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2° Estudo da água nos ecossistemas – 6°ano– 2012 - 2°Trimestre – Junho– Ciências - Prof.ª Cláudia Ferreira
Domingues
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6°ano– 2012 - 2°Trimestre – Junho– Ciências
Prof.ª Cláudia Ferreira Domingues
Objetivo: compreender a importância da água para os seres
vivos, suas adaptações para a perda de água, características do
ambiente aquático e compreensão dos fatores que causam
equilíbrio e desequilíbrio ecológico no ambiente aquático.
I – A água nos seres vivos
Mais de 60% do nosso
corpo é constituído por água.
Portanto, se sua massa for de 40
kg, mais de 24 kg
correspondem a água. Muitos
componentes do nosso corpo
contêm grande quantidade de
água, mesmo os órgãos mais
duros, como os ossos e dentes,
existe uma boa quantidade de
água ali presente.
Não apenas do corpo dos humanos, a água está presente no
corpo dos animais e plantas.
As plantas, por exemplo, são compostas de grande
quantidade de água. Até mesmo sementes de aspecto totalmente
seco contêm água. Nesse estado, elas parecem sem vida; porém,
se receberem água, normalmente germinam e produzem novas
plantinhas.
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Mas, qual será a utilidade de toda essa água no corpo dos
seres
vivos?
A água transporta substâncias nos seres vivos, pois as
substâncias necessárias à vida precisam ser distribuídas pelo
corpo dos seres vivos.
A água também dissolve muito bem essas substâncias e
permite que elas sejam transportadas e distribuídas com
facilidade. A água é presente nos seres vivos como...
Nos animais (ser humano incluído, ele é o único
animal racional):
No sangue – por conta de terem muita água, se
encarregam do transporte e da distribuição de
substâncias, nutrientes do intestino e oxigênio
dos pulmões, etc., circulando por todo o corpo
dentro de vasos sanguíneos e é constantemente
bombeado pelo coração, levando substâncias
para os outros órgãos do corpo. Desses outros
órgãos, o sangue retira gás carbônico e resíduos
(restos não aproveitáveis pelo organismo). O gás
carbônico é levado para os pulmões e, de lá, é
expelido pelo nariz e pela boca para o ar
atmosférico.
No suor – para manter a temperatura constante,
não deixa que nós esquentemos tanto no Sol, por
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exemplo, por meio da transpiração, que é a
perda de água pela superfície do corpo sob
forma de vapor. Serve para regular a
temperatura de um ser vivo, uns precisam mais
que outros. Para evitar a desidratação.
Na urina – importante para liberar substâncias
que não nos fazem bem, o que não é útil do
sangue, que é filtrado pelos rins. A eliminação
de substâncias indesejáveis.
Nos líquidos – são os líquidos que estão dentro
e fora das células.
Nas plantas:
Na seiva – são os líquidos que circulam no
interior da planta. A dois tipos de seiva: uma
delas vai da raiz para as folhas; a outra, das
folhas para várias partes da planta. A seiva que
provem da raiz é uma solução que contém água
e sais minerais do solo. A que provem da folha
tem contém açúcares obtidos por meio da
fotossíntese, além da água e dos sais. Esses
açúcares são utilizados pelas diversas partes da
planta.
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Fotossíntese
= =
Gás carbônico (CO2) + água (H2O) + luz do Sol = energia
(glicose) = gás oxigênio.
A respiração das plantas acontece nas folhas (estômatos),
utilizando o gás carbônico (CO2) e liberando o gás oxigênio.
No processo da fotossíntese, a planta absorve a luz do Sol,
que fornece a energia necessária para a transformação da água e
do gás de carbono em energia (glicose). Durante a realização da
fotossíntese a planta elimina oxigênio para a atmosfera.
Luz Produção Produção por meio da luz.
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Veja a seguir, mais um esquema da fotossíntese, em que
podemos observar a ação das seivas bruta e elaborada.
