VALDEVANE ROCHA ARAÚJO
INFLUÊNCIA DA PROTEÍNA MORFOGENÉTICA ÓSSEA-7 (BMP-7)
SOBRE O DESENVOLVIMENTO IN VITRO DE FOLÍCULOS PRÉ-
ANTRAIS CAPRINOS
FORTALEZA-CE
2008
2
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
FACULDADE DE VETERINÁRIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS
VALDEVANE ROCHA ARAÚJO
INFLUÊNCIA DA PROTEÍNA MORFOGENÉTICA ÓSSEA-7 (BMP-7)
SOBRE O DESENVOLVIMENTO IN VITRO DE FOLÍCULOS PRÉ-
ANTRAIS CAPRINOS
FORTALEZA-CE
2008
3
VALDEVANE ROCHA ARAÚJO
INFLUÊNCIA DA PROTEÍNA MORFOGENÉTICA ÓSSEA-7 (BMP-7) SOBRE O DESENVOLVIMENTO IN VITRO DE FOLÍCULOS PRÉ-
ANTRAIS CAPRINOS
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Ciências Veterinárias da Faculdade de
Veterinária da Universidade Estadual do Ceará, como
requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em
Ciências Veterinárias.
Área de Concentração: Reprodução e Sanidade
Animal.
Linha de Pesquisa: Reprodução e Sanidade de
pequenos ruminantes
Orientadora: Profa. Dra. Ana Paula Ribeiro
Rodrigues
FORTALEZA-CE 2008
4
VALDEVANE ROCHA ARAÚJO
INFLUÊNCIA DA PROTEÍNA MORFOGENÉTICA ÓSSEA-7 (BMP-7) SOBRE O DESENVOLVIMENTO IN VITRO DE FOLÍCULOS PRÉ-ANTRAIS CAPRINOS
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Ciências Veterinárias da Faculdade de
Veterinária da Universidade Estadual do Ceará, como
requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em
Ciências Veterinárias.
Aprovada em: 11/ 12/ 2008
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________
Prof. Dr. José Ricardo de Figueiredo (Presidente da banca/ Co-Orientador)
Universidade Estadual do Ceará
Dra. Maria Helena Tavares de Matos
(Examinadora)
Universidade Estadual do Ceará
Prof. Dr. José Buratini Júnior
(Examinador)
Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho
5
INFLUÊNCIA DA PROTEÍNA MORFOGENÉTICA ÓSSEA-7 (BMP-7) SOBRE O DESENVOLVIMENTO IN VITRO DE FOLÍCULOS PRÉ-ANTRAIS CAPRINOS
VALDEVANE ROCHA ARAÚJO Aprovada em: 11/ 12/ 2008
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________
Prof. Dr. José Ricardo de Figueiredo (Presidente da banca/ Co-Orientador)
Universidade Estadual do Ceará
Dra. Maria Helena Tavares de Matos
(Examinadora)
Universidade Estadual do Ceará
Prof. Dr. José Buratini Júnior
(Examinador)
Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho
6
Aos meus pais do céu, Deus e Nossa Senhora, e aos
meus pais, Valdeci Rocha Araújo e Edite Araújo
Rocha, que sem dúvida, são os responsáveis reais pelo
sucesso da realização deste sonho.
Aos meus avós paternos e maternos, em especial a
“painho” que, tão recentemente, papai do céu levou
para perto de si.
Dedico.
7
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Papai e Mamãe do Céu por terem me dado a vida, a saúde e o
discernimento em todos os momentos da minha vida.
Aos meus pais: Valdeci Rocha Araújo e Edite Araújo Rocha, pois sem eles nada
seria possível. Pelo total apoiou e belas palavras nos momentos mais difíceis, não me
deixando desistir nunca. Sem dúvida nenhuma, se cheguei até aqui, se mais uma etapa foi
vencida, devo tudo a eles. Papai e Mamãe, amor incondicional, amor sem igual,
eternamente amor total.
Aos meus irmãos, irmãs, inclusive as que já não estão mais conosco, porque
mesmo de longe, sei que estão olhando e orando por todos nós. Aos meus sobrinhos,
afilhados e à toda minha família.
Ao Sr. Arnoudo, que tanto torceu e acreditou que um dia eu “chegaria lá”. Na
verdade, essa é só mais uma etapa e tenho certeza, que em todas as outras ele estará
comigo.
Aos meus amigos, fiéis escudeiros de batalha. Graças a Deus, tenho os mais
lindos amigos do mundo. Meus amigos de longas datas, Marcos, Noeme e Edvan.
Aos Professores Maria Marly Forte da Silva Martins, Ricardo Toniolli e Lúcia
de Fátima “Lucinha”, meus professores da graduação, que tanto acreditaram e me
apoiaram. E que são “responsáveis” por eu estar aqui hoje.
Às muitas pessoas especiais. Se são muitas, quer dizer que tenho muitos amigos
e que todos são muito importantes para mim:
8
À Jamily Bezerra Bruno, pela mãezona que foi pra mim e agora eu divido com
a Sarinha, que é a “coisa” mais gostosa. Por tudo mesmo e mais algumas coisas... tenho
certeza de que ela sabe o quanto sou grata;
Aos amigos Deborah de Mello Magalhães “Debys” e Anderson Almeida Pinto,
pela ajuda, pelo compaheirismo. Meus lindos amigos, de coração enorme, para todos os
momentos;
À Valesca Barreto Luz, Juliana Jales de Hollanda Celestino, Márcia Viviane
Alves Saraiva, Roberta Nogueira Chaves, Cleidson Manuel Gomes da Silva, Ana Beatriz
Graça Duarte, Sanely Lourenço da Costa Caliman, pelos lindos corações que têm e que
tanto me ajudaram, e me apoiaram sempre;
A minha “filhota” linda! Gerlane Modesto da Silva, sem dúvida nenhuma, ela
terá um futuro brilhante, não só pela sua capacidade, mas porque Deus tem ótimos planos
para ela.
À toda equipe do LAMOFOPA:
Aos técnicos “Leandro”, Patrícia “Paty Girl” e Zandor;
Aos estudantes de iniciação científica Diego, Márcio, Alisson André, Raphael,
Rochele, Anelise, Rebeca, Laritza;
Aos pós-graduandos Isabel “Bebel”, Cláudio, Fabrício “Fab”, Rafael
“Rafinha”, Janduí “Janduba”, Leonardo, Luciana, Giovanna;
Aos pesquisadores Dra. Maria Helena Tavares de Matos, Prof. Cláudio Cabral
Campello e Prof. José Roberto Viana Silva, por todo o apoio e suporte, principalmente
pelo conjunto de valores e conhecimentos adquiridos.
Ao Professor José Buratini Júnior, pela presteza em aceitar nosso convite, e
pelas várias sugestões relevantes em nosso trabalho.
Aos meus orientadores: eu sempre fiz questão de dizer, que não tinha uma
orientadora e dois co-orientadores, mas sim, três orientadores. Sendo assim, agradeço:
9
Aos Professores Ana Paula Ribeiro Rodrigues, José Ricardo de Figueiredo e
Liliam Mara Trevisan Tavares, que souberam me aconselhar e me ajudar em muitos
momentos. Mas que, além disso, foram meus apoiadores incondicionais, cada um a seu
modo e seu jeito, sempre próximos, e mesmo quando longe, presentes.
À UECE e ao PPGCV:
As secretárias Adriana “Didi”, Cristina “Cris”, Fred, aos servidores “César”,
“Sr. André”, que sempre foram tão humanos e se tornaram amigos;
Aos Coordenadores (ex-coordenadores: Profa. Fátima e Profa. Cláudia, e
atuais: Prof. Marcos Fábio e Prof. Vicente) e a todos os Professores por todos os
conhecimentos adquiridos.
À CAPES, pelo auxílio em forma de bolsa de estudos.
Obrigada, meus pais do céu, por mais uma etapa ultrapassada com sucesso em
minha vida.
10
RESUMO
O presente trabalho teve como objetivo verificar o efeito de diferentes concentrações da
Proteína Morfogenética Óssea-7 (BMP-7) na sobrevivência e no desenvolvimento in vitro de
folículos pré-antrais caprinos. Fragmentos de tecido cortical ovariano caprino foram
cultivados por 1 ou 7 dias em Meio Essencial Mínimo (MEM+) suplementado com diferentes
concentrações de BMP-7 (0, 1, 10, 50 ou 100 ng/ml). Os fragmentos não cultivados ou
aqueles cultivados por 1 ou 7 dias foram processados para histologia clássica e microscopia
eletrônica de transmissão (MET), sendo avaliados vários parâmetros como sobrevivência,
ativação e crescimento. Os resultados mostraram que após 1 dia de cultivo, apenas a
concentração de 1 ng/ml manteve o percentual de folículos morfologicamente normais quando
comparado ao controle. Entretanto, no dia 7, todos os tratamentos reduziram
significativamente os percentuais de folículos morfologicamente normais quando comparados
ao controle não cultivado. Além disso, foi observado um aumento significativo no diâmetro
folicular utilizando 10 ng/ml de BMP-7 com a progressão do cultivo do dia 1 para o dia 7. Por
outro lado, não houve influência dos tratamentos quando avaliado o diâmetro oocitário.
Quando realizada a MET foi observado que os folículos cultivados por até 7 dias na presença
de 1 ng/ml de BMP-7 apresentavam ultra-estrutura compatível aos do controle fresco, ou seja,
apresentavam-se normais. Desta forma, pode-se concluir que a BMP-7 em baixas
concentrações (1 ng/ml) é capaz de manter a sobrevivência durante o cultivo in vitro de
folículos pré-antrais caprinos.
Palavras-Chave: Caprinos, folículos pré-antrais, cultivo, sobrevivência, BMP-7.
11
ABSTRACT
The aim of this study was to verify the effect of different concentrations of BMP-7 in the in
vitro survival and development of caprine preantral follicles. Fragments of caprine ovarian
cortical tissue were cultured for 1 or 7 days in Minimum Essential Medium (MEM+)
supplemented with different concentrations of BMP-7 (0, 1, 10, 50 or 100 ng/ml). Non-
cultured fragments or those cultured for 1 or 7 days were processed for classical histology and
transmission electron microscopy (TEM). Parameters such as follicular survival, activation
and growth were evaluated. After 1 or 7 days of culture, the percentage of morphologically
normal follicles significantly reduced in all treatments when compared with fresh control,
except at 1 ng/ml of BMP-7 for 1 day. In addition, the concentration of 10 ng/ml of BMP-7
significantly increased follicular diameter from day 1 to 7 of culture. There was not any
influence of the other concentrations of BMP-7 regarding to the follicular and oocyte
diameter. Ultrastructure studies confirmed follicular integrity after 7 days of culture in 1
ng/ml BMP-7. In conclusion, small concentrations of BMP-7 can improve the survival of
caprine preantral follicles during in vitro culture.
Keywords: Caprine, preantral follicles, culture, survival, BMP-7.
12
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Estrutura cristalizada da Proteína Morfogenética do Osso 6 em dois ângulos
diferentes [mmdbId:60210 e mmdbId:60211] (http://www.ncbi.nlm.nih.gov).
26
Figure 1. Histological section of non-cultured tissue after staining with periodic acid
Schiff-hematoxylin, showing normal follicles. O = oocyte, NU = oocyte nucleus, GC =
granulosa cells (400x).
57
Figura 2. Estrutura cristalizada da Proteína Morfogenética Óssea-7 em dois ângulos
diferentes [mmdbId:22322 e mmdbId:22323] (http://www.ncbi.nlm.nih.gov).
26
Figure 2. Percentages (means ± SEM) of histologically normal preantral follicles in non-
cultured tissue (control) and in tissue cultured for 1 and 7 days in MEM+ and MEM+
supplemented with 1, 10, 50 and 100ng/ml BMP-7.
58
Figura 3. Ligantes, receptores, sinalização e transcrição de BMPs e TGFβ. 28
Figure 3. Electron micrograph of a preantral follicle from (A) a non-cultured control
(7800x) and (B) cultured in BMP-7 (1ng/ml) for 7 days (1800x). Note the homogeneous
cytoplasm with numerous rounded mitochondria. NU = oocyte nucleus, GC = granulosa
cells, m = mitochondria, ser = smooth endoplasmic reticulum, v = vesicle.
59
13
LISTA DE TABELAS
Table 1. Percentages (mean ± SEM) of primordial and growing follicles (primary and
secondary) in non-cultured tissues and in tissues cultured for 1 or 7 days in MEM+
(control medium) and MEM+ supplemented with various concentrations of BMP-7.
54
Table 2. Follicle and oocyte diameters (mean ± S.E.M.) in non-cultured tissues and in
tissues cultured for 1 or 7days in MEM+ (control medium) and MEM+ supplemented
with various concentrations of BMP-7.
55
14
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
ANOVA : Análise de Variância
ATP : Adenosina Tri-Fosfato
BMP : Proteína Morfogenética Óssea
BMP-2 : Proteína Morfogenética Óssea-2
BMP-4 : Proteína Morfogenética Óssea-4
BMP-6 : Proteína Morfogenética Óssea-6
BMP-7 : Proteína Morfogenética Óssea-7
BMP-15 : Proteína Morfogenética Óssea-15
°C : Graus Celsius
CCO : Complexo Cumulus Oócito
CG : Células da Granulosa
CGP : Células Germinativas Primordiais
CNPq : Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
CT : Células da Teca
DNA : Ácido Desoxirribonucléico
EGF : Fator de Crescimento Epidermal
Fig. : Figura
FGFb : Fator de Crescimento Fibroblástico básico
FOPA : Folículos Ovarianos Pré-Antrais
FSH : Hormônio Folículo Estimulante
h : Horas
HC : Histologia Clássica
IBGE : Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IGF-1 : Fator de Crescimento Semelhante à Insulina-1
KL : Kit Ligand
LAMOFOPA : Laboratório de Manipulação de Oócitos e Folículos Pré-Antrais
LIF : Fator Inibitório de Leucemia
LH : Hormônio Luteinizante
MEM : Meio Essencial Mínimo
MET : Microscopia Eletrônica de Transmissão
min. : Minuto
mL : Mililitro
15
mm : Milímetro
MOIFOPA : Manipulação de Oócitos Inclusos em Folículos Ovarianos Pré-Antrais
n : Número
ng : Nanograma
PAS : Ácido periódico de Schiff
P<0,05 : Probabilidade de erro menor do que 5%
PPGCV : Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
SRD : Sem Raça Definida
TGF-β : Fator de Crescimento Transformante-β
UECE : Universidade Estadual do Ceará
UnB : Universidade de Brasília
ZP : Zona Pelúcida
µL : Microlitro
µm : Micrômetro
% : Percentagem
400x : Aumento de 400 vezes
1800x : Aumento de 1800 vezes
7800x : Aumento de 7800 vezes
16
SUMÁRIO
RESUMO ................................................................................................................... 10
ABSTRACT .............................................................................................................. 11
LISTA DE FIGURAS ............................................................................................... 12
LISTA DE TABELAS ............................................................................................... 13
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS.......................................................... 14
SUMÁRIO ................................................................................................................. 16
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 17
2 REVISÃO DE LITERATURA (CAPÍTULO 1 - PAPEL DAS PROTEÍNAS
MORFOGENÉTICAS ÓSSEAS-6 E -7 (BMP-6 E -7) NA REGULAÇÃO DA
FOLICULOGÊNESE INICIAL EM MAMÍFEROS)................................................ 19
3 JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 38
4 HIPÓTESE CIENTÍFICA ...................................................................................... 39
5 OBJETIVOS ........................................................................................................... 39
5.1 Geral ................................................................................................................... 39
5.2 Específicos ........................................................................................................... 39
6 CAPÍTULO 2 (EFFECT OF BONE MORPHOGENETIC PROTEIN-7 (BMP-7)
ON IN VITRO SURVIVAL OF CAPRINE PREANTRAL FOLLICLES)............... 40
7 CONCLUSÃO GERAL ......................................................................................... 60
8 PERSPECTIVAS GERAIS .................................................................................... 60
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 61
17
1 INTRODUÇÃO
No Brasil, existem mais de 7 milhões de caprinos, dos quais, cerca de 90,76% destes
animais estão concentrados na região Nordeste. Considerando a dimensão territorial do país,
bem como as condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento da caprinocultura no
Nordeste, nas últimas décadas, várias pesquisas com ênfase nas biotécnicas de reprodução
assistida, têm sido realizadas visando aumentar o potencial reprodutivo e a produtividade dos
rebanhos (IBGE, 2006). Dentre estas técnicas, pode-se destacar a Manipulação de Oócitos
Inclusos em Folículos Ovarianos Pré-Antrais (MOIFOPA).
A biotécnica de MOIFOPA tem como objetivo principal a recuperação de folículos
pré-antrais (FOPA) do ovário para o cultivo in vitro até a completa maturação oocitária,
prevenindo-os, portanto, do processo de morte celular, denominado de atresia, processo que
ocorre naturalmente in vivo. No entanto, para que isso seja possível, é necessária uma melhor
compreensão acerca da fisiologia ovariana para a elucidação dos mecanismos e fatores
envolvidos na foliculogênese na fase inicial de desenvolvimento, ou seja, fase pré-antral
(FIGUEIREDO et al., 2008).
A regulação da foliculogênese é um processo complexo e contínuo, controlado por
uma variedade de fatores, sejam eles extra-ovarianos, isto é, gonadotrofinas, ou aqueles
produzidos localmente no ovário. Durante a foliculogênese, ocorre o crescimento do oócito
além de uma intensa proliferação de células da granulosa (GOUGEON, 1996). No entanto,
estudos relacionados aos estádios iniciais da foliculogênese, especialmente o início do
crescimento folicular, ainda permanecem obscuros (CHAVES et al., 2008). Neste sentido,
vários pesquisadores têm testado diferentes substâncias, como hormônios (FSH – MATOS et
al., 2007; CALONGOS et al., 2008 e LH – FLAWS et al., 1997; SARAIVA et al., 2008) e
fatores de crescimento (EGF – SILVA et al., 2004 e FGFb – MATOS et al., 2007) com a
finalidade de definir um sistema de cultivo que garanta a manutenção da sobrevivência, bem
como, o crescimento folicular in vitro.
