Post on 05-Jun-2015
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁCENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA, ESTATÍSTICA E INFORMÁTICA
ALUNOS: Amanda MonteiroAnderson NunesBruno MarquesMarco Almeida
Paulo GamaWudielson Segtowick
I. A POSSIBILIDADE DO
CONHECIMENTO
PRIMEIRAMENTE: O QUE É O CONHECIMENTO?
Conhecimento filosófico: construção de ideias e conceitos, Buscando as verdades do mundo por meio da indagação, debate, do filosofar.
O PROBLEMA DO CONHECIMENTO
Se existe um conhecimento verdadeiro, como podemos reconhecer sua verdade?
POSSIBILIDADES DO CONHECIMENTO
DogmatismoSubjetivismo e RelativismoCeticismoPragmatismoCriticismo
O DOGMATISMO
Psicológica e historicamente foi o primeiro “ponto de vista”;
O conhecimento depende da interação entre sujeito x objeto;
Não aborda o problema do conhecimento; A consciência cognoscente aprende aquilo que
está diante dela; Excesso de confiança na eficiência razão humana.
Sofistas: Os primeiros a levantarem o “problema do conhecimento”.
Tipos de Dogmatismo:Dogmatismo Teórico: Conhecimentos teóricos;Dogmatismo Ético: Valores morais;Dogmatismo Religioso: Valores religiosos;
O SUBJETIVISMO E O RELATIVISMO
Limitação da Validade da verdade; Ausência de verdade Universalmente Válida; Subjetivismo: A restrição da validade do
conhecimento reside no Sujeito (individuo); O conhecimento pode ser para um individuo e
outro para outro individuo; Relativismo: A restrição da validade do
conhecimento depende de fatores externos.
O CETICISMO
Contestação do contato entre sujeito e objeto; O conhecimento não pode ser alcançado; Não enxerga o objeto; Atenção voltada completamente para o subjetivismo
do conhecimento humano; A contradição do Ceticismo; O ceticismo metafisico: Positivismo (Augusto Comte).
CETICISMO METAFISICO: O POSITIVISMO
Pensador: Augusto Comte; Nega a possibilidade do conhecimento “supra –
sensorial”; Ater-se aos fatos da experiência: Positivamente
dados; Refutar todo e qualquer especulação metafisica; Não existe conhecimento filosófico-metafisico,
somente o saber e o conhecimento cientifico (baseado em experiências ).
O PRAGMATISMO
Do grego prâgma, ação. Similar ao ceticismo, ele também abandona o conceito de verdade como concordância entre pensamento e ser;
Adota outro conceito de verdade no lugar do que foi abandonado;
Verdadeiro, segundo essa concepção, significa o mesmo que útil, valioso, promotor da vida.
COMO O PRAGMATISMO VÊ O HOMEM
Um ser prático, dotado de vontade, ativo, e não um ser pensante, teórico;
O intelecto está a serviço do querer e do agir, orientando-se na realidade;
O juízo ‘a vontade humana é livre’ é verdadeiro.
REPRESENTANTES DO PRAGMATISMO
William James Friedrich Schiller
Friedrich Nietzsche
O ERRO FUNDAMENTAL DO PRAGMATISMO
Consiste em não visualizar a esfera lógica;
Ele desconhece o valor próprio, a autonomia do pensamento humano;
A verdade pode ter efeitos danosos;
CRITICISMO
Ponto de vista intermediário entre dogmatismo e ceticismo;
O conhecimento é possível e de que a verdade existe;
Põe à prova toda afirmação da razão humana e nada aceita inconscientemente.
FUNDADOR DO CRITICISMOKant passou tanto pelo
dogmatismo quanto pelo ceticismo, e diz que ambos os pontos são unilaterais.
O primeiro tem “uma confiança cega na capacidade da razão humana”;
O segundo é “a desconfiança adquirida, sem crítica prévia, contra a razão pura”.
