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Pégirío 2

rniLE FTi bNi flflii. 14 de abril de 1950 O GLOBO SPOÍOTVOumm

1&

u 0§§0Scede Vantagen

Com Aterradora Constância, Con«s Em Partidas Internacionais"

""Estadia"* o brilhante scm.a-.3xiasporttve d« pais amigo-, publicou et» na-mero recente a seguinte análise do foot-tVa.ll local:

Os últimos acontecimentos loir1iti)j>MR9-tico* _a.-ei<M»ais criaram ura clima de de-sorientae-ãe smmiKmmàm i«Stls&SoS»>. l>ex-rotas ne estrangeiro, atuações defic.ie.n-tes em partidas tnteTma.cmsKa.is jogadascm casa-, oeteea.ra.jaa « popular sperí numterrenm de areias movediças» ejete nâepede deixar de sjft»ju»18«& ittt, so-hretndeneste memento «si qn* US 3.ficc.tenadesdes cinco continentes estão preocupado-*cem a pWs_i»»_Hteí»_e de Kt» cam|MM_a&nmandiai. Vive o nesse foetbaií mesnen-.tws de imseg-ura.»ca - Tèno então es.pee.ia iimportância, as tsse—idas Ifssc se teaif»nesses menae.ntes. Boje, raais d* ¦qnemn»w-_, é neoessari» agir cens csusteta.rnederaçã» e tis»». Não deixar se la-flnencsax petas iMMKss^autes de.rrotJst.ase fa_ex cem qwe eada rcsehaç~.e que nefuture se tentar a respeite do feetbahchiiene. seja «ma. eomtxibaieã» TO—tes*para, sen progresso e paxá qrne se abramcaminhes mais propicies ftw es qne per-correu ate agora-

Mas a verdade c «pare «a» muitas dessaspartidas diante de qnadros es-trs ngt» -tos. cBefeoaàfaKS es» casa eu fora, não seri», da pari* #M»|Bl1W'rJ ^»c terras a. res-pftnsa.feÈÍidade de direção, uma desejo fix-MM e interns* de ef-et*cecr aos istWMl—¦ je-3ra.d1n.res' e às nossas equipes, teda ciasse

de elementos que lhe facilitem o rum-primento de seus compromissos da me-lher forma possrreL Não se trata de sairae campo de jogo exclusivarnente paraganhar; mas sim, competir com decoro.expondo nossa verdadeira capacidadeO nosso yttlsBttl), aquele aglomerado deexpectadores que não perde ama partia-*internacional, assiste no Estádio Naeio-nal ou vive. dc tange as peripécias donosso footbaí no estrangeire cem unsvive scntintenfo dc amor próprio e coraura ffíT»r que contrasta cera o escassos*ck» cem íjee aitruns JBWgTHlies res.p*n-sa.t?*is eurcaram «*s mes-mos compro-mis-smss. O sald* de partidas int.e;raaci©n.afvjjpuÜisili -pcàiis iOèSmam e ro._ií-o rferadoE sa* as òcrr*vta.s s|<sm rks> formando bkdima deras* <ju>e -É|e se respira, Ma.s éo cas« ãe süc pcrtisntax: Entraram cmcanap* istesiss?_«WB_*e preparados? Cni-d«~-w deriidamente jfciam apresenta-fpes? Forans a Icnapí» es diferente^t«ajRS intc$Ta(à«s pcifls niclr*«re.s b#mf.nsfiS|WÉ_vesSí e com ®s re.(crc«s iwdispen-sa-ccis!1 Qwa-nd*! « sJtsHxâBMMsVM chile--»'© &Ra® Kras.il, n* nrtsxsH» sn]-a.r«c;r»cana. na-5',era scçTcé© paxá ÉÈHgmm qnc partia _r«tea.m q©e na* dava as garantias sanai-Kias de bema dcse-ape.nb* na.t|ne.le t-or-ncia>. í^nand* ís«*ss«*s rapaa.es subiram z.Barria, a imensa snaiAria da torcida, chi-pena sa.sn-ia t^ae ms.síit.e pí»ise* se pí»dia es-perax «-*> f/ut se cha.mf«fH a *taTerítnra ai-tiplanc'". C^ic C<.Ift e Ãwdaj Itat*a.nc

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t.hiIenes e b^lí^iancts no Estádio Nacional de Santiago. Os andincrs têm jogadomnifa em I9S9, preparando para a C»pa Jnlcs Eimet

prot;s,s-ívnista,s da última lemporada in- nos, c«m • objetrre de saber se lhe ser-ternacional nem sequer íiieram uso dos rirão <m nao no campeonato afidaJ dasees melhores elementos, aqueles com Bítísüo de Honra, Para citar e ca» ma»qtte nanipriram os seus compromissos na recente.temporada oficial do ano passado. jj^g nã^ é sõ isso.. Nada fax pensar^sxadr» verde cbes»o ate ao extreme de ^Uf catamos em vias de tomar meifeoresí-axer nso de nma partida internacional rumcíS. Pelo contrario: peto q»w se sabe.paxá conhecer as condições de três ele-'jnentios amadores, recém incorporadosao elnbe, e qne não tinham nenhum—experiência no footbaB profissional-

Qnantas desta derrotas, sofridas nestaforma., poderiam ser vitorias on apresexi-ta<jo<íS eondiirnas, se se houresse procediáo Ôe ent.ro modo? Vão-se acnmulan-do os contraslies e se fala de decaden-cia, e se retta a pôr em Toca a peregrinaidéia de qne as ,*tátieas'n estão afirodan-do o Í'«oot:ball nacsonal.

A ve-Tàsãf^ entretantnL, ê que sempre,entre nós, se den maior importância .*

ate com respeito a acordas feitos no fa-tare imediato, se repreende qne con-tinuaremos dando vantagens, Enquantoo Brasil conta com uma eçnipe mantidaintacta num alto nirel de eficiência du-rante muitos anos. os europeuns. com oseu leio caracteristice, se vèm prepa-rando com uma intensidade desconhe-cida entre nós, enquanto os ingleses in-tensificam seus recursos, até ao extensade fazer os seus 30c a dores treinarem emAmbiente com ar acondicionads. crian-do artificiainíente o clima que encon-trarão no Brasil: nós. tomamos o eui-

rirahda.de local que aos eotcjns inferna- dado do nftS esquecer dt, compromisso.esonass. As seleções «nnca coutaramcom o apoio desinteressado dos clube*.c estes jamais olharam as apresenta-ções de suas equipes nesta classe de en-centros com o mesmo selo com que saemà disputar es pontes, cada domingo, notorneio oficial

dissolver n osso selecionado c realistarnosso campeonato local Pouco diasantes de empreender a viagem, se pro-cedera, como sempre, dc integrar unimau team «t»c outorgaria, como énosso habito, enormes vantagens a to-

Existe uma enorme distancia entre os dos os nossos rivais, oferecendo de novo,pontes de vista do publico que vive. so-ire e gora as atuacÃes de nesse feetball

unia falsa idéia de nossa capacidade-O mundo inteiro está nes dando o

e os q»e têm a responsabilidade dc sa- exemplo, e nossa porfia nào pode ehe-t»isfa*er a esse publico que roaníetn gar a esses extremes. K' necessária qutmais popular des sperts. Estas, sim. sãe atue nu-* eo»m sensatesr, qne não percaàs cansas I?.. terá q[»e 5» reconhecer, mes a cabeça peles erres c*n>et_d«s «alheias a capacidade sp«rtira. de nessos «j«e, já ficara.m atras. O .nem^ente nãojogadores. de «^risninacêes: é de ação, de a_sa fer

rca união ne trabalho dc s^rgniwentoexiste nenhuma rarito para q»e se possacomparar cera e da Argesntãna e de Bra -•«3 e ainda do Pmgnai, de*»o de ematradicãe hienresissüna.. Mas tâ'epe<Dcedetilina. «>roi r.-.iv. \.n> acreditam . Maspara tm«í*rax-sc tal c*nr»o e, ni* pedesoar vant&gtis.s. lsote ê n»e vem farendoess-i» sport. desde 3aã taanpe. í>ã -vanta-.gens .cíuc ning-ne» lhe .pede. tNssaès van-tagum de iniiprjms&çi*, m Sal-Asssert-nane dc 2M8. lioosassies a dâ~la nesse en-enntro pcrdMe «an ta. Paa. isense-ia*-tamlKmi r*c Terneão de Onj-UM^nSL E _«-«ui*irg—mos. ennx -atexradnra frísçi-esncia,-miss ríiçpmst* sM«_aerã«Baàs de «Intes,nas tiosaper—da» de feriiss, pieT-pse nã* épirisKhotü m- ;pe?»íatr -çnc 2>neoedeB cfem <aa-

O Brasil prepara um cenjnnt© csíwb esY:nos à€> tiodos os spertistas do pois pe*-t*»s n*éc A Europa inteira se p«õs de pea» escutar os chamados dos sp-arti^tas--s~l-an*ferkíanes e t-rahaiha »«rt«asaj»«effl-te para ser digna. d«> .wsagisrfkse ace^t*-càaMatô». .3^f»isw-s esses ex«_npèeü», ti*-baBíewíes a s»»ri« e sem rangeres e vã»nes es^:»»eçan»es: de fwe c^wntsiaxines jã« e*raiproníisse de ee-mparecer a« grandeevento. NÍ»e pneC'»rcr»«s, poãs, nes es-qnivar cem peqnewes argnment^ís ã eferi-racãe %»e vifentar_tns-f»te firmamos. ©spert. dkilen* tem e ecgnSts* áe ter c-tm-prata sempre e deve maníè-4o-

Mas é ee^^ssari* ejee es raj»_*es •*l*,c.terio aímad*. e procísrande defesider xrp*r«se»taa« na grande prwa fiEPtebefes-ssosee 'febâiaíH 'íínandn. :Wnm jnifeli 'C*»~ tàca a es*e »ej«so q?werid* r»n*i<e de wam-tra »hb sos^nspr "brasãíeira.

nem des nes- de, pessam fassé-ie -eeim gaSliaríts-. *91» ~»te de mais prestàgio. mm » mm~ fnease eena bea «n má s«rt*, saibam de-pi-. & fTKp«rjníra*tar jeradere* prm-iíiciE miists^mss' ^se não ücasnüs atrás.

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 14 de abril de 1950 Página 3

DA PRIMEIRA FILA 1

f_) A40 EDCKMAR/O FILHO

Quando começou a chover, José Trócoli tro-cou nm olhar com Júlio Fernandes. A chuva ia es-tragar a renda. Estavam os dois tomando conta doportão número um do Fluminense. Era o portãodo tennis. Quem comprava uma cadeira numeradaatravessava a pracinha de areia e cascalho, entravano túnel, ia sair na pista. "Me deixa entrar?" —um preto fugiu da chuva, trocando pe. rins, paroudiante de José Trócoli. "Por aqui roce não passa"

José Trócoli foi logo empurrando. "Eu não es-tou falando com o senhor — o preto, para equiíí-brar-se. ficava na ponta dos pés e balançava —estou falando com o Júlio." O Júlio resmungou delá: "Nunca te vi". "Você já me deu muito dez milréis, Júlio". Vai-te embora". "Eu sou o Benedito,Júlio". "Não conheço nenhum Benedito". "Traba-

lhei com você-no Botafogo. Júlio". "Cai fora antesque eu me aborreça". José Trócoli deu outro em-purrão no preto, que agora tinha um nome. "Não

me toque — disse o Benedito — Eu sou carona, massou homem".

chegava todo rrnindo olhava só para um lugar: o lu-gar onde ele estava. E ele fingindo que não peree-bia nada, que aquilo tudo não era nada para ele.

A chuva não parava de cair. "Vocês vão medeixar apanhando chuva toda a vida?" — o Bene-dito não esperou a resposta, foi para debaixo doabrigo do portão. Depois começou a falar sozinho:o Heleno dava-lhe dinheiro, o Júlio não o deixavaentrar. O Heleno conhecia os pobres. Estava lá emcima e conhecia os pobres. O Júlio estava cá cmbaixo, tomando conta de uma porta, chegava umamigo, fingia que nimea o tuiha visto mais magroou mais gordo. "Você podia dizer: não deixo entrarcarona, estou aqui para isso, ordens são ordens, massei quem você é. Você é o Benedito, Botafogo comohá poucos, já trabalhei com você," "Está bem •—disse 6 Júlio — você ê o Benedito é agora vá em-borà". "Eu não vou embora com quatro cruzeirosno bolso".

*___'*1

UM ÍDOLO SPORTIVamencaf**- que escapode ser "gangster"

"Você Tiuo conhece o Benedito?" — perguv.tnuJosé Trócoli de boca fechada. O Júlio conhecia. OBenedito torcia pelo Botafogo. De quando em quo»-do. era aproveitado pelo Nenem, pelo Babão ou ne-Io Aluizio, os roupeiros de General Severiano, paracarregar os sacos com as roupas e as chuteiras dosjogadores. "E por que você disse que não conhe-cia?" "Para não conversar com ele". Na porta, to-mando conta, o Júlio não conversava com ninguém."Estou aqui para que?" "Para não deixar entraicarona". E o Benedito, porque torcia pelo Botafogo,achava que tinha direito de entrar de graça. "E logopelo portão das cadeiras" — José Trócoli olhou parao Benedito, que ainda resmungava. Conhecia umaporção de Benedito das arquibancadas. Gente quevinha com uma boa conversa para entrar. Choravaas magoas, o porteiro precisava não ter coração pa-ra deixar um torcedor sem dinheiro na rua. Aque-le Benedito ali, viiüia logo para o portão das ca-deiras, queria ex-plorar. "Cai foral" — gritou o

—o—O Trócoli saiu do portão, foi até onde estava

u Benedito. "Não encoste" — o Benedito botou asmãos na frente. "Deixe o Benedito em paz. Tróeu-li" — pediu o Júlio. "Agora já sabes o meu nome,hera?" — o Benedito fez menção de ir para pertodó Júlio, o Trócoli não deixou. "Não me toque" —o Benedito deu um passo atrás — "Eu não entro,só por causa de uma coisa. Você vai me dar umabofetada e eu tenho de matar alguém". José Tró-coli largou o Benedito. Heleno estava comprandocadeiras na bilheteria. Meteu a mão nawjg^o de trásda calça, puxou a carteira, pediu dez cadeiras nu-meradas. Estava com umas moças, uns amigos,quem pagava era^ele. "Quanto é"? Heleno pagou,enquanto o bilíieteiro contava o dinheiro, o Bene-dito deu para gritar: "Heleno, você é que é bom!"

