisa de CHANDLER

1.

2.

3.

4.

PESQUISA DE CHANDLER

• CONCLUSÃO:

A estrutura organizacional das grandes empresas americanas égradativamente alterada pela estratégia do mercado, ou melhor,diferentes condições do ambiente exigem estruturas diferentes.

Pesquisa de Burns e Stalker

• Tom Burns e G. M. Stalker, dois sociólogos, pesquisaram indústriasinglesas para verificar a relação entre práticas administrativas eambiente externo. Encontraram diferentes procedimentosadministrativos nas indústrias e as classificaram em dois tipos:organizações “mecânicas” e “orgânicas”.

Organizações Mecânicas

Estrutura burocrática baseada em uma minuciosadivisão do trabalho

Cargos ocupados por especialistas com atribuiçõesclaramente definidas

Decisões centralizadas e concentradas na cúpula daempresa

Hierarquia rígida de autoridade baseada no comandoúnico

Sistema rígido de controle sobre as informações

Organizações Orgânicas

Estruturas organizacionais flexíveis com pouca divisão de trabalho

Funções continuamente modificadas e redefinidas por meio da interação com outras pessoas que participam da tarefa

Decisões descentralizadas e delegadas aos níveis inferiores

Tarefas executadas por meio do conhecimento que as pessoas têm da empresa.

Pesquisa de Burns e Stalker

• Conclusões:

• A forma mecânica de organização é mais apropriada sob condiçõesambientais relativamente estáveis, enquanto a forma orgânica é maisapropriada para condições ambientais de mudança e inovação.

Pesquisa de Lawrence e Lorsch

• EMPRESAS: 10 empresas em 3 diferentes meios industrias(plásticos, alimentos empacotados e recipientes-containers).

• TIPO DE ESTUDO: pesquisa comparativa buscando determinar ascaracterísticas que as empresas devem ter para enfrentar comeficiência as diferentes condições internas, tecnológicas e demercado.

• RESULTADOS: os problemas organizacionais básicos são adiferenciação e a integração.

Pesquisa de Lawrence e Lorsch

Conceito de diferenciação: cada departamento daempresa reage a parte do ambiente que está exposto narealização da sua tarefa. Desta forma aparecemdiferenças nas abordagens e estruturas dos diversosdepartamentos da empresa.

Conceito de integração: pressões do ambiente levam abusca de unidade de esforços e coordenação entre osvários departamentos/subsistemas para atingirobjetivos.

Pesquisa de Lawrence e Lorsch

• Com base na pesquisa os autores formulam a Teoria da Contingência:

Aspectos Básicos:

• A organização é de natureza sistêmica, ou seja, ela é um sistema aberto.

• As variáveis organizacionais apresentam um complexo inter-relacionamento entre sie com o ambiente.

• As variáveis ambientais são independentes, desta forma as variáveis organizacionaissão dependentes.

Pesquisa de Lawrence e Lorsch

• Conclusão

Pesquisa de Joan Woodward

Socióloga industrial, organizou uma pesquisa para avaliar se a prática dosprincípios de administração propostos pelas teorias administrativas secorrelacionavam com o êxito do negócio.

Pesquisa de Joan Woodward

• Sua pesquisa se baseou na correlação entre o êxito nos negóciose as práticas administrativas.

• Pesquisou 100 empresas, cujo tamanho variava entre 100 e maisde 1.000 COLABORADORES.

Pesquisa de Joan Woodward

PRODUÇÃO UNITÁRIA OU OFICINA:

Estrutura muito achatada, onde planejamento e execução quase seconfundem.

PRODUÇÃO EM MASSA OU MECANIZADA:

Estrutura piramidal, menos achatada, nítida separação entre direçãoe execução.

PRODUÇÃO EM PROCESSO OU AUTOMATIZADA;

Processo contínuo e poucos funcionários.

CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS SEGUNDO SUA TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO

Pesquisa de Joan Woodward

•Conclusões:

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Ciclo de Vida das Organizações

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Os Ciclos de Vida das Organizações

• As organizações são entidades de natureza dinâmica e não estáticas ou estagnadas.

• Elas crescem, encolhem e mudam ao longo do tempo.

