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Formação Pedagógica Incial
de Formadores |Módulo 2 –
Simulação Pedagógica Inicial
Realizado por: M&P – Consultadoria Informática, lda
Data: 19-11-2012
Simulação Pedagógica Inicial
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COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR
Preparar, desenvolver e avaliar sessões de formação;
Identificar os aspetos pedagógicos considerados mais importantes no
processo de ensino-aprendizagem;
Propor soluções alternativas, apresentar sugestões de estratégias
pedagógicas diversificadas;
Exercitar competências de análise e de autoanálise relativamente a
comportamentos observados no desenvolvimento de uma sessão de ensino-
aprendizagem.
CONTEÚDOS__________________________________________________________
SUB-MÓDULO 1 - PREPARAÇÃO E CONCRETIZAÇÃO DAS SIMULAÇÕES
Características da técnica de simulação pedagógica
Processo de desenvolvimento das simulações
SUB-MÓDULO 2 - ANÁLISE E PROJETO DE MELHORIA
Análise e autoanálise dos comportamentos pedagógicos observados
Diagnóstico das competências demonstradas e a adquirir/melhorar
Elaboração de um projeto de melhoria para acompanhamento da progressão
das aprendizagens
Simulação Pedagógica Inicial
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Índice
A formação de formadores .............................................................................................................. 3
Técnica da autoscopia ...................................................................................................................... 6
Realização da autoscopia ................................................................................................................. 8
Preparação ....................................................................................................................................... 8
O tema da sessão ............................................................................................................................. 8
A definição da população-alvo ......................................................................................................... 9
A duração da sessão ......................................................................................................................... 9
A necessidade de elaboração de um plano de sessão ..................................................................... 9
Desenvolvimento ............................................................................................................................. 9
Visionamento ................................................................................................................................. 10
Análise ............................................................................................................................................ 10
Modelos genéricos para a realização da autoscopia ..................................................................... 12
Conceitos chave ............................................................................................................................. 14
Questões frequentes: ..................................................................................................................... 14
Mecânica da apresentação: ........................................................................................................... 15
Conselhos práticos ......................................................................................................................... 15
Os erros mais comuns: ................................................................................................................... 16
Bibliografia ..................................................................................................................................... 17
Simulação Pedagógica Inicial
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A formação de formadores
A formação profissional tem evoluído nos últimos anos no sentido de
alargar os seus campos de intervenção, melhorar as práticas e tornar-se um
instrumento estratégico de promoção de qualidade das empresas.
A noção tradicional de “formador” adquire o significado de “agente de
formação” quando se pensa nos novos campos de exercício da profissão:
consultadoria, mediação, diagnóstico de competências, avaliação e auditoria, gestão
e engenharia da formação.
As funções de organização, conceção e de aconselhamento adquirem cada
vez maior importância. A sua atuação tem como referencias os contextos sociais,
as práticas de trabalho, a organização sociotécnica e as práticas empresariais.
O conceito de aprendizagem também se alarga e se situa noutros espaços
sociais que não apenas a escola ou instituições formais. A aprendizagem ao longo da
vida implica metodologias pedagógicas inteiramente diferentes, baseadas numa
pedagogia ativa e em processos de aprendizagem cognitivistas.
A formação aberta e à distância abrem também perspetivas, mais
individualizadas, no exercício da atividade formativa. O tutor lida com um publico
cada vez mais heterogéneo, mas em que a tónica é posta na personalidade dos
“serviços-formação”.
Chamado a ultrapassar a sua função tradicional de “transmissor de
conhecimentos” o formador deve estar apto a favorecer uma aprendizagem
autónoma dos formandos.
O esquema de Théry aponta a definição do formador como um especialista
das situações de aprendizagem e como um agente de mudança. As quatro
dimensões, que Théry refere, definem o perfil de formador. Um formador detém o
saber técnico-científico, é um especialista, em determinado tema e põe esse
saber à disposição de um público. As capacidades pedagógicas tornam-se
objeto de treino e formação. Não são inatas, são adquiridas. A dimensão
interpessoal e relacional - aberta social – refere-se a uma formação pessoal
adquirida como adulto e cidadão e a uma motivação intrínseca para ensinar,
comunicar e interagir com outros.