Immanuel Kant
OUTRO REPRESENTANTE DO CRITICISMO
Hegel diz em sua Enciclopédia o seguinte: “A investigação do conhecimento não pode ocorrer senão conhecendo; investigar esse assim chamado instrumento não significa outra coisa senão conhecê-lo. Mas querer conhecer antes de conhecer é tão incongruente quanto a sábia resolução daquele escolástico – aprender a nadar antes de aventurar-se na água.” Georg Wilhelm Friedrich
Hegel
II. A ORIGEM DO CONHECIMENTO
O juízo “o sol aquece a pedra” foi construído com base em determinadas experiências. O sol bate sobre a pedra e, tocando-a, verifica-se que ela vai ficando cada vez mais quente. Nesse juízo, portanto, temos base nos dados da visão e do tato, ou, em poucas palavras, na experiência.
A experiência mostra que um processo segue-se ao outro. Adicionando o pensamento de que um processo ocorre por meio do outro, é causado pelo outro.
RACIONALISMO
O ponto de vista que enxerga no pensamento, na razão, a principal fonte do conhecimento humano;
Necessário e tiver validade universal;
O pensamento é a verdadeira fonte e fundamento do conhecimento humano.
UM MODELO DE CONHECIMENTO
O conhecimento matemático;
Dedutivo e conceitual;
O racionalismo em sua forma mais imediata;
RACIONALISMO TRANSCENDENTE
Encontramos a forma mais antiga de racionalismo em Platão. Ele está convencido de que todo saber genuíno distingue-se pelas notas características da necessidade lógica e da validade universal. O mundo da experiência está em constante mudança e modificação. Consequentemente, é incapaz de nos transmitir qualquer saber genuíno; a contemplação das ideias.
Platão
RACIONALISMO TEOLÓGICO
Dois representantes; Plotino e Agostinho;
Plotino coloca o mundo das ideias no Espírito Pensante, o Nous cósmico;
Agostinho substitui o Nous cósmico pelo Deus do cristianismo.
RACIONALISMO TEOGNOSTICISMO
Na Idade Moderna, o racionalismo experimenta uma intensificação: Malebranche, filósofo francês do século XVII e no século XIX, o filósofo italiano Gioberti. Segundo ele, conhecemos as coisas com uma visão imediata do Absoluto em sua atividade criadora.
Desde então, essa designação tem sido aplicada em Malebranche e a doutrinas afins, de modo que hoje se entende por ontologismo.
RACIONALISMO IMANENTE
René Descartes Leibniz
Doutrina das ideias conatas ou inatas (ideae innatae);
Segundo ela, há em nós um certo número de conceitos inatos, conceitos que são, na verdade, os mais importantes, fundamentadores do conhecimento;
Se em Descartes esses conceitos estariam mais ou menos prontos em nós, para Leibniz eles existem apenas em germes, potencialmente.
RACIONALISMO LÓGICO
Século XIX; Abstrato; Personificação dos pressupostos e princípios do
conhecimento; O conteúdo completo do conhecimento é deduzido
daqueles princípios superiores de maneira rigorosamente lógica.
O EMPIRISMO Para o Empirismo a razão não possui nenhum patrimônio apriorístico, a experiência é o seu fundamento. Vemos o empirismos :
1. Na Grécia antiga. Os estóicos: a alma como uma pagina em branco.
2. Em John Locke: Retoma a ideia da Grécia Antiga e acrescenta que as experiências deixam as primeiras impressões nesta página
John Locke(1632-1704)
3. David Hume: Seguindo os pensamentos de Locke ele divide as “ideias” (perceptions) de Locke em impressões (impressions) e ideias (ideas). Na primeira, temos as impressões de sensação e as impressões de reflexões. Na segunda, temos as representações menos nítidas da memória e da fantasia que nos surgem baseado nas impressões. Deste modo Hume formula o axioma: ”Todas ideias provem de impressões, não sendo senão copias das impressões”
David Hume (1715-1780)
4. Condillac (1715-1780), contemporâneo de Hume, existia apenas uma forma de conhecimento: o Sensualismo, no qual a fonte do conhecimento é a sensação. Originalmente, a alma tem apenas uma faculdade: experimentar sensações.
