Post on 22-Apr-2015
2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health
Populações especiais: AtualizaçãoPopulações especiais: Atualização
Stephen A. Tamplin, MSEDepartamento de Saúde, Comportamento e SociedadeInstitute for Global Tobacco Control
2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health
Objetivo
Destacar desenvolvimentos novos ou recentes em controle do tabaco com “populações especiais” Tabaco e pobreza Tabaco e juventude As mulheres e o tabaco O papel das enfermeiras no controle do tabaco
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Mensagens de palestras anteriores – Tabaco e pobreza
84% dos fumantes vivem em países de economia em desenvolvimento ou em transição
Os pobres fumam mais e carregam um maior peso econômico e de doenças por causa do tabagismo
A incidência do fumo entre os homens tende a ser maior em países de baixa e média renda (cerca de 50%)
O tabaco contribui com a pobreza em nível individual e doméstico: Custo de oportunidades Perda de rendimentos
por causa do maior risco de doenças
Riscos da produção de tabaco
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Mensagens de palestras anteriores – Tabaco e pobreza
O tabaco contribui com a pobreza em nível nacional: Altos custos de saúde Perda de produtividade Perda de câmbio
externo Contrabando Degradação ambiental
Quebrar o relacionamento entre tabaco e pobreza exige: Entender o contexto
local Relações e parcerias Campeões locais Necessidade de situar
as intervenções no ambiente de desenvolvimento social
Tempo certo
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Novos conhecimentos relacionados a tabaco e pobreza
Meta-análise envolveu a revisão de 9.500 referências, das quais 765 foram inclusas
O objetivo geral era estimar a associação entre renda e consumo de tabaco, gastos de tabaco e morbidez, e mortalidade atribuída ao tabaco
Comparação de grupos de alta e baixa renda, em quatro fatores: Incidência do tabagismo Quantidade de tabaco consumido Incidência de doenças e mortes atribuídas ao
tabaco Gastos domésticos com tabaco
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Fonte: Ciapponi, A. (2011).
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Novos conhecimentos relacionados a tabaco e pobreza
A principal conclusão: houve um relacionamento inverso entre nível de renda e incidência do tabagismo, especialmente ao longo das últimas duas décadas, e suas consequências relacionadas Incidência do fumo: pessoas de baixa renda (ambos
os gêneros) fumam mais que de alta renda Mortes e doenças atribuíveis ao tabaco: “risco
estatisticamente maior conforme a renda reduz”. Gastos com tabaco relacionados aos gastos
totais: “um relacionamento inverso... entre nível de renda e proporção do tabaco contra gastos totais”.
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Fonte: Ciapponi, A. (2011).
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Novos conhecimentos relacionados a tabaco e pobreza
Causas da disparidade estão “... ainda em discussão”, mas muitos fatores são aludidos: Privação relativa em sociedades Tabaco como marcador de condição social Impostos e preços do tabaco
Esforços mais intensos são necessários para reduzir o tabagismo entre os pobres
A associação entre tabaco e pobreza deve ser repetidamente avaliada, já que a implementação da FCTC da OMS provavelmente mudará a situação atual
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Fonte: Ciapponi, A. (2011).