—o—¦Garotos rodearam o Heleno, o Benedito não

parou mais. "Você é que é center-forward, Heleno.Nem o Leonidas chega aos pés de você, Heleno".Heleno quis ficar serio, não pôde. Ali estava umtorcedor gritando que ele era mellior do que o Leo-nidas. E os garotos em volta dele, Heleno! Heleno!"Você é o Diamante Branco, Heleno!" — O Bene-dito abriu os braços. Parecia que ia abraçar o He-leno, as moças se afastaram, um pouco assustadas,Heleno procurou uns níqueis, umas pratas. O Be-nedito desistiu do abraço,.estendeu a mão. Helenodeixou cair umas pratas na mão aberta do Benedi-to. Não deu dinheiro só ao Benedito. Cada garotoque lhe bateu nas costas, que disse Heleno com voz

de admiração, levou um níquel..Primeiro as moças, depois os amigos, depois He-

leno. Heleno estava satisfeito da vida, caçoou quau-do o Trócoli rasgou os dez bilhetes de cadeira nu-vierada ao meio. "O meu dinheiro já está queiman-do". E o Benedito, ainda com a mão fechada, aper-tando as praias; "Você é que é o bom. Heleno". Eos garotos em coro, cada qual com um níquel.• "He-

leno! Heleno!" Heleno entrou sorrindo. Assim m-lia a pena pagar dez cadeiras, distribuir uns niqnese umas pratas pelos torcedores pobres. Onde ele

• Ai José Trócoli soube que o Heleno tinha dadoao Benedito quatro cruzeiros. Por isso o Beneditoviera para ali, para morder os botafoguenses dascadeiras numeradas. Ir para a porta da arquiban-cada ou da geral, não adiantava. O pessoal dos cincoe cincoenta, dos três e trinta, trazia o dinheiro con-tadinho. Nas cadeiras numeradas o dinheiro corria.Havia sempre garotos pedindo: "Me dá um niquelpara completar uma geralzinha?" Muitos mostra-vam o que tinham. Às vezes faltava pouco. O Be-nedito escolhera bem, sabia que era por ali que pas-savam os torcedores do Botafogo com a carteiracheia. Daqui a pouco chegaria Carlito Rocha.

De quando em quando o Benedito esticava opescoço. Era que um automóvel encostava ?io meio-

fio, saltava gente. Se era gente do América, o Be-nedito ficava quieto. Parecia que ele estava espe-rando alguém. Quem seria? Para o José Trócoli sópodia ser o Carlito Rocha. O Carlito Rocha eramão aberta, talvez desse até mais do que o Heleno.Um automóvel parou bem defronte do portão uú-mero um. O Trócoli viu o Carlito Rocha. Carlitosai tou. pagou, vinha outro carro atrás, era do grupo,Carlito pagou também. Depois de pagar, contou osamigos, para saber quantas cadeiras precisava com-

prar. Era amigo que não acabava mais.

Todos tinham jantado com ele no "Bar Ber-- Um", a sobremesa era o match Botafogo e Améri-

ca. "Carlito Rocha — o Benedito saiu de debaixodo abrigo — Carlito Rocha, esteio do Botafogo:"Carlito estava debruçado no "guichet" da bilhete-ria comprando as cadeiras, não escutou direito. OBenedito repetiu, mais alto ainda: "Carlito Roclia,esteio do Botafogo!" Aí Carlito se virou, viu o pre-to bêbedo, estourando os pulmões aos gritos de Car-lito Rocha, esteio do Botafogo. "Para gritares tan-to, deves querer alguma coisa". "Eu só queria vero jogo, seu Carlito". E para acabar de convencerCarlito Rocha, ele berrou: "Botafogol" Carlito Ro-cha perguntou a José Trócoli: "Quanto custa umaarquibancada?"

Custava cinco cruzeiros e cincoenta centavos."Eu vou te dar o dinlieiro de uma arquibancada.Nem mais um niquel". Sim, porque se ele dessemais o Benedito acabaria num botequim da esquiva,bebendo o resto. "E já estás cheio. Aqui tens cincocruzeiros" — Carlito Rocha agora procurava cm-coenta centavos. Acabou encontrando. "Pronto. Vaiver o teu footbali". Os amigos de Carlito Rochaentraram na frente, ele atrás, enorme. Quando ele»desapareceu, o Benedito contou o dinheiro: novecruzeiros e cincoenta centavos. "Já tenho nove cru-zeiros e cincoenta centavos". "Então vai embora —

disse José Trócoli — Não vem mais nenhum Bota-

fogo". "A chuva me estragou a feria" — lamentou-se o Benedito. "Não querias uma arquibancada?Pois tens mais de uma arquibancada". "Eu não an-do atrás de arquibancada — o Benedito se ofendeu— Torcedor como eu só vê jogo de graça". E foiembora, para o botequim mais perto.

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DiMaggio e sua ex-esposa, a atriz Doroty Arno'd Ocasamento teve lugar em 1933, mas pouco durou

NOVA YORK, por via aérea, abril de 195G — Joe PaulDiMaggio, o idolo do baseball norte-americano, completourecentemente trinta e cinco anos, depois de um descansoque lhe restabeleceu o tendão — tendão que mereceu maispublicidade que o de Aquiles.

O delgado corpo de DiMaggio, esgotado também por umaluta. no verão contra uma pneumonia, recuperou as forças,e Joe pode já subir as íngremes ruas da sua terra natalsem ter que se valer dos braços de um escoteiro. E' algomaravilhoso poder observar o afavel. suave e modestamentetrajado DiMaggio caminhar pelas ruas da cidade em quenasceu, com a mesma modéstia e desprezo com que praticaas suas grandes façanhas em campo de jogo. Apesar deconstantemente alvo da maior admiração e elogios, conse-gue manter ainda o seu caráter e modos simples.

Um milagre, porque se não houvesse tido alguma coisade especial e elevado a dirigi-lo, é muito provável que esti-vesse hoje preso, em vez de estar produzindo cem mil dó-lars por temporada com oe Yankees de Nova York. vejamoso que diz o ídolo:"Eu pertencia a uma quadrilna -cie jovens robustos"

—informa Joe. Atacávamos estrangeiros para tirar-lhes odinheiro. Não sei por que, mas jamais estive de acordo comeles. Não podia tolerar aquele sistema de vida. Mas comogostava dos meus companheiros, sempre os acompanhava.Logo que agarravam um bêbado, para tirar-lhe o dinheiro,eu me afastava.••Os rapazes me consideravam um covarde e tinham,ganas de me expulsar do grupo, mas jamais o fizeram.Tampouco insistiam em implicar-me em suas aventuras evotavam-me um certo respeito, por esse motivo. Não sei oque me impedia de participar dos assaltos. Não era tantosaber que se tratava de uma ação condenável: era algoque não se ajustava ao meu modo de pensar.-Vejo agora como fui feliz, a maioria dos rapazes queformavam o nosso grupo cumpriu Já penas em penitencia-rias e não há razão para que isso não pudesse ter ocorridotambém comigo. Destino."

Qualquer pessoa que vè hoje DiMaggio correr rápida-mente para trás para capturar sem esforço um "fly" pro-fundo, se surpreenderia ao saber que ele era, provável-mente, o mais "errado" dos novatos.

DiMaggio vive uma vida tranqüila quando está em SãoFrancisco, sai para caçar um pouco e logo volta para casa.Desd? que vendeu as ações do hotel a seu irmão Dominlc.quase não sai de noite. E por onde passa levanfò uma ondade aplausos tributados por seus admiradores.

Perguntam-lhe constantemente se pretende converter-se em preparador dos Yankees quando se retirar, mas sem-pre recusa-se responder.

Primeiro: porque não sabe se terá oportunidade paritanto. Segundo: porque é um grande admirador de CasçvStrangel ,o preparador atual e. como um homem leal. nu ogost^rin de ser envolvido em disputas internas.

Todas as pessoas que conhecem Joe pela primeira ve-%sempre se despedem murmurando surpreendidas que "é mui-to simples". Achamos que isto nada tem a ver com o sei»enorme triunfo.

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Página 4 Sexta-feira, 14 de abril de 1950 O GLOBO SPORTÍVO

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Preparando para o campeonato local, cies trei-•*^im.. .

a) rugbyb) cricketc) football

d) basketball.{Solução na página 7)

60 NFILIADAS Á FIFA

Depois da filiação da Rússia, verificada rc-centemente, e do regresso dos paises ingleses,estão filiados na F. I. F. A. . 60 nações.

Albânia, Inglaterra, Argentina, Áustria,Austrália, Bélgica, Polônia, Brasil, Bulgária,Canadá, Chile, China.

Colômbia, Costa Rica, Cuba, Costa de OuroCoréia, Acação (Antilhas), Enoua. Equador.&gito, Espanha, Finlândia, França.

Grécia, Guatemala, Haiti, Holanda, Hondu-ms, Hungria, Irlanda, Islanda, Itália, Iran.

Líbano, Iugoslávia, Luxemburgo, México,Çoruega, Nova Zelândia, Paraguai, Peru, Filipi-Ms.

Portugal, Romênia, S. Salvador,Síião, Sudão, Suécia, Suiça, Siria, Tcheco-Eslováquia, Turquia.

Uruguai, América do Norte, Rússia,Venezuela e País de Gales

BOLA VELHAO grande Mazantini foi um dia desafiado

para duelo. Tratou de chegar à faJa com oantagonista e disse-lhe:

Este duelo não lhi convém de maneiranenhum...

Mas o senhor ofendeu-me!—Bem sei, mas não ihe convém. Ima-

gine o senhor que eu o mato...O antagonista refletiu um momento, mas

não teve tempo de responder, porque Mazan-tini continuou;

...logo as más línguas haviam de co-montar que tinha sido a última grande esto-cada de Mazantini...

Dessa está o senhor livre!Mas suponhamos o contrario, que o se-

nhor me mata a mim...E' o que o senhor merece pela sua im-

pertinência!Mas isso também lhe não convém, por-

que Jogo toda a gente havia de comentarque o grande Mazantini tinha sido colhidomw tal mente...

PR1

EM BAIA BLANCA, Miguel Seviliano venceu o 39° Campeonato Argentino de Resistência de Ciclismo,cobrindo 120 quilômetros em 2 horas, 30 minutos e 2l 10 de segundos.

EM WATERBURY, Connecticut, Ray Famechor, campeão da Europa dos pesos-pluma, derrotou aos pon- tos Tony Longo, no decorrer de um encontro em oito"r°lEM

MONTE ^ARLof os tenistas norte-americano Billy Talbert e o sueco Svcn Davidasson clessifiçaram.nesta cidade. Talbert venceuseu compatriota Tony Tra-vers por 6(2, 7|5, 6|4; e Da-vidasson ao ex - campeãotchecoslovaco Jaroslav Drob-ny, que jogou como repre-sentante egípcio, por 6j4, 6|2,416 e 613.

v*,*n *"y Çsà%

Em OLAVARRIA, Argen-lina, o volante Marcos Cianivenceu a Volta de Olavarria,prova automobilística daqual desertaram muitos cor-redores, inclusive os irmão.stalvez, depois de percorre-

rem, sob a chuva, as estra-das enlamacadas. Ciani per-correu a distancia de quase3 mil quilômetros em 29 hs,12' 6115".

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— Um jogadorde football de 40 ano.spode integrar um team daprimeira divisão?

— Qual é a idade deJack Dempsey?

— Na Copa do Mundode 1938, Batatais chegoua jogar?

— Em que Estado nor-te-americano mais sejoga football?

— Com que tempoAlex Jany tornou-se cam-peão mundial de natação,cm 1947, nos 10 metros?

(Respostas na página V»

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laguina venceu o 3.° pareô. Km qual aposta, no 4."*.-

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Os EE. UU. não se fizeram representar no torneio mundial de xadrez,inaugurado em Budapest. Samuel Keshevsky, o maior jogador norte-anien-cano, foi convidado a participar do torneio organizado pela Associação !lun-sara de Xadrez porém, não poderá vir devido à recente proibição do governonorte-americano para que cidadãos dos EE. OU. viagem através da Rússia.Recorda-se que essa atitude do governo norte-americano originou-se da prisãoe julgamento do cidadão estadunidense Robext Yoeselcr, que foi condenadoapós julgathento, como espião.

14 enxadristas de fama fmundial deveriam participar do torneio, inclusive8 da União Soviética, o ex-campeão mundial Max Einve, da Holanda*, o ar-gentino Miehel Najdorf*. Stahhber. da Suécia; Laszlò Salio, da Hungria e osnorte-americanos Reshevsky e Fine. O torneio durará 6 semanas e o vence-dor jogará contra o atual campeão do unindo Botvinik, da Rússia que delemo título desde 1948, quando derrotou Alekhine.

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O pugilista portorriquenho José Rafael Aviles.

preso por ter participado de uma luta de box fazen-do-se passar pelo campeão de Costa Rica, TuzoPortuguês será julgado no dia 17 do corrente.

Segundo o procurador do condado, se Aviles fôrreconhecido culpado poderá ser condenado a penade um a cinco anos de prisão.

