Post on 20-Jul-2018
Rev FacUnicamps Cien
91
LEVANTAMENTO DOS ANTIDEPRESSIVOS DE MAIOR VENDA EM TRÊS DROGARIAS DA CIDADE DE EDEIA-GO E A SUA
IMPLICAÇÃO TOXICOLÓGICAGOMES, Liliane Maria1
SOUZA NETO, Oronides Vicente de1
SALAZAR, Vania Rodriguez2
RESUMOA depressão é uma doença que se tornou mais comum com o decorrer dos anos. Ela está relacionada ao estresse, e atualmente está sendo considerado um problema de saúde pública. Ela é entendida como uma doença onde há o risco constante de suicídio alterando a qualidade de vida dos familiares. A depressão pode ser categorizada em vários tipos como: transtorno bipolar e transtorno depressivo, englobando dois tipos I e II; os episódios mistos; o transtorno ciclo tímico e os transtornos de humor secundários a doenças médicas devidas ao uso de medicamentos ou abuso de drogas. O tratamento da depressão vai muito mais além do uso dos medicamentos, há alguns casos que é avaliado se a necessidade de indicar a eletroconvulsoterapia (ECT). Atualmente existem diversos grupos de fármacos antidepressivos disponíveis que possuem a capacidade de melhorar o humor de forma duradoura. A prescrição do medicamento deve levar em conta os efeitos colaterais, risco de suicídio, terapia concomitante, tolerabilidade, custo e danos cognitivos. Este trabalho foi feito através de uma pesquisa entre três drogarias de Edeia- Go para que fosse verificado qual classe de antidepressivo estava sendo mais prescrita e determinar qual antidepressivo é o mais utilizado naquela região. Observou-se que o antidepressivo mais prescrito foi a amitriptilina 25mg e em segundo lugar foi à fluoxetina 20mg, estes dois fármacos foram os mais vendidos na drogaria porque eles são os mais baratos das classes pesquisados. Palavaras-chave: Antidepressivos. Depressão. Toxicologia. Farmacologia de antidepressivos.
ABSTRACTDepression is a disease that has become more common with the years. It is related to stress, and is currently being considered a public health problem. It is perceived as a disease where there is the constant risk of suicide changing the quality of life of family. Depression can be categorized into several types such as bipolar disorder and depressive disorder, comprising two types I and II; mixed episodes; the disorder cycle and thymic disorders secondary to medical mood disorders due to use of drugs or drug abuse. Treatment of depression goes far beyond the use of drugs, there are some cases that is assessed to need to indicate electroconvulsive therapy (ECT). Currently there are several groups of antidepressants available that have the ability to improve mood lastingly. The prescription drug must take into account the side effects, suicide risk, concomitant therapy, tolerability, cost and cognitive impairment. This work was done through a survey of three drugstore Edéia- Go for it was found that antidepressant class was being prescribed more and determine which antidepressant is most used in that region. It was observed that the most prescribed antidepressant was amitriptyline 25mg and second was to fluoxetine 20mg, these two drugs were the most sold in drugstores because they are the cheapest of the surveyed classes.Keyword: Antidepressants. Depression. Toxicology. Pharmacology of antidepressants.
1 INTRODUÇÃOOs transtornos de afeto são doenças psiquiátricas comumente diagnosticadas por
médicos. Esses transtornos podem variar de depressão leve, depressão grave, psicopatias
incapacitantes e até mortais. (GOODMAN; GILMAN, 2010).
Usa-se o termo depressão para descrição do comportamento humano frente a perdas
relevantes. (SCIPPA; OLIVEIRA, 2013).
A depressão vem se tornando uma doença cada vez mais comum, sendo considerado
atualmente um problema de saúde pública. (AGUIAR et al., 2011).
1Discentes do curso de Bacharelado em Farmácia, Faculdade Unida de Campinas-FacUnicamps. E-mail: oronildesneto@hotmails.com; lilavinal@hotmail.com2Orientadora, Doutora em Toxicologia e Análises Toxicológicas, Faculdade Unida de Campinas-FacUnicamps E-mail: vaniaro2009@gmail.com
Rev FacUnicamps Cien
92
Segundo Sadock e Sadock (2007) a depressão é um transtorno recorrente que causa
mudanças na qualidade de vida do paciente e seus familiares. O transtorno depressivo é
caracterizado pela alteração do humor no qual o paciente apresenta sintomas como, por
exemplo, sentimento de culpa, irritabilidade, tristeza, pessimismo, perda de apetite,
diminuição do desejo sexual, e menor concentração.
A depressão maior representa um espectro de transtorno no qual o grau pode alternar de
leve surtos psicóticos a surtos incapacitantes e mortais. As alterações do comportamento que
são diagnosticadas nas primeiras consultas são importantes clinicamente para avaliar o
comprometimento funcional do paciente. (GOODMAN; GILMAN, 2010).
A depressão é uma doença na qual existe risco constante de suicídio, sendo que
pacientes que tiveram um acontecimento de depressão seguramente apresentarão
posteriormente pelo menos mais um episódio de depressão. (GRAEFF; GUIMARÃES, 2005)
A depressão é caracterizada em vários tipos como: transtorno bipolar e transtorno
depressivo, englobando dois tipos I e II; os episódios mistos; o transtorno ciclo tímico e os
transtornos de humor secundários a doenças médicas devidas ao uso de medicamentos ou
abuso de drogas. (SCIPPA; OLIVEIRA, 2013).