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Mensagens de palestras anteriores – Tabaco e juventude
A maioria de todos os tabagistas de longo prazo começa a fumar na juventude Quase um quarto fumam seu primeiro cigarro antes
dos 10 anos
Não há um cenário único de tabagismo na juventude
“Tabaco é uma doença comunicada... através de publicidade e patrocínio...” (OMS, 2000)
A indústria do tabaco visa a juventude vendendo “uma imagem descolada”, “independência” e “estilo de vida”
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Mensagens de palestras anteriores – Tabaco e juventude
Sabemos como reduzir o tabagismo na juventude: Leis antifumo Maiores impostos e preços Campanhas fortes e sustentadas em educação pública Advertências gráficas impactantes sobre saúde Restrição ao marketing do tabaco Expandir o acesso a cessação Envolver organizações comunitárias e profissionais de
saúde
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Novos conhecimentos relacionados a tabaco e pobreza
Global Tobacco Surveillance System Atlas (2009), Global Youth Tobacco Survey (GYTS), 1999-2008 12% dos meninos e quase 7% das meninas hoje fumam
cigarros A vulnerabilidade para começar a fumar é maior que as
atuais taxas de fumo em diversas regiões 19% disseram estar suscetíveis a começar a fumar no
próximo ano 12% dos garotos e 8% das garotas usam outras formas de
tabaco (ex.: cachimbo, cachimbo de água, charuto, tabaco sem fumaça e bidis) além dos cigarros
Com relação às garotos, 8 de 165 países pesquisados relataram uma incidência ≥ 30%
Com relação às garotas, 6 dos países pesquisados relataram uma incidência ≥ 30%
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Fonte: U.S. Centers for Disease Control and Prevention. Dados da GYTS. (2008).
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Novos conhecimentos relacionados a tabaco e pobreza
Global Tobacco Surveillance System Atlas (2009), Global Youth Tobacco Survey (GYTS), 1999-2008 (pesquisas com alunos entre 13 e 15 anos de idade): 55% dos alunos pesquisados relataram exposição ao
fumo passivo em locais públicos durante a semana anterior à pesquisa
Menos de 5% das pessoas são protegidas por leis antifumo abrangentes
4 de 10 jovens foram expostos ao fumo passivo em suas casas, com 43% tendo pelo menos um pai fumante
8 de 10 alunos são a favor de proibições ao fumo em locais públicos, e 69% dos atuais fumantes jovens gostariam de parar
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Fonte: U.S. Centers for Disease Control and Prevention. Dados da GYTS. (2008).
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Mensagens de palestras anteriores – Mulheres e tabaco
12% das mulheres fumam (22% em países desenvolvidos; 9% em países em desenvolvimento) Até 2025, cerca de 20% das mulheres serão fumantes
Fumar tem efeitos negativos em quase todos os sistemas do corpo da mulher
A produção e o processamento de tabaco exploram o trabalho de mulheres e garotas
A indústria do tabaco visa mulheres vendendo “uma imagem descolada”, “independência”, “sex appeal” e “estilo de vida”
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Mensagens de palestras anteriores – Mulheres e tabaco
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Recomendações para políticas
Ratificar e implementar a FCTC
Mensagens empoderantes para promover a saúde feminina
Promover políticas de controle do tabaco que tratem de problemas sociais e econômicos
Monitorar as taxas de tabagismo entre homens e mulheres
Fazer mais pesquisas sobre os efeitos do tabagismo sobre a saúde de mulheres
Construir capacidade e envolver mulheres e garotas na condução de pesquisas sobre controle do tabaco
Recomendações de programas
Implementar programas de controle do tabaco específicos a gênero e idade
Fornecer informações sobre segurança ocupacional para mulheres e garotas
Envolver as mulheres na projeção e execução de programas
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Novos conhecimentos relacionados a mulheres e tabaco
As mulheres são cerca de 20% dos mais de 1 bilhão de fumantes do mundo
Em metade dos países pesquisados pela Global Youth Tobacco Survey, não houve diferença de gêneros com relação ao fumo na juventude
O fumo é responsável por 12% das mortes de homens e 6% das mortes de mulheres no mundo
Em um estudo retrospectivo recente (Oberg, M. et. al., 2011) sobre as doenças de exposição ao fumo passivo, os autores concluíram que as mulheres eram quase 50% das mortes atribuíveis a fumo passivo em 2004
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Fonte: U.S. Centers for Disease Control and Prevention. Dados da GYTS. (2008); Oberg et. al., (2011).
