Post on 21-Jan-2018
A
TRIBULAÇÃ
O(Mt. 24:4-14; Mc. 4:4-13)
Significado: Aflição, perseguição (Sl. 107:28; Rm. 8:35; 1Ts. 1:6).
A Tribulação se divide em duas etapas:
1. O princípio das dores;
2. A grande tribulação.
A primeira etapa, o princípio das dores é o período em que a igreja é chamada
a ser cautelosa, para evitar ser enganada. Esse tempo será marcado pelo
surgimento de falsos cristos (Mt. 24:4) “... e enganarão a muitos...”, esses
falsos cristos se levantarão em virtude das guerras entre as nações, fomes,
pestes e terremotos, como “cristos” oferecendo soluções para os problemas
que todos estarão enfrentando.
(vv 9,10) Os crentes serão perseguidos, mortos e odiados por causa do nome
de Jesus, e a consequência será muitas pessoas escandalizadas, desviadas ou
negando a Jesus. Nesse tempo a igreja é conclamada a ser: cautelosa (v.4),
corajosa “... não vos assusteis” (v.6), perseverante (v. 13).
A segunda etapa a grande tribulação nesse chegamos à metade da tribulação.
Sabemos isso comparando o versículo 15 com Daniel 9:27. Daniel predisse
que no meio da septuagésima semana, isto é, no fim de três anos e meio, uma
imagem idolatra seria elevada no lugar santo, quer dizer, o templo de
Jerusalém. A todos será ordenado adorar essa imagem abominável, se não
cumprirem essa ordem serão mortos (Ap. 13:15). A montagem do ídolo
abominável será o sinal para os que conhecem a palavra de Deus, de que a
grande tribulação começou. Note que o Senhor quer que aquele que lê a
profecia à entenda.
(v.16) “ Os que estiverem na Judéia fujam para os montes; Perto de Jerusalém
a recusa de adorar a imagem seria descoberta rapidamente.
(vv 17,18,19) A advertência é para que todas as pessoas fujam Judéia tão
rápido quanto possível, sem se preocupar com bens materiais, mas apenas
com suas próprias vidas.
(v. 20) Os crentes deveriam orar para que a crise não venha no inverno com
os adicionais perigos, e que não seja no sábado, quando a distância que
poderiam viajar seria limitada pela lei (Ex. 16:29). A viagem de um sábado
não seria bastante para leva-los para longe do perigo.
(v. 21) “ porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o
princípio do mundo até agora, nem tão pouco há de haver.”
(v.22) Os dias serão abreviados por causa dos escolhidos, ‘nenhuma carne se
salvaria’, significa que todos seriam destruídos se Deus não intervisse ( Ap.
7:3,4; 9:4; 14:1; Mt. 24:31).
(vv. 23-27) Nesse clima de dor e desespero, surgirão muitos “profetas”
anunciando que Jesus já voltou, e está neste ou naquele lugar, mas tais
“profetas e cristos” não merecem crédito, porque quando Jesus vier será
vistos por todos, e reunirá toda humanidade num mesmo lugar (Mt. 24:28;
25:31,32).
Há um paralelo impressionante entre os eventos registrados nos versículos
3-14 e os de Apocalipse 6:1-11. O cavaleiro do cavalo branco (messias falso);
O cavaleiro no cavalo vermelho (guerra); O cavaleiro no cavalo preto (fome);
O cavaleiro no cavalo amarelo (pestilência ou morte). As almas debaixo do
altar são os mártires. Os eventos descritos em Apocalipse 6:12-17 são
ligados com os de Mt. 24:19-31.
APOCALIPSE 6
Os quatro cavalos e seus cavaleiros
(vv 1-2) O primeiro selo corresponde ao cavalo branco.
Observar:
Saiu primeiro;
Tinha um arco;
Não são mencionadas flechas;
Saiu vitorioso e para vencer;
(o verdadeiro Cristo Ap. 19:11-16).
(vv. 3-4) O segundo selo corresponde
ao cavalo vermelho.
Observar:
Ao cavaleiro do cavalo vermelho foi
permitido tirar a paz da terra.
Provocar mortes (assassinatos).
Seu instrumento é uma espada (a
cada hora e meia uma pessoa é
morta no Rio de Janeiro, jornal da
record 7:30 da manhã.
(vv. 5-6) O terceiro selo corresponde ao cavalo
preto.
Observar:
Leva uma balança;
Voz: “uma medida de trigo por dinheiro”,
“...três medidas de cevada por um dinheiro”,
“e não danifiques o azeite e o vinho.
Obs.: Seá ( hb. Sêa) era uma medida para
farinha de trigo e cereais (Gn. 18:6; 1Rs.
18:32; Em nossa versão: medida (em Ap. 6:6
a medida (choinix) é igual a 1 litro.
(vv. 7-8) O quarto selo
corresponde ao cavalo amarelo.
O cavaleiro do cavalo amarelo
se chama morte.
Seus seguidores: o inferno
Seu propósito: matar a quarta
parte da terra;
Suas armas: Espada, fomes,
pestes e feras.
APOCALIPSE 13
As duas bestas
(v. 1) O capitulo 13 apresenta duas grandes
bestas: uma besta que emerge do mar e outra
que emerge da terra. Sem dúvida ambas
simbolizam homens que terão papéis
importantes durante o período de tribulação.
