Unifatos 2014 - 1° Edição

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Jornal Laboratório elaborado pelo 3º ano do curso de Jornalismo da Univel - ano XIII - edição 58 - março de 2014 p. 3 Rubens San e a paixão pelo boxe O boxeador, de 73 anos, ministra aulas gratuitas há sete anos para 50 alunos em uma academia de Cascavel. Hoje aposentado como funcionário estadual militar, conta que seu maior objetivo é salvar as pessoas, tirá-las da vida tortuosa: “Já me chamaram diversas vezes para dar aulas em academias particulares, mas não me interessa. Eu gosto mesmo é de ajudar”. Autodidatas podem estudar e/ou aprimorar uma língua estrangeira via web. Confira alguns sites em que você pode pesquisar. Internet possibilita o aprendizado de idiomas gratuitamente p. 8 e 9 RICARDO POHL DIVULGAÇÃO

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Jornal Laboratório elaborado pelo 3º ano do curso de Jornalismo da Univel - ano XIII - edição 58 - março de 2014

p. 3

Rubens Sane a paixão pelo boxeO boxeador, de 73 anos, ministra aulas gratuitas há sete anos para 50 alunos em uma academia de Cascavel. Hoje aposentado como funcionário estadual militar, conta que seu maior objetivo é salvar as pessoas, tirá-las da vida tortuosa: “Já me chamaram diversas vezes para dar aulas em academias particulares, mas não me interessa. Eu gosto mesmo é de ajudar”.

Autodidatas podem estudar e/ou aprimorar uma língua estrangeira via web. Confira alguns sites em que você pode pesquisar.

Internet possibilita o aprendizadode idiomas gratuitamente

p. 8 e 9

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3março de 2014 PERFIL 2 OPINIÃO março de 2014

Univel (União Educacional de Cascavel) - Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Avenida Tito Muffato, 2317 - Bairro Santa Cruz. CEP: 85.806-080 - Cascavel - Paraná. Telefone: (45) 3036-3636. diretora: Viviane Silva.Unifatos. Jornal laboratório elaborado na disciplina de Técnicas de Reportagem, Entrevista e Pesquisa III do curso de Jornalismo. Coordenadora: Letícia Rosa. Professora orientadora: Wânia Beloni. Acadêmicos (textos, fotos e diagramação): douglas Trukane dos Santos, Flavia daniela duarte dos Santos, Gabriel Ramos Pratti, Heloísa Iara Perardt Pinto, Heloize Lima dos Santos, Janaina Teixeira, Jéssica de Araujo, Jhonathan de Souza d’witt, Kássia Paloma Beltrame Oliveira, Larissa Ludwig, Leandro de Souza, Maicon Roselio dos Santos Camargo, Makelen da Cas Rotta, Marcelo Gartner Machado, Maximiliane Veiga, Rebeca Branco dos Santos, Renan Paulo Bini, Ricardo Pohl, Ricardo Silva de Oliveira, Silmara dos Santos, Thais Padilha Antunes, Walkiria Oliveira Zanatta e Wilian Clay Wachak. Projeto gráfico: Wânia Beloni. Tiragem: 1 mil exemplares. Impressão: Jornal O Paraná. E-mail para contato: [email protected]

Expediente

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ORIA

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Em 2014 ele está de volta.... O ano de 2014 chegou e com ele nosso Unifatos retorna a todo vapor. Como sempre, com reportagens especiais sobre assuntos do cotidiano, não só da Univel, como da nossa região. São 13 anos dedicados à prática jornalística sob responsabilidade dos acadêmicos do terceiro ano de Comunicação Social - Jornalismo chancelados pela professora Wânia Beloni. Este ano entrará para a história do país, pois receberemos milhares de visitantes que virão para a Copa do Mundo. Em campo o único objetivo de vencer pela sexta vez o torneio e espantar o “fantasma” de 50 que ainda nos incomoda. Fora dele e das gigantescas estruturas de concreto construídas com dinheiro público (e que dinheiro!) o desejo de fazer a melhor de todas as copas mesmo com a desconfiança do mundo e do próprio brasileiro. Os habitantes deste mundo querem saber nossa capacidade de organizar grandes eventos e como faremos para mascarar o atraso de obras importantes como transporte e logística. Já os habitantes daqui querem saber o que acontecerá depois. Se vencermos a Copa será uma festa, sem dúvidas. Mas festa por quanto tempo? Se perdermos novamente em casa, passaremos o resto do ano lamentando e tentando descobrir onde erramos e o porquê erramos. E em 2015? Os pessimistas preveem uma crise econômica sem precedentes, tal qual ocorreu com a Grécia após os Jogos Olímpicos de 2004. Nesta edição você terá a oportunidade de refletir as consequências dos gastos desenfreados e previstos com a Copa em reportagem especial sobre o assunto na página 11. Quem não curte futebol ou o alia com alguma outra modalidade vale a pena conhecer um pouco da história do Rubens “San”, famoso professor de boxe. Se os estrangeiros virão para a copa, os brasileiros poderão viajar para a Europa. Acalmem-se, já foi mais caro conhecer países como a França, Polônia, Bélgica ou Hungria. Além disso, você mesmo pode planejar sua viagem. Para quem não vai sair do país tão cedo, mas quer vislumbrar algo estrangeiro, tem um grupo bem italiano pertinho da gente. Quem não conhece o folclórico Ladri di Cuori, poderá acompanhar nas próximas páginas a história destas pessoas que valorizam a dança, a cultura e os costumes do país da bota. Também não é preciso sair do Brasil, e nem mesmo de casa, para aprender uma língua estrangeira. A internet oferece ferramentas para que você possa aprender e/ou aperfeiçoar línguas estrangeiras sozinho. Não podemos esquecer, no entanto, os velhos e bons livros, fonte de conhecimento e que ainda não foram totalmente ultrapassados pela internet. Se bem que não seria ruim, pois o estado em que eles retornam à biblioteca da Univel é assustador. O acadêmico empresta o livro e quando o entrega, este mais parece um caderno de anotações “pessoais”. Mas existem bons exemplos: Nayara Thaís mostra força de vontade para viver, pois enfrenta uma grave doença com sabedoria, vivendo um dia de cada vez, sem se prender ao futuro. Falando em futuro, ele poderá garantir a saúde das gerações mais novas por meio da vacinação nacional contra o vírus HPV, que agora vai beneficiar meninas a partir dos 11 anos de idade. Cuidar da saúde é importante, ainda mais quando ingerimos alimentos saudáveis. No entanto, nesta edição você verá uma reportagem preocupante sobre o crescimento das franquias de lanches rápidos, os chamados fast foods. Se você tiver um tempinho entre um lanche e a leitura do Unifatos, aproveite para assistir o Gravidade, uns dos concorrentes ao Oscar de 2014. A coluna “Indica”, na página 15, vai sugerir muita coisa boa neste ano e nós vamos convidá-los à boa leitura com o Unifatos.