• A perspectiva de ciclo de vida sobre a mudança organizacionalsignifica que as organizações mudam constantemente ao longo dotempo em função de seu crescimento em tamanho, condições ematuridade.

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Tamanho das organizações

• Com o crescimento de tamanho vem a complexidade, pois conformeuma organização cresce, suas operações e estrutura tornam-se maisdifíceis de administrar

• Um desafio gerencial é a tarefa de balancear as vantagens dotamanho com as ocorrências da complexidade

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Tamanho das organizações

As organizações crescem por diversas razões:

•Metas organizacionais:

• Progresso dos executivos:

• Saúde econômica:

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Tamanho das organizações

As grandes organizações diferem das pequenas nos seguintes aspectos:

GRANDES PEQUENAS

43Prof. Marcos Antonio Franklin

Estágio de empreendimento

Estágio de coletividade

44Prof. Marcos Antonio Franklin

Estágio de formalização

Estágio de elaboração

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O fracasso das organizações quem é verdadeiro culpado

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O que ficou provado:

•Dificuldade em mudar o modelo

•Administração sem Tecnologia da Informação – TI

•Lentidão nas decisões

•Pensar que o “passado” foi excelente

•Creditar o erro nos “outros”

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Quais são os papéis do GESTOR??

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O novo modelo Competente

•Assessoria de RH

•Assessoria Contábil

•Assessoria Jurídica

•Análise rápida de crédito

•Controles gerenciais e financeiros

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O novo modelo Competente

•Central de compras

•Otimização das rotinas

•Treinamentos gerenciais

•Treinamentos operacionais

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Um novo modelo Competente

Mercado

• Ampliação do Mercado

• Gestão Criativa

• Novos Negócios

• Competitividade

• Clientes Satisfeitos

• Aumento das Vendas (com lucratividade)

• Gestão estratégica de pessoas

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•Redução dos Custos

•Lucratividade

•Excelência da Qualidade

•Redução da Inadimplência

•Fidelização dos Clientes

•Marketing Integrado

Um novo modelo Competente

TEORIA DA ECOLOGIA ORGANIZACIONAL

A Ecologia Organizacional é uma tentativa de explicar como ascondições ambientais afetam a relativa abundância e diversidade deorganizações e como estas tentam se adaptar às mutações ambientais,embora seu esforço seja inócuo frente à seleção natural do ambiente.

Foca os aspectos estruturais do ambiente.

Os fatores do ambiente que determinam a sobrevivência depopulações de organizações de um certo tipo em um dadoambiente.

Esta teoria procura estudar:Por que em alguns ambientes predominam organizações menores e

orgânicas e em outros organizações maiores e mais burocratizadas?

Quais as razões da diversidade de formas organizacionais?

Como e por quê se dá o crescimento de “populações” deorganizações de certo tipo em um setor específico?

• Contrapondo-se à Teoria Contingencial, a Ecologia Organizacional põeem dúvida o fato de a organização ser ou não tão flexível na adaptaçãoao ambiente. O assunto desperta interesse e merece atenção, poisdiscute o quanto "o ambiente tem uma preponderância maior naseleção daquelas organizações que são mais aptas a sobreviver“(MOTTA, 2001).

Dentro de uma perspectiva sociológica, conforme citam Hannan eFreeman (1978), a Ecologia Organizacional não trata de unidadesorganizacionais em particular, mas de populações de organizações equestiona o “como” e o “por que” as populações organizacionais sedesenvolvem. Nesta teoria, as organizações que têm melhor adequaçãoao ambiente são selecionadas em detrimento daquelas que não seadaptam apropriadamente.

INTRODUÇÃO

A ecologia organizacional pode ser entendida como um dos domíniosteóricos mais em evidência no panorama recente das ciênciasorganizacionais.

A ecologia organizacional dedica-se ao estudo de um nível de análisehabitualmente ignorado na teoria organizacional, isto é, o daspopulações de organizações.

O BOOM DA ECOLOGIA ORGANIZACIONAL

A ecologia organizacional pode ser vista como um sinal dos tempos. Umsinal de uma época competitiva, a ponto de se levantarem vozes sobre ajusteza e as consequências da ideologia da competição.

