REDE MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS PUacuteBLICAS DO CONCELHO DE PALMELA
VALORES
Dossier temaacutetico dirigido agraves Escolas
Novembro 2010
Dossier temaacutetico sobre Valores 164
Se a crianccedila natildeo receber a devida atenccedilatildeo em geral quando adulta tem dificuldade de
amar seus semelhantes Dalai Lama
Os valores natildeo devem ser encarados como algo abstrato ou estanque nem como um
coacutedigo de conduta imposto de fora para dentro A educaccedilatildeo em valores na famiacutelia e na
escola deveraacute incrementar a capacidade de discernimento dos alunos e conscientizaacute-
los da importacircncia das suas escolhas Assim a educaccedilatildeo consolida os valores e
virtudes jaacute existentes nos alunos e incentiva a superaccedilatildeo de erros e defeitos
(MARTINELLI 1999 p21)
Dossier temaacutetico sobre Valores 264
IacuteNDICE
As crianccedilas aprendem aquilo que vivem p 4
Ensinar as crianccedilas a brincar aprendendo valores e bons haacutebitos p 5
Os haacutebitos familiares e a transmissatildeo dos valores p 9
Valores na famiacutelia p 12
O conto na vida da crianccedila p 15
Valores p 17
Crise dos valores tradicionais p 18
O que satildeo os valores p 20
Pertinecircncia de valores p 24
Devem as escolas ensinar valores eacuteticos e sociais Ou isso eacute territoacuterio da famiacutelia p 26
A questatildeo dos valores em sala de aula p 27
O poder dos contos infantis p 42
Dicionaacuterio de valores p 44
Sites interessantes p 56
Bibliografia sobre o tema disponiacutevel na Rede Municipal de Bibliotecas p 57
Dossier temaacutetico sobre Valores 364
AS CRIANCcedilAS APRENDEM AQUILO QUE VIVEM
Se uma crianccedila vive criticada
aprende a condenar
Se uma crianccedila vive com maus tratos
aprende a brigar
Se uma crianccedila vive humilhada
aprende a sentir-se culpada
Se uma crianccedila eacute estimulada
aprende a confiar
Se uma crianccedila eacute valorizada
aprende a valorizar
Se uma crianccedila vive no equiliacutebrio
aprende a ser justa
Se uma crianccedila vive em seguranccedila
aprende a ter feacute
Se uma crianccedila eacute bem aceite
aprende a respeitar
Se uma crianccedila vive na amizade
aprende a encontrar o amor no mundo
Autora Dorothy Law Nolte no livro laquoCrianccedilas Aprendem O Que Vivem Como Incutir Valores Aos Seus
Filhosraquo
In wwwjuniorteptservletsGeraisP=PaisampID=720
Dossier temaacutetico sobre Valores 464
ENSINAR AS CRIANCcedilAS A BRINCAR APRENDENDO
VALORES E BONS HAacuteBITOS
Enviado por Domingo Maio 16 143440 CEST por Amaral
Em laquoVamos Jogarraquo o pediatra Eduard Estivill e a escritora Yolanda Saacuteenz de Tejada
ajudam-no a fazer dos filhos laquomelhores pessoasraquo No livro agora publicado em
Portugal divulgam-se actividades didaacutecticas entre pais e filhos para ensinar valores e
bons haacutebitos agraves crianccedilas Leia a seguir a entrevista concedida a um jornal portuguecircs
Eduard Estivill e Yolanda Tejada assinam uma obra agrave qual emprestam distintas
sensibilidades e largas doses de bom senso Publicamos a seguir a entrevista
publicada no DESTAK
- Os filhos de hoje tecircm piores haacutebitos que os do passado E os pais
Eduard Estivill O ritmo de vida actual a entrada da mulher no mundo laboral e a
diminuiccedilatildeo do nuacutemero de irmatildeos por famiacutelia condicionaram a superprotecccedilatildeo dos
filhos sobretudo nos haacutebitos essenciais sono alimentaccedilatildeo higiene comunicaccedilatildeo Os
pais do passado natildeo eram melhores que os de hoje que simplesmente tecircm menos
tempo mas preocupavam-se mais com a educaccedilatildeo
- No prefaacutecio diz ter esperanccedila de laquoaproximar as crianccedilas dos adultos ou ao
contraacuterioraquo Os adultos natildeo devem perder a capacidade de sonhar
Yolanda Tejada Que natildeo percamos a capacidade de surpresa que voltemos a ter a
ilusatildeo por pequenas coisas que voltemos a jogar e a rir muito Uma crianccedila ri mais 80
que um adulto
- As crianccedilas soacute aprendem jogando
Eduard Estivill A educaccedilatildeo eacute um conjunto de haacutebitos e normas sociais necessaacuterios agrave
vida em sociedade Educar as crianccedilas eacute ensinar estas normas que depois faratildeo com
Dossier temaacutetico sobre Valores 564
que a crianccedila seja aceite na sociedade e se sinta mais segura de si mesma e mais feliz O
jogo eacute soacute um veiacuteculo para repetir as normas que queremos incutir de uma forma mais
divertida tanto para a crianccedila como para os pais
- A coerecircncia e a paciecircncia satildeo os pilares da educaccedilatildeo mas satildeo difiacuteceis de manter
Eduard Estivill Totalmente certo Eacute difiacutecil manter a paciecircncia e a coerecircncia Por isso
recomendamos jogos para alcanccedilar estes objectivos Estes jogos foram testados por
pais pedagogos educadores e professores Isso justifica os 80 mil exemplares do livro
vendidos em Espanha e a ediccedilatildeo do livro em Itaacutelia Brasil e Portugal
- Como se deve contornar a falta de tempo dos pais
Eduard Estivill Entendendo que o importante natildeo eacute a quantidade mas sim a
qualidade Eacute muito melhor brincar com a crianccedila durante meia hora antes do jantar do
que duas horas a ver televisatildeo depois de jantar
- Qual eacute o haacutebito - comunicaccedilatildeo leitura sono comida conduta higiene - que falta
mais agraves crianccedilas actuais
Yolanda Tejada Natildeo depende das crianccedilas mas sim dos adultos Para cada adulto a
importacircncia de cada haacutebito natildeo eacute igual Se para mim natildeo for importante que o meu
filho coma verduras natildeo sentirei a falta desse haacutebito Mas o haacutebito que mais
descuramos regra geral eacute o da comunicaccedilatildeo
Sobre o livro
O objectivo do livro laquoVamos Jogarraquo eacute laquofornecer uma seacuterie de conceitos apresentados
na forma de jogos para que os pais possam inculcar melhores haacutebitos nos seus filhosraquo
explica no proacutelogo da obra o co-autor Eduard Estivill
Nesta aventura pedagoacutegica editada em Portugal pela Livros dHoje o pediatra e
neurofisiologista espanhol contou com a experiecircncia maternal da criativa e escritora
Yolanda Saacuteenz de Tejada ligada a projectos de investigaccedilatildeo sobre comportamentos
Dossier temaacutetico sobre Valores 664
infantis
Juntos partindo de conceitos cientiacuteficos comprovados apresentam uma seacuterie de
laquoactividades faacuteceis de executar e que satildeo particularmente vaacutelidas do ponto de vista
educativoraquo Isto tendo por premissa laquoa facilidade das crianccedilas em captar ensinamentos
e copiar os padrotildees de conduta dos adultosraquo Eacute que os petizes natildeo nascem ensinados e
cabe aos progenitores apontar as direcccedilotildees a seguir no sentido de aprenderem a
laquomovimentar-se pela vida com seguranccedila e responsabilidaderaquo
A transmissatildeo de valores o processo de habituaccedilatildeo atraveacutes da repeticcedilatildeo e do bom
exemplo (neste ponto eacute imperiosa a coerecircncia entre a teoria e praacutetica) e ateacute o seu grau
de estoicismo nunca desistindo perante as contrariedades (leia-se berrarias laacutegrimas
ou ataques de nervos) satildeo absolutamente fundamentais nesta foacutermula para se obterem
bons resultados
Ingredientes base
Na receita proposta em laquoVamos Jogarraquo a Emoccedilatildeo e a Planificaccedilatildeo tecircm o mesmo grau
de importacircncia A dupla sugere que os pais devem recuperar a alegria de quando eram
pequenos sendo cada jogo acompanhado de amor e do sorriso que laquotantas vezes
tendemos a esquecerraquo Jaacute em termos de Planificaccedilatildeo laquose criarmos expectativas seraacute
mais faacutecil que as crianccedilas desfrutemraquo como quem tem um objectivo em mente e sente a
inerente satisfaccedilatildeo quando consegue realizaacute-lo
Neste moroso processo eacute certo e sabido que laquonatildeo somos infaliacuteveisraquo laquoOs pais que se
equivocam satildeo mais humanos Se assumirmos que natildeo sabemos algo mas que vamos
tentar encontrar a resposta o nosso filho pensaraacute que tudo tem uma soluccedilatildeo Os nossos
enganos se os admitirmos aproximar-nos-atildeo mais delesraquo afianccedilam Eduard Estivill e
Yolanda Saacuteenz de Tejada
Mais laquopara ensinar eacute preciso ouvirraquo e rever a nossa infacircncia e a tradicional sensaccedilatildeo de
incompreensatildeo dessa fase etaacuteria seraacute uacutetil nesse processo de identificaccedilatildeo com a nossa
prole Por fim os autores recomendam laquoo amor loucoraquo pois que laquoum pouco de carinho
nunca eacute de mais e natildeo haacute que ter quaisquer pudores em demonstraacute-lo publicamente
Dossier temaacutetico sobre Valores 764
Bons haacutebitos
Ao longo de 277 paacuteginas aprendemos que esse acto essencial na vida das crianccedilas que eacute
o Jogo eacute possiacutevel de ser explorado no sentido educativo e meramente recreativo Na
lista de jogos haacute a promessa da aquisiccedilatildeo de bons haacutebitos na Comida de Conduta de
Higiene de Comunicaccedilatildeo de Estudo de Leitura e de Sono
O mesmo seraacute dizer que em jeito de brincadeira se aprende a pocircr a mesa a comer o
pequeno-almoccedilo sozinho a ser pontual agraves refeiccedilotildees a natildeo ter ciuacutemes a ser altruiacutesta a
valorizar a praacutetica desportiva a tomar banho sozinho a gerir o tempo a escolher a
roupa para vestir a perder o medo do meacutedico a natildeo ter vergonha a dar valor agrave
famiacutelia a gostar de estudar a treinar a memoacuteria a explorar o talento artiacutestico ou a
adormecer sozinho Tudo porque como disse um dia Allan Bloom laquoa educaccedilatildeo eacute o
movimento da obscuridade em direcccedilatildeo agrave luzraquo
Vera Valadas Ferreira | DESTAK
19 | 04 | 2010
In wwwfersapptfersapmodulesphpname=Newsampfile=articleampsid=844
Dossier temaacutetico sobre Valores 864
OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS
VALORES
Justiccedila igualdade toleracircnciahellip Satildeo palavras que cada dia mais se escutam nas escolas
A ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo jaacute estaacute presente no curriculum escolar mas isso natildeo eacute
suficiente Ficar no niacutevel teoacuterico natildeo serve de nada E na praacutetica esquecemos
frequentemente que palavras tatildeo grandiosas como ldquoEmpatiardquo ou ldquoRespeitordquo se
traduzem em premissas tatildeo singelas como ldquonatildeo atirar papeacuteis para o chatildeordquo ldquoceder o
assento a quem mais o necessiterdquo ou ldquoabrir a porta a quem vai carregadordquo
Que a ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo tenha chegado agraves escolas eacute um passo que realmente
devemos celebrar Saber ser pessoa eacute mais importante do que saber resolver integrais
ou saber em que ano comeccedilou a Revoluccedilatildeo Francesa Entretanto enquanto que a
instruccedilatildeo e formaccedilatildeo intelectual eacute um objectivo a conseguir primordialmente atraveacutes
da escola a educaccedilatildeo e desenvolvimento pessoal eacute-o atraveacutes da famiacutelia
Nunca devemos esquecer que o lar eacute o autecircntico formador de pessoas As crianccedilas
aprendem continuamente atraveacutes dos seus pais natildeo soacute o que estes lhes contam mas
tambeacutem sobretudo pelo que vecircem neles como actuam como respondem perante os
problemas Em definitivo as crianccedilas observam e copiam o proceder dos seus pais
perante a vida A autecircntica educaccedilatildeo nos valores transmite-se passa dos pais para os
seus filhos desde o dia do nascimento ateacute ao final da vida Natildeo obstante tem uma
importacircncia relevante durante os primeiros anos Ateacute aos seis ou sete anos de idade as
crianccedilas possuem uma moral denominada ldquoheteroacutenimardquo ou seja a sua motivaccedilatildeo para
fazer as coisas de uma maneira ou de outra eacute corresponder ao que o papaacute e a mamatilde
desejariam o que dizem os pais satildeo ldquoverdades absolutasrdquo Conforme crescem vatildeo
compreendendo melhor por que eacute importante actuar de certa forma e natildeo de outras
mas seguem sempre guiando-se pelo que vecircem em casa especialmente ateacute aos doze
anos Daiacuteiacute a tremenda importacircncia de educar as crianccedilas atraveacutes do exemplo para
desenvolver uma educaccedilatildeo ciacutevica
Dossier temaacutetico sobre Valores 964
Faz o que eu faccedilo
Todos temos na mente uma ideia de como gostariacuteamos que fosse a sociedade em que
mundo queremos que vivam os nossos filhos um sitio limpo em que as pessoas se
ajudem e respeitem onde todos tenhamos os mesmos direitoshellip Depois saiacutemos agrave rua
pensando no trabalho nas compras na ortodoncia do menino e esquecemo-nos de
todos esses bons propoacutesitos De repente queremos ser os primeiros a sair do metro
incomoda-nos o carro que torna lenta a circulaccedilatildeo esquecemo-nos de dar os bons dias
ao porteirohellip e assim dia apoacutes dia diante o olhar sempre atento das crianccedilas que jaacute se
sabe absorvem tudo como esponjas
Jaacute comentaacutemos que ateacute os doze anos aproximadamente o lar eacute a principal fonte de
valores direitos e deveres da crianccedila Agora tambeacutem teraacute que se dizer que haacute coisas
que dificilmente se aprendem mais tarde Se em pequenos natildeo nos acostumamos a
guardar o pacote no bolso quando natildeo haacute um cesto de papeacuteis agrave matildeo a natildeo pocircr a
muacutesica muito alta para natildeo incomodar o vizinho a dizer obrigado quando nos fazem
um favor ou a natildeo insultar os que satildeo diferentes seraacute mais complicado aprendecirc-lo
mais tarde Porque o civismo o respeito a honestidade e todos os valores humanos satildeo
em grande medida haacutebitos rotinas que aprendemos em famiacutelia de forma inconsciente
e que mais adiante chegamos a valorizar com a reflexatildeo que permite a maturidade
Por isso a melhor forma de transmitir valores de aprender a viver em sociedade eacute natildeo
aplicar jamais a tatildeo popular frase de ldquofaz o que eu digo e natildeo o que eu faccedilordquo Se
quisermos que nossos filhos alcancem essa sociedade tatildeo sonhada devemos comeccedilar
por criaacute-la noacutes mesmos e ldquofazer o que dizemosrdquo
Que ldquohaacutebitos-valoresrdquo fomentar
Decerto que vocecircs mesmos tecircm a resposta Soacute tecircm que pensar que tipo de pessoas
gostariam que fossem os vossos filhos e actuar em consequecircncia Como vimos a
coerecircncia entre as ideias que querem transmitir e a forma como se actua em casa eacute a
chave principal
A maioria das pessoas considera como nobres os mesmos tipos de valores Entretanto
agraves vezes eacute difiacutecil reconhecer em noacutes mesmo onde encaixa a conexatildeo entre ldquocrenccedilasrdquo e
ldquoforma de serrdquo Estes conselhos podem ajudar a reflectir sobre isso
Dossier temaacutetico sobre Valores 1064
Se quiserem que o vossofilho seja uma pessoa razoaacutevel raciocinem com ele desde o
primeiro dia Natildeo utilizem o ldquoporque eu digordquo Logicamente haveraacute muitas ocasiotildees
em que tenham que lhe ordenar as coisas mas sempre podem argumentar o motivo
O respeito onde primeiro se observa eacute entre os pais As decisotildees no casal devem ser
sempre compartilhadas Se discutem faccedilam-no de forma tranquila sem recriminar
Saber viver em sociedade eacute saber aceitar as opiniotildees distintas
Onde mais se fomentam os estereoacutetipos eacute no lar Pensaram alguma vez em coisas como
quem limpa a casa quem troca as lacircmpadas etc Tratem de compartilhar entre voacutes os
distintos papeacuteis
Se se preocuparem com as influecircncias externas pensem que tecircm uma arma muito
importante ao vosso alcance os vossoscomentaacuterios Falem com o vossofilho sobre a
opiniatildeo que merecem as actuaccedilotildees dos outros (tanto no positivo como no negativo)
Isto eacute importante sobretudo contra a influecircncia da televisatildeo
Compreender ajuda a aprender
Os valores transmitem-se atraveacutes do exemplo mas assentam com forccedila graccedilas agrave
compreensatildeo de que satildeo necessaacuterios Como podemos ajudar uma crianccedila pequena a
perceber esta importacircncia Uma boa maneira eacute aplicar a foacutermula de ldquofaz pelos outros o
que gostarias que fizessem por ti e natildeo lhes faccedilas o que natildeo gostarias que te fizessemrdquo
Por outras palavras colocar as crianccedilas na hipoacutetese de serem eles os protagonistas de
certas atitudes Eacute muito mais eficaz para que o vossofilho a entenda dizer-lhe
ldquoGostarias que se rissem de ti porque usas oacuteculos como te sentiriasrdquo do que lhe dizer
simplesmente ldquoNatildeo deves rir do Joatildeo por ter aparelho nos dentesrdquo
(Esther Garciacutea Schmah Pedagoga wwwsolohijoscom wwwmujernuevaorg)
In httpfamiliaaaldeianetos-habitos-familiares-e-a-transmissao-dos-valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 1164
VALORES NA FAMIacuteLIA
Quando os valores prioritaacuterios satildeo os valores ou bens materiais como ocorre em
amplos sectores da sociedade actual ou quando os valores se confundem com os
desejos ou as apetecircncias de um ser humano como tambeacutem acontece a descoberta de
verdadeiros valores humanos tem uma grande importacircncia para a motivaccedilatildeo da
vontade humana Porquecirc Porque a motivaccedilatildeo humana remete sempre para valores
humanos verdadeiros materiais e espirituais ndash sempre que os primeiros sirvam os
segundos e natildeo ao contraacuterio
A descoberta e valores corresponde aos imateriais aos do espiacuterito aos que fazem
referecircncia agrave verdade (valores intelectuais) ao bem (valores morais) e agrave beleza (valores
esteacuteticos) Satildeo trecircs tipos de valores estreitamente relacionados entre si porque verdade
bem e beleza satildeo os termos inseparaacuteveis de um trinoacutemio (Se algueacutem tentasse separaacute-
los encontrar-se-ia com uma verdade maacute e feia com um bem feio e falso com uma
beleza falsa e maacute)
Como descobrir estes valores Cada qual deve tomar a iniciativa de os procurar porque
lhe satildeo muito importantes satildeo os elementos que aperfeiccediloam o proacuteprio ser mediante
eles um indiviacuteduo pode acabar por ser chegar a ser aquilo que eacute pessoa ser mais e
melhor pessoa
Mas nem sempre que se procuram se encontram Tambeacutem eacute verdade que agraves vezes
emergem de repente no nosso horizonte existencial inclusivamente apesar da nossa
resistecircncia (hellip) Um dia qualquer uma vida rotineira e talvez sem relevo pode sentir-
se sacudida ndash e ateacute invadida ndash pela descoberta de um novo valor que a transforma
(Polaino e Carrentildeo l992 p 75)
Haacute algum acircmbito onde a descoberta de valores seja menos difiacutecil ou mais provaacutevel
Em primeiro lugar o acircmbito vital da famiacutelia Se os pais optaram por certos valores e se
comprometeram com eles cada filho que vem ao mundo natildeo tem de desenvolver a
tarefa hercuacutelea e problemaacutetica de tratar de descobrir por que valores vale a pena
arriscar a vida (ibidem)
Dossier temaacutetico sobre Valores 1264
Nem sempre acontece assim Optar por certos valores significa escolher entre os
melhores aqueles que mais convenham numa famiacutelia concreta com as suas
circunstacircncias actuais para o desenvolvimento pessoal de cada membro e para a
melhoria familiar Logicamente seratildeo prioritaacuterios os valores humanos mais cultivados
por ambos os cocircnjuges
Comprometer-se com uns valores e organizar a vida familiar em funccedilatildeo deles supotildee tecirc-
los interiorizado profundamente Soacute assim seratildeo capazes de os pocircr de moda na sua
famiacutelia sendo eles proacuteprios para os seus filhos portadores de valores
Esses valores vividos pelos pais com naturalidade e com graccedila com bom humor
sabendo sorrir habitualmente seratildeo atractivos para os filhos e contagiosos A famiacutelia
sob esta perspectiva aparece-nos como um museu vivo de valores E natildeo porque os
pais pendurem os valores nas paredes como se se tratasse de um quadro que
passivamente se deve admirar Os valores familiares constituem pelo contraacuterio um
dado irrefutaacutevel quase com cunho testemunhal que vai unido ao comportamento
diaacuterio dos pais (ibidem p 76) E tambeacutem estaratildeo presentes estes valores na conduta
dos filhos quando os pais aleacutem de os viverem e de os fomentarem promovem e
mantecircm vigentes algumas normas e costumes familiares que mostram a presenccedila viva
destes valores preferenciais
Os valores familiares ndash em famiacutelias cristatildes natildeo satildeo soacute valores naturais mas tambeacutem
valores sobrenaturais ndash nenhuma crianccedila inicialmente os questiona Mais tarde sim
porque na medida em que cresce emerge e amadurece a sua liberdade pessoal haacute-de
comprometer-se tambeacutem nas escolhas que faz e que obviamente satildeo sempre muito
pessoais(hellip) Precisamente por isso os pais tecircm de preparar essa fase de referecircncia ndash
atraveacutes do seu comportamento ndash que lhe sirva de orientaccedilatildeo (ibidem)
Isto seraacute tanto menos difiacutecil para os pais quanto mais cedo faccedilam da sua famiacutelia um
museu vivo de valores quando os filhos satildeo ainda muito pequenos
Seraacute menos difiacutecil tambeacutem a sua adolescecircncia quando o quadro de referecircncia e um
miacutenimo de normas e costumes tenham sido parte importante do seu ambiente familiar
acolhedor desde a primeira infacircncia
Dossier temaacutetico sobre Valores 1364
Deste modo quando o filho adolescente ou o filho jovem daacute prioridade a alguns
valores como fundamento para apoiar a sua vida tem jaacute como em depoacutesito uns
valores que anteriormente assumiu e integrou quase sem dar por isso contagiados ou
emprestados pelos seus pais
Estes valores familiares descobertos na convivecircncia do lar paterno nas relaccedilotildees diaacuterias
de pais e filhos de irmatildeos de diferentes idades traduzem-se ndash como efeito de
descoberta ndash em motivos Em consequecircncia a conduta de cada filho estaraacute motivada
desde o principio a sua vontade estaraacute motivada
Penso por contraste em tantos filhos desmotivados antes e durante a sua adolescecircncia
quando os primeiros responsaacuteveis da famiacutelia natildeo se propuseram ou natildeo souberam
criar este a ambiente familiar cimentado na sinceridade na generosidade na lealdade
na laboriosidade no optimismo na compreensatildeo exigente no respeito confiado na
disponibilidade na gratidatildeo na amizade e noutros valores humanos
Oliveros Otero
In httpfamiliaaaldeianetvalores-na-familia
Dossier temaacutetico sobre Valores 1464
O CONTO NA VIDA DA CRIANCcedilA
A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais
refinadas como A Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos
limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros
Perde-se no tempo a origem e importacircncia do conto na educaccedilatildeo da crianccedila Quantas
vezes pais e educadores a braccedilos com a explicaccedilatildeo de algo mais complexo aos nossos
filhos nos socorremos de uma histoacuteria que simplifique a nossa tarefa por um lado e
por outro facilite a compreensatildeo por parte da crianccedila daquilo que verdadeiramente lhe
queremos transmitir
Passar valores agrave crianccedila eacute algo complexo Esta missatildeo implica normalmente conceitos
que fazem apelo a abstracccedilotildees competecircncias impossiacuteveis de usar pela crianccedila nas
etapas mais precoces do desenvolvimento As histoacuterias satildeo por isso um meio
facilitador de resolver algumas das questotildees que esta tarefa nos coloca Se por um
lado divertem as crianccedilas espicaccedilam a sua curiosidade promovem competecircncias
cognitivas e de oralidade activam a magia por outro satildeo tambeacutem a forma de
concretizarmos alguns dos valores que consideramos aceitaacuteveis e oportunos transmitir
agrave crianccedila
De cada histoacuteria cada crianccedila retiraraacute aquilo que lhe fizer mais sentido em funccedilatildeo das
suas vivecircncias e das suas caracteriacutesticas desenvolvimentais Com a mesma histoacuteria
podemos transmitir um sem-nuacutemero de ensinamentos isso depende em primeira
instacircncia do objectivo de quem a usa e da proacutepria crianccedila
A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais
refinadas como a Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos
limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros
A Menina do Mar eacute uma histoacuteria porventura difiacutecil de entender antes da idade
escolar Para aleacutem da beleza literaacuteria pode permitir-nos transmitir valores ecoloacutegicos
respeito pela Natureza nomeadamente pelas coisas do mar curiosidade na descoberta
e contemplaccedilatildeo do mar e do que ele conteacutem Aleacutem disso e voltando a um dos valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 1564
inerentes a quase todas as histoacuterias - a relaccedilatildeo com os outros - A Menina do Mar
proporciona uma excelente oportunidade de ensinar a crianccedila a respeitar e a aceitar as
diferenccedilas e ainda a importacircncia de fazer amigos
Nas histoacuterias tal como na vida por vezes tambeacutem haacute situaccedilotildees desconcertantes e ainda
bem que as histoacuterias contemplam estas situaccedilotildees Satildeo uma oacuteptima oportunidade para a
crianccedila se organizar e aprender a lidar com os medos os obstaacuteculos e frustraccedilotildees com
que se iraacute confrontar ao longo da vida Eacute importante que o crescimento se faccedila ainda
que ao niacutevel do imaginaacuterio e simboacutelico assente em valores reais
In O conto na vida da crianccedila In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$o-conto-na-vida-da-criancagt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1664
VALORES
Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis
Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano
sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A
expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os
grupos dispotildeem para aceder aos valores
Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os
valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a
possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais
No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo
vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer
sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo
depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores
podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as
estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo
a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir
mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores
Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na
www ltURL httpwwwinfopediapt$valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1764
CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS
Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores
ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise
de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de
generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o
individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de
consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute
natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do
injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o
relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem
sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora
volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta
As principais causas para a crise de valores satildeo
- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e
ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que
substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos
valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto
de mecanismos mentais repressivos
- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia
primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees
violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar
tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos
- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas
mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade
moderna face aos valores tradicionais
- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na
descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e
pelo relativismo
A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo
melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para
a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees
Dossier temaacutetico sobre Valores 1864
interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a
maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois
subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais
parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute
apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas
Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1964
O QUE SAtildeO VALORES
O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR
PESQUISA
O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute
assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as
fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode
ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e
aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer
opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e
legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada
entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que
noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia
Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia
Dossier temaacutetico sobre Valores 2064
SIacuteNTESE
1 Valores
1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas
preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para
justificar as nossas decisotildees
2 Factos e valores
Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos
valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias
Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante
da semana era um domingo
Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um
domingo
Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os
dias da semana
3Facto
Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a
afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem
consensos universais
4 Valor
Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos
a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as
coisas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2164
b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-
as preferiacuteveis a outras
Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas
Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que
atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o
valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo
Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem
todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma
5 Tipos de valores
Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que
traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos
agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma
Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas
as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade
Lealdade Bondade Altruiacutesmo
Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime
Traacutegico
Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia
Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo
Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade
Valores vitais Sauacutede Forccedila
6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores
Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar
uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A
Dossier temaacutetico sobre Valores 2264
hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros
isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo
muacuteltiplas
Exemplo
A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares
Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que
hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades
bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar
7 Polaridade dos Valores
Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades
Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza
agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada
num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de
estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como
Injusto
Carlos Fontes
In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~
Dossier temaacutetico sobre Valores 2364
PERTINEcircNCIA DE VALORES
Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como
crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais
e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades
tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores
comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas
de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores
graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas
pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho
Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -
cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de
valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema
poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema
societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo
de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto
os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores
A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais
religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees
entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam
Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as
culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade
histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da
existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre
vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja
assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito
uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo
e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da
crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila
Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade
valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas
diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os
valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os
Dossier temaacutetico sobre Valores 2464
valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc
Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que
uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de
valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a
eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave
comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num
tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas
e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a
obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora
de casa e tecircm filhos pequenos) etc
Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas
sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a
uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos
novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de
desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da
toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de
voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos
sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres
viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de
assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos
valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais
Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]
Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 2564
DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E
SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os
valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute
quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os
valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi
publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio
quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o
egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que
promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de
etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo
excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores
da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo
lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais
entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos
professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas
desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os
docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila
Foto Pintura de Salvador Dali
In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml
Dossier temaacutetico sobre Valores 2664
A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Adolfo S Suaacuterez
Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso
de Teologia do Unasp
Centro Universitaacuterio Adventista
Campus Engenheiro Coelho (SP)
adolfosuarezunaspedubr
Introduccedilatildeo
1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores
11 Definiccedilotildees
12 Modelos de valores em sala de aula
121 Valores absolutos
122 Valores relativos
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
13 Classificaccedilatildeo de valores
14 Conclusatildeo parcial
2 Valores que devem ser ensinados
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
23 Conclusatildeo parcial
3 A transmissatildeo de valores
31 Como se aprendem os valores
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
33 A idade e o ensino de valores
34 Conclusatildeo parcial
Consideraccedilotildees finais
Referecircncias bibliograacuteficas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2764
Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo
Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde
Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula
The issue of values in the classroom
Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary
Education based on a Christian pedagogical practice
Keywords values christian education classroom
Dossier temaacutetico sobre Valores 2864
INTRODUCcedilAtildeO
Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS
2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da
experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e
cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e
espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)
Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas
fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade
promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a
inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)
No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de
estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das
faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)
Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo
meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo
quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e
aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)
Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido
vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo
no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar
desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de
professores ldquoconteudistasrdquo
Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser
mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno
porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de
apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa
formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores
Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-
se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo
da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados
Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores
1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES
1 1 Definiccedilotildees
Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade
humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua
conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja
valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)
independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de
caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)
Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo
Dossier temaacutetico sobre Valores 2964
Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao
satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa
qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto
deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo
racional humano (2001 p 44)
No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS
pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores
significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno
seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais
lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que
promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os
princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o
seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o
respeito e a cooperaccedilatildeo
Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante
descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade
(1997 p 79)
12 Modelos de valores em sala de aula
Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores
Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)
121 Valores absolutos
Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e
normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma
autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos
indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave
medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo
previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios
mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo
O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para
conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de
que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3064
122 Valores relativos
Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute
baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da
verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio
mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela
praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia
pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc
A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o
que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de
tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no
momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros
possam pensar
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3164
Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o
trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua
autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e
normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam
orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os
valores
Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que
determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura
que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a
escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se
oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem
possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo
Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de
determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes
puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para
todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar
os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns
13 Classificaccedilatildeo de valores
Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da
seguinte maneira numa escala ascendente
(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc
(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc
(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc
(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc
(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc
(f) Valores religiosos sagrado profano etc
De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em
Dossier temaacutetico sobre Valores 3264
(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam
rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar
(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute
dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel
satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para
Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos
sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos
gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e
prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos
(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)
(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo
pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real
exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato
boa-feacutemaacute-feacute etc)
(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)
(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia
autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da
vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees
pessoais etc
(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed
Petroacutepolis RJ Vozes 2000
BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais
Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997
BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales
Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997
Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
Paulo Vida 2001
MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
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de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
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(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
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BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
Se a crianccedila natildeo receber a devida atenccedilatildeo em geral quando adulta tem dificuldade de
amar seus semelhantes Dalai Lama
Os valores natildeo devem ser encarados como algo abstrato ou estanque nem como um
coacutedigo de conduta imposto de fora para dentro A educaccedilatildeo em valores na famiacutelia e na
escola deveraacute incrementar a capacidade de discernimento dos alunos e conscientizaacute-
los da importacircncia das suas escolhas Assim a educaccedilatildeo consolida os valores e
virtudes jaacute existentes nos alunos e incentiva a superaccedilatildeo de erros e defeitos
(MARTINELLI 1999 p21)
Dossier temaacutetico sobre Valores 264
IacuteNDICE
As crianccedilas aprendem aquilo que vivem p 4
Ensinar as crianccedilas a brincar aprendendo valores e bons haacutebitos p 5
Os haacutebitos familiares e a transmissatildeo dos valores p 9
Valores na famiacutelia p 12
O conto na vida da crianccedila p 15
Valores p 17
Crise dos valores tradicionais p 18
O que satildeo os valores p 20
Pertinecircncia de valores p 24
Devem as escolas ensinar valores eacuteticos e sociais Ou isso eacute territoacuterio da famiacutelia p 26
A questatildeo dos valores em sala de aula p 27
O poder dos contos infantis p 42
Dicionaacuterio de valores p 44
Sites interessantes p 56
Bibliografia sobre o tema disponiacutevel na Rede Municipal de Bibliotecas p 57
Dossier temaacutetico sobre Valores 364
AS CRIANCcedilAS APRENDEM AQUILO QUE VIVEM
Se uma crianccedila vive criticada
aprende a condenar
Se uma crianccedila vive com maus tratos
aprende a brigar
Se uma crianccedila vive humilhada
aprende a sentir-se culpada
Se uma crianccedila eacute estimulada
aprende a confiar
Se uma crianccedila eacute valorizada
aprende a valorizar
Se uma crianccedila vive no equiliacutebrio
aprende a ser justa
Se uma crianccedila vive em seguranccedila
aprende a ter feacute
Se uma crianccedila eacute bem aceite
aprende a respeitar
Se uma crianccedila vive na amizade
aprende a encontrar o amor no mundo
Autora Dorothy Law Nolte no livro laquoCrianccedilas Aprendem O Que Vivem Como Incutir Valores Aos Seus
Filhosraquo
In wwwjuniorteptservletsGeraisP=PaisampID=720
Dossier temaacutetico sobre Valores 464
ENSINAR AS CRIANCcedilAS A BRINCAR APRENDENDO
VALORES E BONS HAacuteBITOS
Enviado por Domingo Maio 16 143440 CEST por Amaral
Em laquoVamos Jogarraquo o pediatra Eduard Estivill e a escritora Yolanda Saacuteenz de Tejada
ajudam-no a fazer dos filhos laquomelhores pessoasraquo No livro agora publicado em
Portugal divulgam-se actividades didaacutecticas entre pais e filhos para ensinar valores e
bons haacutebitos agraves crianccedilas Leia a seguir a entrevista concedida a um jornal portuguecircs
Eduard Estivill e Yolanda Tejada assinam uma obra agrave qual emprestam distintas
sensibilidades e largas doses de bom senso Publicamos a seguir a entrevista
publicada no DESTAK
- Os filhos de hoje tecircm piores haacutebitos que os do passado E os pais
Eduard Estivill O ritmo de vida actual a entrada da mulher no mundo laboral e a
diminuiccedilatildeo do nuacutemero de irmatildeos por famiacutelia condicionaram a superprotecccedilatildeo dos
filhos sobretudo nos haacutebitos essenciais sono alimentaccedilatildeo higiene comunicaccedilatildeo Os
pais do passado natildeo eram melhores que os de hoje que simplesmente tecircm menos
tempo mas preocupavam-se mais com a educaccedilatildeo
- No prefaacutecio diz ter esperanccedila de laquoaproximar as crianccedilas dos adultos ou ao
contraacuterioraquo Os adultos natildeo devem perder a capacidade de sonhar
Yolanda Tejada Que natildeo percamos a capacidade de surpresa que voltemos a ter a
ilusatildeo por pequenas coisas que voltemos a jogar e a rir muito Uma crianccedila ri mais 80
que um adulto
- As crianccedilas soacute aprendem jogando
Eduard Estivill A educaccedilatildeo eacute um conjunto de haacutebitos e normas sociais necessaacuterios agrave
vida em sociedade Educar as crianccedilas eacute ensinar estas normas que depois faratildeo com
Dossier temaacutetico sobre Valores 564
que a crianccedila seja aceite na sociedade e se sinta mais segura de si mesma e mais feliz O
jogo eacute soacute um veiacuteculo para repetir as normas que queremos incutir de uma forma mais
divertida tanto para a crianccedila como para os pais
- A coerecircncia e a paciecircncia satildeo os pilares da educaccedilatildeo mas satildeo difiacuteceis de manter
Eduard Estivill Totalmente certo Eacute difiacutecil manter a paciecircncia e a coerecircncia Por isso
recomendamos jogos para alcanccedilar estes objectivos Estes jogos foram testados por
pais pedagogos educadores e professores Isso justifica os 80 mil exemplares do livro
vendidos em Espanha e a ediccedilatildeo do livro em Itaacutelia Brasil e Portugal
- Como se deve contornar a falta de tempo dos pais
Eduard Estivill Entendendo que o importante natildeo eacute a quantidade mas sim a
qualidade Eacute muito melhor brincar com a crianccedila durante meia hora antes do jantar do
que duas horas a ver televisatildeo depois de jantar
- Qual eacute o haacutebito - comunicaccedilatildeo leitura sono comida conduta higiene - que falta
mais agraves crianccedilas actuais
Yolanda Tejada Natildeo depende das crianccedilas mas sim dos adultos Para cada adulto a
importacircncia de cada haacutebito natildeo eacute igual Se para mim natildeo for importante que o meu
filho coma verduras natildeo sentirei a falta desse haacutebito Mas o haacutebito que mais
descuramos regra geral eacute o da comunicaccedilatildeo
Sobre o livro
O objectivo do livro laquoVamos Jogarraquo eacute laquofornecer uma seacuterie de conceitos apresentados
na forma de jogos para que os pais possam inculcar melhores haacutebitos nos seus filhosraquo
explica no proacutelogo da obra o co-autor Eduard Estivill
Nesta aventura pedagoacutegica editada em Portugal pela Livros dHoje o pediatra e
neurofisiologista espanhol contou com a experiecircncia maternal da criativa e escritora
Yolanda Saacuteenz de Tejada ligada a projectos de investigaccedilatildeo sobre comportamentos
Dossier temaacutetico sobre Valores 664
infantis
Juntos partindo de conceitos cientiacuteficos comprovados apresentam uma seacuterie de
laquoactividades faacuteceis de executar e que satildeo particularmente vaacutelidas do ponto de vista
educativoraquo Isto tendo por premissa laquoa facilidade das crianccedilas em captar ensinamentos
e copiar os padrotildees de conduta dos adultosraquo Eacute que os petizes natildeo nascem ensinados e
cabe aos progenitores apontar as direcccedilotildees a seguir no sentido de aprenderem a
laquomovimentar-se pela vida com seguranccedila e responsabilidaderaquo
A transmissatildeo de valores o processo de habituaccedilatildeo atraveacutes da repeticcedilatildeo e do bom
exemplo (neste ponto eacute imperiosa a coerecircncia entre a teoria e praacutetica) e ateacute o seu grau
de estoicismo nunca desistindo perante as contrariedades (leia-se berrarias laacutegrimas
ou ataques de nervos) satildeo absolutamente fundamentais nesta foacutermula para se obterem
bons resultados
Ingredientes base
Na receita proposta em laquoVamos Jogarraquo a Emoccedilatildeo e a Planificaccedilatildeo tecircm o mesmo grau
de importacircncia A dupla sugere que os pais devem recuperar a alegria de quando eram
pequenos sendo cada jogo acompanhado de amor e do sorriso que laquotantas vezes
tendemos a esquecerraquo Jaacute em termos de Planificaccedilatildeo laquose criarmos expectativas seraacute
mais faacutecil que as crianccedilas desfrutemraquo como quem tem um objectivo em mente e sente a
inerente satisfaccedilatildeo quando consegue realizaacute-lo
Neste moroso processo eacute certo e sabido que laquonatildeo somos infaliacuteveisraquo laquoOs pais que se
equivocam satildeo mais humanos Se assumirmos que natildeo sabemos algo mas que vamos
tentar encontrar a resposta o nosso filho pensaraacute que tudo tem uma soluccedilatildeo Os nossos
enganos se os admitirmos aproximar-nos-atildeo mais delesraquo afianccedilam Eduard Estivill e
Yolanda Saacuteenz de Tejada
Mais laquopara ensinar eacute preciso ouvirraquo e rever a nossa infacircncia e a tradicional sensaccedilatildeo de
incompreensatildeo dessa fase etaacuteria seraacute uacutetil nesse processo de identificaccedilatildeo com a nossa
prole Por fim os autores recomendam laquoo amor loucoraquo pois que laquoum pouco de carinho
nunca eacute de mais e natildeo haacute que ter quaisquer pudores em demonstraacute-lo publicamente
Dossier temaacutetico sobre Valores 764
Bons haacutebitos
Ao longo de 277 paacuteginas aprendemos que esse acto essencial na vida das crianccedilas que eacute
o Jogo eacute possiacutevel de ser explorado no sentido educativo e meramente recreativo Na
lista de jogos haacute a promessa da aquisiccedilatildeo de bons haacutebitos na Comida de Conduta de
Higiene de Comunicaccedilatildeo de Estudo de Leitura e de Sono
O mesmo seraacute dizer que em jeito de brincadeira se aprende a pocircr a mesa a comer o
pequeno-almoccedilo sozinho a ser pontual agraves refeiccedilotildees a natildeo ter ciuacutemes a ser altruiacutesta a
valorizar a praacutetica desportiva a tomar banho sozinho a gerir o tempo a escolher a
roupa para vestir a perder o medo do meacutedico a natildeo ter vergonha a dar valor agrave
famiacutelia a gostar de estudar a treinar a memoacuteria a explorar o talento artiacutestico ou a
adormecer sozinho Tudo porque como disse um dia Allan Bloom laquoa educaccedilatildeo eacute o
movimento da obscuridade em direcccedilatildeo agrave luzraquo
Vera Valadas Ferreira | DESTAK
19 | 04 | 2010
In wwwfersapptfersapmodulesphpname=Newsampfile=articleampsid=844
Dossier temaacutetico sobre Valores 864
OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS
VALORES
Justiccedila igualdade toleracircnciahellip Satildeo palavras que cada dia mais se escutam nas escolas
A ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo jaacute estaacute presente no curriculum escolar mas isso natildeo eacute
suficiente Ficar no niacutevel teoacuterico natildeo serve de nada E na praacutetica esquecemos
frequentemente que palavras tatildeo grandiosas como ldquoEmpatiardquo ou ldquoRespeitordquo se
traduzem em premissas tatildeo singelas como ldquonatildeo atirar papeacuteis para o chatildeordquo ldquoceder o
assento a quem mais o necessiterdquo ou ldquoabrir a porta a quem vai carregadordquo
Que a ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo tenha chegado agraves escolas eacute um passo que realmente
devemos celebrar Saber ser pessoa eacute mais importante do que saber resolver integrais
ou saber em que ano comeccedilou a Revoluccedilatildeo Francesa Entretanto enquanto que a
instruccedilatildeo e formaccedilatildeo intelectual eacute um objectivo a conseguir primordialmente atraveacutes
da escola a educaccedilatildeo e desenvolvimento pessoal eacute-o atraveacutes da famiacutelia
Nunca devemos esquecer que o lar eacute o autecircntico formador de pessoas As crianccedilas
aprendem continuamente atraveacutes dos seus pais natildeo soacute o que estes lhes contam mas
tambeacutem sobretudo pelo que vecircem neles como actuam como respondem perante os
problemas Em definitivo as crianccedilas observam e copiam o proceder dos seus pais
perante a vida A autecircntica educaccedilatildeo nos valores transmite-se passa dos pais para os
seus filhos desde o dia do nascimento ateacute ao final da vida Natildeo obstante tem uma
importacircncia relevante durante os primeiros anos Ateacute aos seis ou sete anos de idade as
crianccedilas possuem uma moral denominada ldquoheteroacutenimardquo ou seja a sua motivaccedilatildeo para
fazer as coisas de uma maneira ou de outra eacute corresponder ao que o papaacute e a mamatilde
desejariam o que dizem os pais satildeo ldquoverdades absolutasrdquo Conforme crescem vatildeo
compreendendo melhor por que eacute importante actuar de certa forma e natildeo de outras
mas seguem sempre guiando-se pelo que vecircem em casa especialmente ateacute aos doze
anos Daiacuteiacute a tremenda importacircncia de educar as crianccedilas atraveacutes do exemplo para
desenvolver uma educaccedilatildeo ciacutevica
Dossier temaacutetico sobre Valores 964
Faz o que eu faccedilo
Todos temos na mente uma ideia de como gostariacuteamos que fosse a sociedade em que
mundo queremos que vivam os nossos filhos um sitio limpo em que as pessoas se
ajudem e respeitem onde todos tenhamos os mesmos direitoshellip Depois saiacutemos agrave rua
pensando no trabalho nas compras na ortodoncia do menino e esquecemo-nos de
todos esses bons propoacutesitos De repente queremos ser os primeiros a sair do metro
incomoda-nos o carro que torna lenta a circulaccedilatildeo esquecemo-nos de dar os bons dias
ao porteirohellip e assim dia apoacutes dia diante o olhar sempre atento das crianccedilas que jaacute se
sabe absorvem tudo como esponjas
Jaacute comentaacutemos que ateacute os doze anos aproximadamente o lar eacute a principal fonte de
valores direitos e deveres da crianccedila Agora tambeacutem teraacute que se dizer que haacute coisas
que dificilmente se aprendem mais tarde Se em pequenos natildeo nos acostumamos a
guardar o pacote no bolso quando natildeo haacute um cesto de papeacuteis agrave matildeo a natildeo pocircr a
muacutesica muito alta para natildeo incomodar o vizinho a dizer obrigado quando nos fazem
um favor ou a natildeo insultar os que satildeo diferentes seraacute mais complicado aprendecirc-lo
mais tarde Porque o civismo o respeito a honestidade e todos os valores humanos satildeo
em grande medida haacutebitos rotinas que aprendemos em famiacutelia de forma inconsciente
e que mais adiante chegamos a valorizar com a reflexatildeo que permite a maturidade
Por isso a melhor forma de transmitir valores de aprender a viver em sociedade eacute natildeo
aplicar jamais a tatildeo popular frase de ldquofaz o que eu digo e natildeo o que eu faccedilordquo Se
quisermos que nossos filhos alcancem essa sociedade tatildeo sonhada devemos comeccedilar
por criaacute-la noacutes mesmos e ldquofazer o que dizemosrdquo
Que ldquohaacutebitos-valoresrdquo fomentar
Decerto que vocecircs mesmos tecircm a resposta Soacute tecircm que pensar que tipo de pessoas
gostariam que fossem os vossos filhos e actuar em consequecircncia Como vimos a
coerecircncia entre as ideias que querem transmitir e a forma como se actua em casa eacute a
chave principal
A maioria das pessoas considera como nobres os mesmos tipos de valores Entretanto
agraves vezes eacute difiacutecil reconhecer em noacutes mesmo onde encaixa a conexatildeo entre ldquocrenccedilasrdquo e
ldquoforma de serrdquo Estes conselhos podem ajudar a reflectir sobre isso
Dossier temaacutetico sobre Valores 1064
Se quiserem que o vossofilho seja uma pessoa razoaacutevel raciocinem com ele desde o
primeiro dia Natildeo utilizem o ldquoporque eu digordquo Logicamente haveraacute muitas ocasiotildees
em que tenham que lhe ordenar as coisas mas sempre podem argumentar o motivo
O respeito onde primeiro se observa eacute entre os pais As decisotildees no casal devem ser
sempre compartilhadas Se discutem faccedilam-no de forma tranquila sem recriminar
Saber viver em sociedade eacute saber aceitar as opiniotildees distintas
Onde mais se fomentam os estereoacutetipos eacute no lar Pensaram alguma vez em coisas como
quem limpa a casa quem troca as lacircmpadas etc Tratem de compartilhar entre voacutes os
distintos papeacuteis
Se se preocuparem com as influecircncias externas pensem que tecircm uma arma muito
importante ao vosso alcance os vossoscomentaacuterios Falem com o vossofilho sobre a
opiniatildeo que merecem as actuaccedilotildees dos outros (tanto no positivo como no negativo)
Isto eacute importante sobretudo contra a influecircncia da televisatildeo
Compreender ajuda a aprender
Os valores transmitem-se atraveacutes do exemplo mas assentam com forccedila graccedilas agrave
compreensatildeo de que satildeo necessaacuterios Como podemos ajudar uma crianccedila pequena a
perceber esta importacircncia Uma boa maneira eacute aplicar a foacutermula de ldquofaz pelos outros o
que gostarias que fizessem por ti e natildeo lhes faccedilas o que natildeo gostarias que te fizessemrdquo
Por outras palavras colocar as crianccedilas na hipoacutetese de serem eles os protagonistas de
certas atitudes Eacute muito mais eficaz para que o vossofilho a entenda dizer-lhe
ldquoGostarias que se rissem de ti porque usas oacuteculos como te sentiriasrdquo do que lhe dizer
simplesmente ldquoNatildeo deves rir do Joatildeo por ter aparelho nos dentesrdquo
(Esther Garciacutea Schmah Pedagoga wwwsolohijoscom wwwmujernuevaorg)
In httpfamiliaaaldeianetos-habitos-familiares-e-a-transmissao-dos-valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 1164
VALORES NA FAMIacuteLIA
Quando os valores prioritaacuterios satildeo os valores ou bens materiais como ocorre em
amplos sectores da sociedade actual ou quando os valores se confundem com os
desejos ou as apetecircncias de um ser humano como tambeacutem acontece a descoberta de
verdadeiros valores humanos tem uma grande importacircncia para a motivaccedilatildeo da
vontade humana Porquecirc Porque a motivaccedilatildeo humana remete sempre para valores
humanos verdadeiros materiais e espirituais ndash sempre que os primeiros sirvam os
segundos e natildeo ao contraacuterio
A descoberta e valores corresponde aos imateriais aos do espiacuterito aos que fazem
referecircncia agrave verdade (valores intelectuais) ao bem (valores morais) e agrave beleza (valores
esteacuteticos) Satildeo trecircs tipos de valores estreitamente relacionados entre si porque verdade
bem e beleza satildeo os termos inseparaacuteveis de um trinoacutemio (Se algueacutem tentasse separaacute-
los encontrar-se-ia com uma verdade maacute e feia com um bem feio e falso com uma
beleza falsa e maacute)
Como descobrir estes valores Cada qual deve tomar a iniciativa de os procurar porque
lhe satildeo muito importantes satildeo os elementos que aperfeiccediloam o proacuteprio ser mediante
eles um indiviacuteduo pode acabar por ser chegar a ser aquilo que eacute pessoa ser mais e
melhor pessoa
Mas nem sempre que se procuram se encontram Tambeacutem eacute verdade que agraves vezes
emergem de repente no nosso horizonte existencial inclusivamente apesar da nossa
resistecircncia (hellip) Um dia qualquer uma vida rotineira e talvez sem relevo pode sentir-
se sacudida ndash e ateacute invadida ndash pela descoberta de um novo valor que a transforma
(Polaino e Carrentildeo l992 p 75)
Haacute algum acircmbito onde a descoberta de valores seja menos difiacutecil ou mais provaacutevel
Em primeiro lugar o acircmbito vital da famiacutelia Se os pais optaram por certos valores e se
comprometeram com eles cada filho que vem ao mundo natildeo tem de desenvolver a
tarefa hercuacutelea e problemaacutetica de tratar de descobrir por que valores vale a pena
arriscar a vida (ibidem)
Dossier temaacutetico sobre Valores 1264
Nem sempre acontece assim Optar por certos valores significa escolher entre os
melhores aqueles que mais convenham numa famiacutelia concreta com as suas
circunstacircncias actuais para o desenvolvimento pessoal de cada membro e para a
melhoria familiar Logicamente seratildeo prioritaacuterios os valores humanos mais cultivados
por ambos os cocircnjuges
Comprometer-se com uns valores e organizar a vida familiar em funccedilatildeo deles supotildee tecirc-
los interiorizado profundamente Soacute assim seratildeo capazes de os pocircr de moda na sua
famiacutelia sendo eles proacuteprios para os seus filhos portadores de valores
Esses valores vividos pelos pais com naturalidade e com graccedila com bom humor
sabendo sorrir habitualmente seratildeo atractivos para os filhos e contagiosos A famiacutelia
sob esta perspectiva aparece-nos como um museu vivo de valores E natildeo porque os
pais pendurem os valores nas paredes como se se tratasse de um quadro que
passivamente se deve admirar Os valores familiares constituem pelo contraacuterio um
dado irrefutaacutevel quase com cunho testemunhal que vai unido ao comportamento
diaacuterio dos pais (ibidem p 76) E tambeacutem estaratildeo presentes estes valores na conduta
dos filhos quando os pais aleacutem de os viverem e de os fomentarem promovem e
mantecircm vigentes algumas normas e costumes familiares que mostram a presenccedila viva
destes valores preferenciais
Os valores familiares ndash em famiacutelias cristatildes natildeo satildeo soacute valores naturais mas tambeacutem
valores sobrenaturais ndash nenhuma crianccedila inicialmente os questiona Mais tarde sim
porque na medida em que cresce emerge e amadurece a sua liberdade pessoal haacute-de
comprometer-se tambeacutem nas escolhas que faz e que obviamente satildeo sempre muito
pessoais(hellip) Precisamente por isso os pais tecircm de preparar essa fase de referecircncia ndash
atraveacutes do seu comportamento ndash que lhe sirva de orientaccedilatildeo (ibidem)
Isto seraacute tanto menos difiacutecil para os pais quanto mais cedo faccedilam da sua famiacutelia um
museu vivo de valores quando os filhos satildeo ainda muito pequenos
Seraacute menos difiacutecil tambeacutem a sua adolescecircncia quando o quadro de referecircncia e um
miacutenimo de normas e costumes tenham sido parte importante do seu ambiente familiar
acolhedor desde a primeira infacircncia
Dossier temaacutetico sobre Valores 1364
Deste modo quando o filho adolescente ou o filho jovem daacute prioridade a alguns
valores como fundamento para apoiar a sua vida tem jaacute como em depoacutesito uns
valores que anteriormente assumiu e integrou quase sem dar por isso contagiados ou
emprestados pelos seus pais
Estes valores familiares descobertos na convivecircncia do lar paterno nas relaccedilotildees diaacuterias
de pais e filhos de irmatildeos de diferentes idades traduzem-se ndash como efeito de
descoberta ndash em motivos Em consequecircncia a conduta de cada filho estaraacute motivada
desde o principio a sua vontade estaraacute motivada
Penso por contraste em tantos filhos desmotivados antes e durante a sua adolescecircncia
quando os primeiros responsaacuteveis da famiacutelia natildeo se propuseram ou natildeo souberam
criar este a ambiente familiar cimentado na sinceridade na generosidade na lealdade
na laboriosidade no optimismo na compreensatildeo exigente no respeito confiado na
disponibilidade na gratidatildeo na amizade e noutros valores humanos
Oliveros Otero
In httpfamiliaaaldeianetvalores-na-familia
Dossier temaacutetico sobre Valores 1464
O CONTO NA VIDA DA CRIANCcedilA
A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais
refinadas como A Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos
limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros
Perde-se no tempo a origem e importacircncia do conto na educaccedilatildeo da crianccedila Quantas
vezes pais e educadores a braccedilos com a explicaccedilatildeo de algo mais complexo aos nossos
filhos nos socorremos de uma histoacuteria que simplifique a nossa tarefa por um lado e
por outro facilite a compreensatildeo por parte da crianccedila daquilo que verdadeiramente lhe
queremos transmitir
Passar valores agrave crianccedila eacute algo complexo Esta missatildeo implica normalmente conceitos
que fazem apelo a abstracccedilotildees competecircncias impossiacuteveis de usar pela crianccedila nas
etapas mais precoces do desenvolvimento As histoacuterias satildeo por isso um meio
facilitador de resolver algumas das questotildees que esta tarefa nos coloca Se por um
lado divertem as crianccedilas espicaccedilam a sua curiosidade promovem competecircncias
cognitivas e de oralidade activam a magia por outro satildeo tambeacutem a forma de
concretizarmos alguns dos valores que consideramos aceitaacuteveis e oportunos transmitir
agrave crianccedila
De cada histoacuteria cada crianccedila retiraraacute aquilo que lhe fizer mais sentido em funccedilatildeo das
suas vivecircncias e das suas caracteriacutesticas desenvolvimentais Com a mesma histoacuteria
podemos transmitir um sem-nuacutemero de ensinamentos isso depende em primeira
instacircncia do objectivo de quem a usa e da proacutepria crianccedila
A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais
refinadas como a Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos
limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros
A Menina do Mar eacute uma histoacuteria porventura difiacutecil de entender antes da idade
escolar Para aleacutem da beleza literaacuteria pode permitir-nos transmitir valores ecoloacutegicos
respeito pela Natureza nomeadamente pelas coisas do mar curiosidade na descoberta
e contemplaccedilatildeo do mar e do que ele conteacutem Aleacutem disso e voltando a um dos valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 1564
inerentes a quase todas as histoacuterias - a relaccedilatildeo com os outros - A Menina do Mar
proporciona uma excelente oportunidade de ensinar a crianccedila a respeitar e a aceitar as
diferenccedilas e ainda a importacircncia de fazer amigos
Nas histoacuterias tal como na vida por vezes tambeacutem haacute situaccedilotildees desconcertantes e ainda
bem que as histoacuterias contemplam estas situaccedilotildees Satildeo uma oacuteptima oportunidade para a
crianccedila se organizar e aprender a lidar com os medos os obstaacuteculos e frustraccedilotildees com
que se iraacute confrontar ao longo da vida Eacute importante que o crescimento se faccedila ainda
que ao niacutevel do imaginaacuterio e simboacutelico assente em valores reais
In O conto na vida da crianccedila In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$o-conto-na-vida-da-criancagt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1664
VALORES
Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis
Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano
sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A
expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os
grupos dispotildeem para aceder aos valores
Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os
valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a
possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais
No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo
vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer
sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo
depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores
podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as
estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo
a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir
mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores
Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na
www ltURL httpwwwinfopediapt$valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1764
CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS
Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores
ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise
de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de
generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o
individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de
consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute
natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do
injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o
relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem
sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora
volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta
As principais causas para a crise de valores satildeo
- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e
ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que
substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos
valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto
de mecanismos mentais repressivos
- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia
primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees
violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar
tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos
- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas
mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade
moderna face aos valores tradicionais
- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na
descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e
pelo relativismo
A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo
melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para
a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees
Dossier temaacutetico sobre Valores 1864
interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a
maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois
subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais
parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute
apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas
Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1964
O QUE SAtildeO VALORES
O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR
PESQUISA
O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute
assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as
fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode
ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e
aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer
opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e
legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada
entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que
noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia
Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia
Dossier temaacutetico sobre Valores 2064
SIacuteNTESE
1 Valores
1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas
preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para
justificar as nossas decisotildees
2 Factos e valores
Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos
valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias
Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante
da semana era um domingo
Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um
domingo
Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os
dias da semana
3Facto
Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a
afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem
consensos universais
4 Valor
Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos
a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as
coisas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2164
b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-
as preferiacuteveis a outras
Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas
Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que
atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o
valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo
Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem
todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma
5 Tipos de valores
Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que
traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos
agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma
Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas
as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade
Lealdade Bondade Altruiacutesmo
Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime
Traacutegico
Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia
Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo
Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade
Valores vitais Sauacutede Forccedila
6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores
Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar
uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A
Dossier temaacutetico sobre Valores 2264
hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros
isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo
muacuteltiplas
Exemplo
A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares
Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que
hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades
bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar
7 Polaridade dos Valores
Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades
Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza
agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada
num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de
estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como
Injusto
Carlos Fontes
In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~
Dossier temaacutetico sobre Valores 2364
PERTINEcircNCIA DE VALORES
Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como
crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais
e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades
tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores
comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas
de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores
graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas
pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho
Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -
cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de
valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema
poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema
societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo
de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto
os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores
A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais
religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees
entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam
Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as
culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade
histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da
existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre
vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja
assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito
uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo
e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da
crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila
Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade
valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas
diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os
valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os
Dossier temaacutetico sobre Valores 2464
valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc
Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que
uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de
valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a
eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave
comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num
tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas
e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a
obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora
de casa e tecircm filhos pequenos) etc
Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas
sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a
uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos
novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de
desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da
toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de
voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos
sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres
viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de
assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos
valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais
Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]
Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 2564
DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E
SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os
valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute
quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os
valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi
publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio
quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o
egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que
promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de
etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo
excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores
da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo
lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais
entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos
professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas
desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os
docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila
Foto Pintura de Salvador Dali
In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml
Dossier temaacutetico sobre Valores 2664
A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Adolfo S Suaacuterez
Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso
de Teologia do Unasp
Centro Universitaacuterio Adventista
Campus Engenheiro Coelho (SP)
adolfosuarezunaspedubr
Introduccedilatildeo
1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores
11 Definiccedilotildees
12 Modelos de valores em sala de aula
121 Valores absolutos
122 Valores relativos
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
13 Classificaccedilatildeo de valores
14 Conclusatildeo parcial
2 Valores que devem ser ensinados
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
23 Conclusatildeo parcial
3 A transmissatildeo de valores
31 Como se aprendem os valores
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
33 A idade e o ensino de valores
34 Conclusatildeo parcial
Consideraccedilotildees finais
Referecircncias bibliograacuteficas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2764
Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo
Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde
Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula
The issue of values in the classroom
Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary
Education based on a Christian pedagogical practice
Keywords values christian education classroom
Dossier temaacutetico sobre Valores 2864
INTRODUCcedilAtildeO
Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS
2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da
experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e
cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e
espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)
Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas
fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade
promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a
inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)
No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de
estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das
faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)
Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo
meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo
quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e
aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)
Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido
vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo
no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar
desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de
professores ldquoconteudistasrdquo
Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser
mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno
porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de
apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa
formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores
Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-
se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo
da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados
Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores
1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES
1 1 Definiccedilotildees
Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade
humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua
conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja
valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)
independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de
caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)
Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo
Dossier temaacutetico sobre Valores 2964
Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao
satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa
qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto
deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo
racional humano (2001 p 44)
No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS
pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores
significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno
seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais
lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que
promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os
princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o
seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o
respeito e a cooperaccedilatildeo
Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante
descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade
(1997 p 79)
12 Modelos de valores em sala de aula
Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores
Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)
121 Valores absolutos
Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e
normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma
autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos
indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave
medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo
previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios
mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo
O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para
conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de
que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3064
122 Valores relativos
Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute
baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da
verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio
mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela
praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia
pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc
A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o
que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de
tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no
momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros
possam pensar
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3164
Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o
trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua
autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e
normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam
orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os
valores
Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que
determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura
que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a
escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se
oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem
possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo
Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de
determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes
puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para
todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar
os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns
13 Classificaccedilatildeo de valores
Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da
seguinte maneira numa escala ascendente
(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc
(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc
(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc
(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc
(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc
(f) Valores religiosos sagrado profano etc
De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em
Dossier temaacutetico sobre Valores 3264
(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam
rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar
(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute
dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel
satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para
Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos
sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos
gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e
prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos
(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)
(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo
pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real
exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato
boa-feacutemaacute-feacute etc)
(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)
(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia
autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da
vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees
pessoais etc
(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
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Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
IacuteNDICE
As crianccedilas aprendem aquilo que vivem p 4
Ensinar as crianccedilas a brincar aprendendo valores e bons haacutebitos p 5
Os haacutebitos familiares e a transmissatildeo dos valores p 9
Valores na famiacutelia p 12
O conto na vida da crianccedila p 15
Valores p 17
Crise dos valores tradicionais p 18
O que satildeo os valores p 20
Pertinecircncia de valores p 24
Devem as escolas ensinar valores eacuteticos e sociais Ou isso eacute territoacuterio da famiacutelia p 26
A questatildeo dos valores em sala de aula p 27
O poder dos contos infantis p 42
Dicionaacuterio de valores p 44
Sites interessantes p 56
Bibliografia sobre o tema disponiacutevel na Rede Municipal de Bibliotecas p 57
Dossier temaacutetico sobre Valores 364
AS CRIANCcedilAS APRENDEM AQUILO QUE VIVEM
Se uma crianccedila vive criticada
aprende a condenar
Se uma crianccedila vive com maus tratos
aprende a brigar
Se uma crianccedila vive humilhada
aprende a sentir-se culpada
Se uma crianccedila eacute estimulada
aprende a confiar
Se uma crianccedila eacute valorizada
aprende a valorizar
Se uma crianccedila vive no equiliacutebrio
aprende a ser justa
Se uma crianccedila vive em seguranccedila
aprende a ter feacute
Se uma crianccedila eacute bem aceite
aprende a respeitar
Se uma crianccedila vive na amizade
aprende a encontrar o amor no mundo
Autora Dorothy Law Nolte no livro laquoCrianccedilas Aprendem O Que Vivem Como Incutir Valores Aos Seus
Filhosraquo
In wwwjuniorteptservletsGeraisP=PaisampID=720
Dossier temaacutetico sobre Valores 464
ENSINAR AS CRIANCcedilAS A BRINCAR APRENDENDO
VALORES E BONS HAacuteBITOS
Enviado por Domingo Maio 16 143440 CEST por Amaral
Em laquoVamos Jogarraquo o pediatra Eduard Estivill e a escritora Yolanda Saacuteenz de Tejada
ajudam-no a fazer dos filhos laquomelhores pessoasraquo No livro agora publicado em
Portugal divulgam-se actividades didaacutecticas entre pais e filhos para ensinar valores e
bons haacutebitos agraves crianccedilas Leia a seguir a entrevista concedida a um jornal portuguecircs
Eduard Estivill e Yolanda Tejada assinam uma obra agrave qual emprestam distintas
sensibilidades e largas doses de bom senso Publicamos a seguir a entrevista
publicada no DESTAK
- Os filhos de hoje tecircm piores haacutebitos que os do passado E os pais
Eduard Estivill O ritmo de vida actual a entrada da mulher no mundo laboral e a
diminuiccedilatildeo do nuacutemero de irmatildeos por famiacutelia condicionaram a superprotecccedilatildeo dos
filhos sobretudo nos haacutebitos essenciais sono alimentaccedilatildeo higiene comunicaccedilatildeo Os
pais do passado natildeo eram melhores que os de hoje que simplesmente tecircm menos
tempo mas preocupavam-se mais com a educaccedilatildeo
- No prefaacutecio diz ter esperanccedila de laquoaproximar as crianccedilas dos adultos ou ao
contraacuterioraquo Os adultos natildeo devem perder a capacidade de sonhar
Yolanda Tejada Que natildeo percamos a capacidade de surpresa que voltemos a ter a
ilusatildeo por pequenas coisas que voltemos a jogar e a rir muito Uma crianccedila ri mais 80
que um adulto
- As crianccedilas soacute aprendem jogando
Eduard Estivill A educaccedilatildeo eacute um conjunto de haacutebitos e normas sociais necessaacuterios agrave
vida em sociedade Educar as crianccedilas eacute ensinar estas normas que depois faratildeo com
Dossier temaacutetico sobre Valores 564
que a crianccedila seja aceite na sociedade e se sinta mais segura de si mesma e mais feliz O
jogo eacute soacute um veiacuteculo para repetir as normas que queremos incutir de uma forma mais
divertida tanto para a crianccedila como para os pais
- A coerecircncia e a paciecircncia satildeo os pilares da educaccedilatildeo mas satildeo difiacuteceis de manter
Eduard Estivill Totalmente certo Eacute difiacutecil manter a paciecircncia e a coerecircncia Por isso
recomendamos jogos para alcanccedilar estes objectivos Estes jogos foram testados por
pais pedagogos educadores e professores Isso justifica os 80 mil exemplares do livro
vendidos em Espanha e a ediccedilatildeo do livro em Itaacutelia Brasil e Portugal
- Como se deve contornar a falta de tempo dos pais
Eduard Estivill Entendendo que o importante natildeo eacute a quantidade mas sim a
qualidade Eacute muito melhor brincar com a crianccedila durante meia hora antes do jantar do
que duas horas a ver televisatildeo depois de jantar
- Qual eacute o haacutebito - comunicaccedilatildeo leitura sono comida conduta higiene - que falta
mais agraves crianccedilas actuais
Yolanda Tejada Natildeo depende das crianccedilas mas sim dos adultos Para cada adulto a
importacircncia de cada haacutebito natildeo eacute igual Se para mim natildeo for importante que o meu
filho coma verduras natildeo sentirei a falta desse haacutebito Mas o haacutebito que mais
descuramos regra geral eacute o da comunicaccedilatildeo
Sobre o livro
O objectivo do livro laquoVamos Jogarraquo eacute laquofornecer uma seacuterie de conceitos apresentados
na forma de jogos para que os pais possam inculcar melhores haacutebitos nos seus filhosraquo
explica no proacutelogo da obra o co-autor Eduard Estivill
Nesta aventura pedagoacutegica editada em Portugal pela Livros dHoje o pediatra e
neurofisiologista espanhol contou com a experiecircncia maternal da criativa e escritora
Yolanda Saacuteenz de Tejada ligada a projectos de investigaccedilatildeo sobre comportamentos
Dossier temaacutetico sobre Valores 664
infantis
Juntos partindo de conceitos cientiacuteficos comprovados apresentam uma seacuterie de
laquoactividades faacuteceis de executar e que satildeo particularmente vaacutelidas do ponto de vista
educativoraquo Isto tendo por premissa laquoa facilidade das crianccedilas em captar ensinamentos
e copiar os padrotildees de conduta dos adultosraquo Eacute que os petizes natildeo nascem ensinados e
cabe aos progenitores apontar as direcccedilotildees a seguir no sentido de aprenderem a
laquomovimentar-se pela vida com seguranccedila e responsabilidaderaquo
A transmissatildeo de valores o processo de habituaccedilatildeo atraveacutes da repeticcedilatildeo e do bom
exemplo (neste ponto eacute imperiosa a coerecircncia entre a teoria e praacutetica) e ateacute o seu grau
de estoicismo nunca desistindo perante as contrariedades (leia-se berrarias laacutegrimas
ou ataques de nervos) satildeo absolutamente fundamentais nesta foacutermula para se obterem
bons resultados
Ingredientes base
Na receita proposta em laquoVamos Jogarraquo a Emoccedilatildeo e a Planificaccedilatildeo tecircm o mesmo grau
de importacircncia A dupla sugere que os pais devem recuperar a alegria de quando eram
pequenos sendo cada jogo acompanhado de amor e do sorriso que laquotantas vezes
tendemos a esquecerraquo Jaacute em termos de Planificaccedilatildeo laquose criarmos expectativas seraacute
mais faacutecil que as crianccedilas desfrutemraquo como quem tem um objectivo em mente e sente a
inerente satisfaccedilatildeo quando consegue realizaacute-lo
Neste moroso processo eacute certo e sabido que laquonatildeo somos infaliacuteveisraquo laquoOs pais que se
equivocam satildeo mais humanos Se assumirmos que natildeo sabemos algo mas que vamos
tentar encontrar a resposta o nosso filho pensaraacute que tudo tem uma soluccedilatildeo Os nossos
enganos se os admitirmos aproximar-nos-atildeo mais delesraquo afianccedilam Eduard Estivill e
Yolanda Saacuteenz de Tejada
Mais laquopara ensinar eacute preciso ouvirraquo e rever a nossa infacircncia e a tradicional sensaccedilatildeo de
incompreensatildeo dessa fase etaacuteria seraacute uacutetil nesse processo de identificaccedilatildeo com a nossa
prole Por fim os autores recomendam laquoo amor loucoraquo pois que laquoum pouco de carinho
nunca eacute de mais e natildeo haacute que ter quaisquer pudores em demonstraacute-lo publicamente
Dossier temaacutetico sobre Valores 764
Bons haacutebitos
Ao longo de 277 paacuteginas aprendemos que esse acto essencial na vida das crianccedilas que eacute
o Jogo eacute possiacutevel de ser explorado no sentido educativo e meramente recreativo Na
lista de jogos haacute a promessa da aquisiccedilatildeo de bons haacutebitos na Comida de Conduta de
Higiene de Comunicaccedilatildeo de Estudo de Leitura e de Sono
O mesmo seraacute dizer que em jeito de brincadeira se aprende a pocircr a mesa a comer o
pequeno-almoccedilo sozinho a ser pontual agraves refeiccedilotildees a natildeo ter ciuacutemes a ser altruiacutesta a
valorizar a praacutetica desportiva a tomar banho sozinho a gerir o tempo a escolher a
roupa para vestir a perder o medo do meacutedico a natildeo ter vergonha a dar valor agrave
famiacutelia a gostar de estudar a treinar a memoacuteria a explorar o talento artiacutestico ou a
adormecer sozinho Tudo porque como disse um dia Allan Bloom laquoa educaccedilatildeo eacute o
movimento da obscuridade em direcccedilatildeo agrave luzraquo
Vera Valadas Ferreira | DESTAK
19 | 04 | 2010
In wwwfersapptfersapmodulesphpname=Newsampfile=articleampsid=844
Dossier temaacutetico sobre Valores 864
OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS
VALORES
Justiccedila igualdade toleracircnciahellip Satildeo palavras que cada dia mais se escutam nas escolas
A ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo jaacute estaacute presente no curriculum escolar mas isso natildeo eacute
suficiente Ficar no niacutevel teoacuterico natildeo serve de nada E na praacutetica esquecemos
frequentemente que palavras tatildeo grandiosas como ldquoEmpatiardquo ou ldquoRespeitordquo se