No ano passado quando a coordenação da Univel apresentou o calendário acadêmico de 2014, percebi que as aulas começariam em 29 de janeiro. Fiquei louco e questionei de cara: Por que tão cedo assim? Eis que veio a resposta de alguém da turma do segundo ano de Jornalismo: Por causa da Copa do Mundo, as aulas começarão mais cedo e teremos um mês de folga. Imediatamente argumentei com nova pergunta: “Tá e daí? Vou assistir a copa pela TV!”. desta vez ninguém ousou em responder com palavras, apenas riram e concordaram. Achei aquilo um absurdo, pois teríamos pouco mais de um mês de férias. Não que eu não goste da turma ou da faculdade, mas sabemos que a correria do dia a dia, as provas, os trabalhos, os seminários e os exames, aliados aos compromissos profissionais e familiares do dia a dia nos levam à exaustão. Passei apertado no exame da Teoria da Comunicação, mas enfim, superei o segundo ano. Veio o Natal, as festas de réveillon e alguns dias de férias. Matrícula? “Negativo”, disse aos colegas que encontrava pela cidade. “Nem perto da faculdade vou passar neste período e sequer vou aparecer no bendito 29 de janeiro, data prevista para o início do calendário do ensino superior”. Azar o meu, que tive de enfrentar uma enorme fila no dia 3 de fevereiro para a matrícula. Entre idas e vindas da sala de aula para a secretaria (não estava matriculado, mas me sentia aluno), encontrei uma jovem na mesma situação. Estudante do quinto ano do curso de direito, a simpática garota disse que estava ali para efetuar a matrícula de uma dependência ainda do primeiro ano. Argumentou que na época morava longe e dependia do pai para o deslocamento até a instituição, mas que agora, com a vida mais independente, resolveu colocar os estudos em dia. Minha senha era 007 e a dela 012. No painel apareciam os três dígitos que nos atormentavam, 238. A secretária da Univel nos informou que estes números iam até 250 para aí sim recomeçar. Eu e a jovem apenas nos olhamos como que se os olhos perguntassem ao nada que a jornada seria longa ou que por um sobressalto desistiríamos. Não nego que pensei em ceder minha senha a ela e deixar tudo para o outro dia. Mas também não me custava nada esperar mais um pouco. Alguns tiveram a mesma ideia que eu e foram mais corajosos, decidindo por abandonar a espera. Corajosos ou covardes? Acho que tem gente mais impaciente do que eu... Por esta razão minutos depois fui chamado e em pouco tempo confirmei minha vaga. Apesar de sair do local sem saber o nome da colega lhe desejei boa sorte, pois minha etapa estava vencida. A lição que ficou disso tudo é que a paciência poderia ter sido exercida ainda em dezembro, quando tudo estava calmo e o único trabalho que eu teria era começar as aulas em 29 de janeiro. E se realmente só desejasse aparecer no dia 3, não perderia tantas aulas e arcaria com o prejuízo. Quanto ao período de férias, entre 12 de junho e 13 de julho, tudo bem, não é todo ano que tem Copa do Mundo no Brasil. Aliás, a única disputada por aqui foi há 64 anos, quando minha mãe ainda estava nos cueiros. Então, para quê tanto estresse se talvez no próximo campeonato mundial disputado em nosso país eu nem esteja por aqui para implicar com o começo das aulas? Vamos curtir cada momento deste ano diferente! Um bom ano acadêmico!

CRÔN

ICA

Vamos estudar e torcerMorceguitoLeandro Souza

As paredes da academia de boxe do Centro Esportivo Ciro Nardi, de Cascavel, são revestidas por inúmeras conquistas e muita dedicação ao esporte. São 52 anos pisando em ringues. Hoje, os resultados são esses: uma invejável saúde e disposição na casa dos 73 rounds de vida. Ainda que o referido esporte ofereça socos, cruzadas, nocautes e cotoveladas (uma até lhe tirou parte da orelha), estes não conseguem derrubar o humor, a simpatia e a vontade de ajudar. Rubens San Perruchon, hoje aposentado como funcionário estadual militar, conta que seu maior objetivo é salvar as pessoas, tirá-las da vida tortuosa: “Já me chamaram diversas vezes para dar aulas em academias particulares, mas não me interessa. Eu gosto mesmo é de ajudar”. Os troféus, medalhas e recortes de jornais e até mesmo um cinturão de ouro deixam evidente uma carreira vitoriosa. Porém, com momentos censuráveis, como a vez em que agrediu um funcionário de supermercado, mas isso veremos adiante. Por ora, deixem-me apresentá-lo. San nasceu em Curitiba em 1970. Quando menino, frequentava cinemas e escolas renomadas, assim como outros garotos da classe média. “Eu gostava muito de ver os filmes que mostravam luta de boxe. Se um circo ficasse um mês no meu bairro, eu ficava todo esse tempo lá treinando”.

Foi assim que, aos dez anos, como brincadeira de criança, mas com gosto de profissional, começou no boxe. Aos treze, treinava no time do Botafogo, do bairro Mercês. Aos 21 anos passou a profissional, foi quando ganhou o primeiro título, na categoria galo, em Campo Largo. “Fui campeão paranaense e vitorioso por nocaute, no quarto round. dali em diante fui tomando gosto e levando a vida por meio do esporte”. Tanto que até os 33 anos era absoluto no boxe estadual, chegando a faturar um brasileiro. “Também fui o primeiro pugilista paranaense a trazer uma medalha internacional para o Brasil”, relata com felicidade. O boxeador fez tudo isso numa época difícil, na qual o esporte era visto com certa desconfiança. “Hoje, o boxe é muito mais técnico. Não se tem mais a ideia de algo violento. Se bate, o juiz para a luta e abre contagem”. Aos 45 anos, San concluiu o curso de Educação Física. Paralelamente, exercia a função de detetive. Contratado por empresários, investigava casos de roubos e estelionatos. depois passava as provas à polícia que prendia os envolvidos, recordando de forma empolgada e contente: “Ajudei a elucidar até mesmo uma quadrilha de roubos a carros fortes”. Mas e o caso do funcionário de supermercado? Com indignação, San relata: “Era um machão, peitudo, que só porque tinha 1.90

de altura achava que podia surrar qualquer um”. Pausadamente, “seo Rubens”, como também é conhecido, conta que surpreendeu o tal rapaz tomando refrigerante das gôndolas do mercado. Chamou-lhe a atenção. Contudo, como resposta recebeu um xingamento pesado. “E aí quando você treina boxe, a vontade de responder à falta de respeito vem à tona e acabei entrando no embalo da minha mente: fui provocado e revidei. No final das contas, amassei-lhe parte do rosto e eu respondi um processo”, confessa. de alegrias e lições, a vida lhe abriu um novo caminho. A disposição e vontade de ajudar, características marcantes em San, fez com que ele quisesse repassar aos mais jovens tudo o que aprendeu. Assim, ele ministra aulas há 28 anos e há sete anos é professor de cerca de 50 alunos na academia de boxe do Ciro Nardi, os quais só precisam de autorização do colégio e dos responsáveis. Não há custo, é tudo gratuito. Até mesmo os materiais, como as luvas e calções, oriundos dos longínquos anos das batalhas de Perruchon. Hoje, contente e realizado fala de boca cheia: “Tenho 73 anos e me sinto muito bem. Não tenho vício nenhum”. San, ainda, aconselha: “Mesmo que você não pratique nenhum esporte, faça alguma coisa. Ande, caminhe, pule, salte. É a melhor coisa da vida”.

Rubens San, 73, ministra aulas gratuitas para 50 alunos em uma academia do município

Paixão pelo boxee pela dedicação ao próximo

FOTOS: RICARdO POHL

Marcelo Machado

Carreira* Passou pelos ringues dos Estados Unidos, França, Uruguai e Cuba.* Com 21 anos faturou seu primeiro título de campeão paranaense.* Por 12 anos, foi seguidamente campeão estadual. Nesse período faturou um Brasileiro e chegou a ser o terceiro no ranking da União Internacional de Boxe.

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4 GASTRONOMIA março de 2014 5março de 2014 GASTRONOMIA

Comer bem, faz bem A princípio a alimentação era preparada pela mãe, que se encarregava de alimentar sua prole. O tempo foi passando e com a organização de uma sociedade capitalista, elas também saíram de suas casas para ir atrás dos objetivos pessoais e profissionais. Assim, essa rotina foi quebrada e restaurantes, com diversas opções de comida, abriram suas portas. Entre as opções, os que oferecem lanches rápidos, em inglês fast food, são uns dos mais frequentados. Os lanches rápidos passaram a fazer parte do cardápio diário de muita gente, o que nem sempre é saudável, visto que muitas vezes os alimentos são compostos com exageros de gordura, sal e açúcar. Uma das consumidoras de alimentos dos fast foods é Ellis Caroline, 18, estudante de Pedagogia, que fala sobre uma empresa responsável por uma rede internacional de lanchonetes, presente também em Cascavel. “Gosto porque são sanduíches de um sabor indescritível. Parece que todo sabor do mundo se concentra em um alimento”. Mesmo que a mídia interfira de forma direta, com propagandas sobre os suculentos sanduíches ou sorvetes maravilhosos, “com sabor indescritível”, os riscos para a saúde são reais. O aumento nas triglicérides (LdL, HdL), pode ser provocado pela ingestão dos alimentos ricos em gorduras, contribuindo então para o surgimento de doenças coronárias. A preferência pelos hambúrgueres, bolos, tortas, doces, frituras é comprovada, já que entre 14 estudantes entrevistados em uma rede social, somente um procura por alimentos e lanches menos calóricos. Há franquias que oferecem lanches menos calóricos e têm opções de saladas e pães integrais. O estudante de Engenharia Civil, Henrique Alves, 24, fala sobre a relação de tempo e refeição. “Não tenho tempo de fazer comida, então janto fora praticamente todas as noites. Essa rotina é muito comum em cidades grandes, penso eu, pois muitas pessoas chegam em casa meia noite, para levantar às cinco da manhã ou até mais cedo. Em metrópoles, principalmente, tudo envolve mais tempo, por isso a praticidade e o FAST do FOOd vem a calhar”, ironiza Henrique. Além da alimentação, o jovem ressalta a importância da convivência com os amigos, que se encontram para um lanche rápido. Contrapondo essa ideia de alimentos gordurosos e saborosos, encontramos alguns adeptos da alimentação saudável, como é o caso da jornalista Elaine de Almeida Marra, 26, que afirma: “Já fui viciada em refrigerantes e doces, trocava as refeições normais pelas guloseimas, mas

