37502070 enfermagem

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ENFERMAGEM

Enfermagem

É a arte de cuidar e também uma ciência cuja essência e especificidade é o cuidado ao ser humano, individualmente, na família ou em comunidade de modo integral e holístico, desenvolvendo de forma autônoma ou em equipe atividades de promoção, proteção, prevenção e recuperação da saúde.O conhecimento que fundamenta o cuidado de enfermagem deve ser construído na intersecção entre a filosofia, que responde à grande questão existêncial do homem, a ciência e tecnologia, tendo a lógica formal como responsável pela correção normativa e a ética, numa abordagem epistemológica efetivamente comprometida com a emancipação humana e evolução das sociedades.

No Brasil, o enfermeiro é um profissional de nível superior da área da saúde, responsável inicialmente pela promoção, prevenção e na recuperação da saúde dos indivíduos, dentro de sua comunidade. O enfermeiro é um profissional preparado para atuar em todas as áreas da saúde: assistencial, administrativa e gerencial. Dentro da enfermagem, encontramos o auxiliar de enfermagem (nível fundamental) e o técnico de enfermagem, (nível médio) ambos confundidos com o enfermeiro, entretanto com funções distintas, possuindo qualificações específicas.Na maioria dos países, (ex: Portugal) não existem estas subdivisões. O enfermeiro de cuidados gerais exerce todas as funções inerentes ao seu cargo, previsto na carreira de enfermagem, não existindo desta forma duvidas quanto à função de cada elemento da equipe multidisciplinar. Todos os enfermeiros possuem, pelo menos, uma licenciatura em ciencias de enfermagem.

Prestam assistência ao paciente ou cliente em clínicas, hospitais, ambulatórios, empresas de grande porte, transportes aéreos, navios, postos de saúde e em domicílio, realizando atendimento de enfermagem; coordenam e auditam serviços de enfermagem, implementam ações para a promoção da saúde junto à comunidade.O enfermeiro está apto a prescrever, salvo com critérios de cada instituições que elaboram protocolos específicos com medicações padronizadas pelos médicos.

Especialidades

Para além da enfermagem geral existem ainda as especialidades em enfermagem, segundo Conselho Federal de Enfermagem em sua Resolução 290/04:Desenhista/Projetista Assistência ao Adolescente Atendimento Pré-Hospitalar Auditor em Enfermagem Banco de Leite Humano Cardiovascular Central de Esterilização e Reprocessamento Centro Cirúrgico Perfusionista (Circulação extra-corpórea) Clínica Cirúrgica Clínica Médica Dermatologia Diagnóstico por Imagem Doenças Infecciosas Educação em Enfermagem Emergência Endocrinologia Endoscopia Enfermagem do Trabalho Estomaterapia (exclusivo do enfermeiro) Ética e Bioética Gerenciamento de Serviços de Saúde Gerontologia e Geriatria Ginecologia

Hemodinâmica Homecare Infecção Hospitalar Informática Nefrologia Neonatologia Nutrição Parenteral Obstetrícia Ocupacional Oftalmologia Oncologia Otorrinolaringologia Pediatria Perícia e Auditoria Psiquiatria e Saúde Mental Saúde Coletiva Saúde da Família Sexologia Humana Traumato-Ortopedia Terapia Intensiva (UTI) Terapias Naturais/Tradicionais e Complementares/Não Convencionais

Quem é o enfermeiro?Pesquisa mostra que a visão da sociedade sobre a função do enfermeiro ainda é distorcida .

A resposta a esta pergunta pode parecer simples, mas na maioria dos casos ela é respondida de forma equivocada. É o que comprova uma pesquisa realizada por alunos do Isave no Distrito de Braga. O estudo demonstrou que 18,5% dos entrevistados acreditam que o enfermeiro é uma espécie de auxiliar do médico. Em segundo lugar - com 17,4% das opiniões – está o conceito de que o enfermeiro é um profissional que trabalha com doença. Alguns acreditam até mesmo que o enfermeiro existe para substituir o trabalho do médico.

Outros (11% dos entrevistados) pensam que o trabalho do enfermeiro é caritativo. Para os profissionais de saúde, essa indefinição sobre quem é o Enfermeiro por parte da sociedade, é compreensível, uma vez que essa profissão é nova. A prática da enfermagem foi organizada em torno de uma dicotomia religiosa e secular, marcada pelo trabalho missionário, manual, subalterno e realizada por pessoas leigas sem preparo especializado. Além disso, é um trabalho exercido eminentemente por mulheres.