traduzem em premissas tatildeo singelas como ldquonatildeo atirar papeacuteis para o chatildeordquo ldquoceder o
assento a quem mais o necessiterdquo ou ldquoabrir a porta a quem vai carregadordquo
Que a ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo tenha chegado agraves escolas eacute um passo que realmente
devemos celebrar Saber ser pessoa eacute mais importante do que saber resolver integrais
ou saber em que ano comeccedilou a Revoluccedilatildeo Francesa Entretanto enquanto que a
instruccedilatildeo e formaccedilatildeo intelectual eacute um objectivo a conseguir primordialmente atraveacutes
da escola a educaccedilatildeo e desenvolvimento pessoal eacute-o atraveacutes da famiacutelia
Nunca devemos esquecer que o lar eacute o autecircntico formador de pessoas As crianccedilas
aprendem continuamente atraveacutes dos seus pais natildeo soacute o que estes lhes contam mas
tambeacutem sobretudo pelo que vecircem neles como actuam como respondem perante os
problemas Em definitivo as crianccedilas observam e copiam o proceder dos seus pais
perante a vida A autecircntica educaccedilatildeo nos valores transmite-se passa dos pais para os
seus filhos desde o dia do nascimento ateacute ao final da vida Natildeo obstante tem uma
importacircncia relevante durante os primeiros anos Ateacute aos seis ou sete anos de idade as
crianccedilas possuem uma moral denominada ldquoheteroacutenimardquo ou seja a sua motivaccedilatildeo para
fazer as coisas de uma maneira ou de outra eacute corresponder ao que o papaacute e a mamatilde
desejariam o que dizem os pais satildeo ldquoverdades absolutasrdquo Conforme crescem vatildeo
compreendendo melhor por que eacute importante actuar de certa forma e natildeo de outras
mas seguem sempre guiando-se pelo que vecircem em casa especialmente ateacute aos doze
anos Daiacuteiacute a tremenda importacircncia de educar as crianccedilas atraveacutes do exemplo para
desenvolver uma educaccedilatildeo ciacutevica
Dossier temaacutetico sobre Valores 964
Faz o que eu faccedilo
Todos temos na mente uma ideia de como gostariacuteamos que fosse a sociedade em que
mundo queremos que vivam os nossos filhos um sitio limpo em que as pessoas se
ajudem e respeitem onde todos tenhamos os mesmos direitoshellip Depois saiacutemos agrave rua
pensando no trabalho nas compras na ortodoncia do menino e esquecemo-nos de
todos esses bons propoacutesitos De repente queremos ser os primeiros a sair do metro
incomoda-nos o carro que torna lenta a circulaccedilatildeo esquecemo-nos de dar os bons dias
ao porteirohellip e assim dia apoacutes dia diante o olhar sempre atento das crianccedilas que jaacute se
sabe absorvem tudo como esponjas
Jaacute comentaacutemos que ateacute os doze anos aproximadamente o lar eacute a principal fonte de
valores direitos e deveres da crianccedila Agora tambeacutem teraacute que se dizer que haacute coisas
que dificilmente se aprendem mais tarde Se em pequenos natildeo nos acostumamos a
guardar o pacote no bolso quando natildeo haacute um cesto de papeacuteis agrave matildeo a natildeo pocircr a
muacutesica muito alta para natildeo incomodar o vizinho a dizer obrigado quando nos fazem
um favor ou a natildeo insultar os que satildeo diferentes seraacute mais complicado aprendecirc-lo
mais tarde Porque o civismo o respeito a honestidade e todos os valores humanos satildeo
em grande medida haacutebitos rotinas que aprendemos em famiacutelia de forma inconsciente
e que mais adiante chegamos a valorizar com a reflexatildeo que permite a maturidade
Por isso a melhor forma de transmitir valores de aprender a viver em sociedade eacute natildeo
aplicar jamais a tatildeo popular frase de ldquofaz o que eu digo e natildeo o que eu faccedilordquo Se
quisermos que nossos filhos alcancem essa sociedade tatildeo sonhada devemos comeccedilar
por criaacute-la noacutes mesmos e ldquofazer o que dizemosrdquo
Que ldquohaacutebitos-valoresrdquo fomentar
Decerto que vocecircs mesmos tecircm a resposta Soacute tecircm que pensar que tipo de pessoas
gostariam que fossem os vossos filhos e actuar em consequecircncia Como vimos a
coerecircncia entre as ideias que querem transmitir e a forma como se actua em casa eacute a
chave principal
A maioria das pessoas considera como nobres os mesmos tipos de valores Entretanto
agraves vezes eacute difiacutecil reconhecer em noacutes mesmo onde encaixa a conexatildeo entre ldquocrenccedilasrdquo e
ldquoforma de serrdquo Estes conselhos podem ajudar a reflectir sobre isso
Dossier temaacutetico sobre Valores 1064
Se quiserem que o vossofilho seja uma pessoa razoaacutevel raciocinem com ele desde o
primeiro dia Natildeo utilizem o ldquoporque eu digordquo Logicamente haveraacute muitas ocasiotildees
em que tenham que lhe ordenar as coisas mas sempre podem argumentar o motivo
O respeito onde primeiro se observa eacute entre os pais As decisotildees no casal devem ser
sempre compartilhadas Se discutem faccedilam-no de forma tranquila sem recriminar
Saber viver em sociedade eacute saber aceitar as opiniotildees distintas
Onde mais se fomentam os estereoacutetipos eacute no lar Pensaram alguma vez em coisas como
quem limpa a casa quem troca as lacircmpadas etc Tratem de compartilhar entre voacutes os
distintos papeacuteis
Se se preocuparem com as influecircncias externas pensem que tecircm uma arma muito
importante ao vosso alcance os vossoscomentaacuterios Falem com o vossofilho sobre a
opiniatildeo que merecem as actuaccedilotildees dos outros (tanto no positivo como no negativo)
Isto eacute importante sobretudo contra a influecircncia da televisatildeo
Compreender ajuda a aprender
Os valores transmitem-se atraveacutes do exemplo mas assentam com forccedila graccedilas agrave
compreensatildeo de que satildeo necessaacuterios Como podemos ajudar uma crianccedila pequena a
perceber esta importacircncia Uma boa maneira eacute aplicar a foacutermula de ldquofaz pelos outros o
que gostarias que fizessem por ti e natildeo lhes faccedilas o que natildeo gostarias que te fizessemrdquo
Por outras palavras colocar as crianccedilas na hipoacutetese de serem eles os protagonistas de
certas atitudes Eacute muito mais eficaz para que o vossofilho a entenda dizer-lhe
ldquoGostarias que se rissem de ti porque usas oacuteculos como te sentiriasrdquo do que lhe dizer
simplesmente ldquoNatildeo deves rir do Joatildeo por ter aparelho nos dentesrdquo
(Esther Garciacutea Schmah Pedagoga wwwsolohijoscom wwwmujernuevaorg)
In httpfamiliaaaldeianetos-habitos-familiares-e-a-transmissao-dos-valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 1164
VALORES NA FAMIacuteLIA
Quando os valores prioritaacuterios satildeo os valores ou bens materiais como ocorre em
amplos sectores da sociedade actual ou quando os valores se confundem com os
desejos ou as apetecircncias de um ser humano como tambeacutem acontece a descoberta de
verdadeiros valores humanos tem uma grande importacircncia para a motivaccedilatildeo da
vontade humana Porquecirc Porque a motivaccedilatildeo humana remete sempre para valores
humanos verdadeiros materiais e espirituais ndash sempre que os primeiros sirvam os
segundos e natildeo ao contraacuterio
A descoberta e valores corresponde aos imateriais aos do espiacuterito aos que fazem
referecircncia agrave verdade (valores intelectuais) ao bem (valores morais) e agrave beleza (valores
esteacuteticos) Satildeo trecircs tipos de valores estreitamente relacionados entre si porque verdade
bem e beleza satildeo os termos inseparaacuteveis de um trinoacutemio (Se algueacutem tentasse separaacute-
los encontrar-se-ia com uma verdade maacute e feia com um bem feio e falso com uma
beleza falsa e maacute)
Como descobrir estes valores Cada qual deve tomar a iniciativa de os procurar porque
lhe satildeo muito importantes satildeo os elementos que aperfeiccediloam o proacuteprio ser mediante
eles um indiviacuteduo pode acabar por ser chegar a ser aquilo que eacute pessoa ser mais e
melhor pessoa
Mas nem sempre que se procuram se encontram Tambeacutem eacute verdade que agraves vezes
emergem de repente no nosso horizonte existencial inclusivamente apesar da nossa
resistecircncia (hellip) Um dia qualquer uma vida rotineira e talvez sem relevo pode sentir-
se sacudida ndash e ateacute invadida ndash pela descoberta de um novo valor que a transforma
(Polaino e Carrentildeo l992 p 75)
Haacute algum acircmbito onde a descoberta de valores seja menos difiacutecil ou mais provaacutevel
Em primeiro lugar o acircmbito vital da famiacutelia Se os pais optaram por certos valores e se
comprometeram com eles cada filho que vem ao mundo natildeo tem de desenvolver a
tarefa hercuacutelea e problemaacutetica de tratar de descobrir por que valores vale a pena
arriscar a vida (ibidem)
Dossier temaacutetico sobre Valores 1264
Nem sempre acontece assim Optar por certos valores significa escolher entre os
melhores aqueles que mais convenham numa famiacutelia concreta com as suas
circunstacircncias actuais para o desenvolvimento pessoal de cada membro e para a
melhoria familiar Logicamente seratildeo prioritaacuterios os valores humanos mais cultivados
por ambos os cocircnjuges
Comprometer-se com uns valores e organizar a vida familiar em funccedilatildeo deles supotildee tecirc-
los interiorizado profundamente Soacute assim seratildeo capazes de os pocircr de moda na sua
famiacutelia sendo eles proacuteprios para os seus filhos portadores de valores
Esses valores vividos pelos pais com naturalidade e com graccedila com bom humor
sabendo sorrir habitualmente seratildeo atractivos para os filhos e contagiosos A famiacutelia
sob esta perspectiva aparece-nos como um museu vivo de valores E natildeo porque os
pais pendurem os valores nas paredes como se se tratasse de um quadro que
passivamente se deve admirar Os valores familiares constituem pelo contraacuterio um
dado irrefutaacutevel quase com cunho testemunhal que vai unido ao comportamento
diaacuterio dos pais (ibidem p 76) E tambeacutem estaratildeo presentes estes valores na conduta
dos filhos quando os pais aleacutem de os viverem e de os fomentarem promovem e
mantecircm vigentes algumas normas e costumes familiares que mostram a presenccedila viva
destes valores preferenciais
Os valores familiares ndash em famiacutelias cristatildes natildeo satildeo soacute valores naturais mas tambeacutem
valores sobrenaturais ndash nenhuma crianccedila inicialmente os questiona Mais tarde sim
porque na medida em que cresce emerge e amadurece a sua liberdade pessoal haacute-de
comprometer-se tambeacutem nas escolhas que faz e que obviamente satildeo sempre muito
pessoais(hellip) Precisamente por isso os pais tecircm de preparar essa fase de referecircncia ndash
atraveacutes do seu comportamento ndash que lhe sirva de orientaccedilatildeo (ibidem)
Isto seraacute tanto menos difiacutecil para os pais quanto mais cedo faccedilam da sua famiacutelia um
museu vivo de valores quando os filhos satildeo ainda muito pequenos
Seraacute menos difiacutecil tambeacutem a sua adolescecircncia quando o quadro de referecircncia e um
miacutenimo de normas e costumes tenham sido parte importante do seu ambiente familiar
acolhedor desde a primeira infacircncia
Dossier temaacutetico sobre Valores 1364
Deste modo quando o filho adolescente ou o filho jovem daacute prioridade a alguns
valores como fundamento para apoiar a sua vida tem jaacute como em depoacutesito uns
valores que anteriormente assumiu e integrou quase sem dar por isso contagiados ou
emprestados pelos seus pais
Estes valores familiares descobertos na convivecircncia do lar paterno nas relaccedilotildees diaacuterias
de pais e filhos de irmatildeos de diferentes idades traduzem-se ndash como efeito de
descoberta ndash em motivos Em consequecircncia a conduta de cada filho estaraacute motivada
desde o principio a sua vontade estaraacute motivada
Penso por contraste em tantos filhos desmotivados antes e durante a sua adolescecircncia
quando os primeiros responsaacuteveis da famiacutelia natildeo se propuseram ou natildeo souberam
criar este a ambiente familiar cimentado na sinceridade na generosidade na lealdade
na laboriosidade no optimismo na compreensatildeo exigente no respeito confiado na
disponibilidade na gratidatildeo na amizade e noutros valores humanos
Oliveros Otero
In httpfamiliaaaldeianetvalores-na-familia
Dossier temaacutetico sobre Valores 1464
O CONTO NA VIDA DA CRIANCcedilA
A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais
refinadas como A Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos
limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros
Perde-se no tempo a origem e importacircncia do conto na educaccedilatildeo da crianccedila Quantas
vezes pais e educadores a braccedilos com a explicaccedilatildeo de algo mais complexo aos nossos
filhos nos socorremos de uma histoacuteria que simplifique a nossa tarefa por um lado e
por outro facilite a compreensatildeo por parte da crianccedila daquilo que verdadeiramente lhe
queremos transmitir
Passar valores agrave crianccedila eacute algo complexo Esta missatildeo implica normalmente conceitos
que fazem apelo a abstracccedilotildees competecircncias impossiacuteveis de usar pela crianccedila nas
etapas mais precoces do desenvolvimento As histoacuterias satildeo por isso um meio
facilitador de resolver algumas das questotildees que esta tarefa nos coloca Se por um
lado divertem as crianccedilas espicaccedilam a sua curiosidade promovem competecircncias
cognitivas e de oralidade activam a magia por outro satildeo tambeacutem a forma de
concretizarmos alguns dos valores que consideramos aceitaacuteveis e oportunos transmitir
agrave crianccedila
De cada histoacuteria cada crianccedila retiraraacute aquilo que lhe fizer mais sentido em funccedilatildeo das
suas vivecircncias e das suas caracteriacutesticas desenvolvimentais Com a mesma histoacuteria
podemos transmitir um sem-nuacutemero de ensinamentos isso depende em primeira
instacircncia do objectivo de quem a usa e da proacutepria crianccedila
A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais
refinadas como a Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos
limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros
A Menina do Mar eacute uma histoacuteria porventura difiacutecil de entender antes da idade
escolar Para aleacutem da beleza literaacuteria pode permitir-nos transmitir valores ecoloacutegicos
respeito pela Natureza nomeadamente pelas coisas do mar curiosidade na descoberta
e contemplaccedilatildeo do mar e do que ele conteacutem Aleacutem disso e voltando a um dos valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 1564
inerentes a quase todas as histoacuterias - a relaccedilatildeo com os outros - A Menina do Mar
proporciona uma excelente oportunidade de ensinar a crianccedila a respeitar e a aceitar as
diferenccedilas e ainda a importacircncia de fazer amigos
Nas histoacuterias tal como na vida por vezes tambeacutem haacute situaccedilotildees desconcertantes e ainda
bem que as histoacuterias contemplam estas situaccedilotildees Satildeo uma oacuteptima oportunidade para a
crianccedila se organizar e aprender a lidar com os medos os obstaacuteculos e frustraccedilotildees com
que se iraacute confrontar ao longo da vida Eacute importante que o crescimento se faccedila ainda
que ao niacutevel do imaginaacuterio e simboacutelico assente em valores reais
In O conto na vida da crianccedila In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$o-conto-na-vida-da-criancagt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1664
VALORES
Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis
Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano
sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A
expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os
grupos dispotildeem para aceder aos valores
Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os
valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a
possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais
No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo
vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer
sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo
depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores
podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as
estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo
a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir
mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores
Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na
www ltURL httpwwwinfopediapt$valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1764
CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS
Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores
ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise
de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de
generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o
individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de
consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute
natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do
injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o
relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem
sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora
volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta
As principais causas para a crise de valores satildeo
- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e
ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que
substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos
valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto
de mecanismos mentais repressivos
- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia
primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees
violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar
tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos
- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas
mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade
moderna face aos valores tradicionais
- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na
descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e
pelo relativismo
A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo
melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para
a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees
Dossier temaacutetico sobre Valores 1864
interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a
maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois
subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais
parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute
apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas
Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1964
O QUE SAtildeO VALORES
O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR
PESQUISA
O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute
assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as
fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode
ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e
aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer
opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e
legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada
entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que
noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia
Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia
Dossier temaacutetico sobre Valores 2064
SIacuteNTESE
1 Valores
1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas
preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para
justificar as nossas decisotildees
2 Factos e valores
Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos
valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias
Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante
da semana era um domingo
Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um
domingo
Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os
dias da semana
3Facto
Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a
afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem
consensos universais
4 Valor
Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos
a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as
coisas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2164
b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-
as preferiacuteveis a outras
Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas
Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que
atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o
valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo
Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem
todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma
5 Tipos de valores
Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que
traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos
agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma
Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas
as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade
Lealdade Bondade Altruiacutesmo
Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime
Traacutegico
Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia
Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo
Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade
Valores vitais Sauacutede Forccedila
6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores
Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar
uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A
Dossier temaacutetico sobre Valores 2264
hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros
isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo
muacuteltiplas
Exemplo
A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares
Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que
hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades
bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar
7 Polaridade dos Valores
Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades
Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza
agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada
num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de
estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como
Injusto
Carlos Fontes
In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~
Dossier temaacutetico sobre Valores 2364
PERTINEcircNCIA DE VALORES
Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como
crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais
e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades
tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores
comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas
de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores
graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas
pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho
Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -
cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de
valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema
poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema
societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo
de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto
os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores
A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais
religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees
entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam
Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as
culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade
histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da
existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre
vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja
assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito
uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo
e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da
crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila
Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade
valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas
diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os
valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os
Dossier temaacutetico sobre Valores 2464
valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc
Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que
uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de
valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a
eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave
comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num
tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas
e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a
obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora
de casa e tecircm filhos pequenos) etc
Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas
sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a
uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos
novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de
desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da
toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de
voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos
sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres
viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de
assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos
valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais
Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]
Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 2564
DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E
SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os
valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute
quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os
valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi
publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio
quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o
egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que
promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de
etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo
excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores
da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo
lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais
entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos
professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas
desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os
docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila
Foto Pintura de Salvador Dali
In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml
Dossier temaacutetico sobre Valores 2664
A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Adolfo S Suaacuterez
Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso
de Teologia do Unasp
Centro Universitaacuterio Adventista
Campus Engenheiro Coelho (SP)
adolfosuarezunaspedubr
Introduccedilatildeo
1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores
11 Definiccedilotildees
12 Modelos de valores em sala de aula
121 Valores absolutos
122 Valores relativos
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
13 Classificaccedilatildeo de valores
14 Conclusatildeo parcial
2 Valores que devem ser ensinados
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
23 Conclusatildeo parcial
3 A transmissatildeo de valores
31 Como se aprendem os valores
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
33 A idade e o ensino de valores
34 Conclusatildeo parcial
Consideraccedilotildees finais
Referecircncias bibliograacuteficas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2764
Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo
Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde
Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula
The issue of values in the classroom
Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary
Education based on a Christian pedagogical practice
Keywords values christian education classroom
Dossier temaacutetico sobre Valores 2864
INTRODUCcedilAtildeO
Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS
2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da
experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e
cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e
espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)
Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas
fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade
promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a
inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)
No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de
estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das
faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)
Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo
meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo
quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e
aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)
Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido
vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo
no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar
desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de
professores ldquoconteudistasrdquo
Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser
mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno
porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de
apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa
formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores
Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-
se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo
da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados
Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores
1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES
1 1 Definiccedilotildees
Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade
humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua
conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja
valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)
independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de
caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)
Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo
Dossier temaacutetico sobre Valores 2964
Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao
satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa
qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto
deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo
racional humano (2001 p 44)
No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS
pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores
significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno
seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais
lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que
promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os
princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o
seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o
respeito e a cooperaccedilatildeo
Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante
descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade
(1997 p 79)
12 Modelos de valores em sala de aula
Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores
Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)
121 Valores absolutos
Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e
normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma
autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos
indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave
medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo
previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios
mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo
O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para
conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de
que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3064
122 Valores relativos
Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute
baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da
verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio
mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela
praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia
pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc
A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o
que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de
tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no
momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros
possam pensar
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3164
Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o
trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua
autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e
normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam
orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os
valores
Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que
determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura
que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a
escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se
oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem
possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo
Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de
determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes
puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para
todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar
os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns
13 Classificaccedilatildeo de valores
Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da
seguinte maneira numa escala ascendente
(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc
(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc
(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc
(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc
(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc
(f) Valores religiosos sagrado profano etc
De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em
Dossier temaacutetico sobre Valores 3264
(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam
rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar
(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute
dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel
satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para
Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos
sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos
gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e
prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos
(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)
(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo
pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real
exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato
boa-feacutemaacute-feacute etc)
(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)
(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia
autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da
vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees
pessoais etc
(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed
Petroacutepolis RJ Vozes 2000
BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais
Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997
BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales
Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997
Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
Paulo Vida 2001
MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
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AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
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Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
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(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
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MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
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(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
AS CRIANCcedilAS APRENDEM AQUILO QUE VIVEM
Se uma crianccedila vive criticada
aprende a condenar
Se uma crianccedila vive com maus tratos
aprende a brigar
Se uma crianccedila vive humilhada
aprende a sentir-se culpada
Se uma crianccedila eacute estimulada
aprende a confiar
Se uma crianccedila eacute valorizada
aprende a valorizar
Se uma crianccedila vive no equiliacutebrio
aprende a ser justa
Se uma crianccedila vive em seguranccedila
aprende a ter feacute
Se uma crianccedila eacute bem aceite
aprende a respeitar
Se uma crianccedila vive na amizade
aprende a encontrar o amor no mundo
Autora Dorothy Law Nolte no livro laquoCrianccedilas Aprendem O Que Vivem Como Incutir Valores Aos Seus
Filhosraquo
In wwwjuniorteptservletsGeraisP=PaisampID=720
Dossier temaacutetico sobre Valores 464
ENSINAR AS CRIANCcedilAS A BRINCAR APRENDENDO
VALORES E BONS HAacuteBITOS
Enviado por Domingo Maio 16 143440 CEST por Amaral
Em laquoVamos Jogarraquo o pediatra Eduard Estivill e a escritora Yolanda Saacuteenz de Tejada
ajudam-no a fazer dos filhos laquomelhores pessoasraquo No livro agora publicado em
Portugal divulgam-se actividades didaacutecticas entre pais e filhos para ensinar valores e
bons haacutebitos agraves crianccedilas Leia a seguir a entrevista concedida a um jornal portuguecircs
Eduard Estivill e Yolanda Tejada assinam uma obra agrave qual emprestam distintas
sensibilidades e largas doses de bom senso Publicamos a seguir a entrevista
publicada no DESTAK
- Os filhos de hoje tecircm piores haacutebitos que os do passado E os pais
Eduard Estivill O ritmo de vida actual a entrada da mulher no mundo laboral e a
diminuiccedilatildeo do nuacutemero de irmatildeos por famiacutelia condicionaram a superprotecccedilatildeo dos
filhos sobretudo nos haacutebitos essenciais sono alimentaccedilatildeo higiene comunicaccedilatildeo Os
pais do passado natildeo eram melhores que os de hoje que simplesmente tecircm menos
tempo mas preocupavam-se mais com a educaccedilatildeo
- No prefaacutecio diz ter esperanccedila de laquoaproximar as crianccedilas dos adultos ou ao
contraacuterioraquo Os adultos natildeo devem perder a capacidade de sonhar
Yolanda Tejada Que natildeo percamos a capacidade de surpresa que voltemos a ter a
ilusatildeo por pequenas coisas que voltemos a jogar e a rir muito Uma crianccedila ri mais 80
que um adulto
- As crianccedilas soacute aprendem jogando
Eduard Estivill A educaccedilatildeo eacute um conjunto de haacutebitos e normas sociais necessaacuterios agrave
vida em sociedade Educar as crianccedilas eacute ensinar estas normas que depois faratildeo com
Dossier temaacutetico sobre Valores 564
que a crianccedila seja aceite na sociedade e se sinta mais segura de si mesma e mais feliz O
jogo eacute soacute um veiacuteculo para repetir as normas que queremos incutir de uma forma mais
divertida tanto para a crianccedila como para os pais
- A coerecircncia e a paciecircncia satildeo os pilares da educaccedilatildeo mas satildeo difiacuteceis de manter
Eduard Estivill Totalmente certo Eacute difiacutecil manter a paciecircncia e a coerecircncia Por isso
recomendamos jogos para alcanccedilar estes objectivos Estes jogos foram testados por
pais pedagogos educadores e professores Isso justifica os 80 mil exemplares do livro
vendidos em Espanha e a ediccedilatildeo do livro em Itaacutelia Brasil e Portugal
- Como se deve contornar a falta de tempo dos pais
Eduard Estivill Entendendo que o importante natildeo eacute a quantidade mas sim a
qualidade Eacute muito melhor brincar com a crianccedila durante meia hora antes do jantar do
que duas horas a ver televisatildeo depois de jantar
- Qual eacute o haacutebito - comunicaccedilatildeo leitura sono comida conduta higiene - que falta
mais agraves crianccedilas actuais
Yolanda Tejada Natildeo depende das crianccedilas mas sim dos adultos Para cada adulto a
importacircncia de cada haacutebito natildeo eacute igual Se para mim natildeo for importante que o meu
filho coma verduras natildeo sentirei a falta desse haacutebito Mas o haacutebito que mais
descuramos regra geral eacute o da comunicaccedilatildeo
Sobre o livro
O objectivo do livro laquoVamos Jogarraquo eacute laquofornecer uma seacuterie de conceitos apresentados
na forma de jogos para que os pais possam inculcar melhores haacutebitos nos seus filhosraquo
explica no proacutelogo da obra o co-autor Eduard Estivill
Nesta aventura pedagoacutegica editada em Portugal pela Livros dHoje o pediatra e
neurofisiologista espanhol contou com a experiecircncia maternal da criativa e escritora
Yolanda Saacuteenz de Tejada ligada a projectos de investigaccedilatildeo sobre comportamentos
Dossier temaacutetico sobre Valores 664
infantis
Juntos partindo de conceitos cientiacuteficos comprovados apresentam uma seacuterie de
laquoactividades faacuteceis de executar e que satildeo particularmente vaacutelidas do ponto de vista
educativoraquo Isto tendo por premissa laquoa facilidade das crianccedilas em captar ensinamentos
e copiar os padrotildees de conduta dos adultosraquo Eacute que os petizes natildeo nascem ensinados e
cabe aos progenitores apontar as direcccedilotildees a seguir no sentido de aprenderem a
laquomovimentar-se pela vida com seguranccedila e responsabilidaderaquo
A transmissatildeo de valores o processo de habituaccedilatildeo atraveacutes da repeticcedilatildeo e do bom
exemplo (neste ponto eacute imperiosa a coerecircncia entre a teoria e praacutetica) e ateacute o seu grau
de estoicismo nunca desistindo perante as contrariedades (leia-se berrarias laacutegrimas
ou ataques de nervos) satildeo absolutamente fundamentais nesta foacutermula para se obterem
bons resultados
Ingredientes base
Na receita proposta em laquoVamos Jogarraquo a Emoccedilatildeo e a Planificaccedilatildeo tecircm o mesmo grau
de importacircncia A dupla sugere que os pais devem recuperar a alegria de quando eram
pequenos sendo cada jogo acompanhado de amor e do sorriso que laquotantas vezes
tendemos a esquecerraquo Jaacute em termos de Planificaccedilatildeo laquose criarmos expectativas seraacute
mais faacutecil que as crianccedilas desfrutemraquo como quem tem um objectivo em mente e sente a
inerente satisfaccedilatildeo quando consegue realizaacute-lo
Neste moroso processo eacute certo e sabido que laquonatildeo somos infaliacuteveisraquo laquoOs pais que se
equivocam satildeo mais humanos Se assumirmos que natildeo sabemos algo mas que vamos
tentar encontrar a resposta o nosso filho pensaraacute que tudo tem uma soluccedilatildeo Os nossos
enganos se os admitirmos aproximar-nos-atildeo mais delesraquo afianccedilam Eduard Estivill e
Yolanda Saacuteenz de Tejada
Mais laquopara ensinar eacute preciso ouvirraquo e rever a nossa infacircncia e a tradicional sensaccedilatildeo de
incompreensatildeo dessa fase etaacuteria seraacute uacutetil nesse processo de identificaccedilatildeo com a nossa
prole Por fim os autores recomendam laquoo amor loucoraquo pois que laquoum pouco de carinho
nunca eacute de mais e natildeo haacute que ter quaisquer pudores em demonstraacute-lo publicamente
Dossier temaacutetico sobre Valores 764
Bons haacutebitos
Ao longo de 277 paacuteginas aprendemos que esse acto essencial na vida das crianccedilas que eacute
o Jogo eacute possiacutevel de ser explorado no sentido educativo e meramente recreativo Na
lista de jogos haacute a promessa da aquisiccedilatildeo de bons haacutebitos na Comida de Conduta de
Higiene de Comunicaccedilatildeo de Estudo de Leitura e de Sono
O mesmo seraacute dizer que em jeito de brincadeira se aprende a pocircr a mesa a comer o
pequeno-almoccedilo sozinho a ser pontual agraves refeiccedilotildees a natildeo ter ciuacutemes a ser altruiacutesta a
valorizar a praacutetica desportiva a tomar banho sozinho a gerir o tempo a escolher a
roupa para vestir a perder o medo do meacutedico a natildeo ter vergonha a dar valor agrave
famiacutelia a gostar de estudar a treinar a memoacuteria a explorar o talento artiacutestico ou a
adormecer sozinho Tudo porque como disse um dia Allan Bloom laquoa educaccedilatildeo eacute o
movimento da obscuridade em direcccedilatildeo agrave luzraquo
Vera Valadas Ferreira | DESTAK
19 | 04 | 2010
In wwwfersapptfersapmodulesphpname=Newsampfile=articleampsid=844
Dossier temaacutetico sobre Valores 864
OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS
VALORES
Justiccedila igualdade toleracircnciahellip Satildeo palavras que cada dia mais se escutam nas escolas
A ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo jaacute estaacute presente no curriculum escolar mas isso natildeo eacute
suficiente Ficar no niacutevel teoacuterico natildeo serve de nada E na praacutetica esquecemos
frequentemente que palavras tatildeo grandiosas como ldquoEmpatiardquo ou ldquoRespeitordquo se
traduzem em premissas tatildeo singelas como ldquonatildeo atirar papeacuteis para o chatildeordquo ldquoceder o
assento a quem mais o necessiterdquo ou ldquoabrir a porta a quem vai carregadordquo
Que a ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo tenha chegado agraves escolas eacute um passo que realmente
devemos celebrar Saber ser pessoa eacute mais importante do que saber resolver integrais
ou saber em que ano comeccedilou a Revoluccedilatildeo Francesa Entretanto enquanto que a
instruccedilatildeo e formaccedilatildeo intelectual eacute um objectivo a conseguir primordialmente atraveacutes
da escola a educaccedilatildeo e desenvolvimento pessoal eacute-o atraveacutes da famiacutelia
Nunca devemos esquecer que o lar eacute o autecircntico formador de pessoas As crianccedilas
aprendem continuamente atraveacutes dos seus pais natildeo soacute o que estes lhes contam mas
tambeacutem sobretudo pelo que vecircem neles como actuam como respondem perante os
problemas Em definitivo as crianccedilas observam e copiam o proceder dos seus pais
perante a vida A autecircntica educaccedilatildeo nos valores transmite-se passa dos pais para os
seus filhos desde o dia do nascimento ateacute ao final da vida Natildeo obstante tem uma
importacircncia relevante durante os primeiros anos Ateacute aos seis ou sete anos de idade as
crianccedilas possuem uma moral denominada ldquoheteroacutenimardquo ou seja a sua motivaccedilatildeo para
fazer as coisas de uma maneira ou de outra eacute corresponder ao que o papaacute e a mamatilde
desejariam o que dizem os pais satildeo ldquoverdades absolutasrdquo Conforme crescem vatildeo
compreendendo melhor por que eacute importante actuar de certa forma e natildeo de outras
mas seguem sempre guiando-se pelo que vecircem em casa especialmente ateacute aos doze
anos Daiacuteiacute a tremenda importacircncia de educar as crianccedilas atraveacutes do exemplo para
desenvolver uma educaccedilatildeo ciacutevica
Dossier temaacutetico sobre Valores 964
Faz o que eu faccedilo
Todos temos na mente uma ideia de como gostariacuteamos que fosse a sociedade em que
mundo queremos que vivam os nossos filhos um sitio limpo em que as pessoas se
ajudem e respeitem onde todos tenhamos os mesmos direitoshellip Depois saiacutemos agrave rua
pensando no trabalho nas compras na ortodoncia do menino e esquecemo-nos de
todos esses bons propoacutesitos De repente queremos ser os primeiros a sair do metro
incomoda-nos o carro que torna lenta a circulaccedilatildeo esquecemo-nos de dar os bons dias
ao porteirohellip e assim dia apoacutes dia diante o olhar sempre atento das crianccedilas que jaacute se
sabe absorvem tudo como esponjas
Jaacute comentaacutemos que ateacute os doze anos aproximadamente o lar eacute a principal fonte de
valores direitos e deveres da crianccedila Agora tambeacutem teraacute que se dizer que haacute coisas
que dificilmente se aprendem mais tarde Se em pequenos natildeo nos acostumamos a
guardar o pacote no bolso quando natildeo haacute um cesto de papeacuteis agrave matildeo a natildeo pocircr a
muacutesica muito alta para natildeo incomodar o vizinho a dizer obrigado quando nos fazem
um favor ou a natildeo insultar os que satildeo diferentes seraacute mais complicado aprendecirc-lo
mais tarde Porque o civismo o respeito a honestidade e todos os valores humanos satildeo
em grande medida haacutebitos rotinas que aprendemos em famiacutelia de forma inconsciente
e que mais adiante chegamos a valorizar com a reflexatildeo que permite a maturidade
Por isso a melhor forma de transmitir valores de aprender a viver em sociedade eacute natildeo
aplicar jamais a tatildeo popular frase de ldquofaz o que eu digo e natildeo o que eu faccedilordquo Se
quisermos que nossos filhos alcancem essa sociedade tatildeo sonhada devemos comeccedilar
por criaacute-la noacutes mesmos e ldquofazer o que dizemosrdquo
Que ldquohaacutebitos-valoresrdquo fomentar
Decerto que vocecircs mesmos tecircm a resposta Soacute tecircm que pensar que tipo de pessoas
gostariam que fossem os vossos filhos e actuar em consequecircncia Como vimos a
coerecircncia entre as ideias que querem transmitir e a forma como se actua em casa eacute a
chave principal
A maioria das pessoas considera como nobres os mesmos tipos de valores Entretanto
agraves vezes eacute difiacutecil reconhecer em noacutes mesmo onde encaixa a conexatildeo entre ldquocrenccedilasrdquo e
ldquoforma de serrdquo Estes conselhos podem ajudar a reflectir sobre isso
Dossier temaacutetico sobre Valores 1064
Se quiserem que o vossofilho seja uma pessoa razoaacutevel raciocinem com ele desde o
primeiro dia Natildeo utilizem o ldquoporque eu digordquo Logicamente haveraacute muitas ocasiotildees
em que tenham que lhe ordenar as coisas mas sempre podem argumentar o motivo
O respeito onde primeiro se observa eacute entre os pais As decisotildees no casal devem ser
sempre compartilhadas Se discutem faccedilam-no de forma tranquila sem recriminar
Saber viver em sociedade eacute saber aceitar as opiniotildees distintas
Onde mais se fomentam os estereoacutetipos eacute no lar Pensaram alguma vez em coisas como
quem limpa a casa quem troca as lacircmpadas etc Tratem de compartilhar entre voacutes os
distintos papeacuteis
Se se preocuparem com as influecircncias externas pensem que tecircm uma arma muito
importante ao vosso alcance os vossoscomentaacuterios Falem com o vossofilho sobre a
opiniatildeo que merecem as actuaccedilotildees dos outros (tanto no positivo como no negativo)
Isto eacute importante sobretudo contra a influecircncia da televisatildeo
Compreender ajuda a aprender
Os valores transmitem-se atraveacutes do exemplo mas assentam com forccedila graccedilas agrave
compreensatildeo de que satildeo necessaacuterios Como podemos ajudar uma crianccedila pequena a
perceber esta importacircncia Uma boa maneira eacute aplicar a foacutermula de ldquofaz pelos outros o
que gostarias que fizessem por ti e natildeo lhes faccedilas o que natildeo gostarias que te fizessemrdquo
Por outras palavras colocar as crianccedilas na hipoacutetese de serem eles os protagonistas de
certas atitudes Eacute muito mais eficaz para que o vossofilho a entenda dizer-lhe
ldquoGostarias que se rissem de ti porque usas oacuteculos como te sentiriasrdquo do que lhe dizer
simplesmente ldquoNatildeo deves rir do Joatildeo por ter aparelho nos dentesrdquo
(Esther Garciacutea Schmah Pedagoga wwwsolohijoscom wwwmujernuevaorg)
In httpfamiliaaaldeianetos-habitos-familiares-e-a-transmissao-dos-valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 1164
VALORES NA FAMIacuteLIA
Quando os valores prioritaacuterios satildeo os valores ou bens materiais como ocorre em
amplos sectores da sociedade actual ou quando os valores se confundem com os
desejos ou as apetecircncias de um ser humano como tambeacutem acontece a descoberta de
verdadeiros valores humanos tem uma grande importacircncia para a motivaccedilatildeo da
vontade humana Porquecirc Porque a motivaccedilatildeo humana remete sempre para valores
humanos verdadeiros materiais e espirituais ndash sempre que os primeiros sirvam os
segundos e natildeo ao contraacuterio
A descoberta e valores corresponde aos imateriais aos do espiacuterito aos que fazem
referecircncia agrave verdade (valores intelectuais) ao bem (valores morais) e agrave beleza (valores
esteacuteticos) Satildeo trecircs tipos de valores estreitamente relacionados entre si porque verdade
bem e beleza satildeo os termos inseparaacuteveis de um trinoacutemio (Se algueacutem tentasse separaacute-
los encontrar-se-ia com uma verdade maacute e feia com um bem feio e falso com uma
beleza falsa e maacute)
Como descobrir estes valores Cada qual deve tomar a iniciativa de os procurar porque
lhe satildeo muito importantes satildeo os elementos que aperfeiccediloam o proacuteprio ser mediante
eles um indiviacuteduo pode acabar por ser chegar a ser aquilo que eacute pessoa ser mais e
melhor pessoa
Mas nem sempre que se procuram se encontram Tambeacutem eacute verdade que agraves vezes
emergem de repente no nosso horizonte existencial inclusivamente apesar da nossa
resistecircncia (hellip) Um dia qualquer uma vida rotineira e talvez sem relevo pode sentir-
se sacudida ndash e ateacute invadida ndash pela descoberta de um novo valor que a transforma
(Polaino e Carrentildeo l992 p 75)
Haacute algum acircmbito onde a descoberta de valores seja menos difiacutecil ou mais provaacutevel
Em primeiro lugar o acircmbito vital da famiacutelia Se os pais optaram por certos valores e se
comprometeram com eles cada filho que vem ao mundo natildeo tem de desenvolver a
tarefa hercuacutelea e problemaacutetica de tratar de descobrir por que valores vale a pena
arriscar a vida (ibidem)
Dossier temaacutetico sobre Valores 1264
Nem sempre acontece assim Optar por certos valores significa escolher entre os
melhores aqueles que mais convenham numa famiacutelia concreta com as suas
circunstacircncias actuais para o desenvolvimento pessoal de cada membro e para a
melhoria familiar Logicamente seratildeo prioritaacuterios os valores humanos mais cultivados
por ambos os cocircnjuges
Comprometer-se com uns valores e organizar a vida familiar em funccedilatildeo deles supotildee tecirc-
los interiorizado profundamente Soacute assim seratildeo capazes de os pocircr de moda na sua
famiacutelia sendo eles proacuteprios para os seus filhos portadores de valores
Esses valores vividos pelos pais com naturalidade e com graccedila com bom humor
sabendo sorrir habitualmente seratildeo atractivos para os filhos e contagiosos A famiacutelia
sob esta perspectiva aparece-nos como um museu vivo de valores E natildeo porque os
pais pendurem os valores nas paredes como se se tratasse de um quadro que
passivamente se deve admirar Os valores familiares constituem pelo contraacuterio um
dado irrefutaacutevel quase com cunho testemunhal que vai unido ao comportamento
diaacuterio dos pais (ibidem p 76) E tambeacutem estaratildeo presentes estes valores na conduta
dos filhos quando os pais aleacutem de os viverem e de os fomentarem promovem e
mantecircm vigentes algumas normas e costumes familiares que mostram a presenccedila viva
destes valores preferenciais
Os valores familiares ndash em famiacutelias cristatildes natildeo satildeo soacute valores naturais mas tambeacutem
valores sobrenaturais ndash nenhuma crianccedila inicialmente os questiona Mais tarde sim
porque na medida em que cresce emerge e amadurece a sua liberdade pessoal haacute-de
comprometer-se tambeacutem nas escolhas que faz e que obviamente satildeo sempre muito
pessoais(hellip) Precisamente por isso os pais tecircm de preparar essa fase de referecircncia ndash
atraveacutes do seu comportamento ndash que lhe sirva de orientaccedilatildeo (ibidem)
Isto seraacute tanto menos difiacutecil para os pais quanto mais cedo faccedilam da sua famiacutelia um
museu vivo de valores quando os filhos satildeo ainda muito pequenos
Seraacute menos difiacutecil tambeacutem a sua adolescecircncia quando o quadro de referecircncia e um
miacutenimo de normas e costumes tenham sido parte importante do seu ambiente familiar
acolhedor desde a primeira infacircncia
Dossier temaacutetico sobre Valores 1364
Deste modo quando o filho adolescente ou o filho jovem daacute prioridade a alguns
valores como fundamento para apoiar a sua vida tem jaacute como em depoacutesito uns
valores que anteriormente assumiu e integrou quase sem dar por isso contagiados ou
emprestados pelos seus pais
Estes valores familiares descobertos na convivecircncia do lar paterno nas relaccedilotildees diaacuterias
de pais e filhos de irmatildeos de diferentes idades traduzem-se ndash como efeito de
descoberta ndash em motivos Em consequecircncia a conduta de cada filho estaraacute motivada
desde o principio a sua vontade estaraacute motivada
Penso por contraste em tantos filhos desmotivados antes e durante a sua adolescecircncia
quando os primeiros responsaacuteveis da famiacutelia natildeo se propuseram ou natildeo souberam
criar este a ambiente familiar cimentado na sinceridade na generosidade na lealdade
na laboriosidade no optimismo na compreensatildeo exigente no respeito confiado na
disponibilidade na gratidatildeo na amizade e noutros valores humanos
Oliveros Otero
In httpfamiliaaaldeianetvalores-na-familia
Dossier temaacutetico sobre Valores 1464
O CONTO NA VIDA DA CRIANCcedilA
A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais
refinadas como A Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos
limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros
Perde-se no tempo a origem e importacircncia do conto na educaccedilatildeo da crianccedila Quantas
vezes pais e educadores a braccedilos com a explicaccedilatildeo de algo mais complexo aos nossos
filhos nos socorremos de uma histoacuteria que simplifique a nossa tarefa por um lado e
por outro facilite a compreensatildeo por parte da crianccedila daquilo que verdadeiramente lhe
queremos transmitir
Passar valores agrave crianccedila eacute algo complexo Esta missatildeo implica normalmente conceitos
que fazem apelo a abstracccedilotildees competecircncias impossiacuteveis de usar pela crianccedila nas
etapas mais precoces do desenvolvimento As histoacuterias satildeo por isso um meio
facilitador de resolver algumas das questotildees que esta tarefa nos coloca Se por um
lado divertem as crianccedilas espicaccedilam a sua curiosidade promovem competecircncias
cognitivas e de oralidade activam a magia por outro satildeo tambeacutem a forma de
concretizarmos alguns dos valores que consideramos aceitaacuteveis e oportunos transmitir
agrave crianccedila
De cada histoacuteria cada crianccedila retiraraacute aquilo que lhe fizer mais sentido em funccedilatildeo das
suas vivecircncias e das suas caracteriacutesticas desenvolvimentais Com a mesma histoacuteria
podemos transmitir um sem-nuacutemero de ensinamentos isso depende em primeira
instacircncia do objectivo de quem a usa e da proacutepria crianccedila
A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais
refinadas como a Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos
limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros
A Menina do Mar eacute uma histoacuteria porventura difiacutecil de entender antes da idade
escolar Para aleacutem da beleza literaacuteria pode permitir-nos transmitir valores ecoloacutegicos
respeito pela Natureza nomeadamente pelas coisas do mar curiosidade na descoberta
e contemplaccedilatildeo do mar e do que ele conteacutem Aleacutem disso e voltando a um dos valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 1564
inerentes a quase todas as histoacuterias - a relaccedilatildeo com os outros - A Menina do Mar
proporciona uma excelente oportunidade de ensinar a crianccedila a respeitar e a aceitar as
diferenccedilas e ainda a importacircncia de fazer amigos
Nas histoacuterias tal como na vida por vezes tambeacutem haacute situaccedilotildees desconcertantes e ainda
bem que as histoacuterias contemplam estas situaccedilotildees Satildeo uma oacuteptima oportunidade para a
crianccedila se organizar e aprender a lidar com os medos os obstaacuteculos e frustraccedilotildees com
que se iraacute confrontar ao longo da vida Eacute importante que o crescimento se faccedila ainda
que ao niacutevel do imaginaacuterio e simboacutelico assente em valores reais
In O conto na vida da crianccedila In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
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Dossier temaacutetico sobre Valores 1664
VALORES
Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis
Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano
sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A
expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os
grupos dispotildeem para aceder aos valores
Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os
valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a
possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais
No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo
vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer
sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo
depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores
podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as
estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo
a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir
mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores
Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na
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Dossier temaacutetico sobre Valores 1764
CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS
Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores
ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise
de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de
generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o
individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de
consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute
natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do
injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o
relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem
sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora
volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta
As principais causas para a crise de valores satildeo
- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e
ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que
substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos
valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto
de mecanismos mentais repressivos
- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia
primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees
violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar
tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos
- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas
mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade
moderna face aos valores tradicionais
- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na
descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e
pelo relativismo
A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo
melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para
a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees
Dossier temaacutetico sobre Valores 1864
interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a
maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois
subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais
parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute
apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas
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Dossier temaacutetico sobre Valores 1964
O QUE SAtildeO VALORES
O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR
PESQUISA
O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute
assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as
fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode
ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e
aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer
opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e
legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada
entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que
noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia
Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia
Dossier temaacutetico sobre Valores 2064
SIacuteNTESE
1 Valores
1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas
preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para
justificar as nossas decisotildees
2 Factos e valores
Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos
valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias
Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante
da semana era um domingo
Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um
domingo
Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os
dias da semana
3Facto
Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a
afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem
consensos universais
4 Valor
Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos
a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as
coisas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2164
b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-
as preferiacuteveis a outras
Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas
Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que
atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o
valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo
Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem
todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma
5 Tipos de valores
Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que
traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos
agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma
Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas
as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade
Lealdade Bondade Altruiacutesmo
Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime
Traacutegico
Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia
Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo
Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade
Valores vitais Sauacutede Forccedila
6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores
Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar
uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A
Dossier temaacutetico sobre Valores 2264
hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros
isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo
muacuteltiplas
Exemplo
A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares
Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que
hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades
bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar
7 Polaridade dos Valores
Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades
Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza
agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada
num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de
estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como
Injusto
Carlos Fontes
In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~
Dossier temaacutetico sobre Valores 2364
PERTINEcircNCIA DE VALORES
Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como
crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais
e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades
tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores
comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas
de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores
graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas
pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho
Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -
cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de
valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema
poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema
societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo
de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto
os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores
A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais
religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees
entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam
Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as
culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade
histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da
existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre
vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja
assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito
uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo
e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da
crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila
Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade
valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas
diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os
valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os
Dossier temaacutetico sobre Valores 2464
valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc
Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que
uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de
valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a
eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave
comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num
tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas
e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a
obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora
de casa e tecircm filhos pequenos) etc
Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas
sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a
uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos
novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de
desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da
toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de
voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos
sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres
viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de
assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos
valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais
Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]
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Dossier temaacutetico sobre Valores 2564
DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E
SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os
valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute
quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os
valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi
publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio
quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o
egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que
promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de
etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo
excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores
da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo
lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais
entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos
professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas
desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os
docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila
Foto Pintura de Salvador Dali
In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml
Dossier temaacutetico sobre Valores 2664
A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Adolfo S Suaacuterez
Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso
de Teologia do Unasp
Centro Universitaacuterio Adventista
Campus Engenheiro Coelho (SP)
adolfosuarezunaspedubr
Introduccedilatildeo
1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores
11 Definiccedilotildees
12 Modelos de valores em sala de aula
121 Valores absolutos
122 Valores relativos
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
13 Classificaccedilatildeo de valores
14 Conclusatildeo parcial
2 Valores que devem ser ensinados
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
23 Conclusatildeo parcial
3 A transmissatildeo de valores
31 Como se aprendem os valores
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
33 A idade e o ensino de valores
34 Conclusatildeo parcial
Consideraccedilotildees finais
Referecircncias bibliograacuteficas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2764
Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo
Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde
Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula
The issue of values in the classroom
Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary
Education based on a Christian pedagogical practice
Keywords values christian education classroom
Dossier temaacutetico sobre Valores 2864
INTRODUCcedilAtildeO
Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS
2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da
experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e
cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e
espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)
Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas
fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade
promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a
inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)
No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de
estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das
faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)
Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo
meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo
quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e
aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)
Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido
vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo
no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar
desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de
professores ldquoconteudistasrdquo
Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser
mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno
porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de
apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa
formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores
Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-
se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo
da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados
Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores
1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES
1 1 Definiccedilotildees
Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade
humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua
conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja
valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)
independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de
caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)
Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo
Dossier temaacutetico sobre Valores 2964
Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao
satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa
qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto
deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo
racional humano (2001 p 44)
No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS
pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores
significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno
seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais
lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que
promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os
princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o
seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o
respeito e a cooperaccedilatildeo
Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante
descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade
(1997 p 79)
12 Modelos de valores em sala de aula
Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores
Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)
121 Valores absolutos
Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e
normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma
autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos
indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave
medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo
previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios
mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo
O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para
conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de
que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3064
122 Valores relativos
Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute
baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da
verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio
mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela
praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia
pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc
A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o
que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de
tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no
momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros
possam pensar
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3164
Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o
trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua
autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e
normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam
orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os
valores
Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que
determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura
que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a
escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se
oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem
possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo
Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de
determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes
puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para
todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar
os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns
13 Classificaccedilatildeo de valores
Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da
seguinte maneira numa escala ascendente
(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc
(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc
(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc
(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc
(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc
(f) Valores religiosos sagrado profano etc
De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em
Dossier temaacutetico sobre Valores 3264
(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam
rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar
(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute
dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel
satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para
Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos
sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos
gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e
prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos
(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)
(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo
pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real
exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato
boa-feacutemaacute-feacute etc)
(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)
(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia
autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da
vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees
pessoais etc
(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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Petroacutepolis RJ Vozes 2000
BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais
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BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales
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Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
Paulo Vida 2001
MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
ENSINAR AS CRIANCcedilAS A BRINCAR APRENDENDO
VALORES E BONS HAacuteBITOS
Enviado por Domingo Maio 16 143440 CEST por Amaral
Em laquoVamos Jogarraquo o pediatra Eduard Estivill e a escritora Yolanda Saacuteenz de Tejada
ajudam-no a fazer dos filhos laquomelhores pessoasraquo No livro agora publicado em
Portugal divulgam-se actividades didaacutecticas entre pais e filhos para ensinar valores e
bons haacutebitos agraves crianccedilas Leia a seguir a entrevista concedida a um jornal portuguecircs
Eduard Estivill e Yolanda Tejada assinam uma obra agrave qual emprestam distintas
sensibilidades e largas doses de bom senso Publicamos a seguir a entrevista
publicada no DESTAK
- Os filhos de hoje tecircm piores haacutebitos que os do passado E os pais
Eduard Estivill O ritmo de vida actual a entrada da mulher no mundo laboral e a
diminuiccedilatildeo do nuacutemero de irmatildeos por famiacutelia condicionaram a superprotecccedilatildeo dos
filhos sobretudo nos haacutebitos essenciais sono alimentaccedilatildeo higiene comunicaccedilatildeo Os
pais do passado natildeo eram melhores que os de hoje que simplesmente tecircm menos
tempo mas preocupavam-se mais com a educaccedilatildeo
- No prefaacutecio diz ter esperanccedila de laquoaproximar as crianccedilas dos adultos ou ao
contraacuterioraquo Os adultos natildeo devem perder a capacidade de sonhar
Yolanda Tejada Que natildeo percamos a capacidade de surpresa que voltemos a ter a
ilusatildeo por pequenas coisas que voltemos a jogar e a rir muito Uma crianccedila ri mais 80
que um adulto
- As crianccedilas soacute aprendem jogando
Eduard Estivill A educaccedilatildeo eacute um conjunto de haacutebitos e normas sociais necessaacuterios agrave
vida em sociedade Educar as crianccedilas eacute ensinar estas normas que depois faratildeo com
Dossier temaacutetico sobre Valores 564
que a crianccedila seja aceite na sociedade e se sinta mais segura de si mesma e mais feliz O
jogo eacute soacute um veiacuteculo para repetir as normas que queremos incutir de uma forma mais
divertida tanto para a crianccedila como para os pais
- A coerecircncia e a paciecircncia satildeo os pilares da educaccedilatildeo mas satildeo difiacuteceis de manter
Eduard Estivill Totalmente certo Eacute difiacutecil manter a paciecircncia e a coerecircncia Por isso
recomendamos jogos para alcanccedilar estes objectivos Estes jogos foram testados por
pais pedagogos educadores e professores Isso justifica os 80 mil exemplares do livro
vendidos em Espanha e a ediccedilatildeo do livro em Itaacutelia Brasil e Portugal
- Como se deve contornar a falta de tempo dos pais
Eduard Estivill Entendendo que o importante natildeo eacute a quantidade mas sim a
qualidade Eacute muito melhor brincar com a crianccedila durante meia hora antes do jantar do
que duas horas a ver televisatildeo depois de jantar
- Qual eacute o haacutebito - comunicaccedilatildeo leitura sono comida conduta higiene - que falta
mais agraves crianccedilas actuais
Yolanda Tejada Natildeo depende das crianccedilas mas sim dos adultos Para cada adulto a
importacircncia de cada haacutebito natildeo eacute igual Se para mim natildeo for importante que o meu
filho coma verduras natildeo sentirei a falta desse haacutebito Mas o haacutebito que mais
descuramos regra geral eacute o da comunicaccedilatildeo
Sobre o livro
O objectivo do livro laquoVamos Jogarraquo eacute laquofornecer uma seacuterie de conceitos apresentados
na forma de jogos para que os pais possam inculcar melhores haacutebitos nos seus filhosraquo
explica no proacutelogo da obra o co-autor Eduard Estivill
Nesta aventura pedagoacutegica editada em Portugal pela Livros dHoje o pediatra e
neurofisiologista espanhol contou com a experiecircncia maternal da criativa e escritora
Yolanda Saacuteenz de Tejada ligada a projectos de investigaccedilatildeo sobre comportamentos
Dossier temaacutetico sobre Valores 664
infantis
Juntos partindo de conceitos cientiacuteficos comprovados apresentam uma seacuterie de
laquoactividades faacuteceis de executar e que satildeo particularmente vaacutelidas do ponto de vista
educativoraquo Isto tendo por premissa laquoa facilidade das crianccedilas em captar ensinamentos
e copiar os padrotildees de conduta dos adultosraquo Eacute que os petizes natildeo nascem ensinados e
cabe aos progenitores apontar as direcccedilotildees a seguir no sentido de aprenderem a
laquomovimentar-se pela vida com seguranccedila e responsabilidaderaquo
A transmissatildeo de valores o processo de habituaccedilatildeo atraveacutes da repeticcedilatildeo e do bom
exemplo (neste ponto eacute imperiosa a coerecircncia entre a teoria e praacutetica) e ateacute o seu grau
de estoicismo nunca desistindo perante as contrariedades (leia-se berrarias laacutegrimas
ou ataques de nervos) satildeo absolutamente fundamentais nesta foacutermula para se obterem
bons resultados
Ingredientes base
Na receita proposta em laquoVamos Jogarraquo a Emoccedilatildeo e a Planificaccedilatildeo tecircm o mesmo grau
de importacircncia A dupla sugere que os pais devem recuperar a alegria de quando eram
pequenos sendo cada jogo acompanhado de amor e do sorriso que laquotantas vezes
tendemos a esquecerraquo Jaacute em termos de Planificaccedilatildeo laquose criarmos expectativas seraacute
mais faacutecil que as crianccedilas desfrutemraquo como quem tem um objectivo em mente e sente a
inerente satisfaccedilatildeo quando consegue realizaacute-lo
Neste moroso processo eacute certo e sabido que laquonatildeo somos infaliacuteveisraquo laquoOs pais que se
equivocam satildeo mais humanos Se assumirmos que natildeo sabemos algo mas que vamos
tentar encontrar a resposta o nosso filho pensaraacute que tudo tem uma soluccedilatildeo Os nossos
enganos se os admitirmos aproximar-nos-atildeo mais delesraquo afianccedilam Eduard Estivill e
Yolanda Saacuteenz de Tejada
Mais laquopara ensinar eacute preciso ouvirraquo e rever a nossa infacircncia e a tradicional sensaccedilatildeo de
incompreensatildeo dessa fase etaacuteria seraacute uacutetil nesse processo de identificaccedilatildeo com a nossa
prole Por fim os autores recomendam laquoo amor loucoraquo pois que laquoum pouco de carinho
nunca eacute de mais e natildeo haacute que ter quaisquer pudores em demonstraacute-lo publicamente
Dossier temaacutetico sobre Valores 764
Bons haacutebitos
Ao longo de 277 paacuteginas aprendemos que esse acto essencial na vida das crianccedilas que eacute
o Jogo eacute possiacutevel de ser explorado no sentido educativo e meramente recreativo Na
lista de jogos haacute a promessa da aquisiccedilatildeo de bons haacutebitos na Comida de Conduta de
Higiene de Comunicaccedilatildeo de Estudo de Leitura e de Sono
O mesmo seraacute dizer que em jeito de brincadeira se aprende a pocircr a mesa a comer o
pequeno-almoccedilo sozinho a ser pontual agraves refeiccedilotildees a natildeo ter ciuacutemes a ser altruiacutesta a
valorizar a praacutetica desportiva a tomar banho sozinho a gerir o tempo a escolher a
roupa para vestir a perder o medo do meacutedico a natildeo ter vergonha a dar valor agrave
famiacutelia a gostar de estudar a treinar a memoacuteria a explorar o talento artiacutestico ou a
adormecer sozinho Tudo porque como disse um dia Allan Bloom laquoa educaccedilatildeo eacute o
movimento da obscuridade em direcccedilatildeo agrave luzraquo
Vera Valadas Ferreira | DESTAK
19 | 04 | 2010
In wwwfersapptfersapmodulesphpname=Newsampfile=articleampsid=844
Dossier temaacutetico sobre Valores 864
OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS
VALORES
Justiccedila igualdade toleracircnciahellip Satildeo palavras que cada dia mais se escutam nas escolas
A ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo jaacute estaacute presente no curriculum escolar mas isso natildeo eacute
suficiente Ficar no niacutevel teoacuterico natildeo serve de nada E na praacutetica esquecemos
frequentemente que palavras tatildeo grandiosas como ldquoEmpatiardquo ou ldquoRespeitordquo se
traduzem em premissas tatildeo singelas como ldquonatildeo atirar papeacuteis para o chatildeordquo ldquoceder o
assento a quem mais o necessiterdquo ou ldquoabrir a porta a quem vai carregadordquo
Que a ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo tenha chegado agraves escolas eacute um passo que realmente
devemos celebrar Saber ser pessoa eacute mais importante do que saber resolver integrais
ou saber em que ano comeccedilou a Revoluccedilatildeo Francesa Entretanto enquanto que a
instruccedilatildeo e formaccedilatildeo intelectual eacute um objectivo a conseguir primordialmente atraveacutes
da escola a educaccedilatildeo e desenvolvimento pessoal eacute-o atraveacutes da famiacutelia
Nunca devemos esquecer que o lar eacute o autecircntico formador de pessoas As crianccedilas
aprendem continuamente atraveacutes dos seus pais natildeo soacute o que estes lhes contam mas
tambeacutem sobretudo pelo que vecircem neles como actuam como respondem perante os
problemas Em definitivo as crianccedilas observam e copiam o proceder dos seus pais
perante a vida A autecircntica educaccedilatildeo nos valores transmite-se passa dos pais para os
seus filhos desde o dia do nascimento ateacute ao final da vida Natildeo obstante tem uma
importacircncia relevante durante os primeiros anos Ateacute aos seis ou sete anos de idade as
crianccedilas possuem uma moral denominada ldquoheteroacutenimardquo ou seja a sua motivaccedilatildeo para
fazer as coisas de uma maneira ou de outra eacute corresponder ao que o papaacute e a mamatilde
desejariam o que dizem os pais satildeo ldquoverdades absolutasrdquo Conforme crescem vatildeo
compreendendo melhor por que eacute importante actuar de certa forma e natildeo de outras
mas seguem sempre guiando-se pelo que vecircem em casa especialmente ateacute aos doze
anos Daiacuteiacute a tremenda importacircncia de educar as crianccedilas atraveacutes do exemplo para
desenvolver uma educaccedilatildeo ciacutevica
Dossier temaacutetico sobre Valores 964
Faz o que eu faccedilo
Todos temos na mente uma ideia de como gostariacuteamos que fosse a sociedade em que
mundo queremos que vivam os nossos filhos um sitio limpo em que as pessoas se
ajudem e respeitem onde todos tenhamos os mesmos direitoshellip Depois saiacutemos agrave rua
pensando no trabalho nas compras na ortodoncia do menino e esquecemo-nos de
todos esses bons propoacutesitos De repente queremos ser os primeiros a sair do metro
incomoda-nos o carro que torna lenta a circulaccedilatildeo esquecemo-nos de dar os bons dias
ao porteirohellip e assim dia apoacutes dia diante o olhar sempre atento das crianccedilas que jaacute se
sabe absorvem tudo como esponjas
Jaacute comentaacutemos que ateacute os doze anos aproximadamente o lar eacute a principal fonte de
valores direitos e deveres da crianccedila Agora tambeacutem teraacute que se dizer que haacute coisas
que dificilmente se aprendem mais tarde Se em pequenos natildeo nos acostumamos a
guardar o pacote no bolso quando natildeo haacute um cesto de papeacuteis agrave matildeo a natildeo pocircr a
muacutesica muito alta para natildeo incomodar o vizinho a dizer obrigado quando nos fazem
um favor ou a natildeo insultar os que satildeo diferentes seraacute mais complicado aprendecirc-lo
mais tarde Porque o civismo o respeito a honestidade e todos os valores humanos satildeo
em grande medida haacutebitos rotinas que aprendemos em famiacutelia de forma inconsciente
e que mais adiante chegamos a valorizar com a reflexatildeo que permite a maturidade
Por isso a melhor forma de transmitir valores de aprender a viver em sociedade eacute natildeo
aplicar jamais a tatildeo popular frase de ldquofaz o que eu digo e natildeo o que eu faccedilordquo Se
quisermos que nossos filhos alcancem essa sociedade tatildeo sonhada devemos comeccedilar
por criaacute-la noacutes mesmos e ldquofazer o que dizemosrdquo
Que ldquohaacutebitos-valoresrdquo fomentar
Decerto que vocecircs mesmos tecircm a resposta Soacute tecircm que pensar que tipo de pessoas
gostariam que fossem os vossos filhos e actuar em consequecircncia Como vimos a
coerecircncia entre as ideias que querem transmitir e a forma como se actua em casa eacute a
chave principal
A maioria das pessoas considera como nobres os mesmos tipos de valores Entretanto
agraves vezes eacute difiacutecil reconhecer em noacutes mesmo onde encaixa a conexatildeo entre ldquocrenccedilasrdquo e
ldquoforma de serrdquo Estes conselhos podem ajudar a reflectir sobre isso
Dossier temaacutetico sobre Valores 1064
Se quiserem que o vossofilho seja uma pessoa razoaacutevel raciocinem com ele desde o
primeiro dia Natildeo utilizem o ldquoporque eu digordquo Logicamente haveraacute muitas ocasiotildees
em que tenham que lhe ordenar as coisas mas sempre podem argumentar o motivo
O respeito onde primeiro se observa eacute entre os pais As decisotildees no casal devem ser
sempre compartilhadas Se discutem faccedilam-no de forma tranquila sem recriminar
Saber viver em sociedade eacute saber aceitar as opiniotildees distintas
Onde mais se fomentam os estereoacutetipos eacute no lar Pensaram alguma vez em coisas como
quem limpa a casa quem troca as lacircmpadas etc Tratem de compartilhar entre voacutes os
distintos papeacuteis
Se se preocuparem com as influecircncias externas pensem que tecircm uma arma muito
importante ao vosso alcance os vossoscomentaacuterios Falem com o vossofilho sobre a
opiniatildeo que merecem as actuaccedilotildees dos outros (tanto no positivo como no negativo)
Isto eacute importante sobretudo contra a influecircncia da televisatildeo
Compreender ajuda a aprender
Os valores transmitem-se atraveacutes do exemplo mas assentam com forccedila graccedilas agrave
compreensatildeo de que satildeo necessaacuterios Como podemos ajudar uma crianccedila pequena a
perceber esta importacircncia Uma boa maneira eacute aplicar a foacutermula de ldquofaz pelos outros o
que gostarias que fizessem por ti e natildeo lhes faccedilas o que natildeo gostarias que te fizessemrdquo
Por outras palavras colocar as crianccedilas na hipoacutetese de serem eles os protagonistas de
certas atitudes Eacute muito mais eficaz para que o vossofilho a entenda dizer-lhe
ldquoGostarias que se rissem de ti porque usas oacuteculos como te sentiriasrdquo do que lhe dizer
simplesmente ldquoNatildeo deves rir do Joatildeo por ter aparelho nos dentesrdquo
(Esther Garciacutea Schmah Pedagoga wwwsolohijoscom wwwmujernuevaorg)
In httpfamiliaaaldeianetos-habitos-familiares-e-a-transmissao-dos-valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 1164
VALORES NA FAMIacuteLIA
Quando os valores prioritaacuterios satildeo os valores ou bens materiais como ocorre em
amplos sectores da sociedade actual ou quando os valores se confundem com os
desejos ou as apetecircncias de um ser humano como tambeacutem acontece a descoberta de
verdadeiros valores humanos tem uma grande importacircncia para a motivaccedilatildeo da
vontade humana Porquecirc Porque a motivaccedilatildeo humana remete sempre para valores
humanos verdadeiros materiais e espirituais ndash sempre que os primeiros sirvam os
segundos e natildeo ao contraacuterio
A descoberta e valores corresponde aos imateriais aos do espiacuterito aos que fazem
referecircncia agrave verdade (valores intelectuais) ao bem (valores morais) e agrave beleza (valores
esteacuteticos) Satildeo trecircs tipos de valores estreitamente relacionados entre si porque verdade
bem e beleza satildeo os termos inseparaacuteveis de um trinoacutemio (Se algueacutem tentasse separaacute-
los encontrar-se-ia com uma verdade maacute e feia com um bem feio e falso com uma
beleza falsa e maacute)
Como descobrir estes valores Cada qual deve tomar a iniciativa de os procurar porque
lhe satildeo muito importantes satildeo os elementos que aperfeiccediloam o proacuteprio ser mediante
eles um indiviacuteduo pode acabar por ser chegar a ser aquilo que eacute pessoa ser mais e
melhor pessoa
Mas nem sempre que se procuram se encontram Tambeacutem eacute verdade que agraves vezes
emergem de repente no nosso horizonte existencial inclusivamente apesar da nossa
resistecircncia (hellip) Um dia qualquer uma vida rotineira e talvez sem relevo pode sentir-
se sacudida ndash e ateacute invadida ndash pela descoberta de um novo valor que a transforma
(Polaino e Carrentildeo l992 p 75)
Haacute algum acircmbito onde a descoberta de valores seja menos difiacutecil ou mais provaacutevel
Em primeiro lugar o acircmbito vital da famiacutelia Se os pais optaram por certos valores e se
comprometeram com eles cada filho que vem ao mundo natildeo tem de desenvolver a
tarefa hercuacutelea e problemaacutetica de tratar de descobrir por que valores vale a pena
arriscar a vida (ibidem)
Dossier temaacutetico sobre Valores 1264
Nem sempre acontece assim Optar por certos valores significa escolher entre os
melhores aqueles que mais convenham numa famiacutelia concreta com as suas
circunstacircncias actuais para o desenvolvimento pessoal de cada membro e para a
melhoria familiar Logicamente seratildeo prioritaacuterios os valores humanos mais cultivados
por ambos os cocircnjuges
Comprometer-se com uns valores e organizar a vida familiar em funccedilatildeo deles supotildee tecirc-
los interiorizado profundamente Soacute assim seratildeo capazes de os pocircr de moda na sua
famiacutelia sendo eles proacuteprios para os seus filhos portadores de valores
Esses valores vividos pelos pais com naturalidade e com graccedila com bom humor
sabendo sorrir habitualmente seratildeo atractivos para os filhos e contagiosos A famiacutelia
sob esta perspectiva aparece-nos como um museu vivo de valores E natildeo porque os
pais pendurem os valores nas paredes como se se tratasse de um quadro que
passivamente se deve admirar Os valores familiares constituem pelo contraacuterio um
dado irrefutaacutevel quase com cunho testemunhal que vai unido ao comportamento
diaacuterio dos pais (ibidem p 76) E tambeacutem estaratildeo presentes estes valores na conduta
dos filhos quando os pais aleacutem de os viverem e de os fomentarem promovem e
mantecircm vigentes algumas normas e costumes familiares que mostram a presenccedila viva
destes valores preferenciais
Os valores familiares ndash em famiacutelias cristatildes natildeo satildeo soacute valores naturais mas tambeacutem
valores sobrenaturais ndash nenhuma crianccedila inicialmente os questiona Mais tarde sim
porque na medida em que cresce emerge e amadurece a sua liberdade pessoal haacute-de
comprometer-se tambeacutem nas escolhas que faz e que obviamente satildeo sempre muito
pessoais(hellip) Precisamente por isso os pais tecircm de preparar essa fase de referecircncia ndash
atraveacutes do seu comportamento ndash que lhe sirva de orientaccedilatildeo (ibidem)
Isto seraacute tanto menos difiacutecil para os pais quanto mais cedo faccedilam da sua famiacutelia um
museu vivo de valores quando os filhos satildeo ainda muito pequenos
Seraacute menos difiacutecil tambeacutem a sua adolescecircncia quando o quadro de referecircncia e um
miacutenimo de normas e costumes tenham sido parte importante do seu ambiente familiar
acolhedor desde a primeira infacircncia
Dossier temaacutetico sobre Valores 1364
Deste modo quando o filho adolescente ou o filho jovem daacute prioridade a alguns
valores como fundamento para apoiar a sua vida tem jaacute como em depoacutesito uns
valores que anteriormente assumiu e integrou quase sem dar por isso contagiados ou
emprestados pelos seus pais
Estes valores familiares descobertos na convivecircncia do lar paterno nas relaccedilotildees diaacuterias
de pais e filhos de irmatildeos de diferentes idades traduzem-se ndash como efeito de
descoberta ndash em motivos Em consequecircncia a conduta de cada filho estaraacute motivada
desde o principio a sua vontade estaraacute motivada
Penso por contraste em tantos filhos desmotivados antes e durante a sua adolescecircncia
quando os primeiros responsaacuteveis da famiacutelia natildeo se propuseram ou natildeo souberam
criar este a ambiente familiar cimentado na sinceridade na generosidade na lealdade
na laboriosidade no optimismo na compreensatildeo exigente no respeito confiado na
disponibilidade na gratidatildeo na amizade e noutros valores humanos
Oliveros Otero
In httpfamiliaaaldeianetvalores-na-familia
Dossier temaacutetico sobre Valores 1464
O CONTO NA VIDA DA CRIANCcedilA
A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais
refinadas como A Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos
limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros
Perde-se no tempo a origem e importacircncia do conto na educaccedilatildeo da crianccedila Quantas
vezes pais e educadores a braccedilos com a explicaccedilatildeo de algo mais complexo aos nossos