No tocante à utilização de alguns fatores de crescimento, pose-se destacar as Proteínas
Morfogenéticas Ósseas-BMP. Estas proteínas pertencem à superfamília do Fator de
Crescimento Transformante-β-TGF-β, representando uma subfamília específica. Até o
momento, foram descritas 20 BMPs sendo apenas sete dessas (BMP-2, -3, -3b, -4, -6, -7 e -
15) localizadas em ovários mamíferos (MASSAGUE e WOTTON, 2000). Estas proteínas são
sinalizadas por moléculas extracelulares e estão envolvidas em múltiplos papéis na regulação
18
do crescimento, diferenciação e apoptose de numerosos tipos celulares, além de exercerem
funções na foliculogênese e ovulação (GLISTER et al., 2004).
A expressão de RNAm para BMP-7 foi detectada em células da teca de folículos pré-
ovulatórios de ratas (SHIMASAKI et al., 1999) e em células hipofisárias de camundongas
transgênicas (HUANG et al., 2001) e seu receptor (BMPR-II) localizados em células da
granulosa (SHIMASAKI et al., 1999). Em camundongas, LEE et al. (2001) demonstraram
que a BMP-7 está envolvida na multiplicação das células da granulosa e na transição in vitro
de folículos do estádio de primordial para primário (LEE et al. 2004).
Para um maior esclarecimento da importância deste trabalho, a revisão de literatura a
seguir abordará aspectos relacionados às bases gerais da oogênese e foliculogênese, ativação
de folículos primordiais e crescimento de folículos pré-antrais, população folicular ovariana,
atresia, bem como estudos da foliculogênese in vitro e ainda, a influência das BMPs na
regulação da foliculogênese inicial.
19
2 REVISÃO DE LITERATURA (CAPÍTULO 1)
PAPEL DAS PROTEÍNAS MORFOGENÉTICAS ÓSSEAS-6 E -7 (BMP-6 E -7) NA
REGULAÇÃO DA FOLICULOGÊNESE INICIAL EM MAMÍFEROS
Valdevane Rocha ARAÚJO, Anderson Pinto ALMEIDA, Deborah de Mello MAGALHÃES,
Maria Helena Tavares de MATOS; Liliam Mara Trevisan TAVARES, José Ricardo de
FIGUEIREDO, Ana Paula Ribeiro RODRIGUES
(artigo submetido na Revista Brasileira de Reprodução Animal)
20
Papel das Proteínas Morfogenéticas Ósseas-6 e -7 (BMP-6 e -7) na regulação da foliculogênese inicial em mamíferos
(Role of Bone Morphogenetic Proteins-6 and -7 (BMP-6 and -7) on the regulation of early folliculogenesis in mammals)
Valdevane Rocha ARAÚJOa*, Anderson Pinto ALMEIDAa, Deborah de Melo MAGALHÃESa, Maria Helena Tavares de MATOSa; Liliam Mara Trevisan TAVARESa, José Ricardo de
FIGUEIREDOa, Ana Paula Ribeiro RODRIGUESa
aLaboratório de Manipulação de Oócitos e Folículos Ovarianos Pré-antrais
LAMOFOPA - Universidade Estadual do Ceará (UECE), 60740-000, Fortaleza, Ceará *Correspondência, [email protected]
Resumo Estudos envolvendo a relação entre o oócito e as células que o circundam são
muito importantes na compreensão dos fatores que regulam o complexo processo denominado foliculogênese. Dentre este fatores, destacam-se as BMPs, as quais agem de maneira autócrina e/ou parácrina modulando a função ovariana. Esta revisão aborda a influência das BMPs, mais especificamente as BMP-6 e -7, na foliculogênese inicial em mamíferos.
Palavras-chave: Proteínas Morfogenéticas Ósseas, Foliculogênese, Oócito, Células da granulosa. Abstract
Studies concerning the relationship between the oocyte and its surrounding somatic cells are very important for the understanding of factors regulating the complex process called folliculogenesis. Among these factors, it is important to mention the BMPs, which act in autocrine and/or paracrine manner modulating the ovarian functions. This review is focus on the influence of BMPs, more specifically, BMP-6 and -7, on early folliculogenesis in mammals.
Keywords: Bone Morphogenetic Proteins, Folliculogenesis, Oocyte, Granulosa cell. Introdução
Uma maior compreensão das diferentes substâncias envolvidas no desenvolvimento folicular e no curso da atresia, é importante para subsidiar a elaboração de um sistema de cultivo eficiente que permita a ativação folicular in vitro, assegurando assim o posterior desenvolvimento de um grande número de folículos pré-antrais (Demeestere et al., 2005). A regulação do processo de foliculogênese é conduzida não apenas por hormônios endócrinos, mas também por fatores de crescimento produzidos localmente no ovário (Ruutiainen e Adashi, 1993).
Dentre as substâncias produzidas no ovário, destacam-se as Proteínas Morfogenéticas Ósseas (BMPs), membros de grande importância da superfamília do Fator de Crescimento Transformante-β (TGF-β). Dentro desta superfamília, as BMPs compreendem o maior subgrupo de ligantes, sendo descritos cerca de 20 BMPs (Massague e Wotton, 2000). Estas substâncias provavelmente exercem um efeito autócrino e/ou parácrino (Dooley et al., 2000),
21
pois muitas destas moléculas são sintetizadas e secretadas pelo oócito (Eppig et al., 1997) possuindo efeitos positivos no que diz respeito à ativação folicular in vivo (Lee et al., 2001) e in vitro (Nilsson e Skinner, 2003; Lee et al., 2004). Além disso, tem sido hipotetizado que no interior dos folículos antrais, os oócitos continuam a influenciar o comportamento das células da granulosa (CG) que o circundam, via produção de fatores específicos secretados pelos oócitos, assim regulando seu próprio micro-ambiente (Eppig, 2001, Gilchrist et al., 2004). A BMP-15 e o Fator de Crescimento de Diferenciação-9 (GDF-9) exclusivamente produzidos pelo oócito, juntamente com a BMP-6, são os principais candidatos para este papel.
A expressão de receptores de BMP nos oócitos (Souza et al. 2002, Erickson e Shimasaki 2003, Glister et al. 2004) sugere um papel destas na modulação do desenvolvimento bem como na maturação oocitária. No entanto, recentes estudos (Fatehi et al., 2005) demonstraram que o cultivo de complexo cumulus oócito (CCO) bovino na presença de BMP-2 e -4 exógenos não influenciou a maturação nuclear do oócito, expansão das células do cumulus e posterior formação de blastocisto.
Tendo em vista a importância das BMPs na reprodução de mamíferos, a presente revisão tem como objetivo abordar o papel intra-ovariano, especificamente das BMP-6 e -7, na foliculogênese mamífera inicial ou pré-antral.
Bases gerais da oogênese e foliculogênese
Em mamíferos, os estádios iniciais do desenvolvimento ovariano, ainda no período pré-natal, são desencadeados pela migração das células germinativas primordiais (CGP) do saco vitelino embrionário para a gônada primitiva e sua posterior colonização (Bristol-Gould e Woodruff, 2006). Com a finalidade de verificar quais fatores de crescimento e/ou hormônios estão envolvidos no controle do desenvolvimento de CGP, diversos estudos têm sugerido um papel importante de algumas substâncias. Dentre elas, podem ser destacadas as BMPs. A ausência de tais substâncias, em embriões de camundongas, promove a falha no desenvolvimento das CGP (BMP-4: Lawson et al., 1999, BMP-8: Ying et al., 2000). Essa afirmação sugere fortemente que as BMPs podem estar envolvidas na formação e desenvolvimento dos folículos primordiais.
Imediatamente após a diferenciação das gônadas, por volta do 30º dia de gestação em bovinos, (Rüsse, 1983), ocorre a transformação das CGP em oogônias meioticamente ativas, marcadas pela replicação final do DNA durante o estádio de pré-leptóteno, preparando a célula para divisão meiótica. Posteriormente, estas oogônias se tornam então oócitos primários ou imaturos, os quais sofrem uma parada no seu desenvolvimento (Suh et al., 2002), em prófase I no estádio de diplóteno ou vesícula germinal. Ao chegar neste estádio da meiose, o oócito fica rodeado por uma única camada de 4-8 células da pré-granulosa, constituindo neste momento efetivamente a primeira categoria dos folículos pré-antrais (FOPAs), ou seja, os folículos primordiais (Fair, 2003), dando início ao processo de foliculogênese. Tais folículos aparecem no ovário fetal por volta de 90 dias em vacas (Rüsse, 1983) e aos 75 dias em ovelhas (McNatty et al., 1995; Sawyer et al., 2002). Já em humanos, todos os folículos primordiais são formados entre o sexto (180 dias) e o nono (270 dias) mês de gestação (Erickson e Williams, 2008).
A foliculogênese inicia-se com a formação do folículo primordial e culmina com o estádio de folículo de De Graaf ou pré-ovulatório (Van den Hurk e Zhao, 2005). Este processo está dividido em duas fases. 1) a fase pré-antral, que é subdividida em ativação dos folículos primordiais e crescimento de folículos primários e secundários, 2) a fase antral, por sua vez, subdividida em crescimento inicial e terminal dos folículos terciários e formação do folículo pré-ovulatório. No presente trabalho, apenas a primeira fase da foliculogênese será apresentada com maiores detalhes.
22
O processo de folículogênese ocorre no córtex ovariano e tem seu sucesso a partir de altos níveis de organização e citodiferenciação (Erickson e Williams, 2008). Em alguns folículos, estão presentes tanto células pavimentosas quanto cúbicas, dando origem à classe dos folículos de transição (Van den Hurk et al., 1997). Com a evolução folicular e após o recrutamento, os FOPAs mamíferos iniciam uma série de mudanças morfofisiológicas que envolvem o crescimento e diferenciação do oócito, bem como, a proliferação e diferenciação das CG e o desenvolvimento das células da teca (CT) (Suh et al., 2002). Estes dois tipos de células somáticas são os locais de ação e síntese de uma série de hormônios que promovem uma complexa regulação do desenvolvimento folicular (Skinner, 2005).
Quando todas as células da pré-granulosa que circundam o oócito imaturo central tornam-se cubóides, aumentando em número e volume, os folículos passam a ser chamados de primários (Van den Hurk et al., 1997). Durante todo o crescimento dos folículos primários, as CG sofrem proliferação, diferenciam-se e há um aumento do oócito em tamanho e conteúdo protéico (Picton et al., 1998) bem como na expressão do RNAm de receptores para FSH em vacas (Bao e Garverick, 1998), ovelhas (Tisdall et al., 1995) e ratas (Presl et al., 1974). Esse estádio folicular, aparece aos 140 dias em fetos de vacas (Rüsse, 1983) e aos 100 dias em ovelhas (McNatty et al., 1995; Sawyer et al., 2002). Nesta categoria, a zona pelúcida (ZP), uma camada composta por glicoproteínas (ZP-1, -2 e -3), começa a ser formada circundando o oócito mamífero (Rankin et al., 2001). No entanto, Gook et al. (2008), verificaram a presença das proteínas para ZP em folículos desde os estádios de primordial, na espécie humana sugerindo que estas proteínas estão presentes desde o início da foliculogênese.
Os folículos alcançam o estádio secundário quando duas ou mais camadas de CG cubóides estão circundando o oócito e as CT já estão formadas e se evidenciam do estroma circundante. Isto ocorre em fetos aos 120 dias em ovelhas (McNatty et al., 1995; Sawyer et al., 2002) e aos 210 dias em vacas (Rüsse, 1983). Além disso, a proliferação das CG e CT será, em parte, responsável pelo posterior desenvolvimento do folículo antral (Skinner, 2005).
Ativação de folículos primordiais e Crescimento de folículos pré-antrais A ativação do folículo primordial é caracterizada pela transformação das CG que
circundam o oócito, de sua forma pavimentosa para a forma cuboidal e conseqüente proliferação (Fair et al., 1997; Braw-Tal e Yossefi, 1997), seguida do aumento do diâmetro oocitário. Para entender a ativação ou o início do crescimento de folículos primordiais, torna-se necessário o conhecimento sobre algumas características destes folículos. Os folículos primordiais não são vascularizados, portanto, não possuem suprimento sanguíneo próprio. Desta forma, precisam diretamente de uma perfeita interação (junções intercomunicantes ou gap) entre as células dos compartimentos foliculares (CG e oócito) e o estroma ovariano (Erickson e Williams, 2008). As junções gap facilitam a transferência de aminoácidos, glicose e nucleotídeos para o crescimento do oócito (Eppig, 1991). Segundo Boland et al. (1994), os folículos utilizam predominantemente a via glicolítica como forma de produção ATP, pois os FOPAs parecem ser capazes de gerar energia suficiente em condições anaeróbias. No entanto, para o crescimento normal, maturação e esteroidogênese, o metabolismo folicular exige a presença de oxigênio.
O processo de ativação folicular ocorre dias, meses, ou anos após o nascimento (Hirshfield, 1991). Assim, os fatores que estimulam a proliferação das CG são considerados semelhantes àqueles que promovem a ativação do folículo primordial. Dentre estes fatores destacam-se o Kit Ligand (KL – Parrot e Skinner, 1999), Fator de Crescimento Fibroblástico básico (FGFb – Nilsson et al., 2001) e Fator Inibitório de Leucemia (LIF – Nilsson et al., 2002) e a BMP-7 (Lee et al., 2001). O cultivo in vitro de CG de ratas na presença de BMP-7 resultou em um aumento da proliferação destas células (Lee et al., 2001). Além disso, estes
23
mesmos autores observaram uma redução no número de folículos primordiais com conseqüente aumento no número de folículos primários após injeção direta da BMP-7 na bursa ovariana de ratas. Estes achados sugerem que a estimulação dos folículos primordiais pela BMP-7 ocorre devido à promoção da mitose nas CG (Lee et al., 2001) ou ainda pela sua associação com o FSH (Lee et al., 2004) uma vez que quando utilizados em combinação, também promoveram ativação de folículos primordias.
Durante a fase de crescimento dos folículos primordiais, os oócitos primários aumentam consideravelmente de tamanho sendo detectados altos níveis de expressão de RNAm e acúmulo de ribossomos e polipeptídeos (Fair e Hyttel, 1997). Uma vez ativados, os folículos entram para o pool de folículos em desenvolvimento que serão posteriormente maturados. A abundância de mitocôndrias alongadas e em divisão, e ainda dos retículos endoplasmáticos liso e rugoso refletem o aumento da síntese de energia que os oócitos necessitam para crescer e posteriormente maturar (Fair et al., 1997). Além disso, qualquer problema nesta fase de crescimento do oócito pode acarretar em falhas no desenvolvimento embrionário no estádio de blastocisto (Fair e Hyttel, 1997).
População folicular ovariana
Os FOPAs representam 90% da população folicular e constituem o estoque de gametas femininos (Liu et al., 2001). Independente disso, numericamente a população folicular difere entre as espécies, além de ser observada uma forte variação individual (Katska-Ksiazkiewicz, 2006), sendo de aproximadamente 1.500 em camundongas (Shaw et al., 2000); 35.000 em cabras (Lucci et al., 1999); 33.000 em ovelhas (Amorim et al., 2000); 235.000 em vacas (Betteridge et al., 1989) e 2.000.000 nas mulheres (Erickson, 1986). Apesar da grande população folicular presente no ovário mamífero, a maioria dos folículos, 99,9%, não chega à ovulação, pois são eliminados por um processo natural, denominado atresia ou morte folicular (Figueiredo et al., 2008), fazendo com que o desenvolvimento de um folículo pré-ovulatório a partir de um folículo primordial seja um evento biológico extremamente raro (Ireland, 1987).
Atresia
A atresia pode ocorrer por via degenerativa (Saumande, 1981) e/ou apoptótica (Figueiredo et al., 1995), quando o ambiente parácrino ou endócrino não é apropriado para suportar o crescimento folicular e/ou diferenciação das células da granulosa. (Silva et al., 2002). Apesar de ser um fenômeno natural, a atresia reduz significativamente o número de oócitos presentes no ovário diminuindo assim, o potencial reprodutivo da fêmea mamífera. A atresia ocorre em todos os estádios foliculares, especialmente na fase antral e, vários fatores como idade, aporte nutricional e estádio reprodutivo, podem afetar as taxas de atresia folicular (Ingram, 1962).
Sabe-se que a isquemia pode ser uma das principais causas do desencadeamento da morte folicular na via degenerativa (Farber, 1982), resultando em alterações na permeabilidade da membrana celular, aumento de água intracelular, vacuolização citoplasmática e, conseqüente degeneração (Barros et al., 2001). Estudos realizados em ovários caprinos mostraram por análise histológica e ultra-estrutural que em folículos primordiais e primários degenerados, o oócito é mais sensível do que as CG, apresentando-se retraído e com núcleo picnótico, além de numerosos vacúolos no ooplasma (degeneração tipo 1 – alterações apenas no oócito). Já em folículos secundários, as alterações foram observadas em ambos os compartimentos foliculares, caracterizando, portanto a degeneração do tipo 2 (Silva et al., 2002). Esse tipo de degeneração, no entanto, é mais freqüente em folículos
24
antrais. A partir deste estádio, o oócito torna-se altamente resistente e as primeiras alterações indicativas de atresia são observadas nas CG (Silva et al., 2002).
A apoptose, ou morte celular programada, é um programa de suicídio celular ativo encontrado em todos os organismos multicelulares e ocorre em tecidos que estão sofrendo alterações de desenvolvimento ou respondendo a um estímulo fisiológico. A alteração típica observada é a condensação da cromatina, resultando na formação de zonas densas de heterocromatina sobre a membrana nuclear. Independentemente da condensação da cromatina, endonucleases dependentes de cálcio e magnésio são ativadas, resultando na clivagem do DNA entre as unidades nucleossomais, a cada 180-200 pares de bases (Tilly, 1996) e formação dos corpos apoptóticos. Muitas características morfológicas da apoptose têm sido demonstradas em oócitos e CG. Em folículos pré-antrais, as primeiras alterações indicativas de atresia ocorrem no oócito, como por exemplo, retração da cromatina nuclear e fragmentação oocitária, o que desencadeia o processo de eliminação irreversível dos folículos ovarianos neste estádio de desenvolvimento (Morita e Tilly, 1999).
A atresia, seja por meio da degeneração ou da apoptose, conforme anteriormente descrita, é um processo regulado principalmente por fatores endócrinos, como os hormônios FSH e LH, fatores parácrinos, incluindo o KL, Fator de Crescimento Semelhante à Insulina-1 (IGF-1), EGF, FGFb, ativina e as BMPs. Desta forma, é provável, que o balanço entre os fatores que promovem sobrevivência e aqueles que induzem a morte decidirá se um determinado folículo continuará o seu desenvolvimento ou sofrerá atresia (Hsu e Hsueh, 2000).