Considerando a importância desta doença e a necessidade de avaliar quais estão sendo
os medicamentos mais prescritos para tratar a mesma, o objetivo do presente trabalho foi
avaliar quais são os antidepressivos mais vendidos em três drogarias particulares na cidade de
Edeia-Goiás no período de Março 2015 a Março de 2016.
1.1. Epidemiologia da Depressão
De acordo com Ribeiro et al. (2013), em uma pesquisa realizada com estudantes de
medicina no estado de São Paulo, observou-se que a prevalência do uso de antidepressivos é
maior no sexo feminino (51,5%) do que no sexo masculino. Nesta pesquisa realizada no
Estado de São Paulo foi constatado que o antidepressivo mais utilizado foi a fluoxetina em
33% dos estudantes, eles relataram ter acompanhamento médico e as causas mais citadas do
uso do antidepressivo, foram depressão e transtorno de ansiedade. (RIBEIRO et al., 2013).
Nesse mesmo estudo, todos os estudantes que participaram da pesquisa confirmaram ter
recebido informações sobre o uso correto dos antidepressivos e consideram importantes essas
informações para melhorar a segurança e eficácia do tratamento e diminuir efeitos colaterais.
(RIBEIRO et al., 2013).
Rev FacUnicamps Cien
93
1.2 Tratamento da Depressão
Os antidepressivos são fármacos que possuem a capacidade de melhorar o humor de
forma duradoura sendo que o humor pode variar entre a euforia expansiva e a depressão
dolorosa. (SCIPPA; OLIVEIRA, 2013).
Atualmente existem diversos grupos de fármacos antidepressivos disponíveis no
mercado os quais agem no metabolismo dos neurotransmissores de monoaminas e seus
receptores, principalmente norepinefrina (NE) e serotonina (5-HT). (GOODMAN; GILMAN,
2010). Vale salientar que o tratamento da depressão vai muito mais além do uso dos
medicamentos. No tratamento devem-se levar em consideração os aspectos biológicos,
psicológicos e sociais do paciente. Além do tratamento medicamentoso, deve ser abrangido o
aspecto psicológico e mudanças no estilo de vida. Alguns fatos devem ser levados em conta
na hora do profissional for prescrever a medicação como ser os efeitos colaterais, risco de
suicídio, terapia concomitante, tolerabilidade, custo e danos cognitivos. (GOODMAN;
GILMAN, 2010).
Apesar de que a maior dificuldade dos especialistas é fazer a correta adesão do paciente
ao tratamento, na maioria das vezes pacientes com depressão respondem bem a terapia com
antidepressivos. (BRATS, 2012).
Nos casos graves ou que não respondem bem aos medicamentos usa-se à
eletroconvulsoterapia (ECT) que é a passagem de uma corrente elétrica de alta voltagem na
região temporal, com intuito de causar dessincronização traumática da atividade cerebral,
causando no paciente perda da consciência. Esse tratamento é indicado conforme a gravidade
da doença, como nos casos de depressão grave aguda ou comportamento suicida, ele é um
tratamento legal no Brasil, mais que em 2013 o Conselho Federal de Medicina (CFM),
redefiniu algumas novas regras para os locais de aplicação de ECT. (SALLEH et al., 2006).
Os antidepressivos são a classe de medicamentos de maior comercialização
mundialmente (DARLING, 2005). Segundo Ignácio e Nardi (2007) os fatores de aumento do
uso dos antidepressivos estão relacionados ao estresse e ao envelhecimento da população, e ao
fato de que os medicamentos são considerados uma das principais formas atuais de cuidado
com o paciente, que asseguram afastar qualquer sofrimento da sociedade atual, como
depressão, ansiedade, transtornos psicóticos, solidão, crises econômicas e tristeza.
Segundo dados coletados por Fernandes et al. (2006) os antidepressivos tricíclicos são a
classe que aparece com maior frequência em casos de intoxicações pois tem um risco maior
de ideação suicida e pela sua maior toxicidade. No perfil da intoxicação por esta classe as
mulheres lideram com 69,9%, esses pacientes permanecem maior tempo no hospital se
Rev FacUnicamps Cien
94
comparado com intoxicações por depressores do sistema nervoso central. Por outro lado, as
intoxicações por ADT causam em 30% dos usuários arritmias devido sua alta toxicidade no
sistema cardiovascular.
Dentre os perigos do uso indevido dos antidepressivos e outros agentes psicotrópicos
(compostos que agem a nível do Sistema Nervoso Central) estão a tolerância, dependência e
outras reações adversas que geram sérios danos aos usuários. (BRATS, 2012).
O tratamento com antidepressivos é dividido em três fases: aguda (4 a 6 semanas),
continuação (até 6 meses), e preventiva (após 6 meses). Não se recomenda a troca de
medicação antes de três semanas de tratamento, pois todas as classes de antidepressivos só
começaram a mostrar resultados após 2 a 4 semanas de uso. Após a melhora do paciente com
a terapia farmacológica, recomenda-se retirar o medicamento gradativamente, abaixando a
dose lentamente por até 4 semanas e posteriormente reavaliar se não há recaídas dos sintomas.
