7/26/2019 Vocabulario Ortografico Da Lingua Portuguesa 1943
1/9
TRUE PflRfl A ORGAniZPfiO DO VOCABULRIO
ORTOGRFICO DA LlilGUA PORTUGU A
Aprovadas unanimemente pela Academia Brasileira de Letras, na sesso de 12 de agosto de 1943.
O Vocabulrio Ortogrfico da Lngua Portugusa
ter por ba-
se o
Vocabulrio Ortogrfico da Lngua Portugusa
da Acade-
mia das Cincias de Lisboa, edio de 1940, consoante a suges-
to do Sr. Minis tro da Educao e Sade, aprovada unnime-
mente pela Academia Brasileira de Letras, em 29 de janeiro de
1942. Para a sua organizao se obedecer rigorosamente aos
itens seguintes:
1.) Incluso dos brasileirismos consagrados pelo uso.
2.) Incluso de estrangeirismos e neologismos de uso corrente
no B rasil e necessrios lngua literria.
3.) Substituio de certas formas usadas em Portugal pelas
correspondentes formas usadas no Bras i l, consoante a pronncia
e a morfologia consag radas .
4.) Fixao da grafia de vocbulos cuja etimologia inda no
est perfeitamente demonstrada, consignando-se em primeiro lu-
gar a de uso mais generalizado .
5.) Fixao das grafias de vocbulos sincrticos e dos que
tm uma ou mais variantes, tendo-se em vista o timo e a histria
da lngua, e registro de tais vocbulos um a par do outro, de
maneira que figure em primeira plana, como prefervel, o de uso
mais generalizado.
6.) Evitar duplicidade grfica ou prosdica de qualquer natu-
reza, dando-se a cada vocbulo uma nica forma, salvo se nle
h consoante que facultativamente se profira, ou se h mais de
uma pronncia legitimada pelo uso ou pela etimologia, casos em
que se registraro as duas formas, uma em seguida outra,
colocando-se em primeiro lugar a de uso mais generalizado.
7.) Registro de um significado ou da definio de todos os
vocbulos homfonos no homgrafos , bem como dos
hom grafos heterofnicos , mas no dos homgrafos perfe i tos ,
fazendo-se remisso de um para o utro.
8.) Registro, entre parn teses, da vogal ou slaba tnica de to-
do e qualquer vocbulo cuja pronnciaduvidosa , ou cuja grafia
no mostra c laramente a sua ortopia ; no sendo, porm, indi-
cada a slaba tnica dos infinitos dos verbos, salvo se forem
hom grafos h eterofnicos .
9.) Registro, entre parnteses, do timbre da vogal tnica de
palavras sem acento diacrtico, bem como da vogal da slaba
pretnica ou postnica, sempre que se faa mister, em especial
quando h metafonia , tanto no plura l dos nomes e adje t ivos
quanto em formas verbais . No ser indicado, porm, o t imbre
aberto das vogais eeo nem o t imbre fechado das do s vocbulos
compostos ligados por hfen.
10.) Fixao dos femininos e plurais irregulares, que serc
inscritos em seguida ao masculino singular.
11.) Registro de formas irregulares dos verbos mais usados
em ea re iar,especialmente das do presente do indicativo, no todo
ou em parte.
12.) Todos os vocbulos devem ser escritos e acentuados
grficamente de acordo com a ortopia usual brasileira e sempre
seguidos da indicao da categoria gramatical a que pertencem.
Para acentuar graficamente as palavras de origem grega, ou
indicar-lhes a prosdia entre parnteses, cumpre atender ao uso
brasileiro: registra-se a pronncia consagrada, embora esteja em
desacordo com a primordial; mas, se elade uso apenas em certa
arte ou cincia, e ainda esteja em tempo de se corrigir, convm
seja corrigida inscrevendo-se a forma etimolgica em seguida
usual.
O
Vocabulrio
conter :
a) o formulrio ortogrfico, que so estas instrues;
b)
o vocabulrio com um;
c) registro de abreviaturas.
O
Vocabulrio Onomstico
ser publicado separadamente ,
depois de aprovado por decreto especial.
I A L F A B E T O
1. O alfabeto portugus consta fundamentalmente de vinte e
trs letras:
a, b, c, d, e,f, g, h, i,j, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, x,
z.
2. Alm dessas letras, h trs que s se podem usar em casos
especiais:k, w,y.
7/26/2019 Vocabulario Ortografico Da Lingua Portuguesa 1943
2/9
I I K , W , Y
3. O k 6 substitudo por qu antes dee, i,e por c antes de outra
qualquer le tra : breque, caqui, caulim, faquir, nquel, etc.
4. Emprega-se em abreviaturas e smbolos, bem como em
palavras es trangeiras de uso internacional :
K.
= potss io;
Kr. =
criptnio;
kg
qu i logram a ;
km =
qui lmetro;
kw =
qui lowatt ;
kwh=
quilow att-hora , etc.
5. Os derivados portugueses de nomes prprios estrangeiros
devem escrever-se de acordo com as formas primitivas: frankli-
niano, kantismo, kepleriano, perkinismo, etc.
6. O w substitui-se, em palavras portugusas ou aportugue-
sadas , por u oU v, conforme o seu valor font ico: sanduche,
talvegue, visigodo, etc.
7. Como smbolo e abreviatura, usa-se em
kw =
qui lowatt ;
fV.= oes te ou tungstnio; w = watt ; ws = watt-segundo, e tc .
8. Nos derivados vernculos de nomes prprios estrangeiros,
cumpre adotar as formas que es to em harmonia com a primit i -
va:
darwinismo, wagneriano, zwinglianista,
etc.
9. O
y ,
que substitudo pelo
i,
ainda se emprega em abrevia-
turas e como smbolo de alguns termos tcnicos e cientficos:
Y =
trio; yd=
jarda , e tc .
10. Nos derivados de nomes prprios estrangeiros, devem
usar-se as formas que se acham de conformidade com a primit i -
va :byroniano, m aynardina, taylorista, etc.
III H
11. Esta letra no propriamente consoante, mas um smbolo
que, em razo da etimologia e da tradio escrita do nosso idio-
ma, se conserva no princpio de vrias palavras eno fim de algu-
mas interjeies: haver, hlice, hidrognio, hstia, humildade;
hl, hem?,puh t;etc.
12. No interior do vocbulo, s se emprega em dois casos:
quando faz parte do
ch ,
do
Ih
e do
nh ,
que representam fonemas
pala ta is , e nos compostos em que o segundo e lemento, com
h
ini-
cial etimolgico, se une ao primeiro por meio do hfen:
chave,
malho, rebanho: anti-higinico, contra-haste, pr-histria, sobre-
humano; etc.
OBSE RVA O . Nos compostos sem h fen , el imina s o A do segundo
elemento:
anarmnico, biebdomadrioi coonestar, desarmonia, exausto, inabili-
tar, lobisomem, reaver,
etc.
13. No futuro do indicativo e no condicional, no se usa o
h
no l t imo elemento, quando h pronome intercalado:
am-lo-ei,
dir-se-ia,
etc.
14. Quando a e t imologia o no jus t i f ica , no se emprega:
arpejo
(substantivo),
ombro, ontem,
etc. E mesmo que o justifi-
que, no se escreve no fim de substantivos nem no como de
alguns vocbulos que o uso consagrou sem st smbolo: andori-
nha, erva,fel, inverno,
etc.