devido a uma anemia forte durante a gravidez, agora tenho uma dieta mais saudável”, explica, lembrando que segue uma dieta equilibrada durante a semana e às vezes no fim de semana consome alimentos mais gordurosos, porém sempre com cautela. A especialista em Nutrição pela UEL (Universidade Estadual de Londrina), Adreciane Chechi, ressalta que o fator mais determinante de consumo em fast food é o tempo, porém, se houver um bom planejamento do tempo é possível realizar refeições saudáveis em um menor período de tempo. Para quem gosta de lanches é importante saber que os lanches possuem uma quantidade elevada de calorias, que podem não fazer mal quando consumidos com moderação. No entanto, o que acontece é o consumo desregrado, quase nunca acompanhado de exercícios físicos. O que faz mal não é o consumo, mas a ingestão calórica diária. “Os lanches estilo fast food, de acordo com os ingredientes que apresentam, podem variar de 500 a 1000 kcal. Uma pessoa normalmente ativa tem um gasto calórico de aproximadamente 1600 kcal. Portanto, se a preferência for por lanches desses tipos, ela vai ingerir, em uma única refeição, quase todas as calorias necessárias que seu corpo precisa para suas atividades de um dia inteiro”, diz Adreciane, aconselhando que mesmo que se opte pela alimentação natural, o consumidor deve tomar cuidado com os ingredientes mascarados como molhos e condimentos. A ingestão de gordura promove energia e protege os órgãos, além de auxiliar no transporte e absorção de vitaminas lipossolúveis como A, d, E, K. Mas, quando a ingestão é diária, pode haver uma deficiência em outras vitaminas, que segundo a nutricionista acarreta várias doenças como a obesidade, que geralmente vem acompanhada da síndrome metabólica (diabetes, hipertensão, colesterol elevado). “O melhor é optar por uma alimentação que contemple todos os grupos alimentares: carboidratos, proteínas, vitaminas, minerais, gorduras e açúcares, mas tudo em pequenas quantidades”. de acordo com alguns estudos feitos no Instituto Karolinska, na Suécia, o segredo da longevidade está em ingerir pelo menos cinco porções de frutas e vegetais todos os dias. Para quem gosta de fast food, é bom consumir com moderação, para evitar futuras doenças que vão tomar mais tempo de tratamento do que a hora do lanche.

Silmara Santos

Sanduíche de frango desfiadoIngredientes:2 fatias de pão integral3 colheres (sopa) de frango desfiado1 colher (sopa) de milho cozido1 colher (sopa) cheia de maionese light3 folhas de alfaceModo de preparo:Em uma cumbuca, misture o frango desfiado com o milho e a maionese. Passe esse recheio sobre uma fatia de pão, coloque a alface americana. Feche o sanduíche, corte ao meio.Adaptado de: Receitas.ig.com.br

Vege

taria

nism

o

O vegetarianismo é uma dieta que exclui todos os tipos de carne e seus derivados. No entanto, os ovolactovegetarianos podem consumir, além de frutas, verduras e grãos, alimentos como ovo e leite. O professor do curso de Jornalismo da Univel, Murilo Ito, segue essa dieta desde 2007. “Meus intestinos funcionam melhor sem a carne no cardápio. A dieta ovolactovegetariana apura mais os sentidos do olfato e paladar. Confesso que hoje cuido mais da alimentação, tendo consciência de cada refeição que faço, o que não ocorria quando era carnívoro. A dieta que sigo é um conjunto da preocupação com o corpo, com o ambiente e com os animais. É ideológica e espiritual. Indico o documentário intitulado A carne é fraca, realizado pelo Instituto Nina Rosa”. Cascavel possui hoje cinco restaurantes vegetarianos, e ao contrário do que se pensa, não se come apenas frutas e verduras. A dieta vegetariana, além de não excluir cereais, pode ser enriquecida por algas Wakane ou Kombu, que são grandes fontes de vitamina B, cálcio e ferro. O sódio também é importante e facilmente encontrado nos derivados da soja.

Super Size MeEstudos recentes comprovaram que a cada três americanos, dois estão acima do peso ou são obesos. Mas por que a população americana é tão obesa? E de quem é a culpa? Você pode arriscar um palpite depois de assistir a Super Size Me: a dieta do palhaço, um filme que mostra o que a ingestão de fast food pode fazer por você.

Uma das possibilidades de se alimentar em pouco tempo, mas de forma balanceada e nutritiva

2 fatias de pão de forma light

28g 72

100g frango desfiado

85g 164

3 folhas de alface

24g 3

2 colheres (sopa) de milho verde 40g 40

1 colher de sopa maionese light

12g 20

Total: 299 Kcal

Peso Kcal

2 hambúrgueres 200g 438

1 folha de alface 8g 1

1 fatia de cheddar 30g 120

molho tipo barbacue 12g 20

cebola picada 50g 20

1 colher de picles 15g 6

Pão de hambúrguer 100g 376

com gergelim

A Carne é fracaAlguma vez você já pensou na trajetória de um bife antes de chegar ao seu prato? No documentário são apresentadas pesquisas sobre isso para que os telespectadores confiram aquilo que não é divulgado. Com este curta-metragem você pode saber os impactos que esse ato de comer carne representa para a sua saúde, para os animais e para o planeta. Com depoimentos dos jornalistas Washington Novaes e dagomir Marquezi, entre outros. Você pode conferir o documentário pelo site: http://www.youtube.com/watch?v=g0VoeRNEKnE

Alimentar-se de forma rápida e saudável: eis a

questão!

FOTOS: dIVULGAÇÃO

Um lanche típico estilo

fast food*

Segundo a revista Super Interessante, no site http://super.abril.com.br/alimentacao/big-mac-614281.shtml, o Big Mac não é uma bomba calórica, pois oficialmente ele contém só 504 kcal. “Mas quase ninguém pede só o lanche... Aí complica. Tanto que o Mcdonald’s já foi processado por inúmeros clientes por tê-los engordado. No Brasil, inclusive. A Justiça gaúcha condenou a rede a pagar R$ 30 mil a um ex-gerente do Mcdonald’s, que disse ter sido levado a se alimentar mal e engordado 30 quilos”.

* As calorias foram calculadas conforme tabelas divulgadas no site: http://boaforma.uol.com.br/tabela-calorias/paes.htm

A primeira rede de fast food do mundo foi criada no Kansas, nos Estados Unidos, com o nome de White Castle, em português, castelo branco. A franquia existe desde 1921. O diferencial da empresa é a administração que é totalmente familiar. Eles trabalham sempre juntos. Os hambúrgueres possuem um formato não muito comum, são quadrados e possuem cinco furos que permite um cozimento mais rápido, não precisando ser virados. Os lanches, assim como a maioria das redes de fast food, são acompanhados de refrigerante e batata frita. Atualmente a rede se concentra somente na América do Norte.

O primeiro fast food

Supe

r int

eres

sant

e!

