VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
DE INFLUENZA
Leticia Garay Martins
Maio de 2017
Características do agente
Vírus influenza: importância na morbimortalidade pela capacidade de
produzir epidemias Influenza A: capacidade de mutação
10-20% da população de adultos e 20-30% de crianças acometidas ao
ano no mundo 3 a 5 milhões de casos graves e 250 a 500 mil mortes
Vírus RNA da família orthomomixoviridae
3 tipos de vírus: A, B e C
Subtipos a partir das glicoproteinas
de superfície: Hemaglutinina
Neuraminidase
Influenza
(16)
(9)
Aspectos clínicos
Início súbito
Febre alta (38oC)
Tosse seca
Dor de garganta
Prostração
Cefaléia
Mialgia e ou artralgia
Diarréia, vômitos
Grupos de risco: Potencialmente mais grave em pacientes com
comorbidades/idades extremas, 2o e 3o trimestre de gravidez.
Influenza
Alguns evoluem para
quadros mais
graves: SRAG
Notificação compulsória
Fonte: NEJM, 353(21). Nov 24, 2005
Recombinação genética e pandemias
Flu
A(H1N1)pdm09
Situação
Mundial
Influenza A(H7N9)
Caso suspeito:
Todo paciente portador de síndrome gripal ou síndrome respiratória aguda grave (SRAG), que tenha apresentado os
primeiros sintomas até 14 dias depois de ter estado na China ou em outro país* onde haja confirmação laboratorial de
transmissão vírus Influenza A (H7N9),
ou
Todo paciente portador de síndrome gripal ou síndrome respiratória aguda grave (SRAG) que teve contato recente (14 dias
ou menos antes do início dos sintomas) com paciente suspeito ou confirmado de infecção por Influenza A (H7N9).
* Taiwan, Hong Kong e Malásia
De 2013-2016: 798 casos confirmados por
laboratório
OMS: improvável propagação comunitária em função do vírus não se
transmitir facilmente de pessoa para pessoa
Influenza A(H5N1)
De 2003-2016: 856 casos e 452 óbitos (52,8%)
Influenza A(H3N2)v
EUA: 1º vez em 2011
Brasil (Paraná): 1° vez em 2016
Objetivos da Vigilância Epidemiológica RS
Monitorar as cepas dos vírus influenza que circulam no Estado;
Avaliar o impacto da vacinação contra a doença;
Acompanhar a tendência da morbimortalidade para traçar estratégias de redução da carga da doença para a sociedade;
Responder a situação inusitada;
Detectar e oferecer resposta rápida à circulação de novos subtipos que poderiam estar relacionados à epidemias/pandemias;
Produzir e disseminar informações epidemiológicos.
Influenza
Subclínico Leves Moderadas SRAG
Espectro clínico
95% 5%
Influenza
10-25% dos pacientes internados necessitam de UTI
Óbito em 2-9% dos pacientes internados
Grupo
captado pela
vigilância
Sistemas de Vigilância de Influenza
Vigilância Sentinela;
Vigilância de Síndrome Respiratória Aguda Grave hospitalizados (SRAG);
Vigilância de surtos de SG em instituições fechadas e de longa permanência;
Influenza
Definição de caso SRAG :
Indivíduos com SG1 E que apresentam dispnéia OU:
* saturação de O2 < 95% em ar ambiente;
* Sinais de desconforto respiratório ou aumento da frequência respiratória de acordo com a idade;
* piora nas condições clínicas de base:cardiopatias e pneumopatias crônicas;
*Hipotensão em relação a PA habitual do paciente;
*Crianças: além dos itens observar tbm: batimentos de asa do nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência
OU
Indíviduo de qualquer idade com quadro de insuficiência respiratória aguda durante o período sazonal
Influenza
Definição de casoSG1:
Indivíduo que apresente febre de início súbito, mesmo que
referida,acompanhada de tosse ou dor de garganta e com o início dos
sintomas nos últimos 7 dias
< 2 anos: febre de início súbito (mesmo que referida) e sintomas respiratórios:
tosse, coriza e obstrução nasal
Influenza
UM POUCO DE HISTÓRIA
Distribuição dos vírus respiratórios por semana epidemiológica de início dos sintomas, 2009-2016,RS
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
SE_
01
SE_
06
SE_
11
SE_
16
SE_
21
SE_
26
SE_
31
SE_
36
SE_
41
SE_
46
SE_
51
SE_
04
SE_
09
SE_
14
SE_
19
SE_
24
SE_
29
SE_
34
SE_
39
SE_
44
SE_
49
SE_
02
SE_
07
SE_
12
SE_
17
SE_
22
SE_
27
SE_
32
SE_
37
SE_
42
SE_
47
SE_
52
SE_
05
SE_
10
SE_
15
SE_
20
SE_
25
SE_
30
SE_
35
SE_
40
SE_
45
SE_
50
SE_
03
SE_
08
SE_
13
SE_
18
SE_
23
SE_
28
SE_
33
SE_
38
SE_
43
SE_
48
SE_
01
SE_
06
SE_
11
SE_
16
SE_
21
SE_
26
SE_
31
SE_
36
SE_
41
SE_
46
SE_
51
SE_
03
SE_
08
SE_
13
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18
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23
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28
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33
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38
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43
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48
SE_
01
SE_
06
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11
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16
SE_
21
SE_
26
SE_
31
SE_
36
SE_
41
SE_
46
SE_
51
2009 2014 2016
Nº
de
Cas
os
Ano e semana epidemiológica de Início dos sintomas
Flu A(H1N1) Flu A(H3N2) Flu B VSR Adenovírus Parainfluenza
2010
20102010
20112012 2013 2015
Fonte: Sinan Influenza web
Casos, óbitos, Coeficiente de Incidência (CI), Coeficiente de Mortalidade (CM) e letalidade dos casos de SRAG, 2011-2015,RS
BR 2016:
CM – 1,1/100.000 hab.