Para a Enf.Isabel Marinho o machismo é algo relevante, mas não é o pior fator. “O grande problema é que a sociedade ainda tem pouco contato com o enfermeiro. Geralmente, o profissional de curso superior fica mais na coordenação das equipes, afinal eles são em número insuficiente nos hospitais. Em grandes hospitais, existem um ou dois enfermeiros. Por isso, a população não sabe quem é o enfermeiro (nível superior) e ainda chamam os técnicos (nível médio) e auxiliares (nível fundamental) de enfermeiro. Isso é uma questão sócio-cultural”.

Para ela, toda essa estrutura histórica, social e cultural imprime no inconsciente coletivo essa visão distorcida do profissional. No final do século XIX, com o movimento de profissionalização da área, apareceu o termo Enfermeira, nessa época a profissão foi entendida como um trabalho, uma ação que transforma, uma prática articulada e condicionada por diferentes necessidades e interesses. Para alguns autores, “a Enfermagem é uma prática social historicamente determinada, heterogênea, contraditória, voltada primordialmente, de fato, para o cuidado do paciente (cuidado direto e indireto) e, secundariamente, para a prevenção da saúde”.

Os próprios profissionais da área a partir da década de 80 vêm resgatando sua história com o objetivo de definir seu papel e consolidar um corpo de conhecimento compatível com as necessidades atuais. Uma característica que distingue o enfermeiro dos demais profissionais da saúde é o cuidado. “Acredito que o cuidado humano é uma atitude ética em que seres humanos percebem e reconhecem os direitos uns dos outros”, explica Isabel Marinho. Para a autora, no cuidado humano existe um compromisso, uma responsabilidade em estar no mundo, que não é apenas para fazer aquilo que satisfaz, mas ajudar a construir uma sociedade com base em princípios morais.

“Isso permite construir uma história da qual se tenha orgulho”, ressalta ela. Segundo a pesquisadora, identificar e valorizar as percepções da sociedade sobre o profissional nos ajuda a refletir sobre esse fazer rotinizado para um pensar articulado visando à superação dos fatores restritivos ao processo de cuidar em suas dimensões éticas, estéticas, pessoais e empíricas. “Esse é um dos nossos desafios atuais”, completa Marinho. Luta-se neste momento para mudar esta representação social que o usuário do serviço de saúde tem em relação ao profissional da enfermagem. Pois ao contrário do que muitos pensam, o enfermeiro não está subordinado ao médico.

“O enfermeiro só presta esclarecimentos de sua atuação a um outro profissional de enfermagem. Isso não quer dizer que ele não possa trabalhar de forma multidisciplinar – convivendo de forma harmônica com médicos e outros profissionais. É importante ter sintonia com todos os colegas no ambiente de trabalho, mas quem responde pelo trabalho de enfermagem é o responsável técnico – que também deve ser um enfermeiro”, explica. A conclusão a que se chega é que cada profissional precisa analisar estes aspectos para que sirvam como alerta, no sentido de que os enfermeiros possam agir politicamente para melhorar sua imagem profissional junto à sociedade.

Neste sentido, ressalta-se a necessidade das universidades estarem a trabalhar o verdadeiro conceito acerca do profissional da enfermagem: “É fundamental o entendimento crítico da própria profissão como forma de transformar a representação social destes profissionais. O estudante precisa sair da universidade com o desejo de lutar pelo reconhecimento de sua categoria, ele precisa ter orgulho de sua profissão e ajudar a esclarecer os equívocos dos pacientes em relação á enfermagem”.

No Código de Ética da profissão, a enfermagem é definida como “uma profissão comprometida com a saúde do ser humano e da coletividade. Atuando na promoção, recuperação da saúde e reabilitação de pessoas, respeitando os aspectos éticos e legais”. Segundo o Dr. Nelson Parreiras também é preciso que os profissionais estejam cientes da lei que regulamenta a profissão, para poderem exercer seus direitos e deveres de forma completa e efetiva.

Qual o Papel do Enfermeiro? Enfermeiro: O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem, cabendo-lhe, privativamente a direção do órgão de Enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública ou privada, e chefia de serviço e de unidade de Enfermagem. Cabe também a este profissional, a organização e direção dos serviços de Enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços; o planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços de assistência de Enfermagem. O profissional pode exercer ainda a consulta de Enfermagem; a prescrição da assistência de Enfermagem; e cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida. Este profissional também é responsável pela prevenção e controle sistemática de infecção hospitalar e de doenças transmissíveis em geral.