No momento em que foi preso Aviles declarouque o organizador do encontro Max Yeargain sabiamuito bem que não tratava com Tuzo Português,mas Yeargain, interrogado a propósito, declarou quonada sabia a respeito da falsa identidade de JoséRafael Aviles. Os círculos pugilistimos. pela suaparte, acolheram com ceticismo essa afirmativa d<2Yeargain.

— Oh! Mal posso acreditar! Stan Mulk, o famoso campeãonsiuntlial de esqui!

LEIA àámmeia-Noite"

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 14 de abri! de 1950 Página 5

uiz é Julg< ISIDORO LINS - BONSUCESSO 14)X

OLARIA (3)

A peleja foi dirigida pelo Sr. Isidoro Lins. Seu trabalho, foi apenas regai*--.Teve falhas de parte a parte, mas procurou ser imparcial. (O Globo).

Arbitrou o amistoso Isidoro Lins, com atuação regular, pois se mostrou, por v.X:S,impotente para reprimir os excessos de entusiasmo dos jogadores. (Diário da No <..•).

. Foi um juiz fraco. Não teve energia para proibir o jogo violento. (A Noi'---

Arbitragem de Isidoro Lins, com falhas. (O Jornal).

...ambiente de camaradagem, apesar de mal dirigida pelo juiz Isidoro Lins. -rt(Diário de Noticias).

... com falhas. (Folha Carioca).

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Que lhe digo agora? Ele nunca foi além do terceiro round!

MORREUCEDO

Arthur Saxon,um dos homensmais fortes domundo, famosolevantadorde peso, e gran-de bebedor decerveja, morreud e pneumonia,relativa-mente moco —43 anos.

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Os Am&ricano* 0«t«?rejn Brilhar

A TENISTA í U rAMUoU CALÇÃOGuessie Moran. que foi uma das figuras de maior

evidencia no torneio de Wimbledon, e aqut vista pas-sando a ferro o seu já famoso calção de renda, comque se apresentou à quadra para disputar Disse umcronista que o seu calção impressionou muito mais queo seu medíocre jogo.

Decididos a desempenhar um pa-pel honroso na fase final da Taçado Mundo de Football, que se rea-lizará no Rio, os Estados Unidos,já qualificados entre os paises queali comparecerão-, tudo fazem afim de proporcionar, nas melhorescondições, o melhor preparo dosjogadores que serão enviados aoBrasil.

O jogo entre os "players" susce-tiveis de pertencerem ao seleciona-do já se realizou em St. Louis eoutras partidas estão previstas en-tre o scratch americano e a equi-pe turca de Istambul que, duranteo mês de maio, efetuará uma"tournee" com cinco jogos nos Es-tados Unidos. E' claro que as pre-tensões dos americanos no que dizrespeito à Taça Jules Rimet náopodem ser modestas e por isso, osdirigentes americanos trabalhamativamente, em diversas regiões dopaís, a fim de assegurar o futurodo football americano, que, dado opotencial esportivo do país, devedar resultados tangíveis, por poucoque se trabalhem, com método ecom a ajuda, também, de técnicosestrangeiros.

Por enquanto, os dirigentes dofootbaü americano preparam ex-cursões pelo» Estados Unidos paravarias equipes européias, entre asquais a mais importante é a doJuventus, lider do campeonato ita-liano, que deveria partir para osEstados Unidos depois da disputada T*vça do Mundo.

A equipe italiana jogara, emprincipio, em Nova York, onde játeve tanto sucesso o jogo de propa-ganda do Internacional, de Milão,que trouxe ao estádio um público"novo"* atraído pelo imprevisto erapide* deses jogo quase desconhe-cido, naquela região dos EstadosUnidos.

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—; ,—__ jE' cena que se repete emtodos os paises e em todosos sports: o juiz sofre umatentativa de agressão daparte de um torcedor. Nestecaso, num jogo de baseballem Nova York, o "torcedorexaltado" foi levado diretodo campo para a prisão,onde ficou até "esfriar".

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HA' 10 ANOSAbril, 14: O Fluminense sa-

gra-se campeão do "Initium",seguido do São Cristóvão". Pa-tesko foi o "scorer". Cinco"goals" em oito jogos. — Napiscina do C R Guanabara.São Paulo vence o campeona-to brasileiro de saltos ornamen-tais _ 15: Ao terminar o prazode transferencias sem estagio,sessenta e oito jogadores debasketball se transferem paraoutros clubes — 16: O São Cris-tovão anuncia a aquisição de"valiosos elementos" para ocampeonato de 1940 — Os ca-riocas vencem o campeonatobrasileiro de natação, que seencerra, sem a alteração dequalquer "record". — 18: OMadureíra não quer vender opasse de Adilson nem por cemcontos", declara o Sr. AnicetoMoscoso. "A não ser que NoNri-vai renove o seu contrato". —18: O "quatro" feminino de na-tação do Flamengo torna-se re-cordista sul-americano na pro-va de revesamento 4x100. como tempo de 4'53 e 8110. Corre-ram Piedade Coutinho, LigiaCordovil, Scyla Venancio e Geiy-sa de Carvalho. — 19: A equi-p© feminina do Tijuca conquis-ta o campeonato carioca de vol-leyball —

Já foi demons-trado que os tou-ros não se enfu-recém com a côrvermelha. Comua maior partedos animais, ostouros não dis-tinguem uma côrde outra, de ma-neira que o vermelho tradicional dascapas dos "matadores" bem podia sertrocado para branco ou azul. O touro,nesse caso, se enfurecerá de igualmodo e atacará o toureiro, pois, se-gundo parece, o que irrita ao animaié o movimento da capa, não a côr.

A montanha mais alta que já esca-lou uma mulher é a de Queen MaryPeak, de 24.400 pés, nas Himalaias.Foi ela Hetti Dyherenfurt suiça, em1934; ao passo que a mais alta esca-lada por homens foi o Nanda Devi,um pico de 26.645 pés, também nasHimalaias. Isto em 1936, por umaexpedição de quatro norte-america-nos e quatro ingleses.

Nenhuma prova atlética levou eraconsideração, ao que se j>abe, a rota-çào e a força de gravidade da terra,embora estas diferem segundo a la-bitude o bastanrr, para influir emque a rotação da terra diminue em"records" sportivos. Do mesmo modoque a rotação da terra diminue emvelocidade e gravidade, aumenta emforça além do Equador e na direçãodas pólos, um homem, exercendo amesma força, pode chegar a umameta duas polegadas, pelo menos an-tes em Bombaim que em Helsinki,que fica a 42 graus mais perto O*polo norte.

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Página 6 Sexta-feira, 14 de abril de 1950 O GlOBO SPORTIVO

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GRINGOGRINGO — o center-fonvarã

rubro-negro — num dese/iho do'eitor Francisco Betega Netto, de^uritiba.

JACK CA1CHIAR — S. VICEN-TE — ESTADO DE S. PAULO —l) — Todos os jogadores do Tori-io que jogaram em São Paulo, emulho de 1948 morreram no desas-•re de Superga. Todos eles: Baciga-upo — Ballarin — Toma — Casti-íliano -— Rigamonti — Grezar —vlenti — Loick — Gabetto — Maz-•ola — Ossola — Maroso — Mar-:elli — Fadini — Bongiorni — Schu-iert — Ballarin II e Operto. — 2)

O São Paulo F. C. foi campeãojaulista nos anos de 1931 — 1943

1945' — 1946 — 1948 — 1949." Corintians foi campeão nos anosSe 1914 — 1916 — 1922 — 1923

1924 — 1928 — 1929 — 1930 —937 — 1938 — 1939 — 1941. O'almeiras foi campeão nos anos de920 — 1926 — 1927 — 1932 —933 — 1934 — 1936 — 1940 ain-a com o nome de Palestra Itália

1942 — 1944 — 1947 com o nometual de Palmeiras. — 3) — Re-.itados os seus desenhos de Ade-.ir — Danilo — Leonidas e Au-usto.

FLORINDO DE OLIVEIRABRAGA — CATALÃO — GOIAZ— É favor dirigir-se diretamente àgerência desta revista, especifican-do o endereço exato, se ainda estáinteressado na assinatura anual.

LUÍS CARLOS BRAGA — CA-CHOEIRO DE ITAPEMIRIM — E.SANTO — Na fila para publicaçãooportuna o seu desenho de Ipoju*»can.

C. COSTA — ITATIAI — ES-TADO DO RIO — Desculpe, masos seus desenhos de Ipojucan e dotrio Maneca-Heleno-Ademlr, forarrejeitados.

AOS LEITORES EM GERAL —O leitor Ubaldo Nogueira da Silva,rua Rio Grande do Sul. número 290,apartamento 5, Belo Horizonte, Mi-nas, deseja vender uma coleção deO GLOBO SPORTIVO, do número540 ao 592, por Cr$ 32,00. Os inte-ressados podem se dirigir àqueleendereço.

BILHÉUS BO f— Ü bLAj Sm

CARLOS ÁREAS

destinava a premiar o melhor jo-gador de futebol do Brasil. O ga-nhador foi Russinho, do Vasco apósgrande luta com Fortes. — 2) —Hão hã nenhum livro especial queconte a vida dos craques brasilel-r0S- — 3) — No sul-americano ex-tra de 1945, no Chile, o quadro bra-sileiro contou com estes valores: —Oberdan e Jurandir; Domingos —Begliomine — Nilton e Norival; Bi-

guá — Rui — Jaime — Procopio —Danilo — Alfredo; Tesourinha —Zizinho — Heleno — Jair — Ademir— Jorginho — Servilio — Vevé —Paulo Tovar. — 4) — Reieítado odesenho de Carlito Rocha

- ÍOSÉ DE CARVALHO — PA-RAÍBA DO SUL — ESTADO DORIO — O ponta esquerda do Vascono jogo com o Flamengo, do turnode 1946. foi: Friaça.

a^J^S^NSv^SVvW "" .". ---,;--¦---»".¦—'.~-*n*ff,»»*'. ¦"*•-«/

&///////;.RAUL SCHIAFFINÜ u ce/iter

uruguaio — 7imn desenho elo leitorJ. Pachecozonte.

Filho,, de Belo Hor*

VÂLTER A. MAIA — RIO DEJANEIRO — 1) — Lembramo-nos-lm desse concurso Monroe, que s<

ANTÔNIO BARBERINO — JA-COBINA — BAÍA — 1) — Não se-nhor. O jogador de basquete nãopode arremessar' à cesta, quando co-bra um lateral. — 2) — Petev jo-gòu uma só partida pelo Palmei-ras. Não ficou em nenhum clubeoficial. — 3) —¦ Sim senhor, a taça"Paulo Goulart de Oliveira" é emhomenagem ao saudoso Paulinho,meia direita do scratch da CopaRio Branco de 1932. - - 4) •— Não.O escore maior do Vasco sobre oCanto do Rio é mesmo aquele de14 ai. — 5) — O escore maior doVasco sobre o Flamengo é o de 7 a0 em 1931. Sobre o Botafogo é ode 4 a 0 duas vezes, em 1935 e em1941. — 6) — A pior colocação doBotafogo íoi em 1923 — último co-locado. — 7) — Gradim está comotécnico do Bonsucesso. — 8) — Ojogo em que os brasileiros vence-ram os argentinos por fi a 2 foi rea-lizado aquí no Rio, em São Januá-rio. O time foi este: Ari — Domingose Norival — Procopio — Rui e Jai-me — Lima — Zizinho — Leonidas(depois Heleno) — Ademir e Chi-co. — 9) — Rejeitado o seu desenhode Ademir, ficando porém na fila osde Mário (do Vasco) e Leonidaspara publicação opor*

JOSÉ OTACÍLIO MENDONÇA— PARELHAS — RIO GRANDEDO NORTE — 1) — O preço daassinatura anual d'0 GLOBO SPOR-TIVO 6 de CrS 40.00 e da semes-trai é de Cr$ 25,00. — 2) — Sobrea venda dos números atrasados quel-ra dirigir-se diretamente à gerên-cia explicando o período desejado,que é o de 3 de julho a 25 de se-tembro de 1949 (todo o primeiroturno do campeonato).

JOSÉ DAMASCENO — SOBRALCEARÁ — 1) — Sentimos mui-

to, más o seu desenho de Simõesfoi rejeitado. Não desanime, todaviae procure fazer outro que talvez te-nha melhor sorte. — 2) — O maiorestádio do mundo é o que está sen-do concluído aquí no Rio: — O Es-tádio Municipal. Sua capacidade íoicalculada para 15.r>.000 pessoas, masapertando um bocadinho poderáchegar aos 180.000, mais ou menos.

3) — Daqui a um mês e meio osenhor conhecerá o scratch brasi-leiro para a Copa do Mundo.

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IOSÉ AÍRTON MAGALHÃESCARNEIRO — SOBRAL — CEA-RA — 1) — Garcia, Rafaneli e Brianão falam o português corretamen-te. Mas fazem uma mistura de cas-telhano e português, que é o bas-tante para não precisarem de intér-pretes. — 2) — Na fila o seu de-senho de Tesourinha. para publica-ção oportuna. De um modo geralquase todos os desenhos que rece-bemos são cópias das nossas capas.Mas -6 aceitamos "serviço" limpo,sem borrões ou sem vestígios de de-calque.

EMIR SPA1S (Será assim mes-mo?) -- RIO NEGRO — PARANÁ— 1) — Os endereços pedidos sãoestes: Botafogo F. R. — avenida"Wenceslaú Braz, 72; Fluminense F.C. — rua Álvaro Chaves, 41; e Ola-ria A. C, rua Barirí, 251. — 2) —Casti'ho o San''1 Crícfo sãr cario-

ZIZINHO — o player mais carodo Brasil — numa caricatura doleitor Custodio Morais, desta ca-pitai.

cas, Otávio paraense, Ávila e Césargaúchos, Ademir, pernambucano,Osvaldo, fluminense e Rubinho, pau-lista. — 3) — Fluminense e Bota-fogo já disputaram 85 jogos de cam-peonato oficial. O Fluminense tem37 vitórias, o Botafogo 24 e empa-taram 24 vezes. — 4) — Nos jogosVasco x Flamengo, de campeonato,o Vasco tem 26 vitórias, o Flamen-go 18 e empataram 9 vezes.