15. No se escreve hdepois dec(salvo o disposto em o n. 12)
nem depois dep, ret: oph substitudo porf.och (gutural) por
qu antes de e ou / e por c antes de outra qualquer letra: corogra-
fia, cristo, querub im, qumica ; farm cia, fsforo; retrica,
ruibarbo; teatro, turbulo; etc.
I V C O N S O A N T E S M U D A S
16. No se escrevem as consoantes que se no proferem:as -
ma, assinatura, cincia, diretor, ginsio, inibir, inovao, ofcio,
timo, salmo, e no asthma, assignatura, sciencia, director,
gymnasio, inhibir, innovao, ofjficio,optimo, psalmo.
OBSERVAO. Escreve-se , porm, o
s
em palavras como
descer, flores-
cer, nascer, etc. , e o * em vocbulos como exceto, excerto, etc. , apesar de nem
sempre se pronunciarem essas consoantes.
17. Em sendo mudo o p no grupo mpc ou mpt, escreve-se
nc ou nt: assuncionista, assunto, presuno, prontificar, etc.
18. Devem-se registrar os vocbu los cu jas c onsoan tes
facul ta t ivamente se pronunciam, pondo-se em primeiro lugar
o de uso mais generalizado, e em seguida o outro. Assim,
sero consignados, alm de outros, stes:
aspecto
e
aspeto,
caracterstico
e
caraterstico, circunspecto
e
circunspeto,
conectivo
e
conetivo, contacto
e
contato, corrupo
e
corruo, corruptela
e
corrutela, dactilogrqfia
e
datilogrqfia,
espectro
e
espetro, excepcional
e
excecional, expectativa
e
expetativa, infeco
e
infeo, optimismo
e
otimismo,
respectivo
e
respetivo, seco
e
seo, sinptico
e
sintico,
suco
e
suo, sumptuoso
e
suntuoso, tacto
e
tato, tecto
e
teto.
V S C
19. Elimina-se o
s
do grupo inicial
sc: celerado, cena,
cenogrq/ia, cincia, cientista, cindir, cintilar, ciografia, ciso,
etc.
20. Os compostos dessa classe de vocbulos, quando for-
mados em nossa lngua, so escritos sem o s antes do c:
antidentifico, contracenar, encenao, etc. ; mas, quando vie-
ram j formados para o vernculo, conservam o s: conscin-
cia, cnscio , impres cindvel, insciente, nscio, multiscien te,
nscio, prescincia , prescindir, proscnio , rescind ir, resciso,
etc.
V I L E T R A S D O B R A D A S
21. Escrevem-se rr e ss quando, entre vogais, representam
os sons simples do
r
e
s
iniciais; e
cc
ou
c
quando o primeiro
soa dis t intamente do segundo:
carro, farra, massa, passo;
convico; occipital; etc.
22. Duplicam-se o r e o s tdas as vzes que a um elemento
de composio terminado em vogal se segue, sem interposio
do hfen, palavra comeada por uma daquelas le tras : albirro-
sado, arritmia, altssono, derrogar, prerroga tiva, pressentir,
ressentimento, sacrossanto, etc.
7/26/2019 Vocabulario Ortografico Da Lingua Portuguesa 1943
3/9
VII VOGAIS NAS AIS
23. As vogais nasais so representadas no fim dos vocbu-
los por
(s), im (ins), om (ons), um (uns): q/3, cs, flautim,
folhetins, semitom, tons, tutum, zunzuns,
etc.
24. O pode figurar na slaba tnica, pretnica ou tona:
at, cristmente, ma, rf, romzeira, etc.
25. Quando aquelas vogais so iniciais ou mediais, a nasa-
lidade expressa por m antes do b ep, e por n antes de outra
qualquer consoante : ambos, campo; contudo, enfim, enquan-
to. homenzinho, nuvenzinha, vititnzinho; etc.
V I I I D I T O N G O S
26. Os ditongos orais escrevem-se com a subjuntiva i ou u:
aipo, cai, cauto, de grau, dei, fazeis, idia, mau solu, neurose ,
retorquiu, ri, sois, sou, souto, uivo, usttfrui,
etc.
OBSERVAO. Escrevem-se com i, e no com e, a forma verbalfui, a
segunda e terceira pessoa do singular do presente do indicativo e a segunda do
singular do imperativo dos verbos terminados em
uir:
qflui, fruis, retribuis, etc.
27. O ditongo
ou
alterna, em numerosos vocbulos, com
oi:
balouar
e
baloiar, calouro
eCaloiro,
dourar
e
doirar,
etc. Cum-
pre registrar em primeiro lugar a forma que mais se usa, e em
seguida a variante.
28. Escrevem-se assim os ditongos ftasais: e, i, o, am, em,
en(s), e, ui (proferido i): me, pes, cibra, acrdo, irmo,
leozinho, amam, bem, bens, devem, pe, repes, muito, etc.
O B S E R V A O
1.*
Dispensa-se o til do ditongo nasal
ui
em
mui t muito.
OBSERVAO 2 ." Com o d i tongo nasal o se escrevem os monosslabos,
tnicos ou no, e os polisslabos oxftonos:
co, do, gro, no, quo, so, to;
alcoro, capito, cristo, ento, irmo, seno, sentiro, serviro, vivero;
etc.
OBSERVAO 3 ." Tambm se escrevem com o d i tongo
o
os substan-
tivos e adjetivos paroxtonos, acentundo-se, porm, a slaba tnica:rfo, rgo,
sto,
etc.
OBSERVAO 4 ." Nas formas verbais anox tonas se escreve
am: ama-
ram, deveram, partiram, puseram, etc.
OBSERVAO 5 ." Com o d i tongo nasal
e
se escrevem os vocbulos
oxtonos e os seus derivados; e os anoxtonos primitivos grafam-se com o ditongo
i:
capites, mes, pezinhos; cibo, tibo;
etc.
OBSERVAO 6 ." O d i tongo nasal
i(s)
escreve-se
em
ou
en(s)
assim nos
monosslabos como nos polisslabos de qualquer categoria gramatical: bem, cem,
convm, convns, mantm, mantns, nem, sem, virgem, virgens, voragem, vora-
gens,
etc.
29. Os encontros voclicos tonos e finais que podem ser
pronunciados como ditongos crescentes escrevem-se da seguinte
f o r m a : ea (urea), eo (cetceo), ia (colnia), ie (espcie), io
(exmio), oa (ndoa), ua (contnua), ue (tnue), uo (trduo), etc.
I X H I A T O S
tivo e a 3.* do singular do imperativo dos verbos em oa r escre-
vem-se com
oe ,
e no
oi: abenoe, amaldioes, perdoe,
etc.
31. As trs pessoas do singular do presente do conjuntivo e a
3." do singular do imperativo dos verbos em
ua r
escrevem-se com
ue ,
en o
ui: cultue, habitues, preceitue,
etc.
X P A R N I M O S E V O C B U L O S D E G R A F I A D U P L A
32. Deve-se fazer a mais rigoro sa distino entre os vocbu los
parnimos e os de grafia dupla que se escrevem com e ou com i,
com o ou com u, co m c ou q, co m ch ou x, comg ouj, co m s, ss
ou c, ,com s oux , com so uz,e com os diversos valores do x.