Diante disso, visando evitar a enorme perda folicular que ocorre naturalmente in vivo pela atresia, nas últimas décadas, vários estudos têm sido realizados com a finalidade de elucidar os fatores e mecanismos envolvidos no crescimento e na atresia folicular.
Estudo da foliculogênese in vitro
Apesar de muito já ser conhecido acerca da foliculogênese antral, pouco se sabe sobre
a fase pré-antral, sobretudo com relação aos fatores e mecanismos responsáveis pelo crescimento de folículos primários e secundários. No entanto, vários estudos in vitro têm sido realizados com a finalidade de elucidar esse processo. Dentre esses estudos, destacam-se os trabalhos relacionados à Manipulação de Oócitos Inclusos em Folículos Ovarianos Pré-Antrais (MOIFOPA). Essa biotécnica tem como principal objetivo, resgatar ou isolar do ambiente ovariano os FOPAs e cultivá-los in vitro com o intuito de assegurar o crescimento e desenvolvimento dos oócitos contidos no interior desses folículos até a completa maturação, prevenindo-os assim, do processo natural de atresia folicular (Figueiredo et al., 2008).
O estudo da foliculogênese in vitro pode ser realizado através de diferentes sistemas, como por exemplo, o cultivo do folículo presente em pequenos fragmentos de ovário (in situ), ou o cultivo do folículo isolado do córtex ovariano. O sistema de cultivo in vitro que utiliza fragmentos ovarianos, apresenta como principais vantagens, a manutenção da estrutura folicular e uma maior praticidade (Telfer, 1996). Por outro lado, o cultivo de folículos isolados permite uma maior perfusão do meio, bem como a possibilidade de cultivar individualmente folículos pré-antrais em diferentes categorias (primordial, primário, secundário).
Nos últimos anos, tem sido observado um considerável progresso no tocante ao crescimento e maturação in vitro de FOPAs em diferentes espécies animais. Em humanos (Roy e Treacy, 1993), caprinos (Huamin e Yong, 2000), bovinos (Itoh et al., 2002), ovinos (Arunakumari et al., 2007), grandes folículos secundários isolados foram cultivados in vitro e se desenvolveram até o estádio antral. Apesar desses avanços, os resultados mais satisfatórios observados em ruminantes até o presente momento foram relatados recentemente por Gupta et
25
al. (2008), em que oócitos oriundos de folículos secundários de búfalas cultivados in vitro atingiram a maturação e foram fecundados in vitro resultando posteriormente na produção de embriões. No entanto, resultados como esse não têm sido relatados com freqüência, não sendo caracterizados ainda como uma rotina na biotécnica de MOIFOPA. Isso pode ser devido a diferenças existentes entre as metodologias empregadas pelas diferentes equipes, bem como às particularidades existentes entre as diferentes espécies. Especificamente, com relação às metodologias e aos protocolos empregados, acredita-se que as diferentes substâncias adicionadas ao meio de cultivo, bem como o momento da adição e as concentrações das substâncias, são aspectos relevantes para a obtenção dos resultados satisfatórios no tocante ao desenvolvimento folicular e maturação oocitária in vitro. Nesse sentido, diferentes fatores e substâncias têm sido amplamente estudados e empregados no cultivo in vitro de folículos pré-antrais visando conhecer a ação sobre a foliculogênese na sua fase inicial. Dentre as substâncias, podem ser citadas as BMPs, as quais tem sido demonstradas ter um importante papel no desenvolvimento folicular.
Influência das BMPs na regulação da foliculogênese inicial
A capacidade das células somáticas em controlar e manter o processo de
gametogênese é um requisito essencial para a reprodução em mamíferos (Skinner, 2005). A regulação do crescimento, a partir da proliferação celular e citodiferenciação de folículos ovarianos pode ser auxiliada por inúmeros fatores de crescimento sintetizados pelos compartimentos foliculares. No entanto, a função dos fatores que controlam o crescimento e desenvolvimento dos folículos ainda não é bem compreendida, sendo, portanto um ponto crítico da elucidação da fisiologia ovariana. Nesse contexto, observa-se uma grande importância de substâncias como as BMPs, membros da superfamília TGF-β. Das 20 BMPs descritas até o momento (Massague e Wotton, 2000), apenas sete dessas (BMP-2, -3, -3b, -4, -6, -7 e -15) foram localizadas em ovários mamíferos (Hogan, 1996; Wozney e Rosen, 1998; Dube et al., 1998). Estas proteínas são sinalizadas por moléculas extracelulares, expressas de maneira tecido-específica durante a embriogênese e a vida adulta dos animais, e estão envolvidas em múltiplos papéis na regulação do crescimento, diferenciação e apoptose de vários tipos celulares, além de exercerem funções na foliculogênese e ovulação (Glister et al., 2004).
Caracterização estrutural das BMPs
Os membros da superfamília TGF-β são sintetizados como uma pré-proteína que
possui um peptídeo sinalizador, uma grande pró-região e uma região menor madura biologicamente ativa (Massague, 1990; Chang et al., 2002). Uma distinta característica estrutural desta superfamília é a presença de sete cisteínas conservadas, as quais estão envolvidas no dobramento da molécula em uma estrutura tridimensional chamada nó de cisteína (Schlunegger e Grütter, 1992; Griffith et al., 1996; Vitt et al., 2001). O papel da pró-região dos membros da superfamília TGF-β não é bem compreendido. No entanto, acredita-se que esta região possa ser importante para a correta dobra e dimerização da molécula uma vez que a dimerização ocorre antes do processamento proteolítico para a libertação da região madura biologicamente ativa (Shimasaki et al., 2004). O único resíduo de cisteína conservado que não está envolvido na formação do nó de cisteína faz uma única ponte dissulfeto entre as duas subunidades. Isso resulta na formação de um dímero ligado covalentemente, que é crítica para sua atividade biológica (Wang et al., 1990; Israel et al., 1992; Jones et al., 1994). Estudos utilizando sistema de expressão de proteínas recombinantes revelaram que, quando co-expressas, as BMP-2, -4, -5, -6 (Fig. 1) e -7 (Fig. 2) podem formar heterodímeros, sendo
26
uma característica interessante, que estes podem exibir maior atividade biológica que seus correspondentes homodímeros (Aono et al., 1995; Israel et al., 1996; Suzuki et al., 1997; Kusumoto et al., 1997).
Figura 1. Estrutura cristalizada da Proteína Morfogenética Óssea-6 em dois ângulos diferentes [mmdbId:60210 e mmdbId:60211] (http://www.ncbi.nlm.nih.gov).
Figura 2. Estrutura cristalizada da Proteína Morfogenética Óssea-7 em dois ângulos diferentes [mmdbId:22322 e mmdbId:22323] (http://www.ncbi.nlm.nih.gov).
As BMPs interagem com duas classes de receptores transmembranários do tipo serina-
treonina quinase, receptores de BMP tipo I e tipo II. Nos mamíferos, três receptores tipo I (BMPR-IA/Alk3, BMPR-IB/Alk6 e ActRI/Alk2) e três receptores do tipo II (BMPR-II, ActR-IIA, e ActR-IIB) foram identificados (Knight e Glister, 2003).
Expressão e Imunolocalização das BMP-6 e -7 no tecido ovariano
Diversos fatores de crescimento, incluindo os membros da superfamília TGF-β, são
expressos em oócitos, CG e CT, de acordo com o estádio de desenvolvimento do folículo,
27
funcionando como moléculas reguladoras intra-ovarianas envolvidas no recrutamento folicular, proliferação/atresia de CG e CT, esteroidogênese, maturação oocitária, ovulação e luteinização (Knight e Glister, 2003).
Vários genes de BMPs são expressos no ovário de mamíferos. O RNAm que codifica a BMP-6, por exemplo, já foi identificado em ovários de murinos (Lyons et al, 1989; Otsuka et al., 2000; Erickson e Shimasaki, 2003), mulheres (Hino et al., 1996), e porcas recém-nascidas (Shimizu et al., 2004). Já o RNAm para BMP-7, teve sua presença identificada através de estudos utilizando a técnica de hibridização in situ em CT de folículos pré-ovulatórios de ratas normais cíclicas (Shimasaki et al., 1999) e em células hipofisárias de camundongas transgênicas (Huang et al., 2001). Além disso, Huang et al. (2001) utilizando RT-PCR, identificaram o RNAm para a BMP-7 em células hipofisárias de camundongas.
A BMP-6 é uma proteína expressa no oócito (ovelha: Juengel et al., 2006; rata: Otsuka et al., 2001; vaca: Glister et al., 2004; porca: Brankin et al., 2005; camundongas Elvin et al. 2000), CG (rata: Erickson e Shimasaki, 2003; vaca: Glister et al., 2004 e porca: Brankin et al., 2005) e CT (ovelha: Campbell et al., 2004; vaca: Glister et al., 2004) de folículos em diferentes estádios de desenvolvimento. Além disso, foi observada na espécie suína a expressão desta proteína no líquido folicular (Quinn et al., 2004). Entretanto, a expressão da proteína para BMP-7 foi identificada apenas em CT de folículos pré-ovulatórios de ratas (Shimasaki et al., 1999).
A expressão dos receptores de BMP já foi observada nos diferentes compartimentos foliculares, ou seja, nas CG, CT e nos oócitos. O RNAm para BMPR-IA, BMPR-IB e BMPR-II é expresso em oócitos e CG de ratas (Shimasaki et al., 1999) e porcas (Quinn et al., 2004), sendo nesta última espécie, observada a expressão também nas CT. Em ovelhas, os receptores de BMP estão localizados nos oócitos, CG (tanto de folículos primários, quanto antrais), CT (folículos antrais) e na superfície do epitélio ovariano (Wilson et al., 2001; Souza et al., 2002). O RNAm para BMPR-II foi detectado em CG e oócitos de folículos antrais em ratas (Shimasaki et al., 1999; Erickson e Shimasaki, 2003). Em vacas, o RNAm do BMPR-IA, BMPR-IB, ActR-IA, ActR-IIB e BMPR-II foi observado em todos os compartimentos de folículos antrais, no entanto, a proteína BMPR-II foi encontrada somente nos oócitos de folículos antrais (Fatehi et al., 2005). Estudos realizados em ratas demonstraram que os receptores da BMP-7 (BMPR-II) estão expressos nas CG de folículos a partir do estádio secundário (Shimasaki et al., 1999). Além disso, o RNAm para os receptores da BMP-6 (BMPR-IA, -IB e II) são expressos nos oócitos e nas CG de folículos caprinos (Silva et al., 2004) e de várias outras espécies mamíferas como camundonga (Elvin et al., 2000), rata (Shimasaki et al., 1999; Erickson e Shimasaki, 2003), ovelha (Souza et al., 2002; McNatty et al., 2005) e vaca (Glister e Knight, 2002), indicando possíveis efeitos autócrinos e/ou parácrinos. Mecanismo de sinalização intracelular
As BMPs se ligam aos dois tipos de receptores, do tipo I e II. Para uma ligação
eficiente e posterior transdução do sinal, os receptores de BMP exigem a formação de um complexo heterodimérico entre os dois tipos de receptores (Liu et al., 1995; Findlay et al., 2002). Uma vez que o complexo ligante-receptor é formado, o receptor do tipo II fosforila e ativa receptores do tipo I que desencadeiam a seqüência de eventos da via de sinalização das BMPs (Massague, 1998; Miyazono et al., 2001) a qual, por sua vez, ativa reguladores transcricionais chamados Smads, que convertem o sinal para o núcleo modificando a expressão gênica (Fig. 3). A via Smad é regulada pelo mediador Smad 4 e inibidores Smad (Smad 6 e 7) (Ishidou et al., 1995; ten Dijke e Hill, 2004; Termaat et al., 2005). O complexo de proteínas Smad são efetores nucleares e determinam a sinalização através da ativação ou
28
repressão dos genes alvo no núcleo e que alteram a atividade celular, incluindo o crescimento, diferenciação e síntese de matriz extracelular (Itoh et al., 2000; Kawabata et al., 1999; von Bubnoff e Cho, 2001). As BMPs ativam as vias Smad-1, -5 e -8, enquanto que a ativina e TGF-β ativam as vias Smad-2 e -3 (Miyazono et al. 2000, Miyazawa et al. 2002).
Figura 3. Ligantes, receptores, sinalização e transcrição de BMPs e TGFβ. As BMPs são ligantes diméricos (com nó de cisteína em cada monómero) que interagem tanto com receptores tipo I (RI), quanto receptores tipo II (RII). Na cascata de sinalização, o receptor do tipo II fosforila o receptor do tipo I. A associação entre os receptores I e II resulta no complexo sinal-transdução. O complexo quinase BMP e receptor tipo I fosforila os substratos de sinalização Smad 1, 5 ou 8. As isoformas TGFβ interagem com receptores distintos dos receptores de BMPs. O complexo quinase TGFβ e receptor tipo I fosforila os Smad 2 ou 3. A fosforilação para ambos, BMPs e TGFβ , é inibida e/ou modulada pelos Smads inibitórios 6 e 7. Os Smads fosforilados 1, 5 ou 8 interagem com o Smad 4 e penetram no núcleo para ativar a maquinaria transcriptacional para desencadear a resposta dos genes de BMP. Os Smads 2 ou 3 associados ao Smad 4 entram no núcleo e ativam a resposta dos genes de TGFβ. Efeitos das BMP-6 e -7 nas células ovarianas
Modelos de camundongas transgênicas knockout, têm sido utilizados para investigar
os efeitos in vivo das BMPs no ovário. Com isso, foi demonstrado que, na ausência de BMP-2, os animais têm um número reduzido de células germinativas primordiais em comparação com os seus homólogos de tipo selvagem (Ying e Zhao, 2001). Inversamente, as ratas sem o gene da BMP-6 parecem normais no que diz respeito à fertilidade e tamanho da ninhada, sugerindo que esta proteína pode não ser essencial para a fertilidade de murinos (Solloway et al., 1998).
29
A multiplicação das CG é um dos eventos associados com o crescimento de folículos primordiais. Os efeitos da BMP-6 nos compartimentos foliculares já foram observados em várias espécies. Ao contrário da BMP-15, a BMP-6 não estimula a proliferação de CG (ratas: Otsuka et al., 2001), além disso, inibe sua diferenciação (ovelhas: Juengel et al., 2006). Entretanto, em bovinos, Glister et al. (2004) verificaram um pequeno, porém significativo, aumento no número de CG quando cultivadas in vitro por seis dias em meio adicionado de BMP-6. Além disso, demonstrou-se que esta proteína é importante na proliferação de CG e CT em ovinos (Juengel et al., 2006) e suínos (Brankin et al., 2005). Adicionalmente, em vacas, as BMP-6 e -7 foram capazes de aumentar o número de células viáveis, a partir de um efeito mitogênico direto (Glister et al., 2004).
No tocante à BMP-7, Lee et al. (2001) observaram a partir da injeção direta dessa proteína na bursa ovariana de ratas, o seu papel no controle do crescimento oocitário, bem como na multiplicação das CG. Estudos in vitro, com as BMP-4 (Nilsson e Skinner, 2003) e BMP-7 (Lee et al., 2004) mostraram que estas proteínas promovem a manutenção da viabilidade, bem como a ativação e o crescimento de folículos primordiais de ratas e camundongas, respectivamente. Além disso, a utilização da BMP-7 aumentou a proliferação de CG cultivadas in vitro, em vacas (Glister et al., 2004) e ratas (Lee et al., 2001). Otsuka e Shimasaki (2002), observaram que as BMP-7 e -15 estimularam a síntese de DNA pelas CG de folículos primários cultivados in vitro e ainda, apenas a BMP-7 manteve esse estímulo quando as CG foram cultivadas juntamente com os oócitos. Por outro lado, quando CG foram cultivadas por dois ou seis dias em meio adicionado das BMP-2, -4, -6 ou -7, não foi observada nenhuma influência de tais substâncias na proliferação ou sobrevivência celular (ovelhas: Juengel et al., 2006). Adicionalmente, múltiplos fatores, incluindo o estádio de maturação ou número de CG dos folículos, as diferenças nas composições dos meios e períodos de cultivo, ou ainda a adição de outros hormônios e/ou fatores de crescimento podem influenciar as respostas das células às diferentes BMPs utilizadas.
Efeitos das BMP-6 e -7 na esteroidogênese ovariana e secreção de peptídeos
As BMP-4, -6 e -7, estimularam a produção de estradiol, inibina-A, ativina-A e
folistatina (Lee et al., 2001) inibindo (ratas: Shimasaki et al., 1999; Lee et al., 2001; Otsuka et al., 2001; ovelhas: Juengel et al., 2006; vacas: Glister el al. 2004) ou não afetando (McNatty et al., 2001) a secreção de progesterona pelas CG. Por outro lado, a interação de BMP-6 e FSH, não modificou a secreção de estradiol pelas CG (ratas: Miyoshi et al., 2007). A afinidade da folistatina com cada BMP é um potencial modulador da ação das BMPs no ovário mamífero (Glister et al., 2004). A expressão e secreção das subunidades da inibina tem sido demonstradas como potencialmente influenciadoras do sistema BMP em CG-luteínicas (mulheres: Jaatinen et al., 2002). Além disso, a BMP-6 pode prevenir a luteinização prematura dos folículos potencialmente dominantes ou recrutáveis (Otsuka et al., 2001; Glister et al., 2004) sugerindo, desta maneira, que as moléculas inibitórias estão presentes no oócito. Esta função provavelmente é entendida pela observação dos sinalizadores de BMP-6 nas células da granulosa de folículos dominantes em ratas (Erickson e Shimasaki, 2003).
A responsividade das BMPs ao FSH foi associada ao aumento do número ou alterações nas propriedades de seu receptor. Em outros estudos, foi observado que as BMP-6 e -7 aumentam a secreção de FSH nas células hipofisárias (Huang et al., 2001) e ainda que apenas a BMP-7 aumenta a expressão de receptores para FSH durante o cultivo de ovários de camundongas (Lee et al., 2004), modulando a ação deste hormônio (ratas: Otsuka et al., 2001), no sentido de aumentar a produção de estradiol e inibir a síntese de progesterona (Shimasaki et al., 1999). A habilidade das BMP-6 e -7 em estimular a síntese de FSH foi descrita pela primeira vez em cultivo de células hipofisárias derivadas de camundongas
30
transgênicas. Esses resultados combinados ao fato de que o RNAm destas BMPs foram detectados em células hipofisárias de camundongas, indicam que além das BMP-6 e -7 funcionarem como estimuladores de FSH, podem manter os níveis basais deste hormônio in vivo após utilização de anti-BMP-7 (Huang et al., 2001).