O processo de fotossíntese consiste na alimentação própria
das plantas.
A raiz contém alguns “pelinhos” que absorvem da terra
(solo) a água e os sais minerais e, assim, por meio da seiva bruta,
distribuem os nutrientes e a água por toda planta, circulando por
toda ela.
Ao chegar até as folhas, ocorre uma grande transformação,
pois a luz solar atinge a planta por meio das folhas que, juntando
a luz do Sol, mais a água, mais o gás carbônico existente na
planta, tudo isso se transforma em energia ou glicose, que são os
“açúcares”, ao fazer isso, a planta libera o gás oxigênio, que é
fundamental para todos os seres vivos.
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Assim, o resultado da fotossíntese, dá na água mais a
glicose, que fica na seiva elaborada, que distribui e circula a
energia por toda a planta, desde as folhas até as raízes.
Portanto:
- Luz + água + CO2= ENERGIA (GLICOSE) > liberação
do gás oxigênio para a atmosfera.
Seiva bruta= H2O (água) + sais minerais.
Seiva elaborada= H20 (água) +glicose.
Os organismos terrestres transpiram
A desidratação (ato de perder água) normalmente não
é um problema pra plantas e animais que vivem na água.Já
os organismos terrestres correm sempre o risco de
desidratar-se, principalmente por causa da transpiração
que é a perda de água pela superfície de um corpo sob a
forma de vapor. Esse processo é importante para regular a
temperatura de um corpo de muitos organismos.
Transpiração = perda de água pela superfície do
corpo sob z forma de vapor. Serve para regular a
temperatura de um ser vivo, uns precisam mais que
outros.
Desidratação= perda excessiva de água (perdemos
mais água do corpo do que ganhamos). Quando a
perda de água supera o ganho.
Adaptações: “economizando água”
Nos animais e nas plantas terrestres, há alguns
mecanismos que evitam que os animais se desidratam,
“economizando” a água de seus corpos. Veja como alguns
seres vivos se adaptam:
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Cobras e lagartos – possuem
escamas que cobrem a sua pele e
a impermeabilizam, reduzindo
perdas de transpiração, pois esses
animais são adaptados a
ambientes com pouca água.
Insetos – revestido por uma casca
impermeável que protege da desidratação, a casca é
chamada de carcaça de quitina.
Cactos – planta de região seca,
tem caules com revestimento bem
espesso, reduzindo a perda de água.
Além do mais, seus espinhos na
verdade são folhas modificadas com
pequena superfície, o que também ajuda a perda de água por
transpiração.
Além do mais, muitas plantas perdem suas folhas na época de
seca, o que reduz bastante sua transpiração.
“Economizando” a água
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II - Os seres vivos na água
O ambiente aquático
Muitos seres vivos (animais, vegetais, microrganismos)
vivem na água, e vivem em rios mares e oceanos. Esses
organismos dependem uns dos outros e também das condições
ambientais, como a luz, a temperatura e a composição da
água. Vamos observar algumas delas e examiná-las.
Existem também, substâncias em solução, como os
gases e o sal (no mar).
RESISTÊNCIA
A água oferece certa resistência ao deslocamento de
animais, dificultando seu movimento durante o nado. Por isso, os
seres vivos no ambiente aquático (organismos) apresentam uma
forma, isso tudo favorece a natação. Ex.: vitória-régia, aguapé,
golfinho, baleia, tubarão.
Algumas plantas, como a vitória-régia, que flutuam na água,
devido sua forma e sua grande superfície.
PLÂNCTON= algas microscópicas clorofiladas (presença de
clorofila, permite fazer a fotossíntese, pigmento verde), sem
movimento próprio, que vivem flutuando na água, tanto na doce
quanto salgada. A maior parte do gás oxigênio atmosférico que
respiramos (O2) é consequência da fotossíntese do plâncton, por
existir em maior quantidade do que as árvores. É também a base
da cadeia alimentar. Conclusão: são responsáveis pela produção
de gás oxigênio, e são o primeiro elo da maioria das cadeias
alimentares.