(SCIPPA; OLIVEIRA, 2013).
Os antidepressivos na sua maioria são inseguros durante a gestação, pois alguns podem
atravessar a barreira placentária como a bupropiona, por exemplo. Não há estudos suficientes
em humanos para a recomendação tanto em gestantes com em lactantes, já os recém-nascidos
e as crianças menores de 12 anos, são vulneráveis a cardiotoxicidade dos antidepressivos,
alguns miligramas a mais é o suficiente para intoxicação dos menores. (GOODMAN;
GILMAN, 2010).
Apesar da eficácia dos antidepressivos seu uso ainda não é bem aceito por alguns
pacientes, pois sua ação demora para iniciar efeitos terapêuticos, e em contrapartida os efeitos
colaterais são imediatos. (SADOCK; SADOCK, 2007).
A inexistência de completo conhecimento psicobiológico do transtorno de humor torna
o conhecimento sobre propriedade dos antidepressivos incompleta. (GOODMAN; GILMAN,
2010).
Por se tratar de um transtorno altamente incapacitante, a depressão quando não tratada
da forma correta, causa sérios danos à saúde podendo ser letal, levando em conta que há
sempre um eminente risco de suicídio. (GOODMAN; GILMAN, 2010).
1.3 Classificação dos Antidepressivos
Os antidepressivos são classificados conforme a sua estrutura química ou seu perfil
farmacológico. Os dois grupos mais tradicionais são os antidepressivos tricíclicos e os
inibidores da monoaminoxidase (IMAO). Com o tempo, houve a descoberta de moléculas que
não se encaixaram em nenhum desses grupos, sendo chamados de antidepressivos novos,
Rev FacUnicamps Cien
95
passou então a dividir em quatro grupos são eles os ADTs, os ISRSs, os IMAOs e os
antidepressivos atípicos. Esses grupos de antidepressivos também podem ser classificados
conforme a estrutura química, modo de ação bioquímica ou espectro de ação terapêutica
sendo que alguns têm sido muito utilizados na pratica clínica. (SCIPPA; OLIVEIRA, 2013).
Tabela 1. Classificação dos antidepressivosClasse Sub- Classe Fármacos
Inibidores Não Seletivos de Recaptação de Monoaminas (ADT)
Amitriptilina,nortriptilina
Inibidores da monoaminoxidase (IMAO)
IMAO Seletivos e Reversíveis Moclobemida,toloxatona
IMAO Seletivos e Irreversíveis Clorgilina(MAO-A)
IMAO Não Seletivos e Irreversíveis Iproniazida,fenelzina
Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRS)
Fluoxetina, paroxetina
Antidepressivos atípicosInibidores da Recaptação de Serotonina e Noradrenalina (IRSN)
Venlafaxina
Inibidores Seletivos Da Recaptação De Noradrenalina (ISRN)
Reboxetina
Inibidores de Recaptação de Noradrenalina e Dopamina (IRND)
Bupropriona
Antidepressivo Noradrenérgico e Serotoninérgico Especifico (ANASE)
Mirtazapina
Fonte: Melo; Moreno, 1998.
1.3.1 Antidepressivos TricíclicosEm 1981 foi sintetizado por Thiele e Holznger o iminodibenzil que originou os
antidepressivos tricíclicos (ADT). Os derivados oriundos deste composto foram testados em
1940 como anti-histamínicos, sendo que um destes derivados a imipramina. A imipramina foi
utilizada por Kuhn em tratamento de pacientes esquizofrênicos por serem estruturalmente
semelhantes as fenotiazinas, percebeu-se então a melhora dos sintomas depressivos, o que
levou Kuhn a testar em maior número de pacientes, obtendo bons resultados com esse
fármaco. Posteriormente foi apresentado em setembro de 1957 o resultado do estudo em um
congresso, estabelecendo assim a propriedade antidepressiva da imipramina que até hoje é
referência nas depressões graves e recorrentes, causando assim a diminuição do uso da
eletroconvulsoterapia (ECT). (SCIPPA; OLIVEIRA, 2013).
Os antidepressivos tricíclicos como amitriptilina, imipramina, nortriptilina são muito
utilizadas em pacientes como tendência ao suicídio. Por ser uma classe cada vez mais
prescrita, também vem aumentado o uso abusivo do medicamento assim como o aumento
gradativo dos casos de intoxicação. (FERNANDES et al., 2006).
Rev FacUnicamps Cien
96
Os efeitos adversos dos tricíclicos estão diretamente relacionados às respostas
autônomas adversas como desconfortos estomacais, taquicardia, palpitações, visão turva e
retenção da urina. (GOODMAN; GILMAN, 2010).
O uso dos tricíclicos deve ser evitado em pacientes que tiveram infarto ou em pacientes
que usam depressores cardíacos que são medicamentos que diminuem os níveis de atividade
cerebral, contudo os antidepressivos não tricíclicos apresentam menores ricos de desenvolver
os efeitos colaterais, quando comparados aos tricíclicos. (GOODMAN; GILMAN, 2010).
