UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
CELCI MUNARETTO GUZZO
LlTERATURA INFANTIL NAS SERIES INICIAIS DO JARDIM A 4 SERlE
DO ENSINO FUNDAMENTAL
CURITIBA
2003
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
CELCI MUNARETTO GUZZO
L1TERATURA INFANTIL NAS SERIES INICIAIS DO JARDIM A 4 SERlE
DO ENSINO FUNDAMENTAL
Trabalho de Conclus~o de
Curso apresentado ao
Curso de Pedagogia da
Faculdade de Ciencias
Humanas Letras e Artes da
UTP
)ST
Orientadora Profa Janine
Gross
CURITIBA
2003
~ ~~~~~~lt~~gto~~~~~~~~UIIP
llNIVERSIDADE TllWTI DO PARANAFACllLDADE DE CrENCIAS HllMANAS LETRAS E ARTES
CURSO DE IEDAGOGIA
TERMO DE APROY AltAo
NOME DO ALUNO CELCI MUNARETIO GUZZO
TiTULO L1TERATURA INFANTU_ NAS SERlES INICIAIS 00 JARDIM A 4 SERJE00 ENSINO FUNDAMENTAL
TRABALHO DE CONCLUSAo DE CURSO APROVADO COMO REQUISITO PARCIAL
PARA A OBTENCAo DO GRAU DE LlCENCIADO EM PEDAGOGIA CURSO DE
PEDAGOGIA DA EACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES DA
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
MEMBROS DA COMISSAO AVALlADORA
PROF ROSILDA MARlMEMBRO DA BANCA
DATA 051112003
CURITIBA- PARANA2003
1_~3~jnt ~u ~Ant_IIr-11m n 4araquoI~tltraquomiddotCIP tlllaraquoO -fa (~)l1 nco I F(11)111711~oIltocr~C(Jo bullbullbullbullI~SooH~P40-_gtltlmiddotCEpmlIUFj~1)~4IOH~I bullbullbullbull(11)or4~C_ChWnolR~Ur_ bullbullbulloo~S(5-MmiddotCI1Ii0110middottllmiddotF_~1)lJTnDlrjll)1l17l1Clc_ ~l~~~ WON 11tmiddotW bullbullbullbullrQUtCifIm1OI) F_ )11 IoM41 bullbullbull 1)1) SS-I~Cf-~lIoogtpound bullbull~H bullbull o~IJdmiddot~middotCE_IF_C41)~)sect~IFli~l)r)~S3oICbullbullbullbull_liiLmtfIltRuabullbullbullbullomInlltb~c bullbullbullbullbullIIetltlmiddotPtarVnIomiddotCEP~IIl4~F bullbullbullfll)nIJF bullbull(41)JJIraquoJl~T~~~Ir_l_Modim~CE~lIIl bullbull0t0F_(41)ul-tII~oor(l)lII-3)lrl
AGRADECIMENTOS
A Professora Janine Gross peta dedic8CaO a
realizacao deste trabalho auxiliando-me
nesse processo de formacao profissional e
de vida 0 meu muito obrigada
A literatura e ern especial a infantil tern uma
tarefa fundamental a cllmprir nesta sociedade em
transformaltao a de servir como agente de
forrna~o seja no espontaneo convivio leitor I livre
seja no dialogo leitor I texto estimulado pela
escola
Nelly Novaes Coelho
iii
SUMARIO
RESUMO vi
INTRODUCAo 01
CAPiTULO I 03
11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL 03
12 HISTORICO DA LlTERATURA INFANTIL
13 HISTORIA E ESTORIA
05
06
14 CLASSIFICAltAo DA LlTERATURA INFANTIL 09
141 Fabulas 11
142 Lendas 15
143 Contos de EncantCllllentos 22
144 Contos de Fadas
145 Hist6rias ACllmlllativas
22
31
146 Hist6ria de Aventuras 32
147 Poesias 34
CAPiTULO II 36
21 AUTORES E SUAS OBRAS 36
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS 38
221 Monteiro Lobato 38
222 Ana Maria Machado 38
223 Ruth Rocha 39
224 Ziraldo 41
225 Mauricio de Souza 41
226 Marina Colasanti 43
iv
227 SOnia Forjaz
228 Lygia Bojunga
229 Francisco Buarque de Holanda
CONCLUSAO
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANEXOS
43
44
44
46
48
52
RESUMO
Este estudo tem como objetivo ressaltar a importncia da Literatura Infantil nasseries iniciais da literatura classica aos contemportmeos brasileiros ExpressivQste6ricos sobre a literatura infantil respaldaram a pesquisa que durante 0 avanto dosestudos oportunizou urn me1hor entendimento entre a literatura classica econtempor~nea permitindo uma nova vi sao novas reflexOes e recriay6es dopensamento A analise de diversos tipos de literatura que despertam 0 interesse dascrianyas foi a metodologia proposta A Literatura Infantil pode ter urn papel relevantenas series iniciais romper com pad rOes e corwen90es estimulando a consci~l1ciacritica e questionador8 e sua capacidade de fazer 0 leitar refletir Compara90esforam realizadas procuroumiddotse classificar as diversas formas de literatura 0 destaquemaior deste trabalho foi para os autores brasileiros que t~m enriquecido a Literaturarnfantil trazendo urn crescimento da arte fitenlria e fazendo parte como instrumenfodo conhecimento infantil
Palavras-chave literatura infantli series iniciais literatura cJassica literaturacontemporlnea
VI
INTRODutAO
A literatura infantil pode proporcionar nova percepltao de mundo de vi sao e
de criatividade Alem de ser estimular 0 conhecimento IingOtstico a [eitura deve ser
vista como uma relaCao afetiva que se tern da crian~ com 0 livro Oessa maneira a
leitura se torna agradtlVel e prazerosa Entende-se que atraves da literatura a
crianya busca cada vez mais 0 905tO de ler
A crianya con segue abter atraves da literatura infantll uma melhor formacao
tanto acad~mica como preparayao para vida A literatura rompe com modelos e
metodos para dar vazao a sensibilidade a consciencia critica e questionadora
A hteratura infantil tern a capacidade de despertar 0 905tO pela [eitura
incentivando a busca pelo prazer de ler Ao trabalhar com a [iteratura infantil em sala
de aula 0 professor e a professora das series iniGiais podem identificar 0 tipo de
leitura que mais atrai as criamas E necessario que 0 professor tenha consci~ncia
de que atraves da leitura ocorre ums transformac~o na crianca
A estimulacao da leitura em sala de aula deve ocorrer de forma nao
impositiva e sim de maneira agradavel e curiosa despertando 0 interesse pela
leitura proporcionando uma nova forma de perceber 0 mundo usando para isse a
criatividade As criancas precisam ter acesso faolitado aos livros liberdade em
escolh~-Ios e de t~-Ios e a funtao de professor e estimular a leitura mostrando os
diversos caminhos existentes em determinada escolha
A intencao em realizar esse estudo e buscar subsidies praxicos que
demonstrem a importancia da literatura infantH como instrumental para despertar 0
gosto pele leitura resgatar a literalura infantil que mais se adeque a etapa do
desenvolvimente biopsicosocial de acordo com 0 ja conhecido classificar e
comparar a literatura classica e a classica brasileira traltar os paralelismos entre a
literatura infanti ~classica~ e a IIteratura infanti kclassica brasileira
A pesquisa foi realizada buscando-se reCllfSOS na biblioteca da Universidade
Tuiuti do Parana em diversas livrarias de Curitiba e em sites educacionais A
investigacao tambem gerou em toma de autares classicos e contemporaneos que
versam sobre a questao da literatura e os livros de contos poesias fabulas e lendas
que despertem 0 90sto e 0 habito da leitura nas crianltas
A pesquisa de carc~ter bibliografica fai realizada mediante levantamento de
referendais te6ricos sobre a literatura infantil nas series iniciais do prime ira cicio no
ensino fundamental
No capitulo I discorre-se sabre a fundamenta900 teorica na literatura infantil
mostrando como aconteceu sua evolu~a hist6rica e os diversas achados literarios
A classjfica~o da literatura infantil conforme pa~metros ja conhecidos e aplicados
deve-se a necessidade de adequacao aos texios as diversas eta pas do
desenvolvimento infantil PropOe-se uma analise das fabulas lendas contos de
encantamento contos de fadas das hist6rias acumulativas das hist6rias de
aventuras e das peesias com cita90es e exemplos de cada uma delas
No capitulo II faz-se 0 estudo sobre os auto res e suas obras classicos e
contemporaneos dando ~nfase aos auto res brnsileiros como Monteiro Lobato Ana
Maria Machado Ruth Rocha Ziraldo Mauricio de Souza Marina Colasanti entre
autros fazendo a cila9~0 de suas obras e breves anillises de sells trabalhas
A literatura infantil por iniciar 0 homem no mundo literaria deve ser lItilizada
como instfllmenta para a sensibilizayaa da consciencia para a expansao da
capacidade e interesse de analisar 0 munda Sua import~ncia e fundamental em
mostrar que a literatura deve ser encarada sempre de modo global e complexo em
sua ambigUidade e pluralidade
E fundamental na forma~o do lei tor que a oferta e a circula~o dos livros de
literatura infantil na sala de aula se pracesse de maneira espantanea agradavel
sem ritos e pressoos impositivas a fim de que as crianyas tenham facil acesso a05
pr6prios livros liberdade de escolh~-Ios e de H~-Ios deixando claro que a literatura e
saber mas tambem sa bar ele precisa ser lido e fluido dcurtido~ num ambiente em
que estejam presentes a descontra(ao a prazer e a liberdade 56 assim criando
la90s afetivos com a literatura apresentada como alga gostoso a crian9a estreitara
com ele relac~es afetivas
a professor em sala de aula tern oportunidade de estimular as criancas aD
prazer da leitura Para isso ele deve ter claro qual a importancia da literatura no
desenvalvimento infantil
CAPiTULO I
11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL
A literatura infantil tern suas raizes mais distantes na literatura popular
oral au escrita do Oriente (Calila e Oimna As Mil e Uma Noites) e do Ocidente
(Fabulas - Esopo La Fontaine e as Contos Maravilhosos - Perrault Grimm)
Eta nasce com a finalidade de transmitir ensinamentos morais e
conhecimento
Conforme TAVARES (1998 p 24) no Brasil a literatLJra destinada as
crianyas vai se despindo de sLlas vestes utilitaristas pedag6gicas com 0
objetivD de ensinar a lingua de illformar e formar 0 carater somente a partir da
decada de 70
Monteiro Lobato e 0 mais importante escritor para crianyas do inieto do
seculo XX (1921- A men ina do Narizinho Arrebitado) foi pioneiro na
compreens~o de que 0 leitor principal mente 0 infeHltil busca 0 prazer a
seduyao a beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens e portanto
carente de uma literatura poetica e sedutora
As instituiQOes escolares brasileiras t~m sido lugares privilegiados para
a divulgaltlto de textos literarios CUNHA (1997 p 31) explica que
contraditoriamente as instituicOes pela forma como utilizam estes textos
acabam provocando a averslio aos livros Isto se explica pelas atitudes dos
educadores diante das crianyas
Segundo CUNHA (1997 p 38) 0 nestas instituiltOes exauridas
alJtoritarias que queremos despertar 0 gosto pela leitura a fruiyao estetica e a
expressao criativa Dentro destas engrenagens paralisantes queremos colo car a
literatura questionadora e libertadora por es~ncia~
COELHO (1995 p 61) Bfirnla que alimentar deg espfrito exercitar a
fruiyao estetica da palavra despertar para a maravilha do ato de criar em
4
momentos de jogo de brincadeira com a Ifvro e que a leitor se abre a treca de
ideias da expressao a seus temores e desejos deixa~se penetrar pelo espirito
da literatura~
o texto realmente literario acrescenta ao leitor nao por Ihe ensinar
explicitamente comportamentos au regras e bem viver mas porque Ihe traz 0
inusitado a surpresB 0 novo
Para CUNHA (1988 p 57) a obra liteniria infantil a essencialmente a
mesma obra de arte para 0 adulto Difere desta apenas na complexidade de
conceplttio a obra para crianlaquoCIs sera mais simples em seus recursos mas nao
menes valiosa
Prazer jogo conhecimento e expressao necessitam de urna escola
democratica criativa questionadora dintmica aberta ao novo e ao belo Urna
escola concreta com educadores e alunos apaixonados par livros e pela vida
OLIVEIRA (1998 p 11) escreve que
o pensamento infantil e aquele que esta sintonizado com esse pulsar pelasvias do imagimlrio E e justamente com esse pulsar pelas vias que as projetosmais arrojados de literatura infantit investem nao escamoteando a literarionem facilitando mas enfrentando sua qualidade artfstica e oferecendo asmelhores produtos possiveis ao repert6rio infantil que tern a compet~ncianecessaria para traduzi-to pelo desempenho de uma leitura multipla ediversificada
o educador tem que e~tar aierta para 0 fato de que nem tudo que circuia
como livro destinado a crianya e de fato literatura infanti Ha muitas produyOes
que nao v~o alem do lugar-comum estetico e ideol6gico
Eo tambam COELHO (1995 p 32) que afirma que Iiteratura e
especial mente a infantil tern que proporcionar uma reorganiza9aO das
perceP96es do mundo desse modo possibilitar uma nova ordenayAo das
experi~ncias existenciais da crianca A conviv~ncia com texlos literarios provoca
a forma9aO de novos padrOes e 0 desenvolvimento do critico~
CADEMARTORI (1986 p 7) postula a idaia de todos sabem 0 que a
Literatura Infantil ~isso porque a maior parte das pessoas tern algo a ver com
criancta seja tilhos vizinhos sobrinhos alunos e raz~o inquestionavel todos jil
foram crian~as~
Para COELHO (1993 p 24) a literatura infantil e antes de tudo
literatura e arte fen Omena de criativfdade que representa a mundo a homem a
vida atraves da palavra onde heuma fun~o dos sonhos com a vida pratica do
imaginario com a real das ideias e sua possfvel au impossivel realizayao
12 HIST6RICO DA LlTERATURA INFANTIL
A Gnese da Literatllra Infantil e documentada a partir de fontes
orientais par volta do seculo III e IV
A difus~o no Ocidente europeu deu-se durante a Idade Media por uma
transmissao oral
As narrativas primordiais com origem no Oriente como As mil e uma
Noites permitiram a descoberta do fundo fabuloso que se perpetuou pela
traduyao oral Essas narrativas se passam fora dos limites do mundo
conhecido falam de um mundo imaginario mas sempre procurando uma
explica~o para seu cotidiano
COELHO (1999) tala que os contos revelam que 0 homem nao possui
todo 0 conhecimento e utilizam ate hoje elementos magicos para explicar a que
n~o e cientificamente comprovado
o Renascimento traz mudan((as profundas na arte e na cultura
transferindo para a literatura urn period a moral e crist~o
No Ocidente as novelas de cavalaria difundidas oralmente contribuem
tortemente pam a crescimento da literatura mundial
No seCtilo XVIII a Pre Romantismo oferece obras como Robson Crusoe
e Viagens de Guliver (Jonatham Swift)
6
No secula XIX 0 Romantismo e 0 Realismo apresentam as Irm~os
Grimm - na Alemanha e Hans Christian Andersen em fase de consolidaltQo de
sociedade liberal burguesa
Charles Perrault na Franya colhendo e adaptando as lendas e
narra90es afloradas da tradi~o e do foldare imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como a do Gata de Botas Chapeuzinho Vermelho~ ~Gata
Borralheira sendo hoje considerado autor classico no o~nero
As noveias de cavalaria vieram para a Brasil pela literatura de corde 0
Brasil possuiu basicamente textos com intuito de catequizar enquanto que na
Europa as contos estavam cada vez mais interessantes e diversificados
A literatura no Brasil ap6s 0 iniao didHico (catequizaltlo) passa a ter
fins civicos e de ideologizar 0 que e importante que as cnan~s aprendam
Monteiro Lobato faz uma ruptura neste aspecto com suas obras do Sitio
do Pica-Pau Amarelo Traz uma nova concepyao de mundo e sociedade e
rompe com aspirayao politica envolvendo 0 Brasil Foi 0 primeiro autor a
compreender que a leitor principalmente 0 infantil busca 0 prazer a sedultAo a
beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens
As escolas mostram-se como campo propfdo para 0 desenvolvimento do
trabalho literario mas 0 resuJtado deste esta lange do satismiddotfatario Observam-se
criancas desinteressadas e aduJtos que nao criaram a habito de leitura
A literatura infantil deve proporcionar nova percepyao de mundo de
vi sao e de criatividade
A funltao da literatura e romper com pad rOes e convencOes estimular a
conscitncia crifiee e questionadora
13 HISTORIA E ESTORIA
Encontramos duas palavras que normalmente tern 0 mesma significado
mas que teve p~r urn pereda uma outra significacao
MORENO (2003) afirma que 0 uso de est6ria poderia ter ficado
confinado ao mundo do Folciore ende talvez fosse de alguma utilidade Nao eincomum que certas areas do pensamento postulem para usa exclusivo
Yocabulos novas au variacOes fonologicas au ortograficas de Yocabulos antlgos
no afa de abter maior precisao em seus conceitos
Hist6ria e a narrativ8 de fatos reais e estoria e a narrativa de fic~o
Para nao complicar e nem cometer anglidsmo (importaltao do ingl~s) a melhor
a fazer e usar Nhist6ria tanto para fatas reais como para narrativas inventadas
Historia com h~ maiuscule se trata de ci~ncia estudo Exemplo Historia do
Brasil
Segundo MOREIO (2003) a histOria se refere ao passado e ao sell
estudo e a hist6ria da narrativa da fabula Para ele ~aexperi~ncia nos diz que
essas invasOes de searas alheias geralmente pecam por urn raciocinio simplista
reducionista
IS50 se verifica por exemplo na Filosofia na L6gica na LingUistica na
Psicanalise MORENO (2003) expOe que como e natural essas variantes vao
fazer parte de um c6digo especifico Clijo emprego passa a ser indispensavel
para os especialistas dessa area mas nao entram no grande caudal da lingua
comum~
A cria~o a utilizat~o e muito seguidamente a agonia e marie dessas
forma 5 sao registradas em discretos dicionarios especializados
convenientemente isolados do grande rebanho representado pelos dicionMios
de uso
A) Joao Ribeiro forte conhecedor de nosso idioma foi quem prop6s a
ado~o do termo est6ria em 1919 para designar no campo do Folclore a
narrativa popular 0 conto tradicional objeto de estudo dos especialistas
daquela area E nao se tratava de inventar mas sim de reabilitar uma forma
arcaica comLJm nos manuscritos medievais de Portugal Era uma ing~nua
proposta paroquial nascida da inveja compreensivel que causa a distin~o
story - history do Ingh~s E mais do que comllm 0 fato de uma Ifngu8 fazer
distintOes vocabulares que outras nao fazem
8
B A estoria medieval naa era LIm vocabulo diferente de historia era
apenas uma das muitas variantes que se encontram nos textos manllscritos de
nossos copistas naquele tempo heroico em que a estrutura de nossa ortografia
ainda lutava para sedimentar Ali aparecem hist6ria hest6ria estoria istoria
estOrea Da mesma forma vamos encontrar homem omem amee (algumas
vezes com til no primeiro e) e ate ome Nota-se que 0 emprego do h e das
vogais ainda nao estava estabilizado na escrita Entretanto ja no sec XVI a
grafia de homem e hist6ria era a que e lIsada ate hoje Qutras linguas da familia
latina como 0 EspanhoJ e 0 Franres tambem experimentaram essa variedade
de formas para hist6ria mas terminau prevalecendo a forma (mica (historia e
histoire respectivamente)
C) Segundo 0 Novo Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa
FERREIRA AB de H Novo Dicionario Aumlio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
Est6ria SFV historia (recomenda-se apenas a gratia historia tanto no
senti do de ci~mcia historica quanta no de narrativa de ficcao canto popular e
demais acepcoes)
OJ 0 Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa ainda explana Hist6ria -
1 narra~o met6dica dos fatos notfiveis ocorridos na vida des povos em
particular e na vida da humanidade em geral A hist6ria do Brasil historia
universal 2 Conjunto de conhecimento adquirido atraves da tradi~o eou por
meio dos documentos relativos a evolu~a ao passado da humanidade 3
Ci~ncia e metoda que permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos 4
o canjunto de obras referentes a histona 5 Conjunto de conhecimento relativos
a esta ci~ncia au que tem implicacOes com ela ministrados nas respectivas
faculdades estudante de histOria 6 Tratado au compt~mdio de histOna 7
Estudo das origens e processes de uma arte de uma ci~ncia au de um ramo do
conhecimento Hist6ria da pintura hist6ria da medicina Narrayao de
acontecimentos de a90es em geral cronologicamente dispostos A historia das
viagens do Capitao Cook a historia de Napole~o Narra~o de fatos
acontecimentos au particularidades relativas a urn determinade assunto Canto
narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao
ter historia
14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL
Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores
importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do
desenvolvimento infantil~uvenil
COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada
classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da
inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente
biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do
mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao
sempre aproximadasM
A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha
de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)
fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao
considerada normal
bull 0 Pre-Ieitor
Categoria inicial que abrange duas fases
Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a
reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e
pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a
conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~
Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos
familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes
desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material
10
agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental
nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos
Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais
predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse
crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico
bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)
Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil
reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e
complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade
A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para
estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que
ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita
middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)
A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura
Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as
operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda
natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo
a leitura
bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)
Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da
eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a
reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento
hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do
adulto ja nao se faz necessaria
bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)
11
Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de
ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e
critico
o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario
procurando penetrar no mecanismo da leitura
o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario
141 Fabulas
NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn
ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como
o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a
garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao
salpicado a maneira de remendos
Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)
Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais
que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade
A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca
Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles
fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida
Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve
ser copiado e 0 errado evitado
ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA
A CIGARRA E A FORMIGA
1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992
12
Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que
nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a
necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~
o CORVO E 0 PAvAo
Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da
arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor
atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes
defeitos
A AGUIA E A CORUJA
o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas
as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para
sempre Ihes parecerao lindos
Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela
sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor
cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado
A RAPOSA E AS UVAS
Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas
nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com
sentimentos de inveja
o PARTO DA MONTANHA
o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode
corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao
acontecera
13
o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO
Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que
muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es
o LEAo E 0 RATINHO
Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser
empecilho para boas amizades
VENUSEAGATA
A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser
nunea podera ser mudada
OSAPOEOBOI
A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que
tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia
A ASSEMBLEIA DOS RATOS
Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as
atltudes e Dutro departamento
A GALINHA DOS OVOS DE OURO
Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda
infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par
atitudes impensadas
14
o BURRO NA PELE DO LEAo
Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza
continuara a mesma
AS DUAS PANELAS
Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair
perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que
poderia ter side ou ate se transform ado
A GARltA VELHA
Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos
o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO
Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as
desejos de ninguem e lodos saem perdendo
A LEBRE E A TARTARUGA
Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a
frente daqueles que se acham espertos demais
o GALO E A RAPOSA
Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e
preciso ter cuidado com amizades repentinas
15
A RAPOSA E A CEGONHA
Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que
S8 e tratado
o PASTOR E 0 LOBO
Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade
ninguem acredita
142 Lendas
Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e
significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao
escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria
falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava
de seres 0 seu mundo
Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do
momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao
qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta
contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie
de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05
dos espiritos do bem
A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e
do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas
A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em
sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os
astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas
16
A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado
da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario
superam 0 historico e 0 verdadeiro
LENDAS DO PARANA
o VEU DE PINGO DAGUA
0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para
Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava
o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era
conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada
disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo
A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do
tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo
dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect
viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL
Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando
que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se
encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos
desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado
Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas
cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma
crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em
qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que
acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0
nome de Veu da Noiva
Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado
e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria
17
busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com
alguem que ela nao amasse
A LENDA DO CAATIU
~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn
valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba
Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado
partia para a guerra
Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn
pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E
assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as
sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que
acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de
Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0
transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam
os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando
as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de
suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0
Parana
Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar
imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo
deste am or
LENDA DA GRALHA AZUL
KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava
acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda
do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a
arvore para transforma-Ia em tabllas
18
A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu
corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu
muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La
nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se
revoltam com as dares alheias
A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela
S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje
em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~
vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da
fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a
bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto
enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que
podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a
pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0
regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos
altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos
permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite
eterno Vinde a mim todos
A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus
olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul
Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto
porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou
celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um
verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando
Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos
ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a
fonte para uma nova vida
19
A LENDA DE BREJATUBA
~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0
Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58
chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis
habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos
caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura
e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata
conheceu Juraci a filha do chefe earij6
Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito
esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua
tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram
semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam
envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a
agarrasse com for1a de guerreiro
o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do
morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~
aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu
correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De
repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0
mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas
recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem
como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt
ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para
alcanyar nossos objetivos
A LENDA DO FOGO
Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto
ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0
20
mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn
tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart
Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0
segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde
estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se
no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em
direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell
levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6
pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn
pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era
muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento
aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per
causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as
noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas
Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es
para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras
sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as
campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as
campos de Guarapuava
Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle
devemos ter para conquistar estes conhecimentos
A LENDA DA ERVA-MATE
MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das
margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma
das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos
velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim
ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do
Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas
21
ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes
Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava
uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas
sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare
produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em
que sabia quebrar 0 mal
Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas
guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No
mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar
em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na
enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as
chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse
momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo
a mal Gupi ficou impressionado com aquila
A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava
prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para
espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela
correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem
esquerda da tribo Tupi
Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se
tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o
lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem
disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn
galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos
Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se
da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a
mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de
erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis
festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as
tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos
forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis
t4~~ bull ~ ~
22
Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da
natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as
valores da natureza e do mundo
143 Contos de Encantamento
Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au
inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos
f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do
impossive da magica e do irnprevisto
144 Contos de Fadas
sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar
de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~
Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem
na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade
fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de
sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada
etc
Estrutura basica dos contos de fadas
Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o
Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos
etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial
Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da
prote~o e mergulha no completo desconhecido
23
Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no
plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios
Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades
potencialidades e polaridades opostas
Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio
florescimento colheita e transcendancia
ANALISE DOS CONTOS
OS TRES PORQUINHOS
Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito
apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento
pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que
nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par
outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho
arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois
o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho
As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao
progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o
imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de
brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e
na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos
porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de
brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua
casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas
vezes em astucia
Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas
recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que
atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte
24
Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio
desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair
suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da
crian9B
Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar
enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo
o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal
entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria
termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado
urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos
A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de
educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase
magica e da fantasia
Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao
seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece
o PATINHO FEIO
0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave
desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos
os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser
a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos
perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria
classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem
desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o
apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma
natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir
qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
CELCI MUNARETTO GUZZO
L1TERATURA INFANTIL NAS SERIES INICIAIS DO JARDIM A 4 SERlE
DO ENSINO FUNDAMENTAL
Trabalho de Conclus~o de
Curso apresentado ao
Curso de Pedagogia da
Faculdade de Ciencias
Humanas Letras e Artes da
UTP
)ST
Orientadora Profa Janine
Gross
CURITIBA
2003
~ ~~~~~~lt~~gto~~~~~~~~UIIP
llNIVERSIDADE TllWTI DO PARANAFACllLDADE DE CrENCIAS HllMANAS LETRAS E ARTES
CURSO DE IEDAGOGIA
TERMO DE APROY AltAo
NOME DO ALUNO CELCI MUNARETIO GUZZO
TiTULO L1TERATURA INFANTU_ NAS SERlES INICIAIS 00 JARDIM A 4 SERJE00 ENSINO FUNDAMENTAL
TRABALHO DE CONCLUSAo DE CURSO APROVADO COMO REQUISITO PARCIAL
PARA A OBTENCAo DO GRAU DE LlCENCIADO EM PEDAGOGIA CURSO DE
PEDAGOGIA DA EACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES DA
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
MEMBROS DA COMISSAO AVALlADORA
PROF ROSILDA MARlMEMBRO DA BANCA
DATA 051112003
CURITIBA- PARANA2003
1_~3~jnt ~u ~Ant_IIr-11m n 4araquoI~tltraquomiddotCIP tlllaraquoO -fa (~)l1 nco I F(11)111711~oIltocr~C(Jo bullbullbullbullI~SooH~P40-_gtltlmiddotCEpmlIUFj~1)~4IOH~I bullbullbullbull(11)or4~C_ChWnolR~Ur_ bullbullbulloo~S(5-MmiddotCI1Ii0110middottllmiddotF_~1)lJTnDlrjll)1l17l1Clc_ ~l~~~ WON 11tmiddotW bullbullbullbullrQUtCifIm1OI) F_ )11 IoM41 bullbullbull 1)1) SS-I~Cf-~lIoogtpound bullbull~H bullbull o~IJdmiddot~middotCE_IF_C41)~)sect~IFli~l)r)~S3oICbullbullbullbull_liiLmtfIltRuabullbullbullbullomInlltb~c bullbullbullbullbullIIetltlmiddotPtarVnIomiddotCEP~IIl4~F bullbullbullfll)nIJF bullbull(41)JJIraquoJl~T~~~Ir_l_Modim~CE~lIIl bullbull0t0F_(41)ul-tII~oor(l)lII-3)lrl
AGRADECIMENTOS
A Professora Janine Gross peta dedic8CaO a
realizacao deste trabalho auxiliando-me
nesse processo de formacao profissional e
de vida 0 meu muito obrigada
A literatura e ern especial a infantil tern uma
tarefa fundamental a cllmprir nesta sociedade em
transformaltao a de servir como agente de
forrna~o seja no espontaneo convivio leitor I livre
seja no dialogo leitor I texto estimulado pela
escola
Nelly Novaes Coelho
iii
SUMARIO
RESUMO vi
INTRODUCAo 01
CAPiTULO I 03
11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL 03
12 HISTORICO DA LlTERATURA INFANTIL
13 HISTORIA E ESTORIA
05
06
14 CLASSIFICAltAo DA LlTERATURA INFANTIL 09
141 Fabulas 11
142 Lendas 15
143 Contos de EncantCllllentos 22
144 Contos de Fadas
145 Hist6rias ACllmlllativas
22
31
146 Hist6ria de Aventuras 32
147 Poesias 34
CAPiTULO II 36
21 AUTORES E SUAS OBRAS 36
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS 38
221 Monteiro Lobato 38
222 Ana Maria Machado 38
223 Ruth Rocha 39
224 Ziraldo 41
225 Mauricio de Souza 41
226 Marina Colasanti 43
iv
227 SOnia Forjaz
228 Lygia Bojunga
229 Francisco Buarque de Holanda
CONCLUSAO
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANEXOS
43
44
44
46
48
52
RESUMO
Este estudo tem como objetivo ressaltar a importncia da Literatura Infantil nasseries iniciais da literatura classica aos contemportmeos brasileiros ExpressivQste6ricos sobre a literatura infantil respaldaram a pesquisa que durante 0 avanto dosestudos oportunizou urn me1hor entendimento entre a literatura classica econtempor~nea permitindo uma nova vi sao novas reflexOes e recriay6es dopensamento A analise de diversos tipos de literatura que despertam 0 interesse dascrianyas foi a metodologia proposta A Literatura Infantil pode ter urn papel relevantenas series iniciais romper com pad rOes e corwen90es estimulando a consci~l1ciacritica e questionador8 e sua capacidade de fazer 0 leitar refletir Compara90esforam realizadas procuroumiddotse classificar as diversas formas de literatura 0 destaquemaior deste trabalho foi para os autores brasileiros que t~m enriquecido a Literaturarnfantil trazendo urn crescimento da arte fitenlria e fazendo parte como instrumenfodo conhecimento infantil
Palavras-chave literatura infantli series iniciais literatura cJassica literaturacontemporlnea
VI
INTRODutAO
A literatura infantil pode proporcionar nova percepltao de mundo de vi sao e
de criatividade Alem de ser estimular 0 conhecimento IingOtstico a [eitura deve ser
vista como uma relaCao afetiva que se tern da crian~ com 0 livro Oessa maneira a
leitura se torna agradtlVel e prazerosa Entende-se que atraves da literatura a
crianya busca cada vez mais 0 905tO de ler
A crianya con segue abter atraves da literatura infantll uma melhor formacao
tanto acad~mica como preparayao para vida A literatura rompe com modelos e
metodos para dar vazao a sensibilidade a consciencia critica e questionadora
A hteratura infantil tern a capacidade de despertar 0 905tO pela [eitura
incentivando a busca pelo prazer de ler Ao trabalhar com a [iteratura infantil em sala
de aula 0 professor e a professora das series iniGiais podem identificar 0 tipo de
leitura que mais atrai as criamas E necessario que 0 professor tenha consci~ncia
de que atraves da leitura ocorre ums transformac~o na crianca
A estimulacao da leitura em sala de aula deve ocorrer de forma nao
impositiva e sim de maneira agradavel e curiosa despertando 0 interesse pela
leitura proporcionando uma nova forma de perceber 0 mundo usando para isse a
criatividade As criancas precisam ter acesso faolitado aos livros liberdade em
escolh~-Ios e de t~-Ios e a funtao de professor e estimular a leitura mostrando os
diversos caminhos existentes em determinada escolha
A intencao em realizar esse estudo e buscar subsidies praxicos que
demonstrem a importancia da literatura infantH como instrumental para despertar 0
gosto pele leitura resgatar a literalura infantil que mais se adeque a etapa do
desenvolvimente biopsicosocial de acordo com 0 ja conhecido classificar e
comparar a literatura classica e a classica brasileira traltar os paralelismos entre a
literatura infanti ~classica~ e a IIteratura infanti kclassica brasileira
A pesquisa foi realizada buscando-se reCllfSOS na biblioteca da Universidade
Tuiuti do Parana em diversas livrarias de Curitiba e em sites educacionais A
investigacao tambem gerou em toma de autares classicos e contemporaneos que
versam sobre a questao da literatura e os livros de contos poesias fabulas e lendas
que despertem 0 90sto e 0 habito da leitura nas crianltas
A pesquisa de carc~ter bibliografica fai realizada mediante levantamento de
referendais te6ricos sobre a literatura infantil nas series iniciais do prime ira cicio no
ensino fundamental
No capitulo I discorre-se sabre a fundamenta900 teorica na literatura infantil
mostrando como aconteceu sua evolu~a hist6rica e os diversas achados literarios
A classjfica~o da literatura infantil conforme pa~metros ja conhecidos e aplicados
deve-se a necessidade de adequacao aos texios as diversas eta pas do
desenvolvimento infantil PropOe-se uma analise das fabulas lendas contos de
encantamento contos de fadas das hist6rias acumulativas das hist6rias de
aventuras e das peesias com cita90es e exemplos de cada uma delas
No capitulo II faz-se 0 estudo sobre os auto res e suas obras classicos e
contemporaneos dando ~nfase aos auto res brnsileiros como Monteiro Lobato Ana
Maria Machado Ruth Rocha Ziraldo Mauricio de Souza Marina Colasanti entre
autros fazendo a cila9~0 de suas obras e breves anillises de sells trabalhas
A literatura infantil por iniciar 0 homem no mundo literaria deve ser lItilizada
como instfllmenta para a sensibilizayaa da consciencia para a expansao da
capacidade e interesse de analisar 0 munda Sua import~ncia e fundamental em
mostrar que a literatura deve ser encarada sempre de modo global e complexo em
sua ambigUidade e pluralidade
E fundamental na forma~o do lei tor que a oferta e a circula~o dos livros de
literatura infantil na sala de aula se pracesse de maneira espantanea agradavel
sem ritos e pressoos impositivas a fim de que as crianyas tenham facil acesso a05
pr6prios livros liberdade de escolh~-Ios e de H~-Ios deixando claro que a literatura e
saber mas tambem sa bar ele precisa ser lido e fluido dcurtido~ num ambiente em
que estejam presentes a descontra(ao a prazer e a liberdade 56 assim criando
la90s afetivos com a literatura apresentada como alga gostoso a crian9a estreitara
com ele relac~es afetivas
a professor em sala de aula tern oportunidade de estimular as criancas aD
prazer da leitura Para isso ele deve ter claro qual a importancia da literatura no
desenvalvimento infantil
CAPiTULO I
11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL
A literatura infantil tern suas raizes mais distantes na literatura popular
oral au escrita do Oriente (Calila e Oimna As Mil e Uma Noites) e do Ocidente
(Fabulas - Esopo La Fontaine e as Contos Maravilhosos - Perrault Grimm)
Eta nasce com a finalidade de transmitir ensinamentos morais e
conhecimento
Conforme TAVARES (1998 p 24) no Brasil a literatLJra destinada as
crianyas vai se despindo de sLlas vestes utilitaristas pedag6gicas com 0
objetivD de ensinar a lingua de illformar e formar 0 carater somente a partir da
decada de 70
Monteiro Lobato e 0 mais importante escritor para crianyas do inieto do
seculo XX (1921- A men ina do Narizinho Arrebitado) foi pioneiro na
compreens~o de que 0 leitor principal mente 0 infeHltil busca 0 prazer a
seduyao a beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens e portanto
carente de uma literatura poetica e sedutora
As instituiQOes escolares brasileiras t~m sido lugares privilegiados para
a divulgaltlto de textos literarios CUNHA (1997 p 31) explica que
contraditoriamente as instituicOes pela forma como utilizam estes textos
acabam provocando a averslio aos livros Isto se explica pelas atitudes dos
educadores diante das crianyas
Segundo CUNHA (1997 p 38) 0 nestas instituiltOes exauridas
alJtoritarias que queremos despertar 0 gosto pela leitura a fruiyao estetica e a
expressao criativa Dentro destas engrenagens paralisantes queremos colo car a
literatura questionadora e libertadora por es~ncia~
COELHO (1995 p 61) Bfirnla que alimentar deg espfrito exercitar a
fruiyao estetica da palavra despertar para a maravilha do ato de criar em
4
momentos de jogo de brincadeira com a Ifvro e que a leitor se abre a treca de
ideias da expressao a seus temores e desejos deixa~se penetrar pelo espirito
da literatura~
o texto realmente literario acrescenta ao leitor nao por Ihe ensinar
explicitamente comportamentos au regras e bem viver mas porque Ihe traz 0
inusitado a surpresB 0 novo
Para CUNHA (1988 p 57) a obra liteniria infantil a essencialmente a
mesma obra de arte para 0 adulto Difere desta apenas na complexidade de
conceplttio a obra para crianlaquoCIs sera mais simples em seus recursos mas nao
menes valiosa
Prazer jogo conhecimento e expressao necessitam de urna escola
democratica criativa questionadora dintmica aberta ao novo e ao belo Urna
escola concreta com educadores e alunos apaixonados par livros e pela vida
OLIVEIRA (1998 p 11) escreve que
o pensamento infantil e aquele que esta sintonizado com esse pulsar pelasvias do imagimlrio E e justamente com esse pulsar pelas vias que as projetosmais arrojados de literatura infantit investem nao escamoteando a literarionem facilitando mas enfrentando sua qualidade artfstica e oferecendo asmelhores produtos possiveis ao repert6rio infantil que tern a compet~ncianecessaria para traduzi-to pelo desempenho de uma leitura multipla ediversificada
o educador tem que e~tar aierta para 0 fato de que nem tudo que circuia
como livro destinado a crianya e de fato literatura infanti Ha muitas produyOes
que nao v~o alem do lugar-comum estetico e ideol6gico
Eo tambam COELHO (1995 p 32) que afirma que Iiteratura e
especial mente a infantil tern que proporcionar uma reorganiza9aO das
perceP96es do mundo desse modo possibilitar uma nova ordenayAo das
experi~ncias existenciais da crianca A conviv~ncia com texlos literarios provoca
a forma9aO de novos padrOes e 0 desenvolvimento do critico~
CADEMARTORI (1986 p 7) postula a idaia de todos sabem 0 que a
Literatura Infantil ~isso porque a maior parte das pessoas tern algo a ver com
criancta seja tilhos vizinhos sobrinhos alunos e raz~o inquestionavel todos jil
foram crian~as~
Para COELHO (1993 p 24) a literatura infantil e antes de tudo
literatura e arte fen Omena de criativfdade que representa a mundo a homem a
vida atraves da palavra onde heuma fun~o dos sonhos com a vida pratica do
imaginario com a real das ideias e sua possfvel au impossivel realizayao
12 HIST6RICO DA LlTERATURA INFANTIL
A Gnese da Literatllra Infantil e documentada a partir de fontes
orientais par volta do seculo III e IV
A difus~o no Ocidente europeu deu-se durante a Idade Media por uma
transmissao oral
As narrativas primordiais com origem no Oriente como As mil e uma
Noites permitiram a descoberta do fundo fabuloso que se perpetuou pela
traduyao oral Essas narrativas se passam fora dos limites do mundo
conhecido falam de um mundo imaginario mas sempre procurando uma
explica~o para seu cotidiano
COELHO (1999) tala que os contos revelam que 0 homem nao possui
todo 0 conhecimento e utilizam ate hoje elementos magicos para explicar a que
n~o e cientificamente comprovado
o Renascimento traz mudan((as profundas na arte e na cultura
transferindo para a literatura urn period a moral e crist~o
No Ocidente as novelas de cavalaria difundidas oralmente contribuem
tortemente pam a crescimento da literatura mundial
No seCtilo XVIII a Pre Romantismo oferece obras como Robson Crusoe
e Viagens de Guliver (Jonatham Swift)
6
No secula XIX 0 Romantismo e 0 Realismo apresentam as Irm~os
Grimm - na Alemanha e Hans Christian Andersen em fase de consolidaltQo de
sociedade liberal burguesa
Charles Perrault na Franya colhendo e adaptando as lendas e
narra90es afloradas da tradi~o e do foldare imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como a do Gata de Botas Chapeuzinho Vermelho~ ~Gata
Borralheira sendo hoje considerado autor classico no o~nero
As noveias de cavalaria vieram para a Brasil pela literatura de corde 0
Brasil possuiu basicamente textos com intuito de catequizar enquanto que na
Europa as contos estavam cada vez mais interessantes e diversificados
A literatura no Brasil ap6s 0 iniao didHico (catequizaltlo) passa a ter
fins civicos e de ideologizar 0 que e importante que as cnan~s aprendam
Monteiro Lobato faz uma ruptura neste aspecto com suas obras do Sitio
do Pica-Pau Amarelo Traz uma nova concepyao de mundo e sociedade e
rompe com aspirayao politica envolvendo 0 Brasil Foi 0 primeiro autor a
compreender que a leitor principalmente 0 infantil busca 0 prazer a sedultAo a
beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens
As escolas mostram-se como campo propfdo para 0 desenvolvimento do
trabalho literario mas 0 resuJtado deste esta lange do satismiddotfatario Observam-se
criancas desinteressadas e aduJtos que nao criaram a habito de leitura
A literatura infantil deve proporcionar nova percepyao de mundo de
vi sao e de criatividade
A funltao da literatura e romper com pad rOes e convencOes estimular a
conscitncia crifiee e questionadora
13 HISTORIA E ESTORIA
Encontramos duas palavras que normalmente tern 0 mesma significado
mas que teve p~r urn pereda uma outra significacao
MORENO (2003) afirma que 0 uso de est6ria poderia ter ficado
confinado ao mundo do Folciore ende talvez fosse de alguma utilidade Nao eincomum que certas areas do pensamento postulem para usa exclusivo
Yocabulos novas au variacOes fonologicas au ortograficas de Yocabulos antlgos
no afa de abter maior precisao em seus conceitos
Hist6ria e a narrativ8 de fatos reais e estoria e a narrativa de fic~o
Para nao complicar e nem cometer anglidsmo (importaltao do ingl~s) a melhor
a fazer e usar Nhist6ria tanto para fatas reais como para narrativas inventadas
Historia com h~ maiuscule se trata de ci~ncia estudo Exemplo Historia do
Brasil
Segundo MOREIO (2003) a histOria se refere ao passado e ao sell
estudo e a hist6ria da narrativa da fabula Para ele ~aexperi~ncia nos diz que
essas invasOes de searas alheias geralmente pecam por urn raciocinio simplista
reducionista
IS50 se verifica por exemplo na Filosofia na L6gica na LingUistica na
Psicanalise MORENO (2003) expOe que como e natural essas variantes vao
fazer parte de um c6digo especifico Clijo emprego passa a ser indispensavel
para os especialistas dessa area mas nao entram no grande caudal da lingua
comum~
A cria~o a utilizat~o e muito seguidamente a agonia e marie dessas
forma 5 sao registradas em discretos dicionarios especializados
convenientemente isolados do grande rebanho representado pelos dicionMios
de uso
A) Joao Ribeiro forte conhecedor de nosso idioma foi quem prop6s a
ado~o do termo est6ria em 1919 para designar no campo do Folclore a
narrativa popular 0 conto tradicional objeto de estudo dos especialistas
daquela area E nao se tratava de inventar mas sim de reabilitar uma forma
arcaica comLJm nos manuscritos medievais de Portugal Era uma ing~nua
proposta paroquial nascida da inveja compreensivel que causa a distin~o
story - history do Ingh~s E mais do que comllm 0 fato de uma Ifngu8 fazer
distintOes vocabulares que outras nao fazem
8
B A estoria medieval naa era LIm vocabulo diferente de historia era
apenas uma das muitas variantes que se encontram nos textos manllscritos de
nossos copistas naquele tempo heroico em que a estrutura de nossa ortografia
ainda lutava para sedimentar Ali aparecem hist6ria hest6ria estoria istoria
estOrea Da mesma forma vamos encontrar homem omem amee (algumas
vezes com til no primeiro e) e ate ome Nota-se que 0 emprego do h e das
vogais ainda nao estava estabilizado na escrita Entretanto ja no sec XVI a
grafia de homem e hist6ria era a que e lIsada ate hoje Qutras linguas da familia
latina como 0 EspanhoJ e 0 Franres tambem experimentaram essa variedade
de formas para hist6ria mas terminau prevalecendo a forma (mica (historia e
histoire respectivamente)
C) Segundo 0 Novo Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa
FERREIRA AB de H Novo Dicionario Aumlio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
Est6ria SFV historia (recomenda-se apenas a gratia historia tanto no
senti do de ci~mcia historica quanta no de narrativa de ficcao canto popular e
demais acepcoes)
OJ 0 Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa ainda explana Hist6ria -
1 narra~o met6dica dos fatos notfiveis ocorridos na vida des povos em
particular e na vida da humanidade em geral A hist6ria do Brasil historia
universal 2 Conjunto de conhecimento adquirido atraves da tradi~o eou por
meio dos documentos relativos a evolu~a ao passado da humanidade 3
Ci~ncia e metoda que permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos 4
o canjunto de obras referentes a histona 5 Conjunto de conhecimento relativos
a esta ci~ncia au que tem implicacOes com ela ministrados nas respectivas
faculdades estudante de histOria 6 Tratado au compt~mdio de histOna 7
Estudo das origens e processes de uma arte de uma ci~ncia au de um ramo do
conhecimento Hist6ria da pintura hist6ria da medicina Narrayao de
acontecimentos de a90es em geral cronologicamente dispostos A historia das