Considerações e perspectivas finais Conforme mostrado nesta revisão, evidenciou-se a participação das BMP -6 e -7, na
modulação do desenvolvimento folicular e função ovariana. Estas proteínas tem sido caracterizadas como importantes fatores que associadas a outros produzidos sistêmica ou localmente, podem atuar na manutenção da atividade ovariana, de forma a influenciar a esteroidogênese e atrasar o início da atresia e/ou luteinização. Uma melhor compreensão acerca dos papéis de tais proteínas no ovário poderá contribuir para a elucidação da foliculogênese ovariana bem como, para o desenvolvimento de sistemas de cultivo in vitro capazes de promover o crescimento e a maturação de oócitos oriundos de folículos pré-antrais.
Referências
Amorim CA, Lucci CM, Rodrigues APR, Carvalho FCA, Figueiredo JR, Rondina D, Cecchi R, Giorgetti A, Artini A, Gonçalves PBD. Quantitative and qualitative analysis of the effectiveness of a mechanical method for the isolation of preantral follicles from ovine ovaries. Theriogenology v.53, p.1251-1262, 2000. Aono A, Hazama M, Notoya K, Taketomi S, Yamasaki H, Tsukuda R, Sasaki S, Fujisawa Y. Potent ectopic bone-inducing activity of bone morphogenetic protein-4/7 heterodimer. Biochem Biophys Res Commun v.210, p.670-677, 1995. Arunakumari G, Vagdevi R, Rao BS, Naik BR, Naidu KS, Humar RVS, Rao VH. Effect of hormones and growth factors on in vitro development of sheep preantral follicles. Small Ruminant Research v.70, p.93-100, 2007. Bao B, Garverick HA. Expression of steroidogenic enzyme and gonadotrophin receptor genes in bovine follicles during ovarian follicular waves: a review. J Anim Sci v.76, p.1466-1473, 1998. Barros LF, Hermosilla T, Castro J. Necrotic volume increase and the early physiology of necrosis. Comparative Biochemistry and Physiology, v.130, p.401-409, 2001. Betteridge KJ, Smith C, Stubbings RB, Xu KP, King WA Potential genetic improvement of cattle by fertilization of fetal oocytes in vitro. Journal of Reproduction and Fertility v.38, p.87-98, 1989. Boland NI, Humpherson PG, Leese HJ, Gosden RG. Characterization of follicular energy metabolism. Human Reproduction v. 9, p.604-609, 1994. Brankin V, Quinn RL, Webb R, Hunter MG. Evidence for a functional bone morphogenetic protein (BMP) system in the porcine ovary. Domest Anim Endocrinol v.28, p.367-379, 2005. Brankin V, Quinn RL, Webb R, Hunter MG. BMP-2 and -6 modulate porcine theca cell function alone and co-cultured with granulosa cells. Domestic Animal Endocrinology v.29, p.593-604, 2005. Braw-Tal R, Yossefi S. Studies in vivo and in vitro on the initiation of follicle growth in the bovine ovary. J Reprod Fertil v.109, 165-171, 1997. Bristol-Gould, S., Woodruff, T.K. Folliculogenesis in the domestic cat (Felis catus). Theriogenology v.66, p.5-13, 2006.
31
Campbell BK, De Souza CJH, Skinner A, Baird DT. Effect of the FecB Mutation on the response of ovarian somatic cells to stimulation by bone morphogenic proteins (BMP). Biology of Reproduction;Special Issue: 37th Annual Meeting of the Society for the Study of Reproduction Vancouver, Canada:270. 2004. Chang H, Brown CW, Matzuk MM. Genetic analysis of the mammalian transforming growth factor-b superfamily. Endocr Rev v.23, p.787-823, 2002. Demeestere I, Centner J, Gervy Y, Delbaere A. Impact of various endocrine and paracrine factors on in vitro culture of preantral follicles in rodents. Reproduction v.130, p.147-156, 2005. Dooley CA, Attia GR, Rainey WE, Moore DR, Carr R. Bone morphogenetic protein inhibits ovarian androgen production. J. Clin Endocrinol Metab v.85, p.3331-3337, 2000. Dube JL, Wang P, Elvin J, Lyons KM, Celeste AJ, Matzuk MM. The bone morphogenetic protein 15 gene is X-linked and expressed in oocytes. Mol Endocrinol v.12, p.1809-1817, 1998. Elvin JA, Yan C, Matzuk MM. Oocyte-expressed TGF-beta superfamily members in female fertility. Molecular and Cellular Endocrinology v.159, p.1-5, 2000. Eppig JJ. Intercommunication between mammalian oocytes and companion somatic cells. Bioessays v.13, p.569-574, 1991. Eppig JJ, Chesnel, F, Hirao Y, O'Brien MJ, Pendola FL, Watanabe S, Wigglesworth K. Oocyte control of granulosa cell development: how and why. Hum Reprod v.12, p.127-132, 1997, abstract. Eppig JJ. Oocyte control of ovarian follicular development and function in mammals. Reproduction v.122, p.829-838, 2001. Erickson GF. An analysis of follicle development and ovum maturation. Seminars in reproductive endocrinology v.4, p.233-254, 1986. Erickson GF, Shimasaki S. The spatiotemporal expression pattern of the bone morphogenic protein family in rat ovary cell types during the estrous cycle. Reprod Biol Endocrinol v.1, p. 1-20, 2003. Erickson GF, Williams CJ. Morphology and physiology of the ovary. Endotext, Chapter 2, 2008. Fair T, Hyttel P. Oocyte growth in cattle-ultrastructure, transcription and developmental competence. In: MOTTA P.M. (Ed.), Microscopy of Reproduction and Development: A Dynamic Approach. Antonio Delfino, Rome, p.109-118, 1997. Fair T, Hulshof SCJ, Hyttel P, Boland M, Greve T. Bovine oocyte ultrastructure in primordial to tertiary follicles. Anat Embryol v.195, p.327-336. 1997. Fair T. Follicular oocyte growth and acquisition of developmental competence. Animal Reproduction Science v.78, p.203-216, 2003. Farber JL. Membrane injury and calcium homeostasis in the pathogenesis of coagulative necrosis. Lab Invest v.47, p.114-123, 1982. Fatehi AN, Van Den Hurk R, Colenbrander B, Daemen AJJM, Van Tol HTA, Monteiro RM, Roelen BAJ, Bevers MM. Expression of bone morphogenetic protein2 (BMP2), BMP4 and BMP receptors in the bovine ovary but absence of effects of BMP2 and BMP4 during IVM on bovine oocyte nuclear maturation and subsequent embryo development. Theriogenology v.63, p.872-889, 2005. Figueiredo JR, Hulshof SCJ, Thiry M, Van den Hurk R, Bevers MM, Nusgens B, Beckers JF. Extracellular matrix proteins and basement membrane: their identification in bovine ovaries and significance for the attachment of cultured preantral follicles. Theriogenology v.43, p.845-858, 1995. Figueiredo JR, Rodrigues APR, Amorim CA. Manipulação de oócitos inclusos em folículos ovarianos pré-antrais – MOIFOPA. In: GONÇALVES, P. B. D.; FIGUEIREDO, J.
32
R.; FREITAS, V. J. F. Biotécnicas aplicadas à reprodução animal. São Paulo: Editora Roca, p.303-327, 2008. Findlay JK, Drummond AE, Dyson ML, Baillie AJ, Robertson DM, Ethier JF. Recruitment and development of the follicle the roles of the transforming growth factor-beta superfamily. Mol Cell Endocrinol v.191, p.35-43, 2002. Gilchrist RB, Ritter LJ, Armstrong DT. Oocyte-somatic cell interaction during follicle development in mammals. Animal Reproduction Science v. 82-83, p.431-446, 2004. Glister C, Knight PG. Immunocytochemical evidence for a functional bone morphogenetic protein (BMP) signaling system in bovine antral follicles. Reproduction Abstract Series v.29, p.5 (abstract 4), 2002. Glister C, Kemp CF, Knight PG. Bone morphogenetic protein (BMP) ligands and receptors in bovine ovarian follicle cells: actions of BMP-4, -6 and -7 on granulosa cells and diferential modulation of smad-1 phosphorylation by follistatin. Reproduction, v.127, p.239-254, 2004. Gook DA, Edgar DH, Borg J, Martic M. Detection of zona pellucida proteins during human folliculogenesis. Human Reproduction, v.23, p.394-402, 2008. Griffith DL, Keck PC, Sampath TK, Rueger DC, Carlson WD. Three-dimensional structure of recombinant human osteogenic protein 1: structural paradigm for the transforming growth factor β superfamily. Proc Natl Acad Sci v.93, p.878-883, 1996. Gupta PSP, Ramesh HS, Manjunatha BM, Nandi S, Ravindra JP. Production of buffalo embryos using oocytes from in vitro growth preantral follicles. Zygote, v.16, p.57-63, 2008. Hino J, Takao M, Takeshita N, Konno Y, Nishizawa T, Matsuo H. cDNA cloning and genomic structure of human bone morphogenetic protein-3b (BMP-3b). Biochem Biophys Res Commun v.223, p.304-310, 1996. Hirshfield AN. Development of follicles in the mammalian ovary. Int Rev Cytol v.124, p.43-101, 1991. Hogan BL. Bone morphogenetic proteins: multifunctional regulators of vertebrate development. Genes and Development v.10, p.1580-1594, 1996. Hsu SY, Hsueh AJ Tissue-specific Bcl-2 protein partners in apoptosis: an ovarian paradigm Physiological Reviews v.80, p.593-614, 2000. Huang HJ, Wu JC, Su P, Zhirnov O, Miller WL. A novel role for morphogenetic proteins in the synthesis of Follicle-Stimulating Hormone. Endocrinology v.142, p.2275-2283, 2001. Huanmin Z, Yong Z. In vitro development of caprine ovarian preantral follicles. Theriogenology v.54, p.641-650, 2000. Ingram DI. Atresia. In: Zuckerman, S. (Ed.), The Ovary. Academic Press, New York, p. 247-273, 1962. Ireland JJ. Control of follicular growth and development. Journal of Reproduction and Fertility v.34 (suppl), p.39-54, 1987. Ishidou Y, Kitajima I, Obama H, Maruyama I, Murata F, Imamura T, Yamada N, Ten Dijke P, Miyazono K, Sakou T. Enhanced expression of type I receptors for bone morphogenetic proteins during bone formation. J Bone Miner Res v.10, p.1651-2659, 1995. Israel DI, Nove J, Kerns KM, Moutsatsos IK, Kaufman RJ. Expression and characterization of bone morphogenetic protein-2 in Chinese hamster ovary cells. Growth Factors, v.7, p.139-150, 1992. Israel DI, Nove J, Kerns KM, Kaufman RJ, Rosen V, Cox KA, Wozney JM. Heterodimeric bone morphogenetic proteins show enhanced activity in vitro and in vivo. Growth Factors v.13, p.291-300, 1996. Itoh S, Itoh F, Goumans MJ, Ten Dijke P. Signaling of transforming growth factor-beta family members through Smad proteins. Eur J Biochem v.267, p.6954-6967, 2000.
33
Itoh T, Kacchi M, Abe H, Sendai Y, Hoshi H. Growth, antrum formation, and estradiol production of bovine preantral follicles cultured in a serum-free medium. Biology of Reproduction v.67, p.1099-1105, 2002. Jaatinen R, Bondestam J, Raivio T, Hilden K, Dunkel L, Groome N, Ritvos O. Activation of the bone morphogenetic protein signaling pathway induces inhibin bB-subunit mRNA and secreted inhibin B levels in cultured human granulosa-luteal cells. Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism v.87, p.1254-1261, 2002. Jones WK, Richmond EA, White K, Sasak H, Kusmik W, Smart J, Oppermannm H, Rueger DC, Tucker RF. Osteogenic protein-1 (OP-1) expression and processing in Chinese hamster ovary cells: isolation of a soluble complex containing the mature and pro-domains of OP-1. Growth Factors v.11, p.215-225, 1994. Juengel JL, Reader KL, Bibby AH, Lun S, Ross I, Haydon LJ, McNatty KP. The role of bone morphogenetic proteins 2, 4, 6 and 7 during ovarian follicular developmental in sheep: contrast to rat. Reproduction v.131, p.501-513, 2006. Katska-Ksiazkiewicz L. Recent achievements in in vitro culture and preservation of ovarian follicles in mammals. Reproductive Biology, v.6, p.3-16, 2006. Kawabata M, Imamura T, Inoue H, Hanai J, Nishihara A, Hanyu A, Takase M, Ishidou Y, Udagawa Y, Oeda E, Goto D, Yagi K, Kato M, Miyazono K. Intracellular signaling of the TGF-beta superfamily by Smad proteins. Ann NY Acad Sci v.886, p.73-82, 1999. Knight PG, Glister C. Local roles of TGF-beta superfamily members in the control of ovarian follicle development. Anim Reprod Sci v.78, p.165-183, 2003. Kusumoto K, Bessho K, Fujimura K, Akioka J, Ogawa Y, Iizuka T. Comparison of ectopic osteoinduction in vivo by recombinant human BMP-2 and recombinant Xenopus BMP-4/7 heterodimer. Biochem Biophys Res Commun v.239, p.575-579, 1997. Lawson KA, Dunn NR, Roelen BAJ, Zeinstra LM, Davis AM, Wright CVE, Korving J PWFM, Hogan BLM. BMP4 is required for the generation of primordial germ cells in the mouse embryo. Genes & Development, v. 13, p.424-436, 1999. Lee W-S, Otsuka F, Moore RK, Shimasaki S. Effect of bone morphogenetic protein-7 on folliculogenesis and ovulation in the rat. Biol Reprod v.65, p.994-999. 2001. Lee W-S., Yoon S-J., Yoon T-K., Cha K-Y., Lee S-H., Shimasaki S., Lee S. & Lee K-A. Effects of bone morphogenetic protein-7 (BMP-7) on primordial follicular growth in the mouse ovary. Mol Reprod Dev v.69, p.159-163, 2004. Liu F, Ventura F, Doody J, Massague J. Human type II receptor for bone morphogenic proteins (BMPs): extension of the two-kinase receptor model to the BMPs. Mol Cell Biol v.15, p.3479-3486, 1995. Liu J, Van der Elst J, Van den Broeck R, Dhont M. Live offspring by in vitro oocytes from cryopreserved primordial mouse follicles after sequential in vivo transplantation and in vitro maturation. Biology of Reproduction, v.64, p.171-178, 2001. Lucci CM, Amorim CA, Báo SN, Figueiredo JR, Rodrigues APR, Silva JR, Gonçalves PBD Effect of the interval of serial sections of ovarian in the tissue chopper on the number of isolated caprine preantral follicles. Animal Reproduction Science, v.56, p.39-49, 1999. Lyons KM, Pelton RW, Hogan BL. Patterns of expression of murine Vgr-1 and BMP-2a RNA suggest that transforming growth factor-beta-like genes coordinately regulate aspects of embryonic development. Genes Dev v.3, p.1657-1668, 1989. Massague J. The transforming growth factor-b family. Annu Rev Cell Biol v.6, p.597-641, 1990. Massague J. TGF-beta signal transduction. Annu Rev Biochem, v.67, p.753-791, 1998. Massague J, Wotton D. Transcriptional control by the TGF-beta/Smad signaling system. EMBO J v.19, p.1745-1754, 2000.
34
McNatty KP, Smith P, Hudson Nl, Heath Da, Tisdall Dj, W-S O, Braw-Tal R. Development of the sheep ovary during fetal and early neonatal life and the effect of fecundity genes. J Reprod Fertil v.49 (Suppl.) p.123-135, 1995. McNatty KP, Juengel JL, Wilson T, Galloway SM, Davis GH. Genetic mutations influencing ovulation rate in sheep. Reproduction, Fertility and Development v.13, p.549-555, 2001. McNatty KP, Galloway SM, Wilson T, Smith P, Hudson NL, O’Connell A, Bibi AH, Heath DA, Davis GH, Hanrahan JP, Juengel JL. Physiological effects of major genes affecting ovulation rate in sheep. Genetics Selection Evolution v.37, p.25-38, 2005. Miyazawa K, Shinozaki M, Hara T, Furuya T, Miyazono K. Two major Smad pathways in TGF-β superfamily signaling. Genes Cells v.7, p.1191-1204, 2002. Miyazono K, Ten Dijke P, Heldin CH. TGF-β signaling by Smad proteins. Adv Immunol v.75, p.115-157, 2000. Miyazono K, Kusanagi K, Inoue H. Divergence and convergence of TGF-beta/BMP signaling. J Cell Physiol v.187, p.265-276, 2001. Miyoshi T, Otsuka F, Inagaki K, Otani H, Takeda M, Suzuki J, Goto J, Ogura T, Makino H. Differential regulation of steroidogenesis by bone morphogenetic protein in granulosa cells: Involvement of extracellularly regulated kinase signaling and oocyte actions in Follicle-Stimulating Hormone-Induced estrogen production. Endocrinology v.148, p.337-345, 2007. Morita Y, Tilly JL. Oocyte apoptosis: Like sand through and hourglass. Developmental Biology v.213, p.1-17, 1999. Nilsson E, Parrott JA, Skinner MK. Basic fibroblast growth factor induces primordial follicle development and initiates folliculogenesis. Mol Cell Endocrinol v.175, p.123-130, 2001. Nilsson EE, Kezele P, Skinner MK. Leukemia inhibitory factor (LIF) promotes the primordial to primary follicle transition in rat ovaries. Mol Cell Endocrinol v.188, p.65-73, 2002. Nillson EE, Skinner MK. Bone morphogenetic protein-4 acts as na ovarian follicle survival factor and and promotes primordial follicle development. Biology of Reproduction v.69, p.1265-1272, 2003. Otsuka F, Yao ZX, Lee TH, Yamamoto S, Erickson GF, Shimasaki S. Bone morphogenetic protein-15 identification of target cells and biological functions. J Biol Chem v.275, p.39523-39528, 2000. Otsuka F, Moore RK, Shimasaki S. Biological Function and Cellular Mechanism of Bone Morphogenetic Protein-6 in the Ovary. The Journal of Biological Chemistry v.276, p.32889-32895, 2001. Otsuka F, Shimasaki S. A negative feedback system between oocyte bone orphoenetic protein 15 and granulosa cell kit ligand: Its role in regulation cell mitosis. Proc Natl Acad Sci v.11, p.8060-8065, 2002. Parrott JA, Skinner MK. Kit-ligand/stem cell factor induces primordial follicle development and initiates folliculogenesis. Endocrinology v.140, p.4262-4271, 1999. Picton H, Briggs D, Gosden R. The molecular basis of oocyte growth and development. Molecular and Celular Endocrinology v.145, p.27-37, 1998. Presl J, Pospisil J, Figarova V, Krabec Z. Stage-dependent changes in binding of iodinated FSH during ovarian follicle maturation in rats. Endocrinol Exp v.8, p.291-298, 1974. Quinn RL, Shuttleworth G, Hunter MG. Immunohistochemical localisation of the bone morphogenetic protein receptors in the porcine ovary. J Anat v.205, p.15-23, 2004.