Sanduíche natural Peso Kcal

Total: 981 Kcal

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7março de 2014 ESPECIAL6 ESPECIAL março de 2014

“Pra quem tem fé, a vida nunca tem fim” Segunda-feira, 6h30 da manhã. O sol está nascendo e Nayara já está de pé, pronta para a batalha. Toma um banho, como de costume. O café da manhã está na mesa, mas nem sempre ela consegue tomá-lo. A ansiedade não deixa. A grande guerreira parte para a luta, para mais um dia de combate. Chega ao campo de guerra e se prepara. Enche-se de força e fé, coloca sua armadura de coragem e espera. Às 14 horas começa a ação. Nayara deita na maca e inicia a quimioterapia... Era janeiro de 2013. Nayara Thais da Rosa, no auge de seus 22 anos, levava uma vida corrida. Trabalhava, estudava Enfermagem e fazia estágio. Nos finais de semana saía, divertia-se com os amigos e aproveitava a juventude. Sempre foi muito vaidosa, preocupava-se com a aparência, com o cabelo que deveria estar impecável e com o corpo que tratava na academia. Mas um furacão, dos mais agressivos, passou em sua vida. Sentiu um nódulo do lado do pescoço e procurou um médico. A partir daí a história da vida de Nayara estava prestes a mudar. A garota de vida agitada se tornaria mais uma guerreira, na luta pela vida. Foi no dia 4 de fevereiro de 2013 que a jovem recebeu a notícia de que estava com câncer e, assim, Nayara foi intimada para a guerra. “Eu levei o resultado para o médico, um especialista em cabeça e pescoço, e ele me pediu vários exames de sangue e me disse que eu teria que tirar o nódulo para que pudessem fazer uma biópsia, porém o médico foi bem indelicado. Quando levei o resultado dos meus exames ele me disse que estavam bons, mas que eu estava com câncer”. Nayara procurou outro especialista que confirmou a doença. “No mesmo dia eu consultei com outro médico e ele confirmou que realmente eu estava com linfoma”, lamenta. O susto e o medo foram inevitáveis. A jovem que não tinha casos de câncer na família não deixou para depois e logo procurou ajuda. “Acredito muito em deus e creio que Ele faz as coisas certinhas. Eu não fiquei esperando para ver se ia sumir. Eu descobri num dia e no outro dia eu já estava no hospital consultando. Assim, o meu (câncer) não se espalhou, não chegou à medula. Estava na fase inicial”, explica. Nayara iniciou os tratamentos em fevereiro, oito sessões de quimioterapia era o recomendado, porém na sexta sessão a jovem pegou uma bactéria, o que a fez parar na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). “O médico não me deu chance nenhuma. Chegou para os meus pais e falou que eu estava muito mal, que não sabia se eu ia resistir e só faltou falar para eles entrarem e se despedirem de mim”, conta a jovem, com um olhar acanhado. A guerreira venceu a batalha contra a infecção e deixou os médicos sem explicação. Emocionada, ela ressalta: “Nós somos muito religiosos, acreditamos muito em deus. Então, como meus pais não podiam ficar comigo na UTI, eles iam à igreja e lá fizeram uma oração específica para mim. Meu caso reverteu, nem o médico acreditou. O tratamento que levaria uns três meses, se eu saísse viva, durou oito dias. Aí eu saí. Fiquei mais quatro dias no quarto e vim para casa”. Logo que saiu da UTI, Nayara deixou claro que não voltaria a fazer quimio. Foi à Curitiba para fazer outro exame, o pet scan, onde constatou que ainda existiam nódulos ativos em seu corpo. Foi quando o mundo desabou, pela segunda vez. “Eu curei o linfoma, mas eu tive uma mutação genética que o médico não sabe explicar o que é. Agora eu trato um melanoma, que é um câncer de pele que se infiltra no meu corpo, que atinge aos poucos meus órgãos. No meu caso, já tinha atingido os linfonodos. Por isso, o médico disse que não

tinha mais como curar, mas só controlar.” Segundo os médicos, a doença de Nayara “não tem cura”, mas quando ouve essa frase, dona Elis Rosa, mãe da jovem, tem a resposta na ponta da língua: “Não tem cura para a medicina da terra, mas para a medicina de deus tem. Ele é o médico dos médicos, então a gente entrega nas mãos dele e vive um dia de cada vez. Com uma doença dessas você precisa viver um dia de cada vez”, explica, sorridente. Após vencer o primeiro câncer e resistir à infecção que quase a matou, Nayara estava preparada para lutar contra o terceiro inimigo. “Com o melanoma eu sentia muita dor, mas me neguei a tomar morfina. A doença estava se espalhando muito rápido e o medicamento que eu tomava demorou uns quatro meses para chegar. O governo negava, na verdade ele nega”, enfatiza a jovem, indignada. O tratamento do melanoma era feito pelas veias de Nayara, porém, ao invés de ajudar a diminuir, o tratamento acelerou e fez com que o câncer se espalhasse ainda mais rápido. “Eu comecei a tomar a codeína, que é a “prima” da morfina, e esse medicamento me ajudou um pouco, mas eu ainda tinha dores e muita febre. O médico falou que se esse medicamento que o governo se nega a pagar não viesse, ele não saberia o que poderia acontecer comigo. Eu podia não resistir à espera e ainda tinha a chance do remédio vir e não fazer efeito, porque ele não é 100%”. Segundo o médico de Nayara, o medicamento tinha 80% de chance de dar certo e 20% de dar errado, e ela poderia estar entre os 20%. “Foi aí que eu entrei em desespero, pois o medicamento podia não vir, podia não dar certo e eu comecei a pensar que ia morrer. Mas

graças a deus o remédio veio e funcionou”. A luta da família agora é fazer com que o medicamento continue vindo regularmente. Para isso, é preciso que uma advogada entre com um processo contra o governo todo mês. “Se a advogada não entrar com o processo o medicamento não vem. O governo se nega a pagar. Fizemos um acordo, pagamos uma quantia e ela entra com processo. O tratamento de Nayara

tem um custo de R$32 mil por mês, em torno de uns R$7 mil por semana, e nós não temos condição de pagar isso. Essa é a única forma de controlar a doença da minha filha. Dependemos totalmente desse medicamento”, ressalta Elis. Apesar de tantas batalhas, a jovem guerreira não se deixa abater. “Antes eu era uma pessoa muito ansiosa, agora eu tento não fazer planos, eu não me prendo a isso, porque eu estava com a minha vida tranquila, vivia como uma jovem normal e de repente tudo virou de ponta cabeça. E aí você fica se perguntando: ‘Por que eu?’. Mas depois percebe que a pergunta é: ‘Por que não eu?’. Isso pode ocorrer com qualquer um. Essa doença não escolhe rico, pobre, jovem, ou velho, ela acontece”, ressalta Nayara. “Eu aprendi, cresci e amadureci muito. Aprendi a dar mais valor à vida. Tento tirar sempre lições boas de tudo que me passam e comecei a ver as pessoas com outros olhos. Antes minhas prioridades eram estar bonita, com o cabelo bonito e agora eu vejo que existem coisas mais importantes do que isso, como dar valor às pessoas que realmente me amam. É assim que eu estou vendo a vida”. Nos olhos da mãe, o orgulho e a admiração resplandecem: “deus dá grandes batalhas para os grandes guerreiros. Eu a acho uma guerreira, uma lutadora, um exemplo. Uma grande vencedora, da qual me orgulho muito”.

“O tratamento de Nayara tem um custo de R$32 mil por mês, em torno de uns R$7 mil por semana, e nós não temos condição de pagar isso. Essa é a única forma de controlar a doença da minha filha. Dependemos totalmente desse medicamento”.

“E aí você fica se perguntando: ‘Por

que eu?’. Mas depois percebe que a pergunta

é: ‘Por que não eu?’”