ARI DA COSTA E SILVA — RIODE JANEIRO — 1) — FIFA querdizer Federação Internacional deFootball Association, ou seja a en-tidade que controla o futebol nomundo inteiro. — 2) — Todos trêsque o senhor citou são grandes meias— É difícil dizer qual o maior. —3) — A contagem da taça "Eficiên-cia" é simples. O clube marca seispontos nas vitórias e três nos empa-tes, nos jogos dos campeonatos deprofissionais e amadores (juvenis)e quatro pontos nas vitórias e doisnos empates, nos jogos de aspiran-tes. Já a contagem da taça MDisci-

plina" é mais complicada. O clubeperde pontos pelas faltas cometidaspor seus jogadores, por seus direto-res ou associados e por êle próprio(clube) em escalas diversas. — 4)— Desculpe-nos, mas nunca ouvi-mos falar em Alvarenga, do Ban-gu. Houve um, há muitos anos noBonsucesso, mas no Bangu não no«consta.

CARLOS ALBERTO DE ÁVILAUBERLÂNDIA — MINAS — 1)Nos jogos de campeonato entre

Vasco e Fluminense, desde 1923, ostricolores têm 25 vitórias, os cruz-maltinos 19 e registaram-se 9 em-pates. O maior score em favor doFluminense foi o de 6 a 2 no pri-meiro turno de 1941 e o maior emfavor do Vasco foi o de 6 a 0 nnreturno de 1930. — 2) — O Vascoainda não foi a Inglaterra, p a í s.aliás, no qual não se exibiu aindanenhum time brasileiro oficial. —3) — O Vasco da Gama foi vice-campeão da cidade nos anos de 1926

1928 — 1930 — 1.31 — 1935 —19 4 4 (junto com o Botafogo) e1948. - - 3) - - Os placards do Vas-co no "torneio dos campeões", noChile, foram estes: 2 a 1 sobre o ElLitoral, da Bolivia; 4 a 1 sobre o Na-cional, de Montevidéu: 4 a 0 sobreo Municipal, de Lima: 1 a 0 sôbieo Emelec. do Equador: 1 a 1 com oColo-Colo, de Santiago; e 0 a 0 como River Plate, de Buenos Aires, —>4) — Antes dessa façanha do Vas-

> co, a maior campanha de um timebrasileiro no exterior foi a de ClubeAtlético Paulistano em 1925 na* Eu-rapa (França, Suíça e Portugal). —Barbosa veio do Ipiranga, de SãoPaulo; Ademir, do Esporte Clube Re-ciíe; Chico, do Rio Grande do Sul:Maneca. do Vitória, da Baio e Wil-son, Mário e Ipojucan. do próprio<ime de juvenis do Vasco.

DURVAL DA SILVA ALMEIDA—- RIO DE JANEIRO — 1) — Au-gusto tem 29 anos, pois nasceu a 22de outubro de 1920. 2) — O Flu-minense foi campeão invicto nosanos de 1906, 1908, e 1909. 3) —Na América do Sul apenas quatroinstituições conquistaram até agoraa Taça Olímpico: — o Comitê Na-cional de Educação Fisica do Uru-guai, em 1925, o Comitê OlímpicoArgentino, em 1943, o Comitê Olfm-pico Colombiano em 1946, e o Flu-minense Football Clube em 1949. 4)— Rejeitado o seu desenho do meiaOrlando.

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ADÃOZINHO — o center gau-cho que disputará um lugar noscratch brasileiro — num desenhedo leitor Milton Damv de PortoAlegre.

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 14 de abril de 1950 Página 7

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DOS ESCRAVOS AO MARQUEZ DE QUEENESBERRYNão há nada de novo nessa batalha que travam atualmente

os elementos interessados em devolver ao pugilismo seu plenosentido esportivo. Trata-se de algo que se repete periodicamentee que é inevitável pelo próprio conteúdo do rude esporte dospunhos, que está no limite preciso entre o esportivo e o bárbaro,entre a sã rivalidade, limitada por regulamentos concebidos comcritério esportivo e a arena do circo romano, onde o sangue erao mais importante. Tèm razão os que defendem o box e têmigualmente os que clamam contra a morte no ring. O ideal estána fusão dos dois conceitos. Num pugilismo limpo, que destaque,mai? que o soco demolidor. a arte elegante da defesa própria.Um esporte em que o cérebro tenha um papel destacado. Emque a inteligência derrote sempre — ou quase sempre — a forçabruta.

Os amantes de um box dessa espécie não tem porque se sentirdesalentados. E' certo que, ao se ir convertendo o pugilismo emespetáculo de grandes multidões, cresceram em importância osaspectos que dão uma maior espetaculosidade. Valor, soco e ins-tinto de lutador. E' verdade que no momento atual o públicodeixa um pouco de lado o estilista. Mas a historia esportiva de-monstra que sempre, depois do desvio, veio a sã reação, e queo importante é a linha esportiva, que pode. as vezes torcer-selevemente, mas que sempre se endireita sozinha.

Em 1366 a situação do pugilismo era — com as devidas dife-íenças — muito semelhante a de agora. Havia-se começado como esporte limpo, naquelas olimpíadas antigas, em que se premia-va o mais hábil. Depois, os próprios gregos deformaram o es-porte, pondo manoplas nas mãos dos boxeurs. Em 1866, e naInglaterra (berço do box moderno) o pugilismo era um espe-táculo e não um esporte. Não havia regulamentos definidos. Aslutas eram realizadas geralmente nos fundos das tabernas ounum lugar isolado, no campo, para evitar a intervenção da po-licia, já que o box era proibido por lei. Alguns nobres de grandefortuna tinham os seus "studs" de boxeurs, da mesma maneiracomo possuíam cavalos de corridas, cães de caça ou gaios debriga. Eles mesmos serviam de empresários e fixavam os pre-mios, que consistiam em vultosas apostas entre os "proprietários"dos lutadores. Estes eram recrutados entre os elementos maisbaixos da sociedade, e em alguns casos — como no famoso TomMolineux. escravo da Virgínia — tratavam-se de servos que per-ttnciam no sentido legal da palavra, aos seus senhores.

E* lógico que, nestas xondições, os regulamentos não fossemmuito humanos. O importante era o espetáculo, e quanto maiscruento, mais podia satisfazer aos gostos daqueles cavalheirosingleses, quase medievais em suas preferencias, o ring não ti-nhá dimensões precisas. Tampouco era preciso designa-las comexatidão, porque os lutadores de então não davam grande impor-tancia ao jogo de pernas. Traçava-se no centro do quadriláteroum risco branco, que era o ponto de partida de cada round.Os adversários se colocavam no risco, pé contra pé, e trocavamgolpes. Quando um caia, soava um sino e terminava o round.O árbitro não contava. O caido era levado para um "corner',

e seus segundos tinham o prazo de 30 segundos para reanimá-Io. Cumprido esse tempo, levavam-no novamente ao risco è aluta recomeçava. Só acabava quando um dos adversário nãopodia voltar, depois de 30 segundos, ao centro do ring .

Assim, uma luta podia durar, 40, 50 ou 60*rounds, e um pu-gilista podia ser posto a K.O. dez ou doze vezes num só encon-tro. Eram elas verdadeiras lutas a "íinish", e os que agora asrelembram incorrem a meuclo no erro de crer que "íülish" sig-nificava K.O Não; o sentido dessa palavra era literal. "Finish"

é fim. Fim total das energias de um homem. Esgotamento ab-soluto da sua capacidade física. Vemos todos os dias. atualmen-to, como pugilistas noqueados estão de novo de pé uns poucossegundos depois de terminada a contagem. Os boxeurs der-rolados de 1865 eram quase sempre retirados do ring em pa-diola. -

Era essa a situação entre 1860 e 1866. O box era um espe-táculo bárbaro, que de esporte não tinha mais que o nome.Mrs já nesses anos o espirito esportivo começava a influir nasatividades pugilísticas. Alguns jovens nobres, proprietários de"studs" de pugilistas, decidiram imitá-los e a pôr à prova a suacapacidade física. Para justificar-se, disseram que desejavamapenas adestrar-se na "arte da defesa própria". E como, lógica-mente, não iam expor-se a danos permanentes em seu físicoou em seus dotes intelectuais, começaram a aplicar, em suas lutasparticulares, um regulamento especial, humanizado e esportivo.

Dai nasceram as regras do marquês de Queensberry. Era esteum nobre inglês, aficionado do pugilismo. Durante a'sua per-rnanencia na Universidade de Cambridge foi um bom boxeur depeso leve, e ganhou o campeonato extra-oficial da universidade.O título tinha que s<zz extra-oficial, porque os professores teriamexnulsado a qualquer aluno que fosse surpreendido lutando. En-Ire os leves, era mais importante a inteligência que o soco; tinhamaior significado a defesa que o ataque. E Queensberry, espor-tista cem por cento, decidiu que o box precisava de um regula-m**nto novo, que o tirasse das tabernas e dos bosques, e desseoportunidade de praticá-lo aos seus amigos aristocratas, sem porem oerigo. por isso, sua Integridade física.

Para isso, comprou tuna serie de taças e as instituiu comoprêmios permanentes, para os campeões de box amador da Um-versidade de Cambridge. Em seguida, para obter a aprovaçãoco professorado. preparou a nova regulamentação. Dessa formaeliminou de golpe os dois grande espetáculos que impediam o re-conhecimento do box como esporte. O fato de que se lutasse

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O grande John L. Sullivan foi o primeiro campeão do box moderno e o último do antigo.Em 1889 susteve com Jake Kilrain a derradeira peleja travada a mãos nuas pelo cam-peonato do mundo. Ganhou Sullivan, em 75 rounds. Ao adotar as regras de Queensberry,

Sullivan muito ajudou a sua aceitação mundial

por dinheiro e a brutalidade do regulamento. As regras forampreparadas por um comitê de três pessoas. O redator foi Arthurunambers, um profissional de peso leve, nascido em Manchester,que se havia destacado como instrutor de jovens aristocratas, eque foi quem propôs a Queensberry que desse ao box uma dig-nidade suficiente para convertê-lo em verdadeiro esporte, usoutros dois membros do comitê goram o famoso marquês e lord ,Lonzdale, outro dos grandes mecenas do pugilismo inglês de há !cem anos.

Chambers, boxeur inteligente e -hábil, deu ao novo regula- jmento uni caráter estritamente esportivo. Seu trabalho foi tão jexcelente que ainda hoje em dia se continua empregando, com jleves modtfidaiõís. Primeiramente, fixou o tamanho do ring,para estabelecer os limites em que os pugilistas podiam mover-se. Teve que fazê-lo, porque já o jogo de pernas come^va a terimportância. Em seguida, proibiu que os adversários lutassem,e fixou o tamanho das luvas e o tipo e peso do calçado.

Mas a sua inovação mais importante foi a introdução dojurado e a limitado dos rounds a períodos de três minutos comum de descanso. As regras do marquês de Queensberry estabe-leceram que antes de começar se anunciasse quantos rounds detrês minutos ia durar. Se durante um round o boxeur era derru-bado, tinha dez segundos para por-se de pé. Do contrario, eradeclarado vencido. Mas se a luta chegava ao -m sem que nin- iguem sofresse o K.O., o árbitro devia dizer \aem — a seu juizo

havia ganho "por pontos". Os pugilistas caidos tinham quese levantar sozinhos. Se ficavam pendurados nas cordas, os ár- jbitros continuavam contando. Se ficavam de joelhos, eram con- ;siderados caidos. Para dar ao adversário derrubado mais tempopara refazer-se, seu adversário tinha que se retirar a um "cor-

ner" enquanto os segundos eram contados.Assim nasceu o box como esporte. Estabeleceu-se que devia

vencer o mais hábil e não o mais resistente. E ficou de pé aidéia de que uma luta terminasse com os dois de pé. Os aris-tocratas podiam dedicar-se à "arte da auto-defesa".

Agora, 84 anos depois, o box voltou a encaminhar-se pelassondas do espetáculo cruel, embora sem chegar ainda ao queera em 1866. Muitas vozes se elevam para criticar essa tenden-cia. Mas a solução está clara e ao alcance de todos. E' precisounicamente reviver o espirito do marquês de Queensberry. Aletra »de seus regulamentos foi torciía; mas o espírito não podeser deformado. Para que o box continue sendo um esporte beloe empolgante, é necessário voltar a predominar o critério daauto-defesa. Que a inteligência valha mais que a força, e a habi-lidade mais que a resistência.

COMO SE ESCREVEFOOTBALL EM

OUTROS IDIOMASAlemão — Pussball; Che-

coslovaco — Footballová; Di-namarquês — Boldspil; Esto-niano — Jalg-pall; Finlandês

Palloliitto; Grego — Po-dosferiki; Holandês — Voet-bali; Húngaro — Labdam-gok; Italiano — Cálcio; Le-tón — Futbola; Norueguês

Fotball; Polonês — FilkaNu/.ma; Português — Fute-boi; Romenio — Fotbol; Sui-ço — Fussball; Iugoslavo —Nogometni.

SF NAO SABf— Sim, com parecer de

uma junta médica— 56 anos— Duas vezes— Saint Louis— 55'8

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Foi verdadeiramente espetacular o goal de empate dos espanhóis.Capela impotente pa ra aparar o "sem pulo" de Gainza

Uma bola bem colocada por Panizo obriga Capela a dificil intervenção. O shoot foirasteiro e o goleiro dc fendeu com dificuldade

IMeportu

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OS GRANDES CRACKS ESPANHÓIS QÜEDISPUTARÃO A COPA DO MUNDO

GONZALVO II — Nasceu em MoA-!et dei Vali és (Barcelona), em 1922.-Do conjunto local passou ao Europa,onde figurou com o seu irmão maisvelho Gonzalvo I, e onde também ha-veria de surgir mais tarde o irmãomenor. A seguiir, alistou-se no Bar-celona. e durante varias temporadas,até hoje, constituiu-se na figura maisregular da*equipe. Duas vezes inter-nacional — Contra a Irlanda e contraPortugal.