35
Rankin Tl, O’brien M, Lee E, Wigglesworth K, Eppig J, Dean J. Defective zonae pellucidae in Zp2-null mice disrupt folliculogenesis, fertility and development. Development, v.128, p.1119-1126, 2001. Roy SK, Treacy BJ. Isolation and long-term culture of human preantral follicles. Fertil Steril v.59, p.783-790, 1993. Rüsse, I. Oogenesis in cattle and sheep. Bibliotheca Anatômica, v.24, p.77-92, 1983. Ruutiainen K, Adashi EY. Intraovarian factors in hyperandrogenism. Semin Reprod Endocrinol, v.11, p.324-328, 1993. Saumande J. Ovogenèse et folliculogenèse. Rec Med Vét, v.157, p.29-38, 1981. Sawyer HR, Smith P, Heath DA, Juengel JL, Wakefield St. J, McNatty KP. Formation of Ovarian Follicles During Fetal Development in Sheep. Biology of Reproduction v.66, p.1134-1150, 2002. Schlunegger MP, Grütter MG. An unusual feature revealed by the crystal structure at 2.2 A resolution of human transforming growth factor-β 2. Nature v.358, p.430-434, 1992. Shaw JM, Cox S-L, Trounson AO, Jenkin G. Evaluation of the longterm function of cryopreserved ovarian grafts in the mouse, implications for human applications. Mol Cell Endocrinol v.161, p.103-10, 2000. Shimasaki S, Zachow RJ, Li D, Kim H, Iemura S, Ueno N. A functional bone morphogenetic protein system in the ovary. Proc Natl Acad Sci, v.96, p.7282-7287, 1999. Shimasaki S, Moore RK, Otsuka F, Erickson GF. The bone morphogenetic protein system in mammalian reproduction. Endocr Rev v.25, p.72-101, 2004. Shimizu T, Yokoo M, Miyake Y, Sasada H, Sato E. Differential expression of bone morphogenetic protein 4–6 (BMP-4,-5, and -6) and growth differentiation factor-9 (GDF-9) during ovarian development in neonatal pigs. Domest Anim Endocrinol v.27, p.397-405, 2004. Silva JRV, Ferreira MAL, Costa SHF, Santos RR, Carvalho FCA, Rodrigues APR, Lucci CM, Báo SN, Figueiredo JR. Degeneration rate of preantral follicles in the ovaries of goats. Small Ruminant Research, v.43, p.203-209, 2002. Silva JRV, Van den Hurk R, van Tol HTA, Roelen BAJ, Figueiredo JR. Expression of growth differentiation factor 9 (GDF9), bone morphogenetic protein 15 (BMP15), and BMP receptors in the ovaries of goats. Genetics, Gene Regulation, and Expression. Molecular Reproduction and Development v.70, p.1-19, 2004. Skinner MK. Regulation of primordial follicle assembly and development. Human Reproduction Update, v.11, p.461-471, 2005. Solloway MJ, Dudley AT, Bikoff EK, Lyons KM, Hogan BLM, Robertson EJ. Mice lacking BMP-6 function. Dev Genet v.22, p.321-339, 1998. Souza CJ, Campbell BK, Mcneill AS, Baird DT. Effect of bone morphogenetic protein2 (BMP2) on oestradiol and inhibin A production by sheep granulosa cells, and localization of BMP receptors in the ovary by immunohistochemistry. Reproduction v.123, p.363-369, 2002. Suh CS, Sonntag B, Erickson GF. The ovarian life Cycle: A contemporary view. Reviews in Endocrine & Metabolic Disorders, v.3, p.5-12, 2002. Suzuki A, Kaneko E, Maeda J, Ueno N. Mesoderm induction by BMP-4 and -7 heterodimers. Biochem Biophys Res Commun v.232, p.153-156, 1997. Telfer EE. The development of methods for isolation and culture of preantral follicles preantral. Theriogenology v.45, p.101-110, 1996. Ten Dijke P, Hill CS. New insights into TGF-beta-Smad signalling. Trends Biochem Sci v.29, p.265-273, 2004. Termaat MF, Den Boer FC, Bakker FC, Patka P, Haarman HJThM. Bone Morphogenetic Proteins. Development and Clinical Efficacy in the Treatment of Fractures and Bone Defects. J Bone Joint Surg Am v.87, p.1367-1378, 2005.
36
Tilly JL. Apoptosis and ovarian function. Reviews of Reproduction v.1, p.162-172, 1996. Tisdall DJ, Watanabe K, Hudson NL, Smith P, Mcnatty KP. FSH receptor gene expression during ovarian follicle development in sheep. J Mol Endocrinol v.15, p.273-281, 1995. Van den Hurk R, Bevers MM, Becker JF. In vivo and in vitro development of preantral follicles. Theriogenology v.47, p.73-82, 1997. Van Den Hurk R, Zhao J. Formation of mammalian oocytes and their growth, differentiation and maturation within ovarian follicles. Theriogenology v.63, p.1717-1751, 2005. Vitt UA, Hsu SY, Hsueh AJW. Evolution and classification of cystine knot-containing hormones and related extracellular signaling molecules. Mol Endocrinol v.15, p.681-694, 2001. Von Bubnoff A, Cho KW. Intracellular BMP signaling regulation in vertebrates: pathway or network? Dev Biol v.239, p.1-14, 2001. Wang EA, Rosen V, D’alessandro JS, Bauduy M, Cordes P, Harada T, Israel DI, Hewick RM, Kerns KM, Lapan P, Luxenberg DH, Mcquid D, Moutsatsos IK, Nove J, Wozney JM. Recombinant human bone morphogenetic protein induces bone formation. Proc Natl Acad Sci v.87; p.2220-2224, 1990. Wilson T, Wu XY, Juengel JL, Ross IK, Lumsden JM, Lord EA. Highly prolific Booroola sheep have a mutation in the intracellular kinase domain of bone morphogenetic protein IB receptor (ALK-6) that is expressed in both oocytes and granulosa cells. Biology of Reproduction, v.64, p.1225-1235, 2001. Wozney JM, Rosen V. Bone morphogenetic protein and bone morphogenetic protein gene family in bone formation and repair. Clin Orthop v.346, p.26-37, 1998. Ying Y, Liu X-M, Marble A, Lawson KA, Zhao G-Q. Requirement of BMP8b for the Generation of Primordial Germ Cells in the Mouse. Molecular Endocrinology v.14, p.1053-1063, 2000. Ying Y, Zhao Y. Cooperation of endoderm derived BMP-2 and extraembryonic ectoderm derived BMP-4 in primordial germ cell generation in the mouse. Dev Biol, v.232. p.484-492, 2001.
37
3 JUSTIFICATIVA
Conforme descrito anteriormente, sabe-se que na fase inicial da foliculogênese ainda
existem vários processos pouco conhecidos, sobretudo, no que se refere ao crescimento e
maturação de folículos pré-antrais. Os folículos ovarianos pré-antrais representam 90% da
população folicular no ovário mamífero e são os precursores dos folículos antrais, os quais
chegarão ao estádio pré-ovulatório. Por essa razão, aliado ao pouco que se conhece do
processo de desenvolvimento folicular na fase pré-antral, admite-se a necessidade da
realização de estudos no sentido de elucidar os mecanismos responsáveis, sobretudo na fase
inicial da foliculogênese. Atualmente, já está descrito na literatura que fatores produzidos
localmente no ovário podem determinar o início do crescimento folicular, bem como a
diferenciação, o acúmulo de organelas citoplasmáticas e a seleção de alguns folículos,
enquanto outros permanecem bloqueados. A BMP-7, por exemplo, é considerada reguladora
potencial local da função gonadal feminina além de ser extremamente importante para a
proliferação celular ovariana, em ratas (LEE et al., 2001). Essa informação sugere que essa
proteína seja um fator de extrema importância para o desenvolvimento de folículos pré-antrais
in vitro, oriundos da espécie caprina.
O papel das BMPs, especialmente, a BMP-7 no cultivo in vitro de folículos pré-antrais
caprinos ainda não foi demonstrado. Neste sentido, acredita-se que a utilização dessa proteína
no meio de cultivo in vitro de folículos pré-antrais possa fornecer subsídios para uma melhor
compreensão acerca dos fatores reguladores da função ovariana, notadamente na fase inicial
da foliculogênese. Visando uma melhor avaliação da eficácia do cultivo, além da histologia
clássica, foi utilizada a microscopia eletrônica de transmissão que é uma técnica mais precisa
e permite a avaliação ultra-estrutural dos folículos.
38
4 HIPÓTESE CIENTÍFICA
Diante do exposto, formulou-se a seguinte hipótese científica:
A BMP-7 mantém a viabilidade folicular e influencia positivamente na ativação e no
crescimento in vitro de folículos pré-antrais caprinos após cultivo de curta duração.
5 OBJETIVOS
5.1 Geral:
Analisar o efeito da BMP-7 sobre o cultivo in vitro de folículos pré-antrais caprinos.
5.2 Específicos:
Avaliar o efeito de diferentes concentrações de BMP-7 sobre a sobrevivência, ativação
e crescimento in vitro de folículos pré-antrais caprinos;
Analisar morfológica e ultra-estruturalmente os folículos pré-antrais caprinos
cultivados in vitro.
39
6 CAPÍTULO 2
EFEITO DA PROTEÍNA MORFOGENÉTICA ÓSSEA-7 (BMP-7) NA
SOBREVIVÊNCIA IN VITRO DE FOLÍCULOS PRÉ-ANTRAIS CAPRINOS
(Effect Of Bone Morphogenetic Protein-7 (Bmp-7) On In Vitro Survival Of Caprine
Preantral Follicles)
Valdevane Rocha ARAÚJO, Cleidson Manuel Gomes da SILVA, Isabel Bezerra LIMA-
VERDE, Deborah de Melo MAGALHÃES, Gerlane Modesto da SILVA, Khessler Patrícia
Olazia NAME, Sônia Nair BÁO, Cláudio Cabral CAMPELLO, José Roberto Viana SILVA,
Liliam Mara Trevisan TAVARES, José Ricardo de FIGUEIREDO, Ana Paula Ribeiro
RODRIGUES
(artigo submetido à Pesquisa Veterinária Brasileira)
40
Trabalho 1387 MF
(Adapt.p.PVB, solicit.autor, 23.9.08)
Effect of Bone Morphogenetic Protein-7 (BMP-7) on in vitro
survival of caprine preantral follicles1
Running head: BMP-7 on in vitro survival of caprine preantral follicles
Valdevane Rocha Araújo2*, Cleidson Manuel Gomes da Silva2, Isabel Bezerra Lima-Verde2,
Deborah de Melo Magalhães2, Gerlane Modesto da Silva2, Khessler Patrícia Olazia Name3,
Sônia Nair Báo3, Cláudio Cabral Campello2, José Roberto Viana Silva4, Liliam Mara Trevisan
Tavares2, José Ricardo de Figueiredo2 and Ana Paula Ribeiro Rodrigues2
ABSTRACT.- Araújo V.R., Silva M.G., LIMA-Verde I.B., Magalhães D.M., Silva, Name
K.P.O., Báo S.N., Campello C.C., Silva J.R.V., Tavares L.M.T., Figueiredo J.R. & Rodrigues
A.P.R. 2009. Effect of Bone Morphogenetic Protein-7 (BMP-7) on in vitro survival of
caprine preantral follicles. Pesquisa Veterinária Brasileira 00(0):00-00. Programa de Pós-
Graduação em Ciências Veterinárias, Laboratório de Manipulação de Oócitos e Folículos Pré-
Antrais, Universidade Estadual do Ceará, Av. Paranjana 1700, Campus do Itaperi, Fortaleza,
CE 60740-000, Brazil. *Corresponding author: [email protected]
The aim of this study was to verify the effects of different concentrations of BMP-7 on
in vitro survival and development of caprine preantral follicles. Fragments of caprine ovarian
cortical tissue were cultured for 1 of 7 days in Minimum Essential Medium (MEM+)
41
supplemented with different concentrations of BMP-7 (1, 10, 50 or 100 ng/ml). Non-cultured
fragments or those cultured for 1 or 7 days were processed for classical histology and
transmission electron microscopy (TEM). Parameters such as follicular survival, activation
and growth were evaluated. After 1 or 7 days of culture, the percentage of morphologically
normal follicles significantly reduced in all treatments when compared with fresh control,
except at 1ng/ml of BMP-7 for 1 day. In addition, the concentration of 10 ng/ml of BMP-7
significantly increased follicular diameter from day 1 to 7 of culture. There was not any
influence of the other concentrations of BMP-7 regarding to the follicular and oocyte
diameter. Ultrastructural studies confirmed follicular integrity after 7 days of culture in 1
ng/ml BMP-7. In conclusion, small concentrations of BMP-7 can improve the survival of
caprine preantral follicles during in vitro culture.
INDEX TERMS: Caprine, preantral follicles, culture, survival, BMP-7.
___________________
1 Received on September 23, 2008.
Accepted for publication on ...............................
2 Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias (PPGCV), Laboratório de Manipulação de Oócitos e
Folículos Pré-Antrais (LAMOFOPA), Universidade Estadual do Ceará (UECE), Av. Paranjana 1700, Campus do
Itaperi, Fortaleza, CE 60740-000, Brazil. *Corresponding author: [email protected]
3 Laboratório de Microscopia Eletrônica, Departamento de Biologia Celular, Instituto de Ciências Biológicas,
Universidade de Brasília, Brasilia, DF CEP70.919-970, Brazil,
4 Núcleo de Biotecnologia de Sobral (NUBIS), Faculdade de Medicina de Sobral, Universidade Federal do
Ceará, Av. Geraldo Rangel, 100/186, Sobral, CE CEP: 60.041-040, Brazil
42
RESUMO.- [Efeito da Proteína Morphogênica Óssea 7 (BMP-7) para o sobrevivência in
vitro de folículos pré-antrais caprinos.] O presente trabalho tem como objetivo verificar o
efeito de diferentes concentrações da BMP-7 na sobrevivência e no desenvolvimento in vitro
de folículos pré-antrais caprinos. Fragmentos de tecido cortical ovariano caprino foram
cultivados por 1 ou 7 dias em Meio Essencial Mínimo (MEM+) suplementado com diferentes
concentrações de BMP-7 (1, 10, 50 ou 100 ng/ml). Os fragmentos não cultivados ou aqueles
cultivados por 1 ou 7 dias foram processados para histologia clássica e microscopia eletrônica
de transmissão (MET), sendo avaliados vários parâmetros como viabilidade, ativação e
crescimento. Os resultados mostraram que o percentual de folículos morfologicamente
normais reduziu significativamente em todos os tratamentos quando comparados ao controle,
exceto na concentração de 1ng/ml por 1 dia de cultivo. Já no dia 7 todos os tratamentos
reduziram significativamente os percentuais de folículos morfologicamente normais quando
comparados ao controle não cultivado. Utilizando 10 ng/ml de BMP-7 foi observado um
aumento significativo no diâmetro folicular quando comparados os diferentes períodos de
cultivo. Não houve influência das demais concentrações de BMP-7 quando avaliados além do
diâmetro folicular, o diâmetro oocitário. Quando realizada a MET observamos que os
folículos cultivados por até 7 dias com 1 ng/ml de BMP-7 apresentavam ultra-estrutura
compatível aos do controle fresco, ou seja, apresentavam-se normais. Em conclusão, o BMP-7
em baixas concentrações pode melhorar a sobrevivência e o crescimento durante o cultivo in
vitro de folículos pré-antrais caprinos.
INTRODUCTION
The regulation of folliculogenesis in the mammalian ovary is a complex process and is
controlled by both extraovarian factors, e.g. pituitary gonadotropins, and locally produced
paracrine factors (Gougeon 1996). While later stages of gonadotropin-dependent follicle
43
growth have been more thoroughly studied, early stages of folliculogenesis, especially the
initiation of follicle growth, remain enigmatic (Danforth et al. 2003). Accumulating evidence
during the past decade suggests that the initiation of folliculogenesis is a continuous process
regulated by a variety of endocrine and intra-ovarian factors. One of these factors is the bone
morphogenetic protein (BMP), which is a member of transforming growth factor-β (TGF-β)
superfamily, representing a specific subfamily. Up to date, 15 BMPs were described, being
only seven (BMP-2, -3, -3b, -4, -6, -7 e -15) localized in mammalian ovaries (Hogan 1996,
Wozney & Rosen 1998, Dube et al. 1998). These proteins are signalized by extracellular
molecules and are involved in the regulation of growth, differentiation and apoptosis of
several cellular types and play a role in folliculogenesis and ovulation (Glister et al. 2004).
In situ hibridization studies demonstrated the presence of the mRNA of BMP-7 in
theca cells of rat preovulatory follicles (Shimasaki et al. 1999) and in pituitary cells of
transgenic mouse (Huang et al. 2001). In addition, Huang et al. (2001), using RT-PCR,
identified mRNA for BMP-7 in mouse pituitary cells. BMP acts trough BMPR-IA, -IB and II
receptors, which were indentified and localized in different structures of swine ovary, such as
oocyte, granulosa and luteinic cells and blood vessels (Quinn et al. 2004). Studies in rats
demonstrated that BMP-7 receptors are expressed in granulosa cells of secondary and antral
follicles, also showing that this protein is expressed in theca cells (Shimasaki et al. 1999).
In mouse, in vitro studies demonstrated that BMP-7 is involved in the control of
oocyte growth, granulosa cell proliferation (Lee et al. 2001), as well as in the transition from
primordial to primary stage (Lee et al. 2004). Apart from these previous information on BMP-
7, the action of this protein in mammalian reproduction is still poorly known. Moreover, no
evidence of BMP-7 action on the germinative cells was verified in the caprine specie. Thus,
the aim of the present study was to evaluate the effect of different concentrations of BMP-7
on in vitro survival and development of caprine preantral follicles.