GUERREIRA NAYARA: combateu um linfoma, enfrentou a morte e luta, todos os dias, contra um câncer diagnosticado incurável

Maximiliane Veiga

FOTO: MAICON

ROSELIO

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Aprender e dominar novos idiomas é uma habilidade cada vez mais necessária para os acadêmicos que, ao se formarem, enfrentarão mercados de trabalhos competitivos e exigentes. Possuir a fluência em um segundo e/ou terceiro idioma pode ser o diferencial na hora de conquistar uma vaga de emprego para cargos de nível superior, como na área da comunicação e da tecnologia. Quem nunca sonhou em trabalhar em grandes empresas e/ou multinacionais? Entidades com esse porte precisam de pessoas que façam a comunicação entre fornecedores, clientes e mesmo filiais em outros países. Portanto, dominar outros idiomas é um requisito básico para uma função tão importante e tão valorizada. de acordo com dados da Pesquisa Salarial e de Benefícios Catho, de 2006, dominar o inglês pode aumentar em até 47% o salário de profissionas com nível superior. Se a decisão é continuar na área acadêmica, produzindo artigos, sendo pesquisador ou professor, a pós-graduação (mestrado e doutorado) também requer domínio de outros idiomas. No mestrado, por exemplo, é necessário a profeciência em pelo menos uma língua estrangeira, e no doutorado, duas. Muitos alunos recebem a oportunidade de

estudar em escolas particulares de idiomas desde cedo, enquanto ainda frequentam o colégio, como Rafaela Ghelfond, 18, formada em inglês em uma escola particular de idiomas e que fala fluentemente a língua. “Acho muito importante dominar outros idiomas, pois enriquece o currículo e me garante mais oportunidades, especialmente agora que estou procurando estágio. Pode ser um diferencial”, diz a estudante do segundo ano de Jornalismo, que estudou inglês por sete anos. Agora a jovem está fazendo aulas de francês e conta que para praticar o inglês, agora que se formou, procura “traduzir filmes, livros, e conversar com amigos” na língua inglesa. Também existem casos de estudantes que pagam por aulas particulares com o próprio dinheiro, quando já possuem um trabalho. Mas, com a internet, surge um terceiro grupo de pessoas que aprendem outros idiomas: os autodidatas. dizer que a web rompeu fronteiras já está se tornando clichê, mas de fato, as barreiras deixaram de existir. Empresas que ofertam cursos de idiomas on-line estão ganhando mercado, e em contrapartida, pessoas estão aprendendo outras línguas por elas mesmas, como é o caso de Ricardo Mansur, 20, estudante de direito, que aprendeu inglês por meio de um game. “Para você ser bem

sucedido no jogo, precisa dominar a língua”, conta o jovem que hoje trabalha em uma escola de idiomas. “Aprender o inglês permitiu que eu trabalhasse na escola, pois preciso entender a língua para facilitar o atendimento e a compreensão da própria instituição”, conclui Mansur. diversos sites ofertam cursos e ferramentas gratuitas de aprendizagem de idiomas, como o inglês, espanhol, italiano, francês, e até línguas mais complexas, como o alemão e o mandarim. O professor Cesar Roberto Versa, 31, docente em diversos cursos da Univel, formado em Jornalismo e Letras Português/Espanhol, diz que aprender sozinho um idioma estrangeiro depende somente da perseverança. “demanda tempo. Não precisa uma ou duas horas, mas em vinte minutos por dia é possível estudar muito”, diz o professor que domina o espanhol, o inglês e o francês. Cesar ressalta que além do tempo, é necessário paciência para “ouvir, falar e escrever” em outro idioma, a fim de desenvolver a habilidade nesta língua. A internet possiblilita, além de aprender o idioma, conversar com pessoas de outros países, praticando assim a língua aprendida. Além do benefício profissional de dominar outras línguas, existem também os benefícios

culturais. Conhecer outros povos durante excursões e intercâmbios, utilizando o idioma local para se comunicar com as pessoas; aumentar a capacidade de raciocínio, concentração e exercitar a memória; usufruir de produtos de entretenimento, como assistir a um filme sem legendas e dublagem e ler um livro em sua língua original. Outra oportunidade que se tem quando se domina outros idiomas, enquanto estudantes, é a de assistir a aulas de diversas universidades de todo o mundo via web. Nem sempre se encontram aulas de Harvard com legendas, mas as originais estão por aí, basta uma rápida pesquisa e dominar o inglês para que estudemos com professores de uma universidade tão famosa! Portanto, para sair formado e com melhores oportunidades, dominar idiomas estrangeiros é fundamental, e graças à tecnologia, também é gratuito! Só depende da nossa disciplina e força de vontade! Vale lembrar que além da internet, traduzir músicas, ler os dicionários e assistir a produtos legendados (como filmes e seriados) também são formas de aprender um idioma. Ficam aqui diversas dicas de ferramentas para estudar e praticar outras línguas.

A internet e os idiomas: aprender é necessidadeDominar outras línguas é fundamental para alcançar novas oportunidades

Opções básicas - englishtown.com.br/online/home.aspx – A English Town é para aqueles que querem começar a aprender o inglês. Oferece um teste por 14 dias gratuitamente, tendo acesso a aulas de conversação e a atividades interativas. - pt.babbel.com – A Babbel é um site para aprender o básico de diversos idiomas, entre eles inglês, alemão, espanhol, italiano, francês, norueguês e até dinamarquês.- busuu.com/aprender-alemao-online. O busuu é um site para os interessados em aprender o alemão. - aprender-russo-online.blogspot.com.br – Site para os interessados em aprender o russo. - brasileirosnaholanda.com/novo/colunas/19/ - Portal feito para os interessados em aprender o holandês. Conta com apostilas em PdF (Portable Document Format).

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Idiomas a um click de distânca

Gabriel Pratti

Este é o meu (Gabriel) caso. Aprendi o inglês sozinho, sem escola particular. Sempre tentei traduzir músicas, filmes e games. Hoje, tenho o costume de jogar on-line com amigos de cada canto do planeta. Converso em inglês com pessoas da Holanda, Suíça, Suécia, França, Estados Unidos, Austrália... É muito bacana entender os hábitos que eles possuem e também compartilhar a cultura do meu país. Um dos amigos holandeses conversa frequentemente comigo sobre futebol. A experiência de conviver com outros costumes é enriquecedora!Co

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Hello! ¡Hola!Ciao!

SalutOlá!

HalloHallóSalve Yειά σουAhoj

Opções avançadas Para quem já entende ou domina o inglês, um leque

ainda maior de aprendizagem é aberto. Muitos sites ensinam

outros idiomas, mas são formatados em inglês, afinal, o inglês

é considerado hoje uma língua básica em muitos países, e a

padrão para negócios e tecnologia:

- bbc.co.uk/languages – A emissora pública de rádio e televisão

do Reino Unido disponibiliza uma ferramenta que ensina mais

de 35 idiomas diferentes a partir do inglês

9março de 2014 CIÊNCIA/TECNOLOGIA8 CIÊNCIA/TECNOLOGIA março de 2014

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1110 SAÚdE março de 2014 março de 2014 ECONOMIA

Vírus é o principal vilãodo câncer de colo de útero

As vacinas para prevenção de HPV começam a ser

aplicadas neste mês

Larissa Ludwig

O HPV (Papiloma Vírus Humano) é uma das principais causas de câncer no colo de útero, perdendo apenas para o câncer de mama. Ele é transmitido pelo contato direto com a pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual, ou também de mãe para filho no momento do parto. Segundo dados fornecidos pela 10ª Regional de Saúde, responsável por atender 25 municípios da região, em um ano, o número de óbitos por câncer de colo de útero teve um aumento de 41% (17 mortes em 2012 contra 24 em 2013). Já as mortes por câncer de mama tiveram uma queda de 12% (em 2012 foram 33 mortes e em 2013 foram 29). Para tentar diminuir os índices de casos de câncer de colo de útero e o número de óbitos pela doença, o MS (Ministério da Saúde) implantou a vacina contra o HPV em todo o território nacional. As vacinas chegaram à Cascavel no fim de fevereiro para que a vacinação começasse a ser realizada a partir de 10 de março. As doses serão distribuídas gratuitamente para meninas de 11, 12 e 13 anos. Em Cascavel, a meta é vacinar 7.553 meninas. Já na região a meta é 13.661. Caso os pais de crianças que não foram contempladas com a vacina quiserem procurar uma

clínica particular, precisarão pagar o valor de R$ 400. A imunização é feita em três etapas, depois da primeira a criança volta a receber vacina em seis meses e a terceira após cinco anos. Segundo a chefe do setor de vigilância da 10ª Regional de Saúde, Lilimar Mori, com a vacinação é possível uma redução de até 70% dos casos de câncer de colo de útero. “Se o procedimento for correto, ou seja, se a criança tomar as três doses ela estará imune à doença. É importante lembrar que a vacina só será imune enquanto não tiver a primeira relação sexual, porém ela não substitui a realização do preventivo e nem o uso do preservativo durante as relações íntimas”, explica. Prevenção adulta - O principal método para combater a doença é a prevenção. “Muitas mulheres deixam para fazer os exames quando a doença já está em estado avançado, o que dificulta o tratamento. Se o câncer for diagnosticado precocemente as chances de cura são maiores”, explica Mori. Contra indicação - Lilimar afirmou que a vacina não tem contra indicações. “A vacina só traz benefícios, não há contra indicações, todas as meninas podem receber a dose tranquilamente”.