(Oontinuação da pág. 11)

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Kic.r"~"BlüJEA <— Nasceu na ciaaae ae fiar-

eelona, em 1921, e passou sna infan-cia e juventude em Mallorca, em cujo:"baldios" iniciou sua carreira footba! -íística. Insgressou no Atlético de Ma-

Xlri, em 1940, como reserva de Mesa, tpouco a pouco foi se firmando ater-itogir a efetivação. Sua posição an-lériar .eta. sagueíro direito, porém.agora no centro, como "terceiro-

ísaclc",-Ites- ^melhor suas características,'ftíenie e agir, constitue «ma muralhadlfici! de ser transposta. Ditas veaesInternacional — contra Portu_al eítalia. em marco õc 1949.

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Gonzalvo H

LISBOA, abril (Especial para O GLOBOSPORTIVO) — A mais viva expectativa cau-sou o segundo jogo entre Portugal x Espanha.Em Lisboa, não se levou jamais em conside-ração o placard do primeiro encontro, já queos cinco a um não podiam ser tomados comoreferencia para qualquer prognóstico da par-tida na capital lusa. Os portugueses prepara-ram-se para uma reabilitação à altura, capa-inclusive dc abrir uma chance para nova de-cisão da classificação, no jogo de Paris. Ago-ra, está a Espanha com a viagem ao Rio ga-rantida, mas não se pode negar que alcan-ç.aram os portugueses a reabilitação desejada.O segundo match entre os paises ibéricos foibastante superior em técnica ao de Madri.O selecionada espanhol desta feita encon ti ouum adversário com noção de fooíball, maisarmado. Vimos inclusive os portugueses, infe-riorizados no marcador por um a zero, rea-gir e, mesmo perdendo uma penalidade má-xinia, atingir o empate c por fim ultrapassa-lo. Convém acentuar que a essa altura domatch, era grande a chance de Portugal, poisque, alem da vantagem, conseguira desnortearo adversário, que parecia até conformado c«mo marcador. Entretanto, quando faltavamnove minutos, os madrilenos empreenderam areação que os levaria à classificação. Um

sem pulo" de Gainz a um goal espetacular.e estava conquistado o empate, que perdurouaté o fina] da bula.

PORTUGAL PRECISAVA MAIS OO QUEO ENTUSL\SMO

Pouco faltou a Portugal para alcançar otriunfo que lhe abriria o caminho de Paris.A reação foi realmente espetacular, c o arcode Eiz-aguirre esteve durante muito tempo àmercê dos tiros dos atacantes lusos. Mas foiaí justamente que os portugueses perderam avitoria Com a defesa agindo regularmente —houve apenas uma falha que foi a de Barroza— os atacantes não estiveram em nivei de de-cidir a partida. Boa dezena dc oportunidadesfoi perdida pela pouca efetividade do$ dian-teiros.

Um elemento entre os portugueses teve

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grande responsabilidade no resultamatch Enquanto os atacantes ficaradois tentos insuficientes para a vitoria,gueiro Barrosa influiu fundamente nacão do seu team Decorrente de uma ídefensor português, foi o primeiro goainhol. E quando o marcador de Portugida estava em zero, o mesmo Barrosafora o penalty.

A defesa portuguesa teve boas fiaparecendo em primeiro plano o centdio Felix. Capela foi um bom arqueirobora menos solicitado Que seu coiega inhol Ferreira também teve boa jíiiuai» fult

No ataque Travassos foi a figura pflpai, partindo dele a iniciativa de 1u3!>efios ataques Albano foi outro jor-iUt A

J*'te. Cabrita, descontrolado, qua-, n-»b a |;

enquanto a ala direita Jesus Cornu-" «""

nunca se entendeu e individualmente >'

componentes foram nulos.-______><

A HISTORIA IK)S QUATRO GO.iDA PARTIDA

A primeira ação do jogo marcou -

fulminante dos espanhóis, chegando aárea portuguesa, com tiro perigoso deReagiu Portugal e o jogo entrou em ?<&

notando-se maior agressividade por pa

portugueses. Os cracks lusos chegaram*!seguir algum domínio territorial, com -

das cargas ao arco de Eizaguirre, inexp|vel, praticando defesas arrojadas. K**0se aos poucos os madrilenos, cheganpoucos a reação, até que, com vime eminutos de luta, Zarra abriu a contt^»Conta-se o lance da seguinte ' railzalvo n desarmou Jesus Correia, mar-

para o centro do campo, recebem • t j

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que após fintar Felix. adiantou ao P*_ ;Gainza. A situação era pouco favo~ao arremate e _«rra foi quem recebeupara arrematar violentamente.

A reação portuguesa foi imediatao team, eomo impulsionado por moafoi à ir-Mff. Jesus Correia escapoumente em direção à área, dando a l

ijue carregou sobre © goleiro __z*íru ,jg^defendeu. Acontece, entretanto, «ue o *%

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(^MBKÉj^SHBBS .""""w"""w""" '•'¦• .'¦' ¦ 15 (REPORTAGEM FOTOGRÁFICA DE INDAIASSW LEITE)

Os atacantes portugueses tjec.aram pela pouca objetividade, Grande volumequês, mas pouca orientação. Mesmo assim Lizaguirre teve trabalho - iiu.a

de ata-io

apela, sol) as vistas de Ferreira. O goleiro«ftitiuição destacada no segundo match

cou cnervado com a entrada, vibrando umttont.ip-; no atacante português. O árbitroBncdiatamente assinalou a penalidade iriáxi-fia . Barrosa cobrou-a, mas atirando longe do

co de Eizaguirre.O período filial caracterizou-se pelo volu-

oso número de ataques ao arco espanhol,daviá sem rualquer orientação. A despeito

Isso, aos três minutos era registado o goalpe empate. Um foul de Asensi sobre Travas-ls na entrada da área, foi cobrado por Al-§no. A bola saiu cruzada e Eizaguisse reba-Hu de soco, aparecendo então Travassos quefulminou com um tiro seco.

Entusiasma ram-se os portugueses e, aoskve minutos a vantagem era conquistada,jbano cobrou um comer de Asensi. Eiza-

jfthre pulou, chegando a segurar a pelota,;*T|as foi chargeado licitamente pelo ponteiroJesus Correia, e a bola acabou ganhando as

__fces.

Ligeira reação redundou numa bola noB**0' n,as Basora estava impedido e o juiz

rcou. Daí para diante a luta ganhou mo-r.ente, com os portugueses firmes, enquan-os espanhóis mais e mais se descontrola-

Entretanto, quando faltavam nove mi-

[tos, uma jogada inteligente de Molowny de-minou o empate. Basora recebeu a bola etrou alto. para Gainza colher em sem pulo,rcando o segundo goal.

)S ESPANHÓIS RESISTIRAM A LISBOA

Mesmo com a desvantagem de jogar emma, os espanhóis sairam-se bem. Joga-

menos que no Chamartin, é verdade, mastberam conquistar o empate, que era quan-lhes bastava. Lutando contra o entusiasmokuguês, demonstraram possuir melhor jo-

gadores e um padrão técnico superior. Eiza-goirre fez grandes e numerosas defesas. Asen-si foi superior a Gonzalvo II, na zaga. Parradestacou-se na intermediária, seguindo-o Pu-exales, o ataque contou com Molowny, como

.; construtor dos ataques. Basora e Gainza pe-ri rifbsos. Zarra foi anulado inteiramente por

-FeBx, e Panizo foi elemento pouco inspirado.

Mais um flagrante junto ao a*eo da Espanha. Eizaguir re prepara-se para defender, ante a ameaça de umavante português i

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Aspecto da entrada, lado a lado, de espanhóis e portugueses no Estacionai Nacional dc Lisbia

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Página 10 Sexta-feira, 14 de abril de 1950 O GLOBO SPORTIVC

CRISE EM CIMA DE CRISE

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A UU

SALÁRIO EM DIA, FELICIDADE GERAL — A fo to é de 1948, o maior ano <da historia do América, anodo esttadio ,ano do campeonato, ano dc Alair Couto. Nés sa época, o planiri tinha seu salário religiosamente emdia e não havia, nem podia haver, a idéia dc greve qne hoje domina os ases alvi-verdes.

ATIVIDADES «EM MINAS

TRIUNFO SENSACIONAL DO AM0

ERICA..f&fl

DIAS DE HORRÍVEL. TORMEN,TA ESTA VIVENDO O DEC\.CAMPEÃO MINEIRO — A PER,GUNTA QUE FAZ O TORCE.DOR: "ASSIM, ONDE IRA PA-RAR ESSE CLURE?" _ UmGRUPO QUE FOMENTA E Fl.NANCIA GREVES — FRANCIS.CO FERREIRA A. JÚNIOR,

UM RAIO DE ESPERANÇ V IJe JANUÁRIO CARNEIRO.

BELO HORIZONTE, abril — Às vezes, diante da Inoticia de que estourou mais uma crise no América, \coisa que sucede com extrema freqüência e estranha Iregularidade, o torcedor mineiro leva as mãos à ca- !bega e pergunta quase atordoado: "Onde irá parar oAmérica, vitima constante de tantas agitações?"

E, realmente, o aíicionaflo tern razão. Porque deíorma alguma se pode compreender como ocorrem jtantas convulsões no seio do velho e glorioso clube,comprometendo e minando todas as suas forças, quedeviam estar voltadas, totalmente, para os tremendos!encargos que sobrecarregam a agremiação, esmagada!por um passivo que ascende a quase dois milhões de |cruzeiros. Mas, e infelizmente, o que está acontecer»-do é que no América já não existe clima para um tra-1balho sereno, metódico e eficiente, no sentido dc es- !tabüizar a vida do clube e livrá-lo dos compromissoscom que, ruinosamente, foi presenteado pela adminis-tra<?ão do Sr. Osvaldo Nobre nó ano passado. Desdeaqueles meses de tão triste memória, estão apagadasas luzes na Alameda. Promovendo a queda do seuantecessor Rui Gervasio Avelar, o presidente ameri-cano do campeonato de 49, foi de uma infelicidadedesastrosa Destruiu tudo o que de bom, brilhante eeficiente havia no clube Praticamente, só o estádiofoi conservado, mesmo assim pcor ser de cimentoarmado...

Depois, não agüentou o leme. Teve de sair. saiuantes que fosse "saído*'.

COM AS HONRAS DE FAVOR ITrt> E JOGANDO EM SUACANCHA, O CAMPEÃO DE 49 NAO NAO PUDERAM RIS-VRAS VITORIAS ESMAGADORAS OBTIDAS CONTRA O OEA-RIA E O CORINTIANS — QUADROS E MARCADORES DOJOGO DE ABERTURA DO -TORNEIO QUADRANGULAR"— O CRUZEIRO BATEU O UBERLÂNDIA E C

BELO HORIZONTE, 9 (De Januário Carneiro) —Os clubes principais da'capital mineira. Atlético. Ame-rica. Cruzeiro e Sete. decidiram, como c do conhecimen-to geral, organizar, como "O-perithX)" para o campeo-nato que. se. aproxima, um Torneio Qttadrangiãar Re-lãmpago, jogado às quartas e domingos, com espeta-culos duplas. E o certame foi aberto na tarde âe hoje.com um. ünioa fogo, exatamente o maior clássico dofoofbaü de Minas, reunindo as equipes ão Atlético e doAmérica, «^ boiallia não tainha despertando o interessepróprio e. tradicional do "choque-rei,, do desporto mon-tanhès. desde qut o Atlético, embalado por quatro vi-torias ixterfstadu&is consecutivas, todas cias dilatadas« esmagadoras, sbbre o Olaria c Corintians, iria defron-tar um América vitima de tremendas conturbacõe$ in-temas- Os carijés. como conseqüência, aram os francosfavoritea. Mas favoritismo em footbaU é uma lógicaextremamente relertiva. Especialmente tratando-se deAtlético e América. Tanto isso é verdade que o Américacr&sceu espetacularmente dentro da cancha do seu aã-vers-ario e acabou por baic-lo de modo sensacional, pelacontagem de três a dois, d £ pois ds uma luta enérgicaalgo rispido. fspe o fewn da Alameda melhor condutadentro àu cancha e o rasultado não pode ser tratadosemeio de. justo. Faltou ac Atlético a "presença" nosmomentos úmim&nMJitss, Gratamente scua major espe-ciaêidade. enquanto qve o América não quis pôr a per-«fsr trs meih&res chances que s pugna lhe àen. mandou.-do o ¦ balão so fundo aos' redes de Cafunga. Nos doistem-pos, htnstoe' e(r$dli&rio nas ¦ ações. Mas não se pode-negm~ que- *> teatn;'americano funcio-noy fneíhor* com-">

.¦malg;uin$, mais ajustada Muito prcttãvelthpnte tcrá con-ért&K*ff.o- para a d^ciencia do 'cam ourijà" a ausência£v íK"?«ciro e dos cxir&mas t lula -' ¦ « Rios substitutos não

corresponderam totalmente. Mas. de uma forma ou deoutra, venceu o América. Por três a dois. Com justiça.Os tentos foram marcados, na primeira fase porsntermedio de Nandinho. Vaguinho, Lauro Alvinhotendo havido, pois, um empate de dois teu' f \a eta-

pa complementar. Petronk> desempatou, aos iuUc e cin-ca minutos, com esplêndido ponto de cabeça, o juizfoi João Fnlix Júnior, com desempenho regular. A ren-da foi de Cr$ 30.«533.00 o os rfots quadros tiveram a se-gvinie formação: ATLÉTICO — Cafunga — Jucá fAton-soi e Osvaldo — Afonso (Morano) — Monte e Carar.ga— Paulo Maia — Lauro t Biguá) — Vbaldo — Alvinltoe Resende AMÉRICA — Tonho — Didi e Lusitano —Gaia — Lazarotti e Negrinbão (Rubinho) -_ Hélio 'Eli-rico) — Nandinho — Vaguinho — Elgen (Petroniò) cMurilinho. As figuras de maior reaice foram Monte Ce-rango. Lauro, Lusitano. Lazarotti c Vaguinho.