44
MATERIALS AND METHODS
Unless mentioned otherwise, the culture media, BMP-7 and other chemicals used in the
present study were purchased from Sigma Chemical Co. (St Louis, MO).
Source of ovaries
Ovarian cortical tissues were obtained from five cross-breed goats (n=5) collected at a
local slaughterhouse. Immediately postmortem, the ovaries were washed in 70% alcohol for
10 seconds followed by two times in Minimum Essential Medium (MEM) supplemented with
100 µg/ml penicillin and 100 µg/ml streptomycin. The pairs of ovaries were transported
within 1 hour to the laboratory in MEM at 4°C (Chaves et al. 2008).
Experimental protocol
The culture system was described in detail earlier by our team (Silva et al. 2004,
Matos et al. 2007a). Ovarian cortical tissue from the same ovarian pair was cut in 11 slices
(3mm x 3mm x 1mm) using a scissor and scalpel under sterile conditions. The tissue pieces
were then either directly fixed for histological and ultrastructural analysis (fresh tissue,
control) or placed in culture for 1 or 7 days. Caprine tissues were transferred to 24-well
culture dishes containing 1ml of culture media. Culture was performed at 39°C in 5% CO2 in
a humidified incubator. The basic culture medium consisted of MEM (pH 7.2-7.4)
supplemented with ITS (insulin 6.25 ng/ml, transferrin 6.25 ng/ml and selenium 6.25 ng/ml),
0.23 mM pyruvate, 2 mM glutamine, 2 mM hypoxantine, 1.25 mg/ml of bovine serum
albumin (BSA). To test the effects of BMP-7, different concentrations (0, 1, 10, 50 or 100
45
ng/ml) of this factor were added to the culture medium. Each treatment was repeated five
times and the culture media was on replaced every other day.
Morphological analysis and assessment of in vitro follicular growth
Before culture (fresh control) and after one or seven days in culture, all the pieces
were fixed in 10% formalin for 12 h and then dehydrated in increasing concentrations of
ethanol. After paraffin (Synth, São Paulo, Brazil) embedding, the caprine tissues pieces were
cut into 7 µm sections and stained by Periodic Acid Schiff - hematoxylin. Follicle stage and
survival were assessed microscopically on serial sections. Coded anonymized slides were
examined on a microscope light (Nikon, Japan) under 400 x magnification.
The follicles were classified as described by Hulshof et al. (1994) in primordial (one
layer of flattened granulosa cells around the oocyte), or growing follicles i.e., primary (a
single layer of cuboidal granulosa cells around the oocyte), or secondary (oocyte surrounded
by two or more layers of cuboidal granulosa cells). These follicles were classified individually
as histologically normal when an intact oocyte was present, i.e. an oocyte without a pyknotic
nucleus or cytoplasmic retraction, surrounded by granulosa cells, which are well organized in
one or more layers without pyknotic nucleus. Atretic follicles were defined as those with a
retracted oocyte, pyknotic nucleus, and/or disorganized granulosa cells detached from the
basement membrane. Overall, 150 follicles were evaluated for each treatment (30 follicles per
treatment in one repetition x 5 repetitions = 150 follicles).
The percentages of healthy primordial and developing follicles were calculated before
(fresh control) and after culture in each medium. In addition, follicle and oocyte diameters
were measured only in healthy follicles. Follicle diameter was recorded from edge to edge of
granulosa cell membrane, or from the outside edge of the theca cell layer when present.
46
Oocyte diameter was recorded from edge to edge of the oocyte membrane. Two perpendicular
diameters were recorded for each and the average of these two values was reported as follicle
and oocyte diameters, respectively.
Ultrastructural analysis of caprine preantral follicles
For better evaluation of the follicular morphology, ultrastructural studies were carried
out on fragments of fresh control and treatments that maintained follicular morphology during
the histological analysis. Small pieces (1mm3) of caprine ovarian tissues were fixed in 2%
paraformaldehyde and 2.5% glutaraldehyde in 0.1 M sodium cacodylate buffer (pH 7.2) for 4
h at room temperature. After fixation, fragments were post-fixed in 1% osmium tetroxide,
0.8% potassium ferricyanide and 5mM calcium chloride in 0.1 M sodium cacodylate buffer
for 1 h. Subsequently, the samples were dehydrated through a gradient of acetone solutions
and the tissues were embedded in Spurr is resin. Semi thin sections (3 µm) were cut on an
ultramicrotome (Reichert Supernova, Heidelberg, Germany) for light microscopy studies and
stained with toluidine blue. The ultra-thin sections (60–70 nm) were contrasted with uranyl
acetate and lead citrate, and examined under a Jeol 1011 (Jeol, Tokyo, Japan) transmission
electron microscope. Parameters such as density and integrity of ooplasmic and granulosa cell
organelles, vacuolization and basement membrane integrity were evaluated.
Statistical analysis
Means of percentages surviving follicles at all stages, primordial and developing
(primary or secondary) obtained after 1 or 7 days in the various treatments were subjected to
analysis of variance (ANOVA) using GLM procedure of SAS (1999) and Dunnett’s test
applied to compare BMP-7 treated groups against control and MEM+. The Student-Newman-
47
Keels (SNK test) was used to compare BMP-7 concentrations, days of culture and diameter of
oocytes and follicles among the treatments were subjected to analysis of variance (ANOVA)
followed by SNK. Differences were considered to be significant when P<0.05 and results
were expressed as mean ± standard error of means (SEM) (Steel et al. 1997).
RESULTS
Effect of BMP-7 on follicle survival
In the present study, a total of 1,650 preantral follicles were analyzed. Primordial
follicles were the most abundant type found in non-cultured ovarian tissue (fresh control,
Fig.1). Figure 2 shows the effect of different concentrations of BMP-7 on the follicular
survival, i.e. the percentage of morphologically normal follicles in the fresh control and after
1 or 7 days of culture in caprine ovarian tissue. When the comparisons were done in the same
culture period, it was verified that only the medium supplemented with 1 ng/ml of BMP-7
after 1 day of culture maintained follicular survival similar (P>0.05) to the observed in fresh
control (non-cultured tissue). The others treatments significantly reduced (P<0.05) the
percentage of morphologically normal follicles after 1 or 7 days of in vitro culture compared
with fresh control. Nevertheless, addition of BMP-7 to the medium did not show significant
differences in the percentage of normal follicles when compared with MEM+ alone in both
culture periods (P>0.05). Comparisons done among the treatments with different
concentrations of BMP-7, after 1 or 7 days of culture, showed that only the concentration of 1
ng/ml significantly increases (P<0,05) the percentage of normal follicles compared with the
others treatments, except when compared with 10 ng/ml.
48
Goat primordial follicle activation and growth during in vitro culture
The percentages of primordial and growing follicles in non-cultured cortex were 77.64%
and 22.36%, respectively (Table 1). In all treatments, after one or seven days of culture, there
was no significant effect of BMP-7 in the follicular activation, i.e., in the percentage of
primordial and growing follicles (P<0.05).
Follicular and oocyte diameter before and after in vitro culture were shown in Table 2.
When the ovarian tissue was cultured only in MEM+ or added with 10 ng/ml of BMP-7, it was
observed a significant increase in follicular diameter from day 1 to 7 (P<0.05). However, no
significant differences were observed among the treatments, as well as when compared with
fresh control (P>0.05). Regarding to the oocyte diameter, we did not observe any influence of
BMP-7 in both culture periods (P>0.05).
Ultrastructural analysis of goat preantral follicles
To better evaluation of follicular quality, ultrastructural analysis was performed using
morphologically normal preantral follicles from fresh control, as well as from treatments that
did not differ from control after 1 or 7 days of culture according to previous histological
analysis (tissues cultured in BMP-7 at 1 ng/ml). Figures 3A and 3B showed normal follicles
observed in fresh control and after 7 days of culture in 1 ng/ml of BMP-7, respectively. In
these follicles, it was cleared observed the presence of some vacuoles and several cytoplasmic
organelles (especially, mitochondrias and endoplasmic reticulum) without degeneration
signals, as well as the integrity of basal and nuclear membranes.
DISCUSSION
In the present study, it was demonstrated the importance of BMP-7 on the in vitro
survival of caprine preantral follicles cultured for 7 days. The concentrations of BMP-7 used
49
in this experiment (1, 10, 50 and 100 ng/ml) were based on physiological concentrations of
BMP-7 in rat ovaries (Shimasaki et al. 1999), as well as in studies with the direct injection of
BMP-7 in the ovarian burse (Lee et al. 2001) and in vitro culture of mouse ovaries (Lee et al.
2004).
It was observed that follicles cultured for 1 day in the presence of 1 ng/ml of BMP-7
maintained the viability similar to that observed in non-cultured follicles (fresh control).
Nevertheless, the other concentrations of BMP-7 significantly reduced the percentage of
morphologically normal follicles compared with fresh control, except at 10 ng/ml, which
results did not differ from any other concentrations tested in the present study. In rats, BMP-7
and BMP-15 stimulated DNA synthesis by granulosa cells of primary follicles in vitro
cultured. However, only BMP-7 maintained this stimulus when the granulosa cells were
cultured together with the oocytes (Otsuka & Shimasaki 2002). According to Dooley et al.
(2000), BMPs are likely to play an autocrine and paracrine effect by granulosa and theca cells,
respectively. In addition, BMP-6 and BMP-7 increase the secretion of FSH in the pituitary
cells (Huang et al. 2001). Similar results to ours were observed by Lee et al., (2004), which
cultivated mouse ovaries with BMP-7 and maintained follicular viability up to day 4 of
culture.
Evaluating the effect of BMP-7 on the follicular activation and growth, it was
observed that this substance did not affect the number of developing follicles in goats.
Although BMP-7 did not promote follicular and oocyte growth in both culture periods, MEM+
and BMP-7 at 10 ng/ml increase follicular diameter from day 1 ot 7, which was not observed
in oocyte diameter. Nevertheless, in vivo, Lee et al. (2001) demonstrated that direct injection
of BMP-7 in the mouse ovarian burse leads to an increase in the number of developing
follicles, reducing the number of primordial ones. These contradictory results can be
explained by differences among species and protocols tested. Recently, in vitro studies
50
showed that 100 ng/ml of BMP-7, in the presence of FSH, promoted the transition from
primordial to primary follicles in mouse, suggesting that BMP-7 can play a role in follicular
activation when associated with FSH (Lee et al. 2004).
Our results regarding to the percentage of normal follicular morphology were
confirmed by ultrastructural analysis. After TEM, it was observed that in addition to basal and
nuclear membranes, important structures such as mitochondrias, endoplasmic reticulum and
granulosa cells were preserved even after 7 days of culture in the presence of 1 ng/ml of
BMP-7. Similar results were described previuosly after in vitro culture of caprine preantral
follicles for 7 days in medium containing FSH (Matos et al. 2007a). However, the later
authors showed that caprine follicles cultured in medium without addition of FSH (control)
presented ultrastructural alterations.
It is concluded that BMP-7, at the concentration of 1 ng/ml, maintains the survival and
ultrastructure of preantral follicles after 7 days of caprine ovarian tissue culture.
Acknowledgments.- This study was supported by grants from CNPq, CAPES and Fundação Cearense
de Apoio à Pesquisa (FUNCAP). Valdevane R. Araújo is a recipient of a grant from CAPES (Brazil).
The authors also thank Ms. J.B. Bruno, Ms. R.N. Chaves and Dr. M.H.T. Matos for his advice in
edditing the manuscript.
REFERENCES
Chaves R.N., Martins F.S., Saraiva M.V.A., Celestino J.J.H., Lopes C.A.P., Correia J.C.,
Lima-Verde I.B., Matos M.H.T., Báo S.N., Name K.P.O., Campello C.C., Silva J.R.V. &
Figueiredo J.R. 2008. Chilling ovarian fragments during transportation improves viability
and growth of goat preantral follicles cultured in vitro. Reprod. Fertil. Dev. 20:640-647.
51
Danforth D.R., Arbogast L.K., Ghosh S., Dickerman A., Rofagha R. & Friedman C.I., 2003.
Vascular endothelial growth factor stimulates preantral follicle growth in the rat ovary.
Biol. Reprod. 68:1736-1741.
Dooley C.A., Attia G.R., Rainey W.E., Moore D.R. & Carr R. 2000. Bone morphogenetic
protein inhibits ovarian androgen production. J. Clin. Endocrinol. Metab. 85:3331-3337.
Dube J.L., Wang P., Elvin J., Lyons K.M., Celeste A.J. & Matzuk M.M. 1998. The bone
morphogenetic protein 15 gene is X-linked and expressed in oocytes. Mol. Endocrinol.
12:1809-1817.
Glister C., Kemp C.F. & Knight P.G. 2004. Bone morphogenetic protein (BMP) ligands and
receptors in bovine ovarian follicle cells: actions of BMP-4, -6 and -7 on granulosa cells
and differential modulation of Smad-1 phosphorylation by follistatin. Reproduction
127:239-254.
Gougeon A., 1996. Regulation of ovarian follicular development in primates: facts and
hypotheses. Endocr. Rev. 17:121-155.
Hogan B.L. 1996. Bone morphogenetic proteins: multifunctional regulators of vertebrate
development. Genes and Development 10:1580-1594.
Huang H.-J., Wu J.C., Su P., Zhirnov O. & Miller W.L. 2001. A novel role for morphogenetic
proteins in the synthesis of Follicle-Stimulating Hormone. Endocrinology 142:2275-2283.
Hulshof C.J., Figueiredo J.R., Beckers J.F., Bevers M.M. & Van Den Hurk R. 1994. Isolation
and characterization of preantral follicles from foetal bovine ovaries. Vet. Quart. 16:78-
80.
Lee W-S., Otsuka F., Moore R.K. & Shimasaki S. 2001. Effect of bone morphogenetic
protein-7 on folliculogenesis and ovulation in the rat. Biol. Reprod. 65:994-999.
52
Lee W-S., Yoon S-J., Yoon T-K., Cha K-Y., Lee S-H., Shimasaki S., Lee S. & Lee K-A.
2004. Effects of bone morphogenetic protein-7 (BMP-7) on primordial follicular growth
in the mouse ovary. Mol. Reprod. Dev. 69:159-163.
Matos M.H.T., Lima-Verde I.B., Luque M.C.A., Maia Jr J.E., Silva J.R.V., Celestino J.J.H.m
Martins F.S., Báo S.N., Lucci C.M. & Figueiredo J.R. 2007a. Essential role of follicle
stimulating hormone in the maintenance of caprine preantral follicle viability in vitro.
Zygote 15:173-182.
Matos M.H.T., Lima-Verde I.B., Bruno J.B., Lopes, C.A.P., Martins F.S., Santos K.D.B.,
Rocha R.M.P., Silva J.R.V., Báo S.N. & Figueiredo J.R. 2007b. Follicle stimulating
hormone and fibroblast growth factor-2 interact and promote goat primordial follicle
development in vitro. Reprod. Fertil. Dev. 19:677-684.
Otsuka F. & Shimasaki S. 2002. A negative feedback system between oocyte bone
orphoenetic protein 15 and granulosa cell kit ligand: Its role in regulation cell mitosis.
Proc. Natl Acad. Sci. 11:8060-8065.
Quinn R.L., Shuttleworth G. & Hunter M.G. 2004. Immunohistochemical localization of the
bone morphogenetic protein receptors in the porcine ovary. J. Anat. 205:15-23.
Steel R.G.D., Torrie J.H. & Dickey D. 1997. Principles and procedures of statistics: A
biometrical approach. 3rd ed. McGraw-Hill, New York.
Shimasaki S., Zachow R.J., Li,D., Kim,H., Iemura,S-I., Ueno,N., Sampath,K., Chang R.J. &
Erickson,G.F. 1999. A functional bone morphogenetic protein system in the ovary. Proc.
Natl Acad. Sci. 96:7282-7287.
Silva J.R.V., Van den Hurk R., Matos M.H.T., Santos R.R., Pessoa C., Moraed M.O. &
Figueiredo J.R. 2004. Influences of FSH and EGF on primordial follicles during in vitro
culture of caprine ovarian cortical tissue. Theriogenology 61:1691-1704.
53
Wozney J.M. & Rosen V. 1998. Bone morphogenetic protein and bone morphogenetic
protein gene family in bone formation and repair. Clin. Orthop. 346:26-37.
54
Table 1. Percentages (mean ±±±± SEM) of primordial and growing follicles (primary and
secondary) in non-cultured tissues and in tissues cultured for 1 or 7 days in MEM+
(control medium) and MEM+ supplemented with various concentrations of BMP-7
Treatments Primordial follicles Growing follicles
Non-cultured (Day 0) 77.64 ± 25.09 22.36 ± 25.09
Cultured Day 1 Day 7 Day 1 Day 7
MEM+ 83.27 ± 19.60 57.28 ± 26.60 16.73 ± 19.60 42.72 ± 26.60
BMP-7 (1) 75.46 ± 13.04 59.63 ± 38 24.54 ± 13.04 40.37 ± 23.39
BMP-7 (10) 82.17 ± 11.43 64.09 ± 30.99 17.83 ± 11.43 35.91 ± 30.99
BMP-7 (50) 66.42 ± 13.21 69.37 ± 19.44 33.58 ± 13.21 30.63 ± 19.45
BMP-7 (100) 78.74 ± 11.04 57.83 ± 12.69 25.90 ± 14.10 42.17 ± 12.69
55
Table 2. Follicle and oocyte diameters (mean ±±±± S.E.M.) in non-cultured tissues and in
tissues cultured for 1 or 7days in MEM+ (control medium) and MEM+ supplemented
with various concentrations of BMP-7
Treatments Follicle diameter (µm) Oocyte diameter (µm)
Non-cultured (Day 0) 77.4 ± 11.2 60.8 ± 6.7
Cultured Day 1 Day 7 Day 1 Day 7
MEM+ 74.5 ± 9.2 A 82.2 ± 13.4 B 57.5 ± 5.8 A 58.9 ± 8.1 A
BMP-7 (1) 79.7 ± 9.0 A 85.4 ± 9.6 A 61.8 ± 5.5 A 63.0 ± 7.7 A
BMP-7 (10) 78.3 ± 8.4 A 86.8 ± 10.5 B 58.7 ± 6.2 A 61.6 ± 5.2 A
BMP-7 (50) 80.6 ± 8.4 A 78.8 ± 10.7 A 60.6 ± 6.1 A 59.0 ± 6.9 A
BMP-7 (100) 81.8 ± 6.1 A 84.8 ± 16.4 A 61.8 ± 2.9 A 64.0 ± 8.9 A
(A,B) Different letters in the same row denote significant differences between culture periods within
the same medium (P<0.05).