O mecanismo de ação comum aos ADTs é impedir a recaptação de monoaminas
(norepinefrina, serotonina e dopamina) em nível pré-sináptico. Os ADTs como desipramina,
nortriptilina e protriptilina que possuem aminas secundárias impedem a recaptação de
noradrenalina (NA) e noreprinefrina (NE) e os que possuem aminas terciarias como
amitriptilina, clomipramina, doxepina e imipramina são fortes na inibição de recaptação de
serotonina (5- HT). O sistema neurotransmissor através da atividade pós-sináptica geralmente
causa efeitos adversos dos ADTs. (MORENO et al., 1999).
Os receptores adrenérgicos, muscarínicos e histamínico H1, interagem de maneira
variável com os antidepressivos tricíclicos, essas interações são de extrema importância para
maior disponibilidade da noreprinefrina (NE) extracelular nas sinapses, causando assim
efeitos indesejáveis como constipação intestinal, retenção urinaria, depressão respiratória
dentre outros. (GOODMAN; GILMAN, 2010).
1.3.2 Inibidores de Monoamina OxidaseOs inibidores da monoamina oxidase (IMAO) surgiram quase que ao mesmo tempo em
que se descobriu a imipramina, sendo que o primeiro a ser descoberto foi a iproniazida que foi
muito utilizada para tuberculose e anos depois através de estudo foi comprovada a eficácia
para tratamento de depressão, porém por possuir vários efeitos adversos teve seu uso limitado
por vários anos. (SCIPPA; OLIVEIRA, 2013).
Os inibidores da MAO podem ser não seletivos e irreversíveis ou seletivos e reversíveis,
e são divididos em inibidores de MAO-A e B. Os inibidores seletivos da MAO-A (ex.
toloxatona) são mais eficazes para o tratamento de depressão maior por serem de ação longa,
porém existem alguns que são de ação curta como abrofaromina e moclobemida. Já os
inibidores de MAO-B (ex. selegilina) são eficazes para o tratamento inicial da doença de
Parkinson, pois tem efeito de potencializar a dopamina remanescente nos neurônios
nigroestriatais em degeneração. A selegilina também é eficaz como antidepressivo, pois inibe
MAO-A. (GOODMAN; GILMAN, 2010).
Rev FacUnicamps Cien
97
O uso concomitante de IMAO podem potencializar efeitos de alguns tipos de
anfetaminas, medicamentos usados em algumas alergias e também drogas usadas no
tratamento de Parkinson. Em contrapartida alguns estudos mostram que não houve nenhuma
interação medicamentosa com a digoxina e os contraceptivos de uso oral. (SCIPPA;
OLIVEIRA, 2013).
A toxicidade dos IMAOS está ligada ao uso exagerado, visto que pode causar inibição
irreversível da enzima MAO e essa intoxicação pode ser constatada em poucas horas. No
sistema nervoso central a toxicidade é uma extensão da ação estimulante dos IMAO causando
irritabilidade e agitação. Alguns IMAOs como as hidrazinas podem desencadear uma
síndrome rara semelhante ao lúpus, hepatotoxicidade e hepatites letais. (SCIPPA; OLIVEIRA,
2013).
Para que haja o benefício terapêutico ideal, é necessário que o paciente use os fármacos
inibidores de MAO diariamente, pois embora a inibição de MAO ocorra rapidamente, seus
benefícios clínicos podem demorar semanas ou em outro caso necessita que se usem doses
maiores. (GOODMAN; GILMAN, 2010).
1.3.3 Antidepressivos não Tricíclicos e não IMAO ou AtípicosOs Antidepressivos Não Tricíclicos e Não IMAO ou atípicos são fármacos que surgiram
durante a década de 70, com efeitos semelhantes à amitriptilina. Durante a década seguinte
foram desenvolvidos outros medicamentos com melhor eficácia e menos efeitos adversos,
porém não recomendados em pacientes com glaucoma cardiopatas, idosos e alguns pacientes
com lesões prostáticas benignas e malignas. (SCIPPA; OLIVEIRA, 2013).
1.3.4 Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRS)Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) surgiram na década de 80 e
sua primeira formulação foi a fluoxetina que é um antidepressivo de segunda geração,
posteriormente tiveram outros como paroxetina, sertralina, citalopram e fluvoxamina.
Naquela época era a novidade no tratamento seguro e eficaz para depressão e posteriormente
foi sendo difundido pelo mundo passando a ser o medicamento mais prescrito para depressão.
(SCIPPA; OLIVEIRA, 2013).
A partir de estudos clínicos obteve aprovação para tratamento de outras doenças como
transtorno obssesivo-compulsivo, bulimia nervosa e transtorno do pânico, transtorno bipolar
dentre outros. (ROSSI et al., 2004)
Rev FacUnicamps Cien
98
Recentemente a fluoxetina tem sido estudada para outras finalidades como o tratamento
auxiliar na obesidade e testes como auxiliar no melhoramento da memória. (NASCIMENTO
et al., 2013).