33. Dev e-se registrar a grafi a que seja mais con form e etimo-
logia do vocbulo e sua histria, mas que esteja em harmonia
com a prosdia geral dos brasileiros, nem sempre idntica lusi-
tana. E quando h dois vocbulos diferentes, v. g. , um escrito
co m e e outro escrito com i, necessrio que ambos sejam
acompanhados da sua definio ou do seu significado mais
vulgar, salvo se forem de categorias gramaticais diferentes,
porque, nes te caso, sero acompanhados da indicao dessas
categorias . Exemplo:censrio, adj . Cf.sensrio, adj.es.m .
Ass im, pois devem ser inscritos Vocbulos como: antecipar,
criador, criana, criar, diminu ir, discricion rio, dividir,filintiano,
filipino, idade, igreja, igual, imiscuir-se, inv s, militar, ministro,
pior, quase, quepe, tigela, tijolo, vizinho, etc.
34. Palavras como
cardeal
e
cordial, desfear
e
desfiar,
descrio
e
discrio, destinto
e
distinto, meado
e
miado, recrear
e
recriar, se
e
si
sero consignadas com o necessrio esclareci-
mento e a devida remisso. Por exemplo:descrio,
s. f.:
ao de
descrever. Cf.
discrio. / Discrio,
s. f. : qualidad e do que
discreto. Cf.
descrio.
35. Os verbos mais usados em ea reiarsero seguidos dasfor-
mas do presente do indicativo, no todo ou em parte.
36. De acordo com o critrio exposto, far-se- rigorosa
distino entre os vocbulos que se escrevem
a) co m o ou com u: frgua, lugar, mgoa, manuelino, polir,
tribo, urdir, veio v.ou subst.), etc.
b)
com c ou
q: quatorze
(seguido de
catorze), cinqe nta,
quociente (seguido decociente), etc.
c)
co m
ch
ou
x: anexim, bucha, cambaxirra, charque, chimar-
ro, coxia, estrebuch ar, faxina, flecha, tachar
(notar; censurar) ,
taxar
(determinar a taxa; regular),
xcara,
etc.
d) co m g Ouj: estrangeiro , jenipapo , genitivo, gria, jeira, jeito,
jibia, jirau, laranjeira, lojista, majestade, viagem (subst.), viajem
(do v.viqjar), etc.
e) co m s, ss ou c, : nsia, anticptico , boa (cabo de navio),
bossa (protuberncia ; apt ido), bolar (vomitar) , bolsar (fazer
bolsos),caula, censual (relativo a censo),sensual (lascivo), etc.
30. A 1.*, 2.* e 3." pessoa do singular d o presente do conjun -
O B S E R V A O . No se emprega em incio de palavra.
7/26/2019 Vocabulario Ortografico Da Lingua Portuguesa 1943
4/9
f ) co m s ou x: espectador (testemunha), expectador (pessoa
que tem esperana),experto (perito; experimentado), esperto (ati-
vo; acordado), esplndido, esplendor, extremoso, flux (na locuo
a lux), justajluvial, justapor, misto, etc.
g)
com s ou com
z: alazo, alcauz
(planta),
alisar
(tornar
liso), alizar (s. m.), anestesiar, autorizar, bazar, blusa, brasileiro,
buzina, coliseu, comezinho, corts, dissenso, empresa, esfuziar,
esvaziamento, frenesi
(seguido de
frenesim) , garcs, guizo
(s. m.),
improvisar, irisar
(dar as cres do ris a),
irizar
(atacar [o iriz] o
cafzeiro),
lambuzar, luzidio, mazorca, na rcisar-se, obsquio,
pezunho, prioresa, rizotnico, sacerdotisa, sazo, tapiz, trnsito,
xadrez,
etc.
OBSE RVA O 1.* sonoro o s de
obsquio
e seus derivados, bem como
o do prefixo trans, em se lhe seguindo vogal, pelo que se dever indicar a sua
pronncia entre parnteses; quando, porm, a sse prefixo se segue palavra ini-
ciada por
s,
s se escreve um, que se profere como se fora dobrado:
obsequiar
(ze), transocenico (zo); transecular (se), transubstanciao (su);etc.
O B S E R V A O
2.'
No final de slaba tona, seja no interior, seja no fim
do vocb ulo, emprega-se o s em lugar do
z: asteca, endes, mesquita,
etc.
37. O
x
continua a escrever-se com os seus cinco valores, bem
como nos casos em que pode ser mudo, qual em
exceto, excerto,
etc. Tem, pois, o som de
1.)
ch ,
no princpio e no interior de muitas palavras:
xairel,
xerife, xcara, ameixa, enxoval, peixe,
etc.
OBSERVAO. Quando tem sse valor , no ser ind icada a sua pronn-
cia entre parnteses.
2.) cs , no meio e no fim de vrias palavras: anexo, complexi-
dade, convexo, brax, ltex, slex, etc.
3.)
z,
quando ocorre no prefixo
exo,
ou
ex
seguido de vogal:
exame, xito, xodo, exosmose, exotrmico,
etc.
4.)
ss: aproximar, auxiliar, mximo, proximidade, sintaxe,
etc.
5.) s final de slaba: contexto , fnix, pretextar, sexto, textual,
etc.
38. No final de slabas iniciais e interiores se deve empregar o
s em vez dox, quand o n o o precede a vogal e: justafluvial, justa-
posio, misto, sistino, etc.
X I N O M E S P R P R I O S
39. Os nomes prprios personativos, locativos e de qualquer
natureza , sendo portugueses ou aportugu esados , es to suje i tos s
mesm as regras estabelecidas para os nomes comu ns .
40. Para salvaguardar direitos individuais, quem o quiser
manter em sua ass inatura a forma consuetudinria . Poder
tambm ser mantida a grafia original de quaisquer firmas, socie-
dades, ttulos e marcas que se achem inscritos em registro pbli-
co.
41. Os topnimos de origem estrangeira devem ser usados
com as formas ver cuias de uso vulgar; e quando n o tm for-
mas vernculas, transcrevem-se consoante as normas estatudas
pela Conferncia de G eografia de 1926 que no contrariarem os
princpios estabelecidos nestas Instrues.
42. Os topnimos de tradio histrica secular no sofrem
alterao a lguma na sua grafia , quando j es te ja consagrada pelo
consenso diuturno dos brasileiros. Sirva de exemplo o topnimo
"Bahia" , que conservar es ta forma quando se apl icar em
referncia ao Estado e cidade que tm sse nome.
OBSERVAO. Os compostos e der ivados desses topnimos obedecero
s normas gerais do vocabulrio comum.
X I I A C E N T U A O G R F I C A
43. A fim de que a acentuao grfica satisfaa s necessi-
dades do ensino, precpuo escopo da simplificao e regulari-
zao d a ortogra fia nacional , e permita que todas as palavras
sejam lidas corretamente, estejam ou no marcadas por sinal
diacrtico, no Vocabulrio ser indicada, entre parnteses, a sla-
ba ou a vogal tnica e o timbre desta em todos os vocbulos cuja
pronncia possa dar azo a dvidas.
A acentuao grfica obedecer s seguintes regras:
1.*) Assinalam-se com o acento agudo os vocbulos oxtonos
que terminam em
a, e, o
abertos, e com o acento circunflexo os
que acabam em
e, o
fechados, seguidos,ou no, de
s: caj, hs,
jacar, ps, serid , ss; dend, ls, ps, trisav;
etc.
