A Familia Da Flauta

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Associação Brasileira de Flautistas - ABRAF

UM DIA DE FLAUTA

A FAMÍLIA DA FLAUTA: DO PICCOLO A CONTRABAIXO

Por Sérgio Morais

São Paulo, 24 de Maio de 2013 Brasil

FLAUTIM (piccolo, flautín, kleine flöte, petit flûte, ottavino)

Extensão: Ré4 – Dó7 Tamanho: aproximadamente 33cm

O mais agudo da família das flautas transversais. Em grandes orquestras e bandas, seu som penetrante é percebido sem

esforço. Fabricado em madeira (grenadilha é a mais comum), metal resina ABS (tipo

de plástico feito a partir do petróleo) e outros materiais sintéticos, é encontrado nas afinações de Ré bemol e Dó, sendo este último o mais comum atualmente. Geralmente cônico, porém encontrado em formato cilíndrico, divide-se em apenas duas partes: o bocal e o corpo. Seu sistema de chaves é bem parecido com o da flauta de concerto (flauta transversal comum) fazendo com que o executante use as mesmas posições da flauta para tocá-lo, porém requer maior pressão na embocadura. No Brasil: Altamiro Carrilho (in memorian), Carlos Malta, Marcos Kiehl. No exterior: Jan Gippo, Jean-Louis Beaumadier, Nicole Esposito, Nicola Masanti, Michel de Paula, entre outros.

FLAUTA DE CONCERTO (flauta soprano em Dó) (C flute; flauta, flöte, flûte, flauto)

Extensão: Dó3 – Dó6 Tamanho: aproximadamente 67cm (dependendo do pé em Si ou Dó)

A mais popular das flautas, é usada por estudantes e profissionais do mundo todo. É encontrada em quase todo tipo de formação: bandas militares, orquestras sinfônicas, grupos de música popular como samba, choro, jazz e até rock. Fabricada em metal (níquel, prata, ouro ou platina) e também em madeira (grenadilha, a mais comum). Divide-se em três partes: bocal, corpo e o pé, podendo conter uma chave a mais para a execução do Si2 (grave). Seu formato é cilíndrico sendo apenas o bocal levemente cônico em sua extremidade superior. Atualmente existe uma grande diversidade de modelos no mercado, com chaves abertas (furadas), fechadas, bocais especiais e até diferença no diâmetro e na espessura do tubo, o que muda a projeção e o brilho do som. Destacam-se na flauta: Altamiro Carrilho (in memorian), Odette Ernest Dias, Celso Woltzenlogel, Rogério Wolf (Brasil), James Galway, Jean-Pierre Rampal (in memorian), Marcel Moyse (in memorian) Emmanuel Pahud (exterior), entre outros.

FLAUTA CONTRALTO EM SOL (alto flute in G, flauta contralto en sol, flûte contralto em sol)

Extensão: Sol2 – Sol5

Tamanho: aproximadamente 86cm

Toca a mesma extensão da flauta de concerto, porém soa uma quarta justa abaixo. Construída em metal, também se divide em três partes: bocal (podendo ser curvo para facilitar a execução), corpo e pé, podendo tocar o Fá2. Muito usada em conjuntos de flauta como trios, quartetos e orquestras para reforçar os graves, por isso é também conhecida como flauta de harmonia. Para tocar uma mesma melodia da flauta de concerto, deve-se escrever uma quarta justa acima. Ex.: uma melodia escrita em fá maior soará dó maior, uma melodia escrita em dó menor soará sol menor. Alguns flautistas brasileiros que tocam flauta em sol: Carlos Malta e Andréa Ernest Dias (Pife Muderno), Madalena Salles (Oswaldo Montenegro), Arthur Andrés (Uakti), Teco Cardoso. No exterior: Ali Ryerson, Chris Potter, Peter Sheridan, Matthias Ziegler, etc.

FLAUTA BAIXO EM DÓ (bass flute in C, flauta baja en Do, flûte basse en Do)

Extensão: Dó2 – Dó5

Tamanho: aproximadamente 136cm (reta)

A mais grave do quarteto de flautas, soa uma oitava justa abaixo da flauta de concerto. Também de metal, divide-se em três ou quatro partes: bocal, corpo e pé. Alguns modelos possuem a curva fixa. De timbre aveludado e encorpado, seu uso é mais freqüente em orquestras e corais de flautas ou acompanhamento de bandas e cantores, por isso, assim como a flauta em sol, é chamada de flauta de harmonia. Atualmente vem sendo usada como instrumento solista por músicos eruditos e populares. Destaques: Hermeto Pascoal, Carlos Malta, Andréa Ernest Dias, Sérgio Morais, Teco Cardoso (Brasil), Robert Dick, Matthias Ziegler, Chris Potter, Peter Sheridan (exterior), entre outros.

FLAUTA CONTRABAIXO EM DÓ (contrabass flute in C, flauta contrabaja en Do, flûte octobasse en Do)

Extensão: Dó¹ – Dó4

Tamanho: aproximadamente 1,80m (com as curvas)

A família da flauta cresceu nos últimos anos com a fabricação de novas flautas graves: baixo em Fá, contrabaixo, subcontrabaixo, duplo contrabaixo, entre outras. A Contrabaixo em Dó soa uma oitava abaixo da flauta baixo, ou duas abaixo da flauta de concerto. Feita em metal ou PVC©, divide-se em seis partes: bocal, curva superior, curva inferior, corpo superior (mão esquerda), corpo inferior (mão direita) e pé. Assim como a baixo, possui timbre aveludado e encorpado. Seu uso é mais freqüente em orquestras e corais de flautas mas o repertório camerístico tem crescido, com peças para flauta contrabaixo e orquestra, acompanhada por piano, marimba e outras formações. Atualmente vem sendo usada como instrumento solista por músicos eruditos e populares. Destaques: Sérgio Morais e Arthur Andrés (Brasil), Robert Dick, Matthias Ziegler, Chris Potter, Marion Garver Fredrickson, Peter Sheridan (exterior), entre outros.

OUTRAS FLAUTAS:

FLAUTA DE MADEIRA – SISTEMA DE ANÉIS

DE CIMA PARA BAIXO: FLAUTIM DE MADEIRA, FLAUTA

SOPRANO EM MI BEMOL, FLAUTA SOPRANO EM DÓ, FLAUTA CONTRALTO EM SOL E FLAUTA BAIXO EM DÓ (MODELO

RUDALL CARTE)

FLAUTA DE PRATA

FLAUTA DE OURO

FLAUTA CONTR’ALTO EM SOL E FLAUTA CONTRABAIXO EM DÓ

Flauta contrabaixo em Dó, Subcontrabaixo em Sol, Contrabaixo em Dó, Contr’Altos – Eva Kingma

Flauta Subcontrabaixo – Peter Sheridan

Flauta baixo em Fá – Robert Dick

Antigo modelo de flauta contrabaixo – Michael Heupel

Flauta Hyperbaixo de PVC – Jelle Hogenhuis