VITORIA DO CRUZEIRO EM UBERLÂNDIA

Cem sua equipe principal, o Cruseiro exeurskmon àcidade d.- Uberlândia, tendo comparecida no compromis-so estabelecido com sue esquadra completa. Devois deuma lula em que foram nitidamente superiorm. embe-raa seria resistência dos contrarias, as crestes consegui-ram vencer por dois tentos a. sero, pontos de Guerinoo Sabú, de penalidade.

O quadro êo Cruzeiro, fom—- Duque e Bené —. AãSih— PaulwhjQ — Bororó fAmmilton). O encontro Crv~edeu Cr$ 25.30S.C». tznáj Ciai

...'-.. wrcruíao i Atinai.nte e Cec- — Nona H

riierin e Sábè t (fa-F. c. réu-¦ cc»iji acerto.

(CONCLUI NA PAGINA 14)

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 14 de abril de 1950 Página 11

M E^ && ^ampeoesRelação completa dos melhores atletasdesses últimos 50 anos, segundo titn in-querito realizado entre cronistas es-

pórticos norte-americanos

Jim Thorpe. o famoso indionorte-americano que muitosconsideram o maior atleta

de todos os tempos

Em artigo anterior, apresentamos algu-mas personalidades que, segundo o inquéritopromovido pela Associated Press, mais sedestacaram no mundo dos esportes nesses úl-timos cincoenta anos. Nesse artigo, focaliza-mos apenas algumas cassas personalidadespor não possuirmos então maiores detalhessobre os demais atletas escolhidos no interes-sante pleito.

Hoje, entretanto, podemos ofewcer aosnossos leitores não somente a relação com-pleta dos atktas selecionados, mas tambémacrescentar novos e curiosos dados aos já pu-blicarios.

Os principais cronistas esportivos dosEstados Unidos foram consultados e aqui es-tá o resultado:

BASEBALL — Babe Ruth (253 votos),BASKETBALL — George Mikan (139).

_-y Cobb (116), Lou Gehrig (8).Hank Luisetti (123)), Nat Holman (31).

FOOTBALL (americano) — Jim Thorpeil70), Red Grange (138), Bronko Nagnrski(38).

BOX — Jack Dempsey (251), Joe Louis(104), Henry Armstrong (16).

GOLF - - Bobby Jones (293), Ben Hogan(29) .Jesse Owens (201), JimNurmi (31) .Tilden (310), Jack Kra-

(40), Walter HagenATLETISMO —

Thorpe (74). PaavoTENNIS — Bill

Hironoschin Furuhashi (20) e Adolph

Helen Wills

mer (32) e Dc-n Budge (31).NATAÇÃO — Johnny Weismullcr (132),

Uiesfer dli .MAIOR ATLETA FEMININO — Babe Dídrikson Zaharias (319)

Dempsey • 19) .MATOR ALETA FEMININO — Babe Didrikson Zaharias (319), H?Jen Wills

Moody (2ü),SCella Walsh (4).

O FENÔMENO JIM THORPE

Jnn Thorpe, que alem de ser considerado o maior jogador de football foitambém classificado o maior atleta masculino — o único a ter uma dupla vitoriano inquérito — já se tornou praticamente um mito, algo assim como o Super-Ho-uiem. Inciio de nascimento, ganharia facilmente o titulo de maior atleta de todosos tempt*>.

Como jogador de football (convém ter em mente que o football a que se refe-re a presente reportagem é o football norte-americano e não o soecer, ou seja, oícotball que se pratica no Brasil) . Jim fazia tudo maravilhosamente bem — cor-ria, passava, shootava, bloqueava e atacava.

O seu nome apareceu duas vezes entre os componentes da seleção nacional, or-gunizada anualmente pelos cronistas com os players que mais se destacam durantea temporadu

Jim Thorpe foi igualmente o maior atleta da sua época, ganhando o deca-thlon e o pentathlon nas olimpíadas de 1912. E como se isso não bastasse, era umãs do baseball, tendo jogado durante seis anos num dos grandes teams americanos.

SURGE BABE RUTH

Quiindo Jim Torpe se aproximava do fim de sua longa e brilhante carreiraesportiva, um jovem corpulento começava a despertar as atenções gerais. Chamava-se Babe Ruth.

A sua trajetória brilhante pelo baseball ainda não encontrou quem a supe-rasse. Os records que esse jogador extraordinário bateu continuam de pé. Para sefazer uma idéia do que foi a atividade esportiva de Babo Ruth, basta que se digaque ele atuou durante vinte e dois anos!*A exemplo de Lou Gehrig — outro jogador de extraordinárias qualidades eque foi também durante longos anos um dos ídolos do público, a quem maravilha-va com suas jogadas espetaculares — Babe Ruth teve a sua vida filmada em Hol-lywood cabendo a William B:indrx a incumbência de reviver na tela o consgrado cs-pertista. Babe Ruth já morreu e a sua memória ainda é reverenciada pela sua enor-me legião de fans.

O REI DO TENNIS

Mais ou menos por essa época, um sujeito chamado Bill Tilden causava sen-saçáo nas quadras de tennis do pais. As suas esplêndidas performances lhe vale-ram, com justiça, o título de "rei do tennis".

A grande votação que recebeu no inquérito (310 votos contra 32 do segundocolocado) expressa de maneira eloqüente o alto apreço era que era tido pelos cronis-tas esportivos ianques, apreço esse que derivou sem dúvida das grandes qualidadesde Tilden como tennista. , :

KConclue na pagina seguinte)

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x^í-Vv^vV.íiii';-^-^:-^:; . :-V:-.;. ' • ."•:V',..--,..'.-V. •.'¦-¦ "•.•'•.•;...•',:¦¦'' ... ¦ • :; »y...; ..-'•.;':'¦'¦.- w^-sfevJíí;:;:'1;-.-.... '}-h:>:-:

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O GLOBO SPORTIVODiretores: Roberto Marinho e Mario Rodrigues Fi-lho. Diretor Superintendente: Henrique Tavares.Gerente: Rubens de Oliveira. Secretário: RicardoSerran. Redação, administração e oficinas: RuaBethecourt da Silva, 21. 1.° andar, Rio de Janeiro.Preço do número avulso para todo o Brasil: Cr$0,80. Assinaturas: anual, Cr$ 40,00; semestral,

Cr$ 25,00.

vois campeões gue durante muitos anos euipolgaram o publico norte-americano comsuas jogadas espetaculares! Lou Gehrig e Babe Ruth. Uma prova do imenso presti-aio aue desfrutavam é o fato de ter a vida de ambos servido de argumento para douesplêndidos filmes. Ambos já morreram, mas seus nomes continuam vivos na memo-

ria dos fans

OS GRANDES CRACKS ESPANHÓIS QUE DISPUTARÃO¦\ "COPA DO MUNDO"

(Continuação da pág. dupla)

MARIANO GONZALVO. o terceiro dcuma dinastia dc cracks. nasceu em Molletdei VaJlés, no dia 2 dc julho de 192J. Car-reira igual à do "mano II". Só qne doBarcelona passou ao Saragoza, onde real-mente ae revelou. Tem jogado de médio,de meia e de centro-avante, e completouo seu sétimo encontro internacional —contra Irlanda (31, Portugal (2) c Itáliae França (1). Seu jogo alegre e a nm tem-po efetivo, e sua excelente forma física,destacam-no como uma das figuras má-cimas do football contemporâneo.

PUCHADES — Nasceu em Sueca (Va-lencia), em 1925. Impressionou no iniciocomo centro-medio, passando ao Mcstalla,e ao término de um mês de atuação nessa

Em janeiro de 1949 foi convocado paraequipe, ao Valência.jogar em Portugal. Depois, continuou for-to mais afetivo na defesa do que no ata-que. Seus dois últimos triunfes foram ob-tidos contra a seleção da Irlanda e Fran-mando a linha de halves. Possui uma boaconcepção do jogo atacante, porem, é mui-ca, em Dublin e Paris.

ESTANISLAO BASORA — Nasceu cmColina VaJlés, (Barcelona), no dia 18 dcnovembro de 1926. Aos treze anos desta-con-se no "onze" de Colina, por sua ra-pidex e domínio da pelota Aos desesseií,anos passou ao Manresa, e aos dezenoveIngressou no Barcelona Três vezes inter-nacional. Mas poderia ser mais não forao assassinato de sen pai, verificado exata-

mente à véspera do encontro eom a Itália.(Continua na pAg. 12)

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Página 12 Sexta-feira, 14 de abril de 1950 O GLOBO SPORTIVO

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OS GRANDES CRACKS ESPANHÓIS QUE DISPUTARÃO

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Gafnza

AGUSTIN GAINZA BIGARDI — E'denominado na intimidade de "Pirú", na-Ruralmente sem que esse apelido tenha

A "COPA DO MUNDO'(Continuação ria pág. 11)

qualquer relação com os nossos pir^IJainza nasceu na cidade de Dos Can nos

(Viscava), no dia 28 dc julho de 1922.Sa u do Basconia, de sua terra natal, parao Atlético de Bübau (1940), e desde en-tão sua fama correu rapidamente por todaa Península. Substituto do famoso Go-rostiza, jamais fez cora que o púhjco sen-tisse falta do grande "Bala Vermelha .F/ doze vezes internacional.

INGNACIO EIZAGUIRRE - Guarda-vala — Nasceu em San Scbastian, no dia7 de novembro de 1920. Atuou Pela ItealSociedade até que, pequena• íncXandí-iedade, declarou-o em rebeldia, fixando-selEe então no Valencia. Era 1945 foi con-vocado pela primeira vez para jogar con-tra Portugal, em Lisboa, e desde essa datadefende a meta espanhola. E' dez vezesinternacional. E sua característica maisdestacada é a colocação. Seguro nos blo-queios, tem merecido elogios de muitoscríticos estrangeiros. E' dos indiscutíveisda seleção, conquanto em fase insegura.

VICENTE ASENS1 — Nasceu a . dedezembro de 1919, na cidade de Valencia.Mas só se fez notar nos conjuntos de ca-í cr«ria regional, dos quais passou ao Va-lencia, qeu defendeu durante muito tem-po em diferentes postos. Sua boa tem-pera de atleta, sua valentia e perfeito cu-nhecimento da marcação, impuzeram suaconvocação para o scratch. Entretanto,não é dos mais antigos no team; bastadizer qeu só enfrentou a Irlanda, a Fran-ca e agora (por duas vezes seguidas) Por-tugal. Está convertido eni uma das peçasbásicas do team pela função que desem-penha na retaguarda.

LUÍS MOLWNY — Nasceu nas Cana-rias, em 192G. Começou a praticar o £pòt-bali nas Ilhas e dali passou ao Real deMadri. Seu jogo hábil, seu dribbling pre-ciso e espetacular, e a perfeita concepçãoda jogada, fizearam dele o favorito do pú-blico. E' o Manolcte das canchas espa-nholas Quer dizer, do football espanhol.

(Conclue na página 13)

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telógípt

wa Também o organismo humano, aparelho deli-

cadíssimo, não pode funcionar bem. se as suasviria* peças esUvtrcm sujas e cheias dc resíduos.

Uma das mais importantes dessas peças são

os rins, a cujas funç<3es se acham ligados outrosórgãos da máquina humana.

A limpeza c desinfecção periódica dos rins,

feitas com os comprimidos dc HELMITOLde Bayer, garante o seu perfeito funcionamento

c resulta na saúde atual e numaVelhice sadia e livre de achaques,

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SEOSRinSVAOBEP.ASAÚDEÉBOAo -HELMITOL

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(Conclusão da páginaanerior)

Bill Tilden levantou setevezes o campeonato nacio-nal dos "singles "e ven-ceu 27 matches da TaçaDavisü

No mundo dos tacos, omaioral era um rapaz re-chonchudo de nome BobbyJones. Bobby ingressou nomundo do golf de maneiraestrepitosa, com a idadede oito anos. e abando-nou-o, vinte anos maistarde, de maneira mais cs-trepitosa ainda.

Com vinte e oito anos,ele conseguiu o Impossível:levantou o Torneio AbertoInglês, o CampeonatoAmador inglês, o TorneioAberto americano e oCampeonato Amador ame-ricano, tudo em um ano_ façanha essa que pro-vavevelmente jamais se re-petirá.

O RET DAS PISCINAS

O rei das piscinas desta"época vie ouro" dos es-

portes foi um rapaz alto emusculoso, conhecido comoJohnny Weismuller — sim.o mesmo camarada quebatia as mãos no peito edepois urrava como ummacaco nos filmes de Tar-zan.

Bateu records às dúziase, quanto nenhum delesainda exista hoje. foiJohnny Weismuller quempopularizou a velocidadeem natação, abrindo caim-nho para os ases que hojeem dia cortam as águasdas piscinas vertiginosa-mente. Os famosos peixesvoadores, que ora nos vi-si tam, são bem mu exem-pio. Aliás, Puruhashí, omais famoso dos peixesvoadores, foi colocado em •segundo lugar nesse inquérito, fato bastante expressivo levando-se em conta que ^recentemente o seu nome ficou em evidencia no cenário esportivo. E' bem possiyetque, numa cltus'sficação futura, ele venha senão a superar pelo menos a se colocar enigualdade de condições com Weismuller.