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As culturas tradicionais deram lugar a uma cultura organizacional que
alicerça os saberes sociais. A formação é, antes de mais, um instrumento de
desenvolvimento das organizações e, parece, por isso, importante que os
formadores aliem às suas competências técnicas e cientificas a uma cultura
empresarial que contextualize a formação.
O formador é um ator social que trabalha o ato pedagógico na sua
multiplicidade e riqueza, não é um mero executor de tarefas. Deve ser um
profissional capaz de teorizar as suas práticas e de as comunicar aos outros.
Fundamentalmente o formador devera ser um “decisor pedagógico”. Tem,
pois, de se munir de uma formação pedagógica consistente que o habilite a essa
versatilidade de atuação.
A variedade de públicos solicita-lhe a necessidades de conceber e realizar
ações eficazes, coerentes, eficientes e adequadas às exigências desses mesmos
públicos.
A dimensão pedagógica do formador deve torna-lo apto a:
Definir objetivos de formação a diferentes níveis de operacionalidade;
Identificar / diagnosticar necessidades de aprendizagem;
Caracterizar e aplicar diferentes métodos e técnicas pedagógicas;
Elaborar e aplicar variadas técnicas e instrumentos de avaliação;
Planificar sessões de formação;
Executar o plano de sessão.
A aprendizagem pode ser entendida como um sistema multidimensional de
combinação das características do “aprendente” com as estratégias de ensino e de
interação entre esses dois sistemas de variáveis com vista à consecução de
determinados objetivos.
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A função do formador consiste em decidir e pôr em marcha um conjunto
de meios e fins adequado a um dado formando ou grupo de formandos.
A concetualização do papel do formador é aqui entendida como aquele que é capaz
de:
Perspetivar a sua atividade no contexto da formação de adultos e das
organizações;
Compreender as exigências da sua profissão;
Potenciar as capacidades dos formandos;
Consciencializar a importância da relação pedagógica;
Suscitar nos formandos a capacidade de conquistar a sua própria
aprendizagem;
Utilizar adequada e criativamente as metodologias pedagógicas.
O ato de formar é, necessariamente, um apelo à mudança. A melhoria dos
conhecimentos, o melhor desempenho técnico, a transformação das mentalidades e
o alargamento da capacidade relacional são uma mudança, socialmente requerida,
institucionalizada.
Os formadores propõem aos outros “mudar”. Devem, pois, ser eles próprios
também, a viver a dinâmica de mudança, de analisar criticamente os seus métodos
de trabalho e as relações interpessoais.
A formação de formadores deve basear-se numa estratégia de objetivação das
competências a adquirir e o seu desempenho deve receber diversos tipos de
feedback, o supervisor, dos pares e de si próprio. Por este motivo, a vídeo-
formação tem sido apresentada e utilizada como uma das formas mais
interessantes para demonstrar e analisar as competências e destrezas do
formador.
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A vídeo-formação, como processo pedagógico, pode levar o formando a
refletir sobre si próprio e sobre a imagem de si no “outro”. Conduz certamente a
mudanças e modifica os comportamentos.
A vídeo-formação pode eliminar o distanciamento entre a realização e a
tomada de consciência do formando. A dificuldade que os formandos demonstram
em avaliar as suas próprias atividades pedagógicas, mesmo que em contacto com o
supervisor, pode ser eliminada com este processo.
Os efeitos persuasivos da autoscopia podem contribuir decisivamente para
a mudança e aperfeiçoamento dos comportamentos do formando.
Técnica da autoscopia
A autoscopia consiste e filmar os indivíduos em situações de expressão e
comunicação, de modo a que se possam observar e melhorar o seu comportamento,
ou seja, a autoscopia constitui-se num processo de auto-análise que permite ao
individuo rever-se na ação e conhecer-se melhor, tomando consciência dos seus
pontos fortes e fracos a fim de se aceitar e melhorar. Um docente, um político, um
dirigente ou um desportista que visiona a lição, o discurso, a reunião, a entrevista, o
jogo, para analisar a sua “performance”, utiliza a autoscopia.
A autoscopia pode incluir desde a gravação de gestos desportivos e
profissionais, em que o “modelo” é essencial na melhoria dos comportamentos, até
ao “jogo dos papéis” analisa-se a personalidade, a partir da composição encontrada e
gravada : “eu sou aquele”, eis o que se fica a saber na autoscopia.