Segundo Cavalcanti (2010), a fluoxetina já vem sendo prescrita como auxiliar na
redução de peso por possuir características anorexígenas, porém ao fazer esta prescrição, o
médico deve levar em conta os efeitos colaterais como ideação suicida, ansiedade, insônia e
hemorragia abdominal, e ponderar se é mesmo necessário prescrever este medicamento para
auxiliar na perda de peso.
Os ISRS impedem a recaptação de serotonina nos receptores 5-HT1 , 5-HT2,5-HT3 e
consequentemente elevam a concentração de serotonina na fenda sináptica. (BRATS, 2012).
A extensão do tratamento durante semanas, meses, traz a modulação negativa gradual
dos receptores pós-sinápticos 5HT2A, que por seu efeito de influenciar as ações dos neurônios
noradrenérgicos e heterorreceptores serotoninérgicos contribui diretamente com efeito
antidepressivo, outros receptores como 5-HT pós-sinápticos mediam o aumento da
transferência serotoninérgica e colabora para melhorar o humor para efeitos antidepressivos.
(SCIPPA; OLIVEIRA, 2013).
Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) possuem baixo risco de
toxicidade. Tem menos efeitos anticolinérgicos quando em super-dosagem e são conhecidos
por ter uma quiralidade muito grande, sendo descobertas constantemente novas formulações.
Esta classe de fármacos inibe a enzima CYP2D6, isoenzima que catalisa a biotransformação
de diversos fármacos. Por outro lado, o uso de álcool durante o tratamento não é
recomendado. (SCIPPA; OLIVEIRA, 2013).
Destacam-se como efeitos adversos alguns distúrbios gastrointestinais, cefaleia, insônia
e disfunção sexual, por tempo indeterminado, não há estudos claros sobre o uso desses
medicamentos em gestantes e em mulheres no período de amamentação. (SCIPPA;
OLIVEIRA, 2013).
1.3.5 Inibidores da Recaptação de Serotonina e Noradrenalina (IRSN)O primeiro representante do grupo dos Inibidores da Recaptação de Serotonina e
Noradrenalina (IRSN) é a venlafaxina que é bem absorvida pelo trato gastrointestinal e sua
principal excreção é pela urina. Os efeitos adversos mais comuns são: vômitos, náuseas,
cefaleia, tontura, boca seca, insônia, sudoreses, entre outros que atingem o SNC. O uso
contínuo pode desencadear em uma síndrome serotoninérgica e em paciente com bipolaridade
pode provocar virada maníaca. (SCIPPA; OLIVEIRA, 2013).
Rev FacUnicamps Cien
99
1.3.6 Inibidores Seletivos Da Recaptação De Noradrenalina (ISRN)Os Inibidores Seletivos da Recaptação de Noradrenalina (ISRN) é grupo de
antidepressivos cuja principal formulação é a reboxetina. É recomendado ter
acompanhamento médico em pacientes com bipolaridades, pois pode provocar virada
maníaca, ou seja, a mudança de sintomas depressivos (tristeza, pessimismo, irritabilidade)
para sintomas maníacos (agitação, sentimento de grandeza, aceleramento da fala). (SCIPPA;
OLIVEIRA, 2013).
1.3.7 Inibidores de Recaptação de Noradrenalina e Dopamina (IRND)Os Inibidores de Recaptação de Noradrenalina e Dopamina (IRND) é outra classe de
antidepressivos que tem como principal fármaco a bupropiona, cujos principais efeitos
adversos são no SNC. É contraindicado em pacientes epiléticos, evita-se uso em pacientes
com transtornos alimentares, nunca deve ser usado com os IMAO e se acontecer a troca deve
ter um intervalo de aproximadamente 15 dias de um fármaco para o outro. É proibido em
mulheres grávidas, pois ultrapassa a barreira placentária e são excretados por líquidos
corporais sendo evitado o uso em lactantes. (SCIPPA; OLIVEIRA, 2013).
3 METODOLOGIA O presente trabalho seguiu os moldes de uma pesquisa descritiva, bibliográfica, com
análise integrativa. Foi realizada uma busca em bases de dados virtuais em saúde,
dissertações, site da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), e especificamente
na Biblioteca Virtual de Saúde (Bireme). Foram utilizados como descritores: Antidepressivos,
depressão, toxicologia dos antidepressivos e farmacologia dos antidepressivos. O passo
seguinte foi uma leitura exploratória das publicações apresentadas no endereço eletrônico da
Scientific Electronic Library online (Scielo). O critério de inclusão das informações
encontradas foi que fossem publicações realizadas nos últimos doze anos que responderam
aos objetivos do estudo. Foram excluídos os anteriores a 2004 e os que não corresponderam
os objetivos.
Depois de realizada a leitura exploratória e seleção do material iniciaram as leituras
analíticas, que possibilitaram a organização das ideias por ordem de importância e a
sintetização destas que visaram a fixação das ideias essências da pesquisa.
Em seguida iniciou- se as leituras interpretativas. Com uma busca mais ampla de
resultados, pois foram ajustados o problema da pesquisa a possíveis soluções. Feita a leitura
interpretativa se iniciou a tomada de apontamentos que se referiram a anotações que
Rev FacUnicamps Cien
100
consideravam o problema da pesquisa, ressalvando as ideias principais e dados mais
importantes.