A natureza anti-management da ecologia organizacional

• Na teoria ecológica, o ambiente externo é “proativo”, cabendo aosgestores um papel passivo e de resistência à mudança induzida peloexterior;

• O fato de o processo de seleção das organizações se desenvolvernuma lógica supra organizacional retira relevância e pertinência aopapel adaptativo do gestor tal como concebido noutras teorias(principalmente a contingencial);

• Ao aceitar que é predominantemente o mercado que muda, e não asorganizações a teoria ecológica não se mostra capaz de propor umconjunto de prescrições para a atividade de adaptaçãoorganizacional.

a forma organizacional, que constrange e conduz o comportamentoindividual;

a escassez dos recursos, que dificulta a gestão da mudança;

o padrão de competição inter e intraorganizacional, que reduz aspossibilidades de escolha e faz com que as pressões competitivasamplifiquem o efeito de outros fatores;

o efeito das limitações à racionalidade, da forma como sãoapresentadas pelos psicólogos cognitivos.

• Não sendo necessariamente “heróis”, os gestores não devem sertratados como “anti-heróis”: eles são atores organizacionaisconstrangidos pelo contexto, mas não a ponto de sua ação serdeterminada pelo ambiente externo.

• Mesmo aceitando que o contexto organizacional e ambientalconstrange a ação dos gestores, é difícil aceitar que o processo deinfluência entre o contexto e o gestor se desenrole num só sentido:do contexto para o gestor.

• O papel do gestor e o seu mérito devem ser avaliados cada vez maispela capacidade demonstrada em articular de forma harmoniosa aspressões externas com as necessidades e capacidades internas.

• O papel do gestor e o seu mérito devem ser avaliados cada vez maispela capacidade demonstrada em articular de forma harmoniosa aspressões externas com as necessidades e capacidades internas.

• Os gestores de topo devem ser cada vez mais catalisadores daabertura ao exterior em vez de controladores intraorganizacionais.

TEORIA DOS CUSTOS DE TRANSAÇÃO

A organização no enfoque da TCT

O ponto de partida da TCT:

A consideração de que os custos da empresa não se resumem acustos de produção: existem também os custos de transação.

Definição de Custos de Transação:

São os custos que os agentes enfrentam quando recorrem aomercado para adquirir equipamentos, insumos ou serviços, ouquando estabelecem uma “interface” com outro agente

Esses custos envolvem: custos de negociar, redigir e garantiro cumprimento de um contrato (formal ou informal).

Como esta teoria explica a existência de Custos de Transação?

Fatores que podem originar custos de transação

TEORIA DA FIRMA – O ENFOQUE DOS CUSTOS DE TRANSAÇÃO

• Exemplos de Custos de Transação:

Custos devidos a falhas na execução da transação

- Quando a transação não se processa da maneira planejada.

Ex: o caso do fornecimento de insumos e componentes quefogem aos padrões de qualidade ou aos prazos de entregarequeridos, determinando paralisações ou alterações no ritmo deprodução, fabricação de produtos defeituosos, etc.

TEORIA DA FIRMA – O ENFOQUE DOS CUSTOS DE TRANSAÇÃO

• Custos requeridos para criar garantias de que não existirãointenções oportunistas

• Ex: pagamento de taxas para uso/comercialização de marcasou produtos.

(o caso de franchising ou outros investimentos associados àimplementação de códigos de confiança)

Como esta teoria explica a existência de Custos de Transação?

•Comportamento oportunista

• Supõe-se que os agentes econômicos agem motivados peloauto interesse e oportunismo: o oportunismo implica que aspartes podem agir aeticamente, descumprindo contratos

• Para prevenir perdas devido ao oportunismo, os agenteseconômicos procuram estabelecer relações contratuais: quantomaior a necessidade de relações contratuais maior o custo detransação associado.

Como esta teoria explica a existência de Custos de Transação?

Especificidade dos ativos

Ativos específicos são ativos que não são reempregáveis semque tal implique em alguma perda de valor.

A condição de especificidade do ativo ocorre na situação emque é reduzido o número de produtores capazes de ofertar e dedemandantes interessados em adquirir o ativo em questão.

Quanto maior o grau de especificidade do ativo, maioresserão os riscos e problemas de adaptação, logo, mais elevadosserão os custos de transação.