PLÂNCTON SEM CLOROFILA= organismo (plâncton) sem
clorofila se alimentam do plâncton clorofilado, também são
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conhecidos como animais do plâncton. Estes microrganismos são
também decompositores. Eles se alimentam, portanto, dos
resíduos produzidos pelas plantas e pelos animais, além de restos
de plantas e animais mortos.
A luz solar na água
Esta luz solar é definitivamente importante no ambiente
aquático, pois é por meio dela que as plantas aquáticas (algas),
fazem a fotossíntese, que resulta na
liberação de gás oxigênio, que é
fundamental para a maioria de seres vivos
ali existentes. Sem luz, não há
fotossíntese; pois esta só acontece nas
regiões atingidas pela luz. Nas demais
áreas, não se encontram mais organismos
clorofilados.
Quanto mais límpida é a água, mais longe a luz consegue
atingir suas profundezas, além disso, as águas rasas recebem
muito mais luz do que em maiores profundidades. A luz solar
perde a intensidade à medida que penetra na água.
Fotossíntese “aquática”
Os organismos clorofilados aquáticos, a maioria do
plâncton, absorvem a luz solar e produzem substâncias, como os
açucares, que lhes servem para o crescimento e reprodução.
Produzem também gás oxigênio, que se dissolve na água. A
maioria das cadeias alimentares aquáticas inicia-se pelos
pequenos componentes do plâncton.
Equilíbrio nos ambientes aquáticos
- Os seres vivos têm uma vida favorável, morrem
naturalmente ou pela cadeia alimentar.
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Para ocorrer equilíbrio é necessário ter:
Temperatura adequada, estável, que não varia
muito, sem grandes variações.
Quantidade de sais estável, não varia para a
adaptação dos seres vivos.
Quantidade de gás carbônico (CO2) estável,
para que o gás oxigênio (O2) consiga difundir-se
na água.
Luz MUITO importante para a fotossíntese, que
acaba liberando gás oxigênio necessário para
muitos seres vivos.
O tamanho das populações constantes para evitar
um desequilíbrio ecológico, pois com um tamanho
grande de certa população, o alimento usufrui-se,
desequilibrando a cadeia alimentar dos seres vivos
aquáticos de um ambiente. O número de indivíduos
deve variar pouco ao longo do tempo. O número de
mortes deve estar equilibrado ao de nascimentos.
Podemos dizer que o tamanho de cada população em
um ecossistema em equilíbrio, depende dos elos
anteriores da cadeia e permanece mais ou menos o
mesmo ao longo do tempo.
Desequilíbrio nos ambientes
aquáticos
- Ocorre quando a alteração em qualquer parâmetro
(qualquer um dos itens a cima que não estiverem
estáveis, é uma das causas do desequilíbrio), podem
ser:
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Excesso de matéria orgânica (esgoto, resíduos dos
seres vivos), o que irá ocasionar na ação dos
decompositores, que produzirão gás carbônico, isso fará
com que a proliferação de plantas aquáticas que vivem
sobre a água (formando um tapete verde de plantas)
aumente. Com isso, as plantas irão “tampar” a luz solar
das outras algas (plantas), desta maneira, não ocorrerá
fotossíntese, assim, não teríamos a liberação do gás
oxigênio, e muitos seres vivos morreriam inclusive as
plantas (sem fotossíntese, sem alimento).
Aumento de temperatura (térmica) ocasionaria na
diminuição da solubilidade dos gases (oxigênio), sem O2
na água, muitos seres vivos morreriam. Em água fria, a
solubilidade dos gases seria maior, e eles não
morreriam.
Poluentes atmosféricos (chuva ácida), a liberação do
gás de enxofre (liberado por meio da poluição), se
misturaria com a atmosfera, o vapor de água que
encontramos na atmosfera (ciclo da água), mais o
enxofre, causaria uma reação química, que resulta na
chuva ácida, não nos faz mal sem excesso, mas causam
danos às plantações e monumentos, além do mais, a
chuva ácida cai nos rios, lagos e oceanos.