filhos nos socorremos de uma histoacuteria que simplifique a nossa tarefa por um lado e
por outro facilite a compreensatildeo por parte da crianccedila daquilo que verdadeiramente lhe
queremos transmitir
Passar valores agrave crianccedila eacute algo complexo Esta missatildeo implica normalmente conceitos
que fazem apelo a abstracccedilotildees competecircncias impossiacuteveis de usar pela crianccedila nas
etapas mais precoces do desenvolvimento As histoacuterias satildeo por isso um meio
facilitador de resolver algumas das questotildees que esta tarefa nos coloca Se por um
lado divertem as crianccedilas espicaccedilam a sua curiosidade promovem competecircncias
cognitivas e de oralidade activam a magia por outro satildeo tambeacutem a forma de
concretizarmos alguns dos valores que consideramos aceitaacuteveis e oportunos transmitir
agrave crianccedila
De cada histoacuteria cada crianccedila retiraraacute aquilo que lhe fizer mais sentido em funccedilatildeo das
suas vivecircncias e das suas caracteriacutesticas desenvolvimentais Com a mesma histoacuteria
podemos transmitir um sem-nuacutemero de ensinamentos isso depende em primeira
instacircncia do objectivo de quem a usa e da proacutepria crianccedila
A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais
refinadas como a Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos
limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros
A Menina do Mar eacute uma histoacuteria porventura difiacutecil de entender antes da idade
escolar Para aleacutem da beleza literaacuteria pode permitir-nos transmitir valores ecoloacutegicos
respeito pela Natureza nomeadamente pelas coisas do mar curiosidade na descoberta
e contemplaccedilatildeo do mar e do que ele conteacutem Aleacutem disso e voltando a um dos valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 1564
inerentes a quase todas as histoacuterias - a relaccedilatildeo com os outros - A Menina do Mar
proporciona uma excelente oportunidade de ensinar a crianccedila a respeitar e a aceitar as
diferenccedilas e ainda a importacircncia de fazer amigos
Nas histoacuterias tal como na vida por vezes tambeacutem haacute situaccedilotildees desconcertantes e ainda
bem que as histoacuterias contemplam estas situaccedilotildees Satildeo uma oacuteptima oportunidade para a
crianccedila se organizar e aprender a lidar com os medos os obstaacuteculos e frustraccedilotildees com
que se iraacute confrontar ao longo da vida Eacute importante que o crescimento se faccedila ainda
que ao niacutevel do imaginaacuterio e simboacutelico assente em valores reais
In O conto na vida da crianccedila In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$o-conto-na-vida-da-criancagt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1664
VALORES
Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis
Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano
sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A
expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os
grupos dispotildeem para aceder aos valores
Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os
valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a
possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais
No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo
vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer
sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo
depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores
podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as
estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo
a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir
mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores
Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na
www ltURL httpwwwinfopediapt$valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1764
CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS
Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores
ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise
de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de
generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o
individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de
consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute
natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do
injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o
relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem
sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora
volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta
As principais causas para a crise de valores satildeo
- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e
ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que
substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos
valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto
de mecanismos mentais repressivos
- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia
primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees
violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar
tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos
- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas
mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade
moderna face aos valores tradicionais
- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na
descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e
pelo relativismo
A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo
melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para
a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees
Dossier temaacutetico sobre Valores 1864
interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a
maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois
subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais
parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute
apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas
Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1964
O QUE SAtildeO VALORES
O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR
PESQUISA
O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute
assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as
fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode
ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e
aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer
opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e
legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada
entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que
noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia
Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia
Dossier temaacutetico sobre Valores 2064
SIacuteNTESE
1 Valores
1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas
preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para
justificar as nossas decisotildees
2 Factos e valores
Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos
valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias
Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante
da semana era um domingo
Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um
domingo
Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os
dias da semana
3Facto
Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a
afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem
consensos universais
4 Valor
Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos
a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as
coisas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2164
b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-
as preferiacuteveis a outras
Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas
Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que
atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o
valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo
Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem
todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma
5 Tipos de valores
Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que
traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos
agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma
Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas
as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade
Lealdade Bondade Altruiacutesmo
Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime
Traacutegico
Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia
Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo
Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade
Valores vitais Sauacutede Forccedila
6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores
Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar
uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A
Dossier temaacutetico sobre Valores 2264
hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros
isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo
muacuteltiplas
Exemplo
A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares
Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que
hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades
bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar
7 Polaridade dos Valores
Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades
Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza
agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada
num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de
estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como
Injusto
Carlos Fontes
In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~
Dossier temaacutetico sobre Valores 2364
PERTINEcircNCIA DE VALORES
Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como
crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais
e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades
tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores
comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas
de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores
graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas
pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho
Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -
cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de
valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema
poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema
societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo
de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto
os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores
A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais
religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees
entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam
Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as
culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade
histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da
existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre
vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja
assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito
uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo
e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da
crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila
Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade
valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas
diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os
valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os
Dossier temaacutetico sobre Valores 2464
valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc
Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que
uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de
valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a
eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave
comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num
tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas
e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a
obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora
de casa e tecircm filhos pequenos) etc
Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas
sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a
uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos
novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de
desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da
toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de
voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos
sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres
viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de
assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos
valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais
Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]
Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 2564
DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E
SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os
valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute
quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os
valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi
publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio
quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o
egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que
promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de
etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo
excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores
da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo
lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais
entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos
professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas
desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os
docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila
Foto Pintura de Salvador Dali
In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml
Dossier temaacutetico sobre Valores 2664
A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Adolfo S Suaacuterez
Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso
de Teologia do Unasp
Centro Universitaacuterio Adventista
Campus Engenheiro Coelho (SP)
adolfosuarezunaspedubr
Introduccedilatildeo
1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores
11 Definiccedilotildees
12 Modelos de valores em sala de aula
121 Valores absolutos
122 Valores relativos
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
13 Classificaccedilatildeo de valores
14 Conclusatildeo parcial
2 Valores que devem ser ensinados
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
23 Conclusatildeo parcial
3 A transmissatildeo de valores
31 Como se aprendem os valores
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
33 A idade e o ensino de valores
34 Conclusatildeo parcial
Consideraccedilotildees finais
Referecircncias bibliograacuteficas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2764
Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo
Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde
Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula
The issue of values in the classroom
Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary
Education based on a Christian pedagogical practice
Keywords values christian education classroom
Dossier temaacutetico sobre Valores 2864
INTRODUCcedilAtildeO
Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS
2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da
experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e
cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e
espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)
Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas
fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade
promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a
inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)
No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de
estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das
faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)
Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo
meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo
quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e
aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)
Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido
vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo
no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar
desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de
professores ldquoconteudistasrdquo
Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser
mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno
porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de
apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa
formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores
Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-
se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo
da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados
Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores
1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES
1 1 Definiccedilotildees
Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade
humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua
conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja
valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)
independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de
caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)
Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo
Dossier temaacutetico sobre Valores 2964
Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao
satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa
qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto
deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo
racional humano (2001 p 44)
No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS
pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores
significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno
seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais
lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que
promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os
princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o
seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o
respeito e a cooperaccedilatildeo
Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante
descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade
(1997 p 79)
12 Modelos de valores em sala de aula
Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores
Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)
121 Valores absolutos
Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e
normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma
autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos
indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave
medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo
previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios
mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo
O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para
conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de
que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3064
122 Valores relativos
Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute
baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da
verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio
mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela
praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia
pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc
A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o
que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de
tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no
momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros
possam pensar
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3164
Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o
trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua
autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e
normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam
orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os
valores
Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que
determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura
que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a
escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se
oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem
possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo
Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de
determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes
puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para
todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar
os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns
13 Classificaccedilatildeo de valores
Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da
seguinte maneira numa escala ascendente
(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc
(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc
(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc
(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc
(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc
(f) Valores religiosos sagrado profano etc
De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em
Dossier temaacutetico sobre Valores 3264
(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam
rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar
(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute
dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel
satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para
Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos
sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos
gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e
prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos
(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)
(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo
pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real
exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato
boa-feacutemaacute-feacute etc)
(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)
(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia
autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da
vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees
pessoais etc
(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
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Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
que a crianccedila seja aceite na sociedade e se sinta mais segura de si mesma e mais feliz O
jogo eacute soacute um veiacuteculo para repetir as normas que queremos incutir de uma forma mais
divertida tanto para a crianccedila como para os pais
- A coerecircncia e a paciecircncia satildeo os pilares da educaccedilatildeo mas satildeo difiacuteceis de manter
Eduard Estivill Totalmente certo Eacute difiacutecil manter a paciecircncia e a coerecircncia Por isso
recomendamos jogos para alcanccedilar estes objectivos Estes jogos foram testados por
pais pedagogos educadores e professores Isso justifica os 80 mil exemplares do livro
vendidos em Espanha e a ediccedilatildeo do livro em Itaacutelia Brasil e Portugal
- Como se deve contornar a falta de tempo dos pais
Eduard Estivill Entendendo que o importante natildeo eacute a quantidade mas sim a
qualidade Eacute muito melhor brincar com a crianccedila durante meia hora antes do jantar do
que duas horas a ver televisatildeo depois de jantar
- Qual eacute o haacutebito - comunicaccedilatildeo leitura sono comida conduta higiene - que falta
mais agraves crianccedilas actuais
Yolanda Tejada Natildeo depende das crianccedilas mas sim dos adultos Para cada adulto a
importacircncia de cada haacutebito natildeo eacute igual Se para mim natildeo for importante que o meu
filho coma verduras natildeo sentirei a falta desse haacutebito Mas o haacutebito que mais
descuramos regra geral eacute o da comunicaccedilatildeo
Sobre o livro
O objectivo do livro laquoVamos Jogarraquo eacute laquofornecer uma seacuterie de conceitos apresentados
na forma de jogos para que os pais possam inculcar melhores haacutebitos nos seus filhosraquo
explica no proacutelogo da obra o co-autor Eduard Estivill
Nesta aventura pedagoacutegica editada em Portugal pela Livros dHoje o pediatra e
neurofisiologista espanhol contou com a experiecircncia maternal da criativa e escritora
Yolanda Saacuteenz de Tejada ligada a projectos de investigaccedilatildeo sobre comportamentos
Dossier temaacutetico sobre Valores 664
infantis
Juntos partindo de conceitos cientiacuteficos comprovados apresentam uma seacuterie de
laquoactividades faacuteceis de executar e que satildeo particularmente vaacutelidas do ponto de vista
educativoraquo Isto tendo por premissa laquoa facilidade das crianccedilas em captar ensinamentos
e copiar os padrotildees de conduta dos adultosraquo Eacute que os petizes natildeo nascem ensinados e
cabe aos progenitores apontar as direcccedilotildees a seguir no sentido de aprenderem a
laquomovimentar-se pela vida com seguranccedila e responsabilidaderaquo
A transmissatildeo de valores o processo de habituaccedilatildeo atraveacutes da repeticcedilatildeo e do bom
exemplo (neste ponto eacute imperiosa a coerecircncia entre a teoria e praacutetica) e ateacute o seu grau
de estoicismo nunca desistindo perante as contrariedades (leia-se berrarias laacutegrimas
ou ataques de nervos) satildeo absolutamente fundamentais nesta foacutermula para se obterem
bons resultados
Ingredientes base
Na receita proposta em laquoVamos Jogarraquo a Emoccedilatildeo e a Planificaccedilatildeo tecircm o mesmo grau
de importacircncia A dupla sugere que os pais devem recuperar a alegria de quando eram
pequenos sendo cada jogo acompanhado de amor e do sorriso que laquotantas vezes
tendemos a esquecerraquo Jaacute em termos de Planificaccedilatildeo laquose criarmos expectativas seraacute
mais faacutecil que as crianccedilas desfrutemraquo como quem tem um objectivo em mente e sente a
inerente satisfaccedilatildeo quando consegue realizaacute-lo
Neste moroso processo eacute certo e sabido que laquonatildeo somos infaliacuteveisraquo laquoOs pais que se
equivocam satildeo mais humanos Se assumirmos que natildeo sabemos algo mas que vamos
tentar encontrar a resposta o nosso filho pensaraacute que tudo tem uma soluccedilatildeo Os nossos
enganos se os admitirmos aproximar-nos-atildeo mais delesraquo afianccedilam Eduard Estivill e
Yolanda Saacuteenz de Tejada
Mais laquopara ensinar eacute preciso ouvirraquo e rever a nossa infacircncia e a tradicional sensaccedilatildeo de
incompreensatildeo dessa fase etaacuteria seraacute uacutetil nesse processo de identificaccedilatildeo com a nossa
prole Por fim os autores recomendam laquoo amor loucoraquo pois que laquoum pouco de carinho
nunca eacute de mais e natildeo haacute que ter quaisquer pudores em demonstraacute-lo publicamente
Dossier temaacutetico sobre Valores 764
Bons haacutebitos
Ao longo de 277 paacuteginas aprendemos que esse acto essencial na vida das crianccedilas que eacute
o Jogo eacute possiacutevel de ser explorado no sentido educativo e meramente recreativo Na
lista de jogos haacute a promessa da aquisiccedilatildeo de bons haacutebitos na Comida de Conduta de
Higiene de Comunicaccedilatildeo de Estudo de Leitura e de Sono
O mesmo seraacute dizer que em jeito de brincadeira se aprende a pocircr a mesa a comer o
pequeno-almoccedilo sozinho a ser pontual agraves refeiccedilotildees a natildeo ter ciuacutemes a ser altruiacutesta a
valorizar a praacutetica desportiva a tomar banho sozinho a gerir o tempo a escolher a
roupa para vestir a perder o medo do meacutedico a natildeo ter vergonha a dar valor agrave
famiacutelia a gostar de estudar a treinar a memoacuteria a explorar o talento artiacutestico ou a
adormecer sozinho Tudo porque como disse um dia Allan Bloom laquoa educaccedilatildeo eacute o
movimento da obscuridade em direcccedilatildeo agrave luzraquo
Vera Valadas Ferreira | DESTAK
19 | 04 | 2010
In wwwfersapptfersapmodulesphpname=Newsampfile=articleampsid=844
Dossier temaacutetico sobre Valores 864
OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS
VALORES
Justiccedila igualdade toleracircnciahellip Satildeo palavras que cada dia mais se escutam nas escolas
A ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo jaacute estaacute presente no curriculum escolar mas isso natildeo eacute
suficiente Ficar no niacutevel teoacuterico natildeo serve de nada E na praacutetica esquecemos
frequentemente que palavras tatildeo grandiosas como ldquoEmpatiardquo ou ldquoRespeitordquo se
traduzem em premissas tatildeo singelas como ldquonatildeo atirar papeacuteis para o chatildeordquo ldquoceder o
assento a quem mais o necessiterdquo ou ldquoabrir a porta a quem vai carregadordquo
Que a ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo tenha chegado agraves escolas eacute um passo que realmente
devemos celebrar Saber ser pessoa eacute mais importante do que saber resolver integrais
ou saber em que ano comeccedilou a Revoluccedilatildeo Francesa Entretanto enquanto que a
instruccedilatildeo e formaccedilatildeo intelectual eacute um objectivo a conseguir primordialmente atraveacutes
da escola a educaccedilatildeo e desenvolvimento pessoal eacute-o atraveacutes da famiacutelia
Nunca devemos esquecer que o lar eacute o autecircntico formador de pessoas As crianccedilas
aprendem continuamente atraveacutes dos seus pais natildeo soacute o que estes lhes contam mas
tambeacutem sobretudo pelo que vecircem neles como actuam como respondem perante os
problemas Em definitivo as crianccedilas observam e copiam o proceder dos seus pais
perante a vida A autecircntica educaccedilatildeo nos valores transmite-se passa dos pais para os
seus filhos desde o dia do nascimento ateacute ao final da vida Natildeo obstante tem uma
importacircncia relevante durante os primeiros anos Ateacute aos seis ou sete anos de idade as
crianccedilas possuem uma moral denominada ldquoheteroacutenimardquo ou seja a sua motivaccedilatildeo para
fazer as coisas de uma maneira ou de outra eacute corresponder ao que o papaacute e a mamatilde
desejariam o que dizem os pais satildeo ldquoverdades absolutasrdquo Conforme crescem vatildeo
compreendendo melhor por que eacute importante actuar de certa forma e natildeo de outras
mas seguem sempre guiando-se pelo que vecircem em casa especialmente ateacute aos doze
anos Daiacuteiacute a tremenda importacircncia de educar as crianccedilas atraveacutes do exemplo para
desenvolver uma educaccedilatildeo ciacutevica
Dossier temaacutetico sobre Valores 964
Faz o que eu faccedilo
Todos temos na mente uma ideia de como gostariacuteamos que fosse a sociedade em que
mundo queremos que vivam os nossos filhos um sitio limpo em que as pessoas se
ajudem e respeitem onde todos tenhamos os mesmos direitoshellip Depois saiacutemos agrave rua
pensando no trabalho nas compras na ortodoncia do menino e esquecemo-nos de
todos esses bons propoacutesitos De repente queremos ser os primeiros a sair do metro
incomoda-nos o carro que torna lenta a circulaccedilatildeo esquecemo-nos de dar os bons dias
ao porteirohellip e assim dia apoacutes dia diante o olhar sempre atento das crianccedilas que jaacute se
sabe absorvem tudo como esponjas
Jaacute comentaacutemos que ateacute os doze anos aproximadamente o lar eacute a principal fonte de
valores direitos e deveres da crianccedila Agora tambeacutem teraacute que se dizer que haacute coisas
que dificilmente se aprendem mais tarde Se em pequenos natildeo nos acostumamos a
guardar o pacote no bolso quando natildeo haacute um cesto de papeacuteis agrave matildeo a natildeo pocircr a
muacutesica muito alta para natildeo incomodar o vizinho a dizer obrigado quando nos fazem
um favor ou a natildeo insultar os que satildeo diferentes seraacute mais complicado aprendecirc-lo
mais tarde Porque o civismo o respeito a honestidade e todos os valores humanos satildeo
em grande medida haacutebitos rotinas que aprendemos em famiacutelia de forma inconsciente
e que mais adiante chegamos a valorizar com a reflexatildeo que permite a maturidade
Por isso a melhor forma de transmitir valores de aprender a viver em sociedade eacute natildeo
aplicar jamais a tatildeo popular frase de ldquofaz o que eu digo e natildeo o que eu faccedilordquo Se
quisermos que nossos filhos alcancem essa sociedade tatildeo sonhada devemos comeccedilar
por criaacute-la noacutes mesmos e ldquofazer o que dizemosrdquo
Que ldquohaacutebitos-valoresrdquo fomentar
Decerto que vocecircs mesmos tecircm a resposta Soacute tecircm que pensar que tipo de pessoas
gostariam que fossem os vossos filhos e actuar em consequecircncia Como vimos a
coerecircncia entre as ideias que querem transmitir e a forma como se actua em casa eacute a
chave principal
A maioria das pessoas considera como nobres os mesmos tipos de valores Entretanto
agraves vezes eacute difiacutecil reconhecer em noacutes mesmo onde encaixa a conexatildeo entre ldquocrenccedilasrdquo e
ldquoforma de serrdquo Estes conselhos podem ajudar a reflectir sobre isso
Dossier temaacutetico sobre Valores 1064
Se quiserem que o vossofilho seja uma pessoa razoaacutevel raciocinem com ele desde o
primeiro dia Natildeo utilizem o ldquoporque eu digordquo Logicamente haveraacute muitas ocasiotildees
em que tenham que lhe ordenar as coisas mas sempre podem argumentar o motivo
O respeito onde primeiro se observa eacute entre os pais As decisotildees no casal devem ser
sempre compartilhadas Se discutem faccedilam-no de forma tranquila sem recriminar
Saber viver em sociedade eacute saber aceitar as opiniotildees distintas
Onde mais se fomentam os estereoacutetipos eacute no lar Pensaram alguma vez em coisas como
quem limpa a casa quem troca as lacircmpadas etc Tratem de compartilhar entre voacutes os
distintos papeacuteis
Se se preocuparem com as influecircncias externas pensem que tecircm uma arma muito
importante ao vosso alcance os vossoscomentaacuterios Falem com o vossofilho sobre a
opiniatildeo que merecem as actuaccedilotildees dos outros (tanto no positivo como no negativo)
Isto eacute importante sobretudo contra a influecircncia da televisatildeo
Compreender ajuda a aprender
Os valores transmitem-se atraveacutes do exemplo mas assentam com forccedila graccedilas agrave
compreensatildeo de que satildeo necessaacuterios Como podemos ajudar uma crianccedila pequena a
perceber esta importacircncia Uma boa maneira eacute aplicar a foacutermula de ldquofaz pelos outros o
que gostarias que fizessem por ti e natildeo lhes faccedilas o que natildeo gostarias que te fizessemrdquo
Por outras palavras colocar as crianccedilas na hipoacutetese de serem eles os protagonistas de
certas atitudes Eacute muito mais eficaz para que o vossofilho a entenda dizer-lhe
ldquoGostarias que se rissem de ti porque usas oacuteculos como te sentiriasrdquo do que lhe dizer
simplesmente ldquoNatildeo deves rir do Joatildeo por ter aparelho nos dentesrdquo
(Esther Garciacutea Schmah Pedagoga wwwsolohijoscom wwwmujernuevaorg)
In httpfamiliaaaldeianetos-habitos-familiares-e-a-transmissao-dos-valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 1164
VALORES NA FAMIacuteLIA
Quando os valores prioritaacuterios satildeo os valores ou bens materiais como ocorre em
amplos sectores da sociedade actual ou quando os valores se confundem com os
desejos ou as apetecircncias de um ser humano como tambeacutem acontece a descoberta de
verdadeiros valores humanos tem uma grande importacircncia para a motivaccedilatildeo da
vontade humana Porquecirc Porque a motivaccedilatildeo humana remete sempre para valores
humanos verdadeiros materiais e espirituais ndash sempre que os primeiros sirvam os
segundos e natildeo ao contraacuterio
A descoberta e valores corresponde aos imateriais aos do espiacuterito aos que fazem
referecircncia agrave verdade (valores intelectuais) ao bem (valores morais) e agrave beleza (valores
esteacuteticos) Satildeo trecircs tipos de valores estreitamente relacionados entre si porque verdade
bem e beleza satildeo os termos inseparaacuteveis de um trinoacutemio (Se algueacutem tentasse separaacute-
los encontrar-se-ia com uma verdade maacute e feia com um bem feio e falso com uma
beleza falsa e maacute)
Como descobrir estes valores Cada qual deve tomar a iniciativa de os procurar porque
lhe satildeo muito importantes satildeo os elementos que aperfeiccediloam o proacuteprio ser mediante
eles um indiviacuteduo pode acabar por ser chegar a ser aquilo que eacute pessoa ser mais e
melhor pessoa
Mas nem sempre que se procuram se encontram Tambeacutem eacute verdade que agraves vezes
emergem de repente no nosso horizonte existencial inclusivamente apesar da nossa
resistecircncia (hellip) Um dia qualquer uma vida rotineira e talvez sem relevo pode sentir-
se sacudida ndash e ateacute invadida ndash pela descoberta de um novo valor que a transforma
(Polaino e Carrentildeo l992 p 75)
Haacute algum acircmbito onde a descoberta de valores seja menos difiacutecil ou mais provaacutevel
Em primeiro lugar o acircmbito vital da famiacutelia Se os pais optaram por certos valores e se
comprometeram com eles cada filho que vem ao mundo natildeo tem de desenvolver a
tarefa hercuacutelea e problemaacutetica de tratar de descobrir por que valores vale a pena
arriscar a vida (ibidem)
Dossier temaacutetico sobre Valores 1264
Nem sempre acontece assim Optar por certos valores significa escolher entre os
melhores aqueles que mais convenham numa famiacutelia concreta com as suas
circunstacircncias actuais para o desenvolvimento pessoal de cada membro e para a
melhoria familiar Logicamente seratildeo prioritaacuterios os valores humanos mais cultivados
por ambos os cocircnjuges
Comprometer-se com uns valores e organizar a vida familiar em funccedilatildeo deles supotildee tecirc-
los interiorizado profundamente Soacute assim seratildeo capazes de os pocircr de moda na sua
famiacutelia sendo eles proacuteprios para os seus filhos portadores de valores
Esses valores vividos pelos pais com naturalidade e com graccedila com bom humor
sabendo sorrir habitualmente seratildeo atractivos para os filhos e contagiosos A famiacutelia
sob esta perspectiva aparece-nos como um museu vivo de valores E natildeo porque os
pais pendurem os valores nas paredes como se se tratasse de um quadro que
passivamente se deve admirar Os valores familiares constituem pelo contraacuterio um
dado irrefutaacutevel quase com cunho testemunhal que vai unido ao comportamento
diaacuterio dos pais (ibidem p 76) E tambeacutem estaratildeo presentes estes valores na conduta
dos filhos quando os pais aleacutem de os viverem e de os fomentarem promovem e
mantecircm vigentes algumas normas e costumes familiares que mostram a presenccedila viva
destes valores preferenciais
Os valores familiares ndash em famiacutelias cristatildes natildeo satildeo soacute valores naturais mas tambeacutem
valores sobrenaturais ndash nenhuma crianccedila inicialmente os questiona Mais tarde sim
porque na medida em que cresce emerge e amadurece a sua liberdade pessoal haacute-de
comprometer-se tambeacutem nas escolhas que faz e que obviamente satildeo sempre muito
pessoais(hellip) Precisamente por isso os pais tecircm de preparar essa fase de referecircncia ndash
atraveacutes do seu comportamento ndash que lhe sirva de orientaccedilatildeo (ibidem)
Isto seraacute tanto menos difiacutecil para os pais quanto mais cedo faccedilam da sua famiacutelia um
museu vivo de valores quando os filhos satildeo ainda muito pequenos
Seraacute menos difiacutecil tambeacutem a sua adolescecircncia quando o quadro de referecircncia e um
miacutenimo de normas e costumes tenham sido parte importante do seu ambiente familiar
acolhedor desde a primeira infacircncia
Dossier temaacutetico sobre Valores 1364
Deste modo quando o filho adolescente ou o filho jovem daacute prioridade a alguns
valores como fundamento para apoiar a sua vida tem jaacute como em depoacutesito uns
valores que anteriormente assumiu e integrou quase sem dar por isso contagiados ou
emprestados pelos seus pais
Estes valores familiares descobertos na convivecircncia do lar paterno nas relaccedilotildees diaacuterias
de pais e filhos de irmatildeos de diferentes idades traduzem-se ndash como efeito de
descoberta ndash em motivos Em consequecircncia a conduta de cada filho estaraacute motivada
desde o principio a sua vontade estaraacute motivada
Penso por contraste em tantos filhos desmotivados antes e durante a sua adolescecircncia
quando os primeiros responsaacuteveis da famiacutelia natildeo se propuseram ou natildeo souberam
criar este a ambiente familiar cimentado na sinceridade na generosidade na lealdade
na laboriosidade no optimismo na compreensatildeo exigente no respeito confiado na
disponibilidade na gratidatildeo na amizade e noutros valores humanos
Oliveros Otero
In httpfamiliaaaldeianetvalores-na-familia
Dossier temaacutetico sobre Valores 1464
O CONTO NA VIDA DA CRIANCcedilA
A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais
refinadas como A Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos
limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros
Perde-se no tempo a origem e importacircncia do conto na educaccedilatildeo da crianccedila Quantas
vezes pais e educadores a braccedilos com a explicaccedilatildeo de algo mais complexo aos nossos
filhos nos socorremos de uma histoacuteria que simplifique a nossa tarefa por um lado e
por outro facilite a compreensatildeo por parte da crianccedila daquilo que verdadeiramente lhe
queremos transmitir
Passar valores agrave crianccedila eacute algo complexo Esta missatildeo implica normalmente conceitos
que fazem apelo a abstracccedilotildees competecircncias impossiacuteveis de usar pela crianccedila nas
etapas mais precoces do desenvolvimento As histoacuterias satildeo por isso um meio
facilitador de resolver algumas das questotildees que esta tarefa nos coloca Se por um
lado divertem as crianccedilas espicaccedilam a sua curiosidade promovem competecircncias
cognitivas e de oralidade activam a magia por outro satildeo tambeacutem a forma de
concretizarmos alguns dos valores que consideramos aceitaacuteveis e oportunos transmitir
agrave crianccedila
De cada histoacuteria cada crianccedila retiraraacute aquilo que lhe fizer mais sentido em funccedilatildeo das
suas vivecircncias e das suas caracteriacutesticas desenvolvimentais Com a mesma histoacuteria
podemos transmitir um sem-nuacutemero de ensinamentos isso depende em primeira
instacircncia do objectivo de quem a usa e da proacutepria crianccedila
A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais
refinadas como a Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos
limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros
A Menina do Mar eacute uma histoacuteria porventura difiacutecil de entender antes da idade
escolar Para aleacutem da beleza literaacuteria pode permitir-nos transmitir valores ecoloacutegicos
respeito pela Natureza nomeadamente pelas coisas do mar curiosidade na descoberta
e contemplaccedilatildeo do mar e do que ele conteacutem Aleacutem disso e voltando a um dos valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 1564
inerentes a quase todas as histoacuterias - a relaccedilatildeo com os outros - A Menina do Mar
proporciona uma excelente oportunidade de ensinar a crianccedila a respeitar e a aceitar as
diferenccedilas e ainda a importacircncia de fazer amigos
Nas histoacuterias tal como na vida por vezes tambeacutem haacute situaccedilotildees desconcertantes e ainda
bem que as histoacuterias contemplam estas situaccedilotildees Satildeo uma oacuteptima oportunidade para a
crianccedila se organizar e aprender a lidar com os medos os obstaacuteculos e frustraccedilotildees com
que se iraacute confrontar ao longo da vida Eacute importante que o crescimento se faccedila ainda
que ao niacutevel do imaginaacuterio e simboacutelico assente em valores reais
In O conto na vida da crianccedila In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$o-conto-na-vida-da-criancagt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1664
VALORES
Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis
Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano
sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A
expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os
grupos dispotildeem para aceder aos valores
Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os
valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a
possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais
No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo
vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer
sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo
depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores
podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as
estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo
a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir
mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores
Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na
www ltURL httpwwwinfopediapt$valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1764
CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS
Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores
ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise
de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de
generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o
individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de
consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute
natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do
injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o
relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem
sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora
volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta
As principais causas para a crise de valores satildeo
- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e
ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que
substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos
valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto
de mecanismos mentais repressivos
- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia
primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees
violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar
tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos
- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas
mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade
moderna face aos valores tradicionais
- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na
descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e
pelo relativismo
A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo
melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para
a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees
Dossier temaacutetico sobre Valores 1864
interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a
maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois
subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais
parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute
apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas
Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1964
O QUE SAtildeO VALORES
O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR
PESQUISA
O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute
assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as
fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode
ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e
aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer
opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e
legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada
entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que
noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia
Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia
Dossier temaacutetico sobre Valores 2064
SIacuteNTESE
1 Valores
1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas
preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para
justificar as nossas decisotildees
2 Factos e valores
Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos
valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias
Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante
da semana era um domingo
Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um
domingo
Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os
dias da semana
3Facto
Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a
afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem
consensos universais
4 Valor
Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos
a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as
coisas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2164
b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-
as preferiacuteveis a outras
Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas
Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que
atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o
valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo
Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem
todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma
5 Tipos de valores
Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que
traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos
agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma
Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas
as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade
Lealdade Bondade Altruiacutesmo
Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime
Traacutegico
Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia
Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo
Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade
Valores vitais Sauacutede Forccedila
6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores
Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar
uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A
Dossier temaacutetico sobre Valores 2264
hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros
isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo
muacuteltiplas
Exemplo
A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares
Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que
hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades
bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar
7 Polaridade dos Valores
Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades
Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza
agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada
num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de
estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como
Injusto
Carlos Fontes
In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~
Dossier temaacutetico sobre Valores 2364
PERTINEcircNCIA DE VALORES
Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como
crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais
e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades
tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores
comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas
de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores
graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas
pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho
Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -
cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de
valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema
poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema
societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo
de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto
os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores
A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais
religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees
entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam
Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as
culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade
histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da
existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre
vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja
assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito
uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo
e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da
crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila
Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade
valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas
diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os
valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os
Dossier temaacutetico sobre Valores 2464
valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc
Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que
uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de
valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a
eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave
comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num
tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas
e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a
obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora
de casa e tecircm filhos pequenos) etc
Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas
sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a
uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos
novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de
desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da
toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de
voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos
sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres
viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de
assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos
valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais
Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]
Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 2564
DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E
SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os
valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute
quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os
valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi
publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio
quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o
egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que
promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de
etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo
excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores
da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo
lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais
entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos
professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas
desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os
docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila
Foto Pintura de Salvador Dali
In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml
Dossier temaacutetico sobre Valores 2664
A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Adolfo S Suaacuterez
Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso
de Teologia do Unasp
Centro Universitaacuterio Adventista
Campus Engenheiro Coelho (SP)
adolfosuarezunaspedubr
Introduccedilatildeo
1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores
11 Definiccedilotildees
12 Modelos de valores em sala de aula
121 Valores absolutos
122 Valores relativos
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
13 Classificaccedilatildeo de valores
14 Conclusatildeo parcial
2 Valores que devem ser ensinados
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
23 Conclusatildeo parcial
3 A transmissatildeo de valores
31 Como se aprendem os valores
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
33 A idade e o ensino de valores
34 Conclusatildeo parcial
Consideraccedilotildees finais
Referecircncias bibliograacuteficas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2764
Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo
Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde
Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula
The issue of values in the classroom
Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary
Education based on a Christian pedagogical practice
Keywords values christian education classroom
Dossier temaacutetico sobre Valores 2864
INTRODUCcedilAtildeO
Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS
2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da
experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e
cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e
espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)
Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas
fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade
promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a
inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)
No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de
estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das
faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)
Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo
meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo
quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e
aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)
Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido
vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo
no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar
desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de
professores ldquoconteudistasrdquo
Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser
mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno
porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de
apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa
formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores
Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-
se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo
da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados
Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores
1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES
1 1 Definiccedilotildees
Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade
humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua
conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja
valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)
independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de
caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)
Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo
Dossier temaacutetico sobre Valores 2964
Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao
satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa
qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto
deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo
racional humano (2001 p 44)
No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS
pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores
significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno
seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais
lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que
promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os
princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o
seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o
respeito e a cooperaccedilatildeo
Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante
descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade
(1997 p 79)
12 Modelos de valores em sala de aula
Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores
Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)
121 Valores absolutos
Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e
normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma
autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos
indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave
medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo
previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios
mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo
O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para
conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de
que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3064
122 Valores relativos
Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute
baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da
verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio
mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela
praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia
pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc
A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o
que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de
tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no
momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros
possam pensar
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3164
Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o
trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua
autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e
normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam
orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os
valores
Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que
determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura
que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a
escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se
oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem
possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo
Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de
determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes
puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para
todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar
os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns
13 Classificaccedilatildeo de valores
Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da
seguinte maneira numa escala ascendente
(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc
(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc
(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc
(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc
(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc
(f) Valores religiosos sagrado profano etc
De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em
Dossier temaacutetico sobre Valores 3264
(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam
rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar
(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute
dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel
satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para
Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos
sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos
gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e
prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos
(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)
(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo
pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real
exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato
boa-feacutemaacute-feacute etc)
(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)
(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia
autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da
vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees
pessoais etc
(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed
Petroacutepolis RJ Vozes 2000
BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais
Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997
BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales
Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997
Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
Paulo Vida 2001
MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
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wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
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wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
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(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
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Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
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Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
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HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
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(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
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MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
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(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
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(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
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(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
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(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
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Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
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Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
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(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
infantis
Juntos partindo de conceitos cientiacuteficos comprovados apresentam uma seacuterie de
laquoactividades faacuteceis de executar e que satildeo particularmente vaacutelidas do ponto de vista
educativoraquo Isto tendo por premissa laquoa facilidade das crianccedilas em captar ensinamentos
e copiar os padrotildees de conduta dos adultosraquo Eacute que os petizes natildeo nascem ensinados e
cabe aos progenitores apontar as direcccedilotildees a seguir no sentido de aprenderem a
laquomovimentar-se pela vida com seguranccedila e responsabilidaderaquo
A transmissatildeo de valores o processo de habituaccedilatildeo atraveacutes da repeticcedilatildeo e do bom
exemplo (neste ponto eacute imperiosa a coerecircncia entre a teoria e praacutetica) e ateacute o seu grau
de estoicismo nunca desistindo perante as contrariedades (leia-se berrarias laacutegrimas
ou ataques de nervos) satildeo absolutamente fundamentais nesta foacutermula para se obterem
bons resultados
Ingredientes base
Na receita proposta em laquoVamos Jogarraquo a Emoccedilatildeo e a Planificaccedilatildeo tecircm o mesmo grau
de importacircncia A dupla sugere que os pais devem recuperar a alegria de quando eram
pequenos sendo cada jogo acompanhado de amor e do sorriso que laquotantas vezes
tendemos a esquecerraquo Jaacute em termos de Planificaccedilatildeo laquose criarmos expectativas seraacute
mais faacutecil que as crianccedilas desfrutemraquo como quem tem um objectivo em mente e sente a
inerente satisfaccedilatildeo quando consegue realizaacute-lo
Neste moroso processo eacute certo e sabido que laquonatildeo somos infaliacuteveisraquo laquoOs pais que se
equivocam satildeo mais humanos Se assumirmos que natildeo sabemos algo mas que vamos
tentar encontrar a resposta o nosso filho pensaraacute que tudo tem uma soluccedilatildeo Os nossos
enganos se os admitirmos aproximar-nos-atildeo mais delesraquo afianccedilam Eduard Estivill e
Yolanda Saacuteenz de Tejada
Mais laquopara ensinar eacute preciso ouvirraquo e rever a nossa infacircncia e a tradicional sensaccedilatildeo de
incompreensatildeo dessa fase etaacuteria seraacute uacutetil nesse processo de identificaccedilatildeo com a nossa
prole Por fim os autores recomendam laquoo amor loucoraquo pois que laquoum pouco de carinho
nunca eacute de mais e natildeo haacute que ter quaisquer pudores em demonstraacute-lo publicamente
Dossier temaacutetico sobre Valores 764
Bons haacutebitos
Ao longo de 277 paacuteginas aprendemos que esse acto essencial na vida das crianccedilas que eacute
o Jogo eacute possiacutevel de ser explorado no sentido educativo e meramente recreativo Na
lista de jogos haacute a promessa da aquisiccedilatildeo de bons haacutebitos na Comida de Conduta de
Higiene de Comunicaccedilatildeo de Estudo de Leitura e de Sono
O mesmo seraacute dizer que em jeito de brincadeira se aprende a pocircr a mesa a comer o
pequeno-almoccedilo sozinho a ser pontual agraves refeiccedilotildees a natildeo ter ciuacutemes a ser altruiacutesta a
valorizar a praacutetica desportiva a tomar banho sozinho a gerir o tempo a escolher a
roupa para vestir a perder o medo do meacutedico a natildeo ter vergonha a dar valor agrave
famiacutelia a gostar de estudar a treinar a memoacuteria a explorar o talento artiacutestico ou a
adormecer sozinho Tudo porque como disse um dia Allan Bloom laquoa educaccedilatildeo eacute o
movimento da obscuridade em direcccedilatildeo agrave luzraquo
Vera Valadas Ferreira | DESTAK
19 | 04 | 2010
In wwwfersapptfersapmodulesphpname=Newsampfile=articleampsid=844
Dossier temaacutetico sobre Valores 864
OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS
VALORES
Justiccedila igualdade toleracircnciahellip Satildeo palavras que cada dia mais se escutam nas escolas
A ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo jaacute estaacute presente no curriculum escolar mas isso natildeo eacute
suficiente Ficar no niacutevel teoacuterico natildeo serve de nada E na praacutetica esquecemos
frequentemente que palavras tatildeo grandiosas como ldquoEmpatiardquo ou ldquoRespeitordquo se
traduzem em premissas tatildeo singelas como ldquonatildeo atirar papeacuteis para o chatildeordquo ldquoceder o
assento a quem mais o necessiterdquo ou ldquoabrir a porta a quem vai carregadordquo
Que a ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo tenha chegado agraves escolas eacute um passo que realmente
devemos celebrar Saber ser pessoa eacute mais importante do que saber resolver integrais
ou saber em que ano comeccedilou a Revoluccedilatildeo Francesa Entretanto enquanto que a
instruccedilatildeo e formaccedilatildeo intelectual eacute um objectivo a conseguir primordialmente atraveacutes
da escola a educaccedilatildeo e desenvolvimento pessoal eacute-o atraveacutes da famiacutelia
Nunca devemos esquecer que o lar eacute o autecircntico formador de pessoas As crianccedilas
aprendem continuamente atraveacutes dos seus pais natildeo soacute o que estes lhes contam mas
tambeacutem sobretudo pelo que vecircem neles como actuam como respondem perante os
problemas Em definitivo as crianccedilas observam e copiam o proceder dos seus pais
perante a vida A autecircntica educaccedilatildeo nos valores transmite-se passa dos pais para os
seus filhos desde o dia do nascimento ateacute ao final da vida Natildeo obstante tem uma
importacircncia relevante durante os primeiros anos Ateacute aos seis ou sete anos de idade as
crianccedilas possuem uma moral denominada ldquoheteroacutenimardquo ou seja a sua motivaccedilatildeo para
fazer as coisas de uma maneira ou de outra eacute corresponder ao que o papaacute e a mamatilde
desejariam o que dizem os pais satildeo ldquoverdades absolutasrdquo Conforme crescem vatildeo
compreendendo melhor por que eacute importante actuar de certa forma e natildeo de outras
mas seguem sempre guiando-se pelo que vecircem em casa especialmente ateacute aos doze
anos Daiacuteiacute a tremenda importacircncia de educar as crianccedilas atraveacutes do exemplo para
desenvolver uma educaccedilatildeo ciacutevica
Dossier temaacutetico sobre Valores 964
Faz o que eu faccedilo
Todos temos na mente uma ideia de como gostariacuteamos que fosse a sociedade em que
mundo queremos que vivam os nossos filhos um sitio limpo em que as pessoas se
ajudem e respeitem onde todos tenhamos os mesmos direitoshellip Depois saiacutemos agrave rua
pensando no trabalho nas compras na ortodoncia do menino e esquecemo-nos de
todos esses bons propoacutesitos De repente queremos ser os primeiros a sair do metro
incomoda-nos o carro que torna lenta a circulaccedilatildeo esquecemo-nos de dar os bons dias
ao porteirohellip e assim dia apoacutes dia diante o olhar sempre atento das crianccedilas que jaacute se
sabe absorvem tudo como esponjas
Jaacute comentaacutemos que ateacute os doze anos aproximadamente o lar eacute a principal fonte de
valores direitos e deveres da crianccedila Agora tambeacutem teraacute que se dizer que haacute coisas
que dificilmente se aprendem mais tarde Se em pequenos natildeo nos acostumamos a
guardar o pacote no bolso quando natildeo haacute um cesto de papeacuteis agrave matildeo a natildeo pocircr a
muacutesica muito alta para natildeo incomodar o vizinho a dizer obrigado quando nos fazem
um favor ou a natildeo insultar os que satildeo diferentes seraacute mais complicado aprendecirc-lo
mais tarde Porque o civismo o respeito a honestidade e todos os valores humanos satildeo
em grande medida haacutebitos rotinas que aprendemos em famiacutelia de forma inconsciente
e que mais adiante chegamos a valorizar com a reflexatildeo que permite a maturidade
Por isso a melhor forma de transmitir valores de aprender a viver em sociedade eacute natildeo
aplicar jamais a tatildeo popular frase de ldquofaz o que eu digo e natildeo o que eu faccedilordquo Se
quisermos que nossos filhos alcancem essa sociedade tatildeo sonhada devemos comeccedilar
por criaacute-la noacutes mesmos e ldquofazer o que dizemosrdquo
Que ldquohaacutebitos-valoresrdquo fomentar
Decerto que vocecircs mesmos tecircm a resposta Soacute tecircm que pensar que tipo de pessoas
gostariam que fossem os vossos filhos e actuar em consequecircncia Como vimos a
coerecircncia entre as ideias que querem transmitir e a forma como se actua em casa eacute a
chave principal
A maioria das pessoas considera como nobres os mesmos tipos de valores Entretanto
agraves vezes eacute difiacutecil reconhecer em noacutes mesmo onde encaixa a conexatildeo entre ldquocrenccedilasrdquo e
ldquoforma de serrdquo Estes conselhos podem ajudar a reflectir sobre isso
Dossier temaacutetico sobre Valores 1064
Se quiserem que o vossofilho seja uma pessoa razoaacutevel raciocinem com ele desde o
primeiro dia Natildeo utilizem o ldquoporque eu digordquo Logicamente haveraacute muitas ocasiotildees
em que tenham que lhe ordenar as coisas mas sempre podem argumentar o motivo
O respeito onde primeiro se observa eacute entre os pais As decisotildees no casal devem ser
sempre compartilhadas Se discutem faccedilam-no de forma tranquila sem recriminar
Saber viver em sociedade eacute saber aceitar as opiniotildees distintas
Onde mais se fomentam os estereoacutetipos eacute no lar Pensaram alguma vez em coisas como
quem limpa a casa quem troca as lacircmpadas etc Tratem de compartilhar entre voacutes os
distintos papeacuteis
Se se preocuparem com as influecircncias externas pensem que tecircm uma arma muito
importante ao vosso alcance os vossoscomentaacuterios Falem com o vossofilho sobre a
opiniatildeo que merecem as actuaccedilotildees dos outros (tanto no positivo como no negativo)
Isto eacute importante sobretudo contra a influecircncia da televisatildeo
Compreender ajuda a aprender
Os valores transmitem-se atraveacutes do exemplo mas assentam com forccedila graccedilas agrave
compreensatildeo de que satildeo necessaacuterios Como podemos ajudar uma crianccedila pequena a
perceber esta importacircncia Uma boa maneira eacute aplicar a foacutermula de ldquofaz pelos outros o
que gostarias que fizessem por ti e natildeo lhes faccedilas o que natildeo gostarias que te fizessemrdquo
Por outras palavras colocar as crianccedilas na hipoacutetese de serem eles os protagonistas de
certas atitudes Eacute muito mais eficaz para que o vossofilho a entenda dizer-lhe
ldquoGostarias que se rissem de ti porque usas oacuteculos como te sentiriasrdquo do que lhe dizer
simplesmente ldquoNatildeo deves rir do Joatildeo por ter aparelho nos dentesrdquo
(Esther Garciacutea Schmah Pedagoga wwwsolohijoscom wwwmujernuevaorg)
In httpfamiliaaaldeianetos-habitos-familiares-e-a-transmissao-dos-valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 1164
VALORES NA FAMIacuteLIA
Quando os valores prioritaacuterios satildeo os valores ou bens materiais como ocorre em
amplos sectores da sociedade actual ou quando os valores se confundem com os
desejos ou as apetecircncias de um ser humano como tambeacutem acontece a descoberta de
verdadeiros valores humanos tem uma grande importacircncia para a motivaccedilatildeo da
vontade humana Porquecirc Porque a motivaccedilatildeo humana remete sempre para valores
humanos verdadeiros materiais e espirituais ndash sempre que os primeiros sirvam os
segundos e natildeo ao contraacuterio
A descoberta e valores corresponde aos imateriais aos do espiacuterito aos que fazem
referecircncia agrave verdade (valores intelectuais) ao bem (valores morais) e agrave beleza (valores
esteacuteticos) Satildeo trecircs tipos de valores estreitamente relacionados entre si porque verdade
bem e beleza satildeo os termos inseparaacuteveis de um trinoacutemio (Se algueacutem tentasse separaacute-
los encontrar-se-ia com uma verdade maacute e feia com um bem feio e falso com uma
beleza falsa e maacute)
Como descobrir estes valores Cada qual deve tomar a iniciativa de os procurar porque
lhe satildeo muito importantes satildeo os elementos que aperfeiccediloam o proacuteprio ser mediante
eles um indiviacuteduo pode acabar por ser chegar a ser aquilo que eacute pessoa ser mais e
melhor pessoa
Mas nem sempre que se procuram se encontram Tambeacutem eacute verdade que agraves vezes
emergem de repente no nosso horizonte existencial inclusivamente apesar da nossa
resistecircncia (hellip) Um dia qualquer uma vida rotineira e talvez sem relevo pode sentir-
se sacudida ndash e ateacute invadida ndash pela descoberta de um novo valor que a transforma
(Polaino e Carrentildeo l992 p 75)
Haacute algum acircmbito onde a descoberta de valores seja menos difiacutecil ou mais provaacutevel
Em primeiro lugar o acircmbito vital da famiacutelia Se os pais optaram por certos valores e se
comprometeram com eles cada filho que vem ao mundo natildeo tem de desenvolver a
tarefa hercuacutelea e problemaacutetica de tratar de descobrir por que valores vale a pena
arriscar a vida (ibidem)
Dossier temaacutetico sobre Valores 1264
Nem sempre acontece assim Optar por certos valores significa escolher entre os
melhores aqueles que mais convenham numa famiacutelia concreta com as suas
circunstacircncias actuais para o desenvolvimento pessoal de cada membro e para a
melhoria familiar Logicamente seratildeo prioritaacuterios os valores humanos mais cultivados
por ambos os cocircnjuges
Comprometer-se com uns valores e organizar a vida familiar em funccedilatildeo deles supotildee tecirc-
los interiorizado profundamente Soacute assim seratildeo capazes de os pocircr de moda na sua
famiacutelia sendo eles proacuteprios para os seus filhos portadores de valores
Esses valores vividos pelos pais com naturalidade e com graccedila com bom humor
sabendo sorrir habitualmente seratildeo atractivos para os filhos e contagiosos A famiacutelia
sob esta perspectiva aparece-nos como um museu vivo de valores E natildeo porque os
pais pendurem os valores nas paredes como se se tratasse de um quadro que
passivamente se deve admirar Os valores familiares constituem pelo contraacuterio um
dado irrefutaacutevel quase com cunho testemunhal que vai unido ao comportamento
diaacuterio dos pais (ibidem p 76) E tambeacutem estaratildeo presentes estes valores na conduta
dos filhos quando os pais aleacutem de os viverem e de os fomentarem promovem e
mantecircm vigentes algumas normas e costumes familiares que mostram a presenccedila viva
destes valores preferenciais
Os valores familiares ndash em famiacutelias cristatildes natildeo satildeo soacute valores naturais mas tambeacutem
valores sobrenaturais ndash nenhuma crianccedila inicialmente os questiona Mais tarde sim
porque na medida em que cresce emerge e amadurece a sua liberdade pessoal haacute-de
comprometer-se tambeacutem nas escolhas que faz e que obviamente satildeo sempre muito
pessoais(hellip) Precisamente por isso os pais tecircm de preparar essa fase de referecircncia ndash
atraveacutes do seu comportamento ndash que lhe sirva de orientaccedilatildeo (ibidem)
Isto seraacute tanto menos difiacutecil para os pais quanto mais cedo faccedilam da sua famiacutelia um
museu vivo de valores quando os filhos satildeo ainda muito pequenos
Seraacute menos difiacutecil tambeacutem a sua adolescecircncia quando o quadro de referecircncia e um
miacutenimo de normas e costumes tenham sido parte importante do seu ambiente familiar
acolhedor desde a primeira infacircncia
Dossier temaacutetico sobre Valores 1364
Deste modo quando o filho adolescente ou o filho jovem daacute prioridade a alguns
valores como fundamento para apoiar a sua vida tem jaacute como em depoacutesito uns
valores que anteriormente assumiu e integrou quase sem dar por isso contagiados ou
emprestados pelos seus pais
Estes valores familiares descobertos na convivecircncia do lar paterno nas relaccedilotildees diaacuterias
de pais e filhos de irmatildeos de diferentes idades traduzem-se ndash como efeito de
descoberta ndash em motivos Em consequecircncia a conduta de cada filho estaraacute motivada
desde o principio a sua vontade estaraacute motivada
Penso por contraste em tantos filhos desmotivados antes e durante a sua adolescecircncia
quando os primeiros responsaacuteveis da famiacutelia natildeo se propuseram ou natildeo souberam
criar este a ambiente familiar cimentado na sinceridade na generosidade na lealdade
na laboriosidade no optimismo na compreensatildeo exigente no respeito confiado na
disponibilidade na gratidatildeo na amizade e noutros valores humanos
Oliveros Otero
In httpfamiliaaaldeianetvalores-na-familia
Dossier temaacutetico sobre Valores 1464
O CONTO NA VIDA DA CRIANCcedilA
A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais
refinadas como A Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos
limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros
Perde-se no tempo a origem e importacircncia do conto na educaccedilatildeo da crianccedila Quantas
vezes pais e educadores a braccedilos com a explicaccedilatildeo de algo mais complexo aos nossos
filhos nos socorremos de uma histoacuteria que simplifique a nossa tarefa por um lado e
por outro facilite a compreensatildeo por parte da crianccedila daquilo que verdadeiramente lhe
queremos transmitir
Passar valores agrave crianccedila eacute algo complexo Esta missatildeo implica normalmente conceitos
que fazem apelo a abstracccedilotildees competecircncias impossiacuteveis de usar pela crianccedila nas
etapas mais precoces do desenvolvimento As histoacuterias satildeo por isso um meio
facilitador de resolver algumas das questotildees que esta tarefa nos coloca Se por um
lado divertem as crianccedilas espicaccedilam a sua curiosidade promovem competecircncias
cognitivas e de oralidade activam a magia por outro satildeo tambeacutem a forma de
concretizarmos alguns dos valores que consideramos aceitaacuteveis e oportunos transmitir
agrave crianccedila
De cada histoacuteria cada crianccedila retiraraacute aquilo que lhe fizer mais sentido em funccedilatildeo das
suas vivecircncias e das suas caracteriacutesticas desenvolvimentais Com a mesma histoacuteria
podemos transmitir um sem-nuacutemero de ensinamentos isso depende em primeira
instacircncia do objectivo de quem a usa e da proacutepria crianccedila
A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais
refinadas como a Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos
limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros
A Menina do Mar eacute uma histoacuteria porventura difiacutecil de entender antes da idade
escolar Para aleacutem da beleza literaacuteria pode permitir-nos transmitir valores ecoloacutegicos
respeito pela Natureza nomeadamente pelas coisas do mar curiosidade na descoberta
e contemplaccedilatildeo do mar e do que ele conteacutem Aleacutem disso e voltando a um dos valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 1564
inerentes a quase todas as histoacuterias - a relaccedilatildeo com os outros - A Menina do Mar
proporciona uma excelente oportunidade de ensinar a crianccedila a respeitar e a aceitar as
diferenccedilas e ainda a importacircncia de fazer amigos
Nas histoacuterias tal como na vida por vezes tambeacutem haacute situaccedilotildees desconcertantes e ainda
bem que as histoacuterias contemplam estas situaccedilotildees Satildeo uma oacuteptima oportunidade para a
crianccedila se organizar e aprender a lidar com os medos os obstaacuteculos e frustraccedilotildees com
que se iraacute confrontar ao longo da vida Eacute importante que o crescimento se faccedila ainda
que ao niacutevel do imaginaacuterio e simboacutelico assente em valores reais
In O conto na vida da crianccedila In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$o-conto-na-vida-da-criancagt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1664
VALORES
Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis
Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano
sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A
expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os
grupos dispotildeem para aceder aos valores
Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os
valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a
possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais
No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo
vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer
sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo
depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores
podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as
estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo
a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir
mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores
Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na
www ltURL httpwwwinfopediapt$valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1764
CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS
Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores
ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise
de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de
generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o
individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de
consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute
natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do
injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o
relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem
sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora
volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta
As principais causas para a crise de valores satildeo
- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e
ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que
substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos
valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto
de mecanismos mentais repressivos
- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia
primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees
violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar
tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos
- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas
mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade
moderna face aos valores tradicionais
- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na
descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e
pelo relativismo
A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo
melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para
a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees
Dossier temaacutetico sobre Valores 1864
interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a
maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois
subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais
parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute
apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas
Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1964
O QUE SAtildeO VALORES
O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR
PESQUISA
O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute
assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as
fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode
ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e
aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer
opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e
legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada
entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que
noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia
Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia
Dossier temaacutetico sobre Valores 2064
SIacuteNTESE
1 Valores
1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas
preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para
justificar as nossas decisotildees
2 Factos e valores
Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos
valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias
Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante
da semana era um domingo
Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um
domingo
Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os
dias da semana
3Facto
Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a
afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem
consensos universais
4 Valor
Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos
a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as
coisas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2164
b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-
as preferiacuteveis a outras
Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas
Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que
atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o
valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo
Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem
todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma
5 Tipos de valores
Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que
traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos
agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma
Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas
as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade
Lealdade Bondade Altruiacutesmo
Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime
Traacutegico
Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia
Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo
Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade
Valores vitais Sauacutede Forccedila
6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores
Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar
uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A
Dossier temaacutetico sobre Valores 2264
hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros
isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo
muacuteltiplas
Exemplo
A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares
Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que
hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades
bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar
7 Polaridade dos Valores
Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades
Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza
agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada
num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de
estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como
Injusto
Carlos Fontes
In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~
Dossier temaacutetico sobre Valores 2364
PERTINEcircNCIA DE VALORES
Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como
crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais
e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades
tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores
comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas
de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores
graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas
pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho
Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -
cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de
valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema
poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema
societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo
de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto
os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores
A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais
religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees
entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam
Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as
culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade
histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da
existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre
vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja
assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito
uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo
e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da
crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila
Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade
valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas
diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os
valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os
Dossier temaacutetico sobre Valores 2464
valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc
Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que
uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de
valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a
eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave
comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num
tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas
e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a
obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora
de casa e tecircm filhos pequenos) etc
Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas
sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a
uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos
novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de
desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da
toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de
voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos
sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres
viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de
assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos
valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais
Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]
Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 2564
DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E
SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os
valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute
quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os
valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi
publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio
quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o
egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que
promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de
etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo
excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores
da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo
lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais
entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos
professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas
desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os
docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila
Foto Pintura de Salvador Dali
In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml
Dossier temaacutetico sobre Valores 2664
A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Adolfo S Suaacuterez
Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso
de Teologia do Unasp
Centro Universitaacuterio Adventista
Campus Engenheiro Coelho (SP)
adolfosuarezunaspedubr
Introduccedilatildeo
1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores
11 Definiccedilotildees
12 Modelos de valores em sala de aula
121 Valores absolutos
122 Valores relativos
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
13 Classificaccedilatildeo de valores
14 Conclusatildeo parcial
2 Valores que devem ser ensinados
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
23 Conclusatildeo parcial
3 A transmissatildeo de valores
31 Como se aprendem os valores
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
33 A idade e o ensino de valores
34 Conclusatildeo parcial
Consideraccedilotildees finais
Referecircncias bibliograacuteficas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2764
Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo
Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde
Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula
The issue of values in the classroom
Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary
Education based on a Christian pedagogical practice
Keywords values christian education classroom
Dossier temaacutetico sobre Valores 2864
INTRODUCcedilAtildeO
Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS
2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da
experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e
cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e
espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)
Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas
fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade
promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a
inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)
No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de
estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das
faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)
Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo
meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo
quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e
aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)
Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido
vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo
no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar
desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de
professores ldquoconteudistasrdquo
Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser
mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno
porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de
apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa
formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores
Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-
se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo
da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados
Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores
1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES
1 1 Definiccedilotildees
Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade
humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua
conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja
valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)
independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de
caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)
Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo
Dossier temaacutetico sobre Valores 2964
Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao
satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa
qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto
deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo
racional humano (2001 p 44)
No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS
pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores
significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno
seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais
lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que
promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os
princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o
seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o
respeito e a cooperaccedilatildeo
Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante
descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade
(1997 p 79)
12 Modelos de valores em sala de aula
Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores
Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)
121 Valores absolutos
Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e
normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma
autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos
indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave
medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo
previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios
mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo
O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para
conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de
que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3064
122 Valores relativos
Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute
baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da
verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio
mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela
praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia
pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc
A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o
que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de
tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no
momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros
possam pensar
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3164
Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o
trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua
autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e
normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam
orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os
valores
Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que
determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura
que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a
escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se
oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem
possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo
Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de
determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes
puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para
todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar
os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns
13 Classificaccedilatildeo de valores
Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da
seguinte maneira numa escala ascendente
(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc
(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc
(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc
(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc
(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc
(f) Valores religiosos sagrado profano etc
De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em
Dossier temaacutetico sobre Valores 3264
(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam
rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar
(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute
dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel
satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para
Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos
sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos
gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e
prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos
(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)
(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo
pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real
exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato
boa-feacutemaacute-feacute etc)
(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)
(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia
autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da
vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees
pessoais etc
(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed
Petroacutepolis RJ Vozes 2000
BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais
Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997
BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales
Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997
Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
Paulo Vida 2001
MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
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Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
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(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
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BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
Bons haacutebitos
Ao longo de 277 paacuteginas aprendemos que esse acto essencial na vida das crianccedilas que eacute
o Jogo eacute possiacutevel de ser explorado no sentido educativo e meramente recreativo Na
lista de jogos haacute a promessa da aquisiccedilatildeo de bons haacutebitos na Comida de Conduta de
Higiene de Comunicaccedilatildeo de Estudo de Leitura e de Sono
O mesmo seraacute dizer que em jeito de brincadeira se aprende a pocircr a mesa a comer o
pequeno-almoccedilo sozinho a ser pontual agraves refeiccedilotildees a natildeo ter ciuacutemes a ser altruiacutesta a
valorizar a praacutetica desportiva a tomar banho sozinho a gerir o tempo a escolher a
roupa para vestir a perder o medo do meacutedico a natildeo ter vergonha a dar valor agrave
famiacutelia a gostar de estudar a treinar a memoacuteria a explorar o talento artiacutestico ou a
adormecer sozinho Tudo porque como disse um dia Allan Bloom laquoa educaccedilatildeo eacute o
movimento da obscuridade em direcccedilatildeo agrave luzraquo
Vera Valadas Ferreira | DESTAK
19 | 04 | 2010
In wwwfersapptfersapmodulesphpname=Newsampfile=articleampsid=844
Dossier temaacutetico sobre Valores 864
OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS
VALORES
Justiccedila igualdade toleracircnciahellip Satildeo palavras que cada dia mais se escutam nas escolas
A ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo jaacute estaacute presente no curriculum escolar mas isso natildeo eacute
suficiente Ficar no niacutevel teoacuterico natildeo serve de nada E na praacutetica esquecemos
frequentemente que palavras tatildeo grandiosas como ldquoEmpatiardquo ou ldquoRespeitordquo se
traduzem em premissas tatildeo singelas como ldquonatildeo atirar papeacuteis para o chatildeordquo ldquoceder o
assento a quem mais o necessiterdquo ou ldquoabrir a porta a quem vai carregadordquo
Que a ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo tenha chegado agraves escolas eacute um passo que realmente
devemos celebrar Saber ser pessoa eacute mais importante do que saber resolver integrais
ou saber em que ano comeccedilou a Revoluccedilatildeo Francesa Entretanto enquanto que a
instruccedilatildeo e formaccedilatildeo intelectual eacute um objectivo a conseguir primordialmente atraveacutes
da escola a educaccedilatildeo e desenvolvimento pessoal eacute-o atraveacutes da famiacutelia
Nunca devemos esquecer que o lar eacute o autecircntico formador de pessoas As crianccedilas
aprendem continuamente atraveacutes dos seus pais natildeo soacute o que estes lhes contam mas
tambeacutem sobretudo pelo que vecircem neles como actuam como respondem perante os
problemas Em definitivo as crianccedilas observam e copiam o proceder dos seus pais
perante a vida A autecircntica educaccedilatildeo nos valores transmite-se passa dos pais para os
seus filhos desde o dia do nascimento ateacute ao final da vida Natildeo obstante tem uma
importacircncia relevante durante os primeiros anos Ateacute aos seis ou sete anos de idade as
crianccedilas possuem uma moral denominada ldquoheteroacutenimardquo ou seja a sua motivaccedilatildeo para
fazer as coisas de uma maneira ou de outra eacute corresponder ao que o papaacute e a mamatilde
desejariam o que dizem os pais satildeo ldquoverdades absolutasrdquo Conforme crescem vatildeo
compreendendo melhor por que eacute importante actuar de certa forma e natildeo de outras
mas seguem sempre guiando-se pelo que vecircem em casa especialmente ateacute aos doze
anos Daiacuteiacute a tremenda importacircncia de educar as crianccedilas atraveacutes do exemplo para
desenvolver uma educaccedilatildeo ciacutevica
Dossier temaacutetico sobre Valores 964
Faz o que eu faccedilo
Todos temos na mente uma ideia de como gostariacuteamos que fosse a sociedade em que
mundo queremos que vivam os nossos filhos um sitio limpo em que as pessoas se
ajudem e respeitem onde todos tenhamos os mesmos direitoshellip Depois saiacutemos agrave rua
pensando no trabalho nas compras na ortodoncia do menino e esquecemo-nos de
todos esses bons propoacutesitos De repente queremos ser os primeiros a sair do metro
incomoda-nos o carro que torna lenta a circulaccedilatildeo esquecemo-nos de dar os bons dias
ao porteirohellip e assim dia apoacutes dia diante o olhar sempre atento das crianccedilas que jaacute se
sabe absorvem tudo como esponjas
Jaacute comentaacutemos que ateacute os doze anos aproximadamente o lar eacute a principal fonte de
valores direitos e deveres da crianccedila Agora tambeacutem teraacute que se dizer que haacute coisas
que dificilmente se aprendem mais tarde Se em pequenos natildeo nos acostumamos a
guardar o pacote no bolso quando natildeo haacute um cesto de papeacuteis agrave matildeo a natildeo pocircr a
muacutesica muito alta para natildeo incomodar o vizinho a dizer obrigado quando nos fazem
um favor ou a natildeo insultar os que satildeo diferentes seraacute mais complicado aprendecirc-lo
mais tarde Porque o civismo o respeito a honestidade e todos os valores humanos satildeo
em grande medida haacutebitos rotinas que aprendemos em famiacutelia de forma inconsciente
e que mais adiante chegamos a valorizar com a reflexatildeo que permite a maturidade
Por isso a melhor forma de transmitir valores de aprender a viver em sociedade eacute natildeo
aplicar jamais a tatildeo popular frase de ldquofaz o que eu digo e natildeo o que eu faccedilordquo Se
quisermos que nossos filhos alcancem essa sociedade tatildeo sonhada devemos comeccedilar
por criaacute-la noacutes mesmos e ldquofazer o que dizemosrdquo
Que ldquohaacutebitos-valoresrdquo fomentar
Decerto que vocecircs mesmos tecircm a resposta Soacute tecircm que pensar que tipo de pessoas
gostariam que fossem os vossos filhos e actuar em consequecircncia Como vimos a
coerecircncia entre as ideias que querem transmitir e a forma como se actua em casa eacute a
chave principal
A maioria das pessoas considera como nobres os mesmos tipos de valores Entretanto
agraves vezes eacute difiacutecil reconhecer em noacutes mesmo onde encaixa a conexatildeo entre ldquocrenccedilasrdquo e
ldquoforma de serrdquo Estes conselhos podem ajudar a reflectir sobre isso
Dossier temaacutetico sobre Valores 1064
Se quiserem que o vossofilho seja uma pessoa razoaacutevel raciocinem com ele desde o
primeiro dia Natildeo utilizem o ldquoporque eu digordquo Logicamente haveraacute muitas ocasiotildees
em que tenham que lhe ordenar as coisas mas sempre podem argumentar o motivo
O respeito onde primeiro se observa eacute entre os pais As decisotildees no casal devem ser
sempre compartilhadas Se discutem faccedilam-no de forma tranquila sem recriminar
Saber viver em sociedade eacute saber aceitar as opiniotildees distintas
Onde mais se fomentam os estereoacutetipos eacute no lar Pensaram alguma vez em coisas como
quem limpa a casa quem troca as lacircmpadas etc Tratem de compartilhar entre voacutes os
distintos papeacuteis
Se se preocuparem com as influecircncias externas pensem que tecircm uma arma muito
importante ao vosso alcance os vossoscomentaacuterios Falem com o vossofilho sobre a
opiniatildeo que merecem as actuaccedilotildees dos outros (tanto no positivo como no negativo)
Isto eacute importante sobretudo contra a influecircncia da televisatildeo
Compreender ajuda a aprender
Os valores transmitem-se atraveacutes do exemplo mas assentam com forccedila graccedilas agrave
compreensatildeo de que satildeo necessaacuterios Como podemos ajudar uma crianccedila pequena a
perceber esta importacircncia Uma boa maneira eacute aplicar a foacutermula de ldquofaz pelos outros o
que gostarias que fizessem por ti e natildeo lhes faccedilas o que natildeo gostarias que te fizessemrdquo
Por outras palavras colocar as crianccedilas na hipoacutetese de serem eles os protagonistas de
certas atitudes Eacute muito mais eficaz para que o vossofilho a entenda dizer-lhe
ldquoGostarias que se rissem de ti porque usas oacuteculos como te sentiriasrdquo do que lhe dizer
simplesmente ldquoNatildeo deves rir do Joatildeo por ter aparelho nos dentesrdquo
(Esther Garciacutea Schmah Pedagoga wwwsolohijoscom wwwmujernuevaorg)
In httpfamiliaaaldeianetos-habitos-familiares-e-a-transmissao-dos-valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 1164
VALORES NA FAMIacuteLIA
Quando os valores prioritaacuterios satildeo os valores ou bens materiais como ocorre em
amplos sectores da sociedade actual ou quando os valores se confundem com os
desejos ou as apetecircncias de um ser humano como tambeacutem acontece a descoberta de
verdadeiros valores humanos tem uma grande importacircncia para a motivaccedilatildeo da
vontade humana Porquecirc Porque a motivaccedilatildeo humana remete sempre para valores
humanos verdadeiros materiais e espirituais ndash sempre que os primeiros sirvam os
segundos e natildeo ao contraacuterio
A descoberta e valores corresponde aos imateriais aos do espiacuterito aos que fazem
referecircncia agrave verdade (valores intelectuais) ao bem (valores morais) e agrave beleza (valores
esteacuteticos) Satildeo trecircs tipos de valores estreitamente relacionados entre si porque verdade
bem e beleza satildeo os termos inseparaacuteveis de um trinoacutemio (Se algueacutem tentasse separaacute-
los encontrar-se-ia com uma verdade maacute e feia com um bem feio e falso com uma
beleza falsa e maacute)
Como descobrir estes valores Cada qual deve tomar a iniciativa de os procurar porque
lhe satildeo muito importantes satildeo os elementos que aperfeiccediloam o proacuteprio ser mediante
eles um indiviacuteduo pode acabar por ser chegar a ser aquilo que eacute pessoa ser mais e
melhor pessoa
Mas nem sempre que se procuram se encontram Tambeacutem eacute verdade que agraves vezes
emergem de repente no nosso horizonte existencial inclusivamente apesar da nossa
resistecircncia (hellip) Um dia qualquer uma vida rotineira e talvez sem relevo pode sentir-
se sacudida ndash e ateacute invadida ndash pela descoberta de um novo valor que a transforma
(Polaino e Carrentildeo l992 p 75)
Haacute algum acircmbito onde a descoberta de valores seja menos difiacutecil ou mais provaacutevel
Em primeiro lugar o acircmbito vital da famiacutelia Se os pais optaram por certos valores e se
comprometeram com eles cada filho que vem ao mundo natildeo tem de desenvolver a
tarefa hercuacutelea e problemaacutetica de tratar de descobrir por que valores vale a pena
arriscar a vida (ibidem)
Dossier temaacutetico sobre Valores 1264
Nem sempre acontece assim Optar por certos valores significa escolher entre os
melhores aqueles que mais convenham numa famiacutelia concreta com as suas
circunstacircncias actuais para o desenvolvimento pessoal de cada membro e para a
melhoria familiar Logicamente seratildeo prioritaacuterios os valores humanos mais cultivados
por ambos os cocircnjuges
Comprometer-se com uns valores e organizar a vida familiar em funccedilatildeo deles supotildee tecirc-
los interiorizado profundamente Soacute assim seratildeo capazes de os pocircr de moda na sua
famiacutelia sendo eles proacuteprios para os seus filhos portadores de valores
Esses valores vividos pelos pais com naturalidade e com graccedila com bom humor
sabendo sorrir habitualmente seratildeo atractivos para os filhos e contagiosos A famiacutelia
sob esta perspectiva aparece-nos como um museu vivo de valores E natildeo porque os
pais pendurem os valores nas paredes como se se tratasse de um quadro que
passivamente se deve admirar Os valores familiares constituem pelo contraacuterio um
dado irrefutaacutevel quase com cunho testemunhal que vai unido ao comportamento
diaacuterio dos pais (ibidem p 76) E tambeacutem estaratildeo presentes estes valores na conduta
dos filhos quando os pais aleacutem de os viverem e de os fomentarem promovem e
mantecircm vigentes algumas normas e costumes familiares que mostram a presenccedila viva
destes valores preferenciais
Os valores familiares ndash em famiacutelias cristatildes natildeo satildeo soacute valores naturais mas tambeacutem
valores sobrenaturais ndash nenhuma crianccedila inicialmente os questiona Mais tarde sim
porque na medida em que cresce emerge e amadurece a sua liberdade pessoal haacute-de
comprometer-se tambeacutem nas escolhas que faz e que obviamente satildeo sempre muito
pessoais(hellip) Precisamente por isso os pais tecircm de preparar essa fase de referecircncia ndash
atraveacutes do seu comportamento ndash que lhe sirva de orientaccedilatildeo (ibidem)
Isto seraacute tanto menos difiacutecil para os pais quanto mais cedo faccedilam da sua famiacutelia um
museu vivo de valores quando os filhos satildeo ainda muito pequenos
Seraacute menos difiacutecil tambeacutem a sua adolescecircncia quando o quadro de referecircncia e um
miacutenimo de normas e costumes tenham sido parte importante do seu ambiente familiar
acolhedor desde a primeira infacircncia
Dossier temaacutetico sobre Valores 1364
Deste modo quando o filho adolescente ou o filho jovem daacute prioridade a alguns
valores como fundamento para apoiar a sua vida tem jaacute como em depoacutesito uns
valores que anteriormente assumiu e integrou quase sem dar por isso contagiados ou
emprestados pelos seus pais
Estes valores familiares descobertos na convivecircncia do lar paterno nas relaccedilotildees diaacuterias
de pais e filhos de irmatildeos de diferentes idades traduzem-se ndash como efeito de
descoberta ndash em motivos Em consequecircncia a conduta de cada filho estaraacute motivada
desde o principio a sua vontade estaraacute motivada
Penso por contraste em tantos filhos desmotivados antes e durante a sua adolescecircncia
quando os primeiros responsaacuteveis da famiacutelia natildeo se propuseram ou natildeo souberam
criar este a ambiente familiar cimentado na sinceridade na generosidade na lealdade
na laboriosidade no optimismo na compreensatildeo exigente no respeito confiado na
disponibilidade na gratidatildeo na amizade e noutros valores humanos
Oliveros Otero
In httpfamiliaaaldeianetvalores-na-familia
Dossier temaacutetico sobre Valores 1464
O CONTO NA VIDA DA CRIANCcedilA
A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais
refinadas como A Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos
limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros
Perde-se no tempo a origem e importacircncia do conto na educaccedilatildeo da crianccedila Quantas
vezes pais e educadores a braccedilos com a explicaccedilatildeo de algo mais complexo aos nossos
filhos nos socorremos de uma histoacuteria que simplifique a nossa tarefa por um lado e
por outro facilite a compreensatildeo por parte da crianccedila daquilo que verdadeiramente lhe
queremos transmitir
Passar valores agrave crianccedila eacute algo complexo Esta missatildeo implica normalmente conceitos
que fazem apelo a abstracccedilotildees competecircncias impossiacuteveis de usar pela crianccedila nas
etapas mais precoces do desenvolvimento As histoacuterias satildeo por isso um meio
facilitador de resolver algumas das questotildees que esta tarefa nos coloca Se por um
lado divertem as crianccedilas espicaccedilam a sua curiosidade promovem competecircncias
cognitivas e de oralidade activam a magia por outro satildeo tambeacutem a forma de
concretizarmos alguns dos valores que consideramos aceitaacuteveis e oportunos transmitir
agrave crianccedila
De cada histoacuteria cada crianccedila retiraraacute aquilo que lhe fizer mais sentido em funccedilatildeo das
suas vivecircncias e das suas caracteriacutesticas desenvolvimentais Com a mesma histoacuteria
podemos transmitir um sem-nuacutemero de ensinamentos isso depende em primeira
instacircncia do objectivo de quem a usa e da proacutepria crianccedila
A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais
refinadas como a Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos
limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros
A Menina do Mar eacute uma histoacuteria porventura difiacutecil de entender antes da idade
escolar Para aleacutem da beleza literaacuteria pode permitir-nos transmitir valores ecoloacutegicos
respeito pela Natureza nomeadamente pelas coisas do mar curiosidade na descoberta
e contemplaccedilatildeo do mar e do que ele conteacutem Aleacutem disso e voltando a um dos valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 1564
inerentes a quase todas as histoacuterias - a relaccedilatildeo com os outros - A Menina do Mar
proporciona uma excelente oportunidade de ensinar a crianccedila a respeitar e a aceitar as
diferenccedilas e ainda a importacircncia de fazer amigos
Nas histoacuterias tal como na vida por vezes tambeacutem haacute situaccedilotildees desconcertantes e ainda
bem que as histoacuterias contemplam estas situaccedilotildees Satildeo uma oacuteptima oportunidade para a
crianccedila se organizar e aprender a lidar com os medos os obstaacuteculos e frustraccedilotildees com
que se iraacute confrontar ao longo da vida Eacute importante que o crescimento se faccedila ainda
que ao niacutevel do imaginaacuterio e simboacutelico assente em valores reais
In O conto na vida da crianccedila In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$o-conto-na-vida-da-criancagt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1664
VALORES
Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis
Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano
sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A
expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os
grupos dispotildeem para aceder aos valores
Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os
valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a
possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais
No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo
vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer
sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo
depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores
podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as
estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo
a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir
mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores
Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na
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Dossier temaacutetico sobre Valores 1764
CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS
Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores
ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise
de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de
generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o
individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de
consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute
natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do
injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o
relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem
sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora
volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta
As principais causas para a crise de valores satildeo
- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e
ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que
substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos
valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto
de mecanismos mentais repressivos
- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia
primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees
violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar
tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos
- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas
mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade
moderna face aos valores tradicionais
- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na
descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e
pelo relativismo
A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo
melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para
a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees
Dossier temaacutetico sobre Valores 1864
interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a
maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois
subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais
parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute
apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas
Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
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Dossier temaacutetico sobre Valores 1964
O QUE SAtildeO VALORES
O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR
PESQUISA
O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute
assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as
fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode
ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e
aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer
opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e
legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada
entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que
noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia
Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia
Dossier temaacutetico sobre Valores 2064
SIacuteNTESE
1 Valores
1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas
preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para
justificar as nossas decisotildees
2 Factos e valores
Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos
valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias
Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante
da semana era um domingo
Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um
domingo
Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os
dias da semana
3Facto
Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a
afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem
consensos universais
4 Valor
Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos
a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as
coisas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2164
b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-
as preferiacuteveis a outras
Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas
Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que
atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o
valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo
Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem
todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma
5 Tipos de valores
Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que
traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos
agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma
Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas
as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade
Lealdade Bondade Altruiacutesmo
Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime
Traacutegico
Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia
Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo
Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade
Valores vitais Sauacutede Forccedila
6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores
Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar
uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A
Dossier temaacutetico sobre Valores 2264
hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros
isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo
muacuteltiplas
Exemplo
A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares
Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que
hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades
bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar
7 Polaridade dos Valores
Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades
Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza
agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada
num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de
estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como
Injusto
Carlos Fontes
In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~
Dossier temaacutetico sobre Valores 2364
PERTINEcircNCIA DE VALORES
Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como
crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais
e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades
tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores
comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas
de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores
graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas
pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho
Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -
cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de
valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema
poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema
societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo
de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto
os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores
A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais
religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees
entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam
Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as
culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade
histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da
existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre
vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja
assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito
uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo
e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da
crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila
Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade
valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas
diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os
valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os
Dossier temaacutetico sobre Valores 2464
valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc
Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que
uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de
valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a
eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave
comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num
tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas
e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a
obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora
de casa e tecircm filhos pequenos) etc
Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas
sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a
uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos
novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de
desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da
toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de
voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos
sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres
viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de
assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos
valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais
Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]
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Dossier temaacutetico sobre Valores 2564
DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E
SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os
valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute
quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os
valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi
publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio
quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o
egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que
promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de
etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo
excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores
da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo
lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais
entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos
professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas
desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os
docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila
Foto Pintura de Salvador Dali
In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml
Dossier temaacutetico sobre Valores 2664
A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Adolfo S Suaacuterez
Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso
de Teologia do Unasp
Centro Universitaacuterio Adventista
Campus Engenheiro Coelho (SP)
adolfosuarezunaspedubr
Introduccedilatildeo
1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores
11 Definiccedilotildees
12 Modelos de valores em sala de aula
121 Valores absolutos
122 Valores relativos
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
13 Classificaccedilatildeo de valores
14 Conclusatildeo parcial
2 Valores que devem ser ensinados
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
23 Conclusatildeo parcial
3 A transmissatildeo de valores
31 Como se aprendem os valores
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
33 A idade e o ensino de valores
34 Conclusatildeo parcial
Consideraccedilotildees finais
Referecircncias bibliograacuteficas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2764
Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo
Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde
Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula
The issue of values in the classroom
Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary
Education based on a Christian pedagogical practice
Keywords values christian education classroom
Dossier temaacutetico sobre Valores 2864
INTRODUCcedilAtildeO
Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS
2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da
experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e
cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e
espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)
Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas
fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade
promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a
inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)
No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de
estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das
faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)
Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo
meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo
quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e
aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)
Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido
vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo
no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar
desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de
professores ldquoconteudistasrdquo
Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser
mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno
porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de
apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa
formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores
Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-
se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo
da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados
Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores
1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES
1 1 Definiccedilotildees
Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade
humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua
conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja
valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)
independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de
caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)
Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo
Dossier temaacutetico sobre Valores 2964
Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao
satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa
qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto
deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo
racional humano (2001 p 44)
No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS
pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores
significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno
seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais
lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que
promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os
princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o
seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o
respeito e a cooperaccedilatildeo
Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante
descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade
(1997 p 79)
12 Modelos de valores em sala de aula
Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores
Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)
121 Valores absolutos
Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e
normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma
autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos
indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave
medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo
previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios
mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo
O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para
conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de
que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3064
122 Valores relativos
Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute
baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da
verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio
mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela
praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia
pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc
A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o
que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de
tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no
momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros
possam pensar
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3164
Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o
trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua
autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e
normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam
orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os
valores
Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que
determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura
que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a
escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se
oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem
possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo
Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de
determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes
puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para
todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar
os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns
13 Classificaccedilatildeo de valores
Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da
seguinte maneira numa escala ascendente
(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc
(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc
(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc
(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc
(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc
(f) Valores religiosos sagrado profano etc
De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em
Dossier temaacutetico sobre Valores 3264
(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam
rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar
(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute
dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel
satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para
Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos
sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos
gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e
prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos
(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)
(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo
pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real
exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato
boa-feacutemaacute-feacute etc)
(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)
(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia
autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da
vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees
pessoais etc
(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed
Petroacutepolis RJ Vozes 2000
BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais
Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997
BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales
Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997
Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
Paulo Vida 2001
MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS
VALORES
Justiccedila igualdade toleracircnciahellip Satildeo palavras que cada dia mais se escutam nas escolas
A ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo jaacute estaacute presente no curriculum escolar mas isso natildeo eacute
suficiente Ficar no niacutevel teoacuterico natildeo serve de nada E na praacutetica esquecemos
frequentemente que palavras tatildeo grandiosas como ldquoEmpatiardquo ou ldquoRespeitordquo se
traduzem em premissas tatildeo singelas como ldquonatildeo atirar papeacuteis para o chatildeordquo ldquoceder o
assento a quem mais o necessiterdquo ou ldquoabrir a porta a quem vai carregadordquo
Que a ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo tenha chegado agraves escolas eacute um passo que realmente
devemos celebrar Saber ser pessoa eacute mais importante do que saber resolver integrais
ou saber em que ano comeccedilou a Revoluccedilatildeo Francesa Entretanto enquanto que a
instruccedilatildeo e formaccedilatildeo intelectual eacute um objectivo a conseguir primordialmente atraveacutes
da escola a educaccedilatildeo e desenvolvimento pessoal eacute-o atraveacutes da famiacutelia
Nunca devemos esquecer que o lar eacute o autecircntico formador de pessoas As crianccedilas
aprendem continuamente atraveacutes dos seus pais natildeo soacute o que estes lhes contam mas
tambeacutem sobretudo pelo que vecircem neles como actuam como respondem perante os
problemas Em definitivo as crianccedilas observam e copiam o proceder dos seus pais
perante a vida A autecircntica educaccedilatildeo nos valores transmite-se passa dos pais para os
seus filhos desde o dia do nascimento ateacute ao final da vida Natildeo obstante tem uma
importacircncia relevante durante os primeiros anos Ateacute aos seis ou sete anos de idade as
crianccedilas possuem uma moral denominada ldquoheteroacutenimardquo ou seja a sua motivaccedilatildeo para
fazer as coisas de uma maneira ou de outra eacute corresponder ao que o papaacute e a mamatilde
desejariam o que dizem os pais satildeo ldquoverdades absolutasrdquo Conforme crescem vatildeo
compreendendo melhor por que eacute importante actuar de certa forma e natildeo de outras
mas seguem sempre guiando-se pelo que vecircem em casa especialmente ateacute aos doze
anos Daiacuteiacute a tremenda importacircncia de educar as crianccedilas atraveacutes do exemplo para
desenvolver uma educaccedilatildeo ciacutevica
Dossier temaacutetico sobre Valores 964
Faz o que eu faccedilo
Todos temos na mente uma ideia de como gostariacuteamos que fosse a sociedade em que
mundo queremos que vivam os nossos filhos um sitio limpo em que as pessoas se
ajudem e respeitem onde todos tenhamos os mesmos direitoshellip Depois saiacutemos agrave rua
pensando no trabalho nas compras na ortodoncia do menino e esquecemo-nos de
todos esses bons propoacutesitos De repente queremos ser os primeiros a sair do metro
incomoda-nos o carro que torna lenta a circulaccedilatildeo esquecemo-nos de dar os bons dias
ao porteirohellip e assim dia apoacutes dia diante o olhar sempre atento das crianccedilas que jaacute se
sabe absorvem tudo como esponjas
Jaacute comentaacutemos que ateacute os doze anos aproximadamente o lar eacute a principal fonte de
valores direitos e deveres da crianccedila Agora tambeacutem teraacute que se dizer que haacute coisas
que dificilmente se aprendem mais tarde Se em pequenos natildeo nos acostumamos a
guardar o pacote no bolso quando natildeo haacute um cesto de papeacuteis agrave matildeo a natildeo pocircr a
muacutesica muito alta para natildeo incomodar o vizinho a dizer obrigado quando nos fazem
um favor ou a natildeo insultar os que satildeo diferentes seraacute mais complicado aprendecirc-lo
mais tarde Porque o civismo o respeito a honestidade e todos os valores humanos satildeo
em grande medida haacutebitos rotinas que aprendemos em famiacutelia de forma inconsciente
e que mais adiante chegamos a valorizar com a reflexatildeo que permite a maturidade
Por isso a melhor forma de transmitir valores de aprender a viver em sociedade eacute natildeo
aplicar jamais a tatildeo popular frase de ldquofaz o que eu digo e natildeo o que eu faccedilordquo Se
quisermos que nossos filhos alcancem essa sociedade tatildeo sonhada devemos comeccedilar
por criaacute-la noacutes mesmos e ldquofazer o que dizemosrdquo
Que ldquohaacutebitos-valoresrdquo fomentar
Decerto que vocecircs mesmos tecircm a resposta Soacute tecircm que pensar que tipo de pessoas
gostariam que fossem os vossos filhos e actuar em consequecircncia Como vimos a
coerecircncia entre as ideias que querem transmitir e a forma como se actua em casa eacute a
chave principal
A maioria das pessoas considera como nobres os mesmos tipos de valores Entretanto
agraves vezes eacute difiacutecil reconhecer em noacutes mesmo onde encaixa a conexatildeo entre ldquocrenccedilasrdquo e
ldquoforma de serrdquo Estes conselhos podem ajudar a reflectir sobre isso
Dossier temaacutetico sobre Valores 1064
Se quiserem que o vossofilho seja uma pessoa razoaacutevel raciocinem com ele desde o
primeiro dia Natildeo utilizem o ldquoporque eu digordquo Logicamente haveraacute muitas ocasiotildees
em que tenham que lhe ordenar as coisas mas sempre podem argumentar o motivo
O respeito onde primeiro se observa eacute entre os pais As decisotildees no casal devem ser
sempre compartilhadas Se discutem faccedilam-no de forma tranquila sem recriminar
Saber viver em sociedade eacute saber aceitar as opiniotildees distintas
Onde mais se fomentam os estereoacutetipos eacute no lar Pensaram alguma vez em coisas como
quem limpa a casa quem troca as lacircmpadas etc Tratem de compartilhar entre voacutes os
distintos papeacuteis
Se se preocuparem com as influecircncias externas pensem que tecircm uma arma muito
importante ao vosso alcance os vossoscomentaacuterios Falem com o vossofilho sobre a
opiniatildeo que merecem as actuaccedilotildees dos outros (tanto no positivo como no negativo)
Isto eacute importante sobretudo contra a influecircncia da televisatildeo
Compreender ajuda a aprender
Os valores transmitem-se atraveacutes do exemplo mas assentam com forccedila graccedilas agrave
compreensatildeo de que satildeo necessaacuterios Como podemos ajudar uma crianccedila pequena a
perceber esta importacircncia Uma boa maneira eacute aplicar a foacutermula de ldquofaz pelos outros o
que gostarias que fizessem por ti e natildeo lhes faccedilas o que natildeo gostarias que te fizessemrdquo
Por outras palavras colocar as crianccedilas na hipoacutetese de serem eles os protagonistas de
certas atitudes Eacute muito mais eficaz para que o vossofilho a entenda dizer-lhe
ldquoGostarias que se rissem de ti porque usas oacuteculos como te sentiriasrdquo do que lhe dizer
simplesmente ldquoNatildeo deves rir do Joatildeo por ter aparelho nos dentesrdquo
(Esther Garciacutea Schmah Pedagoga wwwsolohijoscom wwwmujernuevaorg)
In httpfamiliaaaldeianetos-habitos-familiares-e-a-transmissao-dos-valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 1164
VALORES NA FAMIacuteLIA
Quando os valores prioritaacuterios satildeo os valores ou bens materiais como ocorre em
amplos sectores da sociedade actual ou quando os valores se confundem com os
desejos ou as apetecircncias de um ser humano como tambeacutem acontece a descoberta de
verdadeiros valores humanos tem uma grande importacircncia para a motivaccedilatildeo da
vontade humana Porquecirc Porque a motivaccedilatildeo humana remete sempre para valores
humanos verdadeiros materiais e espirituais ndash sempre que os primeiros sirvam os
segundos e natildeo ao contraacuterio
A descoberta e valores corresponde aos imateriais aos do espiacuterito aos que fazem
referecircncia agrave verdade (valores intelectuais) ao bem (valores morais) e agrave beleza (valores
esteacuteticos) Satildeo trecircs tipos de valores estreitamente relacionados entre si porque verdade
bem e beleza satildeo os termos inseparaacuteveis de um trinoacutemio (Se algueacutem tentasse separaacute-
los encontrar-se-ia com uma verdade maacute e feia com um bem feio e falso com uma
beleza falsa e maacute)
Como descobrir estes valores Cada qual deve tomar a iniciativa de os procurar porque
lhe satildeo muito importantes satildeo os elementos que aperfeiccediloam o proacuteprio ser mediante
eles um indiviacuteduo pode acabar por ser chegar a ser aquilo que eacute pessoa ser mais e
melhor pessoa
Mas nem sempre que se procuram se encontram Tambeacutem eacute verdade que agraves vezes
emergem de repente no nosso horizonte existencial inclusivamente apesar da nossa
resistecircncia (hellip) Um dia qualquer uma vida rotineira e talvez sem relevo pode sentir-
se sacudida ndash e ateacute invadida ndash pela descoberta de um novo valor que a transforma
(Polaino e Carrentildeo l992 p 75)
Haacute algum acircmbito onde a descoberta de valores seja menos difiacutecil ou mais provaacutevel
Em primeiro lugar o acircmbito vital da famiacutelia Se os pais optaram por certos valores e se
comprometeram com eles cada filho que vem ao mundo natildeo tem de desenvolver a
tarefa hercuacutelea e problemaacutetica de tratar de descobrir por que valores vale a pena
arriscar a vida (ibidem)
Dossier temaacutetico sobre Valores 1264
Nem sempre acontece assim Optar por certos valores significa escolher entre os
melhores aqueles que mais convenham numa famiacutelia concreta com as suas
circunstacircncias actuais para o desenvolvimento pessoal de cada membro e para a
melhoria familiar Logicamente seratildeo prioritaacuterios os valores humanos mais cultivados
por ambos os cocircnjuges
Comprometer-se com uns valores e organizar a vida familiar em funccedilatildeo deles supotildee tecirc-
los interiorizado profundamente Soacute assim seratildeo capazes de os pocircr de moda na sua
famiacutelia sendo eles proacuteprios para os seus filhos portadores de valores
Esses valores vividos pelos pais com naturalidade e com graccedila com bom humor
sabendo sorrir habitualmente seratildeo atractivos para os filhos e contagiosos A famiacutelia
sob esta perspectiva aparece-nos como um museu vivo de valores E natildeo porque os
pais pendurem os valores nas paredes como se se tratasse de um quadro que
passivamente se deve admirar Os valores familiares constituem pelo contraacuterio um
dado irrefutaacutevel quase com cunho testemunhal que vai unido ao comportamento
diaacuterio dos pais (ibidem p 76) E tambeacutem estaratildeo presentes estes valores na conduta
dos filhos quando os pais aleacutem de os viverem e de os fomentarem promovem e
mantecircm vigentes algumas normas e costumes familiares que mostram a presenccedila viva
destes valores preferenciais
Os valores familiares ndash em famiacutelias cristatildes natildeo satildeo soacute valores naturais mas tambeacutem
valores sobrenaturais ndash nenhuma crianccedila inicialmente os questiona Mais tarde sim
porque na medida em que cresce emerge e amadurece a sua liberdade pessoal haacute-de
comprometer-se tambeacutem nas escolhas que faz e que obviamente satildeo sempre muito
pessoais(hellip) Precisamente por isso os pais tecircm de preparar essa fase de referecircncia ndash
atraveacutes do seu comportamento ndash que lhe sirva de orientaccedilatildeo (ibidem)
Isto seraacute tanto menos difiacutecil para os pais quanto mais cedo faccedilam da sua famiacutelia um
museu vivo de valores quando os filhos satildeo ainda muito pequenos
Seraacute menos difiacutecil tambeacutem a sua adolescecircncia quando o quadro de referecircncia e um
miacutenimo de normas e costumes tenham sido parte importante do seu ambiente familiar
acolhedor desde a primeira infacircncia
Dossier temaacutetico sobre Valores 1364
Deste modo quando o filho adolescente ou o filho jovem daacute prioridade a alguns
valores como fundamento para apoiar a sua vida tem jaacute como em depoacutesito uns
valores que anteriormente assumiu e integrou quase sem dar por isso contagiados ou
emprestados pelos seus pais
Estes valores familiares descobertos na convivecircncia do lar paterno nas relaccedilotildees diaacuterias
de pais e filhos de irmatildeos de diferentes idades traduzem-se ndash como efeito de
descoberta ndash em motivos Em consequecircncia a conduta de cada filho estaraacute motivada
desde o principio a sua vontade estaraacute motivada
Penso por contraste em tantos filhos desmotivados antes e durante a sua adolescecircncia
quando os primeiros responsaacuteveis da famiacutelia natildeo se propuseram ou natildeo souberam
criar este a ambiente familiar cimentado na sinceridade na generosidade na lealdade
na laboriosidade no optimismo na compreensatildeo exigente no respeito confiado na
disponibilidade na gratidatildeo na amizade e noutros valores humanos
Oliveros Otero
In httpfamiliaaaldeianetvalores-na-familia
Dossier temaacutetico sobre Valores 1464
O CONTO NA VIDA DA CRIANCcedilA
A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais
refinadas como A Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos
limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros
Perde-se no tempo a origem e importacircncia do conto na educaccedilatildeo da crianccedila Quantas
vezes pais e educadores a braccedilos com a explicaccedilatildeo de algo mais complexo aos nossos
filhos nos socorremos de uma histoacuteria que simplifique a nossa tarefa por um lado e
por outro facilite a compreensatildeo por parte da crianccedila daquilo que verdadeiramente lhe
queremos transmitir
Passar valores agrave crianccedila eacute algo complexo Esta missatildeo implica normalmente conceitos
que fazem apelo a abstracccedilotildees competecircncias impossiacuteveis de usar pela crianccedila nas
etapas mais precoces do desenvolvimento As histoacuterias satildeo por isso um meio
facilitador de resolver algumas das questotildees que esta tarefa nos coloca Se por um
lado divertem as crianccedilas espicaccedilam a sua curiosidade promovem competecircncias
cognitivas e de oralidade activam a magia por outro satildeo tambeacutem a forma de
concretizarmos alguns dos valores que consideramos aceitaacuteveis e oportunos transmitir
agrave crianccedila
De cada histoacuteria cada crianccedila retiraraacute aquilo que lhe fizer mais sentido em funccedilatildeo das
suas vivecircncias e das suas caracteriacutesticas desenvolvimentais Com a mesma histoacuteria
podemos transmitir um sem-nuacutemero de ensinamentos isso depende em primeira
instacircncia do objectivo de quem a usa e da proacutepria crianccedila
A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais
refinadas como a Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos
limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros
A Menina do Mar eacute uma histoacuteria porventura difiacutecil de entender antes da idade
escolar Para aleacutem da beleza literaacuteria pode permitir-nos transmitir valores ecoloacutegicos
respeito pela Natureza nomeadamente pelas coisas do mar curiosidade na descoberta
e contemplaccedilatildeo do mar e do que ele conteacutem Aleacutem disso e voltando a um dos valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 1564
inerentes a quase todas as histoacuterias - a relaccedilatildeo com os outros - A Menina do Mar
proporciona uma excelente oportunidade de ensinar a crianccedila a respeitar e a aceitar as
diferenccedilas e ainda a importacircncia de fazer amigos
Nas histoacuterias tal como na vida por vezes tambeacutem haacute situaccedilotildees desconcertantes e ainda
bem que as histoacuterias contemplam estas situaccedilotildees Satildeo uma oacuteptima oportunidade para a
crianccedila se organizar e aprender a lidar com os medos os obstaacuteculos e frustraccedilotildees com
que se iraacute confrontar ao longo da vida Eacute importante que o crescimento se faccedila ainda
que ao niacutevel do imaginaacuterio e simboacutelico assente em valores reais
In O conto na vida da crianccedila In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$o-conto-na-vida-da-criancagt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1664
VALORES
Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis
Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano
sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A
expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os
grupos dispotildeem para aceder aos valores
Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os
valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a
possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais
No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo
vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer
sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo
depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores
podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as
estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo
a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir
mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores
Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na
www ltURL httpwwwinfopediapt$valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1764
CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS
Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores
ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise
de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de
generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o
individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de
consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute
natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do
injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o
relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem
sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora
volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta
As principais causas para a crise de valores satildeo
- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e
ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que
substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos
valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto
de mecanismos mentais repressivos
- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia
primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees
violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar
tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos
- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas
mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade
moderna face aos valores tradicionais
- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na
descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e
pelo relativismo
A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo
melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para
a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees
Dossier temaacutetico sobre Valores 1864
interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a
maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois
subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais
parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute
apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas
Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1964
O QUE SAtildeO VALORES
O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR
PESQUISA
O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute
assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as
fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode
ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e
aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer
opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e
legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada
entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que
noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia
Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia
Dossier temaacutetico sobre Valores 2064
SIacuteNTESE
1 Valores
1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas
preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para
justificar as nossas decisotildees
2 Factos e valores
Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos
valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias
Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante
da semana era um domingo
Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um
domingo
Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os
dias da semana
3Facto
Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a
afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem
consensos universais
4 Valor
Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos
a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as
coisas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2164
b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-
as preferiacuteveis a outras
Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas
Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que
atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o
valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo
Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem
todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma
5 Tipos de valores
Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que
traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos
agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma
Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas
as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade
Lealdade Bondade Altruiacutesmo
Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime
Traacutegico
Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia
Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo
Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade
Valores vitais Sauacutede Forccedila
6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores
Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar
uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A
Dossier temaacutetico sobre Valores 2264
hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros
isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo
muacuteltiplas
Exemplo
A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares
Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que
hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades
bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar
7 Polaridade dos Valores
Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades
Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza
agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada
num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de
estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como
Injusto
Carlos Fontes
In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~
Dossier temaacutetico sobre Valores 2364
PERTINEcircNCIA DE VALORES
Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como
crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais
e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades
tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores
comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas
de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores
graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas
pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho
Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -
cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de
valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema
poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema
societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo
de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto
os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores
A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais
religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees
entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam
Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as
culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade
histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da
existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre
vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja
assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito
uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo
e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da
crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila
Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade
valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas
diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os
valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os
Dossier temaacutetico sobre Valores 2464
valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc
Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que
uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de
valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a
eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave
comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num
tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas
e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a
obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora
de casa e tecircm filhos pequenos) etc
Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas
sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a
uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos
novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de
desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da
toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de
voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos
sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres
viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de
assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos
valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais
Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]
Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 2564
DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E
SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os
valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute
quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os
valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi
publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio
quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o
egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que
promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de
etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo
excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores
da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo
lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais
entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos
professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas
desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os
docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila
Foto Pintura de Salvador Dali
In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml
Dossier temaacutetico sobre Valores 2664
A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Adolfo S Suaacuterez
Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso
de Teologia do Unasp
Centro Universitaacuterio Adventista
Campus Engenheiro Coelho (SP)
adolfosuarezunaspedubr
Introduccedilatildeo
1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores
11 Definiccedilotildees
12 Modelos de valores em sala de aula
121 Valores absolutos
122 Valores relativos
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
13 Classificaccedilatildeo de valores
14 Conclusatildeo parcial
2 Valores que devem ser ensinados
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
23 Conclusatildeo parcial
3 A transmissatildeo de valores
31 Como se aprendem os valores
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
33 A idade e o ensino de valores
34 Conclusatildeo parcial
Consideraccedilotildees finais
Referecircncias bibliograacuteficas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2764
Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo
Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde
Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula
The issue of values in the classroom
Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary
Education based on a Christian pedagogical practice
Keywords values christian education classroom
Dossier temaacutetico sobre Valores 2864
INTRODUCcedilAtildeO
Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS
2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da
experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e
cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e
espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)
Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas
fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade
promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a
inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)
No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de
estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das
faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)
Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo
meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo
quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e
aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)
Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido
vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo
no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar
desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de
professores ldquoconteudistasrdquo
Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser
mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno
porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de
apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa
formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores
Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-
se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo
da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados
Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores
1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES
1 1 Definiccedilotildees
Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade
humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua
conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja
valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)
independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de
caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)
Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo
Dossier temaacutetico sobre Valores 2964
Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao
satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa
qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto
deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo
racional humano (2001 p 44)
No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS
pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores
significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno
seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais
lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que
promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os
princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o
seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o
respeito e a cooperaccedilatildeo
Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante
descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade
(1997 p 79)
12 Modelos de valores em sala de aula
Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores
Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)
121 Valores absolutos
Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e
normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma
autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos
indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave
medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo
previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios
mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo
O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para
conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de
que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3064
122 Valores relativos
Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute
baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da
verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio
mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela
praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia
pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc
A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o
que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de
tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no
momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros
possam pensar
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3164
Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o
trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua
autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e
normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam
orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os
valores
Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que
determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura
que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a
escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se
oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem
possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo
Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de
determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes
puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para
todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar
os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns
13 Classificaccedilatildeo de valores
Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da
seguinte maneira numa escala ascendente
(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc
(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc
(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc
(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc
(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc
(f) Valores religiosos sagrado profano etc
De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em
Dossier temaacutetico sobre Valores 3264
(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam
rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar
(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute
dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel
satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para
Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos
sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos
gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e
prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos
(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)
(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo
pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real
exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato
boa-feacutemaacute-feacute etc)
(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)
(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia
autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da
vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees
pessoais etc
(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed
Petroacutepolis RJ Vozes 2000
BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais
Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997
BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales
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Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
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MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
Faz o que eu faccedilo
Todos temos na mente uma ideia de como gostariacuteamos que fosse a sociedade em que
mundo queremos que vivam os nossos filhos um sitio limpo em que as pessoas se
ajudem e respeitem onde todos tenhamos os mesmos direitoshellip Depois saiacutemos agrave rua
pensando no trabalho nas compras na ortodoncia do menino e esquecemo-nos de
todos esses bons propoacutesitos De repente queremos ser os primeiros a sair do metro
incomoda-nos o carro que torna lenta a circulaccedilatildeo esquecemo-nos de dar os bons dias
ao porteirohellip e assim dia apoacutes dia diante o olhar sempre atento das crianccedilas que jaacute se
sabe absorvem tudo como esponjas
Jaacute comentaacutemos que ateacute os doze anos aproximadamente o lar eacute a principal fonte de
valores direitos e deveres da crianccedila Agora tambeacutem teraacute que se dizer que haacute coisas
que dificilmente se aprendem mais tarde Se em pequenos natildeo nos acostumamos a
guardar o pacote no bolso quando natildeo haacute um cesto de papeacuteis agrave matildeo a natildeo pocircr a
muacutesica muito alta para natildeo incomodar o vizinho a dizer obrigado quando nos fazem
um favor ou a natildeo insultar os que satildeo diferentes seraacute mais complicado aprendecirc-lo
mais tarde Porque o civismo o respeito a honestidade e todos os valores humanos satildeo
em grande medida haacutebitos rotinas que aprendemos em famiacutelia de forma inconsciente
e que mais adiante chegamos a valorizar com a reflexatildeo que permite a maturidade
Por isso a melhor forma de transmitir valores de aprender a viver em sociedade eacute natildeo
aplicar jamais a tatildeo popular frase de ldquofaz o que eu digo e natildeo o que eu faccedilordquo Se
quisermos que nossos filhos alcancem essa sociedade tatildeo sonhada devemos comeccedilar
por criaacute-la noacutes mesmos e ldquofazer o que dizemosrdquo
Que ldquohaacutebitos-valoresrdquo fomentar
Decerto que vocecircs mesmos tecircm a resposta Soacute tecircm que pensar que tipo de pessoas
gostariam que fossem os vossos filhos e actuar em consequecircncia Como vimos a
coerecircncia entre as ideias que querem transmitir e a forma como se actua em casa eacute a
chave principal
A maioria das pessoas considera como nobres os mesmos tipos de valores Entretanto
agraves vezes eacute difiacutecil reconhecer em noacutes mesmo onde encaixa a conexatildeo entre ldquocrenccedilasrdquo e
ldquoforma de serrdquo Estes conselhos podem ajudar a reflectir sobre isso
Dossier temaacutetico sobre Valores 1064
Se quiserem que o vossofilho seja uma pessoa razoaacutevel raciocinem com ele desde o
primeiro dia Natildeo utilizem o ldquoporque eu digordquo Logicamente haveraacute muitas ocasiotildees
em que tenham que lhe ordenar as coisas mas sempre podem argumentar o motivo
O respeito onde primeiro se observa eacute entre os pais As decisotildees no casal devem ser
sempre compartilhadas Se discutem faccedilam-no de forma tranquila sem recriminar
Saber viver em sociedade eacute saber aceitar as opiniotildees distintas
Onde mais se fomentam os estereoacutetipos eacute no lar Pensaram alguma vez em coisas como
quem limpa a casa quem troca as lacircmpadas etc Tratem de compartilhar entre voacutes os
distintos papeacuteis
Se se preocuparem com as influecircncias externas pensem que tecircm uma arma muito
importante ao vosso alcance os vossoscomentaacuterios Falem com o vossofilho sobre a
opiniatildeo que merecem as actuaccedilotildees dos outros (tanto no positivo como no negativo)
Isto eacute importante sobretudo contra a influecircncia da televisatildeo
Compreender ajuda a aprender
Os valores transmitem-se atraveacutes do exemplo mas assentam com forccedila graccedilas agrave
compreensatildeo de que satildeo necessaacuterios Como podemos ajudar uma crianccedila pequena a
perceber esta importacircncia Uma boa maneira eacute aplicar a foacutermula de ldquofaz pelos outros o
que gostarias que fizessem por ti e natildeo lhes faccedilas o que natildeo gostarias que te fizessemrdquo
Por outras palavras colocar as crianccedilas na hipoacutetese de serem eles os protagonistas de
certas atitudes Eacute muito mais eficaz para que o vossofilho a entenda dizer-lhe
ldquoGostarias que se rissem de ti porque usas oacuteculos como te sentiriasrdquo do que lhe dizer
simplesmente ldquoNatildeo deves rir do Joatildeo por ter aparelho nos dentesrdquo
(Esther Garciacutea Schmah Pedagoga wwwsolohijoscom wwwmujernuevaorg)
In httpfamiliaaaldeianetos-habitos-familiares-e-a-transmissao-dos-valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 1164
VALORES NA FAMIacuteLIA
Quando os valores prioritaacuterios satildeo os valores ou bens materiais como ocorre em
amplos sectores da sociedade actual ou quando os valores se confundem com os
desejos ou as apetecircncias de um ser humano como tambeacutem acontece a descoberta de
verdadeiros valores humanos tem uma grande importacircncia para a motivaccedilatildeo da
vontade humana Porquecirc Porque a motivaccedilatildeo humana remete sempre para valores
humanos verdadeiros materiais e espirituais ndash sempre que os primeiros sirvam os
segundos e natildeo ao contraacuterio
A descoberta e valores corresponde aos imateriais aos do espiacuterito aos que fazem
referecircncia agrave verdade (valores intelectuais) ao bem (valores morais) e agrave beleza (valores
esteacuteticos) Satildeo trecircs tipos de valores estreitamente relacionados entre si porque verdade
bem e beleza satildeo os termos inseparaacuteveis de um trinoacutemio (Se algueacutem tentasse separaacute-
los encontrar-se-ia com uma verdade maacute e feia com um bem feio e falso com uma
beleza falsa e maacute)
Como descobrir estes valores Cada qual deve tomar a iniciativa de os procurar porque
lhe satildeo muito importantes satildeo os elementos que aperfeiccediloam o proacuteprio ser mediante
eles um indiviacuteduo pode acabar por ser chegar a ser aquilo que eacute pessoa ser mais e
melhor pessoa
Mas nem sempre que se procuram se encontram Tambeacutem eacute verdade que agraves vezes
emergem de repente no nosso horizonte existencial inclusivamente apesar da nossa
resistecircncia (hellip) Um dia qualquer uma vida rotineira e talvez sem relevo pode sentir-
se sacudida ndash e ateacute invadida ndash pela descoberta de um novo valor que a transforma
(Polaino e Carrentildeo l992 p 75)
Haacute algum acircmbito onde a descoberta de valores seja menos difiacutecil ou mais provaacutevel
Em primeiro lugar o acircmbito vital da famiacutelia Se os pais optaram por certos valores e se
comprometeram com eles cada filho que vem ao mundo natildeo tem de desenvolver a
tarefa hercuacutelea e problemaacutetica de tratar de descobrir por que valores vale a pena
arriscar a vida (ibidem)
Dossier temaacutetico sobre Valores 1264
Nem sempre acontece assim Optar por certos valores significa escolher entre os
melhores aqueles que mais convenham numa famiacutelia concreta com as suas
circunstacircncias actuais para o desenvolvimento pessoal de cada membro e para a
melhoria familiar Logicamente seratildeo prioritaacuterios os valores humanos mais cultivados
por ambos os cocircnjuges
Comprometer-se com uns valores e organizar a vida familiar em funccedilatildeo deles supotildee tecirc-
los interiorizado profundamente Soacute assim seratildeo capazes de os pocircr de moda na sua
famiacutelia sendo eles proacuteprios para os seus filhos portadores de valores
Esses valores vividos pelos pais com naturalidade e com graccedila com bom humor
sabendo sorrir habitualmente seratildeo atractivos para os filhos e contagiosos A famiacutelia
sob esta perspectiva aparece-nos como um museu vivo de valores E natildeo porque os
pais pendurem os valores nas paredes como se se tratasse de um quadro que
passivamente se deve admirar Os valores familiares constituem pelo contraacuterio um
dado irrefutaacutevel quase com cunho testemunhal que vai unido ao comportamento
diaacuterio dos pais (ibidem p 76) E tambeacutem estaratildeo presentes estes valores na conduta
dos filhos quando os pais aleacutem de os viverem e de os fomentarem promovem e
mantecircm vigentes algumas normas e costumes familiares que mostram a presenccedila viva
destes valores preferenciais
Os valores familiares ndash em famiacutelias cristatildes natildeo satildeo soacute valores naturais mas tambeacutem
valores sobrenaturais ndash nenhuma crianccedila inicialmente os questiona Mais tarde sim
porque na medida em que cresce emerge e amadurece a sua liberdade pessoal haacute-de
comprometer-se tambeacutem nas escolhas que faz e que obviamente satildeo sempre muito
pessoais(hellip) Precisamente por isso os pais tecircm de preparar essa fase de referecircncia ndash
atraveacutes do seu comportamento ndash que lhe sirva de orientaccedilatildeo (ibidem)
Isto seraacute tanto menos difiacutecil para os pais quanto mais cedo faccedilam da sua famiacutelia um
museu vivo de valores quando os filhos satildeo ainda muito pequenos
Seraacute menos difiacutecil tambeacutem a sua adolescecircncia quando o quadro de referecircncia e um
miacutenimo de normas e costumes tenham sido parte importante do seu ambiente familiar
acolhedor desde a primeira infacircncia
Dossier temaacutetico sobre Valores 1364
Deste modo quando o filho adolescente ou o filho jovem daacute prioridade a alguns
valores como fundamento para apoiar a sua vida tem jaacute como em depoacutesito uns
valores que anteriormente assumiu e integrou quase sem dar por isso contagiados ou
emprestados pelos seus pais
Estes valores familiares descobertos na convivecircncia do lar paterno nas relaccedilotildees diaacuterias
de pais e filhos de irmatildeos de diferentes idades traduzem-se ndash como efeito de
descoberta ndash em motivos Em consequecircncia a conduta de cada filho estaraacute motivada
desde o principio a sua vontade estaraacute motivada
Penso por contraste em tantos filhos desmotivados antes e durante a sua adolescecircncia
quando os primeiros responsaacuteveis da famiacutelia natildeo se propuseram ou natildeo souberam
criar este a ambiente familiar cimentado na sinceridade na generosidade na lealdade
na laboriosidade no optimismo na compreensatildeo exigente no respeito confiado na
disponibilidade na gratidatildeo na amizade e noutros valores humanos
Oliveros Otero
In httpfamiliaaaldeianetvalores-na-familia
Dossier temaacutetico sobre Valores 1464
O CONTO NA VIDA DA CRIANCcedilA
A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais
refinadas como A Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos
limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros
Perde-se no tempo a origem e importacircncia do conto na educaccedilatildeo da crianccedila Quantas
vezes pais e educadores a braccedilos com a explicaccedilatildeo de algo mais complexo aos nossos
filhos nos socorremos de uma histoacuteria que simplifique a nossa tarefa por um lado e
por outro facilite a compreensatildeo por parte da crianccedila daquilo que verdadeiramente lhe
queremos transmitir
Passar valores agrave crianccedila eacute algo complexo Esta missatildeo implica normalmente conceitos
que fazem apelo a abstracccedilotildees competecircncias impossiacuteveis de usar pela crianccedila nas
etapas mais precoces do desenvolvimento As histoacuterias satildeo por isso um meio
facilitador de resolver algumas das questotildees que esta tarefa nos coloca Se por um
lado divertem as crianccedilas espicaccedilam a sua curiosidade promovem competecircncias
cognitivas e de oralidade activam a magia por outro satildeo tambeacutem a forma de
concretizarmos alguns dos valores que consideramos aceitaacuteveis e oportunos transmitir
agrave crianccedila
De cada histoacuteria cada crianccedila retiraraacute aquilo que lhe fizer mais sentido em funccedilatildeo das
suas vivecircncias e das suas caracteriacutesticas desenvolvimentais Com a mesma histoacuteria
podemos transmitir um sem-nuacutemero de ensinamentos isso depende em primeira
instacircncia do objectivo de quem a usa e da proacutepria crianccedila
A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais
refinadas como a Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos
limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros
A Menina do Mar eacute uma histoacuteria porventura difiacutecil de entender antes da idade
escolar Para aleacutem da beleza literaacuteria pode permitir-nos transmitir valores ecoloacutegicos
respeito pela Natureza nomeadamente pelas coisas do mar curiosidade na descoberta
e contemplaccedilatildeo do mar e do que ele conteacutem Aleacutem disso e voltando a um dos valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 1564
inerentes a quase todas as histoacuterias - a relaccedilatildeo com os outros - A Menina do Mar
proporciona uma excelente oportunidade de ensinar a crianccedila a respeitar e a aceitar as
diferenccedilas e ainda a importacircncia de fazer amigos
Nas histoacuterias tal como na vida por vezes tambeacutem haacute situaccedilotildees desconcertantes e ainda
bem que as histoacuterias contemplam estas situaccedilotildees Satildeo uma oacuteptima oportunidade para a
crianccedila se organizar e aprender a lidar com os medos os obstaacuteculos e frustraccedilotildees com
que se iraacute confrontar ao longo da vida Eacute importante que o crescimento se faccedila ainda
que ao niacutevel do imaginaacuterio e simboacutelico assente em valores reais
In O conto na vida da crianccedila In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$o-conto-na-vida-da-criancagt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1664
VALORES
Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis
Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano
sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A
expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os
grupos dispotildeem para aceder aos valores
Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os
valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a
possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais
No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo
vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer
sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo
depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores
podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as
estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo
a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir
mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores
Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na
www ltURL httpwwwinfopediapt$valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1764
CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS
Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores
ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise
de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de
generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o
individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de
consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute
natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do
injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o
relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem
sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora
volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta
As principais causas para a crise de valores satildeo
- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e
ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que
substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos
valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto
de mecanismos mentais repressivos
- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia
primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees
violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar
tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos
- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas
mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade
moderna face aos valores tradicionais
- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na
descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e
pelo relativismo
A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo
melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para
a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees
Dossier temaacutetico sobre Valores 1864
interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a
maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois
subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais
parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute
apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas
Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1964
O QUE SAtildeO VALORES
O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR
PESQUISA
O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute
assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as
fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode
ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e
aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer
opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e
legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada
entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que
noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia
Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia
Dossier temaacutetico sobre Valores 2064
SIacuteNTESE
1 Valores
1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas
preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para
justificar as nossas decisotildees
2 Factos e valores
Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos
valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias
Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante
da semana era um domingo
Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um
domingo
Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os
dias da semana
3Facto
Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a
afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem
consensos universais
4 Valor
Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos
a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as
coisas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2164
b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-
as preferiacuteveis a outras
Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas
Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que
atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o
valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo
Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem
todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma
5 Tipos de valores
Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que
traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos
agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma
Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas
as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade
Lealdade Bondade Altruiacutesmo
Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime
Traacutegico
Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia
Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo
Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade
Valores vitais Sauacutede Forccedila
6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores
Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar
uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A
Dossier temaacutetico sobre Valores 2264
hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros
isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo
muacuteltiplas
Exemplo
A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares
Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que
hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades
bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar
7 Polaridade dos Valores
Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades
Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza
agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada
num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de
estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como
Injusto
Carlos Fontes
In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~
Dossier temaacutetico sobre Valores 2364
PERTINEcircNCIA DE VALORES
Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como
crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais
e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades
tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores
comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas
de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores
graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas
pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho
Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -
cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de
valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema
poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema
societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo
de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto
os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores
A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais
religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees
entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam
Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as
culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade
histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da
existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre
vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja
assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito
uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo
e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da
crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila
Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade
valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas
diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os
valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os
Dossier temaacutetico sobre Valores 2464
valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc
Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que
uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de
valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a
eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave
comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num
tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas
e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a
obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora
de casa e tecircm filhos pequenos) etc
Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas
sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a
uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos
novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de
desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da
toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de
voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos
sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres
viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de
assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos
valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais
Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]
Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 2564
DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E
SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os
valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute
quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os
valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi
publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio
quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o
egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que
promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de
etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo
excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores
da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo
lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais
entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos
professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas
desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os
docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila
Foto Pintura de Salvador Dali
In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml
Dossier temaacutetico sobre Valores 2664
A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Adolfo S Suaacuterez
Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso
de Teologia do Unasp
Centro Universitaacuterio Adventista
Campus Engenheiro Coelho (SP)
adolfosuarezunaspedubr
Introduccedilatildeo
1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores
11 Definiccedilotildees
12 Modelos de valores em sala de aula
121 Valores absolutos
122 Valores relativos
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
13 Classificaccedilatildeo de valores
14 Conclusatildeo parcial
2 Valores que devem ser ensinados
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
23 Conclusatildeo parcial
3 A transmissatildeo de valores
31 Como se aprendem os valores
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
33 A idade e o ensino de valores
34 Conclusatildeo parcial
Consideraccedilotildees finais
Referecircncias bibliograacuteficas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2764
Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo
Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde
Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula
The issue of values in the classroom
Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary
Education based on a Christian pedagogical practice
Keywords values christian education classroom
Dossier temaacutetico sobre Valores 2864
INTRODUCcedilAtildeO
Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS
2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da
experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e
cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e
espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)
Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas
fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade
promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a
inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)
No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de
estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das
faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)
Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo
meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo
quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e
aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)
Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido
vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo
no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar
desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de
professores ldquoconteudistasrdquo
Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser
mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno
porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de
apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa
formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores
Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-
se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo
da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados
Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores
1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES
1 1 Definiccedilotildees
Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade
humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua
conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja
valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)
independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de
caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)
Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo
Dossier temaacutetico sobre Valores 2964
Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao
satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa
qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto
deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo
racional humano (2001 p 44)
No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS
pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores
significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno
seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais
lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que
promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os
princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o
seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o
respeito e a cooperaccedilatildeo
Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante
descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade
(1997 p 79)
12 Modelos de valores em sala de aula
Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores
Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)
121 Valores absolutos
Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e
normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma
autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos
indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave
medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo
previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios
mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo
O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para
conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de
que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3064
122 Valores relativos
Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute
baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da
verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio
mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela
praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia
pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc
A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o
que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de
tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no
momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros
possam pensar
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3164
Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o
trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua
autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e
normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam
orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os
valores
Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que
determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura
que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a
escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se
oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem
possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo
Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de
determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes
puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para
todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar
os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns
13 Classificaccedilatildeo de valores
Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da
seguinte maneira numa escala ascendente
(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc
(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc
(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc
(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc
(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc
(f) Valores religiosos sagrado profano etc
De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em
Dossier temaacutetico sobre Valores 3264
(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam
rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar
(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute
dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel
satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para
Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos
sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos
gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e
prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos
(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)
(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo
pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real
exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato
boa-feacutemaacute-feacute etc)
(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)
(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia
autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da
vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees
pessoais etc
(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed
Petroacutepolis RJ Vozes 2000
BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais
Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997
BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales
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Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
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MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
Se quiserem que o vossofilho seja uma pessoa razoaacutevel raciocinem com ele desde o
primeiro dia Natildeo utilizem o ldquoporque eu digordquo Logicamente haveraacute muitas ocasiotildees
em que tenham que lhe ordenar as coisas mas sempre podem argumentar o motivo
O respeito onde primeiro se observa eacute entre os pais As decisotildees no casal devem ser
sempre compartilhadas Se discutem faccedilam-no de forma tranquila sem recriminar
Saber viver em sociedade eacute saber aceitar as opiniotildees distintas
Onde mais se fomentam os estereoacutetipos eacute no lar Pensaram alguma vez em coisas como
quem limpa a casa quem troca as lacircmpadas etc Tratem de compartilhar entre voacutes os
distintos papeacuteis
Se se preocuparem com as influecircncias externas pensem que tecircm uma arma muito
importante ao vosso alcance os vossoscomentaacuterios Falem com o vossofilho sobre a
opiniatildeo que merecem as actuaccedilotildees dos outros (tanto no positivo como no negativo)
Isto eacute importante sobretudo contra a influecircncia da televisatildeo
Compreender ajuda a aprender
Os valores transmitem-se atraveacutes do exemplo mas assentam com forccedila graccedilas agrave
compreensatildeo de que satildeo necessaacuterios Como podemos ajudar uma crianccedila pequena a
perceber esta importacircncia Uma boa maneira eacute aplicar a foacutermula de ldquofaz pelos outros o
que gostarias que fizessem por ti e natildeo lhes faccedilas o que natildeo gostarias que te fizessemrdquo
Por outras palavras colocar as crianccedilas na hipoacutetese de serem eles os protagonistas de
certas atitudes Eacute muito mais eficaz para que o vossofilho a entenda dizer-lhe
ldquoGostarias que se rissem de ti porque usas oacuteculos como te sentiriasrdquo do que lhe dizer
simplesmente ldquoNatildeo deves rir do Joatildeo por ter aparelho nos dentesrdquo
(Esther Garciacutea Schmah Pedagoga wwwsolohijoscom wwwmujernuevaorg)
In httpfamiliaaaldeianetos-habitos-familiares-e-a-transmissao-dos-valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 1164
VALORES NA FAMIacuteLIA
Quando os valores prioritaacuterios satildeo os valores ou bens materiais como ocorre em
amplos sectores da sociedade actual ou quando os valores se confundem com os
desejos ou as apetecircncias de um ser humano como tambeacutem acontece a descoberta de
verdadeiros valores humanos tem uma grande importacircncia para a motivaccedilatildeo da
vontade humana Porquecirc Porque a motivaccedilatildeo humana remete sempre para valores
humanos verdadeiros materiais e espirituais ndash sempre que os primeiros sirvam os
segundos e natildeo ao contraacuterio
A descoberta e valores corresponde aos imateriais aos do espiacuterito aos que fazem
referecircncia agrave verdade (valores intelectuais) ao bem (valores morais) e agrave beleza (valores
esteacuteticos) Satildeo trecircs tipos de valores estreitamente relacionados entre si porque verdade
bem e beleza satildeo os termos inseparaacuteveis de um trinoacutemio (Se algueacutem tentasse separaacute-
los encontrar-se-ia com uma verdade maacute e feia com um bem feio e falso com uma
beleza falsa e maacute)
Como descobrir estes valores Cada qual deve tomar a iniciativa de os procurar porque
lhe satildeo muito importantes satildeo os elementos que aperfeiccediloam o proacuteprio ser mediante
eles um indiviacuteduo pode acabar por ser chegar a ser aquilo que eacute pessoa ser mais e
melhor pessoa
Mas nem sempre que se procuram se encontram Tambeacutem eacute verdade que agraves vezes
emergem de repente no nosso horizonte existencial inclusivamente apesar da nossa
resistecircncia (hellip) Um dia qualquer uma vida rotineira e talvez sem relevo pode sentir-
se sacudida ndash e ateacute invadida ndash pela descoberta de um novo valor que a transforma
(Polaino e Carrentildeo l992 p 75)
Haacute algum acircmbito onde a descoberta de valores seja menos difiacutecil ou mais provaacutevel
Em primeiro lugar o acircmbito vital da famiacutelia Se os pais optaram por certos valores e se
comprometeram com eles cada filho que vem ao mundo natildeo tem de desenvolver a
tarefa hercuacutelea e problemaacutetica de tratar de descobrir por que valores vale a pena
arriscar a vida (ibidem)
Dossier temaacutetico sobre Valores 1264
Nem sempre acontece assim Optar por certos valores significa escolher entre os
melhores aqueles que mais convenham numa famiacutelia concreta com as suas
circunstacircncias actuais para o desenvolvimento pessoal de cada membro e para a
melhoria familiar Logicamente seratildeo prioritaacuterios os valores humanos mais cultivados
por ambos os cocircnjuges
Comprometer-se com uns valores e organizar a vida familiar em funccedilatildeo deles supotildee tecirc-
los interiorizado profundamente Soacute assim seratildeo capazes de os pocircr de moda na sua
famiacutelia sendo eles proacuteprios para os seus filhos portadores de valores
Esses valores vividos pelos pais com naturalidade e com graccedila com bom humor
sabendo sorrir habitualmente seratildeo atractivos para os filhos e contagiosos A famiacutelia
sob esta perspectiva aparece-nos como um museu vivo de valores E natildeo porque os
pais pendurem os valores nas paredes como se se tratasse de um quadro que
passivamente se deve admirar Os valores familiares constituem pelo contraacuterio um
dado irrefutaacutevel quase com cunho testemunhal que vai unido ao comportamento
diaacuterio dos pais (ibidem p 76) E tambeacutem estaratildeo presentes estes valores na conduta
dos filhos quando os pais aleacutem de os viverem e de os fomentarem promovem e
mantecircm vigentes algumas normas e costumes familiares que mostram a presenccedila viva
destes valores preferenciais
Os valores familiares ndash em famiacutelias cristatildes natildeo satildeo soacute valores naturais mas tambeacutem
valores sobrenaturais ndash nenhuma crianccedila inicialmente os questiona Mais tarde sim
porque na medida em que cresce emerge e amadurece a sua liberdade pessoal haacute-de
comprometer-se tambeacutem nas escolhas que faz e que obviamente satildeo sempre muito
pessoais(hellip) Precisamente por isso os pais tecircm de preparar essa fase de referecircncia ndash
atraveacutes do seu comportamento ndash que lhe sirva de orientaccedilatildeo (ibidem)
Isto seraacute tanto menos difiacutecil para os pais quanto mais cedo faccedilam da sua famiacutelia um
museu vivo de valores quando os filhos satildeo ainda muito pequenos
Seraacute menos difiacutecil tambeacutem a sua adolescecircncia quando o quadro de referecircncia e um
miacutenimo de normas e costumes tenham sido parte importante do seu ambiente familiar
acolhedor desde a primeira infacircncia
Dossier temaacutetico sobre Valores 1364
Deste modo quando o filho adolescente ou o filho jovem daacute prioridade a alguns
valores como fundamento para apoiar a sua vida tem jaacute como em depoacutesito uns
valores que anteriormente assumiu e integrou quase sem dar por isso contagiados ou
emprestados pelos seus pais
Estes valores familiares descobertos na convivecircncia do lar paterno nas relaccedilotildees diaacuterias
de pais e filhos de irmatildeos de diferentes idades traduzem-se ndash como efeito de
descoberta ndash em motivos Em consequecircncia a conduta de cada filho estaraacute motivada
desde o principio a sua vontade estaraacute motivada
Penso por contraste em tantos filhos desmotivados antes e durante a sua adolescecircncia
quando os primeiros responsaacuteveis da famiacutelia natildeo se propuseram ou natildeo souberam
criar este a ambiente familiar cimentado na sinceridade na generosidade na lealdade
na laboriosidade no optimismo na compreensatildeo exigente no respeito confiado na
disponibilidade na gratidatildeo na amizade e noutros valores humanos
Oliveros Otero
In httpfamiliaaaldeianetvalores-na-familia
Dossier temaacutetico sobre Valores 1464
O CONTO NA VIDA DA CRIANCcedilA
A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais
refinadas como A Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos
limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros
Perde-se no tempo a origem e importacircncia do conto na educaccedilatildeo da crianccedila Quantas
vezes pais e educadores a braccedilos com a explicaccedilatildeo de algo mais complexo aos nossos
filhos nos socorremos de uma histoacuteria que simplifique a nossa tarefa por um lado e
por outro facilite a compreensatildeo por parte da crianccedila daquilo que verdadeiramente lhe
queremos transmitir
Passar valores agrave crianccedila eacute algo complexo Esta missatildeo implica normalmente conceitos
que fazem apelo a abstracccedilotildees competecircncias impossiacuteveis de usar pela crianccedila nas
etapas mais precoces do desenvolvimento As histoacuterias satildeo por isso um meio
facilitador de resolver algumas das questotildees que esta tarefa nos coloca Se por um
lado divertem as crianccedilas espicaccedilam a sua curiosidade promovem competecircncias
cognitivas e de oralidade activam a magia por outro satildeo tambeacutem a forma de
concretizarmos alguns dos valores que consideramos aceitaacuteveis e oportunos transmitir
agrave crianccedila
De cada histoacuteria cada crianccedila retiraraacute aquilo que lhe fizer mais sentido em funccedilatildeo das
suas vivecircncias e das suas caracteriacutesticas desenvolvimentais Com a mesma histoacuteria
podemos transmitir um sem-nuacutemero de ensinamentos isso depende em primeira
instacircncia do objectivo de quem a usa e da proacutepria crianccedila
A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais
refinadas como a Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos
limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros
A Menina do Mar eacute uma histoacuteria porventura difiacutecil de entender antes da idade
escolar Para aleacutem da beleza literaacuteria pode permitir-nos transmitir valores ecoloacutegicos
respeito pela Natureza nomeadamente pelas coisas do mar curiosidade na descoberta
e contemplaccedilatildeo do mar e do que ele conteacutem Aleacutem disso e voltando a um dos valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 1564
inerentes a quase todas as histoacuterias - a relaccedilatildeo com os outros - A Menina do Mar
proporciona uma excelente oportunidade de ensinar a crianccedila a respeitar e a aceitar as
diferenccedilas e ainda a importacircncia de fazer amigos
Nas histoacuterias tal como na vida por vezes tambeacutem haacute situaccedilotildees desconcertantes e ainda
bem que as histoacuterias contemplam estas situaccedilotildees Satildeo uma oacuteptima oportunidade para a
crianccedila se organizar e aprender a lidar com os medos os obstaacuteculos e frustraccedilotildees com
que se iraacute confrontar ao longo da vida Eacute importante que o crescimento se faccedila ainda
que ao niacutevel do imaginaacuterio e simboacutelico assente em valores reais
In O conto na vida da crianccedila In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$o-conto-na-vida-da-criancagt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1664
VALORES
Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis
Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano
sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A
expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os
grupos dispotildeem para aceder aos valores
Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os
valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a
possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais
No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo
vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer
sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo
depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores
podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as
estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo
a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir
mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores
Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na
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Dossier temaacutetico sobre Valores 1764
CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS
Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores
ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise
de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de
generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o
individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de
consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute
natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do
injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o
relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem
sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora
volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta
As principais causas para a crise de valores satildeo
- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e
ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que
substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos
valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto
de mecanismos mentais repressivos
- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia
primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees
violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar
tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos
- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas
mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade
moderna face aos valores tradicionais
- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na
descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e
pelo relativismo
A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo
melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para
a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees
Dossier temaacutetico sobre Valores 1864
interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a
maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois
subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais
parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute
apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas
Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
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Dossier temaacutetico sobre Valores 1964
O QUE SAtildeO VALORES
O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR
PESQUISA
O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute
assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as
fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode
ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e
aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer
opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e
legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada
entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que
noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia
Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia
Dossier temaacutetico sobre Valores 2064
SIacuteNTESE
1 Valores
1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas
preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para
justificar as nossas decisotildees
2 Factos e valores
Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos
valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias
Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante
da semana era um domingo
Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um
domingo
Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os
dias da semana
3Facto
Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a
afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem
consensos universais
4 Valor
Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos
a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as
coisas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2164
b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-
as preferiacuteveis a outras
Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas
Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que
atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o
valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo
Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem
todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma
5 Tipos de valores
Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que
traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos
agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma
Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas
as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade
Lealdade Bondade Altruiacutesmo
Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime
Traacutegico
Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia
Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo
Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade
Valores vitais Sauacutede Forccedila
6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores
Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar
uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A
Dossier temaacutetico sobre Valores 2264
hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros
isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo
muacuteltiplas
Exemplo
A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares
Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que
hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades
bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar
7 Polaridade dos Valores
Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades
Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza
agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada
num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de
estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como
Injusto
Carlos Fontes
In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~
Dossier temaacutetico sobre Valores 2364
PERTINEcircNCIA DE VALORES
Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como
crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais
e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades
tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores
comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas
de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores
graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas
pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho
Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -
cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de
valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema
poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema
societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo
de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto
os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores
A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais
religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees
entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam
Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as
culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade
histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da
existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre
vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja
assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito
uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo
e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da
crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila
Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade
valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas
diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os
valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os
Dossier temaacutetico sobre Valores 2464
valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc
Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que
uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de
valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a
eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave
comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num
tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas
e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a
obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora
de casa e tecircm filhos pequenos) etc
Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas
sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a
uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos
novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de
desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da
toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de
voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos
sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres
viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de
assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos
valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais
Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]
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Dossier temaacutetico sobre Valores 2564
DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E
SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os
valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute
quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os
valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi
publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio
quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o
egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que
promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de
etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo
excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores
da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo
lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais
entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos
professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas
desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os
docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila
Foto Pintura de Salvador Dali
In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml
Dossier temaacutetico sobre Valores 2664
A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Adolfo S Suaacuterez
Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso
de Teologia do Unasp
Centro Universitaacuterio Adventista
Campus Engenheiro Coelho (SP)
adolfosuarezunaspedubr
Introduccedilatildeo
1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores
11 Definiccedilotildees
12 Modelos de valores em sala de aula
121 Valores absolutos
122 Valores relativos
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
13 Classificaccedilatildeo de valores
14 Conclusatildeo parcial
2 Valores que devem ser ensinados
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
23 Conclusatildeo parcial
3 A transmissatildeo de valores
31 Como se aprendem os valores
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
33 A idade e o ensino de valores
34 Conclusatildeo parcial
Consideraccedilotildees finais
Referecircncias bibliograacuteficas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2764
Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo
Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde
Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula
The issue of values in the classroom
Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary
Education based on a Christian pedagogical practice
Keywords values christian education classroom
Dossier temaacutetico sobre Valores 2864
INTRODUCcedilAtildeO
Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS
2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da
experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e
cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e
espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)
Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas
fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade
promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a
inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)
No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de
estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das
faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)
Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo
meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo
quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e
aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)
Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido
vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo
no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar
desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de
professores ldquoconteudistasrdquo
Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser
mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno
porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de
apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa
formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores
Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-
se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo
da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados
Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores
1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES
1 1 Definiccedilotildees
Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade
humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua
conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja
valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)
independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de
caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)
Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo
Dossier temaacutetico sobre Valores 2964
Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao
satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa
qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto
deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo
racional humano (2001 p 44)
No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS
pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores
significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno
seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais
lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que
promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os
princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o
seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o
respeito e a cooperaccedilatildeo
Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante
descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade
(1997 p 79)
12 Modelos de valores em sala de aula
Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores
Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)
121 Valores absolutos
Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e
normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma
autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos
indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave
medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo
previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios
mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo
O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para
conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de
que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3064
122 Valores relativos
Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute
baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da
verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio
mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela
praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia
pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc
A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o
que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de
tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no
momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros
possam pensar
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3164
Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o
trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua
autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e
normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam
orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os
valores
Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que
determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura
que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a
escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se
oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem
possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo
Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de
determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes
puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para
todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar
os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns
13 Classificaccedilatildeo de valores
Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da
seguinte maneira numa escala ascendente
(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc
(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc
(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc
(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc
(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc
(f) Valores religiosos sagrado profano etc
De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em
Dossier temaacutetico sobre Valores 3264
(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam
rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar
(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute
dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel
satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para
Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos
sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos
gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e
prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos
(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)
(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo
pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real
exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato
boa-feacutemaacute-feacute etc)
(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)
(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia
autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da
vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees
pessoais etc
(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed
Petroacutepolis RJ Vozes 2000
BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais
Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997
BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales
Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997
Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
Paulo Vida 2001
MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
VALORES NA FAMIacuteLIA
Quando os valores prioritaacuterios satildeo os valores ou bens materiais como ocorre em
amplos sectores da sociedade actual ou quando os valores se confundem com os
desejos ou as apetecircncias de um ser humano como tambeacutem acontece a descoberta de
verdadeiros valores humanos tem uma grande importacircncia para a motivaccedilatildeo da
vontade humana Porquecirc Porque a motivaccedilatildeo humana remete sempre para valores
humanos verdadeiros materiais e espirituais ndash sempre que os primeiros sirvam os
segundos e natildeo ao contraacuterio
A descoberta e valores corresponde aos imateriais aos do espiacuterito aos que fazem
referecircncia agrave verdade (valores intelectuais) ao bem (valores morais) e agrave beleza (valores
esteacuteticos) Satildeo trecircs tipos de valores estreitamente relacionados entre si porque verdade
bem e beleza satildeo os termos inseparaacuteveis de um trinoacutemio (Se algueacutem tentasse separaacute-
los encontrar-se-ia com uma verdade maacute e feia com um bem feio e falso com uma
beleza falsa e maacute)
Como descobrir estes valores Cada qual deve tomar a iniciativa de os procurar porque
lhe satildeo muito importantes satildeo os elementos que aperfeiccediloam o proacuteprio ser mediante
eles um indiviacuteduo pode acabar por ser chegar a ser aquilo que eacute pessoa ser mais e
melhor pessoa
Mas nem sempre que se procuram se encontram Tambeacutem eacute verdade que agraves vezes
emergem de repente no nosso horizonte existencial inclusivamente apesar da nossa
resistecircncia (hellip) Um dia qualquer uma vida rotineira e talvez sem relevo pode sentir-
se sacudida ndash e ateacute invadida ndash pela descoberta de um novo valor que a transforma
(Polaino e Carrentildeo l992 p 75)
Haacute algum acircmbito onde a descoberta de valores seja menos difiacutecil ou mais provaacutevel
Em primeiro lugar o acircmbito vital da famiacutelia Se os pais optaram por certos valores e se
comprometeram com eles cada filho que vem ao mundo natildeo tem de desenvolver a
tarefa hercuacutelea e problemaacutetica de tratar de descobrir por que valores vale a pena
arriscar a vida (ibidem)
Dossier temaacutetico sobre Valores 1264
Nem sempre acontece assim Optar por certos valores significa escolher entre os
melhores aqueles que mais convenham numa famiacutelia concreta com as suas
circunstacircncias actuais para o desenvolvimento pessoal de cada membro e para a
melhoria familiar Logicamente seratildeo prioritaacuterios os valores humanos mais cultivados
por ambos os cocircnjuges
Comprometer-se com uns valores e organizar a vida familiar em funccedilatildeo deles supotildee tecirc-
los interiorizado profundamente Soacute assim seratildeo capazes de os pocircr de moda na sua
famiacutelia sendo eles proacuteprios para os seus filhos portadores de valores
Esses valores vividos pelos pais com naturalidade e com graccedila com bom humor
sabendo sorrir habitualmente seratildeo atractivos para os filhos e contagiosos A famiacutelia
sob esta perspectiva aparece-nos como um museu vivo de valores E natildeo porque os
pais pendurem os valores nas paredes como se se tratasse de um quadro que
passivamente se deve admirar Os valores familiares constituem pelo contraacuterio um
dado irrefutaacutevel quase com cunho testemunhal que vai unido ao comportamento
diaacuterio dos pais (ibidem p 76) E tambeacutem estaratildeo presentes estes valores na conduta
dos filhos quando os pais aleacutem de os viverem e de os fomentarem promovem e
mantecircm vigentes algumas normas e costumes familiares que mostram a presenccedila viva
destes valores preferenciais
Os valores familiares ndash em famiacutelias cristatildes natildeo satildeo soacute valores naturais mas tambeacutem
valores sobrenaturais ndash nenhuma crianccedila inicialmente os questiona Mais tarde sim
porque na medida em que cresce emerge e amadurece a sua liberdade pessoal haacute-de
comprometer-se tambeacutem nas escolhas que faz e que obviamente satildeo sempre muito
pessoais(hellip) Precisamente por isso os pais tecircm de preparar essa fase de referecircncia ndash
atraveacutes do seu comportamento ndash que lhe sirva de orientaccedilatildeo (ibidem)
Isto seraacute tanto menos difiacutecil para os pais quanto mais cedo faccedilam da sua famiacutelia um
museu vivo de valores quando os filhos satildeo ainda muito pequenos
Seraacute menos difiacutecil tambeacutem a sua adolescecircncia quando o quadro de referecircncia e um
miacutenimo de normas e costumes tenham sido parte importante do seu ambiente familiar
acolhedor desde a primeira infacircncia
Dossier temaacutetico sobre Valores 1364
Deste modo quando o filho adolescente ou o filho jovem daacute prioridade a alguns
valores como fundamento para apoiar a sua vida tem jaacute como em depoacutesito uns
valores que anteriormente assumiu e integrou quase sem dar por isso contagiados ou
emprestados pelos seus pais
Estes valores familiares descobertos na convivecircncia do lar paterno nas relaccedilotildees diaacuterias
de pais e filhos de irmatildeos de diferentes idades traduzem-se ndash como efeito de
descoberta ndash em motivos Em consequecircncia a conduta de cada filho estaraacute motivada
desde o principio a sua vontade estaraacute motivada
Penso por contraste em tantos filhos desmotivados antes e durante a sua adolescecircncia
quando os primeiros responsaacuteveis da famiacutelia natildeo se propuseram ou natildeo souberam
criar este a ambiente familiar cimentado na sinceridade na generosidade na lealdade
na laboriosidade no optimismo na compreensatildeo exigente no respeito confiado na
disponibilidade na gratidatildeo na amizade e noutros valores humanos
Oliveros Otero
In httpfamiliaaaldeianetvalores-na-familia
Dossier temaacutetico sobre Valores 1464
O CONTO NA VIDA DA CRIANCcedilA
A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais
refinadas como A Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos
limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros
Perde-se no tempo a origem e importacircncia do conto na educaccedilatildeo da crianccedila Quantas
vezes pais e educadores a braccedilos com a explicaccedilatildeo de algo mais complexo aos nossos
filhos nos socorremos de uma histoacuteria que simplifique a nossa tarefa por um lado e
por outro facilite a compreensatildeo por parte da crianccedila daquilo que verdadeiramente lhe
queremos transmitir
Passar valores agrave crianccedila eacute algo complexo Esta missatildeo implica normalmente conceitos
que fazem apelo a abstracccedilotildees competecircncias impossiacuteveis de usar pela crianccedila nas
etapas mais precoces do desenvolvimento As histoacuterias satildeo por isso um meio
facilitador de resolver algumas das questotildees que esta tarefa nos coloca Se por um
lado divertem as crianccedilas espicaccedilam a sua curiosidade promovem competecircncias
cognitivas e de oralidade activam a magia por outro satildeo tambeacutem a forma de
concretizarmos alguns dos valores que consideramos aceitaacuteveis e oportunos transmitir
agrave crianccedila
De cada histoacuteria cada crianccedila retiraraacute aquilo que lhe fizer mais sentido em funccedilatildeo das
suas vivecircncias e das suas caracteriacutesticas desenvolvimentais Com a mesma histoacuteria
podemos transmitir um sem-nuacutemero de ensinamentos isso depende em primeira
instacircncia do objectivo de quem a usa e da proacutepria crianccedila
A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais
refinadas como a Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos
limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros
A Menina do Mar eacute uma histoacuteria porventura difiacutecil de entender antes da idade
escolar Para aleacutem da beleza literaacuteria pode permitir-nos transmitir valores ecoloacutegicos
respeito pela Natureza nomeadamente pelas coisas do mar curiosidade na descoberta
e contemplaccedilatildeo do mar e do que ele conteacutem Aleacutem disso e voltando a um dos valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 1564
inerentes a quase todas as histoacuterias - a relaccedilatildeo com os outros - A Menina do Mar
proporciona uma excelente oportunidade de ensinar a crianccedila a respeitar e a aceitar as
diferenccedilas e ainda a importacircncia de fazer amigos
Nas histoacuterias tal como na vida por vezes tambeacutem haacute situaccedilotildees desconcertantes e ainda
bem que as histoacuterias contemplam estas situaccedilotildees Satildeo uma oacuteptima oportunidade para a
crianccedila se organizar e aprender a lidar com os medos os obstaacuteculos e frustraccedilotildees com
que se iraacute confrontar ao longo da vida Eacute importante que o crescimento se faccedila ainda
que ao niacutevel do imaginaacuterio e simboacutelico assente em valores reais
In O conto na vida da crianccedila In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$o-conto-na-vida-da-criancagt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1664
VALORES
Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis
Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano
sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A
expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os
grupos dispotildeem para aceder aos valores
Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os
valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a
possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais
No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo
vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer
sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo
depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores
podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as
estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo
a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir
mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores
Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na
www ltURL httpwwwinfopediapt$valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1764
CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS
Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores
ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise
de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de
generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o
individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de
consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute
natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do
injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o
relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem
sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora
volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta
As principais causas para a crise de valores satildeo
- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e
ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que
substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos
valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto
de mecanismos mentais repressivos
- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia
primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees
violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar
tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos
- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas
mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade
moderna face aos valores tradicionais
- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na
descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e
pelo relativismo
A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo
melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para
a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees
Dossier temaacutetico sobre Valores 1864
interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a
maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois
subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais
parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute
apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas
Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1964
O QUE SAtildeO VALORES
O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR
PESQUISA
O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute
assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as
fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode
ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e
aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer
opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e
legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada
entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que
noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia
Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia
Dossier temaacutetico sobre Valores 2064
SIacuteNTESE
1 Valores
1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas
preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para
justificar as nossas decisotildees
2 Factos e valores
Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos
valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias
Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante
da semana era um domingo
Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um
domingo
Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os
dias da semana
3Facto
Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a
afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem
consensos universais
4 Valor
Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos
a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as
coisas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2164
b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-
as preferiacuteveis a outras
Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas
Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que
atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o
valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo
Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem
todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma
5 Tipos de valores
Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que
traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos
agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma
Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas
as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade
Lealdade Bondade Altruiacutesmo
Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime
Traacutegico
Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia
Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo
Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade
Valores vitais Sauacutede Forccedila
6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores
Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar
uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A
Dossier temaacutetico sobre Valores 2264
hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros
isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo
muacuteltiplas
Exemplo
A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares
Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que
hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades
bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar
7 Polaridade dos Valores
Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades
Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza
agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada
num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de
estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como
Injusto
Carlos Fontes
In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~
Dossier temaacutetico sobre Valores 2364
PERTINEcircNCIA DE VALORES
Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como
crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais
e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades
tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores
comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas
de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores
graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas
pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho
Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -
cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de
valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema
poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema
societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo
de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto
os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores
A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais
religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees
entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam
Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as
culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade
histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da
existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre
vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja
assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito
uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo
e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da
crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila
Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade
valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas
diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os
valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os
Dossier temaacutetico sobre Valores 2464
valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc
Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que
uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de
valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a
eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave
comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num
tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas
e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a
obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora
de casa e tecircm filhos pequenos) etc
Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas
sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a
uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos
novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de
desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da
toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de
voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos
sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres
viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de
assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos
valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais
Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]
Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 2564
DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E
SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os
valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute
quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os
valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi
publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio
quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o
egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que
promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de
etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo
excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores
da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo
lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais
entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos
professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas
desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os
docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila
Foto Pintura de Salvador Dali
In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml
Dossier temaacutetico sobre Valores 2664
A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Adolfo S Suaacuterez
Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso
de Teologia do Unasp
Centro Universitaacuterio Adventista
Campus Engenheiro Coelho (SP)
adolfosuarezunaspedubr
Introduccedilatildeo
1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores
11 Definiccedilotildees
12 Modelos de valores em sala de aula
121 Valores absolutos
122 Valores relativos
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
13 Classificaccedilatildeo de valores
14 Conclusatildeo parcial
2 Valores que devem ser ensinados
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
23 Conclusatildeo parcial
3 A transmissatildeo de valores
31 Como se aprendem os valores
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
33 A idade e o ensino de valores
34 Conclusatildeo parcial
Consideraccedilotildees finais
Referecircncias bibliograacuteficas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2764
Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo
Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde
Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula
The issue of values in the classroom
Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary
Education based on a Christian pedagogical practice
Keywords values christian education classroom
Dossier temaacutetico sobre Valores 2864
INTRODUCcedilAtildeO
Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS
2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da
experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e
cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e
espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)
Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas
fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade
promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a
inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)
No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de
estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das
faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)
Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo
meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo
quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e
aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)
Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido
vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo
no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar
desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de
professores ldquoconteudistasrdquo
Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser
mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno
porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de
apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa
formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores
Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-
se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo
da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados
Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores
1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES
1 1 Definiccedilotildees
Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade
humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua
conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja
valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)
independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de
caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)
Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo
Dossier temaacutetico sobre Valores 2964
Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao
satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa
qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto
deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo
racional humano (2001 p 44)
No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS
pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores
significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno
seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais
lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que
promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os
princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o
seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o
respeito e a cooperaccedilatildeo
Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante
descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade
(1997 p 79)
12 Modelos de valores em sala de aula
Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores
Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)
121 Valores absolutos
Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e
normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma
autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos
indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave
medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo
previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios
mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo
O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para
conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de
que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3064
122 Valores relativos
Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute
baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da
verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio
mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela
praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia
pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc
A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o
que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de
tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no
momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros
possam pensar
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3164
Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o
trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua
autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e
normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam
orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os
valores
Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que
determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura
que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a
escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se
oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem
possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo
Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de
determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes
puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para
todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar
os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns
13 Classificaccedilatildeo de valores
Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da
seguinte maneira numa escala ascendente
(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc
(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc
(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc
(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc
(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc
(f) Valores religiosos sagrado profano etc
De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em
Dossier temaacutetico sobre Valores 3264
(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam
rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar
(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute
dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel
satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para
Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos
sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos
gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e
prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos
(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)
(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo
pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real
exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato
boa-feacutemaacute-feacute etc)
(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)
(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia
autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da
vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees
pessoais etc
(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed
Petroacutepolis RJ Vozes 2000
BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais
Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997
BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales
Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997
Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
Paulo Vida 2001
MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
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wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
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A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
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valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
Nem sempre acontece assim Optar por certos valores significa escolher entre os
melhores aqueles que mais convenham numa famiacutelia concreta com as suas
circunstacircncias actuais para o desenvolvimento pessoal de cada membro e para a
melhoria familiar Logicamente seratildeo prioritaacuterios os valores humanos mais cultivados
por ambos os cocircnjuges
Comprometer-se com uns valores e organizar a vida familiar em funccedilatildeo deles supotildee tecirc-
los interiorizado profundamente Soacute assim seratildeo capazes de os pocircr de moda na sua
famiacutelia sendo eles proacuteprios para os seus filhos portadores de valores
Esses valores vividos pelos pais com naturalidade e com graccedila com bom humor
sabendo sorrir habitualmente seratildeo atractivos para os filhos e contagiosos A famiacutelia
sob esta perspectiva aparece-nos como um museu vivo de valores E natildeo porque os
pais pendurem os valores nas paredes como se se tratasse de um quadro que
passivamente se deve admirar Os valores familiares constituem pelo contraacuterio um
dado irrefutaacutevel quase com cunho testemunhal que vai unido ao comportamento
diaacuterio dos pais (ibidem p 76) E tambeacutem estaratildeo presentes estes valores na conduta
dos filhos quando os pais aleacutem de os viverem e de os fomentarem promovem e
mantecircm vigentes algumas normas e costumes familiares que mostram a presenccedila viva
destes valores preferenciais
Os valores familiares ndash em famiacutelias cristatildes natildeo satildeo soacute valores naturais mas tambeacutem
valores sobrenaturais ndash nenhuma crianccedila inicialmente os questiona Mais tarde sim
porque na medida em que cresce emerge e amadurece a sua liberdade pessoal haacute-de
comprometer-se tambeacutem nas escolhas que faz e que obviamente satildeo sempre muito
pessoais(hellip) Precisamente por isso os pais tecircm de preparar essa fase de referecircncia ndash
atraveacutes do seu comportamento ndash que lhe sirva de orientaccedilatildeo (ibidem)
Isto seraacute tanto menos difiacutecil para os pais quanto mais cedo faccedilam da sua famiacutelia um
museu vivo de valores quando os filhos satildeo ainda muito pequenos
Seraacute menos difiacutecil tambeacutem a sua adolescecircncia quando o quadro de referecircncia e um
miacutenimo de normas e costumes tenham sido parte importante do seu ambiente familiar
acolhedor desde a primeira infacircncia
Dossier temaacutetico sobre Valores 1364
Deste modo quando o filho adolescente ou o filho jovem daacute prioridade a alguns
valores como fundamento para apoiar a sua vida tem jaacute como em depoacutesito uns
valores que anteriormente assumiu e integrou quase sem dar por isso contagiados ou
emprestados pelos seus pais
Estes valores familiares descobertos na convivecircncia do lar paterno nas relaccedilotildees diaacuterias
de pais e filhos de irmatildeos de diferentes idades traduzem-se ndash como efeito de
descoberta ndash em motivos Em consequecircncia a conduta de cada filho estaraacute motivada
desde o principio a sua vontade estaraacute motivada
Penso por contraste em tantos filhos desmotivados antes e durante a sua adolescecircncia
quando os primeiros responsaacuteveis da famiacutelia natildeo se propuseram ou natildeo souberam
criar este a ambiente familiar cimentado na sinceridade na generosidade na lealdade
na laboriosidade no optimismo na compreensatildeo exigente no respeito confiado na
disponibilidade na gratidatildeo na amizade e noutros valores humanos
Oliveros Otero
In httpfamiliaaaldeianetvalores-na-familia
Dossier temaacutetico sobre Valores 1464
O CONTO NA VIDA DA CRIANCcedilA
A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais
refinadas como A Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos
limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros
Perde-se no tempo a origem e importacircncia do conto na educaccedilatildeo da crianccedila Quantas
vezes pais e educadores a braccedilos com a explicaccedilatildeo de algo mais complexo aos nossos
filhos nos socorremos de uma histoacuteria que simplifique a nossa tarefa por um lado e
por outro facilite a compreensatildeo por parte da crianccedila daquilo que verdadeiramente lhe
queremos transmitir
Passar valores agrave crianccedila eacute algo complexo Esta missatildeo implica normalmente conceitos
que fazem apelo a abstracccedilotildees competecircncias impossiacuteveis de usar pela crianccedila nas
etapas mais precoces do desenvolvimento As histoacuterias satildeo por isso um meio
facilitador de resolver algumas das questotildees que esta tarefa nos coloca Se por um
lado divertem as crianccedilas espicaccedilam a sua curiosidade promovem competecircncias
cognitivas e de oralidade activam a magia por outro satildeo tambeacutem a forma de
concretizarmos alguns dos valores que consideramos aceitaacuteveis e oportunos transmitir
agrave crianccedila
De cada histoacuteria cada crianccedila retiraraacute aquilo que lhe fizer mais sentido em funccedilatildeo das
suas vivecircncias e das suas caracteriacutesticas desenvolvimentais Com a mesma histoacuteria
podemos transmitir um sem-nuacutemero de ensinamentos isso depende em primeira
instacircncia do objectivo de quem a usa e da proacutepria crianccedila
A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais
refinadas como a Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos
limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros
A Menina do Mar eacute uma histoacuteria porventura difiacutecil de entender antes da idade
escolar Para aleacutem da beleza literaacuteria pode permitir-nos transmitir valores ecoloacutegicos
respeito pela Natureza nomeadamente pelas coisas do mar curiosidade na descoberta
e contemplaccedilatildeo do mar e do que ele conteacutem Aleacutem disso e voltando a um dos valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 1564
inerentes a quase todas as histoacuterias - a relaccedilatildeo com os outros - A Menina do Mar
proporciona uma excelente oportunidade de ensinar a crianccedila a respeitar e a aceitar as
diferenccedilas e ainda a importacircncia de fazer amigos
Nas histoacuterias tal como na vida por vezes tambeacutem haacute situaccedilotildees desconcertantes e ainda
bem que as histoacuterias contemplam estas situaccedilotildees Satildeo uma oacuteptima oportunidade para a
crianccedila se organizar e aprender a lidar com os medos os obstaacuteculos e frustraccedilotildees com
que se iraacute confrontar ao longo da vida Eacute importante que o crescimento se faccedila ainda
que ao niacutevel do imaginaacuterio e simboacutelico assente em valores reais
In O conto na vida da crianccedila In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$o-conto-na-vida-da-criancagt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1664
VALORES
Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis
Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano
sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A
expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os
grupos dispotildeem para aceder aos valores
Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os
valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a
possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais
No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo
vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer
sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo
depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores
podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as
estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo
a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir
mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores
Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na
www ltURL httpwwwinfopediapt$valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1764
CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS
Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores
ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise
de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de
generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o
individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de
consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute
natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do
injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o
relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem
sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora
volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta
As principais causas para a crise de valores satildeo
- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e
ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que
substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos
valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto
de mecanismos mentais repressivos
- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia
primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees
violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar
tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos
- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas
mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade
moderna face aos valores tradicionais
- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na
descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e
pelo relativismo
A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo
melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para
a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees
Dossier temaacutetico sobre Valores 1864
interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a
maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois
subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais
parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute
apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas
Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1964
O QUE SAtildeO VALORES
O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR
PESQUISA
O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute
assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as
fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode
ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e
aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer
opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e
legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada
entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que
noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia
Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia
Dossier temaacutetico sobre Valores 2064
SIacuteNTESE
1 Valores
1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas
preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para
justificar as nossas decisotildees
2 Factos e valores
Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos
valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias
Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante
da semana era um domingo
Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um
domingo
Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os
dias da semana
3Facto
Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a
afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem
consensos universais
4 Valor
Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos
a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as
coisas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2164
b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-
as preferiacuteveis a outras
Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas
Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que
atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o
valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo
Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem
todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma
5 Tipos de valores
Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que
traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos
agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma
Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas
as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade
Lealdade Bondade Altruiacutesmo
Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime
Traacutegico
Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia
Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo
Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade
Valores vitais Sauacutede Forccedila
6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores
Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar
uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A
Dossier temaacutetico sobre Valores 2264
hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros
isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo
muacuteltiplas
Exemplo
A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares
Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que
hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades
bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar
7 Polaridade dos Valores
Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades
Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza
agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada
num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de
estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como
Injusto
Carlos Fontes
In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~
Dossier temaacutetico sobre Valores 2364
PERTINEcircNCIA DE VALORES
Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como
crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais
e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades
tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores
comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas
de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores
graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas
pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho
Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -
cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de
valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema
poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema
societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo
de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto
os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores
A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais
religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees
entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam
Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as
culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade
histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da
existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre
vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja
assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito
uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo
e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da
crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila
Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade
valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas
diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os
valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os
Dossier temaacutetico sobre Valores 2464
valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc
Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que
uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de
valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a
eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave
comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num
tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas
e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a
obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora
de casa e tecircm filhos pequenos) etc
Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas
sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a
uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos
novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de
desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da
toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de
voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos
sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres
viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de
assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos
valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais
Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]
Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 2564
DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E
SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os
valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute
quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os
valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi
publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio
quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o
egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que
promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de
etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo
excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores
da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo
lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais
entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos
professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas
desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os
docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila
Foto Pintura de Salvador Dali
In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml
Dossier temaacutetico sobre Valores 2664
A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Adolfo S Suaacuterez
Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso
de Teologia do Unasp
Centro Universitaacuterio Adventista
Campus Engenheiro Coelho (SP)
adolfosuarezunaspedubr
Introduccedilatildeo
1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores
11 Definiccedilotildees
12 Modelos de valores em sala de aula
121 Valores absolutos
122 Valores relativos
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
13 Classificaccedilatildeo de valores
14 Conclusatildeo parcial
2 Valores que devem ser ensinados
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
23 Conclusatildeo parcial
3 A transmissatildeo de valores
31 Como se aprendem os valores
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
33 A idade e o ensino de valores
34 Conclusatildeo parcial
Consideraccedilotildees finais
Referecircncias bibliograacuteficas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2764
Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo
Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde
Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula
The issue of values in the classroom
Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary
Education based on a Christian pedagogical practice
Keywords values christian education classroom
Dossier temaacutetico sobre Valores 2864
INTRODUCcedilAtildeO
Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS
2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da
experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e
cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e
espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)
Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas
fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade
promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a
inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)
No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de
estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das
faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)
Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo
meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo
quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e
aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)
Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido
vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo
no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar
desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de
professores ldquoconteudistasrdquo
Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser
mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno
porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de
apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa
formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores
Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-
se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo
da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados
Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores
1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES
1 1 Definiccedilotildees
Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade
humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua
conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja
valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)
independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de
caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)
Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo
Dossier temaacutetico sobre Valores 2964
Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao
satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa
qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto
deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo
racional humano (2001 p 44)
No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS
pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores
significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno
seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais
lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que
promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os
princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o
seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o
respeito e a cooperaccedilatildeo
Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante
descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade
(1997 p 79)
12 Modelos de valores em sala de aula
Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores
Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)
121 Valores absolutos
Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e
normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma
autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos
indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave
medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo
previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios
mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo
O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para
conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de
que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3064
122 Valores relativos
Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute
baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da
verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio
mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela
praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia
pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc
A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o
que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de
tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no
momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros
possam pensar
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3164
Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o
trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua
autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e
normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam
orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os
valores
Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que
determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura
que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a
escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se
oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem
possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo
Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de
determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes
puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para
todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar
os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns
13 Classificaccedilatildeo de valores
Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da
seguinte maneira numa escala ascendente
(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc
(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc
(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc
(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc
(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc
(f) Valores religiosos sagrado profano etc
De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em
Dossier temaacutetico sobre Valores 3264
(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam
rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar
(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute
dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel
satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para
Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos
sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos
gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e
prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos
(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)
(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo
pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real
exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato
boa-feacutemaacute-feacute etc)
(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)
(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia
autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da
vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees
pessoais etc
(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed
Petroacutepolis RJ Vozes 2000
BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais
Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997
BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales
Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997
Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
Paulo Vida 2001
MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
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wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
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(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
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(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
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Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
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(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
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(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
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(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
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MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
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MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
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(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
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(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
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(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
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(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
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Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
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Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
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(BM Palmela e Pinhal Novo)
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(BM Pinhal Novo Palmela)
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PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
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PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
Deste modo quando o filho adolescente ou o filho jovem daacute prioridade a alguns
valores como fundamento para apoiar a sua vida tem jaacute como em depoacutesito uns
valores que anteriormente assumiu e integrou quase sem dar por isso contagiados ou
emprestados pelos seus pais
Estes valores familiares descobertos na convivecircncia do lar paterno nas relaccedilotildees diaacuterias
de pais e filhos de irmatildeos de diferentes idades traduzem-se ndash como efeito de
descoberta ndash em motivos Em consequecircncia a conduta de cada filho estaraacute motivada
desde o principio a sua vontade estaraacute motivada
Penso por contraste em tantos filhos desmotivados antes e durante a sua adolescecircncia
quando os primeiros responsaacuteveis da famiacutelia natildeo se propuseram ou natildeo souberam
criar este a ambiente familiar cimentado na sinceridade na generosidade na lealdade
na laboriosidade no optimismo na compreensatildeo exigente no respeito confiado na
disponibilidade na gratidatildeo na amizade e noutros valores humanos
Oliveros Otero
In httpfamiliaaaldeianetvalores-na-familia
Dossier temaacutetico sobre Valores 1464
O CONTO NA VIDA DA CRIANCcedilA
A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais
refinadas como A Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos
limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros
Perde-se no tempo a origem e importacircncia do conto na educaccedilatildeo da crianccedila Quantas
vezes pais e educadores a braccedilos com a explicaccedilatildeo de algo mais complexo aos nossos
filhos nos socorremos de uma histoacuteria que simplifique a nossa tarefa por um lado e
por outro facilite a compreensatildeo por parte da crianccedila daquilo que verdadeiramente lhe
queremos transmitir
Passar valores agrave crianccedila eacute algo complexo Esta missatildeo implica normalmente conceitos
que fazem apelo a abstracccedilotildees competecircncias impossiacuteveis de usar pela crianccedila nas