Sobre Jack Dempsey e Jesse Owens nada mais precisamos acrescentar sobre o q"*foi dito no artigo anterior. Joe Louis, que muitos consideram o maior pugilista oe

todas os tempos, aparece em segundo lugar. Em artigo publicado nesta revista, Geu*

Tunney tratou exaustivamente desta questão, concluindo por dizer que o título c

maior peso pesado fie todos os tempos oscila entre Jack Dempsey e Joe Louis. O*

que não acharem que é Jack Dempsey .terão infalivelmente de optar por Joe Louis.

E vice-versa. Trata-se de uma opinião analisada, já que Tunney foi campeão mundial

e, Inclusive, derrotou Dempsey duas vezes.Quanto ao jcçador número um de basketball, George Mikan, é suficiente dizer

que a sua media de pontos por jogo é de 30. E' preciso dizer mais alguma ooisa.

A MAIOR ATLETA FEMININA

No tocante a... naipe feminino, Babe Dfcirikson Zaharias está sozinha. Consideradaagora a maior golfista do mundo. Babe tornou-se famosa jogando basketball e disp •

tando provas de atletismo. No campeonato nacional de 1932, Babe, que então tm

19 anos, tirou sete primeiros lugares, empatou uma vez e chegou em segundooutra! Depois partiu para as Olimpíadas, levantando três provas.

Mas não pensem voetâs que Babe pratica apenas o gou\ o basket e o atletism •

Não! E' lambem eximia jogadora de baseball, tennis, bilhares, bovrling e nada co>'

um peixe! E' o caso de se perguntar: será que ela sabe também jogar bola de güDeve saber...

E al têm vocês, em rápidos traços, alguma coisa sobre essa gente da época dedos esportes. Vamos ver, quando se fizer idêntico inquérito no ano 2001, quaisos campeões do século. Os atuais detentores dos titulos os conservarão? Serão <*"

bancados por outros mais categorizados?A propósito, por que não se faz no Brasil um inquérito desa natureza? P°r

não se consulta cs principais cronistas esportivos do pais. pedmdo a cada um Ia'

aponte o atleta que mais se destacou, em sua modalidade, nesses últimos 50 a»

Tudo indica oue o resultado de tal torneio seria aguardado com vivo interesse P^público. Porque não o realizam entre nós? Aí ftea a sugestão.

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A tncomparavel Babe nldrirkson, a maior golflsUdo mundo, e que pratica, com igual pericia. basket.niitação, tennis, baseball, «atletismo, bowring... e

ainda joga bilhar!!

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Eis aí os famosos "peixes voadores", numa pose feita após a quebra do "reeord" mundial de 4 x 200 em M uri lia.

Quem ignora, hoje em dia, em qualquer centro es-lortivo do Brasil o nome de Furuhashi. Os que nãoi viram pessoalmente, com certeza formarão do na-lador a imagem, que nós fazemos, a priori, de todo

Jjaponês, rosto quadrado, maçãs salientes e os inevi-Ilaveis olhos oblíquos... O famoso "peixe voador" tem,^hoje, entre nós, a popularidade de um "ás" do foot-ibal e dizendo isto dizemos tudo. Pois bem, será fa-Jcil calcular o interesse suscitado pelas exibições doUélebre nadador e seus companheiros de equipe nes-[tá capitaH Depois do sucesso das apresentações doPacaembu. Ribeirão Preto, Marilia e Araçatuba (as

[arrecadações de bilheteria ultrapassaram mais de uni|milhão de cruzeiros) o ambiente estaav formado pa-Ira as demonstrações na piscina do Guanabara e no[dia seguinte em Caio Martins.

SATURAÇÃO

Acontece, porem, que os japoneses já se mostra-jvam cansados de tantas -exibições. Forçados a umtreinamento intensivo desde que chegaram ao Bra-sil. para poderem recuperar a antiga forma, "toma-ram um banho" — desculpem a força de expressão

de piscina. Atingiram a plenitude de suas condi-?ões técnicas em Marilia, quando assinalaram oois'records" mundiais: o revezamento 4x200 e os 400

Rmetros livres, nado livre. Quando os nadadores che-Tgara mao Rio, tinham virado fio... como se diz na|giria. Ou pelo menos deixaram essa impressão, pois

anunciada luta contra os cronômetros deixou deíxistir e os tempos registados foram abaixo de me-liocres, para nadadores tão categorizados. Basta di-ser que Furuhashi. detentor do "reeord" mundial dos100 metros, nado livre com o tempo homologado del'33"3 e tendo já marcado 4'32"6 em Marilia, comple-tou aquele percurso no discreto tempo de 4'53". Ha-naguchi. por seu turno, conseguiu apenas 2'12" para)s 200 metros, tempo muito aquém das performancesmndiais.

A ESCOLA JAPONESAMas se o público que pagara cadeiras a 130 cru-

íiros e arquibancadas a 30 cruzeiros deixou a pis-íina decepcionado, o mesmo nâo aconteceu com oslossos técnicos e com os nossos nadadores. Estes se

|àeham felicíssimos com a iniciativa da Diretoria Ge-ras de Esportes do Estado de São Paulo e esperam

pue a visita da delegação nipònica deixe traços in-

deleveis na historia do desenvolvimento da nataçãobrasileira. Realmente, muito podemos aprender coma escola japonesa. Foi Saito, quem deu o impulsoinicial que colocou a natação brasileira em plano tãodestacado no cenário aquático continental. E hojeos "peixes voadores" poderão dar uma nova contri-buição de valor nestimavel, tanto que se fala já napossibilidade da permanência defnitiva em nosso paísdo técnico Yusa, que, com ose sabe, veio na direçãotécnica e é ex-campeão olímpico de Berlim.

As atuações dos nadadores japoneses servirampara confirmar a impressão deixada nas exibiçõesde São Paulo, isto é, a escola japonesa é a mesmade Los Angeles e Berlim: crawl a seis tempos. Quemestá fora da escola cdássica é Furuahshi, que adotaum estilo todo seu, único no mundo, sobretudo seconsiderarmos os resultados alcançados. A cada bra-cada, Furuhashi dá duas batidas com a perna esquer-da e uma com a direita. Toda a sua ação se desen-volve no poder dos braços.

OS CINCO "PEIXES VOADORES"

Se o clichê que ilustra estas linhas não esclarecemelhor sobre o físico dos nadadores visitantes, aivão alguns dados mais elucidativos:

Hironoshin Furuhashi — 22 anos, lm75 de alturae 80 quilos de peso. Recordman do mundo dos 400,SOO. 1.000 e 1.500 metros e integrante da turma de4x200 também recordista mundial.

Shiro Hashizume — 22 anos, lm73 de altura. Porespaço de minutos chegou a ser recordista mundialde 1.000 e 1.500 metros. Seu principal mérito cons-titue a circunstancia de secundar sempre a poucadistancia de Furuhashi. Se não fosse seu companhei-ro de equipe, seria único no mundo.

Yoshiro Hamaguchi — lm81 de altura e 83 qui-los de peso. E' o velocista da equipe. Seus melhorestempos oscilam nos 58" e integrou a turma de 4x200que bateu o "reeord" mundial em Los Angeles.

Suichi Murayama — 27 anos, lm76 de altura e67 quilos de peso. Foi capitão da equipe que triunfouem Los Angeles e integrou a turma de 4x200, re-cordista mundial.

Masanori Yusa — Foi vice-campeão nos JogosOlímpicos de Berlim na prova de 100 metros, nadolivre»com o tempo de 57"9 e integrou a turma cam-peã do relay 4x200. Esteve no Brasil há dez anos. jun-lamente com o peitísta Hamuro.

OS GRANDES CRACKS ESPANHÓISQUE DISPUTARÃO A "COPA

DO MUNDO"(Conclusão da página 12)

^i'i vmmum n, mm iiiiuiiwwbiiiwüiiii.iwiiiwiwii «i.

ÍELMO ZAKUâONAlN_>tA (_arra) —Nasceu em Munguia (Viscaya), a 20 dcjaneiro dc 1921. Em 1940 alistou-se netoAtlético de Bübáu. E' um dos veteranosda seleção, havendo participado dc noveencontros internacionais. Os espanhóisconsideram-no, depois dc Lángara, o maior"centcr-forward" do país.

PAN1ZA — Nasceu em Scstão, a 12 defevereiro de 1922. Aos IR anos entrou para«o Atlético de Bilbáu. Quatro veaes inter-nacional. E sua principal característica__á no domínio dos médios adversários.

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QUEREM A SAÍDA DO PRESIDENTE — NVson Gou-veia, Pedro Quintão e Norberío Machado csião trabalhai»-io pela saída do atual presidente. Por sua iniciativa, talyer.o Dr. Francisco Ferreira Alves Júnior venha a ser o diri-gente máximo do América. Faia-sc que os associados vão

! pedir ao atual comandante oue deixe a direção do grêmioalvi-verde. para que o companheiro de Alair Couto assumaas rédeas.

I.

A RESPONSABILIDADE DO CONSELHOresponsabilidade cabe ao Conselho Deliberativoque, caso o Sr. Henrique Diniz renuncie, o orde reconduzir o "deca" à posição de relevo qneiro e nacional. No clichê, assentados;, o Dr.Dr. Lucas Machado, presidente do Conselho d

Como não poderia deixar de suceder, muitado América, no momento atual. E' necessária

Aão supremo do clube escolha um nome caparue sempre ecunou no cenário desportivo mi-

Sandoval de" Castro, vice-presidente, e oo America, durante uma reunião.

-ií.

O América sempre foi, no desporto mi-neiro, um clube de "revoluções". Guerrasinternas ou externas que ficam na historia,via de regra. Esta tem sido, através dostempos, uma das características do velho"deca". Contudo, todas as crises que asso-tam o América têm sentido de utilidades,são construtivas, na sua maioria. Agora,

Sorém, há um grupo, composto por meia

uzia de elementos de influencia, emboramuito relativa, que promove todas as agi?•kções, que luta abertamente ou faz com¦*¦*« outros lutem, entre si.

E encontram clima para agir de tal«Modo, tão contrário aos interesses da asso-•iação? Ciaro que sim. Porque se aprovei-iam da situação de extrema angustia fi-Sftanceira em que se debate o América. São•alarios assustadoramente atrasados, sãoluvas há muito vencidas, são funcionários

que há meses não vêem niqucl. Sem se fa-liar em compromissos bancários com prazoexpirado, que montam a dezenas e mais de-renas de milhares de cruzeiros. Assim, nãotem forças o América para reagir E o grupode maus americanos vai realizando seu tra-balho corrosivo, incentivando c financiandogreves de jogadores, criando os maioresembaraços ao dirigente. Motivo? Ora, o

presidente não pertence á corrente do"grupinho" e o "grupinho" está zangado

por tão serio desprestigio.

O PRESIDENTE DINI2

Das mãos de Osvaldo Nobre, o Américapassou à submissão de uma Junta Governa-tiva, exatamente porque faltou quem ti-resse coragem de enfrentar a situação caó-tica E meses transcorreram sem que umcandidato real carecesse, embora os nomesrentilados. Até que, um belo dia, no princi-pio do ano, por iniciativa do Sr. OctacilioNegrão de Lima. patrono do clube, o vele-tano americano Henrique Diniz Gomes foi(folocado à testa da agremiação alvi-verde.

Sua tarefa, num clube como o América,

na situação do América, tinha que ser dasmais duras. E das mais ingratas. Não fa-lharam os prognósticos pessimistas. Os fa-tos aí estão. O velho americano anda ás vol-tas com problemas praticamente insoluveis,procurando contornar situações que pedemsolução imediata, mas, no momento atualinviável. Ao lado disso, problemas que tal

vez pudessem ser evitados vêm se a juntaraos já existentes, acabando por complicaitudo, cada vez mais. Num curto período, jáhouve o rumoroso caso da briga entre o trei-nador Yustrich c o conselheiro Saint-Claii*Valadares, dentro do estádio. A seguir,movimento de greve de alguns dos jogado-res, por falta de pagamento, tendo até trêsdeles recorrido à Justiça do Trabalho. Finalmente, novo caso, entre o presidente e «.técnico Yustrich, como conseqüência de umadiscussão travada em torno da alimentaçãofornecida aos jogadores profissionais. Da»partiu também o motivo para a saida do SrRui Gervásio Avelar, que vinha exercendoo posto de supervisor do Departamento deFootball. magoado com uma entrevista doSr. Diniz Gomes, a respeito da excursão daequipe de profissionais ao Interior.

Em suma, pintado sem exagero, eis o

quadro que estampa a situação atual doAmérica. Manchado pela sombra das crises

que se sucedem, borrado peto negror de um

passivo alarmante!

FRANCISQUINHO. UM RAIO DE LUZ

Há hoje um movimento de associados.à cuja frente estão Pedro Quintão, NelsonGouveia e Norberto Machado, buscando asaida do Sr. Henrique Diniz Gomes, consi-derado por eles como um homem incem-

pleto para o posto A impressão reinanteem Belo Horizonte, porém, é. que o Sr. Diniznão quererá mesmo permanecer na presi-dencia do América, cujo comando -sta *—J

gíndo sacrificias quase impossíveis

UM DIA INESQUECÍVEL — Foi em l 8de novembro de 48 oüc oAmérica levantou «j campeonato, bate ndo o Atlético por 3x1. num matchque uão terminou, sob a direção de Barriek. Invasões de campo, te aba-mentos, interrupções, desastres «oals discutidos. Houve de tudo. Mas otítulo máximo voltou, depois de 2.1 a nos de ausência. Os americanos es-tão ansloses nor fn-rer com que o clu be volte :"\ situa<,*o de prestigio quegozava há dois anos.