Foram levantados os dados das movimentações dos antidepressivos mais prescritos por
médicos clínicos gerais no município de Edéia-GO, em três drogarias particulares, pelo
Sistema Nacional de Gerenciamento de Psicotrópicos- SNGPC, dos doze meses pesquisados.
A declaração da anuência dos estabelecimentos cujas informações foram obtidas está no
Anexo 1.
A partir das anotações dos tópicos, ideias, argumentos principais e levantamento de
dados foram confeccionados planilhas no programa Microsoft Excel. Essas planilhas
propiciaram a construção lógica do trabalho, que consistiram na coordenação das ideias que
acataram os objetivos da pesquisa.
O presente trabalho seguiu os moldes de uma pesquisa descritiva, bibliográfica, com
análise integrativa, visando fazer uma ilustração geral sobre a venda de Antidepressivos em
Edéia-GO.
4 RESULTADOSEdéia é um município brasileiro do estado de Goiás, localizado a 120 km da capital do
estado, Goiânia. Sua população estimada em 2014 era de 11.952 habitantes. A cidade consta
com nove drogarias sendo que duas tem atendimento como farmácias de manipulação e
drogaria, 7 são somente drogarias e uma farmácia popular municipal, onde funciona em uma
das unidades básicas de saúde. Há seis unidades básicas de saúde e um hospital particular.
Todas as unidades de saúde contam com médicos e a unidade que possui farmácia conta com
1 farmacêutico que atende das 07h00min da manhã as 17h00min da tarde.
Dentre os antidepressivos comercializados na drogaria 1, a amitriptilina 25mg caixa
com 30 comprimidos, da classe dos antidepressivos tricíclicos (ADT) foi o medicamento mais
vendido com 41%, durante os 12 meses pesquisados seguido respectivamente pela fluoxetina
20mg caixa com 30 comprimidos (26%), citalopram 20mg caixa com 30 comprimidos (17%),
sendo que estes dois últimos são da classe dos inibidores seletivos de recaptação de serotonina
(ISRS) e por último e não menos importante da classe dos inibidores de recaptação de
noradrenalina e dopamina (IRND) a bupropiona 150mg caixa com 30 comprimidos (16%)
(figura 1).
Rev FacUnicamps Cien
101
0102030405060708090100
Antidepressivos mais vendidos Drogaria 1
AmitriptilinaFluoxetinaCitalopramBupropiona
Princípio Ativo
Qua
ntida
de d
e Ca
ixas
Figura 1. Representa o total dos antidepressivos vendidos em 12 meses na drogaria 1.
De acordo com os dados obtidos na drogaria 2 o medicamento antidepressivo com
maior comercialização foi novamente os ADT, com a amitriptilina 25mg caixa com 30
comprimidos, correspondendo a 45% do total de antidepressivos vendidos, seguido dos ISRS
com a sertralina (29%) e fluoxetina (16%) e da classe dos antidepressivos noradrenérgico e
serotoninérgico especifico (ANASE) a mirtazapina correspondendo à (10%) da venda total
(figura 2).
0
1
2
3
4
5
6
Antidepressivos mais vendidos Drogaria 2
AmitriptilinaSertralinaFluoxetinaMirtazapina
PRINCIPIO ATIVO
Qua
ntida
de d
e ca
ixas
Figura 2. Representa o total dos antidepressivos vendidos em 12 meses na drogaria 2
Rev FacUnicamps Cien
102
O ADT foi do mesmo modo que nas demais drogarias pesquisadas em Edeia, o
medicamento com maior saída na drogaria 3, a amitriptilina 25mg caixa com 30 comprimidos
(38%), já os demais antidepressivos comercializados foram todos da classe dos ISRS,
fluoxetina 20mg caixa com 30 comprimidos, sertralina 50mg caixa com 30 comprimidos e o
citalopram 20mg caixa com 30 comprimidos (30%), (27%) e (5%) respectivamente (figura 3).
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Antidepressivos mais vendidos Drogaria 3
Amitriptilina
Fluoxetina
Sertralina
Citalopram
Principio ativo
Qua
ntida
de d
e ca
ixas
Figura 3. Representa o total dos antidepressivos vendidos em 12 meses na drogaria 3.
Quando analisado a quantidade de antidepressivos vendido por classe farmacológica, ou
seja, juntando todos os antidepressivos do mesmo grupo terapêutico, observou que, no
período pesquisado a classe mais dispensada contabilizando a venda das 3 drogarias da
cidade de Edéia, foi respectivamente, inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS)
estando neste grupo fluoxetina, sertralina e citalopram (45%), seguido pelos antidepressivos
tricíclicos (ADT) que aqui está representado pela amitriptilina (41%), inibidores de
recaptação de noradrenalina e dopamina (IRND) representado pela bupropiona (13%) e
antidepressivo noradrenérgico e serotoninérgico especifico (ANASE) representado pela
mirtazapina (0,5%), conforme (figura 4), com estes dados acima podemos observar que
mesmos os ADT sendo os mais vendido quando analisado separadamente, os ISRS foram os
que obtiveram maior venda do total de medicamentos comercializados.