56
Figures
Fig.1. Histological section of non-cultured tissue after staining with periodic acid Schiff-
hematoxylin, showing normal follicles. O = oocyte, NU = oocyte nucleus, GC = granulosa
cells (400x).
Fig.2. Percentages (means ± SEM) of histologically normal preantral follicles in non-cultured
tissue (control) and in tissue cultured for 1 and 7 days in MEM+ and MEM+ supplemented
with 1, 10, 50 and 100ng/ml BMP-7.
Fig.3. Electron micrograph of a preantral follicle from (A) a non-cultured control (7800x) and
(B) cultured in BMP-7 (1ng/ml) for 7 days (1800x). Note the homogeneous cytoplasm with
numerous rounded mitochondria. NU = oocyte nucleus, GC = granulosa cells, m =
mitochondria, ser = smooth endoplasmic reticulum, v = vesicle.
57
Figure 1.
NU
CG
O
58
0,0010,0020,0030,0040,0050,0060,0070,0080,0090,00
100,00
Control MEM BMP7 (1) BMP7 (10) BMP7 (50) BMP7 (100)
Treatments
% n
orm
al p
rean
tral
fol
licle
sControl D1 D7
Figure 2.
* P<0.05, significantly different from non-cultured ovarian cortex tissue (control/D0).
(a,b) Different letters denote significant differences among treatments in the same period (P<0.05).
(A,B) Different letters denote significant differences between culture periods within the same medium
(P<0.05).
aA
*aA *abA *abA
*bA
*bA *bA
*bA
*A *A
59
Figure 3A.
Figure 3B.
NU
CG
m
ser
NU
CG
m ser
60
7 CONCLUSÃO GERAL
Pode-se concluir com este trabalho que a BMP-7 em baixas concentrações (1 ng/ml)
mantém a sobrevivência e a ultra-estrutura de folículos pré-antrais cultivados in vitro por até 7
dias em tecido ovariano caprino.
8 PERSPECTIVAS GERAIS
A aplicação da biotécnica de MOIFOPA, atualmente, permite demonstrar o papel de
diversas substâncias envolvidas no processo de foliculogênese. Os bons resultados obtidos
neste trabalho utilizando a BMP-7 podem ser de grande valia para elaboração de meios de
cultivo de base visando à obtenção de oócitos maturos a partir de folículos pré-antrais
cultivados in vitro. Entretanto, para alcançar este objetivo fazem-se necessários futuros
estudos envolvendo a interação da BMP-7 com hormônios e fatores de crescimento.
61
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMORIM, C.A.; LUCCI, C.M.; RODRIGUES, A.P.R.; CARVALHO, F.C.A.;
FIGUEIREDO, J.R.; RONDINA, D.; CECCHI, R.; GIORGETTI, A.; ARTINI, A.;
GONÇALVES, P.B.D. Quantitative and qualitative analysis of the effectiveness of a
mechanical method for the isolation of preantral follicles from ovine ovaries.
Theriogenology, v. 53, p. 1251-1262, 2000.
AONO, A.; HAZAMA, M.; NOTOYA, K.; TAKETOMI, S.; YAMASAKI, H.; TSUKUDA,
R.; SASAKI, S.; FUJISAWA, Y. Potent ectopic bone-inducing activity of bone
morphogenetic protein-4/7 heterodimer. Biochem Biophys Res Commun v.210, p.670-677,
1995.
ARUNAKUMARI, G.; VAGDEVI, R.; RAO, B.S.; NAIK, B.R.; NAIDU, K.S.; HUMAR,
R.V.S.; RAO, V.H. Effect of hormones and growth factors on in vitro development of
sheep preantral follicles. Small Ruminant Research v.70, p.93-100, 2007.
BAO, B.; GARVERICK, H.A. Expression of steroidogenic enzyme and gonadotrophin
receptor genes in bovine follicles during ovarian follicular waves: a review. J Anim Sci
v.76, p.1466-1473, 1998.
BARROS, L.F.; HERMOSILLA, T.; CASTRO, J. Necrotic volume increase and the early
physiology of necrosis. Comparative Biochemistry and Physiology, v.130, p.401-409, 2001.
BETTERIDGE, K.J.; SMITH, C.; STUBBINGS, R.B.; XU, K.P.; KING, W.A. Potential
genetic improvement of cattle by fertilization of fetal oocytes in vitro. Journal of
Reproduction and Fertility v.38, p.87-98, 1989.
BOLAND, N.I.; HUMPHERSON, P.G.; LEESE, H.J.; GOSDEN, R.G. Characterization of
follicular energy metabolism. Human Reproduction v. 9, p.604-609, 1994.
BRANKIN, V.; QUINN, R.L.; WEBB, R.; HUNTER, M.G. Evidence for a functional bone
morphogenetic protein (BMP) system in the porcine ovary. Domest Anim Endocrinol
v.28, p.367-379, 2005.
62
BRANKIN, V.; QUINN, R.L.; WEBB, R.; HUNTER, M.G. BMP-2 and -6 modulate
porcine theca cell function alone abd co-cultured with granulosa cells. Domestic Animal
Endocrinology, v. 29, p. 593-604, 2005.
BRAW-TAL, R.; YOSSEFI, S. Studies in vivo and in vitro on the initiation of follicle
growth in the bovine ovary. J Reprod Fertil v.109, 165-171, 1997.
BRISTOL-GOULD, S.; WOODRUFF, T.K. Folliculogenesis in the domestic cat (Felis
catus). Theriogenology v.66, p.5-13, 2006.
CALONGOS, G.; HASEGAWA, A.; KOMORI, S.; KOYAMA, K. Comparison of urinary
and recombinant folliclestimulating hormone in in vitro growth, maturation, and
fertilization of mouse preantral follicles. Fertil Steril, v.89, p. 1482-1489, 2008.
CAMPBELL, B.K.; de SOUZA, C.J.H.; SKINNER, A.; BAIRD, D.T. Effect of the FecB
Mutation on the response of ovarian somatic cells to stimulation by bone morphogenic
proteins (BMP). Biol Reprod, Special Issue: 37th Annual Meeting of the Society for the
Study of Reproduction Vancouver, Canada, p 270, 2004.
CHANG, H.; BROWN, C.W.; MATZUK, M.M. Genetic analysis of the mammalian
transforming growth factor-b superfamily. Endocr Rev v.23, p.787-823, 2002.
CHAVES, R.N.; MARTINS, F.S.; SARAIVA, M.V.A.; CELESTINO, J.J.H.; LOPES,
C.A.P.; CORREIA, J.C.; LIMA-VERDE, I.B.; MATOS, M.H.T.; BÁO S.N., NAME K.P.O.,
CAMPELLO C.C., SILVA J.R.V.; FIGUEIREDO J.R. Chilling ovarian fragments during
transportation improves viability and growth of goat preantral follicles cultured in vitro.
Reprod. Fertil. Dev. v.20, p.640-647, 2008.
DANFORTH, D.R.; ARBOGAST, L.K.; GHOSH, S.; DICKERMAN, A.; ROFAGHA, R.;
FRIEDMAN, C.I. Vascular endothelial growth factor stimulates preantral follicle growth
in the rat ovary. Biol. Reprod. v.68, p.1736-1741, 2003.
63
DEMEESTERE, I.; CENTNER, J.; GERVY, Y.; DELBAERE, A. Impact of various
endocrine and paracrine factors on in vitro culture of preantral follicles in rodents.
Reproduction v.130, p.147-156, 2005.
DOOLEY, C.A.; ATTIA, G.R.; RAINEY, W.E.; MOORE, D.R.; CARR, R. Bone
morphogenetic protein inhibits ovarian androgen production. J. Clin Endocrinol Metab
v.85, p.3331-3337, 2000.
DUBE, J.L.; WANG, P.; ELVIN, J.; LYONS, K.M.; CELESTE, A.J.; MATZUK, M.M. The
bone morphogenetic protein 15 gene is X-linked and expressed in oocytes. Mol
Endocrinol v.12, p.1809-1817, 1998.
ELVIN, J.A.; YAN, C.; MATZUK, M.M. Oocyte-expressed TGF-beta superfamily
members in female fertility. Molecular and Cellular Endocrinology v.159, p.1-5, 2000.
EPPIG, J.J. Intercommunication between mammalian oocytes and companion somatic
cells. Bioessays v.13, p.569-574, 1991.
EPPIG, J.J.; CHESNEL, F.; HIRAO, Y.; O'BRIEN, M.J.; PENDOLA, F.L.; WATANABE,
S.; WIGGLESWORTH, K. Oocyte control of granulosa cell development: how and why.
Hum Reprod v.12, p.127-132, (abstract), 1997.
EPPIG, J.J. Oocyte control of ovarian follicular development and function in mammals.
Reproduction v.122, p.829-838, 2001.
ERICKSON, G.F. An analysis of follicle development and ovum maturation. Seminars in
reproductive endocrinology, v. 4, p. 233-254, 1986.
ERICKSON, G.F.; SHIMASAKI, S. The spatiotemporal expression pattern of the bone
morphogenetic protein family in rat ovary cell types during the estrous cycle.
Reproductive Biology and Endocrinology, v. 1, p. 1-20, 2003.
ERICKSON, G.F.; WILLIAMS, C.J. Morphology and physiology of the ovary. Endotext,
Chapter 2, 2008.
64
FAIR, T.; HYTTEL, P. Oocyte growth in cattle-ultrastructure, transcription and
developmental competence. In: MOTTA P.M. (Ed.), Microscopy of Reproduction and
Development: A Dynamic Approach. Antonio Delfino, Rome, p.109-118, 1997.
FAIR, T.; HULSHOF, S.C.J.; HYTTEL, P.; BOLAND, M.; GREVE, T. Bovine oocyte
ultrastructure in primordial to tertiary follicles. Anat Embryol v.195, p.327-336. 1997.
FAIR, T. Follicular oocyte growth and acquisition of developmental competence. Animal
Reproduction Science, v. 78, p. 203-216, 2003.
FARBER, J.L. Membrane injury and calcium homeostasis in the pathogenesis of
coagulative necrosis. Labatory Investigation, v. 47, p. 114-123, 1982.
FATEHI, A.N.; VAN DEN HURK, R.; COLENBRANDER, B.; DAEMEN, A.J.J.M.; VAN
TOL, H.T.A.; MONTEIRO, R.M.; ROELEN, B.A.J.; BEVERS, M.M. Expression of bone
morphogenetic protein-2 (BMP-2), BMP-4 and BMP receptors in the bovine ovary but
absence of effects of BMP-2 and BMP-4 during IVM on bovine oocyte nuclear
maturation and subsequent embryo development. Theriogenology, v. 63, p. 872-889,
2005.
FIGUEIREDO, J.R.; HULSHOF, S.C.J.; THIRY, M.; VAN DEN HURK, R.; BEVERS,
M.M.; NUSGENS, B.; BECKERS, J.F. Extracellular matrix proteins and basement
membrane: their identification in bovine ovaries and significance for the attachment of
cultured preantral follicles. Theriogenology, v. 43, p. 845-858, 1995.
FIGUEIREDO, J.R.; RODRIGUES, A.P.R.; AMORIM, C.A.; SILVA, J.R.V. Manipulação
de oócitos inclusos em folículos ovarianos pré-antrais – MOIFOPA. In: GONÇALVES,
P. B. D.; FIGUEIREDO, J. R.; FREITAS, V. J. F. Biotécnicas aplicadas à reprodução
animal. São Paulo: Editora Roca, p.303-327, 2008.
FINDLAY, J.K.; DRUMMOND, A.E.; DYSON, M.L.; BAILLIE, A.J.; ROBERTSON, D.M.;
ETHIER, J.F. Recruitment and development of the follicle the roles of the transforming
growth factor-beta superfamily. Mol Cell Endocrinol v.191, p.35-43, 2002.
65
FLAWS, J.A.; ABBUD, R.; MANN, R.J.; NILSON, J.H.; HIRSHFIELD, A.N. Chronically
elevated luteinizing hormone depletes primordial follicles in the mouse ovary. Biology
of Reproduction, v. 57, p. 1233-1237, 1997.
GILCHRIST, R.B.; RITTER, L.J.; ARMSTRONG, D.T. Oocyte-somatic cell interaction
during follicle development in mammals. Animal Reproduction Science v. 82-83, p.431-
446, 2004.
GLISTER, C.; KNIGHT, P.G. Immunocytochemical evidence for a functional bone
morphogenetic protein (BMP) signaling system in bovine antral follicles. Reproduction
Abstract Series v.29, p.5 (abstract 4), 2002.
GLISTER, C.; KEMP, C.F.; KNIGHT, P.G. Bone morphogenetic protein (BMP) ligands
and receptors in bovine ovarian follicle cells: actions of BMP-4, -6 and -7 on granulosa
cells and differential modulation of Smad-1 phosphorylation by follistatin. Reproduction,
v. 127 p. 239-254, 2004.
GOOK, D.A.; EDGAR, D.H.; BORG, J.; MARTIC, M. Detection of zona pellucida proteins
during human folliculogenesis. Human Reproduction, v.23, p.394-402, 2008.
GOUGEON, A. Regulation of ovarian follicular development in primates: facts and
hypotheses. Endocr. Rev. v.17, p.121-155, 1996.
GRIFFITH, D.L.; KECK, P.C.; SAMPATH, T.K.; RUEGER, D.C.; CARLSON, W.D.
Three-dimensional structure of recombinant human osteogenic protein 1: structural
paradigm for the transforming growth factor ββββ superfamily. Proc Natl Acad Sci v.93,
p.878-883, 1996.
GUPTA, P.S.P.; RAMESH, H.S.; MANJUNATHA, B.M.; NANDI, S.; RAVINDRA, J.P.
Production of buffalo embryos using oocytes from in vitro growth preantral follicles.
Zygote, v.16, p.57-63, 2008.
66
HINO, J.; TAKAO, M.; TAKESHITA, N.; KONNO, Y.; NISHIZAWA, T.; MATSUO, H.
cDNA cloning and genomic structure of human bone morphogenetic protein-3b (BMP-
3b). Biochem Biophys Res Commun v.223, p.304-310, 1996.
HIRSHFIELD, A.N. Development of follicles in the mammalian ovary. Int Rev Cytol v.
124, p. 43-101, 1991.
HOGAN, B.L. Bone morphogenetic proteins: multifunctional regulators of vertebrate
development. Genes and Development v.10, p.1580-1594, 1996.
HSU, S.Y.; HSUEH, A.J. Tissue-specific Bcl-2 protein partners in apoptosis: an ovarian
paradigm. Physiological Reviews v.80, p.593-614, 2000.
HUANG, H-J.; WU, J.C.; SU, P.; ZHIRNOV, O. MILLER, W.L. A novel role for
morphogenetic proteins in the synthesis of Follicle-Stimulating Hormone.
Endocrinology, v. 142, p. 2275-2283, 2001.
HUANMIN, Z.; YONG, Z. In vitro development of caprine ovarian preantral follicles.
Theriogenology v.54, p.641-650, 2000.
HULSHOF, S.C.; DIJKSTRA, G.; VAN DER BEEK, E.M.; BEVERS, M.M.;
FIGUEIREDO, J.R.; BECKERS, J.F.; VAN DEN HUK, R. Immunocytochemical
localization of vasoactive intestinal peptide and neuropeptide Y in the bovine ovary.
Biology of Reproduction, v.50, p.553-560, 1994.
IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2006.
INGRAM, D.I. Atresia. In: Zuckerman, S. (Ed.), The Ovary. Academic Press, New York,
p. 247-273, 1962.
IRELAND, J.J. Control of follicular growth and development. Journal of Reproduction
and Fertility V. 34 (suppl), p. 39-54, 1987.
67
ISHIDOU, Y.; KITAJIMA, I.; OBAMA, H.; MARUYAMA, I.; MURATA, F.; IMAMURA,
T.; YAMADA, N.; TEN DIJKE, P.; MIYAZONO, K.; SAKOU, T. Enhanced expression of
type I receptors for bone morphogenetic proteins during bone formation. J Bone Miner
Res v.10, p.1651-2659, 1995.
ISRAEL, D.I.; NOVE, J.; KERNS, K.M.; MOUTSATSOS, I.K.; KAUFMAN, R.J.
Expression and characterization of bone morphogenetic protein-2 in Chinese hamster
ovary cells. Growth Factors, v.7, p.139-150, 1992.
ISRAEL, D.I.; NOVE, J.; KERNS, K.M.; KAUFMAN, R.J.; ROSEN, V.; COX, K.A.;
WOZNEY, J.M. Heterodimeric bone morphogenetic proteins show enhanced activity in
vitro and in vivo. Growth Factors v.13, p.291-300, 1996.
ITOH, S.; ITOH, F.; GOUMANS, M.J.; TEN DIJKE, P. Signaling of transforming growth
factor-beta family members through Smad proteins. Eur J Biochem v.267, p.6954-6967,
2000.
ITOH, T.; KACCHI, M.; ABE, H.; SENDAI, Y.; HOSHI, H. Growth, antrum formation,
and estradiol production of bovine preantral follicles cultured in a serum-free medium.
Biology of Reproduction v.67, p.1099-1105, 2002.
JAATINEN, R.; BONDESTAM, J.; RAIVIO, T.; HILDEN, K.; DUNKEL, L.; GROOME,
N.; RITVOS, O. Activation of the bone morphogenetic protein signaling pathway
induces inhibin bB-subunit mRNA and secreted inhibin B levels in cultured human
granulosa-luteal cells. Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism v.87, p.1254-1261,
2002.
JONES, W.K.; RICHMOND, E.A.; WHITE, K.; SASAK, H.; KUSMIK, W.; SMART, J.;
OPPERMANNM, H.; RUEGER, D.C.; TUCKER, R.F. Osteogenic protein-1 (OP-1)
expression and processing in Chinese hamster ovary cells: isolation of a soluble complex
containing the mature and pro-domains of OP-1. Growth Factors v.11, p.215-225, 1994.
68
JUENGEL, J.L.; READER, K.L.; BIBBY, A.H.; LUN, S.; ROSS, I.; HAYDON, L.J.;
McNATTY, K.P. The role of bone morphogenetic proteins 2, 4, 6 and 7 during ovarian
follicular development in sheep: contrast to rat. Reproduction, v. 131, p. 501-513, 2006.