A autoscopia é um fenómeno total de exposição de mim aos outros e a mim
mesmo. Como posso observar-me sem me desequilibrar?
A autoscopia tem a sua origem na atividade desenvolvida, em 1967, pelo
Centro de Audiovisuais da Escola Normal de Saint Cloud – em França – FAUQUET e
STRASFOGEL.
A utilização da autoscopia, na formação ou aperfeiçoamento pedagógico de
docentes, permite:
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A identificação e descrição das principais aptidões, expressas em termos de
comportamentos, indispensáveis na preparação, desenvolvimento e análise
de uma sessão de formação
A auto-analise;
A identificação dos comportamentos pedagógicos a adquirir ou a melhorar.
A autoscopia visa melhorar o comportamento do formador, mediante a observação
global da sua intervenção, em situações didáticas normais ou próximas das reais.
A ideia base é a de colocar o “formador-em-formação” numa situação de
formação (sessão), a fim de ser observado pelos restantes que analisam e criticam
com ele a atuação. Assim, é desenvolvida ao docente a imagem – o ”feedback” – do
seu comportamento perante os formandos e das reações destes à sua
intervenção.
A autoscopia permite, deste modo, o aperfeiçoamento do formador, através
da integração da opinião do grupo e, ainda pelo desenvolvimento das faculdades de
auto-observação e da autocritica.
O interesse da filmagem neste tipo de trabalho reside, essencialmente, no
facto de propor rápida, fácil e economicamente um “feedback” muito mais objetivo
do que aquele que os observadores humanos fornecem.
Além de objetividade que proporciona, também facilita as relações
“formando-formador/animador” porque permite àquele descobrir por si os seus
pontos fracos, evitando que o animador se coloque na posição de censor.
A conservação de uma gravação permite comparar ”performances” distantes
no tempo e, assim, medir os progressos efetuados.
Em síntese podemos dizer que a autoscopia na formação de formadores visa:
Treinar competências na área de preparação, animação e análise de sessões
de formação.
Desenvolver capacidades de critica, de síntese e de trabalho em grupo.
Diagnosticar comportamentos pedagógicos a melhor.
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Realização da autoscopia
No contexto da Formação Profissional, a autoscopia realizada para formação
dos formadores baseia-se, em geral, na simulação de sessões. Assim, cada
“formador-em-formação” simula uma sessão, desempenhando os colegas do grupo o
“papel” de formandos.
A sequência dos trabalhos, as regras estabelecidas e os critérios da análise
resultam de um diálogo entre o animador e o grupo de “formadores-em-formação”.
Variando por vezes na ordem das operações, o esquema seguido para
autoscopia assenta, globalmente, nas seguintes frases:
Preparação;
Desenvolvimento;
Visionamento;
Análise;
Síntese.
Preparação
Uma vez clarificados os objetivos e o processo da autoscopia, os participantes
preparam as suas sessões, tendo em conta um conjunto de aspetos importantes.
O tema da sessão
O tema da sessão deve ser simples para que o trabalho se centre,
preferencialmente, na forma de condução da sessão, relegando para segundo
plano o conteúdo.
Exemplo de temas para sessões de simulação
Partes de um instrumento de medida ou de uma máquina (micrómetro,
comparador, multímetro, torno);
Utilização ou redação de um documento (vale postal, cheque, requerimento);
Aplicação de um procedimento ou de uma receita (transplante de uma planta,
preparar um “cocktail”).
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Numa autoscopia inicial o tema pode ser livre mas, nas intervenções
seguintes, os participantes deverão escolher conteúdos da sua área profissional,
uma vez que se pretende o treino na função monitor.
A definição da população-alvo
A população-alvo para quem é dirigida a lição, deve ser definida através do
estabelecimento do perfil dos participantes da sessão (níveis etário e escolar,
situação profissional, pré-requisitos).
A duração da sessão
A sessão deve ser curta (aproximadamente 10 minutos). A sessão deve, no
entanto, compreender todas as etapas necessárias para a consecução dos
objetivos visados, isto é, deve permitir a aprendizagem do tema por formandos com
perfil previamente estabelecido.