etapas mais precoces do desenvolvimento As histoacuterias satildeo por isso um meio
facilitador de resolver algumas das questotildees que esta tarefa nos coloca Se por um
lado divertem as crianccedilas espicaccedilam a sua curiosidade promovem competecircncias
cognitivas e de oralidade activam a magia por outro satildeo tambeacutem a forma de
concretizarmos alguns dos valores que consideramos aceitaacuteveis e oportunos transmitir
agrave crianccedila
De cada histoacuteria cada crianccedila retiraraacute aquilo que lhe fizer mais sentido em funccedilatildeo das
suas vivecircncias e das suas caracteriacutesticas desenvolvimentais Com a mesma histoacuteria
podemos transmitir um sem-nuacutemero de ensinamentos isso depende em primeira
instacircncia do objectivo de quem a usa e da proacutepria crianccedila
A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais
refinadas como a Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos
limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros
A Menina do Mar eacute uma histoacuteria porventura difiacutecil de entender antes da idade
escolar Para aleacutem da beleza literaacuteria pode permitir-nos transmitir valores ecoloacutegicos
respeito pela Natureza nomeadamente pelas coisas do mar curiosidade na descoberta
e contemplaccedilatildeo do mar e do que ele conteacutem Aleacutem disso e voltando a um dos valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 1564
inerentes a quase todas as histoacuterias - a relaccedilatildeo com os outros - A Menina do Mar
proporciona uma excelente oportunidade de ensinar a crianccedila a respeitar e a aceitar as
diferenccedilas e ainda a importacircncia de fazer amigos
Nas histoacuterias tal como na vida por vezes tambeacutem haacute situaccedilotildees desconcertantes e ainda
bem que as histoacuterias contemplam estas situaccedilotildees Satildeo uma oacuteptima oportunidade para a
crianccedila se organizar e aprender a lidar com os medos os obstaacuteculos e frustraccedilotildees com
que se iraacute confrontar ao longo da vida Eacute importante que o crescimento se faccedila ainda
que ao niacutevel do imaginaacuterio e simboacutelico assente em valores reais
In O conto na vida da crianccedila In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$o-conto-na-vida-da-criancagt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1664
VALORES
Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis
Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano
sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A
expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os
grupos dispotildeem para aceder aos valores
Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os
valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a
possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais
No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo
vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer
sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo
depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores
podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as
estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo
a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir
mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores
Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na
www ltURL httpwwwinfopediapt$valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1764
CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS
Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores
ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise
de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de
generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o
individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de
consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute
natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do
injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o
relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem
sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora
volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta
As principais causas para a crise de valores satildeo
- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e
ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que
substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos
valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto
de mecanismos mentais repressivos
- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia
primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees
violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar
tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos
- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas
mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade
moderna face aos valores tradicionais
- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na
descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e
pelo relativismo
A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo
melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para
a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees
Dossier temaacutetico sobre Valores 1864
interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a
maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois
subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais
parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute
apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas
Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1964
O QUE SAtildeO VALORES
O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR
PESQUISA
O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute
assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as
fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode
ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e
aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer
opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e
legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada
entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que
noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia
Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia
Dossier temaacutetico sobre Valores 2064
SIacuteNTESE
1 Valores
1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas
preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para
justificar as nossas decisotildees
2 Factos e valores
Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos
valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias
Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante
da semana era um domingo
Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um
domingo
Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os
dias da semana
3Facto
Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a
afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem
consensos universais
4 Valor
Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos
a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as
coisas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2164
b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-
as preferiacuteveis a outras
Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas
Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que
atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o
valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo
Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem
todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma
5 Tipos de valores
Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que
traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos
agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma
Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas
as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade
Lealdade Bondade Altruiacutesmo
Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime
Traacutegico
Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia
Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo
Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade
Valores vitais Sauacutede Forccedila
6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores
Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar
uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A
Dossier temaacutetico sobre Valores 2264
hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros
isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo
muacuteltiplas
Exemplo
A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares
Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que
hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades
bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar
7 Polaridade dos Valores
Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades
Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza
agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada
num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de
estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como
Injusto
Carlos Fontes
In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~
Dossier temaacutetico sobre Valores 2364
PERTINEcircNCIA DE VALORES
Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como
crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais
e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades
tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores
comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas
de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores
graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas
pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho
Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -
cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de
valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema
poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema
societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo
de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto
os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores
A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais
religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees
entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam
Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as
culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade
histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da
existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre
vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja
assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito
uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo
e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da
crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila
Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade
valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas
diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os
valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os
Dossier temaacutetico sobre Valores 2464
valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc
Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que
uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de
valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a
eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave
comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num
tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas
e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a
obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora
de casa e tecircm filhos pequenos) etc
Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas
sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a
uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos
novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de
desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da
toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de
voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos
sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres
viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de
assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos
valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais
Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]
Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 2564
DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E
SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os
valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute
quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os
valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi
publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio
quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o
egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que
promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de
etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo
excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores
da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo
lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais
entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos
professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas
desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os
docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila
Foto Pintura de Salvador Dali
In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml
Dossier temaacutetico sobre Valores 2664
A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Adolfo S Suaacuterez
Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso
de Teologia do Unasp
Centro Universitaacuterio Adventista
Campus Engenheiro Coelho (SP)
adolfosuarezunaspedubr
Introduccedilatildeo
1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores
11 Definiccedilotildees
12 Modelos de valores em sala de aula
121 Valores absolutos
122 Valores relativos
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
13 Classificaccedilatildeo de valores
14 Conclusatildeo parcial
2 Valores que devem ser ensinados
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
23 Conclusatildeo parcial
3 A transmissatildeo de valores
31 Como se aprendem os valores
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
33 A idade e o ensino de valores
34 Conclusatildeo parcial
Consideraccedilotildees finais
Referecircncias bibliograacuteficas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2764
Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo
Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde
Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula
The issue of values in the classroom
Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary
Education based on a Christian pedagogical practice
Keywords values christian education classroom
Dossier temaacutetico sobre Valores 2864
INTRODUCcedilAtildeO
Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS
2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da
experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e
cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e
espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)
Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas
fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade
promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a
inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)
No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de
estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das
faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)
Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo
meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo
quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e
aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)
Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido
vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo
no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar
desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de
professores ldquoconteudistasrdquo
Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser
mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno
porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de
apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa
formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores
Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-
se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo
da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados
Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores
1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES
1 1 Definiccedilotildees
Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade
humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua
conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja
valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)
independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de
caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)
Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo
Dossier temaacutetico sobre Valores 2964
Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao
satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa
qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto
deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo
racional humano (2001 p 44)
No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS
pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores
significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno
seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais
lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que
promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os
princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o
seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o
respeito e a cooperaccedilatildeo
Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante
descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade
(1997 p 79)
12 Modelos de valores em sala de aula
Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores
Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)
121 Valores absolutos
Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e
normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma
autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos
indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave
medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo
previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios
mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo
O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para
conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de
que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3064
122 Valores relativos
Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute
baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da
verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio
mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela
praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia
pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc
A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o
que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de
tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no
momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros
possam pensar
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3164
Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o
trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua
autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e
normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam
orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os
valores
Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que
determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura
que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a
escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se
oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem
possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo
Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de
determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes
puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para
todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar
os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns
13 Classificaccedilatildeo de valores
Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da
seguinte maneira numa escala ascendente
(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc
(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc
(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc
(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc
(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc
(f) Valores religiosos sagrado profano etc
De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em
Dossier temaacutetico sobre Valores 3264
(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam
rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar
(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute
dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel
satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para
Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos
sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos
gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e
prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos
(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)
(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo
pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real
exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato
boa-feacutemaacute-feacute etc)
(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)
(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia
autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da
vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees
pessoais etc
(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
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Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
O CONTO NA VIDA DA CRIANCcedilA
A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais
refinadas como A Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos
limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros
Perde-se no tempo a origem e importacircncia do conto na educaccedilatildeo da crianccedila Quantas
vezes pais e educadores a braccedilos com a explicaccedilatildeo de algo mais complexo aos nossos
filhos nos socorremos de uma histoacuteria que simplifique a nossa tarefa por um lado e
por outro facilite a compreensatildeo por parte da crianccedila daquilo que verdadeiramente lhe
queremos transmitir
Passar valores agrave crianccedila eacute algo complexo Esta missatildeo implica normalmente conceitos
que fazem apelo a abstracccedilotildees competecircncias impossiacuteveis de usar pela crianccedila nas
etapas mais precoces do desenvolvimento As histoacuterias satildeo por isso um meio
facilitador de resolver algumas das questotildees que esta tarefa nos coloca Se por um
lado divertem as crianccedilas espicaccedilam a sua curiosidade promovem competecircncias
cognitivas e de oralidade activam a magia por outro satildeo tambeacutem a forma de
concretizarmos alguns dos valores que consideramos aceitaacuteveis e oportunos transmitir
agrave crianccedila
De cada histoacuteria cada crianccedila retiraraacute aquilo que lhe fizer mais sentido em funccedilatildeo das
suas vivecircncias e das suas caracteriacutesticas desenvolvimentais Com a mesma histoacuteria
podemos transmitir um sem-nuacutemero de ensinamentos isso depende em primeira
instacircncia do objectivo de quem a usa e da proacutepria crianccedila
A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais
refinadas como a Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos
limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros
A Menina do Mar eacute uma histoacuteria porventura difiacutecil de entender antes da idade
escolar Para aleacutem da beleza literaacuteria pode permitir-nos transmitir valores ecoloacutegicos
respeito pela Natureza nomeadamente pelas coisas do mar curiosidade na descoberta
e contemplaccedilatildeo do mar e do que ele conteacutem Aleacutem disso e voltando a um dos valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 1564
inerentes a quase todas as histoacuterias - a relaccedilatildeo com os outros - A Menina do Mar
proporciona uma excelente oportunidade de ensinar a crianccedila a respeitar e a aceitar as
diferenccedilas e ainda a importacircncia de fazer amigos
Nas histoacuterias tal como na vida por vezes tambeacutem haacute situaccedilotildees desconcertantes e ainda
bem que as histoacuterias contemplam estas situaccedilotildees Satildeo uma oacuteptima oportunidade para a
crianccedila se organizar e aprender a lidar com os medos os obstaacuteculos e frustraccedilotildees com
que se iraacute confrontar ao longo da vida Eacute importante que o crescimento se faccedila ainda
que ao niacutevel do imaginaacuterio e simboacutelico assente em valores reais
In O conto na vida da crianccedila In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$o-conto-na-vida-da-criancagt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1664
VALORES
Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis
Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano
sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A
expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os
grupos dispotildeem para aceder aos valores
Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os
valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a
possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais
No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo
vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer
sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo
depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores
podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as
estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo
a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir
mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores
Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na
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Dossier temaacutetico sobre Valores 1764
CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS
Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores
ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise
de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de
generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o
individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de
consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute
natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do
injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o
relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem
sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora
volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta
As principais causas para a crise de valores satildeo
- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e
ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que
substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos
valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto
de mecanismos mentais repressivos
- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia
primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees
violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar
tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos
- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas
mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade
moderna face aos valores tradicionais
- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na
descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e
pelo relativismo
A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo
melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para
a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees
Dossier temaacutetico sobre Valores 1864
interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a
maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois
subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais
parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute
apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas
Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
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Dossier temaacutetico sobre Valores 1964
O QUE SAtildeO VALORES
O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR
PESQUISA
O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute
assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as
fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode
ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e
aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer
opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e
legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada
entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que
noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia
Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia
Dossier temaacutetico sobre Valores 2064
SIacuteNTESE
1 Valores
1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas
preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para
justificar as nossas decisotildees
2 Factos e valores
Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos
valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias
Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante
da semana era um domingo
Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um
domingo
Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os
dias da semana
3Facto
Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a
afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem
consensos universais
4 Valor
Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos
a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as
coisas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2164
b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-
as preferiacuteveis a outras
Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas
Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que
atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o
valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo
Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem
todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma
5 Tipos de valores
Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que
traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos
agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma
Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas
as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade
Lealdade Bondade Altruiacutesmo
Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime
Traacutegico
Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia
Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo
Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade
Valores vitais Sauacutede Forccedila
6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores
Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar
uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A
Dossier temaacutetico sobre Valores 2264
hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros
isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo
muacuteltiplas
Exemplo
A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares
Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que
hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades
bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar
7 Polaridade dos Valores
Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades
Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza
agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada
num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de
estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como
Injusto
Carlos Fontes
In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~
Dossier temaacutetico sobre Valores 2364
PERTINEcircNCIA DE VALORES
Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como
crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais
e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades
tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores
comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas
de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores
graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas
pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho
Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -
cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de
valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema
poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema
societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo
de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto
os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores
A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais
religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees
entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam
Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as
culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade
histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da
existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre
vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja
assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito
uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo
e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da
crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila
Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade
valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas
diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os
valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os
Dossier temaacutetico sobre Valores 2464
valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc
Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que
uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de
valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a
eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave
comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num
tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas
e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a
obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora
de casa e tecircm filhos pequenos) etc
Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas
sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a
uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos
novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de
desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da
toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de
voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos
sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres
viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de
assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos
valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais
Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]
Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 2564
DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E
SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os
valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute
quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os
valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi
publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio
quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o
egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que
promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de
etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo
excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores
da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo
lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais
entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos
professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas
desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os
docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila
Foto Pintura de Salvador Dali
In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml
Dossier temaacutetico sobre Valores 2664
A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Adolfo S Suaacuterez
Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso
de Teologia do Unasp
Centro Universitaacuterio Adventista
Campus Engenheiro Coelho (SP)
adolfosuarezunaspedubr
Introduccedilatildeo
1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores
11 Definiccedilotildees
12 Modelos de valores em sala de aula
121 Valores absolutos
122 Valores relativos
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
13 Classificaccedilatildeo de valores
14 Conclusatildeo parcial
2 Valores que devem ser ensinados
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
23 Conclusatildeo parcial
3 A transmissatildeo de valores
31 Como se aprendem os valores
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
33 A idade e o ensino de valores
34 Conclusatildeo parcial
Consideraccedilotildees finais
Referecircncias bibliograacuteficas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2764
Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo
Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde
Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula
The issue of values in the classroom
Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary
Education based on a Christian pedagogical practice
Keywords values christian education classroom
Dossier temaacutetico sobre Valores 2864
INTRODUCcedilAtildeO
Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS
2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da
experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e
cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e
espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)
Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas
fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade
promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a
inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)
No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de
estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das
faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)
Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo
meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo
quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e
aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)
Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido
vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo
no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar
desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de
professores ldquoconteudistasrdquo
Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser
mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno
porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de
apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa
formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores
Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-
se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo
da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados
Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores
1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES
1 1 Definiccedilotildees
Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade
humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua
conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja
valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)
independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de
caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)
Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo
Dossier temaacutetico sobre Valores 2964
Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao
satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa
qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto
deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo
racional humano (2001 p 44)
No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS
pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores
significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno
seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais
lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que
promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os
princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o
seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o
respeito e a cooperaccedilatildeo
Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante
descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade
(1997 p 79)
12 Modelos de valores em sala de aula
Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores
Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)
121 Valores absolutos
Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e
normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma
autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos
indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave
medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo
previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios
mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo
O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para
conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de
que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3064
122 Valores relativos
Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute
baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da
verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio
mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela
praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia
pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc
A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o
que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de
tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no
momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros
possam pensar
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3164
Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o
trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua
autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e
normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam
orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os
valores
Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que
determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura
que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a
escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se
oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem
possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo
Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de
determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes
puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para
todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar
os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns
13 Classificaccedilatildeo de valores
Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da
seguinte maneira numa escala ascendente
(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc
(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc
(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc
(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc
(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc
(f) Valores religiosos sagrado profano etc
De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em
Dossier temaacutetico sobre Valores 3264
(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam
rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar
(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute
dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel
satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para
Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos
sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos
gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e
prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos
(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)
(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo
pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real
exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato
boa-feacutemaacute-feacute etc)
(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)
(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia
autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da
vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees
pessoais etc
(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed
Petroacutepolis RJ Vozes 2000
BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais
Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997
BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales
Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997
Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
Paulo Vida 2001
MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
inerentes a quase todas as histoacuterias - a relaccedilatildeo com os outros - A Menina do Mar
proporciona uma excelente oportunidade de ensinar a crianccedila a respeitar e a aceitar as
diferenccedilas e ainda a importacircncia de fazer amigos
Nas histoacuterias tal como na vida por vezes tambeacutem haacute situaccedilotildees desconcertantes e ainda
bem que as histoacuterias contemplam estas situaccedilotildees Satildeo uma oacuteptima oportunidade para a
crianccedila se organizar e aprender a lidar com os medos os obstaacuteculos e frustraccedilotildees com
que se iraacute confrontar ao longo da vida Eacute importante que o crescimento se faccedila ainda
que ao niacutevel do imaginaacuterio e simboacutelico assente em valores reais
In O conto na vida da crianccedila In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$o-conto-na-vida-da-criancagt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1664
VALORES
Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis
Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano
sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A
expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os
grupos dispotildeem para aceder aos valores
Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os
valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a
possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais
No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo
vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer
sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo
depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores
podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as
estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo
a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir
mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores
Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na
www ltURL httpwwwinfopediapt$valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1764
CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS
Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores
ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise
de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de
generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o
individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de
consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute
natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do
injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o
relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem
sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora
volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta
As principais causas para a crise de valores satildeo
- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e
ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que
substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos
valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto
de mecanismos mentais repressivos
- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia
primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees
violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar
tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos
- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas
mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade
moderna face aos valores tradicionais
- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na
descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e
pelo relativismo
A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo
melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para
a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees
Dossier temaacutetico sobre Valores 1864
interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a
maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois
subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais
parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute
apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas
Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1964
O QUE SAtildeO VALORES
O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR
PESQUISA
O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute
assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as
fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode
ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e
aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer
opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e
legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada
entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que
noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia
Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia
Dossier temaacutetico sobre Valores 2064
SIacuteNTESE
1 Valores
1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas
preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para
justificar as nossas decisotildees
2 Factos e valores
Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos
valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias
Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante
da semana era um domingo
Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um
domingo
Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os
dias da semana
3Facto
Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a
afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem
consensos universais
4 Valor
Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos
a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as
coisas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2164
b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-
as preferiacuteveis a outras
Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas
Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que
atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o
valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo
Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem
todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma
5 Tipos de valores
Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que
traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos
agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma
Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas
as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade
Lealdade Bondade Altruiacutesmo
Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime
Traacutegico
Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia
Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo
Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade
Valores vitais Sauacutede Forccedila
6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores
Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar
uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A
Dossier temaacutetico sobre Valores 2264
hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros
isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo
muacuteltiplas
Exemplo
A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares
Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que
hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades
bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar
7 Polaridade dos Valores
Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades
Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza
agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada
num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de
estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como
Injusto
Carlos Fontes
In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~
Dossier temaacutetico sobre Valores 2364
PERTINEcircNCIA DE VALORES
Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como
crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais
e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades
tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores
comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas
de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores
graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas
pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho
Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -
cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de
valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema
poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema
societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo
de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto
os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores
A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais
religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees
entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam
Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as
culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade
histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da
existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre
vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja
assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito
uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo
e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da
crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila
Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade
valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas
diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os
valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os
Dossier temaacutetico sobre Valores 2464
valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc
Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que
uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de
valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a
eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave
comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num
tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas
e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a
obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora
de casa e tecircm filhos pequenos) etc
Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas
sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a
uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos
novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de
desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da
toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de
voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos
sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres
viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de
assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos
valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais
Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]
Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 2564
DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E
SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os
valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute
quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os
valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi
publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio
quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o
egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que
promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de
etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo
excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores
da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo
lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais
entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos
professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas
desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os
docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila
Foto Pintura de Salvador Dali
In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml
Dossier temaacutetico sobre Valores 2664
A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Adolfo S Suaacuterez
Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso
de Teologia do Unasp
Centro Universitaacuterio Adventista
Campus Engenheiro Coelho (SP)
adolfosuarezunaspedubr
Introduccedilatildeo
1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores
11 Definiccedilotildees
12 Modelos de valores em sala de aula
121 Valores absolutos
122 Valores relativos
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
13 Classificaccedilatildeo de valores
14 Conclusatildeo parcial
2 Valores que devem ser ensinados
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
23 Conclusatildeo parcial
3 A transmissatildeo de valores
31 Como se aprendem os valores
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
33 A idade e o ensino de valores
34 Conclusatildeo parcial
Consideraccedilotildees finais
Referecircncias bibliograacuteficas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2764
Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo
Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde
Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula
The issue of values in the classroom
Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary
Education based on a Christian pedagogical practice
Keywords values christian education classroom
Dossier temaacutetico sobre Valores 2864
INTRODUCcedilAtildeO
Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS
2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da
experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e
cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e
espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)
Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas
fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade
promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a
inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)
No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de
estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das
faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)
Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo
meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo
quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e
aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)
Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido
vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo
no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar
desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de
professores ldquoconteudistasrdquo
Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser
mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno
porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de
apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa
formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores
Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-
se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo
da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados
Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores
1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES
1 1 Definiccedilotildees
Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade
humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua
conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja
valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)
independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de
caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)
Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo
Dossier temaacutetico sobre Valores 2964
Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao
satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa
qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto
deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo
racional humano (2001 p 44)
No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS
pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores
significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno
seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais
lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que
promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os
princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o
seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o
respeito e a cooperaccedilatildeo
Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante
descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade
(1997 p 79)
12 Modelos de valores em sala de aula
Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores
Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)
121 Valores absolutos
Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e
normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma
autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos
indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave
medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo
previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios
mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo
O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para
conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de
que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3064
122 Valores relativos
Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute
baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da
verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio
mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela
praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia
pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc
A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o
que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de
tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no
momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros
possam pensar
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3164
Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o
trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua
autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e
normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam
orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os
valores
Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que
determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura
que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a
escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se
oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem
possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo
Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de
determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes
puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para
todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar
os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns
13 Classificaccedilatildeo de valores
Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da
seguinte maneira numa escala ascendente
(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc
(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc
(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc
(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc
(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc
(f) Valores religiosos sagrado profano etc
De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em
Dossier temaacutetico sobre Valores 3264
(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam
rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar
(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute
dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel
satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para
Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos
sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos
gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e
prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos
(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)
(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo
pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real
exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato
boa-feacutemaacute-feacute etc)
(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)
(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia
autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da
vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees
pessoais etc
(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed
Petroacutepolis RJ Vozes 2000
BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais
Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997
BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales
Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997
Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
Paulo Vida 2001
MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
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wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
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(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
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Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
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Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
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(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
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MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
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MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
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MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
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(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
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estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
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(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
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(BM Pinhal Novo Palmela)
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PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
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(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
VALORES
Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis
Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano
sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A
expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os
grupos dispotildeem para aceder aos valores
Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os
valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a
possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais
No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo
vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer
sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo
depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores
podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as
estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo
a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir
mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores
Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na
www ltURL httpwwwinfopediapt$valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1764
CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS
Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores
ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise
de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de
generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o
individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de
consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute
natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do
injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o
relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem
sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora
volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta
As principais causas para a crise de valores satildeo
- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e
ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que
substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos
valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto
de mecanismos mentais repressivos
- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia
primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees
violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar
tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos
- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas
mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade
moderna face aos valores tradicionais
- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na
descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e
pelo relativismo
A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo
melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para
a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees
Dossier temaacutetico sobre Valores 1864
interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a
maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois
subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais
parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute
apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas
Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1964
O QUE SAtildeO VALORES
O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR
PESQUISA
O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute
assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as
fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode
ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e
aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer
opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e
legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada
entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que
noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia
Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia
Dossier temaacutetico sobre Valores 2064
SIacuteNTESE
1 Valores
1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas
preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para
justificar as nossas decisotildees
2 Factos e valores
Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos
valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias
Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante
da semana era um domingo
Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um
domingo
Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os
dias da semana
3Facto
Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a
afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem
consensos universais
4 Valor
Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos
a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as
coisas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2164
b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-
as preferiacuteveis a outras
Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas
Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que
atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o
valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo
Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem
todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma
5 Tipos de valores
Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que
traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos
agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma
Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas
as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade
Lealdade Bondade Altruiacutesmo
Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime
Traacutegico
Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia
Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo
Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade
Valores vitais Sauacutede Forccedila
6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores
Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar
uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A
Dossier temaacutetico sobre Valores 2264
hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros
isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo
muacuteltiplas
Exemplo
A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares
Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que
hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades
bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar
7 Polaridade dos Valores
Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades
Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza
agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada
num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de
estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como
Injusto
Carlos Fontes
In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~
Dossier temaacutetico sobre Valores 2364
PERTINEcircNCIA DE VALORES
Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como
crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais
e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades
tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores
comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas
de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores
graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas
pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho
Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -
cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de
valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema
poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema
societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo
de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto
os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores
A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais
religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees
entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam
Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as
culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade
histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da
existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre
vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja
assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito
uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo
e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da
crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila
Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade
valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas
diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os
valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os
Dossier temaacutetico sobre Valores 2464
valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc
Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que
uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de
valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a
eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave
comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num
tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas
e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a
obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora
de casa e tecircm filhos pequenos) etc
Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas
sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a
uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos
novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de
desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da
toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de
voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos
sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres
viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de
assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos
valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais
Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]
Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 2564
DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E
SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os
valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute
quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os
valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi
publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio
quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o
egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que
promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de
etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo
excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores
da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo
lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais
entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos
professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas
desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os
docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila
Foto Pintura de Salvador Dali
In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml
Dossier temaacutetico sobre Valores 2664
A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Adolfo S Suaacuterez
Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso
de Teologia do Unasp
Centro Universitaacuterio Adventista
Campus Engenheiro Coelho (SP)
adolfosuarezunaspedubr
Introduccedilatildeo
1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores
11 Definiccedilotildees
12 Modelos de valores em sala de aula
121 Valores absolutos
122 Valores relativos
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
13 Classificaccedilatildeo de valores
14 Conclusatildeo parcial
2 Valores que devem ser ensinados
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
23 Conclusatildeo parcial
3 A transmissatildeo de valores
31 Como se aprendem os valores
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
33 A idade e o ensino de valores
34 Conclusatildeo parcial
Consideraccedilotildees finais
Referecircncias bibliograacuteficas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2764
Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo
Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde
Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula
The issue of values in the classroom
Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary
Education based on a Christian pedagogical practice
Keywords values christian education classroom
Dossier temaacutetico sobre Valores 2864
INTRODUCcedilAtildeO
Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS
2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da
experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e
cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e
espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)
Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas
fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade
promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a
inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)
No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de
estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das
faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)
Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo
meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo
quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e
aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)
Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido
vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo
no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar
desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de
professores ldquoconteudistasrdquo
Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser
mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno
porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de
apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa
formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores
Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-
se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo
da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados
Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores
1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES
1 1 Definiccedilotildees
Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade
humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua
conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja
valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)
independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de
caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)
Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo
Dossier temaacutetico sobre Valores 2964
Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao
satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa
qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto
deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo
racional humano (2001 p 44)
No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS
pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores
significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno
seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais
lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que
promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os
princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o
seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o
respeito e a cooperaccedilatildeo
Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante
descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade
(1997 p 79)
12 Modelos de valores em sala de aula
Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores
Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)
121 Valores absolutos
Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e
normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma
autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos
indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave
medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo
previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios
mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo
O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para
conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de
que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3064
122 Valores relativos
Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute
baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da
verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio
mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela
praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia
pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc
A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o
que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de
tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no
momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros
possam pensar
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3164
Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o
trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua
autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e
normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam
orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os
valores
Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que
determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura
que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a
escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se
oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem
possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo
Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de
determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes
puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para
todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar
os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns
13 Classificaccedilatildeo de valores
Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da
seguinte maneira numa escala ascendente
(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc
(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc
(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc
(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc
(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc
(f) Valores religiosos sagrado profano etc
De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em
Dossier temaacutetico sobre Valores 3264
(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam
rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar
(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute
dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel
satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para
Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos
sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos
gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e
prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos
(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)
(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo
pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real
exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato
boa-feacutemaacute-feacute etc)
(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)
(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia
autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da
vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees
pessoais etc
(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
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Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
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YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS
Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores
ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise
de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de
generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o
individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de
consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute
natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do
injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o
relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem
sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora
volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta
As principais causas para a crise de valores satildeo
- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e
ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que
substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos
valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto
de mecanismos mentais repressivos
- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia
primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees
violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar
tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos
- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas
mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade
moderna face aos valores tradicionais
- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na
descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e
pelo relativismo
A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo
melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para
a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees
Dossier temaacutetico sobre Valores 1864
interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a
maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois
subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais
parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute
apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas
Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1964
O QUE SAtildeO VALORES
O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR
PESQUISA
O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute
assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as
fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode
ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e
aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer
opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e
legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada
entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que
noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia
Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia
Dossier temaacutetico sobre Valores 2064
SIacuteNTESE
1 Valores
1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas
preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para
justificar as nossas decisotildees
2 Factos e valores
Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos
valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias
Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante
da semana era um domingo
Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um
domingo
Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os
dias da semana
3Facto
Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a
afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem
consensos universais
4 Valor
Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos
a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as
coisas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2164
b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-
as preferiacuteveis a outras
Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas
Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que
atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o
valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo
Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem
todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma
5 Tipos de valores
Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que
traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos
agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma
Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas
as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade
Lealdade Bondade Altruiacutesmo
Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime
Traacutegico
Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia
Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo
Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade
Valores vitais Sauacutede Forccedila
6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores
Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar
uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A
Dossier temaacutetico sobre Valores 2264
hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros
isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo
muacuteltiplas
Exemplo
A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares
Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que
hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades
bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar
7 Polaridade dos Valores
Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades
Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza
agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada
num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de
estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como
Injusto
Carlos Fontes
In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~
Dossier temaacutetico sobre Valores 2364
PERTINEcircNCIA DE VALORES
Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como
crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais
e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades
tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores
comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas
de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores
graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas
pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho
Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -
cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de
valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema
poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema
societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo
de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto
os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores
A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais
religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees
entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam
Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as
culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade
histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da
existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre
vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja
assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito
uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo
e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da
crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila
Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade
valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas
diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os
valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os
Dossier temaacutetico sobre Valores 2464
valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc
Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que
uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de
valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a
eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave
comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num
tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas
e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a
obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora
de casa e tecircm filhos pequenos) etc
Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas
sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a
uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos
novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de
desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da
toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de
voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos
sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres
viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de
assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos
valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais
Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]
Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 2564
DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E
SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os
valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute
quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os
valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi
publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio
quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o
egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que
promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de
etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo
excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores
da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo
lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais
entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos
professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas
desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os
docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila
Foto Pintura de Salvador Dali
In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml
Dossier temaacutetico sobre Valores 2664
A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Adolfo S Suaacuterez
Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso
de Teologia do Unasp
Centro Universitaacuterio Adventista
Campus Engenheiro Coelho (SP)
adolfosuarezunaspedubr
Introduccedilatildeo
1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores
11 Definiccedilotildees
12 Modelos de valores em sala de aula
121 Valores absolutos
122 Valores relativos
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
13 Classificaccedilatildeo de valores
14 Conclusatildeo parcial
2 Valores que devem ser ensinados
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
23 Conclusatildeo parcial
3 A transmissatildeo de valores
31 Como se aprendem os valores
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
33 A idade e o ensino de valores
34 Conclusatildeo parcial
Consideraccedilotildees finais
Referecircncias bibliograacuteficas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2764
Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo
Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde
Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula
The issue of values in the classroom
Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary
Education based on a Christian pedagogical practice
Keywords values christian education classroom
Dossier temaacutetico sobre Valores 2864
INTRODUCcedilAtildeO
Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS
2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da
experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e
cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e
espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)
Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas
fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade
promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a
inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)
No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de
estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das
faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)
Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo
meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo
quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e
aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)
Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido
vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo
no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar
desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de
professores ldquoconteudistasrdquo
Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser
mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno
porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de
apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa
formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores
Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-
se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo
da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados
Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores
1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES
1 1 Definiccedilotildees
Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade
humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua
conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja
valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)
independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de
caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)
Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo
Dossier temaacutetico sobre Valores 2964
Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao
satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa
qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto
deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo
racional humano (2001 p 44)
No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS
pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores
significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno
seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais
lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que
promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os
princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o
seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o
respeito e a cooperaccedilatildeo
Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante
descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade
(1997 p 79)
12 Modelos de valores em sala de aula
Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores
Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)
121 Valores absolutos
Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e
normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma
autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos
indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave
medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo
previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios
mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo
O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para
conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de
que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3064
122 Valores relativos
Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute
baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da
verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio
mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela
praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia
pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc
A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o
que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de
tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no
momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros
possam pensar
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3164
Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o
trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua
autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e
normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam
orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os
valores
Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que
determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura
que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a
escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se
oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem
possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo
Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de
determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes
puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para
todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar
os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns
13 Classificaccedilatildeo de valores
Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da
seguinte maneira numa escala ascendente
(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc
(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc
(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc
(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc
(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc
(f) Valores religiosos sagrado profano etc
De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em
Dossier temaacutetico sobre Valores 3264
(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam
rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar
(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute
dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel
satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para
Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos
sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos
gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e
prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos
(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)
(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo
pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real
exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato
boa-feacutemaacute-feacute etc)
(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)
(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia
autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da
vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees
pessoais etc
(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed
Petroacutepolis RJ Vozes 2000
BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais
Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997
BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales
Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997
Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
Paulo Vida 2001
MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
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wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
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wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
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(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
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Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
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Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
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(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a
maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois
subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais
parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute
apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas
Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-
06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 1964
O QUE SAtildeO VALORES
O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR
PESQUISA
O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute
assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as
fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode
ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e
aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer
opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e
legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada
entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que
noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia
Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia
Dossier temaacutetico sobre Valores 2064
SIacuteNTESE
1 Valores
1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas
preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para
justificar as nossas decisotildees
2 Factos e valores
Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos
valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias
Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante
da semana era um domingo
Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um
domingo
Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os
dias da semana
3Facto
Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a
afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem
consensos universais
4 Valor
Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos
a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as
coisas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2164
b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-
as preferiacuteveis a outras
Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas
Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que
atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o
valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo
Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem
todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma
5 Tipos de valores
Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que
traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos
agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma
Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas
as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade
Lealdade Bondade Altruiacutesmo
Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime
Traacutegico
Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia
Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo
Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade
Valores vitais Sauacutede Forccedila
6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores
Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar
uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A
Dossier temaacutetico sobre Valores 2264
hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros
isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo
muacuteltiplas
Exemplo
A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares
Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que
hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades
bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar
7 Polaridade dos Valores
Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades
Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza
agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada
num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de
estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como
Injusto
Carlos Fontes
In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~
Dossier temaacutetico sobre Valores 2364
PERTINEcircNCIA DE VALORES
Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como
crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais
e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades
tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores
comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas
de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores
graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas
pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho
Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -
cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de
valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema
poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema
societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo
de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto
os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores
A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais
religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees
entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam
Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as
culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade
histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da
existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre
vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja
assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito
uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo
e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da
crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila
Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade
valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas
diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os
valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os
Dossier temaacutetico sobre Valores 2464
valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc
Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que
uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de
valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a
eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave
comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num
tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas
e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a
obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora
de casa e tecircm filhos pequenos) etc
Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas
sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a
uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos
novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de
desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da
toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de
voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos
sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres
viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de
assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos
valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais
Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]
Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 2564
DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E
SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os
valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute
quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os
valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi
publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio
quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o
egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que
promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de
etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo
excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores
da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo
lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais
entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos
professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas
desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os
docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila
Foto Pintura de Salvador Dali
In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml
Dossier temaacutetico sobre Valores 2664
A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Adolfo S Suaacuterez
Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso
de Teologia do Unasp
Centro Universitaacuterio Adventista
Campus Engenheiro Coelho (SP)
adolfosuarezunaspedubr
Introduccedilatildeo
1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores
11 Definiccedilotildees
12 Modelos de valores em sala de aula
121 Valores absolutos
122 Valores relativos
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
13 Classificaccedilatildeo de valores
14 Conclusatildeo parcial
2 Valores que devem ser ensinados
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
23 Conclusatildeo parcial
3 A transmissatildeo de valores
31 Como se aprendem os valores
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
33 A idade e o ensino de valores
34 Conclusatildeo parcial
Consideraccedilotildees finais
Referecircncias bibliograacuteficas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2764
Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo
Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde
Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula
The issue of values in the classroom
Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary
Education based on a Christian pedagogical practice
Keywords values christian education classroom
Dossier temaacutetico sobre Valores 2864
INTRODUCcedilAtildeO
Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS
2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da
experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e
cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e
espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)
Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas
fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade
promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a
inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)
No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de
estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das
faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)
Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo
meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo
quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e
aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)
Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido
vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo
no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar
desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de
professores ldquoconteudistasrdquo
Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser
mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno
porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de
apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa
formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores
Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-
se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo
da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados
Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores
1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES
1 1 Definiccedilotildees
Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade
humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua
conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja
valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)
independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de
caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)
Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo
Dossier temaacutetico sobre Valores 2964
Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao
satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa
qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto
deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo
racional humano (2001 p 44)
No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS
pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores
significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno
seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais
lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que
promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os
princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o
seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o
respeito e a cooperaccedilatildeo
Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante
descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade
(1997 p 79)
12 Modelos de valores em sala de aula
Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores
Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)
121 Valores absolutos
Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e
normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma
autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos
indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave
medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo
previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios
mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo
O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para
conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de
que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3064
122 Valores relativos
Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute
baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da
verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio
mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela
praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia
pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc
A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o
que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de
tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no
momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros
possam pensar
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3164
Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o
trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua
autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e
normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam
orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os
valores
Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que
determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura
que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a
escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se
oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem
possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo
Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de
determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes
puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para
todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar
os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns
13 Classificaccedilatildeo de valores
Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da
seguinte maneira numa escala ascendente
(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc
(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc
(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc
(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc
(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc
(f) Valores religiosos sagrado profano etc
De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em
Dossier temaacutetico sobre Valores 3264
(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam
rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar
(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute
dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel
satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para
Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos
sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos
gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e
prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos
(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)
(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo
pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real
exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato
boa-feacutemaacute-feacute etc)
(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)
(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia
autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da
vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees
pessoais etc
(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
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YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
O QUE SAtildeO VALORES
O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR
PESQUISA
O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute
assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as
fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode
ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e
aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer
opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e
legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada
entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que
noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia
Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia
Dossier temaacutetico sobre Valores 2064
SIacuteNTESE
1 Valores
1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas
preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para
justificar as nossas decisotildees
2 Factos e valores
Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos
valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias
Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante
da semana era um domingo
Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um
domingo
Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os
dias da semana
3Facto
Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a
afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem
consensos universais
4 Valor
Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos
a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as
coisas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2164
b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-
as preferiacuteveis a outras
Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas
Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que
atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o
valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo
Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem
todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma
5 Tipos de valores
Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que
traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos
agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma
Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas
as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade
Lealdade Bondade Altruiacutesmo
Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime
Traacutegico
Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia
Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo
Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade
Valores vitais Sauacutede Forccedila
6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores
Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar
uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A
Dossier temaacutetico sobre Valores 2264
hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros
isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo
muacuteltiplas
Exemplo
A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares
Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que
hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades
bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar
7 Polaridade dos Valores
Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades
Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza
agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada
num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de
estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como
Injusto
Carlos Fontes
In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~
Dossier temaacutetico sobre Valores 2364
PERTINEcircNCIA DE VALORES
Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como
crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais
e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades
tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores
comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas
de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores
graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas
pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho
Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -
cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de
valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema
poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema
societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo
de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto
os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores
A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais
religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees
entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam
Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as
culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade
histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da
existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre
vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja
assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito
uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo
e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da
crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila
Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade
valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas
diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os
valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os
Dossier temaacutetico sobre Valores 2464
valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc
Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que
uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de
valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a
eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave
comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num
tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas
e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a
obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora
de casa e tecircm filhos pequenos) etc
Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas
sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a
uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos
novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de
desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da
toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de
voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos
sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres
viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de
assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos
valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais
Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]
Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 2564
DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E
SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os
valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute
quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os
valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi
publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio
quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o
egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que
promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de
etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo
excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores
da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo
lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais
entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos
professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas
desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os
docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila
Foto Pintura de Salvador Dali
In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml
Dossier temaacutetico sobre Valores 2664
A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Adolfo S Suaacuterez
Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso
de Teologia do Unasp
Centro Universitaacuterio Adventista
Campus Engenheiro Coelho (SP)
adolfosuarezunaspedubr
Introduccedilatildeo
1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores
11 Definiccedilotildees
12 Modelos de valores em sala de aula
121 Valores absolutos
122 Valores relativos
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
13 Classificaccedilatildeo de valores
14 Conclusatildeo parcial
2 Valores que devem ser ensinados
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
23 Conclusatildeo parcial
3 A transmissatildeo de valores
31 Como se aprendem os valores
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
33 A idade e o ensino de valores
34 Conclusatildeo parcial
Consideraccedilotildees finais
Referecircncias bibliograacuteficas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2764
Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo
Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde
Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula
The issue of values in the classroom
Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary
Education based on a Christian pedagogical practice
Keywords values christian education classroom
Dossier temaacutetico sobre Valores 2864
INTRODUCcedilAtildeO
Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS
2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da
experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e
cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e
espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)
Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas
fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade
promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a
inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)
No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de
estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das
faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)
Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo
meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo
quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e
aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)
Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido
vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo
no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar
desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de
professores ldquoconteudistasrdquo
Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser
mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno
porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de
apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa
formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores
Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-
se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo
da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados
Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores
1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES
1 1 Definiccedilotildees
Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade
humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua
conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja
valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)
independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de
caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)
Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo
Dossier temaacutetico sobre Valores 2964
Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao
satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa
qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto
deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo
racional humano (2001 p 44)
No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS
pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores
significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno
seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais
lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que
promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os
princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o
seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o
respeito e a cooperaccedilatildeo
Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante
descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade
(1997 p 79)
12 Modelos de valores em sala de aula
Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores
Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)
121 Valores absolutos
Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e
normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma
autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos
indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave
medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo
previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios
mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo
O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para
conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de
que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3064
122 Valores relativos
Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute
baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da
verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio
mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela
praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia
pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc
A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o
que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de
tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no
momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros
possam pensar
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3164
Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o
trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua
autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e
normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam
orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os
valores
Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que
determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura
que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a
escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se
oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem
possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo
Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de
determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes
puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para
todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar
os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns
13 Classificaccedilatildeo de valores
Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da
seguinte maneira numa escala ascendente
(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc
(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc
(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc
(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc
(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc
(f) Valores religiosos sagrado profano etc
De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em
Dossier temaacutetico sobre Valores 3264
(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam
rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar
(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute
dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel
satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para
Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos
sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos
gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e
prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos
(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)
(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo
pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real
exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato
boa-feacutemaacute-feacute etc)
(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)
(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia
autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da
vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees
pessoais etc
(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed
Petroacutepolis RJ Vozes 2000
BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais
Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997
BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales
Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997
Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
Paulo Vida 2001
MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
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documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
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(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
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Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
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(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
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Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
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BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
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Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
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Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
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DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
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(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
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(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
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Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
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(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
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MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
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estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
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Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
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(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
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(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
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(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
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(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
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Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
SIacuteNTESE
1 Valores
1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas
preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para
justificar as nossas decisotildees
2 Factos e valores
Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos
valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias
Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante
da semana era um domingo
Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um
domingo
Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os
dias da semana
3Facto
Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a
afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem
consensos universais
4 Valor
Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos
a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as
coisas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2164
b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-
as preferiacuteveis a outras
Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas
Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que
atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o
valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo
Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem
todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma
5 Tipos de valores
Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que
traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos
agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma
Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas
as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade
Lealdade Bondade Altruiacutesmo
Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime
Traacutegico
Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia
Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo
Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade
Valores vitais Sauacutede Forccedila
6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores
Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar
uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A
Dossier temaacutetico sobre Valores 2264
hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros
isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo
muacuteltiplas
Exemplo
A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares
Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que
hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades
bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar
7 Polaridade dos Valores
Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades
Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza
agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada
num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de
estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como
Injusto
Carlos Fontes
In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~
Dossier temaacutetico sobre Valores 2364
PERTINEcircNCIA DE VALORES
Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como
crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais
e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades
tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores
comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas
de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores
graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas
pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho
Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -
cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de
valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema
poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema
societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo
de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto
os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores
A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais
religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees
entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam
Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as
culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade
histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da
existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre
vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja
assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito
uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo
e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da
crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila
Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade
valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas
diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os
valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os
Dossier temaacutetico sobre Valores 2464
valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc
Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que
uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de
valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a
eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave
comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num
tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas
e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a
obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora
de casa e tecircm filhos pequenos) etc
Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas
sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a
uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos
novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de
desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da
toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de
voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos
sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres
viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de
assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos
valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais
Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]
Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 2564
DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E
SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os
valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute
quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os
valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi
publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio
quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o
egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que
promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de
etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo
excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores
da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo
lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais
entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos
professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas
desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os
docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila
Foto Pintura de Salvador Dali
In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml
Dossier temaacutetico sobre Valores 2664
A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Adolfo S Suaacuterez
Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso
de Teologia do Unasp
Centro Universitaacuterio Adventista
Campus Engenheiro Coelho (SP)
adolfosuarezunaspedubr
Introduccedilatildeo
1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores
11 Definiccedilotildees
12 Modelos de valores em sala de aula
121 Valores absolutos
122 Valores relativos
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
13 Classificaccedilatildeo de valores
14 Conclusatildeo parcial
2 Valores que devem ser ensinados
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
23 Conclusatildeo parcial
3 A transmissatildeo de valores
31 Como se aprendem os valores
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
33 A idade e o ensino de valores
34 Conclusatildeo parcial
Consideraccedilotildees finais
Referecircncias bibliograacuteficas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2764
Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo
Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde
Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula
The issue of values in the classroom
Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary
Education based on a Christian pedagogical practice
Keywords values christian education classroom
Dossier temaacutetico sobre Valores 2864
INTRODUCcedilAtildeO
Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS
2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da
experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e
cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e
espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)
Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas
fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade
promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a
inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)
No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de
estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das
faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)
Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo
meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo
quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e
aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)
Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido
vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo
no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar
desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de
professores ldquoconteudistasrdquo
Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser
mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno
porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de
apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa
formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores
Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-
se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo
da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados
Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores
1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES
1 1 Definiccedilotildees
Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade
humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua
conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja
valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)
independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de
caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)
Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo
Dossier temaacutetico sobre Valores 2964
Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao
satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa
qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto
deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo
racional humano (2001 p 44)
No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS
pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores
significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno
seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais
lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que
promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os
princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o
seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o
respeito e a cooperaccedilatildeo
Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante
descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade
(1997 p 79)
12 Modelos de valores em sala de aula
Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores
Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)
121 Valores absolutos
Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e
normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma
autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos
indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave
medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo
previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios
mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo
O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para
conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de
que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3064
122 Valores relativos
Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute
baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da
verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio
mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela
praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia
pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc
A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o
que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de
tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no
momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros
possam pensar
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3164
Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o
trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua
autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e
normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam
orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os
valores
Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que
determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura
que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a
escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se
oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem
possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo
Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de
determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes
puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para
todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar
os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns
13 Classificaccedilatildeo de valores
Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da
seguinte maneira numa escala ascendente
(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc
(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc
(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc
(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc
(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc
(f) Valores religiosos sagrado profano etc
De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em
Dossier temaacutetico sobre Valores 3264
(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam
rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar
(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute
dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel
satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para
Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos
sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos
gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e
prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos
(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)
(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo
pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real
exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato
boa-feacutemaacute-feacute etc)
(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)
(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia
autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da
vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees
pessoais etc
(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed
Petroacutepolis RJ Vozes 2000
BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais
Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997
BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales
Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997
Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
Paulo Vida 2001
MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
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Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
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Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-
as preferiacuteveis a outras
Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas
Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que
atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o
valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo
Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem
todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma
5 Tipos de valores
Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que
traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos
agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma
Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas
as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade
Lealdade Bondade Altruiacutesmo
Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime
Traacutegico
Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia
Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo
Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade
Valores vitais Sauacutede Forccedila
6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores
Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar
uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A
Dossier temaacutetico sobre Valores 2264
hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros
isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo
muacuteltiplas
Exemplo
A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares
Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que
hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades
bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar
7 Polaridade dos Valores
Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades
Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza
agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada
num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de
estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como
Injusto
Carlos Fontes
In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~
Dossier temaacutetico sobre Valores 2364
PERTINEcircNCIA DE VALORES
Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como
crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais
e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades
tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores
comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas
de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores
graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas
pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho
Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -
cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de
valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema
poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema
societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo
de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto
os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores
A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais
religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees
entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam
Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as
culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade
histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da
existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre
vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja
assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito
uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo
e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da
crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila
Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade
valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas
diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os
valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os
Dossier temaacutetico sobre Valores 2464
valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc
Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que
uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de
valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a
eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave
comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num
tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas
e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a
obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora
de casa e tecircm filhos pequenos) etc
Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas
sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a
uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos
novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de
desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da
toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de
voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos
sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres
viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de
assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos
valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais
Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]
Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 2564
DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E
SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os
valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute
quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os
valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi
publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio
quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o
egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que
promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de
etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo
excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores
da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo
lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais
entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos
professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas
desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os
docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila
Foto Pintura de Salvador Dali
In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml
Dossier temaacutetico sobre Valores 2664
A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Adolfo S Suaacuterez
Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso
de Teologia do Unasp
Centro Universitaacuterio Adventista
Campus Engenheiro Coelho (SP)
adolfosuarezunaspedubr
Introduccedilatildeo
1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores
11 Definiccedilotildees
12 Modelos de valores em sala de aula
121 Valores absolutos
122 Valores relativos
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
13 Classificaccedilatildeo de valores
14 Conclusatildeo parcial
2 Valores que devem ser ensinados
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
23 Conclusatildeo parcial
3 A transmissatildeo de valores
31 Como se aprendem os valores
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
33 A idade e o ensino de valores
34 Conclusatildeo parcial
Consideraccedilotildees finais
Referecircncias bibliograacuteficas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2764
Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo
Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde
Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula
The issue of values in the classroom
Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary
Education based on a Christian pedagogical practice
Keywords values christian education classroom
Dossier temaacutetico sobre Valores 2864
INTRODUCcedilAtildeO
Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS
2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da
experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e
cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e
espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)
Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas
fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade
promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a
inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)
No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de
estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das
faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)
Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo
meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo
quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e
aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)
Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido
vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo
no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar
desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de
professores ldquoconteudistasrdquo
Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser
mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno
porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de
apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa
formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores
Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-
se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo
da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados
Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores
1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES
1 1 Definiccedilotildees
Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade
humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua
conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja
valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)
independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de
caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)
Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo
Dossier temaacutetico sobre Valores 2964
Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao
satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa
qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto
deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo
racional humano (2001 p 44)
No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS
pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores
significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno
seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais
lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que
promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os
princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o
seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o
respeito e a cooperaccedilatildeo
Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante
descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade
(1997 p 79)
12 Modelos de valores em sala de aula
Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores
Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)
121 Valores absolutos
Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e
normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma
autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos
indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave
medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo
previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios
mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo
O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para
conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de
que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3064
122 Valores relativos
Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute
baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da
verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio
mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela
praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia
pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc
A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o
que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de
tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no
momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros
possam pensar
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3164
Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o
trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua
autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e
normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam
orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os
valores
Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que
determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura
que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a
escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se
oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem
possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo
Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de
determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes
puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para
todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar
os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns
13 Classificaccedilatildeo de valores
Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da
seguinte maneira numa escala ascendente
(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc
(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc
(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc
(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc
(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc
(f) Valores religiosos sagrado profano etc
De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em
Dossier temaacutetico sobre Valores 3264
(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam
rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar
(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute
dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel
satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para
Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos
sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos
gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e
prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos
(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)
(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo
pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real
exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato
boa-feacutemaacute-feacute etc)
(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)
(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia
autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da
vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees
pessoais etc
(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
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Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
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Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros
isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo
muacuteltiplas
Exemplo
A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares
Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que
hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades
bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar
7 Polaridade dos Valores
Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades
Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza
agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada
num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de
estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como
Injusto
Carlos Fontes
In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~
Dossier temaacutetico sobre Valores 2364
PERTINEcircNCIA DE VALORES
Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como
crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais
e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades
tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores
comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas
de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores
graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas
pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho
Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -
cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de
valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema
poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema
societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo
de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto
os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores
A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais
religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees
entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam
Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as
culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade
histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da
existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre
vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja
assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito
uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo
e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da
crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila
Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade
valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas
diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os
valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os
Dossier temaacutetico sobre Valores 2464
valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc
Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que
uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de
valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a
eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave
comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num
tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas
e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a
obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora
de casa e tecircm filhos pequenos) etc
Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas
sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a
uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos
novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de
desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da
toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de
voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos
sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres
viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de
assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos
valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais
Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]
Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 2564
DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E
SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os
valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute
quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os
valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi
publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio
quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o
egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que
promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de
etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo
excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores
da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo
lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais
entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos
professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas
desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os
docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila
Foto Pintura de Salvador Dali
In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml
Dossier temaacutetico sobre Valores 2664
A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Adolfo S Suaacuterez
Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso
de Teologia do Unasp
Centro Universitaacuterio Adventista
Campus Engenheiro Coelho (SP)
adolfosuarezunaspedubr
Introduccedilatildeo
1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores
11 Definiccedilotildees
12 Modelos de valores em sala de aula
121 Valores absolutos
122 Valores relativos
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
13 Classificaccedilatildeo de valores
14 Conclusatildeo parcial
2 Valores que devem ser ensinados
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
23 Conclusatildeo parcial
3 A transmissatildeo de valores
31 Como se aprendem os valores
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
33 A idade e o ensino de valores
34 Conclusatildeo parcial
Consideraccedilotildees finais
Referecircncias bibliograacuteficas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2764
Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo
Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde
Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula
The issue of values in the classroom
Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary
Education based on a Christian pedagogical practice
Keywords values christian education classroom
Dossier temaacutetico sobre Valores 2864
INTRODUCcedilAtildeO
Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS
2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da
experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e
cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e
espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)
Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas
fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade
promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a
inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)
No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de
estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das
faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)
Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo
meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo
quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e
aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)
Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido
vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo
no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar
desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de
professores ldquoconteudistasrdquo
Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser
mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno
porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de
apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa
formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores
Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-
se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo
da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados
Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores
1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES
1 1 Definiccedilotildees
Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade
humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua
conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja
valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)
independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de
caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)
Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo
Dossier temaacutetico sobre Valores 2964
Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao
satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa
qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto
deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo
racional humano (2001 p 44)
No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS
pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores
significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno
seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais
lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que
promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os
princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o
seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o
respeito e a cooperaccedilatildeo
Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante
descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade
(1997 p 79)
12 Modelos de valores em sala de aula
Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores
Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)
121 Valores absolutos
Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e
normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma
autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos
indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave
medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo
previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios
mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo
O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para
conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de
que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3064
122 Valores relativos
Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute
baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da
verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio
mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela
praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia
pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc
A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o
que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de
tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no
momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros
possam pensar
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3164
Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o
trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua
autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e
normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam
orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os
valores
Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que
determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura
que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a
escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se
oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem
possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo
Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de
determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes
puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para
todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar
os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns
13 Classificaccedilatildeo de valores
Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da
seguinte maneira numa escala ascendente
(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc
(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc
(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc
(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc
(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc
(f) Valores religiosos sagrado profano etc
De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em
Dossier temaacutetico sobre Valores 3264
(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam
rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar
(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute
dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel
satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para
Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos
sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos
gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e
prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos
(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)
(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo
pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real
exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato
boa-feacutemaacute-feacute etc)
(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)
(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia
autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da
vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees
pessoais etc
(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed
Petroacutepolis RJ Vozes 2000
BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais
Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997
BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales
Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997
Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
Paulo Vida 2001
MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
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(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
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(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
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(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
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BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
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(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
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Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
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(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
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Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
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(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
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(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
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MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
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(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
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MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
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estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
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(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
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(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
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(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
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(BM Pinhal Novo)
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Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
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(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
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(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
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Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
PERTINEcircNCIA DE VALORES
Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como
crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais
e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades
tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores
comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas
de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores
graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas
pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho
Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -
cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de
valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema
poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema
societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo
de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto
os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores
A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais
religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees
entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam
Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as
culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade
histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da
existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre
vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja
assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito
uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo
e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da
crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila
Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade
valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas
diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os
valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os
Dossier temaacutetico sobre Valores 2464
valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc
Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que
uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de
valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a
eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave
comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num
tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas
e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a
obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora
de casa e tecircm filhos pequenos) etc
Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas
sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a
uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos
novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de
desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da
toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de
voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos
sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres
viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de
assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos
valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais
Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]
Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 2564
DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E
SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os
valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute
quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os
valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi
publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio
quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o
egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que
promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de
etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo
excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores
da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo
lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais
entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos
professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas
desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os
docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila
Foto Pintura de Salvador Dali
In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml
Dossier temaacutetico sobre Valores 2664
A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Adolfo S Suaacuterez
Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso
de Teologia do Unasp
Centro Universitaacuterio Adventista
Campus Engenheiro Coelho (SP)
adolfosuarezunaspedubr
Introduccedilatildeo
1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores
11 Definiccedilotildees
12 Modelos de valores em sala de aula
121 Valores absolutos
122 Valores relativos
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
13 Classificaccedilatildeo de valores
14 Conclusatildeo parcial
2 Valores que devem ser ensinados
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
23 Conclusatildeo parcial
3 A transmissatildeo de valores
31 Como se aprendem os valores
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
33 A idade e o ensino de valores
34 Conclusatildeo parcial
Consideraccedilotildees finais
Referecircncias bibliograacuteficas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2764
Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo
Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde
Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula
The issue of values in the classroom
Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary
Education based on a Christian pedagogical practice
Keywords values christian education classroom
Dossier temaacutetico sobre Valores 2864
INTRODUCcedilAtildeO
Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS
2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da
experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e
cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e
espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)
Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas
fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade
promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a
inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)
No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de
estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das
faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)
Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo
meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo
quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e
aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)
Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido
vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo
no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar
desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de
professores ldquoconteudistasrdquo
Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser
mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno
porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de
apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa
formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores
Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-
se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo
da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados
Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores
1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES
1 1 Definiccedilotildees
Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade
humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua
conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja
valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)
independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de
caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)
Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo
Dossier temaacutetico sobre Valores 2964
Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao
satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa
qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto
deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo
racional humano (2001 p 44)
No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS
pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores
significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno
seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais
lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que
promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os
princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o
seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o
respeito e a cooperaccedilatildeo
Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante
descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade
(1997 p 79)
12 Modelos de valores em sala de aula
Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores
Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)
121 Valores absolutos
Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e
normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma
autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos
indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave
medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo
previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios
mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo
O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para
conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de
que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3064
122 Valores relativos
Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute
baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da
verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio
mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela
praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia
pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc
A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o
que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de
tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no
momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros
possam pensar
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3164
Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o
trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua
autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e
normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam
orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os
valores
Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que
determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura
que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a
escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se
oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem
possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo
Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de
determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes
puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para
todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar
os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns
13 Classificaccedilatildeo de valores
Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da
seguinte maneira numa escala ascendente
(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc
(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc
(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc
(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc
(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc
(f) Valores religiosos sagrado profano etc
De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em
Dossier temaacutetico sobre Valores 3264
(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam
rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar
(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute
dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel
satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para
Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos
sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos
gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e
prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos
(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)
(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo
pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real
exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato
boa-feacutemaacute-feacute etc)
(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)
(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia
autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da
vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees
pessoais etc
(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed
Petroacutepolis RJ Vozes 2000
BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais
Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997
BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales
Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997
Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
Paulo Vida 2001
MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
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DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc
Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que
uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de
valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a
eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave
comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num
tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas
e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a
obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora
de casa e tecircm filhos pequenos) etc
Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas
sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a
uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos
novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de
desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da
toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de
voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos
sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres
viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de
assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos
valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais
Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]
Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt
Dossier temaacutetico sobre Valores 2564
DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E
SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os
valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute
quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os
valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi
publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio
quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o
egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que
promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de
etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo
excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores
da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo
lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais
entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos
professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas
desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os
docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila
Foto Pintura de Salvador Dali
In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml
Dossier temaacutetico sobre Valores 2664
A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Adolfo S Suaacuterez
Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso
de Teologia do Unasp
Centro Universitaacuterio Adventista
Campus Engenheiro Coelho (SP)
adolfosuarezunaspedubr
Introduccedilatildeo
1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores
11 Definiccedilotildees
12 Modelos de valores em sala de aula
121 Valores absolutos
122 Valores relativos
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
13 Classificaccedilatildeo de valores
14 Conclusatildeo parcial
2 Valores que devem ser ensinados
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
23 Conclusatildeo parcial
3 A transmissatildeo de valores
31 Como se aprendem os valores
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
33 A idade e o ensino de valores
34 Conclusatildeo parcial
Consideraccedilotildees finais
Referecircncias bibliograacuteficas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2764
Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo
Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde
Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula
The issue of values in the classroom
Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary
Education based on a Christian pedagogical practice
Keywords values christian education classroom
Dossier temaacutetico sobre Valores 2864
INTRODUCcedilAtildeO
Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS
2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da
experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e
cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e
espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)
Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas
fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade
promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a
inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)
No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de
estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das
faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)
Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo
meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo
quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e
aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)
Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido
vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo
no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar
desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de
professores ldquoconteudistasrdquo
Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser
mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno
porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de
apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa
formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores
Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-
se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo
da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados
Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores
1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES
1 1 Definiccedilotildees
Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade
humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua
conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja
valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)
independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de
caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)
Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo
Dossier temaacutetico sobre Valores 2964
Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao
satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa
qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto
deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo
racional humano (2001 p 44)
No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS
pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores
significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno
seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais
lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que
promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os
princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o
seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o
respeito e a cooperaccedilatildeo
Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante
descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade
(1997 p 79)
12 Modelos de valores em sala de aula
Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores
Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)
121 Valores absolutos
Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e
normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma
autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos
indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave
medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo
previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios
mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo
O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para
conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de
que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3064
122 Valores relativos
Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute
baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da
verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio
mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela
praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia
pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc
A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o
que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de
tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no
momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros
possam pensar
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3164
Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o
trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua
autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e
normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam
orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os
valores
Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que
determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura
que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a
escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se
oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem
possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo
Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de
determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes
puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para
todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar
os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns
13 Classificaccedilatildeo de valores
Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da
seguinte maneira numa escala ascendente
(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc
(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc
(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc
(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc
(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc
(f) Valores religiosos sagrado profano etc
De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em
Dossier temaacutetico sobre Valores 3264
(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam
rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar
(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute
dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel
satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para
Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos
sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos
gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e
prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos
(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)
(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo
pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real
exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato
boa-feacutemaacute-feacute etc)
(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)
(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia
autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da
vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees
pessoais etc
(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed
Petroacutepolis RJ Vozes 2000
BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais
Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997
BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales
Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997
Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
Paulo Vida 2001
MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
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(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
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PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E
SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os
valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute
quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os
valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi
publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio
quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o
egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que
promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de
etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo
excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores
da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo
lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais
entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos
professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas
desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os
docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila
Foto Pintura de Salvador Dali
In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml
Dossier temaacutetico sobre Valores 2664
A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Adolfo S Suaacuterez
Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso
de Teologia do Unasp
Centro Universitaacuterio Adventista
Campus Engenheiro Coelho (SP)
adolfosuarezunaspedubr
Introduccedilatildeo
1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores
11 Definiccedilotildees
12 Modelos de valores em sala de aula
121 Valores absolutos
122 Valores relativos
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
13 Classificaccedilatildeo de valores
14 Conclusatildeo parcial
2 Valores que devem ser ensinados
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
23 Conclusatildeo parcial
3 A transmissatildeo de valores
31 Como se aprendem os valores
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
33 A idade e o ensino de valores
34 Conclusatildeo parcial
Consideraccedilotildees finais
Referecircncias bibliograacuteficas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2764
Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo
Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde
Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula
The issue of values in the classroom
Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary
Education based on a Christian pedagogical practice
Keywords values christian education classroom
Dossier temaacutetico sobre Valores 2864
INTRODUCcedilAtildeO
Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS
2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da
experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e
cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e
espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)
Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas
fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade
promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a
inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)
No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de
estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das
faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)
Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo
meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo
quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e
aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)
Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido
vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo
no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar
desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de
professores ldquoconteudistasrdquo
Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser
mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno
porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de
apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa
formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores
Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-
se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo
da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados
Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores
1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES
1 1 Definiccedilotildees
Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade
humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua
conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja
valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)
independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de
caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)
Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo
Dossier temaacutetico sobre Valores 2964
Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao
satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa
qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto
deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo
racional humano (2001 p 44)
No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS
pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores
significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno
seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais
lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que
promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os
princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o
seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o
respeito e a cooperaccedilatildeo
Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante
descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade
(1997 p 79)
12 Modelos de valores em sala de aula
Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores
Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)
121 Valores absolutos
Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e
normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma
autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos
indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave
medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo
previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios
mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo
O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para
conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de
que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3064
122 Valores relativos
Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute
baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da
verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio
mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela
praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia
pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc
A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o
que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de
tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no
momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros
possam pensar
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3164
Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o
trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua
autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e
normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam
orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os
valores
Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que
determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura
que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a
escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se
oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem
possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo
Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de
determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes
puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para
todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar
os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns
13 Classificaccedilatildeo de valores
Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da
seguinte maneira numa escala ascendente
(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc
(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc
(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc
(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc
(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc
(f) Valores religiosos sagrado profano etc
De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em
Dossier temaacutetico sobre Valores 3264
(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam
rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar
(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute
dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel
satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para
Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos
sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos
gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e
prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos
(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)
(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo
pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real
exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato
boa-feacutemaacute-feacute etc)
(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)
(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia
autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da
vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees
pessoais etc
(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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Petroacutepolis RJ Vozes 2000
BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais
Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997
BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales
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Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
Paulo Vida 2001
MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Adolfo S Suaacuterez
Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso
de Teologia do Unasp
Centro Universitaacuterio Adventista
Campus Engenheiro Coelho (SP)
adolfosuarezunaspedubr
Introduccedilatildeo
1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores
11 Definiccedilotildees
12 Modelos de valores em sala de aula
121 Valores absolutos
122 Valores relativos
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
13 Classificaccedilatildeo de valores
14 Conclusatildeo parcial
2 Valores que devem ser ensinados
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
23 Conclusatildeo parcial
3 A transmissatildeo de valores
31 Como se aprendem os valores
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
33 A idade e o ensino de valores
34 Conclusatildeo parcial
Consideraccedilotildees finais
Referecircncias bibliograacuteficas
Dossier temaacutetico sobre Valores 2764
Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo
Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde
Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula
The issue of values in the classroom
Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary
Education based on a Christian pedagogical practice
Keywords values christian education classroom
Dossier temaacutetico sobre Valores 2864
INTRODUCcedilAtildeO
Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS
2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da
experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e
cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e
espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)
Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas
fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade
promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a
inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)
No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de
estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das
faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)
Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo
meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo
quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e
aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)
Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido
vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo
no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar
desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de
professores ldquoconteudistasrdquo
Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser
mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno
porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de
apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa
formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores
Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-
se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo
da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados
Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores
1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES
1 1 Definiccedilotildees
Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade
humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua
conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja
valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)
independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de
caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)
Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo
Dossier temaacutetico sobre Valores 2964
Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao
satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa
qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto
deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo
racional humano (2001 p 44)
No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS
pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores
significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno
seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais
lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que
promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os
princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o
seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o
respeito e a cooperaccedilatildeo
Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante
descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade
(1997 p 79)
12 Modelos de valores em sala de aula
Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores
Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)
121 Valores absolutos
Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e
normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma
autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos
indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave
medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo
previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios
mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo
O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para
conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de
que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3064
122 Valores relativos
Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute
baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da
verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio
mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela
praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia
pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc
A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o
que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de
tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no
momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros
possam pensar
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3164
Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o
trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua
autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e
normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam
orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os
valores
Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que
determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura
que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a
escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se
oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem
possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo
Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de
determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes
puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para
todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar
os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns
13 Classificaccedilatildeo de valores
Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da
seguinte maneira numa escala ascendente
(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc
(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc
(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc
(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc
(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc
(f) Valores religiosos sagrado profano etc
De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em
Dossier temaacutetico sobre Valores 3264
(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam
rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar
(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute
dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel
satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para
Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos
sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos
gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e
prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos
(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)
(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo
pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real
exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato
boa-feacutemaacute-feacute etc)
(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)
(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia
autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da
vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees
pessoais etc
(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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Petroacutepolis RJ Vozes 2000
BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais
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BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales
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Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
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MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo
Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde
Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula
The issue of values in the classroom
Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary
Education based on a Christian pedagogical practice
Keywords values christian education classroom
Dossier temaacutetico sobre Valores 2864
INTRODUCcedilAtildeO
Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS
2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da
experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e
cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e
espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)
Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas
fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade
promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a
inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)
No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de
estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das
faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)
Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo
meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo
quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e
aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)
Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido
vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo
no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar
desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de
professores ldquoconteudistasrdquo
Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser
mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno
porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de
apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa
formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores
Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-
se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo
da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados
Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores
1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES
1 1 Definiccedilotildees
Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade
humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua
conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja
valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)
independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de
caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)
Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo
Dossier temaacutetico sobre Valores 2964
Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao
satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa
qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto
deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo
racional humano (2001 p 44)
No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS
pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores
significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno
seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais
lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que
promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os
princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o
seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o
respeito e a cooperaccedilatildeo
Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante
descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade
(1997 p 79)
12 Modelos de valores em sala de aula
Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores
Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)
121 Valores absolutos
Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e
normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma
autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos
indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave
medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo
previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios
mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo
O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para
conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de
que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3064
122 Valores relativos
Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute
baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da
verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio
mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela
praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia
pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc
A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o
que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de
tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no
momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros
possam pensar
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3164
Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o
trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua
autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e
normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam
orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os
valores
Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que
determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura
que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a
escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se
oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem
possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo
Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de
determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes
puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para
todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar
os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns
13 Classificaccedilatildeo de valores
Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da
seguinte maneira numa escala ascendente
(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc
(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc
(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc
(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc
(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc
(f) Valores religiosos sagrado profano etc
De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em
Dossier temaacutetico sobre Valores 3264
(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam
rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar
(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute
dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel
satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para
Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos
sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos
gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e
prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos
(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)
(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo
pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real
exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato
boa-feacutemaacute-feacute etc)
(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)
(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia
autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da
vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees
pessoais etc
(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed
Petroacutepolis RJ Vozes 2000
BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais
Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997
BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales
Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997
Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
Paulo Vida 2001
MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar
desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de
professores ldquoconteudistasrdquo
Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser
mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno
porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de
apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa
formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores
Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-
se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo
da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados
Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores
1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES
1 1 Definiccedilotildees
Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade
humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua
conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja
valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)
independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de
caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)
Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo
Dossier temaacutetico sobre Valores 2964
Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao
satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa
qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto
deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo
racional humano (2001 p 44)
No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS
pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores
significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno
seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais
lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que
promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os
princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o
seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o
respeito e a cooperaccedilatildeo
Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante
descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade
(1997 p 79)
12 Modelos de valores em sala de aula
Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores
Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)
121 Valores absolutos
Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e
normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma
autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos
indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave
medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo
previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios
mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo
O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para
conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de
que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3064
122 Valores relativos
Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute
baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da
verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio
mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela
praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia
pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc
A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o
que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de
tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no
momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros
possam pensar
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3164
Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o
trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua
autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e
normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam
orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os
valores
Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que
determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura
que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a
escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se
oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem
possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo
Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de
determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes
puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para
todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar
os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns
13 Classificaccedilatildeo de valores
Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da
seguinte maneira numa escala ascendente
(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc
(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc
(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc
(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc
(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc
(f) Valores religiosos sagrado profano etc
De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em
Dossier temaacutetico sobre Valores 3264
(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam
rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar
(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute
dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel
satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para
Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos
sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos
gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e
prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos
(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)
(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo
pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real
exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato
boa-feacutemaacute-feacute etc)
(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)
(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia
autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da
vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees
pessoais etc
(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed
Petroacutepolis RJ Vozes 2000
BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais
Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997
BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales
Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997
Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
Paulo Vida 2001
MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS
pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores
significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno
seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais
lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que
promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os
princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o
seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o
respeito e a cooperaccedilatildeo
Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante
descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade
(1997 p 79)
12 Modelos de valores em sala de aula
Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores
Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)
121 Valores absolutos
Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e
normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma
autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos
indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave
medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo
previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios
mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo
O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para
conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de
que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3064
122 Valores relativos
Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute
baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da
verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio
mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela
praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia
pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc
A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o
que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de
tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no
momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros
possam pensar
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3164
Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o
trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua
autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e
normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam
orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os
valores
Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que
determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura
que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a
escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se
oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem
possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo
Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de
determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes
puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para
todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar
os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns
13 Classificaccedilatildeo de valores
Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da
seguinte maneira numa escala ascendente
(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc
(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc
(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc
(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc
(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc
(f) Valores religiosos sagrado profano etc
De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em
Dossier temaacutetico sobre Valores 3264
(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam
rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar
(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute
dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel
satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para
Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos
sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos
gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e
prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos
(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)
(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo
pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real
exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato
boa-feacutemaacute-feacute etc)
(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)
(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia
autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da
vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees
pessoais etc
(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed
Petroacutepolis RJ Vozes 2000
BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais
Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997
BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales
Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997
Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
Paulo Vida 2001
MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
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wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
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Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
122 Valores relativos
Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute
baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da
verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio
mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela
praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia
pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc
A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o
que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de
tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no
momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros
possam pensar
123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3164
Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o
trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua
autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e
normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam
orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os
valores
Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que
determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura
que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a
escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se
oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem
possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo
Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de
determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes
puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para
todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar
os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns
13 Classificaccedilatildeo de valores
Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da
seguinte maneira numa escala ascendente
(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc
(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc
(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc
(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc
(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc
(f) Valores religiosos sagrado profano etc
De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em
Dossier temaacutetico sobre Valores 3264
(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam
rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar
(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute
dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel
satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para
Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos
sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos
gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e
prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos
(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)
(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo
pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real
exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato
boa-feacutemaacute-feacute etc)
(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)
(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia
autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da
vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees
pessoais etc
(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed
Petroacutepolis RJ Vozes 2000
BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais
Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997
BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales
Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997
Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
Paulo Vida 2001
MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
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wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
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(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
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Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
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Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
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(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
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MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
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MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
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MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
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(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
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estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
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(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
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(BM Pinhal Novo Palmela)
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PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
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(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
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(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
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Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
13 Classificaccedilatildeo de valores
Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da
seguinte maneira numa escala ascendente
(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc
(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc
(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc
(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc
(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc
(f) Valores religiosos sagrado profano etc
De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em
Dossier temaacutetico sobre Valores 3264
(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam
rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar
(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute
dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel
satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para
Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos
sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos
gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e
prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos
(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)
(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo
pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real
exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato
boa-feacutemaacute-feacute etc)
(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)
(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia
autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da
vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees
pessoais etc
(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
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Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
14 Conclusatildeo parcial
Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do
comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta
particular
Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta
temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e
autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em
valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos
A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados
educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados
2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS
21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo
Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados
Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio
de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados
ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA
chama de mandamentos satildeo os seguintes
Dossier temaacutetico sobre Valores 3364
(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o
bem
(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica
Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila
(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso
caraacuteter
(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio
entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato
(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)
(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado
(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed
Petroacutepolis RJ Vozes 2000
BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais
Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997
BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales
Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997
Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
Paulo Vida 2001
MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
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MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
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documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
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Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
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(BM Pinhal Novo Palmela)
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(BM Pinhal Novo)
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2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
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Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
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Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
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(BM Palmela Pinhal Novo)
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(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
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(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
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(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
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minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
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estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
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(BM Palmela e Pinhal Novo)
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(BM Pinhal Novo Palmela)
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PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
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(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
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Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
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(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia
com a sabedoria
(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em
noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional
(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser
motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas
uacuteteis ou prazeres
(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem
cair no narcisismo) e o amor pelos outros
(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos
felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com
tudo e todos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3464
O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro
Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz
que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas
geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho
humildade sabedoria respeito e solidariedade
Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de
Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os
seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da
atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo
mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom
humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto
valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante
da TV liberdade e obediecircncia
Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da
temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila
coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e
harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico
compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
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Paulo Vida 2001
MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
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(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro
primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de
Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e
transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade
Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto
que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia
integridade equiliacutebrio e pessoalidade
22 Algumas propostas de cunho cristatildeo
Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-
aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito
famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem
apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de
eternidade
Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as
Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino
Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo
Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais
importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram
escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam
agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo
Dossier temaacutetico sobre Valores 3564
Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia
(accedilatildeo) Perdatildeo
Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia
(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo
Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia
(pensamento) Previsatildeo
Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave
famiacutelia Individualidade Propoacutesito
Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed
Petroacutepolis RJ Vozes 2000
BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais
Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997
BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales
Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997
Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
Paulo Vida 2001
MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
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(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
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(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
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Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
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(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3664
Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza
Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade
Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo
proacutepria
Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo
Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo
Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo
Abertura Entusiasmo Interesse Respeito
Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio
Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade
Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia
Auto-motivaccedilatildeo para
desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede
Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade
Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila
Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade
Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade
eacutetica
Carinho Flexibilidade no juiacutezo
moral Meditaccedilatildeo
Sentido de
comunidade
Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo
Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia
Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade
Compreensatildeo da
verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade
Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento
Consciecircncia dos
assuntos morais e
religiosos
Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato
Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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Petroacutepolis RJ Vozes 2000
BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais
Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997
BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales
Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997
Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
Paulo Vida 2001
MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura
Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia
Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade
Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade
Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo
pessoal
Cortesia Humor Patriotismo Veracidade
Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude
Cumprimento dos
deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva
23 Conclusatildeo parcial
Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis
cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a
sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula
um importante ofiacutecio para todo educador
3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES
Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos
numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a
quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais
envolvidos em todo esse processo
Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente
pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir
em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 3764
31 Como se aprendem os valores
Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que
demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras
(MARQUES 2001 p 44)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed
Petroacutepolis RJ Vozes 2000
BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais
Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997
BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales
Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997
Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
Paulo Vida 2001
MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
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wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
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wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
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(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
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Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
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Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
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(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
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(BM Palmela Pinhal Novo)
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(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
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Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
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Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
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Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
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(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
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estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
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(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados
(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica
em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto
(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os
valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade
assimilamos a honestidade
(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos
loacutegicos e discursivos
Dossier temaacutetico sobre Valores 3864
32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores
O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o
factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)
O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da
crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor
da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para
exemplificaacute-la etc
Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores
demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a
veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel
relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o
relacionamento proacuteximo
O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido
consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso
exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa
situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e
sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre
sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar
dinheiro Por quecircrdquo
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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Petroacutepolis RJ Vozes 2000
BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais
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BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales
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Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
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MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
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SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
33 A idade e o ensino de valores
De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos
de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo
das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo
tem muita influecircncia
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia
moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees
dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila
obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque
isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal
Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem
desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido
sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos
actos
34Conclusatildeo parcial
Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses
valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos
rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis
de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado
de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)
chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)
Dossier temaacutetico sobre Valores 3964
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que
determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que
a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos
e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores
podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e
religiosos
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed
Petroacutepolis RJ Vozes 2000
BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais
Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997
BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales
Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997
Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
Paulo Vida 2001
MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os
que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente
cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam
conviver bem consigo mesmos e com a sociedade
Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo
apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o
ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional
e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa
Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo
desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na
transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe
um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a
educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual
entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde
Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de
motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe
uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores
Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente
Precisamos educar o estudante plenamente
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed
Petroacutepolis RJ Vozes 2000
BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais
Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997
BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales
Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997
Dossier temaacutetico sobre Valores 4064
CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
Paulo Vida 2001
MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
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(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
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(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a
Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas
Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b
LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo
Paulo Vida 2001
MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000
MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001
PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991
SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995
YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de
Moraes Porto Alegre Artmed 2002
Dossier temaacutetico sobre Valores 4164
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
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(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
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(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
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(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
O PODER DOS CONTOS INFANTIS
Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada
Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e
agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre
Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em
geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo
deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o
fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma
contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado
Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo
dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de
uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de
exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura
racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar
Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do
qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do
abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip
Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam
sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a
cobardia
O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o
estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso
encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e
prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e
vencer o mal
Dossier temaacutetico sobre Valores 4264
Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique
completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o
sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
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(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo
com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute
mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los
interpretaacute-los e ultrapassaacute-los
Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente
nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se
enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de
forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais
como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel
estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a
questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim
zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila
moral dos contos infantis
Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar
duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a
crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso
sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-
se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada
In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm
Dossier temaacutetico sobre Valores 4364
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
Dicionaacuterio de Valores
(Infopeacutedia)
afecto
amizade
autodisciplina
civismo
confianccedila
disciplina
honestidade
integridade
integro
justiccedila
lealdade
liberdade
partilha
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
respeito
responsabilidade
responsaacutevel
solidariedade
solidaacuterio
toleracircncia
valores
Dossier temaacutetico sobre Valores 4464
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
afecto
afecto n adj sentimento de apego e ()
afecto forma do verbo afectar
afecto
nome masculino
1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo
2 amizade
3 amor
4 carinho
5 inclinaccedilatildeo
adjectivo
1 afeiccediloado dedicado
2 destinado
3 ligado dependente
(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)
amizade
nome feminino
1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia
2 camaradagem companheirismo cumplicidade
3 entendimento compreensatildeo
4 dedicaccedilatildeo bondade
5 pessoa amiga
(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4564
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
autodisciplina
nome feminino
1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo
2 capacidade de se disciplinar
(De auto-+disciplina)
civismo
nome masculino
1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico
2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas
suas instituiccedilotildees
(Do fr civisme laquoidraquo)
confianccedila
nome feminino
1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor
2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza
3 creacutedito
4 acircnimo
5 popular ousadia atrevimento
6 popular familiaridade
abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo
que se ocupa
dar confianccedila permitir certa familiaridade
ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza
tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade
(Do fr confiance laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4664
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
disciplina
disciplina n conjunto de regras ou ()
disciplina forma do verbo disciplinar
disciplina
nome feminino
1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou
colectividade
2 observacircncia das regras obediecircncia
3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a
respeitar regras ou conseguir resultados
4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de
um estabelecimento escolar
5 autoridade
6 castigo mortificaccedilatildeo
7 [plural] correias para accediloitar
(Do lat disciplina- laquoidraquo)
honestidade
nome feminino
1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade
probidade
2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade
3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia
(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4764
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
integridade
nome feminino
1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade
2 qualidade do que eacute iacutentegro
3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade
(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)
integro [integro]
adjectivo
1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO
2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO
justiccedila
justiccedila n virtude moral que inspira ()
justiccedila forma do verbo justiccedilar
justiccedila
nome feminino
1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade
2 conformidade com o direito estabelecido
3 poder de aplicar as leis poder judicial
4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees
5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do
poder judicial
6 conjunto dos magistrados a magistratura
Dossier temaacutetico sobre Valores 4864
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
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Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda
por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada
na outra
8 popular funcionaacuterios de um tribunal
justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor
das coisas trocadas
justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e
dos encargos consoante a qualidade das pessoas
justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial
justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer
positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus
membros
popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos
com justiccedila de maneira justa e imparcial
dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio
em boa justiccedila segundo o que eacute devido
fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes
(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)
lealdade
nome feminino
qualidade de leal fidelidade sinceridade
(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 4964
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
liberdade
nome feminino
1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua
natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo
livre)
2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo
ou de acccedilatildeo)
3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e
independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de
decisatildeo)
4 livre arbiacutetrio
5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)
6 personificaccedilatildeo das ideias liberais
7 toleracircncia
8 licenccedila autorizaccedilatildeo
9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada
10 figurado franqueza
11 [plural] regalias imunidades
liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas
que se julgarem verdadeiras
liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem
impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela
lei
LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e
sintaacutecticas em poesia
(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5064
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
partilha
nome feminino
1 acto ou efeito de partilhar
2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa
3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio
4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila
5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente
entre duas ou mais pessoas
(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)
preocupaccedilatildeo (pelos outros)
nome feminino
1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar
2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo
3 desassossego
4 ideia fixa
5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo
(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)
respeito
respeito n acto ou efeito de ()
respeito forma do verbo respeitar
respeito
nome masculino
1 acto ou efeito de respeitar
2 consideraccedilatildeo apreccedilo
3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo
4 homenagem culto
5 temor receio
Dossier temaacutetico sobre Valores 5164
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
6 relaccedilatildeo referecircncia
7 aspecto ponto de vista
8 [plural] cumprimentos
a respeito decom respeito a relativamente a
conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se
de respeito notaacutevel
dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a
faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com
por respeito a em atenccedilatildeo a
(Do lat respectu- laquoidraquo)
responsabilidade
nome feminino
1 qualidade de quem eacute responsaacutevel
2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa
confiada
responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os
prejuiacutezos feitos a outrem
responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo
responsaacuteveis pelo capital com que entram
responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido
pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes
chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus
actos
(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5264
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
responsaacutevel
adjectivo uniforme
1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente
2 que eacute causador de determinado acontecimento
3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza
nome 2 geacuteneros
1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que
os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles
2 fiador
3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees
4 pessoa causadora de determinado acontecimento
5 pessoa culpada
(Do fr responsable laquoidraquo)
solidariedade
nome feminino
1 qualidade de solidaacuterio
2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional
etc
3 sentimento de partilha do sofrimento alheio
4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem
5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio
(De solidaacuterio+-idade)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5364
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
solidaacuterio
adjectivo
1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes
2 que liga coisas ou pessoas
3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais
4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses
5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento
6 que partilha o sofrimento de algueacutem
7 que presta auxiacutelio a algueacutem
(Do fr solidaire laquoidraquo)
toleracircncia
nome feminino
1 acto ou efeito de tolerar
2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva
3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees
divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo
4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia
indulgecircncia
5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila
(hellip)
(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)
In httpwwwinfopediapt
Dossier temaacutetico sobre Valores 5464
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
Valores
Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social
equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com
os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias
que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos
netos bisnetos etc
CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal
Marina 2005 5 vol
Valores
Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a
nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor
Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira
Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5564
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
SITES INTERESSANTES
Educar em valores ndash Ramiro Marques
wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf
Pintar o futurohellip
wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm
Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do
Mundo de Joseacute Saramago
wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf
Dossier temaacutetico sobre Valores 5664
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto
Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239
(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE
MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS
Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e
documentos 8) ISBN 972250844X
(BM Pinhal Novo)
Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo
de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565
(BM Quinta do Anjo)
AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de
Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8
(BM Palmela)
Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992
- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7
(BM Pinhal Novo Palmela)
A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o
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(BM Pinhal Novo)
Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L
2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra
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(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5764
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
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(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
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(BM Pinhal Novo)
Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il
color (Aprender a viver 4)
(BM Palmela)
Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005
Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868
(BM Palmela)
GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria
Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007
160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1
(BM Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
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(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
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Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
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Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
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(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
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Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
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de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
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(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
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(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
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TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
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(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
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COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de
Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381
(BM Palmela Pinhal Novo)
Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos
valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e
sociedade 86) ISBN 9727710352
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Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa
Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X
(BM Pinhal Novo)
DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva
Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN
9727102123
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Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado
por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa
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Dossier temaacutetico sobre Valores 5864
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
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(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
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(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
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(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute
Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN
9727102719
(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)
Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen
ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute
liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL
1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)
(BM Palmela)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de
Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728
(BM Palmela Pinhal Novo)
MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella
de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645
(BM Palmela Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140
p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4
(BM Pinhal Novo e Palmela)
MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998
126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X
(BM Pinhal Novo)
MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997
(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4
(BM Pinhal Novo Palmela)
O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova
Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 5964
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A
minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa
Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)
NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos
seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira
Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad
Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p
(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4
(BM Palmela)
PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta
pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais
Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325
(BM Pinhal Novo)
PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e
estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios
de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2
(BM Palmela e Pinhal Novo)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e
adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color
(Camila 9) ISBN 9724135446
(BM Pinhal Novo Palmela)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6064
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo
de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)
ISBN 9724136566
(BM Pinhal Novo Palmela)
PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida
Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e
desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394
(BM Pinhal Novo)
SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina
Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)
ISBN 9723818116
(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)
Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf
ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-
1060-3
(BM Pinhal Novo)
SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit
Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)
ISBN 9727302602
(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)
TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a
um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)
ISBN 9722330195
(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)
VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto
Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514
Dossier temaacutetico sobre Valores 6164
(BM Pinhal Novo)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +
1 guia do educador color
Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola
Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos
Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila
Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs
(BM Pinhal Novo)
VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez
Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN
9789896340162
(BM Pinhal Novo e Palmela)
Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia
Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755
(BM Palmela Pinhal Novo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6264
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)
O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682
(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e
natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)
Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690
(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)
O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704
(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)
O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712
(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)
A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira
- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720
(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)
O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739
(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6364
Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]
Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747
(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
Dossier temaacutetico sobre Valores 6464
Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -
[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755
(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)
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