O B S E R V A O . Nesta regra se incluem as formas verbais em que, depois
de
a, e, o
, se assimilaram o
r,
o s e o
i
a / do pronome
lo, la, los, las,
caindo
depois o primeiro l: d-lo, cont-la, f-lo-, J-los, mov-las-ia, p los, qu los,
sabe h emos, tri lo s,
etc.
2.*) Tdas as palavras proparoxtonas devem ser acentuadas
grficamente: recebem o acento agudo as que tm na
antepenltima slaba as vogais
a, e, o
abertas ou
i, u;
e levam
acento circunflexo as em que figuram na slaba predominante as
vogais
e, o
fechadas ou
a, e, o
seguidas de
m
ou
n: rabe, exrci-
to, gtico, lmpido, louvaramos, pblico, mbrico; devssemos,
flego, lmina, lmpada, lmures, pndula, quilmetro, recn-
dito; etc.
OBSERVAO. Incluem-se neste preceito os vocbulos terminados em
encontros voclicos que podem ser pronunciados como ditongos crescentes:rea,
espontneo, ignorncia, imundcie, lrio, mgoa, rgua, tnue, vcuo,
etc.
3.*) Os vocbulos paroxtonos finalizados em / 'ou u, seguidos,
ou no, de s, marcam-se com acento agudo quando na s laba
tnica f iguram a, e, o abertos , i ou u; e com acento circunflexo
quando nela figuram e, o fechad os oua, e, o seguidos dem ou n:
beribri, bn us, dndi, ris, jri, l pis, miostis, tnis, etc.
OBSERVAO 1 ." Qs parox tonos terminados em
um, uns
tm acento
agudo na slaba tnica:
lbum, lbuns,
etc.
7/26/2019 Vocabulario Ortografico Da Lingua Portuguesa 1943
5/9
OBSERVAO 2. ' No se acentuam os prefixos paroxtonos acabados em
i:semi-histrico,
etc.
4. ' ) Pe-se o acento agudo no /e n o u tnicos que no formam
ditongo com a vogal anterior:
a, balastre, cafena, cas, contra-
la, distribu-lo, egosta, fasca, herona , juzo, pas, pega , sa a,
sade, timbova, vivo, etc.
OBSERVAO 1.* No se coloca o acento agudo no / e no
u
quando,
precedidos de vogal que com les no forma ditongo, so seguidos de
I,
m, n, rou
z
que no iniciam slabas e, ainda,
nh: adail, contribuinte, demiurgo, juiz, paul,
retribuirdes, ruim, tainha, ventoinha,
etc.
O B S E R V A O
2.'
Tambm no se assinala com acento agudo a base dos
ditongos tnicos iu e ui , quando precedidos de vogal: atraiu, contribuiu, pauis,
etc.
5.*) Assinala-se com o acento agudo o
u
tnico precedido de
g
ou
q
e seguido de
e
ou
i: argi, argis, averige, averiges,
obliqe, obliqes,
etc.
6.*) Pe-se o acento agudo n a base dos ditongos aberto s i, u,
i , quando tnicos : assemb lia, ba charis, chapu, jibia, lio,
paranico, rouxinis, etc.
7.*) Marca-se com o acento agudo o
e
da terminao
em
ou
en s
das palavras ox tonas de mais de uma s laba:
algum,
armazm, convm , convns, detm-lo, mantm-na, parabns,
retm-no, tambm,
etc.
OBSERVAO 1.* No se acentuam grficamente os vocbulos
paroxtonos finalizados por
ens: imagens, jovens, nuvens,
etc.
O B S E R V A O
2.'
A 3.* pessoa do plural do presente do indicativo dos
verbos ter, vir e seus compostos recebe acento circunflexo no e da slaba tnica:
(les) contm, (elas) convm, (les) tm, (elas) vm,
etc.
OBSERVAO 3.* Conserva-se, por clareza grfica, o acento circunflexo
do singular
c r, d, l, v
no plural
crem, dem, lem, vem
e nos compostos ds-
ses verbos, como
descrem, desdem, relem, revem,
etc.
8.*) Sobrepe-se o acento agudo ao
a, e, o
abertos e ao
i
o u
u
da penltima slaba dos vocbulos paroxtonos que acabam em l,
n, r
e
x;
e o acento circunflexo ao
e, o
fechados e ao
a, e, o
segui-
dos de
m
ou
n
em situao idntica:
acar, afvel, almen, cr-
tex, ter, hfen; aljfa r, mb ar, cn on, xul, fnix, vme r,
etc.
OBSERVAO. No se acentuam graf icamente os pref ixos parox tonos
terminados em r: inter-helnico, super homem, etc.
9.") Marca-se com o competente acento, agudo ou circunflexo,
a vogal da slaba tnica dos vocbulos paroxtonos acabados em
ditongo oral : geis, devreis, escrev sseis, fareis, frteis, fsseis,
fsseis, imve is, jquei, pnseis, pussseis, q uissseis, tnheis,
tneis, teis, variveis, etc.
10.*) Recebe acento circunflexo o penltimoofechado do hia-
to oo , seguido, ou no, de s, nas palavras parox tonas : abenoo,
enjos, perdo, vos, etc.
11.*) Usa-se o til para indicar a nasalizao, e vale como
acento tnico se outro acento no figura no vocbulo: qf, capi-
tes, cora o, devoes, pem , etc.
12.") Emprega-se o trema no u que se pronuncia depois de g
ou q e seguido de eo u i: agentar, arguio, eloqente, tranqilo,
etc.
OBSERVAO I." No se pe acento agudo na slaba tnica das formas
verbais terminadas emque, quem: apropinqe, delinqiiem, etc.
OBSERVAO 2." lcito o emprego do trema quando se quer indicar
que um encontro de vogais no forma ditongo, mas hiato:
saudade, vaidade
(com
quatro slabas),etc. *
13.") Mantm-se o acento circunflexo e o til do primeiro ele-
mento nos advrbios em mente e nos derivados em que figuram
sufixos precedidos do infixo
z (zada, za l, zeiro, zinho, zista, zito,
zona, zorro, zudo,
etc.):
comodam ente, cortsmente, dendzeiro,
vozito, pssegozinho; chmente, cristzinha, leezinhos, moza-
da, romzeira, etc. ; e o acento agudo do primeiro elemento pas-
sar a ser acento grave nos derivados dessa natureza: avozinha,
cqfzeiro, faiscazinha, indelevelmente, opusculozinho, somente,
sozinho, terrivelmente, voluhtriozinho, voluvelmente,
etc. **
14.*) Emprega-se o acento circunflexo como diferencial ou
distintivo no
e
e no
o
fechados da slaba tnica das palavras que
esto em homografia com outras em que so abertos sse
e
e sse
o: acrto
(s. m.) e
acerto
(v.);
aquele, aqueles
(adj. ou pron. dem.)
e
aquele, aqueles
(v.);
c r
(s. f.) e
co r
(s. m.);
corte, cortes
(s .f.)e
corte, cortes
(v.);
dle, dlei
(contr. da prep.
de
com o pron. pess.
le, les)
e
dele, deles
(v.);
deveras
(v.) e
deveras
(adv.);
sse,
es-
ses,
ste, stes
adj. ou pron. dem.) e
esse, esses, este, estes
s.m.);
fez
(s. m, e v.) e
fe z
(s. f.);
fr
(v.) e
for
(s. m.);
fra
(v.) e
fora
(adv. , interj. ou s.m.);/sse (dos v.
ir
e
ser)
e
fosse
(do v.
fossar);
nle, nles
(contr. da prep.
em
com o pron. pess.
le, les)
e
nele,
neles
(s. m.);
pde
(perf. ind.) e
pode
(pres. ind.);
sobre
(prep.) e
sobre(v .); etc. ***
OBSERVAO 1." Emprega se tambm o acento circunflexo para distin-
guir de certos homgrafos inacen tuados as palavras que tm
e
o uo fechados:plo
(s. m.)
e pelo (per
e
lo); pra
(s. f.)
epera
(prep.
ant.);plo, plos
(s. m.) e
polo,
poios (por
e
lo
ou
los); pr
(v.) e
po r
(prep.);
porqu
(quando subst. ou quando
vem no fim da frase)eporque conj.);q u s. m. ,interj.,ou pron. no fim da frase)
e
q ue
(adv.,
conj.,
pron. ou part. expletiva).