Eis a razão porque uma entrevista do Dr. Francisco Ferreira Alves Ju-nior, dizendo-se pronto para. dentro de certas condições, aceitar a pre»dencia do América, caso chamado para tal, como se anuncia; surge verdade*'ramente como um raio de luz dentro da noite escura que vive o clube ai*» -

verde. Conta ele com a cooperação do Sr. Rui Gervásio Avelar, um a,nrcr'*cano de raça, e do Dr. Alair Gonçalves Couto, o maior de todos os dirige* -

tes que já passaram pelo desporto montanhês. Os três, reunidos, pareceser, no momento, os únicos elementos capazes para dar ao América dia*<maior progresso e tranqüilidade, livrando-o das crises que se sucedem e «05fracassos qeu $e acumulam, ameaçando levar o "deca" ao extermínio. Dinc .sem dúvida. Mas não impossível.

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O GlOBO SPORTIVO Sexfa-feira, 14 de abril de 1950 Pagina IS

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EM GLASGLOW, ANTE 150.000 DESPORTISTAS

1 Escócia Bevc Vencer 1 Inglaterra 0u( Empatar) Para Tir lo Rio

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O jogo Escócia x Inglaterra é tão velho quanto o football.F' o vov ôdos jogos internacionais, o decano indiscutível, comseus quase cem anos de idade, exatamente 88, o que começa aser respeitável. Conheceu desde 1872, ano da sua criação em Glas-gow, quando o football britânico ainda engatinhava, 68 ediçõesoficiais (mais 16 durante a segunda guerra mundial, seja um to-tal de 84 matches), cujo balanço é cuidadosamente guardado pe-las duas mais antigas Federações do mais popular dos desportos,a de Londres e a de Glasgow

Houve muitos grandes jogos, memoráveis, inesquecíveis, entreestes 84, mis parece que poucas vezes, e talvez nunca, um emba-te Escócia x Inglaterra suscitou de antemão um interesse com-paarvel com o do jogo de amanhã, sábado, 15 de abril de 1950,o "jogo do meio-século" como o chamam os britânicos.

¥.' que, alem de contar para o clássico "Campenato Inter-nacional Britânico" tantas vezes vencido pela Inglaterra ou pelaEscovia desde sua fundação em 1883, este jogo constitui tambémuma eliminatória da Taça Jules Rimet (Copa do Mundo), naqual participam os Selecionados de Londres e de Glasgow pelaprimeira vez na historia do fotball.

Oe ALBERT LAÜRENCE,

ESCÓCIA: — Cowan (Morton); Young e Cox (ambos Glas-gow Rangers); Evan (Celtic), Woodburn (Rangèrs) e Aitken(East Fife); Waddell (Rangers), Mason (Third Lanark), Hou-listou (Queen of the Souht), Steel (Derby). e Reilly (Hibernian).

INGLATERRA — Swift (Manchester City); Aston (Manches-t<y: United) e Howe (Derby); Wright (Wolverhampton), Fran-klin (Hoke) e Cockburn (Manchester Un.); Matthews (Black-pool), Moternsen (Blackpool), Milburn (Newcastle), Pearson(Manchester Un.) e Finney (Preston North End).

JOGO ÜN1COEm 1947 e em 1948, a Inglaterra venceu o Campeonato Brita-

nico Internacional e em 1949, como já dissemos acima, foi a Es-cocia, o campeão.

jogo de amanhã decidirá do título de 1950, pois a classi-ficação atual é a seguinte:

— Inglaterra e Escócia, ambas com 4 pontos ganhos em2 jogos; 3 — País de Gales e Irlanda do Norte, ambos com 1ponto ganho em 3 jogos.

Haverá um jogo único, de 90 minutos, sem prorrogação ne-nhuma, pois o Campeonato Britânico disputa-se do modo seguin-

O vencedor será o campeão britânico da "season" 1949-1950 te: "poule" de quatro selecionados nacionais, por pontos ganhos,e tornana-se-á também com certeza "cabeça de chave" de um sem "returno". E a Comissão de Organização da Taça Jules Ri-' dos quatro grupos de quatro nações que disputarão o Torneio fi- met decidiu adotar estritamente os resultados deste campeonatonal do campeonato mundial. britânico da temporada 1949-1950 para designar dois paises clUs-

Já explicamos nestas colunas que a Escócia, detentora atual sifiçados para o Torneio final do Rio entre os quatro britânicos,do título britânico (graças a sua vitoria sobre a Inglatera no Repetimos que o vencedor de amanhã será campeão britânico.

\ estádio de Wembley em Londres, por 3 a 1, no último jogo do No caso de um empate, serão campeões empatados, sem possibi-Campeonato de 1948-1949, há u mano, a 9 de abril exatamente) lidade de novo jogo, mas a tradição é tal que o título ficará en-decidiu ir ao Brasil em junho próximo só como campeão brita- tre as mãos da Escócia, (já detentora) assim como c tambémnico, isto e, só se vencer amanhã a Inglaterra, ou se empatar, a tradição no box, por exemplo, no caso de um empate numapois este empate bastaria para ela conservar seu título, segundo luta contando para um campeonato mundial.a tradição. Por todos os motivos já evocados, a lufca promete ser renhi-

Os ingelese virão ao Rio sejo qual for o resultado, mas seria da entre os selecionados cujos emblemas nacionais e esportivosconhecer muito mal a feroz rivalidade esportiva que separa os são a rosa e o cardo.dois vizinhos imaginar que o scratch de Londres não vai dar omáximo dele mesmo para vencer mais uma vez seu antigo rival.

O PASSADO. ..Já dissemos que o primeiro jogo <l\ longa serie foi em 1872,

cm Glasgow. E acabou com um empate de 0 a 0.A primeira vitoria foi para a Inglaterra, "at horae". enu 1873,

pela contagem dc 4 a 2. mas desde o ano seguinte, em 1874, a que foram escalados em 1949.

A Escócia, jogando "em casa", deve ser o favorito do "pa-pel", como dizem os turfistas, mas não sei porque o ambientedos prognósticos, se pudermos assim dizer, parece mais favora-vel â Inglaterra, que faz questão de tirar a desforra da derrotacm Wembley de há um ano.

Aliás os dois selecionados não devem ser tão diferentes dos

Escócia conheceu seu primeiro triunfo, por 2 a 1.E desde então, o balanço de 6 Sjogos oficiais é o seguinte:Vitorias da Escócia: 30.Empates: 17.Vitorias da Inglaterra: 21.

Segundo as últimas informações, os dois "onze" seriam:ESCÓCIA — Cowan (Morton); Young e Cox (ambos GVisgow

Rangers); Evan (Celtic). Woodburn (Rangers) e Aitken (EastFife); Waddell (Fangers), Mason (Third Lanark), Bauld (Heartof Midlothian) ou Houliston (Queen of the South), Steel (Der-

A Escócia que conta então com o maior número devitorias by) e Reilly (Ribernian) ou Liddell (Liverpool)possui também o "record" da contagem mais alta com o 7 a INGLATERRA — Williams (Wolverhampton); Ramsey (Tot-de 1878 em Glasgow, enquanto a Inglaterra não foi alem de um tenham) ou Scott (Arsenal) e Aston (Manchester Un.); Watson5 a 0 conseguido em 1888, em Glasgow também, o que dobra (Sunderland) ou Wright (Wolverhampton), Franklin (Stoke) emérito. Isso tudo só falando em jogos oficiais, pois houve uns es- Wright ou Dickinson (Portsmonth); Finney (Preston), Mannioncores estrondosos durante a última guera mundiaK tais como um (Middlesbrough), Mortensen (Blackpool) ou Milburn (Newcastle),

6 (ML

8 a 0 em Manchester em 1944 e um 6 a 1 em Glasgow em abrilde 1945, ambos a favor da Inglaterra.

O MELHOR JOGO DE FOOTBALLEntre as nossas lembranças pessoais que não vüo alem de

há 30 anos, conservamos a do memorável jogo de abril de 1920,ao sair da primeira guerra mundial.

Foi em Shefficld, neste ano, que a Inglaterar venceu a Es-cociã pela contagem inusual de 5 a 4, no fim de um match quemuitos peritos britânicos consideram sempre como "the finestfootball match ever seen", o melhor jogo de football que nuncase viu. Os astros ingleses eram o capitão e zagueiro Pennington,c centro-medio Mac Cali, o médio de ala Grimsdell, os meiasKelly e Morris, o centro-vante Cock, e os maiores entre os esco-coses chamavam-se Mac Nair, Blair, Low, Donaldson, Miller,Wilson, Paterson. Campbell...

Há também esta etraordinaria vitoria da Escócia em abrildé 1928, em Londres, em Wembley, pela contagem esmagadora de5 a 1, quando vimos o mais inteligente, o mais perfeito, o maiorataque que nunca vimos, com os cinco famosos Jackson, Dun,Gallagher (um fenômeno), Alec James (outro fenômeno) e Mor-ton, magníficos demonstradores do mais puro "estilo escocês".Passes curtos a rasteiro, dribbles e fintas de mestres, combina-ções matemáticas, elegância e ef icieicia...

O APÓS-GUERRAOs três jogos do após-guerra forneceram os resultados se-

guintes:1947 (12 de abril), em Londres — Inglaterra: 1, Escócia: 1

(empate).1948 (10 de abril), em Glasgow: Inglaterra: 2, Escócia: 0.O Selecionado inglês que empatou em 1947 em Londres era

o seguinte:Swift; Scott e Hardwick; Wright, Franklin e Low; Mat-

33013

GANHOU UMA FORTU-NA NO FOOTBALL

Num concurso de palpites defootball, na Itália, um opera-**°j jogando cerca de um cru-zeiro e sessenta centavos, ga-nhou 2.460.000 cruzeiros, o

Bailey (Tottenham) e Froggatt (Portsmouth).Ee Finney e Froggatt, os ponteiros, não puderem jogar, pois

estavam contundidos, Hancocks (Wolverhampton), Langton (Boi-ton) e Mullen (Wolverhampton) serão de sobre-aviso.

O juiz será um francês, M. Delasalle, salvo modificação.VENCERA' A ESCÓCIA?...

Já tivemos ensejo de dizer, nas colunas do "Globo Sportivo",nossa grande e sincera admiração pelo football escocês. O scra-tch dos "Highlands" que foram o berço do verdadeiro grandefootball britânico, é invicto desde dois anos praticamente, is-to é, desde maio de 1948 quando perdeu para a França (numdia inspirado) em aris, pela contagem de 3 a O.

Desde então, a Escócia venceu o.s paises seguintes:País dc Gales (3x1, Cardiff, 23 de outubro de 1948).Irlanda do Norte (3x2, Glasgow, 10 de novembro de 1948) ..Inglaterra (3x1, Londres, 9 de abril de 1949).França (2x0. Glasgow. 27 de abril dc 1949).Estados Unidos (4x0, Nova York, 19 de junho dc 1949).Eire (1x0, Dublin, 7 de setembro de 1949).Irlanda do Norte (8x8, Belfast, 1 de outubro de 1949).Pais de Gales (2x0, Glasgow, 9 de novembro de 1949).Oito vitorias consecutivas, as seis últimas no só ano dc 1949,

durante o qual o scratch da Escócia foi g único a ficar invictoentre os grandes paises do mundo inteiro em atividade footballís-tica seguida.

Por seu lado a Inglaterra, que sofreu, depois da amargura-da rerrota pela Escócia, novas derrotas pela Suécia em Estocol-mo (3 a 1, a 13 de maio de 1949) e pelo modesto Eire em Livcr-pool (2 a 0, a 21 de setembro de 1949) — conseguiu recentementetrês vitorias seguidas sobre os selecionados seguintes:

País dc Gales (4x1, Cardiff. 15 de outubro de 1949).Irlanda do Norte (9x2, Manchester, 16 de novembro de 1949).Itália (2x0, Londres, 30 de novembro de 1949).Podemos juntar as duas últimas vitorias do Selecionado Bthews, Carter, Lawton, Mannion e Mullen.

No scratch escocês, figuravam os zagueiros Young e Shaw,dos Rangers de Glasgow, os médios de ala Macaulay e Forbes, que da Inglaterra sobre a Suiça (5x0, Sheffield, 18 dc janeiro devimos no Brasil com o Arsenal de Léndres, o center-forward De- 1950) e sobre a Holanda (1x0. Newcastle, 2 de fevereiro de 1950).laney do Manchester United, o meia esquerda Billy Steel então _* »e fato, ha mais de quatro meses que os dois selecionadosdo pequeno clube escocês, o Morton Rovers, e o ponteiro esquer- não jogaram: quatro meses de inverno durante os quais o can-do Liddell do Liverpool. sa^° e as contusões dos rudes jogos de campeonatos profissio-

Em 1948 quando a Inglaterra venceu de modo brilhante por nais de clubes modificaram sensivelmente os dados do problema2 a 0 em Glasgow, as formações eram as seguintes: Q«* se oferece a quem deseja emitir um prognóstico.

INGLATERRA — Swift; Scott e «ardwick: Wright, Franklin Acho. contudo, que a Escócia, jogando "at home", antee Cockburn; Matthews, Mortensen, Lawton, Pearson e Finney 150.000 torcedores (estou exagerando, pois varias dezenas dc mi-

ESCÓCIA — Black; Gowan e Shaw; CampbeU, Young e Ma- lhares de "supporters" ingleses estarão presentes em Hampdencalay: Delaney, Combe, Thornton, Steel e Liddell. ark), dece vencer. Ou, pelo menos, não deve perder.

O arqueiro escocês Black é o que vimos no Brasil jogando E seria aliás a solução mais feliz para os organizadores dacom o Southampton. Taça Jules Rimet, já que asseguraria a presença no Rio em ju-

E, no ano passado, quando a Escócia derrotou surpreendeu- nho próximo dos representantes das duas nações irmãs que po-maior prêmio já conceflWo j temente a Inglatera no estádio dc Wembley da capital brita- dem. com igua&adc de direitos, afirmar-se a pátria do nobrenesse concurse nica, as equipes eram as seguintes: "^ogo de football.

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