Exemplos de fontes de especificidade de ativos:

Especificações técnicas que podem limitar a possibilidade deaplicações alternativas;

(Ex: equipamentos industriais sob encomenda.)

Recursos humanos empregados em atividades de P&D

(Conhecimentos e habilidades não podem ser facilmentetransferíveis ou copiados.)

Especificidade de localização: explicada pela imobilidade física dosativos

(deslocamento implicaria em elevado custo de transação) Ex: usinahidroelétrica – central geradora de energia.

TEORIA DA FIRMA – O ENFOQUE DOS CUSTOS DE TRANSAÇÃO

• A pergunta central da TCT

• Dada a necessidade da empresa de dispor de equipamentos,insumos, etc, qual a melhor maneira de fazê-lo?

1. Realizando uma transação de compra?

2. Internalizando a produção desses fatores, ou seja, passandoela mesma a produzi-los?

TEORIA DA FIRMA – O ENFOQUE DOS CUSTOS DE TRANSAÇÃO

•A hipótese básica da teoria:

• A existência de custos de transação relativamente mais elevados emtransações realizadas no mercado determina a substituição destaestrutura de governança pela estrutura hierárquica da empresa comométodo de economizar custos de transação.

•Por que as firmas existem?

• As empresas existem se e enquanto possibilitarem maior economiade custos transação em relação a alternativa do mercado.

Aplicando a Teoria dos Custos de Transação

Integração Vertical:

Integração Vertical – solução indicada quando:

1.

2.

3.

Definindo a fronteira da firma

Integração Vertical e tamanho eficiente da firma

. O tamanho eficiente da firma será definido tomandoem conta:

- o conjunto atividades consideradas estratégicas aofuncionamento e expansão da firma;

- o conjunto de atividades que sejam realizadas de formamais eficiente ao serem internalizadas pela firma do queabastecidas pelo mercado.

Dinamizando a Teoria dos Custos de Transação

•Quando para reduzir custos de transação seja necessáriopromover mudança organizacional na empresa.

•Assim como a existência de custos de transaçãorelativamente mais elevados em transações realizadas nomercado determina a substituição desta estrutura degovernança pela organização hierárquica da empresa, hápossibilidade de auferir economias de custos de transaçãopodem levar a alterações nas características desta últimaorganização, desencadeando um processo de mudançaorganizacional.

Teoria dos Custos de Transação –uma síntese

• A teoria dos custos de transação enfoca a firma enquanto umaestrutura de governança (uma organização) alternativa aomercado, cujo objetivo é economizar custos de transação.

• A teoria afirma que a magnitude dos custos de transação variaconforme as características da transação e do ambientecompetitivo.

• A magnitude desses custos é explicada pela teoria em função detrês fatores: Incerteza, Oportunismo e Especificidade dosAtivos.

Teoria dos Custos de Transação –uma síntese

• A incerteza tem o efeito de ampliar as lacunas que um contrato nãopode cobrir, o que significa dizer que ela aumenta o espaço paracomportamentos oportunistas, portanto, afeta positivamente oscustos de transação.

• O oportunismo é favorecido pelo ambiente de incerteza. Mas se atransação for efetuada com elevada frequência, é provável que osagentes econômicos evitem agir de forma oportunista, impondoperdas aos seus parceiros, pelo temor de represálias ou perdas defuturas na relação de troca.

• O grau de especificidade dos ativos afeta positivamente os custos detransação, uma vez que tal situação potencializa a possibilidade deperda associada a uma ação oportunista por parte do outro agente.

Teoria dos Custos de Transação –uma síntese

• A teoria dos custos de transação afirma que o critério básicoconsiderado na decisão entre comprar insumos no mercado ouproduzi-los internamente (na empresa) é a comparação entre amagnitude dos custos de transação associados a cada umadessas alternativas: optar-se-á pela estrutura de governançarepresentada pela empresa, quando esta mostrar-se maiseficiente que a coordenação do mercado, no que tange aoobjetivo de economizar custos de transação.

• Esta teoria da firma encontra-se em franca expansão, sendomuito aplicada nos estudos sobre integração vertical e nasquestões envolvendo direitos de propriedade e/ou contratos deexclusividade.