Apesar de a vacinação ser uma novidade, a maioria dos pais aprovam a iniciativa do MS (Ministério da Saúde), inclusive afirmam que já levarão suas filhas para vacinar no primeiro dia. “Tenho consciência de que a vacinação é muito importante para minha filha, pois é uma garantia de que ela não desenvolverá a doença”, comenta yara Aparecida de Carvalho.

Pais aprovam vacinação Você sabe o que é

o vírus HPV?A equipe de reportagem do Unifatos saiu às ruas para saber se a população conhecia o sugnificado de HPV. Apesar da ampla divulgação sobre a vacinação, das quatro pessoas entrevistadas, apenas uma sabia do que se tratava.

A infecção é combatida espontaneamente pelo sistema imune na maioria dos casos, e muitas mulheres nem ficam sabendo que tiveram contanto com o vírus.

Não há um tratamento específico para o HPV e sim para as lesões pré-malignas ou verrugas que ele pode causar.

O principal objetivo dos médicos é identificar e tratar precocemente essas lesões.

Entre as medidas tomadas, que variam com a região e o grau de comprometimento, estão descamação, retirada da parte lesionada para biópsia e cauterização.

Muitas vezes é preciso que o parceiro também receba tratamento para evitar novas infecções.

“desconheço o significado da sigla HPV, o que é?”, Darci Barbosa, 56, comerciante.

“Não sei o que significa?”, Ivanildo Conceição, 36, marceneiro.

“Não faço ideia do que significa HPV”, Viviane Braga, 20, vendedora.

“Conheço. É o principal responsável pelos casos de câncer de colo de útero. Terá até uma campanha de vacinação”, Silvana Camana, 31, enfermeira.

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A vacina não tem contra indicações

Brasil 2014, sinônimode gastos ou de lazer?

Jhon Dwitt

No dia 30 de setembro de 2007, por volta das 12h36, o futuro do Brasil começava a ser traçado. Foi o momento em que o presidente da Fifa (Federation Internationale de Football Association), Joseph Blatter, anunciou oficialmente que o nosso país seria sede da Copa do Mundo de 2014, por decisão unânime dos 20 membros executivos. Na época, em um momento de extrema euforia, todos comemoraram. Porém, após parar para analisar o fato como um todo, começou a surgir questionamentos sobre os benefícios reais da Copa do Mundo no Brasil. Os dirigentes brasileiros optaram por construir os estádios e toda a infraestrutura para receber um combo: Copa do Mundo, turistas, investidores, esperança. No entanto, alguns economistas afirmam que o Brasil vai sofrer uma grande crise econômica, comparada à da Grécia em 2004, após a Copa e, principalmente, depois de sediar os Jogos Olímpicos. Economistas afirmam, ainda, que os preço de imóveis nas cidades sede pode subir. Em entrevista para o Unifatos o auxiliar de cartório de registro de imóveis, Márcio Souza esclarece que o preço dos imóveis já está subindo desde 2013 em cidades como Rio de Janeiro, Vitória e outras cidades do centro-oeste, o que já pode ser

consequências da Copa. Mesmo assim, ele diz que a demanda já está alta. Com esse comentário, Márcio desmente especulações da existência de uma bolha imobiliária no Brasil, mas alerta: “Nesse período é provável que o preço de aluguéis estejam mais caros e os imóveis mais valorizados”. Os economistas explicam que após a Copa haverá menos produção e geração de empregos, o que pode estabilizar a renda do brasileiro, e por sua vez, diminuir o consumo. A economista e professora da Univel, Gressiele Fazoli, concorda e acrescenta: “Há uma tendência de desaquecimento da economia”, enfatiza. Outra preocupação é com os protestos durante a realização do evento. “Há uma previsão de protestos, durante a Copa do Mundo, em todas as cidades sede”, afirma a economista. E as reivindicações? Para Gressiele, deve-se ter “mais respeito com o dinheiro público e sua aplicação para o bem-estar de todos na sociedade”. Ela, ainda, faz um apelo: “Espera-se que o gigante esteja revitalizando suas forças para surgir novamente no momento ideal, mostrando que o povo brasileiro compreende os fatos atuais e suas implicações no futuro”. Além disso, ainda há as eleições de outubro que podem mudar o cenário do país completamente.

Segundo a revista The Economist o eleitorado brasileiro quer mudanças. A publicação destaca, ainda, que o espírito de protestos de junho de 2013 ainda está vivo e pode ressurgir, diminuindo o apoio à presidente dilma Rousseff. Para a acadêmica de Jornalismo Maira Ribeiro, há apenas desvantagens o fato de o Brasil sediar a Copa do Mundo, pois ela acredita que nos próximos meses tudo está mais caro: passagens aéreas, combustíveis, alimentação e lazer. “Tudo isso, para um evento que abre as portas do Brasil para alguns ‘gringos’. Espero que a propaganda feita por nosso país consiga mascarar nossa vergonha nacional de pobreza, fome, infraestrutura precária. A distribuição de renda é desigual e grande parte da população vive na pobreza. Com a Copa do Mundo muito dinheiro será e já está sendo desviado. Tudo será manipulado e o Brasil tende a piorar”, lamenta. Para Maira, trazer a Copa do Mundo para o Brasil é uma jogada de persuasão de quem está no poder para se reeleger. “Quem sabe um dia o Brasil consiga emergir deste oceano de ignorância para uma vida próspera e verdadeiramente digna, saindo somente das propagandas políticas que mostram apenas flores...”.

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População questiona benefícios reais da Copa do Mundo no Brasil

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1312 CARTÃO POSTAL março de 2014 março de 2014 CULTURA

Viagem independente oucom agência de turismo?

Viajar com ou sem

planejamento depende do

estilo daviagem e do

perfil de cada pessoa

Thiana e seu filho em Bratislava na Eslováquia

Aroldo e sua esposa no Rio de Janeiro

O grupo Ladri di Cuori, há 18 anos, encanta e emociona interpretandoa história da imigração italiana no Brasil

Heloísa Perardt

O Gruppo Folklorico Ladri di Cuori se apresenta há quase 20 anos, para manter viva a cultura italiana deixada como herança de um dos povos mais importantes do período de imigração no Brasil, nos anos de 1860. O grupo surgiu em 1995, por interesse dos jovens do Círculo Italiano de Cascavel em disseminar a cultura italiana por meio da dança. A cada dia a equipe fica mais forte, atraindo novos integrantes, até mesmo descendentes de outras etnias. A primeira apresentação foi realizada quase um ano depois, em 1996, em Cascavel. Hoje, com cerca de 20 integrantes, o Ladri di Cuori já recebeu diversos prêmios com apresentações nos mais importantes festivais internacionais realizados no Brasil, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além de países da América do Sul, como Paraguai, Uruguai e Argentina. Luciano Biaggi, presidente e membro fundador do grupo folclórico, fala sobre a importância do Ladri di Cuori para a manutenção da cultura italiana: “Os italianos mais antigos e tradicionalistas estão morrendo e, consequentemente, a identidade cultural vai se perdendo. O grupo vem justamente suprir essa necessidade”. Além da dança, o grupo também faz estudos sobre a língua, a história, os costumes e a cultura italiana. Cultura esta que está presente até hoje em nosso dia a dia, na culinária, nos dialetos, na maneira de se vestir e, principalmente, no romantismo encantador e na alegria contagiante transmitida pela dança. O Ladri di Cuori expõe também todo o romantismo italiano no palco, provando que são Ladrões de Corações, como o nome do grupo sugere. Essa característica pode também ser acompanhada no espetáculo Sicilia D’Amuri, no qual o grupo conta a história de amor impossível. Ao serem indagados do porquê participar do grupo,