viagens do Capitao Cook a historia de Napole~o Narra~o de fatos
acontecimentos au particularidades relativas a urn determinade assunto Canto
narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao
ter historia
14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL
Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores
importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do
desenvolvimento infantil~uvenil
COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada
classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da
inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente
biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do
mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao
sempre aproximadasM
A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha
de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)
fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao
considerada normal
bull 0 Pre-Ieitor
Categoria inicial que abrange duas fases
Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a
reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e
pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a
conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~
Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos
familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes
desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material
10
agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental
nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos
Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais
predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse
crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico
bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)
Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil
reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e
complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade
A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para
estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que
ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita
middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)
A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura
Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as
operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda
natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo
a leitura
bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)
Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da
eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a
reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento
hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do
adulto ja nao se faz necessaria
bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)
11
Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de
ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e
critico
o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario
procurando penetrar no mecanismo da leitura
o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario
141 Fabulas
NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn
ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como
o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a
garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao
salpicado a maneira de remendos
Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)
Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais
que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade
A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca
Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles
fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida
Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve
ser copiado e 0 errado evitado
ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA
A CIGARRA E A FORMIGA
1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992
12
Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que
nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a
necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~
o CORVO E 0 PAvAo
Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da
arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor
atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes
defeitos
A AGUIA E A CORUJA
o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas
as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para
sempre Ihes parecerao lindos
Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela
sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor
cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado
A RAPOSA E AS UVAS
Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas
nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com
sentimentos de inveja
o PARTO DA MONTANHA
o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode
corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao
acontecera
13
o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO
Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que
muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es
o LEAo E 0 RATINHO
Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser
empecilho para boas amizades
VENUSEAGATA
A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser
nunea podera ser mudada
OSAPOEOBOI
A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que
tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia
A ASSEMBLEIA DOS RATOS
Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as
atltudes e Dutro departamento
A GALINHA DOS OVOS DE OURO
Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda
infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par
atitudes impensadas
14
o BURRO NA PELE DO LEAo
Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza
continuara a mesma
AS DUAS PANELAS
Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair
perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que
poderia ter side ou ate se transform ado
A GARltA VELHA
Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos
o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO
Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as
desejos de ninguem e lodos saem perdendo
A LEBRE E A TARTARUGA
Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a
frente daqueles que se acham espertos demais
o GALO E A RAPOSA
Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e
preciso ter cuidado com amizades repentinas
15
A RAPOSA E A CEGONHA
Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que
S8 e tratado
o PASTOR E 0 LOBO
Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade
ninguem acredita
142 Lendas
Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e
significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao
escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria
falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava
de seres 0 seu mundo
Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do
momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao
qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta
contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie
de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05
dos espiritos do bem
A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e
do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas
A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em
sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os
astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas
16
A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado
da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario
superam 0 historico e 0 verdadeiro
LENDAS DO PARANA
o VEU DE PINGO DAGUA
0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para
Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava
o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era
conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada
disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo
A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do
tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo
dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect
viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL
Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando
que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se
encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos
desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado
Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas
cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma
crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em
qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que
acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0
nome de Veu da Noiva
Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado
e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria
17
busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com
alguem que ela nao amasse
A LENDA DO CAATIU
~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn
valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba
Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado
partia para a guerra
Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn
pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E
assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as
sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que
acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de
Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0
transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam
os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando
as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de
suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0
Parana
Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar
imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo
deste am or
LENDA DA GRALHA AZUL
KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava
acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda
do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a
arvore para transforma-Ia em tabllas
18
A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu
corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu
muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La
nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se
revoltam com as dares alheias
A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela
S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje
em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~
vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da
fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a
bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto
enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que
podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a
pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0
regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos
altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos
permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite
eterno Vinde a mim todos
A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus
olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul
Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto
porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou
celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um
verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando
Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos
ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a
fonte para uma nova vida
19
A LENDA DE BREJATUBA
~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0
Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58
chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis
habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos
caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura
e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata
conheceu Juraci a filha do chefe earij6
Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito
esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua
tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram
semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam
envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a
agarrasse com for1a de guerreiro
o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do
morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~
aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu
correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De
repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0
mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas
recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem
como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt
ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para
alcanyar nossos objetivos
A LENDA DO FOGO
Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto
ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0
20
mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn
tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart
Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0
segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde
estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se
no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em
direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell
levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6
pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn
pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era
muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento
aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per
causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as
noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas
Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es
para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras
sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as
campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as
campos de Guarapuava
Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle
devemos ter para conquistar estes conhecimentos
A LENDA DA ERVA-MATE
MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das
margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma
das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos
velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim
ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do
Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas
21
ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes
Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava
uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas
sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare
produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em
que sabia quebrar 0 mal
Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas
guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No
mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar
em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na
enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as
chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse
momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo
a mal Gupi ficou impressionado com aquila
A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava
prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para
espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela
correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem
esquerda da tribo Tupi
Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se
tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o
lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem
disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn
galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos
Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se
da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a
mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de
erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis
festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as
tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos
forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis
t4~~ bull ~ ~
22
Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da
natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as
valores da natureza e do mundo
143 Contos de Encantamento
Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au
inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos
f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do
impossive da magica e do irnprevisto
144 Contos de Fadas
sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar
de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~
Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem
na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade
fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de
sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada
etc
Estrutura basica dos contos de fadas
Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o
Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos
etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial
Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da
prote~o e mergulha no completo desconhecido
23
Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no
plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios
Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades
potencialidades e polaridades opostas
Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio
florescimento colheita e transcendancia
ANALISE DOS CONTOS
OS TRES PORQUINHOS
Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito
apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento
pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que
nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par
outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho
arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois
o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho
As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao
progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o
imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de
brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e
na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos
porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de
brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua
casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas
vezes em astucia
Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas
recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que
atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte
24
Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio
desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair
suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da
crian9B
Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar
enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo
o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal
entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria
termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado
urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos
A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de
educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase
magica e da fantasia
Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao
seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece
o PATINHO FEIO
0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave
desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos
os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser
a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos
perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria
classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem
desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o
apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma
natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir
qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
~ ~~~~~~lt~~gto~~~~~~~~UIIP
llNIVERSIDADE TllWTI DO PARANAFACllLDADE DE CrENCIAS HllMANAS LETRAS E ARTES
CURSO DE IEDAGOGIA
TERMO DE APROY AltAo
NOME DO ALUNO CELCI MUNARETIO GUZZO
TiTULO L1TERATURA INFANTU_ NAS SERlES INICIAIS 00 JARDIM A 4 SERJE00 ENSINO FUNDAMENTAL
TRABALHO DE CONCLUSAo DE CURSO APROVADO COMO REQUISITO PARCIAL
PARA A OBTENCAo DO GRAU DE LlCENCIADO EM PEDAGOGIA CURSO DE
PEDAGOGIA DA EACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES DA
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
MEMBROS DA COMISSAO AVALlADORA
PROF ROSILDA MARlMEMBRO DA BANCA
DATA 051112003
CURITIBA- PARANA2003
1_~3~jnt ~u ~Ant_IIr-11m n 4araquoI~tltraquomiddotCIP tlllaraquoO -fa (~)l1 nco I F(11)111711~oIltocr~C(Jo bullbullbullbullI~SooH~P40-_gtltlmiddotCEpmlIUFj~1)~4IOH~I bullbullbullbull(11)or4~C_ChWnolR~Ur_ bullbullbulloo~S(5-MmiddotCI1Ii0110middottllmiddotF_~1)lJTnDlrjll)1l17l1Clc_ ~l~~~ WON 11tmiddotW bullbullbullbullrQUtCifIm1OI) F_ )11 IoM41 bullbullbull 1)1) SS-I~Cf-~lIoogtpound bullbull~H bullbull o~IJdmiddot~middotCE_IF_C41)~)sect~IFli~l)r)~S3oICbullbullbullbull_liiLmtfIltRuabullbullbullbullomInlltb~c bullbullbullbullbullIIetltlmiddotPtarVnIomiddotCEP~IIl4~F bullbullbullfll)nIJF bullbull(41)JJIraquoJl~T~~~Ir_l_Modim~CE~lIIl bullbull0t0F_(41)ul-tII~oor(l)lII-3)lrl
AGRADECIMENTOS
A Professora Janine Gross peta dedic8CaO a
realizacao deste trabalho auxiliando-me
nesse processo de formacao profissional e
de vida 0 meu muito obrigada
A literatura e ern especial a infantil tern uma
tarefa fundamental a cllmprir nesta sociedade em
transformaltao a de servir como agente de
forrna~o seja no espontaneo convivio leitor I livre
seja no dialogo leitor I texto estimulado pela
escola
Nelly Novaes Coelho
iii
SUMARIO
RESUMO vi
INTRODUCAo 01
CAPiTULO I 03
11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL 03
12 HISTORICO DA LlTERATURA INFANTIL
13 HISTORIA E ESTORIA
05
06
14 CLASSIFICAltAo DA LlTERATURA INFANTIL 09
141 Fabulas 11
142 Lendas 15
143 Contos de EncantCllllentos 22
144 Contos de Fadas
145 Hist6rias ACllmlllativas
22
31
146 Hist6ria de Aventuras 32
147 Poesias 34
CAPiTULO II 36
21 AUTORES E SUAS OBRAS 36
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS 38
221 Monteiro Lobato 38
222 Ana Maria Machado 38
223 Ruth Rocha 39
224 Ziraldo 41
225 Mauricio de Souza 41
226 Marina Colasanti 43
iv
227 SOnia Forjaz
228 Lygia Bojunga
229 Francisco Buarque de Holanda
CONCLUSAO
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANEXOS
43
44
44
46
48
52
RESUMO
Este estudo tem como objetivo ressaltar a importncia da Literatura Infantil nasseries iniciais da literatura classica aos contemportmeos brasileiros ExpressivQste6ricos sobre a literatura infantil respaldaram a pesquisa que durante 0 avanto dosestudos oportunizou urn me1hor entendimento entre a literatura classica econtempor~nea permitindo uma nova vi sao novas reflexOes e recriay6es dopensamento A analise de diversos tipos de literatura que despertam 0 interesse dascrianyas foi a metodologia proposta A Literatura Infantil pode ter urn papel relevantenas series iniciais romper com pad rOes e corwen90es estimulando a consci~l1ciacritica e questionador8 e sua capacidade de fazer 0 leitar refletir Compara90esforam realizadas procuroumiddotse classificar as diversas formas de literatura 0 destaquemaior deste trabalho foi para os autores brasileiros que t~m enriquecido a Literaturarnfantil trazendo urn crescimento da arte fitenlria e fazendo parte como instrumenfodo conhecimento infantil
Palavras-chave literatura infantli series iniciais literatura cJassica literaturacontemporlnea
VI
INTRODutAO
A literatura infantil pode proporcionar nova percepltao de mundo de vi sao e
de criatividade Alem de ser estimular 0 conhecimento IingOtstico a [eitura deve ser
vista como uma relaCao afetiva que se tern da crian~ com 0 livro Oessa maneira a
leitura se torna agradtlVel e prazerosa Entende-se que atraves da literatura a
crianya busca cada vez mais 0 905tO de ler
A crianya con segue abter atraves da literatura infantll uma melhor formacao
tanto acad~mica como preparayao para vida A literatura rompe com modelos e
metodos para dar vazao a sensibilidade a consciencia critica e questionadora
A hteratura infantil tern a capacidade de despertar 0 905tO pela [eitura
incentivando a busca pelo prazer de ler Ao trabalhar com a [iteratura infantil em sala
de aula 0 professor e a professora das series iniGiais podem identificar 0 tipo de
leitura que mais atrai as criamas E necessario que 0 professor tenha consci~ncia
de que atraves da leitura ocorre ums transformac~o na crianca
A estimulacao da leitura em sala de aula deve ocorrer de forma nao
impositiva e sim de maneira agradavel e curiosa despertando 0 interesse pela
leitura proporcionando uma nova forma de perceber 0 mundo usando para isse a
criatividade As criancas precisam ter acesso faolitado aos livros liberdade em
escolh~-Ios e de t~-Ios e a funtao de professor e estimular a leitura mostrando os
diversos caminhos existentes em determinada escolha
A intencao em realizar esse estudo e buscar subsidies praxicos que
demonstrem a importancia da literatura infantH como instrumental para despertar 0
gosto pele leitura resgatar a literalura infantil que mais se adeque a etapa do
desenvolvimente biopsicosocial de acordo com 0 ja conhecido classificar e
comparar a literatura classica e a classica brasileira traltar os paralelismos entre a
literatura infanti ~classica~ e a IIteratura infanti kclassica brasileira
A pesquisa foi realizada buscando-se reCllfSOS na biblioteca da Universidade
Tuiuti do Parana em diversas livrarias de Curitiba e em sites educacionais A
investigacao tambem gerou em toma de autares classicos e contemporaneos que
versam sobre a questao da literatura e os livros de contos poesias fabulas e lendas
que despertem 0 90sto e 0 habito da leitura nas crianltas
A pesquisa de carc~ter bibliografica fai realizada mediante levantamento de
referendais te6ricos sobre a literatura infantil nas series iniciais do prime ira cicio no
ensino fundamental
No capitulo I discorre-se sabre a fundamenta900 teorica na literatura infantil
mostrando como aconteceu sua evolu~a hist6rica e os diversas achados literarios
A classjfica~o da literatura infantil conforme pa~metros ja conhecidos e aplicados
deve-se a necessidade de adequacao aos texios as diversas eta pas do
desenvolvimento infantil PropOe-se uma analise das fabulas lendas contos de
encantamento contos de fadas das hist6rias acumulativas das hist6rias de
aventuras e das peesias com cita90es e exemplos de cada uma delas
No capitulo II faz-se 0 estudo sobre os auto res e suas obras classicos e
contemporaneos dando ~nfase aos auto res brnsileiros como Monteiro Lobato Ana
Maria Machado Ruth Rocha Ziraldo Mauricio de Souza Marina Colasanti entre
autros fazendo a cila9~0 de suas obras e breves anillises de sells trabalhas
A literatura infantil por iniciar 0 homem no mundo literaria deve ser lItilizada
como instfllmenta para a sensibilizayaa da consciencia para a expansao da
capacidade e interesse de analisar 0 munda Sua import~ncia e fundamental em
mostrar que a literatura deve ser encarada sempre de modo global e complexo em
sua ambigUidade e pluralidade
E fundamental na forma~o do lei tor que a oferta e a circula~o dos livros de
literatura infantil na sala de aula se pracesse de maneira espantanea agradavel
sem ritos e pressoos impositivas a fim de que as crianyas tenham facil acesso a05
pr6prios livros liberdade de escolh~-Ios e de H~-Ios deixando claro que a literatura e
saber mas tambem sa bar ele precisa ser lido e fluido dcurtido~ num ambiente em
que estejam presentes a descontra(ao a prazer e a liberdade 56 assim criando
la90s afetivos com a literatura apresentada como alga gostoso a crian9a estreitara
com ele relac~es afetivas
a professor em sala de aula tern oportunidade de estimular as criancas aD
prazer da leitura Para isso ele deve ter claro qual a importancia da literatura no
desenvalvimento infantil
CAPiTULO I
11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL
A literatura infantil tern suas raizes mais distantes na literatura popular
oral au escrita do Oriente (Calila e Oimna As Mil e Uma Noites) e do Ocidente
(Fabulas - Esopo La Fontaine e as Contos Maravilhosos - Perrault Grimm)
Eta nasce com a finalidade de transmitir ensinamentos morais e
conhecimento
Conforme TAVARES (1998 p 24) no Brasil a literatLJra destinada as
crianyas vai se despindo de sLlas vestes utilitaristas pedag6gicas com 0
objetivD de ensinar a lingua de illformar e formar 0 carater somente a partir da
decada de 70
Monteiro Lobato e 0 mais importante escritor para crianyas do inieto do
seculo XX (1921- A men ina do Narizinho Arrebitado) foi pioneiro na
compreens~o de que 0 leitor principal mente 0 infeHltil busca 0 prazer a
seduyao a beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens e portanto
carente de uma literatura poetica e sedutora
As instituiQOes escolares brasileiras t~m sido lugares privilegiados para