Condillac (1715-1780)
5. Já no século XIX, encontramos o empirismo no filosofo inglês John Stuart Mill (1806-1873). Ele mais longe do que Hume e Locke, na medida em que atribui também o conhecimento matemático à experiência, como única fonte de conhecimento
John Stuart Mill (1806-1873).
O INTELECTUALISMO
O intelectualismo é o agente mediador entre o racionalismo e o empirismo. Para ele, tanto o pensamento quanto a experiência participam da formação do conhecimento. Segundo o intelectualismo , a consciência retira seus conceitos da experiência.
Seu axioma fundamental é a proposição: ”nihil est in intellectu quod prius non fuerit in sensu” que significa: “não há nada no intelecto que não estivesse primeiro nos sentidos”
Aristóteles foi um dos primeiros a desenvolver o intelectualismo: Aluno de Platão e pesquisador da natureza.
Aristóteles( Filósofo Grego)
Essa teoria foi reorganizada na Idade Média por Tomás de Aquino(1221-1247). Para ele, inicialmente recebemos das coisas concretas as imagens sensíveis, species sensibles. O intellectus agens extrai delas as imagens essenciais universais, as species intelligibiles.
Tomás de Aquino(1221-1247).
O APRIORISMO
Foi a segunda tentativa de mediação entre o racionalismo e o empirismo.
Mais voltada aos elementos a priori, isto é, aos pensamentos e, consequentemente, ao racionalismo.
Enquanto o racionalismo considera os fatores a priori como conteúdos e conceitos completos, o apriorismo não vê os fatores a priori como conteúdos e conceitos completos, mas sim como formas de conhecimento que recebe seus conteúdos a partir das experiências.
O principio que governa o apriorismo é: ”conceitos sem intuições são vazios; intuições sem conceitos são cegas”. O intelectualismo deriva o fator racional do empírico, enquanto para o apriorismo o fator empírico é que deriva do fator racional.
O fundador do apriorismo é Kant. Toda a sua filosofia e tentativa de mediação entre o racionalismo e o empirismo se deu a partir do racionalismo de Leibniz e Wolff e o empirismo de Locke e Hume.
Ele o fez afirmando que o material do conhecimento provém da experiência, enquanto a forma provém do pensamento.
Immanuel Kant(1724-1804)
POSICIONAMENTO CRÍTICO
Podemos entender como um posicionamento de princípios frente às duas orientações (racionalismo e empirismo), apenas a título de complemento.
Devem-se separar rigorosamente o problema psicológico do problema lógico.
O PROBLEMA PSICOLÓGICO
Analisados sob a ótica da origem psicologia, tanto o empirismo quanto o racionalismo são falsos.
O empirismo é refutado pelo fato da psicologia moderna ter mostrado que além dos conteúdos intuitivos da consciência, existem aqueles que são intelectuais.
O racionalismo também não se sustenta no confronto com a psicologia, uma vez que ela desconhece conceitos inatos ou nascidos de fontes transcendentes, mostrando que a formação de conceitos é condicionada pela experiência.
Destarte, devemos mesclar tanto um quanto o outro para uma atuação conjunta de fatores racionais e empíricos no conhecimento humano.
O racionalismo está voltado para as ciências ideais, enquanto que o empirismo está voltado para as ciências naturais (reais) e que ambas tem razão, desde que elas restringissem suas doutrinas epistemológicas aos campos específicos que cada uma tem em mente.
O PROBLEMA LÓGICO
Do ponto de vista lógico, temos mais dificuldades em tomar opinião sobre as duas posições intermediárias.
Tanto sob o ponto de vista do intelectualismo quanto sob o ponto de vista do apriorismo, temos juízos com verdades universais, mas com necessidades estritas.