a resposta é unânime. “Além de estarmos aqui pela dança e por fazer parte da cultura da nossa família, é uma forma de homenagear, relembrar e manter viva a história desses imigrantes”, concordam os componentes. Há dez anos no Ladri di Cuori, Isabela Merlo, hoje com 20 anos, faz parte dos integrantes mais antigos do grupo. “Conheci o grupo numa apresentação que fizeram na Festa do Morango. O Luciano foi quem me convidou para assistir um ensaio. Gostei tanto que estou aqui até hoje”, relembra. Porém, algumas dificuldades perduram por todos esses anos. A falta de patrocínio é o que impede o grupo em realizar turnês em outros lugares do Brasil e na Itália. Para colocar em prática um sonho de mais de 12 anos, o presidente do Ladri di Cuori desenvolveu um projeto, encaminhado ao Ministério da Cultura, que consiste na destinação de 4% do imposto de renda de empresas cascavelenses ao grupo. O projeto foi aprovado, porém as dificuldades continuaram. “Os empresários não têm essa ideia de doar parte do imposto para a área cultural”, observa Luciano, que continua, junto aos integrantes, em busca de recursos. Até agora o grupo tem apenas um patrocínio de R$ 7 mil. As frágeis condições financeiras impediram o grupo, por exemplo, de representar, no ano passado, os italianos dos estados do sul do Brasil, em um evento no Peru. A falta de espaço para o grupo em Cascavel o torna praticamente anônimo. “Nós levamos o nome de Cascavel para vários lugares, mas aqui muita gente não sabe quem somos”, lamenta Carlos Henrique, responsável pelas coreografias, atualmente. Ao contrário do que acontece aqui, em outros estados e países o Ladri di Cuori é referência internacional. É o reconhecimento obtido em diversos lugares que motiva o grupo a continuar com muita dedicação.

O grupo apresenta o folclore de quatro regiões da Itália: Sicilia D’Amuri, da Sicília; La Forza della Vita, do Vêneto; I Misteri della Sardegna, que conta a história dos costumes e tradições da ilha da Sardenha; e o espetáculo Carosello Napoletano, narrando por meio do teatro e da dança as tradições das cidades de Sorrento, Napoli e Capri. Além dos espetáculos regionais, o grupo reúne em apenas um espetáculo tradições de todas as regiões. O espetáculo Giro in Italia nos leva a quatro regiões italianas, em que se apresenta as características e as diferenças de cada uma delas por meio dos passos, ritmos e composição coreográfica que fazem da Itália um país apaixonante.

Apresentação do grupo no Festival Internacional de Folclore de Criciúma, em 2010

O grupo está com vagas abertas para turmas infantil e juvenil, a partir de 7 anos, e adulto, a partir de 16 anos. Os interessados devem preencher o formulário disponível no site www.ladridicuori.com.br

Faça parte do Ladri

Uma nação representadapela dança folclórica

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FOTOS: dIVULGAÇÃO

Natielle e Lúcio

em paceio

no Jardim

Luxemburgo

em Paris

Espetáculos

Quando o assunto é viagem, todos concordam que é uma forma de realizar alguns sonhos. Tem quem ache mais prático deixar tudo a cargo de uma agência, mas há também aqueles que não trocam por nada a liberdade de traçar o próprio roteiro. Viajar para fora do país se tornou uma prática acessível nos últimos anos e para auxiliar nos preparativos a internet virou a aliada número um, na hora de se organizar. As frias ruas da Europa fazem muita gente se apaixonar, fazer as malas e cair na estrada, seja para ir atrás de aventura, conhecimento, romance ou apenas para um merecido descanso em família. Para não se preocupar, a pedagoga Nathielle Ferarri e o esposo, Lucio da Silva, deixaram o sonho da viagem de Bodas de Cristal, comemorativa aos 15 anos de matrimônio, a cargo de uma agência de viagens. “Nos quase 20 dias em que ficamos na Europa, conhecemos cerca de oito países entre eles Paris, Hungria, Eslováquia, República Tcheca e Polônia. Preferimos conhecer esses lugares de forma organizada por uma agência para que pudéssemos descansar também”, afirma Lucio. “Os preparativos começaram alguns meses antes, tínhamos que fazer tudo para que fosse uma viagem inesquecível”, completa Nathielle. Cuidado e atenção devem estar presentes na hora da escolha de uma boa empresa. A analista social, Thiana Costa, 36, embarcou em uma aventura para visitar o filho na Europa. “Surgiu a ideia de procurarmos pacotes na internet, agências que pudessem nos oferecer tranquilidade para viajar. Encontramos um homem que fez um preço bom. Mas quando chegamos lá tinha cerca de 50 pessoas e descobrimos que na verdade não era uma agência. Então tínhamos que nos virar. Às vezes parávamos a quilômetros do lugar onde íamos dormir, tínhamos que escolher entre almoçar ou jantar e no resto do dia sobrevivíamos com lanches. Apesar disso, foi uma experiência bem bacana”, contou. Viajar sem o auxílio de agências tem se tornado um hábito entre pessoas que preferem economizar ou até mesmo não se preocupar com o destino. O empresário Aroldo Mikalichen, diz que viajar com a organização de uma agência não oferece muitas vantagens. “Eu sempre viajo para a Europa a negócios. Já viajei tanto por agência quanto sozinho, mas nem sempre as ofertas de uma agência me agradam. Às vezes eu quero apenas viajar. Sair para descansar sem ter um roteiro programado”, afirma. No entanto, independente do destino escolhido, o planejamento deve ser feito com antecedência. Planeje-se!

Heloíze Lima

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1514 EdUCAÇÃO março de 2014 março de 2014 indICA

Cuide do conhecimento!

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Alunos rasuram livros: atitude não condiz com ambiente acadêmico

Renan Bini e Kássia Beltrame

Biblioteca Santa Inês A biblioteca Santa Inês conta com um

acervo de 60.720 exemplares, que inclui livros, revistas, vídeos, CDs, DVDs e holográficas

das mais diversas áreas. de acordo com a bibliotecária Tatiana demichei, todos os meses

são emprestados de 10 a 15 mil livros. “No entanto, pode variar bastante com o período,

férias e provas”, relata Tatiana.

Eleve sua imaginação aoespaço com Gravidade

Efeitos especiais de tirar o fôlego, conflitos psicológicos e atuação impecável de Sandra Bullock fazem deste filme um dos fortes concorrentes ao Oscar de melhor filme em 2014

O que há além da atmosfera? É possível que você já tenha sentido vontade de ultrapassar a margem do planeta em que vivemos e desbravar a imensidão infinita do universo. Mas sem hipocrisia, eu e você sabemos que a chance de termos uma experiência semelhante a essa é quase nenhuma. Se você não é um leitor milionário e assim como eu não dispõe de R$540 mil para fazer um passeio espacial sugiro então assistir a obra cinematográfica Gravidade (Gravity), do mexicano Alfonso Cuarón. Na sinopse do filme a doutora Ryan Stone (Sandra Bullock) é uma engenheira médica que está em sua primeira missão espacial junto com o astronauta veterano Matt Kowalski (George Clooney) para conserto do telescópio Hubble. Porém, após serem surpreendidos por uma chuva de destroços provenientes de um satélite, a nave onde estão é arrasada, deixando Stone e Kowalsky abandonados à deriva no espaço, dependendo um do outro em um ambiente hostil e sinistro. Realmente o filme chama atenção pela fotografia e sem dúvida retrata a beleza do universo como poucos filmes de ficção já fizeram. Algumas cenas são de tirar o fôlego e dão a sensação de estarmos flutuando na gravidade zero. Nas palavras do diretor James Cameron, que dirigiu também os longas-metragens Avatar e Titanic, “é a melhor fotografia espacial já feita, o melhor filme espacial já feito, e é o filme que eu estava ansioso para ver há muito, muito tempo”, conta James, à infoABRIL.com. Além da sensação visual, o filme nos envolve em um conflito existencial muito conhecido pelo homem: a solidão. O drama vivido pela protagonista Ryan Stone mostra a luta travada no interior humano entre interno e externo. No caso de Ryan Stone, pode se ver a angústia da solidão e a falta de confiança em si mesma dando lugar a recuperação da esperança como bem diz o subtítulo do filme “não se entregue”. É possível observar também, claramente, a metáfora homem versus tecnologia e religião, usada para provocar o espectador a refletir sobre as questões existenciais filosóficas e a própria fé, muito bem trabalhadas por Cuarón. Gravidade concorre ao Oscar 2014 em dez categorias, são elas: Melhor Filme, Melhor diretor - Alfonso Cuarón, Melhor Atriz - Sandra Bullock, Melhor Fotografia, Melhor Montagem, Melhor Direção de Arte, Melhor Trilha Sonora, Melhor Mixagem de Som, Melhor Edição de Som, e claro, Melhores Efeitos Visuais.