Rev FacUnicamps Cien
103
ISRS ADT IRND ANASE0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
Classes de antidepressivos mais vendido nas Três Drogarias
QU
ANTI
DAD
E D
E CA
IXAS
Figura 4. Representa o total dos antidepressivos em 12 meses agrupando as três drogarias, separados por classe farmacológica. Sendo as classes: inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), Antidepressivos Tricíclicos (ADT), inibidores de recaptação de noradrenalina e dopamina (IRND), antidepressivo noradrenérgico e serotoninérgico especifico (ANASE).
5 DISCUSSÃO A depressão e caracterizada como uma doença mental, independentemente do seu nível
ou dos fatores de sua natureza. (GRAEFF; GUIMARÃES, 2005).
A depressão e caracterizada por mau humor, perda de interesse e disposição, vendo que
hoje a depressão e a doença que mais vêm afetando a população. A depressão e considerada
um problema de saúde pública, pois existe risco constante de suicídio. (SADOCK; SADOCK,
2007).
Os antidepressivos são as classes de medicamentos que mais vem se destacando no
mercado. São drogas que aumentam os tônus psíquico assim melhorando o bom humor. Os
antidepressivos são drogas que são indicados para outras patologias como transtornos
bipolares, distúrbios de ansiedade, transtornos compulsivos e algumas doenças orgânicas
como fibromialgia. (AGUIAR et al., 2011).
De acordo com os resultados obtidos neste trabalho, a amitriptilina 25 mg foi o
medicamento mais vendido nas três drogarias no período de um ano, seguida pela fluoxetina
Rev FacUnicamps Cien
104
20 mg. Acredita-se que o aumento da venda destes medicamentos deve-se ao fato deles serem
os antidepressivos mais baratos encontrados hoje no mercado. A amitriptilina 25 mg com 30
comprimidos custa em média R$ 25,76 reais, já a fluoxetina 20 mg com 30 comprimidos
custa em média R$ 64,12 reais. (PHARMACOS, 2016).
Segundo Brats (2012), o inquérito feito em 2013 em 10 países diferentes, (Brasil,
Canada, Chile, República Checa, Alemanha, Japão, México, Holanda, Turquia e Estados
Unidos), descreve que anualmente a depressão acarreta um gasto de US$ 83 bilhões de
dólares nos estados unidos e 118 bilhões de euros em toda a Europa. A pesquisa recrutou
37.710 adultos, relatou que a prevalência do uso de antidepressivos e duas vezes maior em
pessoas do sexo feminino do que do masculino. O boletim abrangeu o uso de todas as classes
de antidepressivos existentes e não focou em qual medicamento mais usado ou vendido. A
pesquisa relata que o uso maior desses medicamentos em mulheres se da ao fato da depressão
estar relacionada à TDM (Transtorno Depressivo Maior), que ainda não e uma doença bem
definida, uma das possíveis causas são os distúrbios nas funções neurotransmissoras. Já na
pesquisa que foi realizada na cidade de Edéia foi verificado que segundo o IBGE 2013
residem de 5.487 mulheres na cidade e na pesquisa não foi identificado quais os sexos dos
pacientes e nem a faixa etária.
O artigo realizado por Nascimento et al (2013), mostra que o antidepressivo mais
vendido na farmácia municipal da cidade de Lavras- MG, no período de janeiro de 2009 a
dezembro de 2009 foi a fluoxetina. Nesse trabalho descreve-se que foram prescritos 94251
comprimidos de fluoxetina no período de janeiro a dezembro de 2009. Durante todo o ano da
pesquisa verificou um aumento significativo da distribuição do medicamento, contudo houve
uma variação da saída do medicamento em determinados meses, pois por ser uma farmácia
municipal em determinados meses teve falta do medicamento, pois as compras são feitas por
licitações. Nos meses de julho a outubro teve maior saída, pois obtiveram maior oferta do
medicamento na farmácia Municipal de Lavras. Nesse trabalho observou-se que as mulheres
com faixa etária de 25 a 40 anos tiveram mais procura pelo medicamento, este fato se deve
porque nelas ocorrem algumas alterações hormonais, como a puberdade, menopausa, período
pré-menstrual, pós-parto, e questões efetivas e também porque a fluoxetina tem efeitos
anorexígenos e está sendo muito prescrita para mulheres que se queixam de ganho de peso.
Na pesquisa observou- se que em 100% das prescrições está sendo associada com outras
substancias e que as substancias geralmente não são indicados para as síndromes depressivas.
No trabalho realizado na cidade de Edéia- GO a pesquisa foi feita em drogarias particulares
que observou que a substancia mais vendida foi a amitriptilina 25 mg. Um dos fatores que
Rev FacUnicamps Cien
105
desencadeou o fato foi que o medicamento é o antidepressivo mais barato encontrado no
mercado, que custa cerca de R$ 25.76 reais.
Segundo Noto et al (2002), um dos perigos maiores do uso dos antidepressivos, são a
tolerância, dependência e outras reações adversas que geram sérios danos aos usuários. A
maioria dos antidepressivos não é recomendada para gestantes e lactantes, pois podem
atravessar a barreira hematoencefálica, podendo causar danos e complicações em neonatais
por causa da síndrome de retirada.