Estas duas bestas combinam características das
quatro bestas de Daniel 7:3-7
. A primeira besta é o líder do império romano
restaurado, constituído da união de dez reinos.
Emerge do mar, um tipo das nações gentias, e
tem dez chifres. Daniel predisse que o império
romano seria restaurado na forma de dez reinos
(Dn. 7:24). Também tem sete cabeças, que de
acordo com Ap. 17.9-10, representam sete reis,
uma possível referência a sete tipos diferentes
de governantes ou estágios do império. Sobre os
chifres traz dez diademas que simbolizam o
poder para governar que lhe foi conferido pelo
dragão, satanás. Sobre as cabeças tem nomes de
blasfêmias e arroga a si prerrogativas divinas
como se não fosse um simples homem.
(v.2) A besta é semelhante ao leopardo, com pés como de urso e boca como
de leão. Em Daniel 7 o leopardo simboliza a Grécia; o urso é um tipo do
império Medo-persa, e o leão representa a Babilônia. O império romano
restaurado se parece com seus antecessores no sentido de que é rápido
para conquistar como um leopardo, poderoso como um urso e ávido como
um leão. Em resumo, combina todas as características das potências
mundiais do passado. O império e seu governante recebem força
sobrenatural de satanás.
(v. 3) A besta tem uma ferida mortal em uma de suas cabeças. Scfield
explica: “fragmentos do antigo império romano nunca deixaram de existir
como reinos separados. Apenas a forma imperial de governo cessou, ou
seja, a cabeça com ferida mortal “ a ferida mortal é curada, em outras
palavras, o império é restaurado sob a liderança da besta.
(v. 4) A besta recebe adoração dos homens. Em vez de si espantarem com
ela, adoram-na como se fosse Deus. Também adoram o dragão.
(vv. 5,6) A besta se vangloria com arrogância e profere blasfêmias terríveis.
Recebe autoridade para agir por 42 meses. Fala com fria irreverência
contra o nome de Deus, seu tabernáculo e as hostes celestiais.
(v. 7) Guerreia contra os santos e vence muitos que preferem morrer à si
sujeitar ao inimigo. Seu governo se estende sobre todo o mundo e
constitui o último império mundial antes do reino de Cristo.
(v.8) Aqueles que não são verdadeiros adoradores de Cristo, prestam culto à
besta prontamente. Uma vez que nunca creram em Cristo, seus nomes não
estão escritos no livro da vida do cordeiro. Já que seus nomes não estão
entre os dos remidos, são entregues ao erro (2Ts. 2:11), recusaram-se a crer
na verdade, e agora creem numa mentira.
(v.9) Temos aqui uma advertência para aceitar a revelação da palavra de
Deus enquanto ela se encontra disponível. A revelação é negada a todos que
a rejeitam.
(v.10) Os cristãos verdadeiros recebem a garantia de que seus perseguidores
serão levados para o cativeiro e mortos à espada. Graças a essa certeza, os
santos podem esperar com perseveranças e [...] fidelidade.
(v.11) A segunda besta é outra figura proeminente
no período da tribulação. Coopera de forma
bastante próxima com a primeira, e chega a
organizar uma campanha internacional em favor da
adoração da primeira besta e do ídolo enorme que
representa o imperador romano. ‘Segunda besta
emerge da terra’, caso se trate de uma referência à
terra de Israel, então é quase certo que esse líder é
judeu, é o falso profeta (cf. 16:13; 19:20; 20:10).
Seus dois chifres parecendo cordeiro lhe conferem
um aspecto dócil e inofensivo, mas também sugerem
que ele se faz passar pelo cordeiro de Deus. Ele fala
como o dragão, uma indicação de que recebe
inspiração e poder diretamente de satanás.
(vv. 12-14) Exerce toda a autoridade da primeira besta, ou seja, o
imperador romano lhe dá autoridade ilimitada para atuar em seu nome.
Possui poderes sobrenaturais de modo que até fogo do céu faz descer à
terra. Seus milagres visam evidentemente a enganar as pessoas e leva-las a
adorar um homem como se fosse deus.
(v.15) Anima a imagem, a abominação de desolação, e lhe dá a capacidade
de falar. Quem recusa adorar a imagem é castigado com a morte.
(v. 16) A segunda besta exige que o povo prove sua fidelidade ao
imperador romano pelo uso da marca da besta sobre a mão direita ou
sobre a fronte.
(v. 17) Além dessa marca a besta tem um nome e um número místico.
Quem não tiver a marca, o nome [...] ou o número da besta não poderá
comprar ou vender. Trata-se de uma tentativa de usar meios econômicos
para obrigar os homens a renegar Cristo e se entregar à idolatria. Será uma
prova severa, mas os verdadeiros cristãos preferirão morrer a renegar seu
salvador.
(v.18) O número da besta [...] é seiscentos e sessenta e seis. Seis é o
número do homem, o fato de ser um número inferior ao sete pode sugerir
que o homem fica aquém da glória ou perfeição de Deus. Os três seis
constituem uma trindade do mal.
Uma das grandes dúvidas relacionadas ao capítulo 13 é se o anticristo é a
primeira ou segunda besta. O argumento em favor da primeira besta como
anticristo é sua exigência de ser adorado como Deus. Quem considera a
segunda besta o anticristo afirma que os judeus jamais aceitariam um
messias gentio e, uma vez que a segunda besta é judeu, deve portanto ser
messias falso.
Ismar Belarmino Pereira
31/12/2015