a divulgaltlto de textos literarios CUNHA (1997 p 31) explica que
contraditoriamente as instituicOes pela forma como utilizam estes textos
acabam provocando a averslio aos livros Isto se explica pelas atitudes dos
educadores diante das crianyas
Segundo CUNHA (1997 p 38) 0 nestas instituiltOes exauridas
alJtoritarias que queremos despertar 0 gosto pela leitura a fruiyao estetica e a
expressao criativa Dentro destas engrenagens paralisantes queremos colo car a
literatura questionadora e libertadora por es~ncia~
COELHO (1995 p 61) Bfirnla que alimentar deg espfrito exercitar a
fruiyao estetica da palavra despertar para a maravilha do ato de criar em
4
momentos de jogo de brincadeira com a Ifvro e que a leitor se abre a treca de
ideias da expressao a seus temores e desejos deixa~se penetrar pelo espirito
da literatura~
o texto realmente literario acrescenta ao leitor nao por Ihe ensinar
explicitamente comportamentos au regras e bem viver mas porque Ihe traz 0
inusitado a surpresB 0 novo
Para CUNHA (1988 p 57) a obra liteniria infantil a essencialmente a
mesma obra de arte para 0 adulto Difere desta apenas na complexidade de
conceplttio a obra para crianlaquoCIs sera mais simples em seus recursos mas nao
menes valiosa
Prazer jogo conhecimento e expressao necessitam de urna escola
democratica criativa questionadora dintmica aberta ao novo e ao belo Urna
escola concreta com educadores e alunos apaixonados par livros e pela vida
OLIVEIRA (1998 p 11) escreve que
o pensamento infantil e aquele que esta sintonizado com esse pulsar pelasvias do imagimlrio E e justamente com esse pulsar pelas vias que as projetosmais arrojados de literatura infantit investem nao escamoteando a literarionem facilitando mas enfrentando sua qualidade artfstica e oferecendo asmelhores produtos possiveis ao repert6rio infantil que tern a compet~ncianecessaria para traduzi-to pelo desempenho de uma leitura multipla ediversificada
o educador tem que e~tar aierta para 0 fato de que nem tudo que circuia
como livro destinado a crianya e de fato literatura infanti Ha muitas produyOes
que nao v~o alem do lugar-comum estetico e ideol6gico
Eo tambam COELHO (1995 p 32) que afirma que Iiteratura e
especial mente a infantil tern que proporcionar uma reorganiza9aO das
perceP96es do mundo desse modo possibilitar uma nova ordenayAo das
experi~ncias existenciais da crianca A conviv~ncia com texlos literarios provoca
a forma9aO de novos padrOes e 0 desenvolvimento do critico~
CADEMARTORI (1986 p 7) postula a idaia de todos sabem 0 que a
Literatura Infantil ~isso porque a maior parte das pessoas tern algo a ver com
criancta seja tilhos vizinhos sobrinhos alunos e raz~o inquestionavel todos jil
foram crian~as~
Para COELHO (1993 p 24) a literatura infantil e antes de tudo
literatura e arte fen Omena de criativfdade que representa a mundo a homem a
vida atraves da palavra onde heuma fun~o dos sonhos com a vida pratica do
imaginario com a real das ideias e sua possfvel au impossivel realizayao
12 HIST6RICO DA LlTERATURA INFANTIL
A Gnese da Literatllra Infantil e documentada a partir de fontes
orientais par volta do seculo III e IV
A difus~o no Ocidente europeu deu-se durante a Idade Media por uma
transmissao oral
As narrativas primordiais com origem no Oriente como As mil e uma
Noites permitiram a descoberta do fundo fabuloso que se perpetuou pela
traduyao oral Essas narrativas se passam fora dos limites do mundo
conhecido falam de um mundo imaginario mas sempre procurando uma
explica~o para seu cotidiano
COELHO (1999) tala que os contos revelam que 0 homem nao possui
todo 0 conhecimento e utilizam ate hoje elementos magicos para explicar a que
n~o e cientificamente comprovado
o Renascimento traz mudan((as profundas na arte e na cultura
transferindo para a literatura urn period a moral e crist~o
No Ocidente as novelas de cavalaria difundidas oralmente contribuem
tortemente pam a crescimento da literatura mundial
No seCtilo XVIII a Pre Romantismo oferece obras como Robson Crusoe
e Viagens de Guliver (Jonatham Swift)
6
No secula XIX 0 Romantismo e 0 Realismo apresentam as Irm~os
Grimm - na Alemanha e Hans Christian Andersen em fase de consolidaltQo de
sociedade liberal burguesa
Charles Perrault na Franya colhendo e adaptando as lendas e
narra90es afloradas da tradi~o e do foldare imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como a do Gata de Botas Chapeuzinho Vermelho~ ~Gata
Borralheira sendo hoje considerado autor classico no o~nero
As noveias de cavalaria vieram para a Brasil pela literatura de corde 0
Brasil possuiu basicamente textos com intuito de catequizar enquanto que na
Europa as contos estavam cada vez mais interessantes e diversificados
A literatura no Brasil ap6s 0 iniao didHico (catequizaltlo) passa a ter
fins civicos e de ideologizar 0 que e importante que as cnan~s aprendam
Monteiro Lobato faz uma ruptura neste aspecto com suas obras do Sitio
do Pica-Pau Amarelo Traz uma nova concepyao de mundo e sociedade e
rompe com aspirayao politica envolvendo 0 Brasil Foi 0 primeiro autor a
compreender que a leitor principalmente 0 infantil busca 0 prazer a sedultAo a
beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens
As escolas mostram-se como campo propfdo para 0 desenvolvimento do
trabalho literario mas 0 resuJtado deste esta lange do satismiddotfatario Observam-se
criancas desinteressadas e aduJtos que nao criaram a habito de leitura
A literatura infantil deve proporcionar nova percepyao de mundo de
vi sao e de criatividade
A funltao da literatura e romper com pad rOes e convencOes estimular a
conscitncia crifiee e questionadora
13 HISTORIA E ESTORIA
Encontramos duas palavras que normalmente tern 0 mesma significado
mas que teve p~r urn pereda uma outra significacao
MORENO (2003) afirma que 0 uso de est6ria poderia ter ficado
confinado ao mundo do Folciore ende talvez fosse de alguma utilidade Nao eincomum que certas areas do pensamento postulem para usa exclusivo
Yocabulos novas au variacOes fonologicas au ortograficas de Yocabulos antlgos
no afa de abter maior precisao em seus conceitos
Hist6ria e a narrativ8 de fatos reais e estoria e a narrativa de fic~o
Para nao complicar e nem cometer anglidsmo (importaltao do ingl~s) a melhor
a fazer e usar Nhist6ria tanto para fatas reais como para narrativas inventadas
Historia com h~ maiuscule se trata de ci~ncia estudo Exemplo Historia do
Brasil
Segundo MOREIO (2003) a histOria se refere ao passado e ao sell
estudo e a hist6ria da narrativa da fabula Para ele ~aexperi~ncia nos diz que
essas invasOes de searas alheias geralmente pecam por urn raciocinio simplista
reducionista
IS50 se verifica por exemplo na Filosofia na L6gica na LingUistica na
Psicanalise MORENO (2003) expOe que como e natural essas variantes vao
fazer parte de um c6digo especifico Clijo emprego passa a ser indispensavel
para os especialistas dessa area mas nao entram no grande caudal da lingua
comum~
A cria~o a utilizat~o e muito seguidamente a agonia e marie dessas
forma 5 sao registradas em discretos dicionarios especializados
convenientemente isolados do grande rebanho representado pelos dicionMios
de uso
A) Joao Ribeiro forte conhecedor de nosso idioma foi quem prop6s a
ado~o do termo est6ria em 1919 para designar no campo do Folclore a
narrativa popular 0 conto tradicional objeto de estudo dos especialistas
daquela area E nao se tratava de inventar mas sim de reabilitar uma forma
arcaica comLJm nos manuscritos medievais de Portugal Era uma ing~nua
proposta paroquial nascida da inveja compreensivel que causa a distin~o
story - history do Ingh~s E mais do que comllm 0 fato de uma Ifngu8 fazer
distintOes vocabulares que outras nao fazem
8
B A estoria medieval naa era LIm vocabulo diferente de historia era
apenas uma das muitas variantes que se encontram nos textos manllscritos de
nossos copistas naquele tempo heroico em que a estrutura de nossa ortografia
ainda lutava para sedimentar Ali aparecem hist6ria hest6ria estoria istoria
estOrea Da mesma forma vamos encontrar homem omem amee (algumas
vezes com til no primeiro e) e ate ome Nota-se que 0 emprego do h e das
vogais ainda nao estava estabilizado na escrita Entretanto ja no sec XVI a
grafia de homem e hist6ria era a que e lIsada ate hoje Qutras linguas da familia
latina como 0 EspanhoJ e 0 Franres tambem experimentaram essa variedade
de formas para hist6ria mas terminau prevalecendo a forma (mica (historia e
histoire respectivamente)
C) Segundo 0 Novo Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa
FERREIRA AB de H Novo Dicionario Aumlio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
Est6ria SFV historia (recomenda-se apenas a gratia historia tanto no
senti do de ci~mcia historica quanta no de narrativa de ficcao canto popular e
demais acepcoes)
OJ 0 Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa ainda explana Hist6ria -
1 narra~o met6dica dos fatos notfiveis ocorridos na vida des povos em
particular e na vida da humanidade em geral A hist6ria do Brasil historia
universal 2 Conjunto de conhecimento adquirido atraves da tradi~o eou por
meio dos documentos relativos a evolu~a ao passado da humanidade 3
Ci~ncia e metoda que permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos 4
o canjunto de obras referentes a histona 5 Conjunto de conhecimento relativos
a esta ci~ncia au que tem implicacOes com ela ministrados nas respectivas
faculdades estudante de histOria 6 Tratado au compt~mdio de histOna 7
Estudo das origens e processes de uma arte de uma ci~ncia au de um ramo do
conhecimento Hist6ria da pintura hist6ria da medicina Narrayao de
acontecimentos de a90es em geral cronologicamente dispostos A historia das
viagens do Capitao Cook a historia de Napole~o Narra~o de fatos
acontecimentos au particularidades relativas a urn determinade assunto Canto
narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao
ter historia
14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL
Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores
importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do
desenvolvimento infantil~uvenil
COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada
classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da
inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente
biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do
mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao
sempre aproximadasM
A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha
de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)
fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao
considerada normal
bull 0 Pre-Ieitor
Categoria inicial que abrange duas fases
Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a
reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e
pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a
conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~
Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos
familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes
desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material
10
agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental
nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos
Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais
predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse
crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico
bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)
Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil
reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e
complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade
A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para
estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que
ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita
middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)
A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura
Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as
operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda
natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo
a leitura
bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)
Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da
eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a
reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento
hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do
adulto ja nao se faz necessaria
bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)
11
Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de
ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e
critico
o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario
procurando penetrar no mecanismo da leitura
o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario
141 Fabulas
NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn
ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como
o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a
garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao
salpicado a maneira de remendos
Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)
Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais
que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade
A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca
Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles
fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida
Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve
ser copiado e 0 errado evitado
ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA
A CIGARRA E A FORMIGA
1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992
12
Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que
nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a
necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~
o CORVO E 0 PAvAo
Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da
arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor
atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes
defeitos
A AGUIA E A CORUJA
o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas
as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para
sempre Ihes parecerao lindos
Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela
sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor
cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado
A RAPOSA E AS UVAS
Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas
nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com
sentimentos de inveja
o PARTO DA MONTANHA
o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode
corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao
acontecera
13
o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO
Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que
muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es
o LEAo E 0 RATINHO
Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser
empecilho para boas amizades
VENUSEAGATA
A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser
nunea podera ser mudada
OSAPOEOBOI
A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que
tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia
A ASSEMBLEIA DOS RATOS
Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as
atltudes e Dutro departamento
A GALINHA DOS OVOS DE OURO
Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda
infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par
atitudes impensadas
14
o BURRO NA PELE DO LEAo
Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza
continuara a mesma
AS DUAS PANELAS
Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair
perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que
poderia ter side ou ate se transform ado
A GARltA VELHA
Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos
o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO
Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as
desejos de ninguem e lodos saem perdendo
A LEBRE E A TARTARUGA
Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a
frente daqueles que se acham espertos demais
o GALO E A RAPOSA
Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e
preciso ter cuidado com amizades repentinas
15
A RAPOSA E A CEGONHA
Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que
S8 e tratado
o PASTOR E 0 LOBO
Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade
ninguem acredita
142 Lendas
Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e
significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao
escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria
falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava
de seres 0 seu mundo
Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do
momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao
qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta
contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie
de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05
dos espiritos do bem
A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e
do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas
A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em
sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os
astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas
16
A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado
da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario
superam 0 historico e 0 verdadeiro
LENDAS DO PARANA
o VEU DE PINGO DAGUA
0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para
Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava
o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era
conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada
disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo
A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do
tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo
dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect
viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL
Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando
que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se
encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos
desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado
Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas
cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma
crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em
qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que
acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0
nome de Veu da Noiva
Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado
e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria
17
busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com
alguem que ela nao amasse
A LENDA DO CAATIU
~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn
valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba
Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado
partia para a guerra
Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn
pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E
assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as
sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que
acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de
Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0
transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam
os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando
as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de
suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0
Parana
Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar
imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo
deste am or
LENDA DA GRALHA AZUL
KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava
acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda
do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a
arvore para transforma-Ia em tabllas
18
A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu
corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu
muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La
nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se
revoltam com as dares alheias
A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela
S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje
em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~
vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da
fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a
bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto
enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que
podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a
pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0
regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos
altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos
permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite
eterno Vinde a mim todos
A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus
olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul
Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto
porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou
celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um
verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando
Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos
ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a
fonte para uma nova vida
19
A LENDA DE BREJATUBA
~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0
Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58
chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis
habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos
caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura
e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata
conheceu Juraci a filha do chefe earij6
Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito
esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua
tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram
semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam
envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a
agarrasse com for1a de guerreiro
o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do
morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~
aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu
correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De
repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0
mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas
recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem
como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt
ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para
alcanyar nossos objetivos
A LENDA DO FOGO
Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto
ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0
20
mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn
tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart
Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0
segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde
estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se
no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em
direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell
levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6
pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn
pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era
muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento
aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per
causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as
noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas
Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es
para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras
sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as
campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as
campos de Guarapuava
Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle
devemos ter para conquistar estes conhecimentos
A LENDA DA ERVA-MATE
MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das
margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma
das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos
velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim
ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do
Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas
21
ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes
Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava
uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas
sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare
produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em
que sabia quebrar 0 mal
Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas
guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No
mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar
em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na
enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as
chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse
momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo
a mal Gupi ficou impressionado com aquila
A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava
prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para
espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela
correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem
esquerda da tribo Tupi
Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se
tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o
lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem
disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn
galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos
Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se
da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a
mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de
erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis
festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as
tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos
forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis
t4~~ bull ~ ~
22
Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da
natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as
valores da natureza e do mundo
143 Contos de Encantamento
Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au
inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos
f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do
impossive da magica e do irnprevisto
144 Contos de Fadas
sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar
de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~
Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem
na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade
fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de
sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada
etc
Estrutura basica dos contos de fadas
Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o
Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos
etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial
Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da
prote~o e mergulha no completo desconhecido
23
Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no
plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios
Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades
potencialidades e polaridades opostas
Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio
florescimento colheita e transcendancia
ANALISE DOS CONTOS
OS TRES PORQUINHOS
Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito
apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento
pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que
nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par
outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho
arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois
o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho
As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao
progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o
imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de
brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e
na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos
porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de
brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua
casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas
vezes em astucia
Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas
recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que
atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte
24
Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio
desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair
suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da
crian9B
Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar
enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo
o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal
entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria
termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado
urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos
A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de
educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase
magica e da fantasia
Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao
seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece
o PATINHO FEIO
0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave
desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos
os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser
a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos
perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria
classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem
desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o
apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma
natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir
qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
AGRADECIMENTOS
A Professora Janine Gross peta dedic8CaO a
realizacao deste trabalho auxiliando-me
nesse processo de formacao profissional e
de vida 0 meu muito obrigada
A literatura e ern especial a infantil tern uma
tarefa fundamental a cllmprir nesta sociedade em
transformaltao a de servir como agente de
forrna~o seja no espontaneo convivio leitor I livre
seja no dialogo leitor I texto estimulado pela
escola
Nelly Novaes Coelho
iii
SUMARIO
RESUMO vi
INTRODUCAo 01
CAPiTULO I 03
11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL 03
12 HISTORICO DA LlTERATURA INFANTIL
13 HISTORIA E ESTORIA
05
06
14 CLASSIFICAltAo DA LlTERATURA INFANTIL 09
141 Fabulas 11
142 Lendas 15
143 Contos de EncantCllllentos 22
144 Contos de Fadas
145 Hist6rias ACllmlllativas
22
31
146 Hist6ria de Aventuras 32
147 Poesias 34
CAPiTULO II 36
21 AUTORES E SUAS OBRAS 36
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS 38
221 Monteiro Lobato 38
222 Ana Maria Machado 38
223 Ruth Rocha 39
224 Ziraldo 41
225 Mauricio de Souza 41
226 Marina Colasanti 43
iv
227 SOnia Forjaz
228 Lygia Bojunga
229 Francisco Buarque de Holanda
CONCLUSAO
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANEXOS
43
44
44
46
48
52
RESUMO
Este estudo tem como objetivo ressaltar a importncia da Literatura Infantil nasseries iniciais da literatura classica aos contemportmeos brasileiros ExpressivQste6ricos sobre a literatura infantil respaldaram a pesquisa que durante 0 avanto dosestudos oportunizou urn me1hor entendimento entre a literatura classica econtempor~nea permitindo uma nova vi sao novas reflexOes e recriay6es dopensamento A analise de diversos tipos de literatura que despertam 0 interesse dascrianyas foi a metodologia proposta A Literatura Infantil pode ter urn papel relevantenas series iniciais romper com pad rOes e corwen90es estimulando a consci~l1ciacritica e questionador8 e sua capacidade de fazer 0 leitar refletir Compara90esforam realizadas procuroumiddotse classificar as diversas formas de literatura 0 destaquemaior deste trabalho foi para os autores brasileiros que t~m enriquecido a Literaturarnfantil trazendo urn crescimento da arte fitenlria e fazendo parte como instrumenfodo conhecimento infantil
Palavras-chave literatura infantli series iniciais literatura cJassica literaturacontemporlnea
VI
INTRODutAO
A literatura infantil pode proporcionar nova percepltao de mundo de vi sao e
de criatividade Alem de ser estimular 0 conhecimento IingOtstico a [eitura deve ser
vista como uma relaCao afetiva que se tern da crian~ com 0 livro Oessa maneira a
leitura se torna agradtlVel e prazerosa Entende-se que atraves da literatura a
crianya busca cada vez mais 0 905tO de ler
A crianya con segue abter atraves da literatura infantll uma melhor formacao
tanto acad~mica como preparayao para vida A literatura rompe com modelos e
metodos para dar vazao a sensibilidade a consciencia critica e questionadora
A hteratura infantil tern a capacidade de despertar 0 905tO pela [eitura
incentivando a busca pelo prazer de ler Ao trabalhar com a [iteratura infantil em sala
de aula 0 professor e a professora das series iniGiais podem identificar 0 tipo de
leitura que mais atrai as criamas E necessario que 0 professor tenha consci~ncia
de que atraves da leitura ocorre ums transformac~o na crianca
A estimulacao da leitura em sala de aula deve ocorrer de forma nao
impositiva e sim de maneira agradavel e curiosa despertando 0 interesse pela
leitura proporcionando uma nova forma de perceber 0 mundo usando para isse a
criatividade As criancas precisam ter acesso faolitado aos livros liberdade em
escolh~-Ios e de t~-Ios e a funtao de professor e estimular a leitura mostrando os
diversos caminhos existentes em determinada escolha
A intencao em realizar esse estudo e buscar subsidies praxicos que
demonstrem a importancia da literatura infantH como instrumental para despertar 0
gosto pele leitura resgatar a literalura infantil que mais se adeque a etapa do
desenvolvimente biopsicosocial de acordo com 0 ja conhecido classificar e
comparar a literatura classica e a classica brasileira traltar os paralelismos entre a
literatura infanti ~classica~ e a IIteratura infanti kclassica brasileira
A pesquisa foi realizada buscando-se reCllfSOS na biblioteca da Universidade
Tuiuti do Parana em diversas livrarias de Curitiba e em sites educacionais A
investigacao tambem gerou em toma de autares classicos e contemporaneos que
versam sobre a questao da literatura e os livros de contos poesias fabulas e lendas
que despertem 0 90sto e 0 habito da leitura nas crianltas
A pesquisa de carc~ter bibliografica fai realizada mediante levantamento de
referendais te6ricos sobre a literatura infantil nas series iniciais do prime ira cicio no
ensino fundamental
No capitulo I discorre-se sabre a fundamenta900 teorica na literatura infantil
mostrando como aconteceu sua evolu~a hist6rica e os diversas achados literarios
A classjfica~o da literatura infantil conforme pa~metros ja conhecidos e aplicados
deve-se a necessidade de adequacao aos texios as diversas eta pas do
desenvolvimento infantil PropOe-se uma analise das fabulas lendas contos de
encantamento contos de fadas das hist6rias acumulativas das hist6rias de
aventuras e das peesias com cita90es e exemplos de cada uma delas
No capitulo II faz-se 0 estudo sobre os auto res e suas obras classicos e
contemporaneos dando ~nfase aos auto res brnsileiros como Monteiro Lobato Ana
Maria Machado Ruth Rocha Ziraldo Mauricio de Souza Marina Colasanti entre
autros fazendo a cila9~0 de suas obras e breves anillises de sells trabalhas
A literatura infantil por iniciar 0 homem no mundo literaria deve ser lItilizada
como instfllmenta para a sensibilizayaa da consciencia para a expansao da
capacidade e interesse de analisar 0 munda Sua import~ncia e fundamental em
mostrar que a literatura deve ser encarada sempre de modo global e complexo em
sua ambigUidade e pluralidade
E fundamental na forma~o do lei tor que a oferta e a circula~o dos livros de
literatura infantil na sala de aula se pracesse de maneira espantanea agradavel
sem ritos e pressoos impositivas a fim de que as crianyas tenham facil acesso a05
pr6prios livros liberdade de escolh~-Ios e de H~-Ios deixando claro que a literatura e
saber mas tambem sa bar ele precisa ser lido e fluido dcurtido~ num ambiente em
que estejam presentes a descontra(ao a prazer e a liberdade 56 assim criando
la90s afetivos com a literatura apresentada como alga gostoso a crian9a estreitara
com ele relac~es afetivas
a professor em sala de aula tern oportunidade de estimular as criancas aD
prazer da leitura Para isso ele deve ter claro qual a importancia da literatura no
desenvalvimento infantil
CAPiTULO I
11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL
A literatura infantil tern suas raizes mais distantes na literatura popular
oral au escrita do Oriente (Calila e Oimna As Mil e Uma Noites) e do Ocidente
(Fabulas - Esopo La Fontaine e as Contos Maravilhosos - Perrault Grimm)
Eta nasce com a finalidade de transmitir ensinamentos morais e
conhecimento
Conforme TAVARES (1998 p 24) no Brasil a literatLJra destinada as
crianyas vai se despindo de sLlas vestes utilitaristas pedag6gicas com 0
objetivD de ensinar a lingua de illformar e formar 0 carater somente a partir da
decada de 70
Monteiro Lobato e 0 mais importante escritor para crianyas do inieto do
seculo XX (1921- A men ina do Narizinho Arrebitado) foi pioneiro na
compreens~o de que 0 leitor principal mente 0 infeHltil busca 0 prazer a
seduyao a beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens e portanto
carente de uma literatura poetica e sedutora
As instituiQOes escolares brasileiras t~m sido lugares privilegiados para
a divulgaltlto de textos literarios CUNHA (1997 p 31) explica que
contraditoriamente as instituicOes pela forma como utilizam estes textos
acabam provocando a averslio aos livros Isto se explica pelas atitudes dos
educadores diante das crianyas
Segundo CUNHA (1997 p 38) 0 nestas instituiltOes exauridas
alJtoritarias que queremos despertar 0 gosto pela leitura a fruiyao estetica e a
expressao criativa Dentro destas engrenagens paralisantes queremos colo car a
literatura questionadora e libertadora por es~ncia~
COELHO (1995 p 61) Bfirnla que alimentar deg espfrito exercitar a
fruiyao estetica da palavra despertar para a maravilha do ato de criar em
4
momentos de jogo de brincadeira com a Ifvro e que a leitor se abre a treca de
ideias da expressao a seus temores e desejos deixa~se penetrar pelo espirito
da literatura~
o texto realmente literario acrescenta ao leitor nao por Ihe ensinar
explicitamente comportamentos au regras e bem viver mas porque Ihe traz 0
inusitado a surpresB 0 novo
Para CUNHA (1988 p 57) a obra liteniria infantil a essencialmente a
mesma obra de arte para 0 adulto Difere desta apenas na complexidade de
conceplttio a obra para crianlaquoCIs sera mais simples em seus recursos mas nao
menes valiosa
Prazer jogo conhecimento e expressao necessitam de urna escola
democratica criativa questionadora dintmica aberta ao novo e ao belo Urna
escola concreta com educadores e alunos apaixonados par livros e pela vida
OLIVEIRA (1998 p 11) escreve que
o pensamento infantil e aquele que esta sintonizado com esse pulsar pelasvias do imagimlrio E e justamente com esse pulsar pelas vias que as projetosmais arrojados de literatura infantit investem nao escamoteando a literarionem facilitando mas enfrentando sua qualidade artfstica e oferecendo asmelhores produtos possiveis ao repert6rio infantil que tern a compet~ncianecessaria para traduzi-to pelo desempenho de uma leitura multipla ediversificada
o educador tem que e~tar aierta para 0 fato de que nem tudo que circuia
como livro destinado a crianya e de fato literatura infanti Ha muitas produyOes
que nao v~o alem do lugar-comum estetico e ideol6gico
Eo tambam COELHO (1995 p 32) que afirma que Iiteratura e
especial mente a infantil tern que proporcionar uma reorganiza9aO das
perceP96es do mundo desse modo possibilitar uma nova ordenayAo das
experi~ncias existenciais da crianca A conviv~ncia com texlos literarios provoca
a forma9aO de novos padrOes e 0 desenvolvimento do critico~
CADEMARTORI (1986 p 7) postula a idaia de todos sabem 0 que a
Literatura Infantil ~isso porque a maior parte das pessoas tern algo a ver com
criancta seja tilhos vizinhos sobrinhos alunos e raz~o inquestionavel todos jil
foram crian~as~
Para COELHO (1993 p 24) a literatura infantil e antes de tudo
literatura e arte fen Omena de criativfdade que representa a mundo a homem a
vida atraves da palavra onde heuma fun~o dos sonhos com a vida pratica do
imaginario com a real das ideias e sua possfvel au impossivel realizayao
12 HIST6RICO DA LlTERATURA INFANTIL
A Gnese da Literatllra Infantil e documentada a partir de fontes
orientais par volta do seculo III e IV
A difus~o no Ocidente europeu deu-se durante a Idade Media por uma
transmissao oral
As narrativas primordiais com origem no Oriente como As mil e uma
Noites permitiram a descoberta do fundo fabuloso que se perpetuou pela
traduyao oral Essas narrativas se passam fora dos limites do mundo
conhecido falam de um mundo imaginario mas sempre procurando uma
explica~o para seu cotidiano
COELHO (1999) tala que os contos revelam que 0 homem nao possui
todo 0 conhecimento e utilizam ate hoje elementos magicos para explicar a que
n~o e cientificamente comprovado
o Renascimento traz mudan((as profundas na arte e na cultura
transferindo para a literatura urn period a moral e crist~o
No Ocidente as novelas de cavalaria difundidas oralmente contribuem
tortemente pam a crescimento da literatura mundial
No seCtilo XVIII a Pre Romantismo oferece obras como Robson Crusoe
e Viagens de Guliver (Jonatham Swift)
6
No secula XIX 0 Romantismo e 0 Realismo apresentam as Irm~os
Grimm - na Alemanha e Hans Christian Andersen em fase de consolidaltQo de
sociedade liberal burguesa
Charles Perrault na Franya colhendo e adaptando as lendas e
narra90es afloradas da tradi~o e do foldare imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como a do Gata de Botas Chapeuzinho Vermelho~ ~Gata
Borralheira sendo hoje considerado autor classico no o~nero
As noveias de cavalaria vieram para a Brasil pela literatura de corde 0
Brasil possuiu basicamente textos com intuito de catequizar enquanto que na
Europa as contos estavam cada vez mais interessantes e diversificados
A literatura no Brasil ap6s 0 iniao didHico (catequizaltlo) passa a ter
fins civicos e de ideologizar 0 que e importante que as cnan~s aprendam
Monteiro Lobato faz uma ruptura neste aspecto com suas obras do Sitio
do Pica-Pau Amarelo Traz uma nova concepyao de mundo e sociedade e
rompe com aspirayao politica envolvendo 0 Brasil Foi 0 primeiro autor a
compreender que a leitor principalmente 0 infantil busca 0 prazer a sedultAo a
beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens
As escolas mostram-se como campo propfdo para 0 desenvolvimento do
trabalho literario mas 0 resuJtado deste esta lange do satismiddotfatario Observam-se
criancas desinteressadas e aduJtos que nao criaram a habito de leitura
A literatura infantil deve proporcionar nova percepyao de mundo de
vi sao e de criatividade
A funltao da literatura e romper com pad rOes e convencOes estimular a
conscitncia crifiee e questionadora
13 HISTORIA E ESTORIA
Encontramos duas palavras que normalmente tern 0 mesma significado
mas que teve p~r urn pereda uma outra significacao
MORENO (2003) afirma que 0 uso de est6ria poderia ter ficado
confinado ao mundo do Folciore ende talvez fosse de alguma utilidade Nao eincomum que certas areas do pensamento postulem para usa exclusivo
Yocabulos novas au variacOes fonologicas au ortograficas de Yocabulos antlgos
no afa de abter maior precisao em seus conceitos
Hist6ria e a narrativ8 de fatos reais e estoria e a narrativa de fic~o
Para nao complicar e nem cometer anglidsmo (importaltao do ingl~s) a melhor
a fazer e usar Nhist6ria tanto para fatas reais como para narrativas inventadas
Historia com h~ maiuscule se trata de ci~ncia estudo Exemplo Historia do
Brasil
Segundo MOREIO (2003) a histOria se refere ao passado e ao sell
estudo e a hist6ria da narrativa da fabula Para ele ~aexperi~ncia nos diz que
essas invasOes de searas alheias geralmente pecam por urn raciocinio simplista
reducionista
IS50 se verifica por exemplo na Filosofia na L6gica na LingUistica na
Psicanalise MORENO (2003) expOe que como e natural essas variantes vao
fazer parte de um c6digo especifico Clijo emprego passa a ser indispensavel
para os especialistas dessa area mas nao entram no grande caudal da lingua
comum~
A cria~o a utilizat~o e muito seguidamente a agonia e marie dessas
forma 5 sao registradas em discretos dicionarios especializados
convenientemente isolados do grande rebanho representado pelos dicionMios
de uso
A) Joao Ribeiro forte conhecedor de nosso idioma foi quem prop6s a
ado~o do termo est6ria em 1919 para designar no campo do Folclore a
narrativa popular 0 conto tradicional objeto de estudo dos especialistas
daquela area E nao se tratava de inventar mas sim de reabilitar uma forma
arcaica comLJm nos manuscritos medievais de Portugal Era uma ing~nua
proposta paroquial nascida da inveja compreensivel que causa a distin~o
story - history do Ingh~s E mais do que comllm 0 fato de uma Ifngu8 fazer
distintOes vocabulares que outras nao fazem
8
B A estoria medieval naa era LIm vocabulo diferente de historia era
apenas uma das muitas variantes que se encontram nos textos manllscritos de
nossos copistas naquele tempo heroico em que a estrutura de nossa ortografia
ainda lutava para sedimentar Ali aparecem hist6ria hest6ria estoria istoria
estOrea Da mesma forma vamos encontrar homem omem amee (algumas
vezes com til no primeiro e) e ate ome Nota-se que 0 emprego do h e das
vogais ainda nao estava estabilizado na escrita Entretanto ja no sec XVI a
grafia de homem e hist6ria era a que e lIsada ate hoje Qutras linguas da familia
latina como 0 EspanhoJ e 0 Franres tambem experimentaram essa variedade
de formas para hist6ria mas terminau prevalecendo a forma (mica (historia e
histoire respectivamente)
C) Segundo 0 Novo Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa
FERREIRA AB de H Novo Dicionario Aumlio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
Est6ria SFV historia (recomenda-se apenas a gratia historia tanto no
senti do de ci~mcia historica quanta no de narrativa de ficcao canto popular e
demais acepcoes)
OJ 0 Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa ainda explana Hist6ria -
1 narra~o met6dica dos fatos notfiveis ocorridos na vida des povos em
particular e na vida da humanidade em geral A hist6ria do Brasil historia
universal 2 Conjunto de conhecimento adquirido atraves da tradi~o eou por
meio dos documentos relativos a evolu~a ao passado da humanidade 3
Ci~ncia e metoda que permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos 4
o canjunto de obras referentes a histona 5 Conjunto de conhecimento relativos
a esta ci~ncia au que tem implicacOes com ela ministrados nas respectivas
faculdades estudante de histOria 6 Tratado au compt~mdio de histOna 7
Estudo das origens e processes de uma arte de uma ci~ncia au de um ramo do
conhecimento Hist6ria da pintura hist6ria da medicina Narrayao de
acontecimentos de a90es em geral cronologicamente dispostos A historia das
viagens do Capitao Cook a historia de Napole~o Narra~o de fatos
acontecimentos au particularidades relativas a urn determinade assunto Canto
narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao
ter historia
14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL
Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores
importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do
desenvolvimento infantil~uvenil
COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada
classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da
inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente
biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do
mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao
sempre aproximadasM
A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha
de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)
fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao
considerada normal
bull 0 Pre-Ieitor
Categoria inicial que abrange duas fases
Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a
reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e
pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a
conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~
Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos
familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes
desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material
10
agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental
nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos
Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais
predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse
crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico
bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)
Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil
reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e
complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade
A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para
estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que
ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita
middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)
A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura
Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as
operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda
natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo
a leitura
bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)
Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da
eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a
reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento
hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do
adulto ja nao se faz necessaria
bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)
11
Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de
ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e
critico
o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario
procurando penetrar no mecanismo da leitura
o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario
141 Fabulas
NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn
ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como
o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a
garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao
salpicado a maneira de remendos
Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)
Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais
que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade
A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca
Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles
fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida
Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve
ser copiado e 0 errado evitado
ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA
A CIGARRA E A FORMIGA
1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992
12
Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que
nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a
necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~
o CORVO E 0 PAvAo
Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da
arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor
atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes
defeitos
A AGUIA E A CORUJA
o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas
as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para
sempre Ihes parecerao lindos
Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela
sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor
cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado
A RAPOSA E AS UVAS
Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas
nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com
sentimentos de inveja
o PARTO DA MONTANHA
o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode
corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao
acontecera
13
o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO
Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que
muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es
o LEAo E 0 RATINHO
Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser
empecilho para boas amizades
VENUSEAGATA
A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser
nunea podera ser mudada
OSAPOEOBOI
A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que
tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia
A ASSEMBLEIA DOS RATOS
Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as
atltudes e Dutro departamento
A GALINHA DOS OVOS DE OURO
Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda
infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par
atitudes impensadas
14
o BURRO NA PELE DO LEAo
Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza
continuara a mesma
AS DUAS PANELAS
Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair
perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que
poderia ter side ou ate se transform ado
A GARltA VELHA
Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos
o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO
Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as
desejos de ninguem e lodos saem perdendo
A LEBRE E A TARTARUGA
Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a
frente daqueles que se acham espertos demais
o GALO E A RAPOSA
Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e
preciso ter cuidado com amizades repentinas
15
A RAPOSA E A CEGONHA
Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que
S8 e tratado
o PASTOR E 0 LOBO
Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade
ninguem acredita
142 Lendas
Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e
significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao
escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria
falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava
de seres 0 seu mundo
Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do
momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao
qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta
contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie
de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05
dos espiritos do bem
A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e
do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas
A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em
sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os
astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas
16
A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado
da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario
superam 0 historico e 0 verdadeiro
LENDAS DO PARANA
o VEU DE PINGO DAGUA
0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para
Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava
o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era
conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada
disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo
A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do
tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo
dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect
viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL
Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando
que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se
encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos
desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado
Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas
cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma
crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em
qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que
acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0
nome de Veu da Noiva
Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado
e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria
17
busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com
alguem que ela nao amasse
A LENDA DO CAATIU
~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn
valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba
Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado
partia para a guerra
Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn
pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E
assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as
sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que
acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de
Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0
transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam
os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando
as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de
suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0
Parana
Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar
imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo
deste am or
LENDA DA GRALHA AZUL
KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava
acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda
do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a
arvore para transforma-Ia em tabllas
18
A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu
corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu
muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La
nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se
revoltam com as dares alheias
A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela
S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje
em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~
vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da
fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a
bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto
enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que
podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a
pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0
regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos
altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos
permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite
eterno Vinde a mim todos
A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus
olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul
Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto
porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou
celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um
verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando
Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos
ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a
fonte para uma nova vida
19
A LENDA DE BREJATUBA
~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0
Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58
chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis
habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos
caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura
e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata
conheceu Juraci a filha do chefe earij6
Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito
esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua
tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram
semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam
envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a
agarrasse com for1a de guerreiro
o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do
morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~
aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu
correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De
repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0
mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas
recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem
como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt
ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para
alcanyar nossos objetivos
A LENDA DO FOGO
Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto
ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0
20
mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn
tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart
Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0
segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde
estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se
no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em
direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell
levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6
pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn
pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era
muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento
aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per
causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as
noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas
Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es
para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras
sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as
campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as
campos de Guarapuava
Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle
devemos ter para conquistar estes conhecimentos
A LENDA DA ERVA-MATE
MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das
margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma
das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos
velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim
ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do
Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas
21
ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes
Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava
uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas
sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare
produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em
que sabia quebrar 0 mal
Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas
guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No
mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar
em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na
enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as
chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse
momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo
a mal Gupi ficou impressionado com aquila
A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava
prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para
espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela
correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem
esquerda da tribo Tupi
Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se
tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o
lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem
disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn
galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos
Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se
da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a
mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de
erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis
festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as
tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos
forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis
t4~~ bull ~ ~
22
Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da
natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as
valores da natureza e do mundo
143 Contos de Encantamento
Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au
inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos
f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do
impossive da magica e do irnprevisto
144 Contos de Fadas
sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar
de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~
Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem
na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade
fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de
sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada
etc
Estrutura basica dos contos de fadas
Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o
Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos
etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial
Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da
prote~o e mergulha no completo desconhecido
23
Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no
plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios
Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades
potencialidades e polaridades opostas
Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio
florescimento colheita e transcendancia
ANALISE DOS CONTOS
OS TRES PORQUINHOS
Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito
apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento
pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que
nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par
outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho
arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois
o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho
As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao
progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o
imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de
brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e
na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos
porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de
brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua
casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas
vezes em astucia
Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas
recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que
atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte
24
Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio
desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair
suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da
crian9B
Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar
enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo
o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal
entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria
termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado
urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos
A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de
educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase
magica e da fantasia
Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao
seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece
o PATINHO FEIO
0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave
desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos
os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser
a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos
perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria
classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem
desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o
apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma
natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir
qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
A literatura e ern especial a infantil tern uma
tarefa fundamental a cllmprir nesta sociedade em
transformaltao a de servir como agente de
forrna~o seja no espontaneo convivio leitor I livre
seja no dialogo leitor I texto estimulado pela
escola
Nelly Novaes Coelho
iii
SUMARIO
RESUMO vi
INTRODUCAo 01
CAPiTULO I 03
11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL 03
12 HISTORICO DA LlTERATURA INFANTIL
13 HISTORIA E ESTORIA
05
06
14 CLASSIFICAltAo DA LlTERATURA INFANTIL 09
141 Fabulas 11
142 Lendas 15
143 Contos de EncantCllllentos 22
144 Contos de Fadas
145 Hist6rias ACllmlllativas
22
31
146 Hist6ria de Aventuras 32
147 Poesias 34
CAPiTULO II 36
21 AUTORES E SUAS OBRAS 36
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS 38
221 Monteiro Lobato 38
222 Ana Maria Machado 38
223 Ruth Rocha 39
224 Ziraldo 41
225 Mauricio de Souza 41
226 Marina Colasanti 43
iv
227 SOnia Forjaz
228 Lygia Bojunga
229 Francisco Buarque de Holanda
CONCLUSAO
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANEXOS
43
44
44
46
48
52
RESUMO
Este estudo tem como objetivo ressaltar a importncia da Literatura Infantil nasseries iniciais da literatura classica aos contemportmeos brasileiros ExpressivQste6ricos sobre a literatura infantil respaldaram a pesquisa que durante 0 avanto dosestudos oportunizou urn me1hor entendimento entre a literatura classica econtempor~nea permitindo uma nova vi sao novas reflexOes e recriay6es dopensamento A analise de diversos tipos de literatura que despertam 0 interesse dascrianyas foi a metodologia proposta A Literatura Infantil pode ter urn papel relevantenas series iniciais romper com pad rOes e corwen90es estimulando a consci~l1ciacritica e questionador8 e sua capacidade de fazer 0 leitar refletir Compara90esforam realizadas procuroumiddotse classificar as diversas formas de literatura 0 destaquemaior deste trabalho foi para os autores brasileiros que t~m enriquecido a Literaturarnfantil trazendo urn crescimento da arte fitenlria e fazendo parte como instrumenfodo conhecimento infantil
Palavras-chave literatura infantli series iniciais literatura cJassica literaturacontemporlnea
VI
INTRODutAO
A literatura infantil pode proporcionar nova percepltao de mundo de vi sao e
de criatividade Alem de ser estimular 0 conhecimento IingOtstico a [eitura deve ser
vista como uma relaCao afetiva que se tern da crian~ com 0 livro Oessa maneira a
leitura se torna agradtlVel e prazerosa Entende-se que atraves da literatura a
crianya busca cada vez mais 0 905tO de ler
A crianya con segue abter atraves da literatura infantll uma melhor formacao
tanto acad~mica como preparayao para vida A literatura rompe com modelos e
metodos para dar vazao a sensibilidade a consciencia critica e questionadora
A hteratura infantil tern a capacidade de despertar 0 905tO pela [eitura
incentivando a busca pelo prazer de ler Ao trabalhar com a [iteratura infantil em sala
de aula 0 professor e a professora das series iniGiais podem identificar 0 tipo de
leitura que mais atrai as criamas E necessario que 0 professor tenha consci~ncia
de que atraves da leitura ocorre ums transformac~o na crianca
A estimulacao da leitura em sala de aula deve ocorrer de forma nao
impositiva e sim de maneira agradavel e curiosa despertando 0 interesse pela
leitura proporcionando uma nova forma de perceber 0 mundo usando para isse a
criatividade As criancas precisam ter acesso faolitado aos livros liberdade em
escolh~-Ios e de t~-Ios e a funtao de professor e estimular a leitura mostrando os
diversos caminhos existentes em determinada escolha
A intencao em realizar esse estudo e buscar subsidies praxicos que
demonstrem a importancia da literatura infantH como instrumental para despertar 0
gosto pele leitura resgatar a literalura infantil que mais se adeque a etapa do
desenvolvimente biopsicosocial de acordo com 0 ja conhecido classificar e
comparar a literatura classica e a classica brasileira traltar os paralelismos entre a
literatura infanti ~classica~ e a IIteratura infanti kclassica brasileira
A pesquisa foi realizada buscando-se reCllfSOS na biblioteca da Universidade
Tuiuti do Parana em diversas livrarias de Curitiba e em sites educacionais A
investigacao tambem gerou em toma de autares classicos e contemporaneos que
versam sobre a questao da literatura e os livros de contos poesias fabulas e lendas
que despertem 0 90sto e 0 habito da leitura nas crianltas
A pesquisa de carc~ter bibliografica fai realizada mediante levantamento de
referendais te6ricos sobre a literatura infantil nas series iniciais do prime ira cicio no
ensino fundamental
No capitulo I discorre-se sabre a fundamenta900 teorica na literatura infantil
mostrando como aconteceu sua evolu~a hist6rica e os diversas achados literarios
A classjfica~o da literatura infantil conforme pa~metros ja conhecidos e aplicados
deve-se a necessidade de adequacao aos texios as diversas eta pas do
desenvolvimento infantil PropOe-se uma analise das fabulas lendas contos de
encantamento contos de fadas das hist6rias acumulativas das hist6rias de
aventuras e das peesias com cita90es e exemplos de cada uma delas
No capitulo II faz-se 0 estudo sobre os auto res e suas obras classicos e
contemporaneos dando ~nfase aos auto res brnsileiros como Monteiro Lobato Ana
Maria Machado Ruth Rocha Ziraldo Mauricio de Souza Marina Colasanti entre
autros fazendo a cila9~0 de suas obras e breves anillises de sells trabalhas
A literatura infantil por iniciar 0 homem no mundo literaria deve ser lItilizada
como instfllmenta para a sensibilizayaa da consciencia para a expansao da
capacidade e interesse de analisar 0 munda Sua import~ncia e fundamental em
mostrar que a literatura deve ser encarada sempre de modo global e complexo em
sua ambigUidade e pluralidade
E fundamental na forma~o do lei tor que a oferta e a circula~o dos livros de
literatura infantil na sala de aula se pracesse de maneira espantanea agradavel
sem ritos e pressoos impositivas a fim de que as crianyas tenham facil acesso a05
pr6prios livros liberdade de escolh~-Ios e de H~-Ios deixando claro que a literatura e
saber mas tambem sa bar ele precisa ser lido e fluido dcurtido~ num ambiente em
que estejam presentes a descontra(ao a prazer e a liberdade 56 assim criando
la90s afetivos com a literatura apresentada como alga gostoso a crian9a estreitara
com ele relac~es afetivas
a professor em sala de aula tern oportunidade de estimular as criancas aD
prazer da leitura Para isso ele deve ter claro qual a importancia da literatura no
desenvalvimento infantil
CAPiTULO I
11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL
A literatura infantil tern suas raizes mais distantes na literatura popular
oral au escrita do Oriente (Calila e Oimna As Mil e Uma Noites) e do Ocidente
(Fabulas - Esopo La Fontaine e as Contos Maravilhosos - Perrault Grimm)
Eta nasce com a finalidade de transmitir ensinamentos morais e
conhecimento
Conforme TAVARES (1998 p 24) no Brasil a literatLJra destinada as
crianyas vai se despindo de sLlas vestes utilitaristas pedag6gicas com 0
objetivD de ensinar a lingua de illformar e formar 0 carater somente a partir da
decada de 70
Monteiro Lobato e 0 mais importante escritor para crianyas do inieto do
seculo XX (1921- A men ina do Narizinho Arrebitado) foi pioneiro na
compreens~o de que 0 leitor principal mente 0 infeHltil busca 0 prazer a
seduyao a beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens e portanto
carente de uma literatura poetica e sedutora
As instituiQOes escolares brasileiras t~m sido lugares privilegiados para
a divulgaltlto de textos literarios CUNHA (1997 p 31) explica que
contraditoriamente as instituicOes pela forma como utilizam estes textos
acabam provocando a averslio aos livros Isto se explica pelas atitudes dos
educadores diante das crianyas
Segundo CUNHA (1997 p 38) 0 nestas instituiltOes exauridas
alJtoritarias que queremos despertar 0 gosto pela leitura a fruiyao estetica e a
expressao criativa Dentro destas engrenagens paralisantes queremos colo car a
literatura questionadora e libertadora por es~ncia~
COELHO (1995 p 61) Bfirnla que alimentar deg espfrito exercitar a
fruiyao estetica da palavra despertar para a maravilha do ato de criar em
4
momentos de jogo de brincadeira com a Ifvro e que a leitor se abre a treca de
ideias da expressao a seus temores e desejos deixa~se penetrar pelo espirito
da literatura~
o texto realmente literario acrescenta ao leitor nao por Ihe ensinar
explicitamente comportamentos au regras e bem viver mas porque Ihe traz 0
inusitado a surpresB 0 novo
Para CUNHA (1988 p 57) a obra liteniria infantil a essencialmente a
mesma obra de arte para 0 adulto Difere desta apenas na complexidade de
conceplttio a obra para crianlaquoCIs sera mais simples em seus recursos mas nao
menes valiosa
Prazer jogo conhecimento e expressao necessitam de urna escola
democratica criativa questionadora dintmica aberta ao novo e ao belo Urna
escola concreta com educadores e alunos apaixonados par livros e pela vida
OLIVEIRA (1998 p 11) escreve que
o pensamento infantil e aquele que esta sintonizado com esse pulsar pelasvias do imagimlrio E e justamente com esse pulsar pelas vias que as projetosmais arrojados de literatura infantit investem nao escamoteando a literarionem facilitando mas enfrentando sua qualidade artfstica e oferecendo asmelhores produtos possiveis ao repert6rio infantil que tern a compet~ncianecessaria para traduzi-to pelo desempenho de uma leitura multipla ediversificada
o educador tem que e~tar aierta para 0 fato de que nem tudo que circuia
como livro destinado a crianya e de fato literatura infanti Ha muitas produyOes
que nao v~o alem do lugar-comum estetico e ideol6gico
Eo tambam COELHO (1995 p 32) que afirma que Iiteratura e
especial mente a infantil tern que proporcionar uma reorganiza9aO das
perceP96es do mundo desse modo possibilitar uma nova ordenayAo das
experi~ncias existenciais da crianca A conviv~ncia com texlos literarios provoca
a forma9aO de novos padrOes e 0 desenvolvimento do critico~
CADEMARTORI (1986 p 7) postula a idaia de todos sabem 0 que a
Literatura Infantil ~isso porque a maior parte das pessoas tern algo a ver com
criancta seja tilhos vizinhos sobrinhos alunos e raz~o inquestionavel todos jil
foram crian~as~
Para COELHO (1993 p 24) a literatura infantil e antes de tudo
literatura e arte fen Omena de criativfdade que representa a mundo a homem a
vida atraves da palavra onde heuma fun~o dos sonhos com a vida pratica do
imaginario com a real das ideias e sua possfvel au impossivel realizayao
12 HIST6RICO DA LlTERATURA INFANTIL
A Gnese da Literatllra Infantil e documentada a partir de fontes
orientais par volta do seculo III e IV
A difus~o no Ocidente europeu deu-se durante a Idade Media por uma
transmissao oral
As narrativas primordiais com origem no Oriente como As mil e uma
Noites permitiram a descoberta do fundo fabuloso que se perpetuou pela
traduyao oral Essas narrativas se passam fora dos limites do mundo
conhecido falam de um mundo imaginario mas sempre procurando uma
explica~o para seu cotidiano
COELHO (1999) tala que os contos revelam que 0 homem nao possui
todo 0 conhecimento e utilizam ate hoje elementos magicos para explicar a que
n~o e cientificamente comprovado
o Renascimento traz mudan((as profundas na arte e na cultura
transferindo para a literatura urn period a moral e crist~o
No Ocidente as novelas de cavalaria difundidas oralmente contribuem
tortemente pam a crescimento da literatura mundial
No seCtilo XVIII a Pre Romantismo oferece obras como Robson Crusoe
e Viagens de Guliver (Jonatham Swift)
6
No secula XIX 0 Romantismo e 0 Realismo apresentam as Irm~os
Grimm - na Alemanha e Hans Christian Andersen em fase de consolidaltQo de
sociedade liberal burguesa
Charles Perrault na Franya colhendo e adaptando as lendas e
narra90es afloradas da tradi~o e do foldare imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como a do Gata de Botas Chapeuzinho Vermelho~ ~Gata
Borralheira sendo hoje considerado autor classico no o~nero
As noveias de cavalaria vieram para a Brasil pela literatura de corde 0
Brasil possuiu basicamente textos com intuito de catequizar enquanto que na
Europa as contos estavam cada vez mais interessantes e diversificados
A literatura no Brasil ap6s 0 iniao didHico (catequizaltlo) passa a ter
fins civicos e de ideologizar 0 que e importante que as cnan~s aprendam
Monteiro Lobato faz uma ruptura neste aspecto com suas obras do Sitio
do Pica-Pau Amarelo Traz uma nova concepyao de mundo e sociedade e
rompe com aspirayao politica envolvendo 0 Brasil Foi 0 primeiro autor a
compreender que a leitor principalmente 0 infantil busca 0 prazer a sedultAo a
beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens
As escolas mostram-se como campo propfdo para 0 desenvolvimento do
trabalho literario mas 0 resuJtado deste esta lange do satismiddotfatario Observam-se
criancas desinteressadas e aduJtos que nao criaram a habito de leitura
A literatura infantil deve proporcionar nova percepyao de mundo de
vi sao e de criatividade
A funltao da literatura e romper com pad rOes e convencOes estimular a
conscitncia crifiee e questionadora
13 HISTORIA E ESTORIA
Encontramos duas palavras que normalmente tern 0 mesma significado
mas que teve p~r urn pereda uma outra significacao
MORENO (2003) afirma que 0 uso de est6ria poderia ter ficado
confinado ao mundo do Folciore ende talvez fosse de alguma utilidade Nao eincomum que certas areas do pensamento postulem para usa exclusivo
Yocabulos novas au variacOes fonologicas au ortograficas de Yocabulos antlgos
no afa de abter maior precisao em seus conceitos
Hist6ria e a narrativ8 de fatos reais e estoria e a narrativa de fic~o
Para nao complicar e nem cometer anglidsmo (importaltao do ingl~s) a melhor
a fazer e usar Nhist6ria tanto para fatas reais como para narrativas inventadas
Historia com h~ maiuscule se trata de ci~ncia estudo Exemplo Historia do
Brasil
Segundo MOREIO (2003) a histOria se refere ao passado e ao sell
estudo e a hist6ria da narrativa da fabula Para ele ~aexperi~ncia nos diz que
essas invasOes de searas alheias geralmente pecam por urn raciocinio simplista
reducionista
IS50 se verifica por exemplo na Filosofia na L6gica na LingUistica na
Psicanalise MORENO (2003) expOe que como e natural essas variantes vao
fazer parte de um c6digo especifico Clijo emprego passa a ser indispensavel
para os especialistas dessa area mas nao entram no grande caudal da lingua
comum~
A cria~o a utilizat~o e muito seguidamente a agonia e marie dessas
forma 5 sao registradas em discretos dicionarios especializados
convenientemente isolados do grande rebanho representado pelos dicionMios
de uso
A) Joao Ribeiro forte conhecedor de nosso idioma foi quem prop6s a
ado~o do termo est6ria em 1919 para designar no campo do Folclore a
narrativa popular 0 conto tradicional objeto de estudo dos especialistas
daquela area E nao se tratava de inventar mas sim de reabilitar uma forma
arcaica comLJm nos manuscritos medievais de Portugal Era uma ing~nua
proposta paroquial nascida da inveja compreensivel que causa a distin~o
story - history do Ingh~s E mais do que comllm 0 fato de uma Ifngu8 fazer
distintOes vocabulares que outras nao fazem
8
B A estoria medieval naa era LIm vocabulo diferente de historia era
apenas uma das muitas variantes que se encontram nos textos manllscritos de
nossos copistas naquele tempo heroico em que a estrutura de nossa ortografia
ainda lutava para sedimentar Ali aparecem hist6ria hest6ria estoria istoria
estOrea Da mesma forma vamos encontrar homem omem amee (algumas
vezes com til no primeiro e) e ate ome Nota-se que 0 emprego do h e das
vogais ainda nao estava estabilizado na escrita Entretanto ja no sec XVI a
grafia de homem e hist6ria era a que e lIsada ate hoje Qutras linguas da familia
latina como 0 EspanhoJ e 0 Franres tambem experimentaram essa variedade
de formas para hist6ria mas terminau prevalecendo a forma (mica (historia e
histoire respectivamente)
C) Segundo 0 Novo Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa
FERREIRA AB de H Novo Dicionario Aumlio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
Est6ria SFV historia (recomenda-se apenas a gratia historia tanto no
senti do de ci~mcia historica quanta no de narrativa de ficcao canto popular e
demais acepcoes)
OJ 0 Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa ainda explana Hist6ria -
1 narra~o met6dica dos fatos notfiveis ocorridos na vida des povos em
particular e na vida da humanidade em geral A hist6ria do Brasil historia
universal 2 Conjunto de conhecimento adquirido atraves da tradi~o eou por
meio dos documentos relativos a evolu~a ao passado da humanidade 3
Ci~ncia e metoda que permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos 4
o canjunto de obras referentes a histona 5 Conjunto de conhecimento relativos
a esta ci~ncia au que tem implicacOes com ela ministrados nas respectivas
faculdades estudante de histOria 6 Tratado au compt~mdio de histOna 7
Estudo das origens e processes de uma arte de uma ci~ncia au de um ramo do
conhecimento Hist6ria da pintura hist6ria da medicina Narrayao de
acontecimentos de a90es em geral cronologicamente dispostos A historia das
viagens do Capitao Cook a historia de Napole~o Narra~o de fatos
acontecimentos au particularidades relativas a urn determinade assunto Canto
narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao
ter historia
14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL
Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores
importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do
desenvolvimento infantil~uvenil
COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada
classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da
inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente
biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do
mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao
sempre aproximadasM
A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha
de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)
fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao
considerada normal
bull 0 Pre-Ieitor
Categoria inicial que abrange duas fases
Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a
reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e
pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a
conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~
Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos
familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes
desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material
10
agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental
nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos
Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais
predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse
crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico
bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)
Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil
reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e
complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade
A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para
estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que
ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita
middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)
A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura
Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as
operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda
natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo
a leitura
bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)
Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da
eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a
reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento
hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do
adulto ja nao se faz necessaria
bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)
11
Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de
ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e
critico
o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario
procurando penetrar no mecanismo da leitura
o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario
141 Fabulas
NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn
ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como
o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a
garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao
salpicado a maneira de remendos
Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)
Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais
que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade
A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca
Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles
fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida
Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve
ser copiado e 0 errado evitado
ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA
A CIGARRA E A FORMIGA
1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992
12
Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que
nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a
necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~
o CORVO E 0 PAvAo
Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da
arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor
atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes
defeitos
A AGUIA E A CORUJA
o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas
as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para
sempre Ihes parecerao lindos
Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela
sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor
cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado
A RAPOSA E AS UVAS
Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas
nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com
sentimentos de inveja
o PARTO DA MONTANHA
o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode
corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao
acontecera
13
o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO
Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que
muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es
o LEAo E 0 RATINHO
Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser
empecilho para boas amizades
VENUSEAGATA
A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser
nunea podera ser mudada
OSAPOEOBOI
A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que
tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia
A ASSEMBLEIA DOS RATOS
Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as
atltudes e Dutro departamento
A GALINHA DOS OVOS DE OURO
Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda
infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par
atitudes impensadas
14
o BURRO NA PELE DO LEAo
Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza
continuara a mesma
AS DUAS PANELAS
Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair
perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que
poderia ter side ou ate se transform ado
A GARltA VELHA
Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos
o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO
Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as
desejos de ninguem e lodos saem perdendo
A LEBRE E A TARTARUGA
Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a
frente daqueles que se acham espertos demais
o GALO E A RAPOSA
Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e
preciso ter cuidado com amizades repentinas
15
A RAPOSA E A CEGONHA
Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que
S8 e tratado
o PASTOR E 0 LOBO
Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade
ninguem acredita
142 Lendas
Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e
significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao
escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria
falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava
de seres 0 seu mundo
Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do
momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao
qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta
contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie
de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05
dos espiritos do bem
A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e
do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas
A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em
sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os
astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas
16
A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado
da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario
superam 0 historico e 0 verdadeiro
LENDAS DO PARANA
o VEU DE PINGO DAGUA
0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para
Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava
o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era
conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada
disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo
A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do
tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo
dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect
viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL
Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando
que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se
encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos
desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado
Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas
cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma
crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em
qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que
acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0
nome de Veu da Noiva
Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado
e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria
17
busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com
alguem que ela nao amasse
A LENDA DO CAATIU
~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn
valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba
Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado
partia para a guerra
Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn
pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E
assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as
sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que
acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de
Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0
transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam
os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando
as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de
suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0
Parana
Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar
imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo
deste am or
LENDA DA GRALHA AZUL
KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava
acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda
do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a
arvore para transforma-Ia em tabllas
18
A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu
corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu
muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La
nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se
revoltam com as dares alheias
A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela
S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje
em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~
vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da
fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a
bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto
enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que
podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a
pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0
regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos
altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos
permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite
eterno Vinde a mim todos
A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus
olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul
Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto
porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou
celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um
verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando
Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos
ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a
fonte para uma nova vida
19
A LENDA DE BREJATUBA
~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0
Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58
chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis
habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos
caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura
e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata
conheceu Juraci a filha do chefe earij6
Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito
esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua
tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram
semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam
envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a
agarrasse com for1a de guerreiro
o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do
morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~
aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu
correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De
repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0
mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas
recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem
como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt
ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para
alcanyar nossos objetivos
A LENDA DO FOGO
Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto
ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0
20
mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn
tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart
Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0
segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde
estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se
no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em
direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell
levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6
pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn
pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era
muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento
aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per
causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as
noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas
Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es
para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras
sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as
campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as
campos de Guarapuava
Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle
devemos ter para conquistar estes conhecimentos
A LENDA DA ERVA-MATE
MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das
margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma
das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos
velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim
ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do
Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas
21
ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes
Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava
uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas
sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare
produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em
que sabia quebrar 0 mal
Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas
guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No
mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar
em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na
enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as
chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse
momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo
a mal Gupi ficou impressionado com aquila
A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava
prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para
espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela
correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem
esquerda da tribo Tupi
Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se
tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o
lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem
disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn
galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos
Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se
da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a
mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de
erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis
festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as
tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos
forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis
t4~~ bull ~ ~
22
Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da
natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as
valores da natureza e do mundo
143 Contos de Encantamento
Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au
inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos
f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do
impossive da magica e do irnprevisto
144 Contos de Fadas
sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar
de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~
Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem
na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade
fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de
sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada
etc
Estrutura basica dos contos de fadas
Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o
Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos
etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial
Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da
prote~o e mergulha no completo desconhecido
23
Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no
plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios
Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades
potencialidades e polaridades opostas
Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio
florescimento colheita e transcendancia
ANALISE DOS CONTOS
OS TRES PORQUINHOS
Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito
apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento
pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que
nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par
outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho
arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois
o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho
As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao
progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o
imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de
brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e
na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos
porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de
brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua
casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas
vezes em astucia
Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas
recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que
atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte
24
Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio
desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair
suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da
crian9B
Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar
enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo
o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal
entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria
termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado
urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos
A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de
educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase
magica e da fantasia
Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao
seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece
o PATINHO FEIO
0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave
desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos
os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser
a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos
perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria
classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem
desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o
apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma
natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir
qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
SUMARIO
RESUMO vi
INTRODUCAo 01
CAPiTULO I 03
11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL 03
12 HISTORICO DA LlTERATURA INFANTIL
13 HISTORIA E ESTORIA
05
06
14 CLASSIFICAltAo DA LlTERATURA INFANTIL 09
141 Fabulas 11
142 Lendas 15
143 Contos de EncantCllllentos 22
144 Contos de Fadas
145 Hist6rias ACllmlllativas
22
31
146 Hist6ria de Aventuras 32
147 Poesias 34
CAPiTULO II 36
21 AUTORES E SUAS OBRAS 36
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS 38
221 Monteiro Lobato 38
222 Ana Maria Machado 38
223 Ruth Rocha 39
224 Ziraldo 41
225 Mauricio de Souza 41
226 Marina Colasanti 43
iv
227 SOnia Forjaz
228 Lygia Bojunga
229 Francisco Buarque de Holanda
CONCLUSAO
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANEXOS
43
44
44
46
48
52
RESUMO
Este estudo tem como objetivo ressaltar a importncia da Literatura Infantil nasseries iniciais da literatura classica aos contemportmeos brasileiros ExpressivQste6ricos sobre a literatura infantil respaldaram a pesquisa que durante 0 avanto dosestudos oportunizou urn me1hor entendimento entre a literatura classica econtempor~nea permitindo uma nova vi sao novas reflexOes e recriay6es dopensamento A analise de diversos tipos de literatura que despertam 0 interesse dascrianyas foi a metodologia proposta A Literatura Infantil pode ter urn papel relevantenas series iniciais romper com pad rOes e corwen90es estimulando a consci~l1ciacritica e questionador8 e sua capacidade de fazer 0 leitar refletir Compara90esforam realizadas procuroumiddotse classificar as diversas formas de literatura 0 destaquemaior deste trabalho foi para os autores brasileiros que t~m enriquecido a Literaturarnfantil trazendo urn crescimento da arte fitenlria e fazendo parte como instrumenfodo conhecimento infantil
Palavras-chave literatura infantli series iniciais literatura cJassica literaturacontemporlnea
VI
INTRODutAO
A literatura infantil pode proporcionar nova percepltao de mundo de vi sao e
de criatividade Alem de ser estimular 0 conhecimento IingOtstico a [eitura deve ser
vista como uma relaCao afetiva que se tern da crian~ com 0 livro Oessa maneira a
leitura se torna agradtlVel e prazerosa Entende-se que atraves da literatura a
crianya busca cada vez mais 0 905tO de ler
A crianya con segue abter atraves da literatura infantll uma melhor formacao
tanto acad~mica como preparayao para vida A literatura rompe com modelos e
metodos para dar vazao a sensibilidade a consciencia critica e questionadora
A hteratura infantil tern a capacidade de despertar 0 905tO pela [eitura
incentivando a busca pelo prazer de ler Ao trabalhar com a [iteratura infantil em sala
de aula 0 professor e a professora das series iniGiais podem identificar 0 tipo de
leitura que mais atrai as criamas E necessario que 0 professor tenha consci~ncia
de que atraves da leitura ocorre ums transformac~o na crianca
A estimulacao da leitura em sala de aula deve ocorrer de forma nao
impositiva e sim de maneira agradavel e curiosa despertando 0 interesse pela
leitura proporcionando uma nova forma de perceber 0 mundo usando para isse a
criatividade As criancas precisam ter acesso faolitado aos livros liberdade em
escolh~-Ios e de t~-Ios e a funtao de professor e estimular a leitura mostrando os
diversos caminhos existentes em determinada escolha
A intencao em realizar esse estudo e buscar subsidies praxicos que
demonstrem a importancia da literatura infantH como instrumental para despertar 0
gosto pele leitura resgatar a literalura infantil que mais se adeque a etapa do
desenvolvimente biopsicosocial de acordo com 0 ja conhecido classificar e
comparar a literatura classica e a classica brasileira traltar os paralelismos entre a
literatura infanti ~classica~ e a IIteratura infanti kclassica brasileira
A pesquisa foi realizada buscando-se reCllfSOS na biblioteca da Universidade
Tuiuti do Parana em diversas livrarias de Curitiba e em sites educacionais A
investigacao tambem gerou em toma de autares classicos e contemporaneos que
versam sobre a questao da literatura e os livros de contos poesias fabulas e lendas
que despertem 0 90sto e 0 habito da leitura nas crianltas
A pesquisa de carc~ter bibliografica fai realizada mediante levantamento de
referendais te6ricos sobre a literatura infantil nas series iniciais do prime ira cicio no
ensino fundamental
No capitulo I discorre-se sabre a fundamenta900 teorica na literatura infantil
mostrando como aconteceu sua evolu~a hist6rica e os diversas achados literarios
A classjfica~o da literatura infantil conforme pa~metros ja conhecidos e aplicados
deve-se a necessidade de adequacao aos texios as diversas eta pas do
desenvolvimento infantil PropOe-se uma analise das fabulas lendas contos de
encantamento contos de fadas das hist6rias acumulativas das hist6rias de
aventuras e das peesias com cita90es e exemplos de cada uma delas
No capitulo II faz-se 0 estudo sobre os auto res e suas obras classicos e
contemporaneos dando ~nfase aos auto res brnsileiros como Monteiro Lobato Ana
Maria Machado Ruth Rocha Ziraldo Mauricio de Souza Marina Colasanti entre
autros fazendo a cila9~0 de suas obras e breves anillises de sells trabalhas
A literatura infantil por iniciar 0 homem no mundo literaria deve ser lItilizada
como instfllmenta para a sensibilizayaa da consciencia para a expansao da
capacidade e interesse de analisar 0 munda Sua import~ncia e fundamental em
mostrar que a literatura deve ser encarada sempre de modo global e complexo em
sua ambigUidade e pluralidade
E fundamental na forma~o do lei tor que a oferta e a circula~o dos livros de
literatura infantil na sala de aula se pracesse de maneira espantanea agradavel
sem ritos e pressoos impositivas a fim de que as crianyas tenham facil acesso a05
pr6prios livros liberdade de escolh~-Ios e de H~-Ios deixando claro que a literatura e
saber mas tambem sa bar ele precisa ser lido e fluido dcurtido~ num ambiente em
que estejam presentes a descontra(ao a prazer e a liberdade 56 assim criando
la90s afetivos com a literatura apresentada como alga gostoso a crian9a estreitara
com ele relac~es afetivas
a professor em sala de aula tern oportunidade de estimular as criancas aD
prazer da leitura Para isso ele deve ter claro qual a importancia da literatura no
desenvalvimento infantil
CAPiTULO I
11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL
A literatura infantil tern suas raizes mais distantes na literatura popular
oral au escrita do Oriente (Calila e Oimna As Mil e Uma Noites) e do Ocidente
(Fabulas - Esopo La Fontaine e as Contos Maravilhosos - Perrault Grimm)
Eta nasce com a finalidade de transmitir ensinamentos morais e
conhecimento
Conforme TAVARES (1998 p 24) no Brasil a literatLJra destinada as
crianyas vai se despindo de sLlas vestes utilitaristas pedag6gicas com 0
objetivD de ensinar a lingua de illformar e formar 0 carater somente a partir da
decada de 70
Monteiro Lobato e 0 mais importante escritor para crianyas do inieto do
seculo XX (1921- A men ina do Narizinho Arrebitado) foi pioneiro na
compreens~o de que 0 leitor principal mente 0 infeHltil busca 0 prazer a
seduyao a beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens e portanto
carente de uma literatura poetica e sedutora
As instituiQOes escolares brasileiras t~m sido lugares privilegiados para
a divulgaltlto de textos literarios CUNHA (1997 p 31) explica que
contraditoriamente as instituicOes pela forma como utilizam estes textos
acabam provocando a averslio aos livros Isto se explica pelas atitudes dos
educadores diante das crianyas
Segundo CUNHA (1997 p 38) 0 nestas instituiltOes exauridas
alJtoritarias que queremos despertar 0 gosto pela leitura a fruiyao estetica e a
expressao criativa Dentro destas engrenagens paralisantes queremos colo car a
literatura questionadora e libertadora por es~ncia~
COELHO (1995 p 61) Bfirnla que alimentar deg espfrito exercitar a
fruiyao estetica da palavra despertar para a maravilha do ato de criar em
4
momentos de jogo de brincadeira com a Ifvro e que a leitor se abre a treca de
ideias da expressao a seus temores e desejos deixa~se penetrar pelo espirito
da literatura~
o texto realmente literario acrescenta ao leitor nao por Ihe ensinar
explicitamente comportamentos au regras e bem viver mas porque Ihe traz 0
inusitado a surpresB 0 novo
Para CUNHA (1988 p 57) a obra liteniria infantil a essencialmente a
mesma obra de arte para 0 adulto Difere desta apenas na complexidade de
conceplttio a obra para crianlaquoCIs sera mais simples em seus recursos mas nao
menes valiosa
Prazer jogo conhecimento e expressao necessitam de urna escola
democratica criativa questionadora dintmica aberta ao novo e ao belo Urna
escola concreta com educadores e alunos apaixonados par livros e pela vida
OLIVEIRA (1998 p 11) escreve que
o pensamento infantil e aquele que esta sintonizado com esse pulsar pelasvias do imagimlrio E e justamente com esse pulsar pelas vias que as projetosmais arrojados de literatura infantit investem nao escamoteando a literarionem facilitando mas enfrentando sua qualidade artfstica e oferecendo asmelhores produtos possiveis ao repert6rio infantil que tern a compet~ncianecessaria para traduzi-to pelo desempenho de uma leitura multipla ediversificada
o educador tem que e~tar aierta para 0 fato de que nem tudo que circuia
como livro destinado a crianya e de fato literatura infanti Ha muitas produyOes
que nao v~o alem do lugar-comum estetico e ideol6gico
Eo tambam COELHO (1995 p 32) que afirma que Iiteratura e
especial mente a infantil tern que proporcionar uma reorganiza9aO das
perceP96es do mundo desse modo possibilitar uma nova ordenayAo das
experi~ncias existenciais da crianca A conviv~ncia com texlos literarios provoca
a forma9aO de novos padrOes e 0 desenvolvimento do critico~
CADEMARTORI (1986 p 7) postula a idaia de todos sabem 0 que a
Literatura Infantil ~isso porque a maior parte das pessoas tern algo a ver com
criancta seja tilhos vizinhos sobrinhos alunos e raz~o inquestionavel todos jil
foram crian~as~
Para COELHO (1993 p 24) a literatura infantil e antes de tudo
literatura e arte fen Omena de criativfdade que representa a mundo a homem a
vida atraves da palavra onde heuma fun~o dos sonhos com a vida pratica do
imaginario com a real das ideias e sua possfvel au impossivel realizayao
12 HIST6RICO DA LlTERATURA INFANTIL
A Gnese da Literatllra Infantil e documentada a partir de fontes
orientais par volta do seculo III e IV
A difus~o no Ocidente europeu deu-se durante a Idade Media por uma
transmissao oral
As narrativas primordiais com origem no Oriente como As mil e uma
Noites permitiram a descoberta do fundo fabuloso que se perpetuou pela
traduyao oral Essas narrativas se passam fora dos limites do mundo
conhecido falam de um mundo imaginario mas sempre procurando uma
explica~o para seu cotidiano
COELHO (1999) tala que os contos revelam que 0 homem nao possui
todo 0 conhecimento e utilizam ate hoje elementos magicos para explicar a que
n~o e cientificamente comprovado
o Renascimento traz mudan((as profundas na arte e na cultura
transferindo para a literatura urn period a moral e crist~o
No Ocidente as novelas de cavalaria difundidas oralmente contribuem
tortemente pam a crescimento da literatura mundial
No seCtilo XVIII a Pre Romantismo oferece obras como Robson Crusoe
e Viagens de Guliver (Jonatham Swift)
6
No secula XIX 0 Romantismo e 0 Realismo apresentam as Irm~os
Grimm - na Alemanha e Hans Christian Andersen em fase de consolidaltQo de
sociedade liberal burguesa
Charles Perrault na Franya colhendo e adaptando as lendas e
narra90es afloradas da tradi~o e do foldare imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como a do Gata de Botas Chapeuzinho Vermelho~ ~Gata
Borralheira sendo hoje considerado autor classico no o~nero
As noveias de cavalaria vieram para a Brasil pela literatura de corde 0