O B S E R V A O 2 . ' - Quando aflexo do vocbulo faz desaparecer a homo-
grafia, cessa o motivo do emp rego do sinal diacrtico. Acentuam-se, por exemplo,
o masculino singular
enfermo
e as formas femininas
enferma
e
enfermas,
em
razo de existirem
enfermo, enferma
e
enfermas,
co m
e
aberto, do verbo
enfermar,
porm no se acentua grficamente o substantivo plural enfermos, visto no ha-
ver igual forma com
e
aberto;
colher
e
colhres,
form as do infinito e do
futuro
d o
Conjuntivo do verbocolher, recebem acento circunflexo para se diferenarem dos
homgrafos heterofnicos
colher
e
colheres,
substantivos femininos que se profe
rem com
e
aberto, mas no levam acento grfico as outras pessoas daquele modo
e tempo, etn virtude da inexistncia de formas cujo timbre da vogal tnica seja
aberto.
* Item alterado pela Lein.- 5 765: fica abolidootrema nos hiatos tonos
** Regra alterada pela Lein.5
765:
fica abolido o acento circunflexo eo grave
com que se assinala a slaba subtnica dos voc bulos derivados em que figura o
sufixo
mente
ou sufixos iniciados por
"z".
*** Regra alterada pela Lei n. 5 765: fica abolido o acento circunflexo diferen-
cial na letra
e
e na letra o da slaba tnica das palavras homgrafas de outras em
que so abertasaletra
e
ea letra
o ,
exceo feita da forma pde, que se acen tuar
por oposio a pode .
OBSERVAO. Sc tona a slaba onde figura o til , acentua-se grfica-
n jen te a predominante :
acrdo, bno, rfo,
etc
7/26/2019 Vocabulario Ortografico Da Lingua Portuguesa 1943
6/9
15.*) Recebem acento agudo o s seguintes vocbu los, que
es to em homografia com outros :s s.m.),cf.s(contr. da prep.
a com o art ou pron.as);pra v.),c f.para (prep. ) ;pla , plas (s.
f. e v.),cf. pela, pelas (agi. da prep.pe r com o art. ou pron. la,
las); plo (v.), cf.pelo (agi. da prep.per com o art. ou pron. lo);
pra (el. do s. f. com p.pra-fita), c f. p e r a(prep. ant.);plo, plos
(s. m.), cf. polo, poios (agi. d prep.p or cm o art. ou pron. lo,
los); etc.
OBSER VA O No se acentua grf icamente a terminao amos do
pretrito perfeito do indicativo dos verbos da l .
1
conjugao .
16.*) O acento grave, alm de marcar b slaba pretnica de
que trata a regra 13.*, assinala as contraes da preposio a
com o artigoa e com os adjetivos ou pronoihes demonstrativos a,
aqule, aqueloutro, aquilo, os quais se escrevero assim: , s,
quele, quela, queles, quelas, quilo, aqueloutro, queloutra,
aqueloutros, aqueloutras.
O B S E R V A O .
quele
e
qUeles
dispensam o acento circunflexo, em
razo de o acento grave os diferenar dos homgrafos heterofnicos aquele e
aqueles.
X I I I A P S T R O F O
44. Limita-se o emprego do apstro fo aos seguintes casos:
1.) Indicar a supresso de uma letra oU letras no verso, por
exigncia dametrificao:c'roa,esp rana, of'recer,.'star,etc.
2.) Reproduzir certas pronncias populares : l , 'teve,etc.
3.) Indicar a supresso da vogal, j c onsag rada pelo uso, em
certas palavras compostas l igadas pela preposio de: copo-
dgua (plan ta; lanche),galinha-d'gua, me-dagua, lho-d'gua
pau-dagua (rvo re; brio),pau-d 'alho,pau-d'arco, etc.
OBSERVAO. Restringindo-se o emprego db apstrofo a esses casos,
cumpre no se use dle em nenhuma o utra hiptese.AsBim, no ser empregado:
a) nas contraes das preposies deee m com artigos,adjetivos ou pronomes
demonstrativos, indefinidos, pessoais e com alguns advrbios:
de l
(em
aqui-del-
rei); dum, duma
(a par de
de um, de uma), num. numa
(a par de
em um, em uma);
dalgum, dalguma (a par de de algum, de alguma), nalgum, nalguma (a par de em
algum, em alguma); dalgum, nalgum
(a par de
de algum, em algum); dou
Irem, noulrem
(a par de
de outrem, em outrem); dalgo, dalgures
(a par de
de algo,
de algures); daqum, dalm, dacol (a par de de aqum, de alm, de acol); dou-
tro, noutro
(a par de
de outro, em outro); dle, dela, nie, nela; deste, desta, neste,
nesta; daquele, daquela, naquele, naquela; disto, nisto, daquilo, naquilo; daqui,
da, dacol, donde, dantes, dentre; doutrora
(a par de
de outrora), noutrora; dora-
vante
(a par de
de ora avante);
etc.
b) nas combinaes dos pronomes pessoais: mo, m, mos, mas, to, ta, tos, tas,
lho, lha, lhos, lhas, no-lo, no-la, ho-los, no-las, vo-lo, vo-la, vo-los, vo-las.
c)
nas expresses vocabulares que se tornaram unidades fonticas e semnti-
c a s :dessarte, destarte, homessa, tarrenego, tesconjuro, vivalma, etc.
d)
nas expresses de uso constante e geral na linguagem vulgar:
co, coa, ca,
cos, cas, coas f= com o, com a, com os, com as), ph, pia, pios, pias f= pelo,
pela, pelos, pelas), pra (= para), pro, pro, pros, pras (= para o, para a, para os,
paraas),
etc.
X I V H F E N
45. S se ligam por hfen os elementos das palavras compos-
tas em que se mantm a noo da composio, isto , os elemen-
tos das palavras compostas que mantm a sua independncia
fontica, conservando cada um a sua prpria acentuao, porm
formando o conjunto perfeita unidade de sentido.
46. Dentro dsse princpio, deve-se empregar o hfen nos
seguintes casos:
1.) Nas palavras compostas em que os elementos, com a sua
acentuao prpria , no conservam, cons iderados isoladamente ,
a sua significao, mas o conjunto constitui uma unidade semn-
t i ca : gua-marinha, arco-ris, galinha-d'gua, couve-flor, gu arda-
p, p-de-meia (mealheiro ; peclio), pra-choque, porta-chapus,
etc.