Produtos químicos – inseticidas e detergentes, o
detergente não biodegradável (antes utilizado por todos)
quebra a película da água, a tensão superficial, e a
polui,por isso temos sempre que comprar detergente
biodegradável. Os inseticidas, utilizados nas lavouras
(plantações), ao serem jogados nas plantas para matarem
as pragas, acabam infiltrando-se no solo, onde pode
haver lençóis freáticos, que irão ser poluídos por conta
disso.
Lixo em grande quantidade dificulta a oxigenação, pois o
lixo irá se decompor pelos decompositores, produzindo
gás carbônico.
POLUIÇÃO
É o que mais
causa
desequilíbrio
ecológico.
Poluição é a
introdução no
ambiente de
materiais ou de
energia em
uma
quantidade
que cause
mudanças
desfavoráveis à
vida.
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Exemplo de equilíbrio e desequilíbrio aquático
Equilíbrio ecológico
Para obter um equilíbrio ecológico no
ambiente aquático, é necessário ter todos
os itens da pág. 10 em ordem. Escreva,
para cada parágrafo, o nome simplificado,
feito no esquema da pág. 10.
a) ___________________- Por exemplo, no habitat dos lambaris, só
consegue sobreviver na lagoa a quantidade de lambaris que
pode ser sustentado pelos caramujos e pelas larvas existentes. A
quantidade de larvas se dá a partir da quantidade de plantas e
organismos do plâncton ali existentes.
b) ___________________- Os sais minerais não podem variar
muito, peixes de água doce, por exemplo, não podem ter, em seu
ambiente aquático, água salgada.
c) __________________- Quantidade de matéria orgânica estável,
para que não exceda a quantidade de decompositores, que
podem aumentar o gás carbônico mais tarde. Assim, gás oxigênio
(O2) consiga difundir-se na água.
d) _________________ - É necessário que a luz consiga penetrar na
água é suficiente para os organismos clorofilados, para que tenha
gás oxigênio suficiente que é liberado nesse processo.
e) ________________ - deve sempre conservar-se mais ou menos
as mesmas.
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Desequilíbrio ecológico
Suponha que, ao redor de uma lagoa, sejam construídas
algumas casas e que, com o povoamento dessa região, os
moradores passem a despejar seus esgotos diretamente na água,
causando um aumento cada vez maior da quantidade de resíduos
ali.
Bactérias e fungos decompositores alimentam-se dos
resíduos, transformando-os em nutrientes. Inicialmente, isso
favorecerá a vida na lagoa, pois algas e os vegetais aquáticos
crescerão e se multiplicarão rapidamente. Como resultado,
também crescerão as populações de peixes e caramujos, já que
dispõem de mais alimento.
No entanto, em um segundo momento, haverá também um
aumento da quantidade de decompositores. Isso acontece não
apenas por causa do aumento do esgoto, mas também devido à
maior quantidade de restos de plantas, animais e demais seres
vivos. Como os decompositores consomem muito gás oxigênio, a
quantidade deste gás na água irá diminuir cada vez mais. Além
disso, a grande quantidade de algas tornará a água mais turva,
dificultando a passagem de luz e, assim, prejudicando a
fotossíntese. Como a fotossíntese é responsável pela produção do
gás oxigênio, todos os organismos que respiram, são
prejudicados pela falta desse gás. Como o resultado, essas
populações acabam desaparecendo completamente.
Ao final, sobram apenas algumas espécies de
microrganismos que conseguem sobreviver na ausência de gás
oxigênio. São eles os responsáveis pelos odores de rios, lagos e
represas poluída, pois produzem substâncias malcheirosas.
O próprio ser humano, que utilizava a lagoa para obter
água, para banhos e para pesca, acaba profundamente
prejudicado pelo desequilíbrio que ele mesmo criou.