Segundo Goodman e Gilman (2010) a toxicologia dos antidepressivos tricíclicos como a
amitriptilina e a imipramina estão diretamente relacionados a algumas respostas do sistema
nervos autônomos e devem ser evitados em pacientes infartados e pacientes com depressão
cardíaca. A toxicidade cardíaca e causada pela diminuição da condução elétrica cardíaca,
bloqueio dos receptores muscarínicos, bloqueio dos receptores α-adrenérgicos, assim induzem
a vasodilatação e efeitos depressores direto do miocárdio. Alguns efeitos colaterais
relacionados à toxicidade dos Inibidores de Recaptação de Serotonina mais comuns são
efeitos alérgicos, distúrbios mentais, problemas cardíacos, hepáticos, urinários ou hormonais
(tireoide), convulsões e glaucoma, e podem acontecer alguns sintomas como náusea, dor de
cabeça e fadiga. Não devem ser usados com alguns medicamentos para aliviar a dor como
ácido acetilsalicílico, sedativos ou medicamentos para dormir e álcool. A amitriptilina não
está indicada parra pacientes que vão fazer tratamento com eletroconvulsoterapia.
6 CONCLUSÃO
De acordo com os dados obtidos é possível concluir que o medicamento antidepressivo
mais comercializado nas 3 drogarias da cidade de Edeia cujos dados foram analisados foi a
amitriptilina (ADT) provavelmente em razão do menor custo da mesma. Porem quando
falamos de classe farmacologia, os antidepressivos inibidores seletivos de recaptação de
serotonina (ISRS) foram os mais comercializados. Vale salientar a importância de que o
paciente faça o uso correto e tenha conhecimento das principais reações adversas e da
toxicidade dos antidepressivos.
O tratamento e prevenção adequada da depressão e um constante desafio clinico, pois
torna a vida dos pacientes, convivência familiar e social mais fácil, tornando a escolha do
tratamento (medicamento) a parte mais importante para o paciente, devemos então como
profissionais da saúde informar ao paciente como deve se usar o medicamento, quais reações
adversas podem ocorrer, informar a possibilidade de interações e possíveis intoxicações no
Rev FacUnicamps Cien
106
caso do uso abusivo, para que cada vez mais tenhamos maior adesão ao tratamento e
consequente cura.
7 REFERÊNCIASANVISA, Boletim Brasileiro de Avaliação de Tecnologias em Saúde, ISSN 1983-7003, ano VI nº 18. Março de 2012. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/home. Acesso em: 30/044/2016.
CAVALCANTI, N.C.T. et al. Avaliação de prescrições médicas contendo cloridrato de fluoxetina, como agente anti-obesidade, em farmácias magistrais. Pharmacia Brasileira. Ano XII, n. 79, p. 60-64, 2010/2011.
DARLING, L. IMS World Review, 2005.Disponivel em:<www.imshealth.com>. Acesso em: 10 de outubro de 2015.
FERNANDES, G. et al. Impacto das intoxicações por antidepressivos tricíclicos comparados aos depressores do “sistema nervoso central”. Revista Arquivo de Ciências da Saúde. São José do Rio Preto, SP, v. 13, n. 3, jul/set, 2006.
GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2008
GOODMAN E GILMAN. Manual de Farmacologia e Terapêutica. In: Tratamento Farmacológico da depressão e dos transtornos de Ansiedade. Porto Alegre: AMGH, 2010.p.278-298.
GRAEFF, F.G.; GUIMARÃES, F.S. Fundamentos de psicofarmacologia. São Paulo: Atheneu, 2005.
IGNÁCIO, V.T.G., NADI, H.C. A medicalização como estratégia biopolítica: um estudo sobre o consumo de psicofármacos no contexto de um pequeno município do Rio Grande do Sul. Psicologia e Sociedade. v. 19, n. 3, p. 88-95, 2007.
MELO, M.; MORENO, R.A. Inibidores da monoaminooxidade (IMAOs). Boletim de Transtorno Afetivos e Alimentares. v. 3, p. 4-5, 1998.
NASCIMENTO, H.C.; FREITAS, D.F.; MOREIRA, E.A. Avaliação dadistribuição do antidepressivo fluoxetina para os pacientes da farmácia Municipal de Lavras – MG. Revista da Universidade Vale do Rio verde. Três Corações, v. 11, n. 1, p. 50-57, jan./jul. 2013.
PHARMACOS. Revista de preço de medicamentos. Goiânia: Unitex, edição: 256, 2016. Goiânia: Abril, 2016.
RIBEIRO, A.G. et al. Antidepressivos: uso, adesão e conhecimento entre estudantes de medicina. Ciência e Saúde Coletiva, São Paulo, v. 19, n. 6, p. 1825-1833, 2014.
ROSSI, A.; BARRACO, A; DONDA, P. Fluoxetine: a reviewonevidencebasedmedicine. BioMed Central.2004, p.1-8.
Rev FacUnicamps Cien
107
SADOCK, B.J.; SADOCK, V.A. Compendio de psiquiatria: ciência do comportamento e psiquiatria clínica. 9. ed. Porto Alegre: Artemd; 2007.
SCIPPA, A.M.A.M.; OLIVEIRA, I. R. Antidepressivos. In: SILVA, P. Farmacologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara: Koogan, 2013. Cap.35. p. 337-353.