OBSERVAO 1.* Incluem-se nesta norma os compostos em que figuram
elementos fonticamente reduzidos: bel prazer, s-sueste, mal-pecado, su-sueste,
etc.
OBSERVAO 2 .* O ant igo ar t igo
el,
sem embargo de haver perdido o
seu primitivo sentido e no ter vida parte na lngua, une-se por hfen ao substan-
tivo
rei,
por ter ste elemento evidncia semn tica.
OBSERVAO 3. ' Quando se perde a noo do composto, quase sempre
em razo de um dos elementos no ter vida prpria na lngua, no
se
escreve com
hfen, mas aglutinadamente: abrolhos, bancarrota,fidalgo, vinagre,etc.
OBSERVAO 4. ' Como as locues no tm unidade de sentido, os seus
elementos no devem ser unidos por hfen, seja qual for a categoria gramatical a
que elas pertenam. Assim, escreve-se, v. g. ,
vs outros
(locuo pronominal),
a
desoras (locuo adverbial) , afim de(locuo prepositiva), contanto que(locuo
conjuntiva), porque essas combinaes vocabulares no so verdadeiros compos-
tos, no formam perfeitas unidades semnticas. Quando, porm, as locues se
tornam unidades fonticas, devem ser escritas numa s palavra:
acerca
(adv.),
qfi-
nal, apesar, debaixo, decerto, defronte, depressa, devagar, deveras, resvs,
etc.
OBSERVAO 5. ' As formas verbais Com pronomes enclticos ou
mesoclticos e os vocbulos compostos cujos elementos so ligados por hfen
conservam seus acentos grficos:
am-lo-, amreis-me, amsseis-vos, dev-lo-ia,
f-la-emos, p-las-amos, possui-las, provm-lhes, retm-nas; gua-de-colnia,
po-de-l, pra-sis, pesa-papis;
etc.
2.) Na s fo rma s verbais com pronom es enclticos ou
mesoclticos: ama-lo (amas e lo), am-lo (amar e lo), d-se-lhe,
f-lo-, oferec-la-ia, rep-lo-eis, serenou-se-te, traz-me, vedou-te,
etc.
OBSERVAO. Tambm se unem por hfen as enclticas
lo, la, los, las
aos pronomes
nos, vose
forma
eis: no-lo, no-las, vo-la, vo-los, ei-lo,
etc.
3.) Nos vocbulos formados pelos prefixos que representam
formas adje t ivas , como anglo, greco, histrico, nfero, latino,
lusitano, luso, pstero, spero, etc. : anglo-brasileiro, greco-ro-
mano, histrico-geogrqfico, nfero-anterior, latino-americano,
lusitano-c astelhano , luso-brasileiro , pstero-p alatl, spero-
posterior, etc.
OBSERVAO. Ainda que esses elementos prefixais sejam redues de
adjetivos, no perdem a sua individualidademorfolgica, e por isso devem unir-se
por hfen, como sucede com
austro ( austraco), dlico(= dolicocfalo), euro
f europeu), telgrqfo (= telegrqfco),
etc.: austro hngaro, dlico-louro, euro-
africano,telgrafo-postal, etc.
i
4.) Nos vocbulos formados por sufixos que representam for-
mas adje t ivas , como
au, guau
e
mirim,
quando o exige a
7/26/2019 Vocabulario Ortografico Da Lingua Portuguesa 1943
7/9
pronncia e quando o primeiro elemento acaba em vogal acen-
tuada grficamente: and-au, amor-guau, anqj-mirim,
capim-au, etc.
5.) Nos vocbulo s form ado s pelos prefixo s:
a) auto , contra, extra, infra, intra, neo, proto, pseudo, semi e
ultra, quando se lhes seguem palavras comeadas por vogal, h, r
ou s: auto-educao, contra-almirante, extra-oficial, infra-
heptico, intra-ocular, neo-republicano, proto-revolucionrio,
pseudo-revelao, semi-selvagem, ultra-sensvel, etc.
OBSERVAO. A nica exceo a esta regra a palavra extraordinrio,
que j est consagrada pelo uso.
b) ante, anti, arquie sbre, quando seguidos de palavras inicia-
das por h, r ou s: ante-hist rico, anti-higinico, arqui-rab ino,
sbre-saia, etc.
c) supra, quando se lhe segue palavra encetada por vogal,ro u
s: supra-axilar, supra-renal, supra-sensvel,
etc.
d) super,
quando seguido de palavra principiada por
h
ou
r:
super-homem, super-requintado,
etc.
e) ab, ad, ob, sob
e
sub,
quando seguidos de elementos inicia-
dos por
r: ab-rogar, ad-renal, ob-reptcio, sob-roda, sub-reino,
etc.
f ) pan
e
mal,
quando se lhes segue palavra comeada por vo-
gal ou
h: pan-asitico, pan-helenismo, mal-educado', mal-humo-
rado,
etc.
g) bem, quando a palavra que lhe segue tem vida autnoma na
l ngua ou quan do a pronncia o requer:
bem-ditoso, bem-aventu-
rana,
etc.
h) sem, sota, soto, vice, vizo, ex
(com o sentido de cessamento
ou estado anterior), etc. :
sem-cerimnia, sota-pilto, soto-mi-
nistro, vice-reitor, vizo-rei, ex-diretor,
etc.
i) ps, pr epr, que tm acento prprio, por causa da evidn-
cia dos seus significados e da sua pronunciao, ao contrrio dos
seus homgrafos inacentuados, que, por diversificados fontica-
mente, se aglutinam com o segundo elemento: ps-meridiano,
pr-escolar, pr-britnico; m as pospor, preanunciar, procnsul;
etc.
X V D I V I S O S I L B I C A
47. A diviso de qualquer vocbulo, assinalada pelo hfen, em
regra se faz pela soletrao, e no pelos seus elementos constitu-
tivos segundo a etimologia.
48. Fu nd ad as neste princpio geral, cumpre respeitar as
seguintes normas:
1.) A consoante inicial no seguida de vogal permanece na
slaba que a segue: cni-do-se, dze-ta, gno-ma, mne-m-ni-ca,
pneu m ti co, etc.
2.*) No interior do vocbulo, sempre se conserva na slaba
que a precede a consoante no seguida de vogal:ab-di-car, ac ne,
bet-sa-mi-ta, dqf-ne, drac-ma, t-ni-co, nup-ci-al, ob-fir-mar, op-
o, sig-ma-tis-m, sub-por, sub ju gar, etc.
3. ' ) No se separam os elementos dos grupos consonnticos
iniciais de slaba nem os dos cjigramas ch, Ih e nh: a-blu-o, a
bra-sar, a-che-gar,fi-lho, ma nh, etc.
OBSERVAO. Nem sempre formam grupos articulados as consonn-
cias
bl
e
b r:
nalguns casos o / e o r s e pronunciam separadamente , e a isso se a ten-
der na partio do vocbulo; e as consoantes
dl,
a no ser no termo onoma
topico dlim, que exprime toque de campainha, proferem-se desligadamente, e na
diviso silbica ficar o hfen entre essas duas letras. Exemplo:
s ub lin gual, sub
ro gar, ad-le-ga-o,
etc.
4 . ' ) O
sc
no interior do vocbulo biparte-se, ficando o s numa
slaba, e o
c,
na slaba imediata:
a-do-les-cen-te, con va les cer,
des cer, ins-i-en-te, prescindir, res ci so,
etc.