A necessidade de elaboração de um plano de sessão
Numa autoscopia inicial, a elaboração de um plano de sessão poderá revestir
o aspeto simples de um esquema que inclua os objetivos visados, o conteúdo e o
desenvolvimento previsto. Em autoscopias subsequentes e após o tratamento deste
assunto, o plano revestirá uma forma progressivamente complexa e rigorosa que
facilite ao formador um suporte pessoal e consistente para o desenvolvimento da
sessão.
Desenvolvimento
Antes do início da sessão, cada formador deverá clarificar a população-alvo,
estabelecendo um “contrato” com os colegas que desempenharão o “papel” de
formandos durante a sessão. A sequência das intervenções e o horário respetivo
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deverá resultar do diálogo entre os participantes e será registada num quadro
afixado.
Pelas razoes atras e expostas, há toda a vantagem em videogravar a sessão.
Este registo deve obedecer as regras relacionadas com a isenção da câmara, o
enquadramento da situação global da sessão, em suma, com princípios de ordem
pedagógica.
Os restantes participantes e o animador da autoscopia anotam alguns aspetos
observados, numa perspetiva de detenção os pontos fortes e fracos da sessão.
Visionamento
Nesta fase, realizada quando as lições são gravadas em vídeo, cada formador-
em formação assiste ao registo da sua sessão, integrado no grupo. É esse o momento
em que cada formador se confronta com a sua imagem, enquanto monitor de uma
sessão de formação; é a oportunidade de rever os seus comportamentos e de
registar os aspetos mais e menos positivos.
Análise
No início da fase de análise, na autoscopia inicial de um grupo e, em geral, a
propósito da primeira intervenção visionada, são discutidos e definidos os critérios
de análise a utilizar.
Um dos processos de realizar a análise de cada sessão é baseá-la na
autocritica do monitor dessa sessão, apos o visionamento.
Às opiniões manifestadas pelo autor da intervenção deverão, de seguida,
juntar-se as criticas (positivas e negativas) dos restantes elementos do grupo e,
finalmente, as do animador com a intenção de integrar os pareceres manifestados e
de focar alguns aspetos relevantes ainda não abordados.
É importante que as críticas apresentadas pelos participantes sejam
centradas nos critérios previamente estabelecidos pelo grupo, afastando-se de
aspetos menos objetivos que poderão gerar alguma sensação de mal-estar entre os
elementos do grupo.
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Para a análise da sessão podem ser utilizadas outras sequências de
apreciação, apos o visionamento: criticas dos restantes participantes, analise do
animador e, finalmente, a autocritica.
Um outro processo de conduzir autoscopia é, ainda, fazer a analise da sessão,
imediatamente apos o desenvolvimento, através das criticas dos outros
participantes e, seguidamente, do animador. Após todas as observações, o autor da
intervenção faz o visionamento integrado no grupo e, finalmente, procede à sua
autocritica.
Nesta fase de análise, em que cada formador em formação é confrontado com
a própria imagem e com as apreciações dos colegas e animador, é essencial que o
grupo desenvolva um espirito de entreajuda e a noção clara de que todo o processo
visa o diagnóstico dos comportamentos a melhorar e, por consequência, o seu
aperfeiçoamento pedagógico.
Síntese
No final do processo de autoscopia é indispensável que cada participante
reconheça os pontos fortes e fracos relativos à sua sessão, identificando quais os
aspetos a melhorar na sua ação pedagógica.
Este objetivo pode ser obtido através do preenchimento da avaliação final.
O preenchimento basear-se-á nas apreciações feitas anteriormente pelos
diversos intervenientes, e pode resultar de uma reflexão individual (com o apoio do
animado) ou do diálogo do grupo.
A grelha de avaliação final permite recolher informação sobre a autoscopia
inicial e final e estabelecer comparações.
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Modelos genéricos para a realização da autoscopia
Modelo 1 – Gravação inicial de todas as gravações; visionamento, análise e
síntese de cada sessão
Fases
Preparação Clarificação das regras; Definição do tema; população alvo,
duração, plano de sessão e meios materiais.
Desenvolvimento São gravadas as sessões de todos os participantes,
desenvolvidas a seguir umas às outras, para serem depois
analisadas uma a uma, a partir do visionamento de cada
sessão.