Letalidade: 18,2%
Fonte: Sinan Influenza web, Informe Epidemiológico do MS
PERFIL 2016RS – SRAG universal
Classificação dos casos de SRAG segundo semana de início dos sintomas, 2016,RS
Fonte: Sinan Influenza web
Distribuição do vírus respiratórios segundo faixa etária, 2016, RS
Fonte: Sinan Influenza web
Casos e óbitos por influenza segundo fator ou condição de reisco e situação
vacinal no últimos 12 meses, 2016, RS
77% (766) dos
casos eram
elegíveis para a
vacina e não
receberam;
86,9% (146)
dos óbitos eram
elegíveis para a
vacina e não
receberam
Fonte: Sinan Influenza web
Casos e óbitos por classificação final segundo internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 2016, RS
Fonte: Sinan Influenza web/RS
Distribuição dos casos e óbitos de influenza segundo o uso do Oseltamivir,
2016, RS
Fonte: Sinan Influenza web/RS
71,2% dos casos e
dos óbitos usaram
oseltamivir
* * preconizado
PERFIL 2016RS – Unidades Sentinelas de
SG
Diagrama de controle da proporção de Síndrome Gripal, 2005-2015,
RS
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
Limite endêmico superior 2009 2016
Fonte: Sivep_gripe
Distribuição do vírus respiratórios dos casos de SG por semana
epidemiológica de início dos sintomas, 2016, RS
Fonte: Sivep_gripe
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Influenza A(H1N1) Influenza A(H3N2) Influenza A(não subtipado)
Influenza B SRAG por outros vírus respiratórios SRAG outro agente etiológico
SRAG sem ident viral
Situação atual:como será 2017?
Fonte: Sinan Influenza web/RS
Casos Óbitos Casos Óbitos
Influenza A (H1N1) 462 70 1 0
Influenza A (H3N2) 2 0 9 0
Influenza A não subtipado 16 2 1 0
Influenza B 0 0 5 0
TOTAL 480 72 16 0
Tipo e subtipo de InfluenzaSE 16_2016 SE 16_2017
Diagrama de Controle da proporção de Síndrome Gripal
das Unidades Sentinelas, 2005-2017, RS
Fonte: Sivep_gripe
Diagnóstico Laboratorial
swabs de rayon
Fluxo: notifica – coleta – Gal – Encaminha
amostra
Testes: RT-PCR, se negativo – IFI
IMPORTANTE!!!
Identificação da amostra: nome, DT coleta,
doença, município
Orientações de coleta e transporte de
secreção respiratória – 2017, disponível na pág
AÇÕES DE ENFRENTAMENTO
Crianças 6m a < 2 a
Trabalhadores de saúde
Gestantes Puérperas Indígenas Idosos ≥60 a
85,3% 103,8% 75,3% 106,4% 97,0% 95,7%
Meta de vacinação superada: 92,9% público alvo
Coberturas vacinais por grupo
* Dados preliminares do dia 21/05
Fonte: SI-PNI atualizado em 22/08/2016
Comorbidades: 956.811 doses
Tratamento Oseltamivir está disponível para tratamento de
influenza (SG e SRAG)
Não é necessário o diagnóstico laboratorial de
influenza para tratamento dos casos
Apresentação de cápsulas de 75 mg (adulto) e
de 45 mg e 30 mg (crianças)
Influenza
Tratamento Distribuição de oseltamivir para todos os
municípios
Dispensação em pontos estratégicos: hospitais,
emergências, pronto-atendimentos, farmácias
das Secretarias Municipais de Saúde
Medicamento dispensado sob prescrição
médica em receituário comum, de acordo com
RDC da ANVISA 39/12, de 10/07/12
Influenza
Controle de infecção na assistência à saúde
Precaução padrão: todos os pacientes independente de fator de
risco ou doença básica;
Precaução gotículas: suspeita ou confirmação de influenza;
Geração de aerossóis: intubação, sucção, nebulização
Orientações no Protocolo de Tratamento de Influenza disponível na
página,
Lembrando…
Importância dos pacientes com SG procurarem atendimento médico
antes do aparecimentos de sinais de gravidade
Profissionais informarem conduta frente aos sinais de agravamento
Influenza tem tratamento
Revacinação anual
Lembrar que a vacina da influenza é produzida com vírus mortos
sem risco de causar a infecção pelo vírus da influenza
Mudança na composição da vacina para 2017
Utilização de outras medidas de controle
Influenza
A/Michigan/45/2009 (H1N1)pdm09-like virus- A/Hong Kong/4801/2014 (H3N2)
- B/Brisbane/60/2008-like virus
Tani Ranieri
Divisão de Vigilância Epidemiológica/CEVS
+ 55 51 3901 1168
Disque Vigilância 150
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