OBS ERV A O. Form a slaba com o prefixo antecedente o s que precede
consoante :
abs tra ir, ads-cre-ver, ins cri-o, inspe tor, ins tru ir, in ters-t-cio,
pers pi caz, subs cre ver, subs-ta-be-le cer,
etc.
5.*) O
s
dos prefixos
bis, eis, des, dis, trans
e o
x
do prefixo
ex
no se separam quando a slaba seguinte comea por consoante;
mas, se principia por vogal, formam slaba com esta
e
separam-se
do e lemento prefixai :
bis-ne-to, cis-pla- ti-no, des ligar, dis-tra-
o, trans-ppr-tar, ex-tra-ir; bl-sa-v, ci-san-di-no, de-ses-pe-rar,
di-sen-t-ri-co, tran-sa-tln-ti-co, e-xr-ci-to;
etc.
6.*) As vogais idnticas e as letras
cc, c, rr
e
ss
separam-se,
ficando um a na slaba que as precede, e outr a na slaba seguinte:
ca-a-tin-g a, co-or-de-nar, du-n-v i-ro, fri-s-si-mo, ge-e-na , in-te-
lec-o, oc-ci-pi-tal, pror ro gar, res-sur-gir,
etc.
OBSERVAO. As vogais de hiatos, ainda que diferentes uma da outra,
tambm se separam:
a-ta--de, caiais, ca eis, ca ir, do er, du-e-lo, fiel, flu iu,
fru ir, gra--na, je-su--ta, le
al,
mi do, po-ei-ra, ra-i-nha, sa--de, vi-v-eis, vo-
ar,
etc.
7.*) No se separam as vogais dos ditongos crescentes e
decrescentes nem as dos tritongos: ai-ro-so, a-ni-mais, au ro-
ra, a-ve-ri-g eis, ca iu, cru-is, en-jei-tar,fo-ga -ru,fu-giu, gl ria,
guai-ar, i guais, ja mais, ji as, -dio, quais, s bio, sa guo, sa-
gues, su bor nou, ta-fuis, v rio, etc.
OBSERVAO- No se separa do u precedido de
g
ou
q
a vogal que o
segue, acompanhada, pu no, de consoante:
am-b-guo, e-qui-va-ler, guer ra,u b-
quo,
etc.
X V I E M P R G O D A S I N I C I A I S M A I S C U L A S
49. Emprega-se letra inicial maiscula:
1.) No como do perodo, verso ou citao direta: Disse o
Padre Antnio Vieira: "Estar com Cristo em qualquer lugar, ain-
da que seja no
Iilferno.
estar no Paraso."
7/26/2019 Vocabulario Ortografico Da Lingua Portuguesa 1943
8/9
"Auriverd e pendo de minha terra ,
Que a brisa do Brasil beija e balana,
Estandarte que luz do sol encerra
As promessas divinas da Espera na. .
.
"
(Castro Alves.)
OBSERVAO. Alguns poetas usam, espanhola , a minscula no
princpio de cada verso, quando a pontua o o permite, como se v em C astilho :
"Aqui, sim, no meu cantinho,
vendo rir-meo candeeiro,
gozo o bem de estar sozinho
e esquecer o mundo inteiro."
2.) No s substan tivos p rprios de qua lquer espcie
antropnimos, topnimos, patronmicos , cognomes, a lcunhas ,
tribos e castas, designaes de comunidades religiosas e polticas,
nomes sagrados e relativos a religies, entidades mitolgicas e
astronmicas, etc. :
Jos, Maria, M acedo, Freitas, Brasil, Amri-
ca, Guanabara, Tiet, Atlntico, Antoninos, Afonsinhos,
Conquistador, Magnnim o, Corao de Leo, Sem Pavor, D eus,
Jeov, Al, Assuno, Ressurreio, Jpiter, Baco, Crbero, Via
Lctea, Canopo, Vnus,
etc.
OBSE RVA O 1 ." As formas onomst icas que en tram na composio de
palavras do vocabulrio comum escrevem se com inicial minscula quando cons-
tituem, com os elementos a que se ligam por
hfen,
uma unidade semntica; quan-
do no constituem unidade semntica, devem ser escritas sem hfen e com inicial
maiscula :
gua-de-colnia, joo-de-barro, mar arosa
(palmeira), etc.;
alm
Andes, aqum Atlntico,
etc.
OBSERVAO 2.* Os nomes de povos escrevem-se com inicial mins
cuia, no s quando designam habitantes ou naturais de um estado, provncia,
cidade, vila ou distrito, mas ainda quando representam coletivamente uma nao:
amazonenses, baianos, estremenhos, fluminenses, guarapuavanos, jequieenses,
paulistas, pontalenses, romenos, russos, suos, uruguaios, venezuelanos,
etc.
3.) Nos nomes prprios de eras histricas e pocas notveis:
Hgira Idade Mdia, Quinhentos (o sculo XV I), Seiscentos (o
sculo XVII), etc.
OBSERVAO. Os nomes dos meses devem escrever-se com inicial
minscul :janeiro, fevereiro, maro, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro,
outubro, novembro e dezembro.
4.) Nos nomes de vias e lugares pblicos:
Avenida de Rio
Branco, Beco do Carmo, Largo da Carioca, Praia do Flamengo,
Praa da Bandeira, Rua Larga, Rua do Ouvidor, Terreiro de So
Francisco, Travessa do Comrcio,
etc.
5.) N os nom es que designam altos conceitos religiosos, polti-
cos ou nacional is tas : Igreja (Catl ica , Apostl ica , Romana),
Nao, Estado, Ptria, Raa, etc.
OBSERVAO. sses nomes se escrevem com inicial minscula quando
so empregados em sentido geral ou indeterminado.
6.) Nos nomes que designam artes, cincias ou disciplinas,
bem como nos que sintetizam, em sentido elevado, as manifes-
taes do engenho e do saber: Agricultura , Arquitetu ra,
Educao Fsica, Filologia Portuguesa, Direito, Medicina, Enge-
nharia, Histria do Brasil, Geogrqfia, Matem tica, Pintura, Arte,
Cincia, Cultura,
etc.
OB SE R VA O. Os n o m e s
idioma, idioma ptrio, lngua, lngua portu
gusa, vernculo
e outros anlogos escrevem-se com inicial maiscula quando
empregados com especial relvo.
7.> Nos nomes que designam altos cargos, dignidades ou pos-
tos :
Papa, Cardeal, Arcebispo, Bispo, Patriarca, Vigrio,
Vigrio-Geral, Presidente da Repblica, Ministro d a Educao,
Governador do Estado, Embaixador, A lmirantado, Secretrio de
Estado,
etc.
8 ) N os nome s de reparties, corpor aes ou agremiaes,
edifcios e estabelecimentos pblicos ou particulares: Diretoria-
Geral (1) do Ensino, Inspetoria do Ensino Sup erior, Ministrio
das Relaes Exteriores, Academia Paranaense de Letras,
Crculo de Estudos Bandeirantes , Presidncia da Repblica,
Instituto Brasileiro de Geogrqfia e Estatstica, Tesouro d o
Estado, Departamento Administrativo do Servio Pb lico,
Banco do Brasil, Imprensa Nacional, Teatro de So Jos,
Tipogrqfia Rolandiana, etc.