Visionamento Seguindo a ordem das sessões desenvolvidas para cada
sessão visionada, é feita a respectiva análise.
Análise Para cada sessão visionada a análise passa pela: autocritica;
critica dos participantes; crítica do animador.
Síntese É preenchida uma grelha síntese para cada sessão observada
(preenchimento individual ou em grupo).
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Modelo 2 – Gravação de cada sessão imediatamente da análise, visionamento e
síntese.
Fases
Preparação Clarificação das regras; Definição do tema; população
alvo, duração, plano de sessão e meios materiais.
Desenvolvimento Após o desenvolvimento e gravação de cada sessão,
segue-se imediatamente a respectiva análise,
visionamento e síntese, antes do desenvolvimento da
sessão seguinte,
Visionamento Cada intervenção é seguida de: crítica dos outros
participantes; crítica do animador. O formador em
formação recolhe, nesta fase, elementos para a sua
autocritica, após o visionamento.
Análise Neste modo, o visionamento constitui um fator de
confirmação das críticas recebidas e da facilidade da
autocritica.
Síntese O monitor de cada lição, após escutar os colegas e o
animador e depois de ter visionado a sessão, faz a sua
autocritica. O preenchimento da grelha-síntese é, em
geral, feito em grupo,
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Conceitos chave
1 - O que é uma autoscopia?
É um processo de levantamento de necessidades individuais de formação que visam
identificar comportamentos a adquirir, desenvolver ou melhorar, assim como,
comportamentos a evitar numa sessão de formação
2 - Como se realiza a autoscopia?
A autoscopia tem a realização de uma mini sessão de ensino-aprendizagem de 10
minutos.
Esta sessão é gravada em videio.
Posteriormente é visionada e objeto de análise pelo próprio (autocritica), pelo grupo
e pelo formador (hétero-crítica).
3 - O que permite a autoscopia?
A autoscopia permite verificar os pontos susceptíveis de melhoria:
a nível comportamental;
a nível pedagógico.
Permite a consciencialização de atitudes outrora inconscientes que dificultam o
trabalho do formador, permitindo também o desenvolvimento de todo o conjunto de
técnicas de “bem-fazer formação”
Questões frequentes:
Qual a postura adequada em frente a um grupo?
Como transmitir a informação?
Quais os movimentos corretos e qual a colocação das mãos?
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Como gerir correctamente o contacto ocular?
Como é que as suas palavras fluem quando fala?
Mecânica da apresentação:
Manter-se do lado esquerdo da sala (relativamente aos participantes)
Procurar estar sempre virado para a audiência
Evitar gestos que dificultem a visualização
Construir um triângulo imaginário (boa visibilidade para todos os
participantes)
Regra do ombro direito
Regra do pé esquerdo
Conselhos práticos
Individualização dos participantes (sempre que souber o nome de uma
pessoa, utilize-o, o que proporciona proximidade);
Procure obter reconhecimento da audiência (evita confronto se obter
empatia);
Procure sorrir (cria um sentimento confortável na audiência);
O que fazer com as mãos? (as mãos manipulam/influenciam os olhos da
audiência, nunca esconder as mãos);
Respire entre frases (e não durante as mesmas);
Projete a sua voz (projete-a para o fundo da sala, sempre que quiser realçar
uma ideia, eleve-a um pouco);
Postura e movimento (deverá fazer movimentos direcionados);
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Gestos e expressões faciais (entusiasmo e naturalidade);
Voz (varie o tom, volume e ritmo);
Comunicação visual (3-6 segundos (1-2 frases) com cada ouvinte);
Linguagem e pausas (breve e objetivo – pausas para interagir – criar
imagens)
Humor (introduza histórias pessoais, observações ou exemplos humorísticos
apropriados.
Os erros mais comuns:
Falar sem parar;
Assuntos não adequados à audiência;
Sobrecarga de informação;
Linguagem demasiado técnica;
Fraca preparação;
Falta de prática no discurso;
Aspetos que distraem (visuais, verbais (o que ouvem) e orais (como ouvem));
Ritmo inadequado;
Ausência de contacto visual;
Falta de entusiasmo
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Bibliografia
A autoscopia na formação, Lisboa, Instituto do Emprego e Formação
Profissional, 1999. - ISBN972-9003-58-0