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Novos conhecimentos relacionados às mulheres e tabaco
Publicidade do tabaco cada vez mais voltada às mulheres e garotas: Glamour Sofisticação e estilo Luxo Classe e qualidade Romance e sexo Sociabilidade Diversão e sucesso Saúde e frescor Emancipação Magreza
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Embalagens voltadas às mulheres
Embalagens especiais voltadas às mulheres (“light,” “slim,”
e “super-slim”) visam o mercado feminino Por exemplo: cerca de 100 marcas especialmente
voltadas a mulheres foram introduzidas no mercado russo, onde a incidência de fumo entre mulheres é cada vez maior
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Embalagens voltadas às mulheres
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Fonte: Institute for Global Tobacco Control. (2011).
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Novos conhecimentos relacionados a mulheres e tabaco
As políticas podem ser neutras quanto a gêneros, mas afetam mulheres e homens de forma diferente É importante que a FCTC da OMS seja implementada
através de uma perspectiva de gênero na agenda política e de desenvolvimento do país:
Monitorar o tabagismo por gênero Proteger as garotas e mulheres de todas as idades da
fumaça do tabaco Oferecer ajuda para abandono do tabagismo Discutir com mulheres e crianças os perigos do tabaco Exigir o cumprimento de proibições contra a
publicidade, promoção e patrocínio, dando às mulheres o poder de identificar e combater essas influências
Reconsiderar e aumentar impostos sobre tabaco, com participação ativa das mulheres
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Mensagens de palestras anteriores – O papel das enfermeiras
Mais de 11 milhões de enfermeiras no mundo têm um poder incrível de fazer uma grande diferença
Enfermeiras têm confiança pública e podem ser grandes parceiras
Barreiras para o envolvimento das enfermeiras no controle do tabaco: A condição de fumante das próprias enfermeiras Conteúdo limitado sobre controle do tabaco em cursos de
enfermagem Tradicionalmente, o controle do tabaco não é uma prática de
enfermagem Falta de conhecimentos e receio de causar desconforto ao
paciente/visitante Falta de liderança profissional
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Mensagens de palestras anteriores – O papel das enfermeiras
Oportunidades para o envolvimento no controle do tabaco: As enfermeiras precisam ir além do tratamento e
influenciar legislações Tornarem-se defensoras e envolverem-se – Dia Mundial
sem Tabaco, defender locais públicos livres do fumo, etc. Integrar as intervenções de controle do tabaco à prática
atual Implementar alterações curriculares em cursos de
enfermagem Criar comitês no local de trabalho para aumentar a
consciência pública Tomar a situação de fumante como sinal vital em fichas de
pacientes Apoiar a melhora da qualidade do tratamento de cessação
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Novos conhecimentos sobre o papel das enfermeiras
Hoje há mais de 17 milhões de enfermeiras no mundo
Estudos indicam que atividades de cessação podem ser oferecidas por enfermeiras (Rice e Stead, 2008)
Quedas contínuas nas taxas de fumo entre enfermeiras foram documentadas com dados registrados regularmente ao longo do tempo (ex.: EUA, Nova Zelândia e Austrália)
No entanto, estudos feitos entre alunos de alguns países descobriram que as taxas atuais de tabagismo entre enfermeiras é maior que na população geral (Smith e Takahashi, 2008)
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Novos conhecimentos sobre o papel das enfermeiras
Desafios (Smith, 2010): A taxa de fumo entre enfermeiras continua
inaceitavelmente alta em alguns países É necessário um direcionamento estratégico para
controle do tabaco na enfermagem Disponibilização de programas educativos no local de
trabalho e inclusão de programas de controle do tabaco aos currículos de enfermagem
Mais pesquisas são necessárias para determinar as estratégias educacionais mais efetivas
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Resumo
Embora tenham ocorrido progressos no controle do tabagismo entre as populações especiais, a indústria do tabaco continua implacável em sua em busca de novos clientes entre os pobres, os jovens e as mulheres
O ônus total da epidemia de tabagismo é cada vez mais carregado pelos pobres
Controlar a epidemia de tabagismo entre as populações especiais exige um esforço orquestrado e colaborativo em diversos setores Nesse contexto, é essencial a liderança de um setor de saúde
totalmente engajado e não fumante, 100% livre do fumo
stamplin@jhsph.edu
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