Elenco: Sandra Bullock; George Clooneydireção: Alfonso Cuarón Gênero: ficçãoduração: 91 minutosdistribuidora: Warner BrosClassificação: 12 anos

“O filme é recomendável para quem gosta de suspense, pois a produção tem tanta

qualidade que chega tirar o fôlego. A angústia que se sente quando se assiste ao filme, faz o longa ficar melhor ainda”,

Clerison Willy, diretor de imagens.

“Há muito tempo não ficava tão prendido a uma trama e tão ansioso no cinema. O filme, ao mesmo tempo em que é angustiante pelos efeitos tão bem executados e pela história em si, é maravilhoso, pois prende a atenção de quem assiste. Eu amei. É realmente muito bom”, Jackson Patric da Silva, estudante.

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Douglas Trukane Santos

Considero muito errado. Uma coisa que eles precisam entender é que estão prejudicando outras pessoas e diminuindo a vida útil dos livros.

O estagiário Vinicius Silva, apagando as rasuras

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Esta não é uma reportagem imparcial. Ao contrário da maioria das reportagens jornalísticas em que apenas apresentam-se os fatos, cabendo a você leitor tomar suas próprias conclusões, aqui, partimos do pressuposto de que acima de tudo, é nosso dever como comunicadores sociais, defender o patrimônio público e os interesses da comunidade em geral. A pauta para a realização deste texto surgiu a partir de relatos de que os responsáveis por apagar rasuras dos livros disponíveis na biblioteca Santa Inês da Univel, estariam com “bolhas nas mãos”. É lamentável excesso de exemplares que são devolvidos todos os dias à instituição com rabiscos e anotações à caneta e/ou a lápis. Inadimplência? descaso? Ou apenas falta de atenção? Fomos investigar. Independentemente de suas conclusões, o fato é que o patrimônio da faculdade (que no caso nós mesmos utilizamos) é prejudicado todos os dias. Segundo a supervisora da equipe noturna da biblioteca Roseli Rodeio, “mesmo os livros rasurados a lápis, prejudicam os exemplares, já que ao apagar os rabiscos, muitas folhas ficam amassadas e o conteúdo deles fica mais claro, diminuindo assim a vida útil das obras”, afirma. de acordo com os princípios estabelecidos pela LdB (Lei de diretrizes e Base da Educação), de 1996, e da Constituição Brasileira de 1988, a Biblioteca Universitária é requisito fundamental para o processo eficaz da formação acadêmica, sendo seu papel oferecer suporte às atividades acadêmicas, sejam elas de ensino, pesquisa ou extensão. Considerando inquestionável a importância do espaço e seu conteúdo em qualquer instituição de ensino superior, fomos tentar entender o porquê de esta atitude ter se tornado tão comum mesmo em um ambiente frequentado por pessoas que deveriam ter noções de responsabilidade e de quão errado é prejudicar o patrimônio público. desinformação certamente não é a resposta. Para o professor Marcelo Hansen (o Lelo, como ele mesmo se apresenta), “a depredação pode estar ligada a mero vandalismo, destruição daquilo que não assume significância para a vida do indivíduo ou que, de certo modo, lhe gera uma espécie de rancor ou opressão, em função de uma situação de desenraizamento. Isto é, não sentir-se pertencente àquela realidade”, analisa. O estagiário auxiliar de biblioteca Vinicius Rayan Silva, 15, é responsável por apagar as rasuras. Segundo ele, desde que ocupa a função, todos os livros que apagou rabiscos fazem parte do acervo de consulta local do curso de direito. Questionado sobre sua opinião, Vinicius destaca: “Considero muito errado. Uma coisa que eles precisam entender é que estão prejudicando outras pessoas e diminuindo a vida útil dos livros”.

Paralela à irresponsabilidade de alguns, muitos são prejudicados pelo excesso de rabiscos, como é o caso de Larissa Valduga, 27 anos. A acadêmica do segundo ano de direito, em seu último empréstimo levou para casa um exemplar rasurado. Ela reconhece a importância da biblioteca na instituição e desaprova a atitude de alguns colegas: “Um livro não tem o seu conteúdo importante definido em algumas páginas, mas sim em todas, qualquer tipo de alteração do seu conteúdo atrapalha ou dificulta a pesquisa. Com certeza a deterioração dos livros em um ambiente acadêmico é uma questão contraditória”, enfatiza. A opinião de Larissa é compartilhada pela supervisora da equipe noturna na biblioteca: “Considero uma falta de respeito! Pelo nível de conhecimento (superior), esperávamos dos acadêmicos outra atitude, ao menos mais cuidados”, afirma Roseli. de acordo com a bibliotecária chefe, Tatiana demichei, os acadêmicos são os usuários mais prejudicados, pois as rasuras realizadas com caneta e marcador de texto acabam dificultando a leitura e muitos professores não autorizam a utilização de obras rasuradas durante os trabalhos em sala de aula. “Acredito que muitas pessoas não respeitam, não têm bom senso, não estão preocupadas se irão prejudicar o colega. Infelizmente, muitos usuários acreditam que rasuras realizadas a lápis não irão danificar as obras, mas esquecem que cada vez que necessitam ser apagadas, são desgastadas e que às vezes ocorre a necessidade de descartar a obra”, lamenta Tatiana. No entanto, engana-se quem acha que essa é uma realidade apenas da Univel. Não. A inadimplência dos acadêmicos é frequente em todo o Brasil, seja em instituições públicas ou privadas. Em Cascavel, o mesmo ocorre na biblioteca da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). A universidade dispõe quase 63 mil exemplares em seu acervo, e destes, quase todos estão rasurados. O estagiário Ramã Cândido, 18, trabalha na instituição há um ano e relata que os acadêmicos de Medicina são os que mais rasuram. Porém, diferentemente da Univel, na Unioeste não há um funcionário responsável por apagar os rabiscos e a manutenção dos mesmos é realizada por meio de mutirões apenas nos períodos de férias. Infelizmente, dificilmente os responsáveis por rasurar o acervo são encontrados. Mas caso seja constatado que o usuário danificou uma obra, ele deverá fazer a reposição do exemplar. Por isso é importante sempre observar o livro que você irá emprestar. Caso constate que o livro está rasurado, antes de emprestá-lo, informe sobre a situação do mesmo no balcão de atendimento. Faça a sua parte!

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16 CLICK março de 2014

Everton Roberto Fabris, Douglas Shino e Lukas Fortes, estudantes de Tads

Claudia Guimarães e Alexandre Bracht, estudantes de Direito

Pamela Teixeira, Ana Goske, Aline Ventrame, Douglas Petriks, Rodrigo Chais juntamente com Rodrigo Galvão, planejando a formatura do curso de Administração

Calouros foram recebidos fervorosamente pelo professor Cezar Roberto Versa, com uma aula inaugural, em fevereiro, sobre Conhecimento e Motivação. A noite foi repleta de muitas risadas e descontração...

Os alunos de Administração Milton, André, Fabio e Alexandre, durante o intervalo

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