KATSKA-KSIAZKIEWICZ, L. Recent achievements in in vitro culture and preservation
of ovarian follicles in mammals. Reproductive Biology, v.6, p.3-16, 2006.
KAWABATA, M.; IMAMURA, T.; INOUE, H.; HANAI, J.; NISHIHARA, A.; HANYU, A.;
TAKASE, M.; ISHIDOU, Y.; UDAGAWA, Y.; OEDA, E.; GOTO, D.; YAGI, K.; KATO,
M.; MIYAZONO, K. Intracellular signaling of the TGF-beta superfamily by Smad
proteins. Ann NY Acad Sci v.886, p.73-82, 1999.
KNIGHT, P.G.; GLISTER, C. Local roles of TGF-beta superfamily members in the
control of ovarian follicle development. Anim Reprod Sci v.78, p.165-183, 2003.
KUSUMOTO, K.; BESSHO, K.; FUJIMURA, K.; AKIOKA, J.; OGAWA, Y.; IIZUKA, T.
Comparison of ectopic osteoinduction in vivo by recombinant human BMP-2 and
recombinant Xenopus BMP-4/7 heterodimer. Biochem Biophys Res Commun v.239,
p.575-579, 1997.
LAWSON, K.A.; DUNN, N.R.; ROELEN, B.A.J.; ZEINSTRA, L.M.; DAVIS, A.M.;
WRIGHT, C.V.E.; KORVING, J.P.W.F.M.; HOGAN, B.L.M. BMP4 is required for the
generation of primordial germ cells in the mouse embryo. Genes & Development, v. 13,
p.424-436, 1999.
LEE, W-S.; OTSUKA, F.; MOORE, R.K.; SHIMASAKI, S. Effect of bone morphogenetic
protein-7 on folliculogenesis and ovulation in the rat. Biology of Reproduction, v. 65, p.
994-999, 2001.
LEE, W-S.; YOON, S-J.; YOON, T-K.; CHA, K-Y.; LEE, S-H.; SHIMASAKI, S.; LEE, S.;
LEE, K-A. Effects of bone morphogenetic protein-7 (BMP-7) on primordial follicular
growth in the mouse ovary. Molecular Reproduction and Development, v. 69, p. 159-163,
2004.
69
LIU, F.; VENTURA, F.; DOODY, J.; MASSAGUE, J. Human type II receptor for bone
morphogenic proteins (BMPs): extension of the two-kinase receptor model to the BMPs.
Mol Cell Biol v.15, p.3479-3486, 1995.
LIU, J.; VAN DER ELST, J.; VAN DEN BROECK, R.; DHONT M. Live offspring by in
vitro oocytes from cryopreserved primordial mouse follicles after sequential in vivo
transplantation and in vitro maturation. Biology of Reproduction, v. 64, p. 171-178, 2001.
LUCCI, C.M.; AMORIM, C.A.; BÁO, S.N.; FIGUEIREDO, J.R.; RODRIGUES, A.P.R.;
SILVA, J.R.; GONÇALVES, P.B.D. Effect of the interval of serial sections of ovarian in
the tissue chopper on the number of isolated caprine preantral follicles. Animal
Reproduction Science, v. 56, p. 39-49, 1999.
LYONS, K.M.; PELTON, R.W.; HOGAN, B.L. Patterns of expression of murine Vgr-1
and BMP-2a RNA suggest that transforming growth factor-beta-like genes coordinately
regulate aspects of embryonic development. Genes Dev v.3, p.1657-1668, 1989.
MASSAGUE, J. The transforming growth factor-b family. Annu Rev Cell Biol v.6, p.597-
641, 1990.
MASSAGUE, J. TGF-beta signal transduction. Annu Rev Biochem, v.67, p.753-791, 1998.
MASSAGUE, J.; WOTTON, D. Transcriptional control by the TGF-beta/Smad signaling
system. EMBO J v.19, p.1745-1754, 2000.
MATOS, M.H.T.; LIMA-VERDE, I.B.; LUQUE, M.C.A.; MAIA JR., J.E.; SILVA, J.R.V.;
CELESTINO, J.J.H.M.; MARTINS, F.S.; BÁO, S.N.; LUCCI, C.M.; FIGUEIREDO J.R.
Essential role of follicle stimulating hormone in the maintenance of caprine preantral
follicle viability in vitro. Zygote v.15, p.173-182, 2007.
MATOS, M.H.T.; LIMA-VERDE, I.B.; BRUNO, J.B.; LOPES, C.A.P.; MARTINS, F.S.;
SANTOS, K.D.B.; ROCHA, R.M.P.; SILVA, J.R.V.; BÁO, S.N.; FIGUEIREDO J.R.
Follicle stimulating hormone and fibroblast growth factor-2 interact and promote goat
primordial follicle development in vitro. Reprod. Fertil. Dev. v.19, p.677-684, 2007.
70
MCNATTY, K.P.; SMITH, P.; HUDSON, N.L.; HEATH, D.A.; TISDALL, D.J.; W-S, O.;
BRAW-TAL, R. Development of the sheep ovary during fetal and early neonatal life and
the effect of fecundity genes. J Reprod Fertil v.49 (Suppl.) p.123-135, 1995.
MCNATTY, K.P.; JUENGEL, J.L.; WILSON, T.; GALLOWAY, S.M.; DAVIS, G.H.
Genetic mutations influencing ovulation rate in sheep. Reproduction, Fertility and
Development v.13, p.549-555, 2001.
MCNATTY, K.P.; GALLOWAY, S.M.; WILSON, T.; SMITH, P.; HUDSON, N.L.;
O’CONNELL, A.; BIBI, A.H.; HEATH, D.A.; DAVIS, G.H.; HANRAHAN, J.P.;
JUENGEL, J.L. Physiological effects of major genes affecting ovulation rate in sheep.
Genetics Selection Evolution v.37, p.25-38, 2005.
MIYAZAWA, K.; SHINOZAKI, M.; HARA, T.; FURUYA, T.; MIYAZONO, K. Two
major Smad pathways in TGF-β superfamily signaling. Genes Cells v.7, p.1191-1204,
2002.
MIYAZONO, K.; TEN DIJKE, P.; HELDIN, C.H. TGF-ββββ signaling by Smad proteins. Adv
Immunol v.75, p.115-157, 2000.
MIYAZONO, K.; KUSANAGI, K.; INOUE, H. Divergence and convergence of TGF-
beta/BMP signaling. J Cell Physiol v.187, p.265-276, 2001.
MIYOSHI, T.; OTSUKA, F.; INAGAKI, K.; OTANI, H.; TAKEDA, M.; SUZUKI, J.;
GOTO, J.; OGURA, T.; MAKINO, H. Differential regulation of steroidogenesis by bone
morphogenetic protein in granulosa cells: Involvement of extracellularly regulated
kinase signaling and oocyte actions in Follicle-Stimulating Hormone-Induced estrogen
production. Endocrinology v.148, p.337-345, 2007.
MORITA, Y.; TILLY, J.L. Oocyte apoptosis: Like sand through and hourglass.
Developmental Biology v.213, p.1-17, 1999.
71
NILSSON, E.; PARROTT, J.A.; SKINNER, M.K. Basic fibroblast growth factor induces
primordial follicle development and initiates folliculogenesis. Mol Cell Endocrinol v.175,
p.123-130, 2001.
NILSSON, E.E.; KEZELE, P.; SKINNER, M.K. Leukemia inhibitory factor (LIF)
promotes the primordial to primary follicle transition in rat ovaries. Mol Cell Endocrinol
v.188, p.65-73, 2002.
NILLSON, E.E.; SKINNER, M.K. Bone morphogenetic protein-4 acts as na ovarian
follicle survival factor and and promotes primordial follicle development. Biology of
Reproduction v.69, p.1265-1272, 2003.
OTSUKA, F.; YAO, Z.; LEE, T-H.; YAMAMOTO, S.; ERICKSON, G.F.; SHIMASAKI, S.
Bone Morphogenetic Protein-15: Identification of target celss and biological functions.
The Journal of Biological Chemistry, v. 275, p. 39523-39528, 2000.
OTSUKA, F.; MOORE, R.K.; SHIMASAKI, S. Biological Function and Cellular
Mechanism of Bone Morphogenetic Protein-6 in the Ovary. The Journal of Biological
Chemistry, v. 276, p. 32889-32895, 2001.
OTSUKA, F.; SHIMASAKI, S. A negative feedback system between oocyte bone
orphoenetic protein 15 and granulosa cell kit ligand: Its role in regulation cell mitosis.
Proc Natl Acad Sci v.11, p.8060-8065, 2002.
PARROTT, J.A.; SKINNER, M.K. Kit-ligand/stem cell factor induces primordial follicle
development and initiates folliculogenesis. Endocrinology v.140, p.4262-4271, 1999.
PICTON, H.; BRIGGS, D.; GOSDEN, R. The molecular basis of oocyte growth and
development. Molecular and Celular Endocrinology 145:27-37, 1998.
PRESL, J.; POSPISIL, J.; FIGAROVA, V.; KRABEC, Z. Stage-dependent changes in
binding of iodinated FSH during ovarian follicle maturation in rats. Endocrinol Exp v.8,
p.291-298, 1974.
72
QUINN, R.L.; SHUTTLEWORTH, G.; HUNTER, M.G. Immunohistochemical localization
of the bone morphogenetic protein receptors in the porcine ovary. J. Anat, v. 205. 15-23,
2004.
RANKIN, T.L.; O’BRIEN, M.; LEE, E.; WIGGLESWORTH, K.; EPPIG, J.; DEAN, J.
Defective zonae pellucidae in Zp2-null mice disrupt folliculogenesis, fertility and
development. Development, v.128, p.1119-1126, 2001.
ROY SK, TREACY BJ. Isolation and long-term culture of human preantral follicles.
Fertil Steril v.59, p.783-790, 1993.
RÜSSE, I. Oogenesis in cattle and sheep. Bibliotheca Anatômica, v. 24, p. 77-92, 1983.
RUUTIAINEN K, ADASHI EY. Intraovarian factors in hyperandrogenism. Semin
Reprod Endocrinol, v.11, p.324-328, 1993.
SARAIVA, M.V.A.; CELESTINO, J.J.H.; CHAVES, R.N.; MARTINS, F.S.; BRUNO, J.B.;
LIMA-VERDE, I.B.; MATOS, M.H.T.; SILVA, G.M.; PORFÍRIO, E.P.; BÁO, S.N.;
CAMPELLO, C.C.; SILVA, J.R.V.; FIGUEIREDO, J.R. Influence of different
concentrations of LH and FSH on in vitro caprine primordial ovarian follicle
development. Small Ruminant Research, v. 78, p. 87-95, 2008.
SAUMANDE, J. Ovogenèse et folliculogenèse. Rec. Med. Vét., v. 157, p. 29-38, 1981.
SAWYER HR, SMITH P, HEATH DA, JUENGEL JL, WAKEFIELD ST. J, MCNATTY
KP. Formation of Ovarian Follicles During Fetal Development in Sheep. Biology of
Reproduction v.66, p.1134-1150, 2002.
SCHLUNEGGER MP, GRÜTTER MG. An unusual feature revealed by the crystal
structure at 2.2 A resolution of human transforming growth factor-ββββ 2. Nature v.358,
p.430-434, 1992.
73
SHAW JM, COX S-L, TROUNSON AO, JENKIN G. Evaluation of the longterm function
of cryopreserved ovarian grafts in the mouse, implications for human applications. Mol
Cell Endocrinol v.161, p.103-10, 2000.
SHIMASAKI, S., ZACHOW, R.J., LI, D., KIM, H., IEMURA, S-I., UENO, N., SAMPATH,
K., CHANG, R.J., ERICKSON, G.F. A functional bone morphogenetic protein system in
the ovary. Proc. Natl. Acad. Sci., v. 96 p. 7282-7287, 1999.
SHIMASAKI S, MOORE RK, OTSUKA F, ERICKSON GF. The bone morphogenetic
protein system in mammalian reproduction. Endocr Rev v.25, p.72-101, 2004.
SHIMIZU T, YOKOO M, MIYAKE Y, SASADA H, SATO E. Differential expression of
bone morphogenetic protein 4–6 (BMP-4,-5, and -6) and growth differentiation factor-9
(GDF-9) during ovarian development in neonatal pigs. Domest Anim Endocrinol v.27,
p.397-405, 2004.
SILVA, J.R.V, FERREIRA, M.A.L., COSTA, S.H.F., SANTOS, R.R., CARVALHO, F.C.A,
RODRIGUES, A.P.R., LUCCI, C.M., BÁO, S.N., FIGUEIREDO, J.R. Degeneration rate of
preantral follicles in the ovaries of goats. Small Ruminant Research, v. 43, p. 203-209,
2002.
SILVA J.R.V., VAN DEN HURK R., MATOS M.H.T., SANTOS R.R., PESSOA C.,
MORAED M.O.; FIGUEIREDO J.R. Influences of FSH and EGF on primordial follicles
during in vitro culture of caprine ovarian cortical tissue. Theriogenology v.61, p.1691-
1704, 2004.
SILVA, J. R. V.; VAN DEN HURK, R.; VAN TOL, H. T. A.; ROELEN, B. A. J.;
FIGUEIREDO, J. R. V. Expression of growth differentiation factor 9 (GDF-9), bone
morphogenetic protein 15 (BMP-15) and BMP receptors in the ovaries of goats.
Molecular Reproduction and Development, v. 70, p. 11-19, 2004.
SKINNER MK. Regulation of primordial follicle assembly and development. Human
Reproduction Update, v.11, p.461-471, 2005.
74
SOLLOWAY MJ, DUDLEY AT, BIKOFF EK, LYONS KM, HOGAN BLM, ROBERTSON
EJ. Mice lacking BMP-6 function. Dev Genet v.22, p.321-339, 1998.
SOUZA CJ, CAMPBELL BK, MCNEILL AS, BAIRD DT. Effect of bone morphogenetic
protein2 (BMP2) on oestradiol and inhibin A production by sheep granulosa cells, and
localization of BMP receptors in the ovary by immunohistochemistry. Reproduction
v.123, p.363-369, 2002.
STEEL R.G.D., TORRIE J.H. & DICKEY D. Principles and procedures of statistics: A
biometrical approach. 3rd ed. McGraw-Hill, New York, 1997.
SUH, C.S.; SONNTAG, B.; ERICKSON, G.F. The ovarian life Cycle: A contemporary
view. Reviews in Endocrine & Metabolic Disorders, v. 3, p. 5-12, 2002.
SUZUKI A, KANEKO E, MAEDA J, UENO N. Mesoderm induction by BMP-4 and -7
heterodimers. Biochem Biophys Res Commun v.232, p.153-156, 1997.
TELFER, E.E. The development of methods for isolation and culture of preantral
follicles preantral. Theriogenology, v. 45, p. 101-110, 1996.
TEN DIJKE P, HILL CS. New insights into TGF-beta-Smad signalling. Trends Biochem
Sci v.29, p.265-273, 2004.
TERMAAT MF, DEN BOER FC, BAKKER FC, PATKA P, HAARMAN HJTHM. Bone
Morphogenetic Proteins. Development and Clinical Efficacy in the Treatment of
Fractures and Bone Defects. J Bone Joint Surg Am v.87, p.1367-1378, 2005.
TILLY, J. L. Apoptosis and ovarian function. Reviews of Reproduction, v. 1, p. 162-172,
1996.
TISDALL DJ, WATANABE K, HUDSON NL, SMITH P, MCNATTY KP. FSH receptor
gene expression during ovarian follicle development in sheep. J Mol Endocrinol v.15,
p.273-281, 1995.
75
VAN DEN HURK, R.; BEVERS, M. M.; BECKER, J. F. In vivo and in vitro development
of preantral follicles. Theriogenology, v. 47, p. 73-82, 1997.
VAN DEN HURK R, ZHAO J. Formation of mammalian oocytes and their growth,
differentiation and maturation within ovarian follicles. Theriogenology v.63, p.1717-
1751, 2005.
VITT UA, HSU SY, HSUEH AJW. Evolution and classification of cystine knot-containing
hormones and related extracellular signaling molecules. Mol Endocrinol v.15, p.681-694,
2001.
VON BUBNOFF A, CHO KW. Intracellular BMP signaling regulation in vertebrates:
pathway or network? Dev Biol v.239, p.1-14, 2001.
WANG EA, ROSEN V, D’ALESSANDRO JS, BAUDUY M, CORDES P, HARADA T,
ISRAEL DI, HEWICK RM, KERNS KM, LAPAN P, LUXENBERG DH, MCQUID D,
MOUTSATSOS IK, NOVE J, WOZNEY JM. Recombinant human bone morphogenetic
protein induces bone formation. Proc Natl Acad Sci v.87; p.2220-2224, 1990.
WILSON T, WU XY, JUENGEL JL, ROSS IK, LUMSDEN JM, LORD EA. Highly prolific
Booroola sheep have a mutation in the intracellular kinase domain of bone
morphogenetic protein IB receptor (ALK-6) that is expressed in both oocytes and
granulosa cells. Biology of Reproduction, v.64, p.1225-1235, 2001.
WOZNEY JM, ROSEN V. Bone morphogenetic protein and bone morphogenetic
protein gene family in bone formation and repair. Clin Orthop v.346, p.26-37, 1998.
YING Y, LIU X-M, MARBLE A, LAWSON KA, ZHAO G-Q. Requirement of BMP8b for
the Generation of Primordial Germ Cells in the Mouse. Molecular Endocrinology v.14,
p.1053-1063, 2000.
YING Y, ZHAO Y. Cooperation of endoderm derived BMP-2 and extraembryonic
ectoderm derived BMP-4 in primordial germ cell generation in the mouse. Dev Biol,
v.232. p.484-492, 2001.
76
A662i Araújo, Valdevane Rocha Influência da Proteína Morfogenética Óssea-7 (BMP-7) sobre o
desenvolvimento in vitro de folículos pré-antrais caprinos / Valdevane Rocha Araújo. - Fortaleza, 2008.
75p.; il. Orientadora: Profa. Dra. Ana Paula Ribeiro Rodrigues.
Dissertação (Mestrado Acadêmico em Ciências Veterinárias) – Universidade Estadual do Ceará, Faculdade de Veterinária.
1.Caprinos. 2. Folículos pré-antrais. 3. Cultivo. 4. Sobrevivência. 5. BMP-7. I. Universidade Estadual do Ceará, Faculdade de Veterinária.
CDD: 636.0824
Top Related