9.) Nos ttulos de livros, jornais, revistas, produes artsti-
cas, literrias e cientficas:Imitao de Cristo, Horas Marianas,
Correio da Manh, Revista Filolgica, Transfigurao (de
Rafael) , Norma (de Bellini), Guarani (de Carlos Gomes), O
Esprito das Leis (de Montesquieu), etc.
OBSERVAO. No se escrevem com maiscula inicial as partculas
monossilbicas que se acham no interior de vocbulos compostos ou de locues
ou expresses que tm iniciais maisculas:
Queda do Imprio, O Crepsculo dos
Deuses, Histrias sem Data, A Mo e a Luva, Festas e Tradies Populares do
2)Brasil,
etc.
10.) Nos nomes de fatos histricos e importantes, de atos
solenes e de grandes empreendimentos pblicos:
Centenrio da
Independncia do Brasil, Descobrimento da Amrica, Questo
Religiosa, Reforma Ortogrfica, Acordo Luso-Brasileiro, Expo-
sio Nacional, Festa das Mes, Dia do Municpio, Glorificao
da Lngua Portugusa,
etc.
OBSERVAO. Os nomes das festas pags ou populares escrevem-se
com inicial minscula:
carnaval, entrudo, saturnais,
etc.
11.) Nos nomes de escolas de qualquer espcie ou grau de
ens ino: Faculdade de Filosofia, Escola Superior de Comrcio,
Ginsio do Estado, Colgio de Pedro II, Instituto de Educao,
Grupo E scolar de Machado de Assis, etc.
12.) Nos nomes comuns, quando personificados ou indivi-
duados, e de sres morais ou fictcios: A
Capital
d a
Repblica,
a
Transbrasiliana,
m oro na
Capital,
o
Natal
de Jesus, o
Poeta
(Cames), a cincia da
Antiguidade,
os habi tantes da
Pennsula,
a
Bondade,
a
Virtude, o Amor,
a
Ira,
o
Mdo,
o
Lbo,
o
Cordei-
ro ,
a
Cigarra,
a
Formiga,
etc.
(1) Est sem o hfen, por evidente descuido, no Vocabulrio Ortogrcfico de
1943.
(2) Est no
,
errnamente, no Vocabulrio Ortogrfico de 1943.
7/26/2019 Vocabulario Ortografico Da Lingua Portuguesa 1943
9/9
OBSER VA O. Incluem-se n esta norma os nomes que designam atos das
autoridades da Repblica, quando empregados em correspondncia ou documen-
tos oficiais: A Lei
de 13 de maio, o
Decreto-lei
nmero 292, o
Decreto
nmero
20 108, a
Portaria
de 15 de junho, o
Regulamento
n. 737, o
Acrdo
de 3 de
agosto, etc.
13.) No s nomes do s pontos ca rdeais, quan do designam
regies: Os povos do Oriente; o falar do Norte diferente do fa-
lar doSul; a guerra do Ocidente; etc.
OBSERVAO. Os nomes dos pontos cardeais escrevem se com inicial
minscula quando designam direes ou limites geogrficos: Percorri o pas de
norte
a
su l
ed e
ieste
a
oeste.
14.) Nos nomes, adjetivos, pronomes e expresses de trata-
mento ou reverncia:
D. (Dom
ou
Dona), Sr. (Senhor), Sr.
(Senhora), DD.
ou
Dig. (Dignssimo), MM.
ou
M .
m
(Meritssimo), Rev.
mu
(Reverendssimo), V. Rev. (Vossa
Reverncia), S. E. (Sua Eminncia), V. M. (Vossa Majestade), V.
A. (Vossa Alteza), V. S.
a
(Vossa Senhoria), V. Ex. (Vossa
Excelncia), V. Ex. Rev.
ma
(Vossa Excelncia Reverendssima),
V.
E x.
as
(Vossas Excelncias),
etc.
OBSERVAO. As formas que se acham ligadas a essas expresses de trata
mento devem ser tambm escritas com iniciais maisculas:
D. Abade, Ex.
ma
Sr.
Diretora, Sr. Almirante, Sr. Capito de-Mar e-Guerra, MM. Juiz de Direito,
Ex .
mo
e Rev.
mo
Sr. Arcebispo Primaz, Magnfico Reitor, Excelentssimo Senhor
Presidente da Repblica, Eminentssimo Senhor Cardeal, Sua Majestade Impe-
rial, Sua Alteza Real,
etc.
15.) Nas palavras que, no estilo epistolar, se dirigem a um
amigo, a um colega, a uma pessoa respeitvel, as quais, por
deferncia, considerao ou respeito, se queira realar por esta
m ane i ra : meu bom Amigo, caro Colega, meu prezado Mestre,
estimado Professor, meu querido Pai, minha amorvel Me, meu
bom Padre, minha distinta Diretora, caro Dr., prezado Capito,
etc.
X V I I S I N A I S D E P O N T U A O
50. ASPAS. Quando a pausa coincide com o final da
expresso ou sentena que se acha entre aspas,: coloca-se o"
competente sinal de pontuao depois delas, se encerram apenas
uma p arte da propo sio; quando, porm, as aspas abrangem to-
do o perodo, sentena, frase ou expresso, a respectiva notao
fica abrangida por elas:
"A temos a lei", dizia o Florentino. "Mas quem as h de segu-
rar? Ningum." (Rui Barbosa . )
"M sera tivesse eu aquela enorme, aquela
Claridade imorta l que tda a luz resum e "
"Por que no nasci eu um simples vaga-lume?"
(Machado de Assis.)
51. PARNTESES. Quando uma pausa coincide com o
incio da construo parenttica, o respectivo sinal de pontuao
deve ficar depois dos parnteses; mas, estando a proposio ou a
frase inteira encerrada pelos parnteses, dentro dles se pe a
competente notao:
"No, filhos meus (deixai-me experimentar, uma vez que seja,
convosco, ste suavssimo nome); no: o corao no to frvo-
lo, to exterior, to carnal, quan to se cuid a." (Rui B arbosa.)
"A imprensa (quem o contesta?) o mais poderoso meio que
se tem inventado para a divulgao do pensamento." "(Carta
inserta nos Anais da Biblioteca Nacional, vol. L)" (Carlos de
Laet.)
52. TRAVESSO. Emprega-se o travesso, e no o hfen,
para ligar palavras o 'grupos de palavras que formam, pelo as-
sim dizer, uma cadeia nafrase:Otrajeto
Mau Cqscadura;
a
es trada de
ferro
Rio Petrpolis; a linha area Brasil Argen-
tina;o percurso Barcas Tijuca; etc.
53. PONTO FINAL. Quando o perodo, orao ou frase
termina por abreviatura, no se coloca o ponto final adiante do
ponto abreviativo, pois ste, quando coincide com aqule, tem
dupla serventia. Ex.: "O ponto abreviativo pe-se depois das
palavras indicadas abreviadamente por suas iniciais ou por
algumas das letras com que se representam: v. g. : V. S.
a
; I I .
m o
;
Ex. ' ; etc." (Dr. Ernesto Carneiro Ribeiro.)
Jos Carlos de Macedo Soares
Presidente da Academ ia Brasileira de Letras.
No ta :
Nestas Instrues para a Organizao do Vocabulrio Ortogrfico da Ln-
gua Portuguesa foi mantida a antiga ortografia, por fidelidade ao original apro-
vado pela Academia Brasileirade Letrasa12 de agosto de1943.