Brasil possuiu basicamente textos com intuito de catequizar enquanto que na
Europa as contos estavam cada vez mais interessantes e diversificados
A literatura no Brasil ap6s 0 iniao didHico (catequizaltlo) passa a ter
fins civicos e de ideologizar 0 que e importante que as cnan~s aprendam
Monteiro Lobato faz uma ruptura neste aspecto com suas obras do Sitio
do Pica-Pau Amarelo Traz uma nova concepyao de mundo e sociedade e
rompe com aspirayao politica envolvendo 0 Brasil Foi 0 primeiro autor a
compreender que a leitor principalmente 0 infantil busca 0 prazer a sedultAo a
beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens
As escolas mostram-se como campo propfdo para 0 desenvolvimento do
trabalho literario mas 0 resuJtado deste esta lange do satismiddotfatario Observam-se
criancas desinteressadas e aduJtos que nao criaram a habito de leitura
A literatura infantil deve proporcionar nova percepyao de mundo de
vi sao e de criatividade
A funltao da literatura e romper com pad rOes e convencOes estimular a
conscitncia crifiee e questionadora
13 HISTORIA E ESTORIA
Encontramos duas palavras que normalmente tern 0 mesma significado
mas que teve p~r urn pereda uma outra significacao
MORENO (2003) afirma que 0 uso de est6ria poderia ter ficado
confinado ao mundo do Folciore ende talvez fosse de alguma utilidade Nao eincomum que certas areas do pensamento postulem para usa exclusivo
Yocabulos novas au variacOes fonologicas au ortograficas de Yocabulos antlgos
no afa de abter maior precisao em seus conceitos
Hist6ria e a narrativ8 de fatos reais e estoria e a narrativa de fic~o
Para nao complicar e nem cometer anglidsmo (importaltao do ingl~s) a melhor
a fazer e usar Nhist6ria tanto para fatas reais como para narrativas inventadas
Historia com h~ maiuscule se trata de ci~ncia estudo Exemplo Historia do
Brasil
Segundo MOREIO (2003) a histOria se refere ao passado e ao sell
estudo e a hist6ria da narrativa da fabula Para ele ~aexperi~ncia nos diz que
essas invasOes de searas alheias geralmente pecam por urn raciocinio simplista
reducionista
IS50 se verifica por exemplo na Filosofia na L6gica na LingUistica na
Psicanalise MORENO (2003) expOe que como e natural essas variantes vao
fazer parte de um c6digo especifico Clijo emprego passa a ser indispensavel
para os especialistas dessa area mas nao entram no grande caudal da lingua
comum~
A cria~o a utilizat~o e muito seguidamente a agonia e marie dessas
forma 5 sao registradas em discretos dicionarios especializados
convenientemente isolados do grande rebanho representado pelos dicionMios
de uso
A) Joao Ribeiro forte conhecedor de nosso idioma foi quem prop6s a
ado~o do termo est6ria em 1919 para designar no campo do Folclore a
narrativa popular 0 conto tradicional objeto de estudo dos especialistas
daquela area E nao se tratava de inventar mas sim de reabilitar uma forma
arcaica comLJm nos manuscritos medievais de Portugal Era uma ing~nua
proposta paroquial nascida da inveja compreensivel que causa a distin~o
story - history do Ingh~s E mais do que comllm 0 fato de uma Ifngu8 fazer
distintOes vocabulares que outras nao fazem
8
B A estoria medieval naa era LIm vocabulo diferente de historia era
apenas uma das muitas variantes que se encontram nos textos manllscritos de
nossos copistas naquele tempo heroico em que a estrutura de nossa ortografia
ainda lutava para sedimentar Ali aparecem hist6ria hest6ria estoria istoria
estOrea Da mesma forma vamos encontrar homem omem amee (algumas
vezes com til no primeiro e) e ate ome Nota-se que 0 emprego do h e das
vogais ainda nao estava estabilizado na escrita Entretanto ja no sec XVI a
grafia de homem e hist6ria era a que e lIsada ate hoje Qutras linguas da familia
latina como 0 EspanhoJ e 0 Franres tambem experimentaram essa variedade
de formas para hist6ria mas terminau prevalecendo a forma (mica (historia e
histoire respectivamente)
C) Segundo 0 Novo Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa
FERREIRA AB de H Novo Dicionario Aumlio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
Est6ria SFV historia (recomenda-se apenas a gratia historia tanto no
senti do de ci~mcia historica quanta no de narrativa de ficcao canto popular e
demais acepcoes)
OJ 0 Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa ainda explana Hist6ria -
1 narra~o met6dica dos fatos notfiveis ocorridos na vida des povos em
particular e na vida da humanidade em geral A hist6ria do Brasil historia
universal 2 Conjunto de conhecimento adquirido atraves da tradi~o eou por
meio dos documentos relativos a evolu~a ao passado da humanidade 3
Ci~ncia e metoda que permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos 4
o canjunto de obras referentes a histona 5 Conjunto de conhecimento relativos
a esta ci~ncia au que tem implicacOes com ela ministrados nas respectivas
faculdades estudante de histOria 6 Tratado au compt~mdio de histOna 7
Estudo das origens e processes de uma arte de uma ci~ncia au de um ramo do
conhecimento Hist6ria da pintura hist6ria da medicina Narrayao de
acontecimentos de a90es em geral cronologicamente dispostos A historia das
viagens do Capitao Cook a historia de Napole~o Narra~o de fatos
acontecimentos au particularidades relativas a urn determinade assunto Canto
narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao
ter historia
14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL
Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores
importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do
desenvolvimento infantil~uvenil
COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada
classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da
inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente
biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do
mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao
sempre aproximadasM
A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha
de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)
fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao
considerada normal
bull 0 Pre-Ieitor
Categoria inicial que abrange duas fases
Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a
reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e
pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a
conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~
Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos
familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes
desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material
10
agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental
nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos
Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais
predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse
crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico
bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)
Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil
reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e
complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade
A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para
estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que
ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita
middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)
A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura
Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as
operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda
natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo
a leitura
bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)
Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da
eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a
reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento
hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do
adulto ja nao se faz necessaria
bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)
11
Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de
ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e
critico
o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario
procurando penetrar no mecanismo da leitura
o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario
141 Fabulas
NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn
ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como
o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a
garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao
salpicado a maneira de remendos
Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)
Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais
que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade
A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca
Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles
fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida
Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve
ser copiado e 0 errado evitado
ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA
A CIGARRA E A FORMIGA
1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992
12
Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que
nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a
necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~
o CORVO E 0 PAvAo
Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da
arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor
atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes
defeitos
A AGUIA E A CORUJA
o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas
as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para
sempre Ihes parecerao lindos
Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela
sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor
cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado
A RAPOSA E AS UVAS
Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas
nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com
sentimentos de inveja
o PARTO DA MONTANHA
o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode
corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao
acontecera
13
o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO
Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que
muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es
o LEAo E 0 RATINHO
Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser
empecilho para boas amizades
VENUSEAGATA
A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser
nunea podera ser mudada
OSAPOEOBOI
A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que
tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia
A ASSEMBLEIA DOS RATOS
Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as
atltudes e Dutro departamento
A GALINHA DOS OVOS DE OURO
Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda
infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par
atitudes impensadas
14
o BURRO NA PELE DO LEAo
Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza
continuara a mesma
AS DUAS PANELAS
Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair
perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que
poderia ter side ou ate se transform ado
A GARltA VELHA
Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos
o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO
Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as
desejos de ninguem e lodos saem perdendo
A LEBRE E A TARTARUGA
Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a
frente daqueles que se acham espertos demais
o GALO E A RAPOSA
Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e
preciso ter cuidado com amizades repentinas
15
A RAPOSA E A CEGONHA
Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que
S8 e tratado
o PASTOR E 0 LOBO
Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade
ninguem acredita
142 Lendas
Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e
significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao
escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria
falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava
de seres 0 seu mundo
Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do
momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao
qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta
contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie
de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05
dos espiritos do bem
A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e
do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas
A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em
sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os
astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas
16
A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado
da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario
superam 0 historico e 0 verdadeiro
LENDAS DO PARANA
o VEU DE PINGO DAGUA
0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para
Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava
o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era
conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada
disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo
A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do
tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo
dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect
viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL
Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando
que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se
encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos
desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado
Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas
cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma
crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em
qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que
acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0
nome de Veu da Noiva
Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado
e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria
17
busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com
alguem que ela nao amasse
A LENDA DO CAATIU
~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn
valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba
Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado
partia para a guerra
Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn
pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E
assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as
sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que
acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de
Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0
transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam
os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando
as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de
suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0
Parana
Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar
imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo
deste am or
LENDA DA GRALHA AZUL
KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava
acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda
do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a
arvore para transforma-Ia em tabllas
18
A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu
corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu
muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La
nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se
revoltam com as dares alheias
A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela
S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje
em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~
vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da
fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a
bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto
enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que
podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a
pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0
regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos
altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos
permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite
eterno Vinde a mim todos
A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus
olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul
Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto
porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou
celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um
verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando
Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos
ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a
fonte para uma nova vida
19
A LENDA DE BREJATUBA
~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0
Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58
chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis
habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos
caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura
e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata
conheceu Juraci a filha do chefe earij6
Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito
esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua
tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram
semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam
envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a
agarrasse com for1a de guerreiro
o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do
morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~
aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu
correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De
repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0
mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas
recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem
como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt
ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para
alcanyar nossos objetivos
A LENDA DO FOGO
Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto
ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0
20
mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn
tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart
Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0
segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde
estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se
no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em
direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell
levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6
pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn
pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era
muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento
aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per
causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as
noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas
Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es
para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras
sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as
campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as
campos de Guarapuava
Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle
devemos ter para conquistar estes conhecimentos
A LENDA DA ERVA-MATE
MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das
margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma
das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos
velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim
ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do
Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas
21
ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes
Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava
uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas
sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare
produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em
que sabia quebrar 0 mal
Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas
guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No
mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar
em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na
enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as
chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse
momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo
a mal Gupi ficou impressionado com aquila
A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava
prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para
espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela
correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem
esquerda da tribo Tupi
Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se
tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o
lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem
disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn
galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos
Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se
da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a
mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de
erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis
festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as
tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos
forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis
t4~~ bull ~ ~
22
Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da
natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as
valores da natureza e do mundo
143 Contos de Encantamento
Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au
inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos
f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do
impossive da magica e do irnprevisto
144 Contos de Fadas
sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar
de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~
Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem
na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade
fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de
sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada
etc
Estrutura basica dos contos de fadas
Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o
Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos
etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial
Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da
prote~o e mergulha no completo desconhecido
23
Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no
plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios
Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades
potencialidades e polaridades opostas
Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio
florescimento colheita e transcendancia
ANALISE DOS CONTOS
OS TRES PORQUINHOS
Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito
apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento
pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que
nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par
outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho
arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois
o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho
As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao
progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o
imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de
brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e
na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos
porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de
brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua
casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas
vezes em astucia
Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas
recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que
atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte
24
Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio
desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair
suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da
crian9B
Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar
enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo
o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal
entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria
termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado
urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos
A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de
educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase
magica e da fantasia
Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao
seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece
o PATINHO FEIO
0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave
desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos
os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser
a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos
perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria
classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem
desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o
apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma
natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir
qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
227 SOnia Forjaz
228 Lygia Bojunga
229 Francisco Buarque de Holanda
CONCLUSAO
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANEXOS
43
44
44
46
48
52
RESUMO
Este estudo tem como objetivo ressaltar a importncia da Literatura Infantil nasseries iniciais da literatura classica aos contemportmeos brasileiros ExpressivQste6ricos sobre a literatura infantil respaldaram a pesquisa que durante 0 avanto dosestudos oportunizou urn me1hor entendimento entre a literatura classica econtempor~nea permitindo uma nova vi sao novas reflexOes e recriay6es dopensamento A analise de diversos tipos de literatura que despertam 0 interesse dascrianyas foi a metodologia proposta A Literatura Infantil pode ter urn papel relevantenas series iniciais romper com pad rOes e corwen90es estimulando a consci~l1ciacritica e questionador8 e sua capacidade de fazer 0 leitar refletir Compara90esforam realizadas procuroumiddotse classificar as diversas formas de literatura 0 destaquemaior deste trabalho foi para os autores brasileiros que t~m enriquecido a Literaturarnfantil trazendo urn crescimento da arte fitenlria e fazendo parte como instrumenfodo conhecimento infantil
Palavras-chave literatura infantli series iniciais literatura cJassica literaturacontemporlnea
VI
INTRODutAO
A literatura infantil pode proporcionar nova percepltao de mundo de vi sao e
de criatividade Alem de ser estimular 0 conhecimento IingOtstico a [eitura deve ser
vista como uma relaCao afetiva que se tern da crian~ com 0 livro Oessa maneira a
leitura se torna agradtlVel e prazerosa Entende-se que atraves da literatura a
crianya busca cada vez mais 0 905tO de ler
A crianya con segue abter atraves da literatura infantll uma melhor formacao
tanto acad~mica como preparayao para vida A literatura rompe com modelos e
metodos para dar vazao a sensibilidade a consciencia critica e questionadora
A hteratura infantil tern a capacidade de despertar 0 905tO pela [eitura
incentivando a busca pelo prazer de ler Ao trabalhar com a [iteratura infantil em sala
de aula 0 professor e a professora das series iniGiais podem identificar 0 tipo de
leitura que mais atrai as criamas E necessario que 0 professor tenha consci~ncia
de que atraves da leitura ocorre ums transformac~o na crianca
A estimulacao da leitura em sala de aula deve ocorrer de forma nao
impositiva e sim de maneira agradavel e curiosa despertando 0 interesse pela
leitura proporcionando uma nova forma de perceber 0 mundo usando para isse a
criatividade As criancas precisam ter acesso faolitado aos livros liberdade em
escolh~-Ios e de t~-Ios e a funtao de professor e estimular a leitura mostrando os
diversos caminhos existentes em determinada escolha
A intencao em realizar esse estudo e buscar subsidies praxicos que
demonstrem a importancia da literatura infantH como instrumental para despertar 0
gosto pele leitura resgatar a literalura infantil que mais se adeque a etapa do
desenvolvimente biopsicosocial de acordo com 0 ja conhecido classificar e
comparar a literatura classica e a classica brasileira traltar os paralelismos entre a
literatura infanti ~classica~ e a IIteratura infanti kclassica brasileira
A pesquisa foi realizada buscando-se reCllfSOS na biblioteca da Universidade
Tuiuti do Parana em diversas livrarias de Curitiba e em sites educacionais A
investigacao tambem gerou em toma de autares classicos e contemporaneos que
versam sobre a questao da literatura e os livros de contos poesias fabulas e lendas
que despertem 0 90sto e 0 habito da leitura nas crianltas
A pesquisa de carc~ter bibliografica fai realizada mediante levantamento de
referendais te6ricos sobre a literatura infantil nas series iniciais do prime ira cicio no
ensino fundamental
No capitulo I discorre-se sabre a fundamenta900 teorica na literatura infantil
mostrando como aconteceu sua evolu~a hist6rica e os diversas achados literarios
A classjfica~o da literatura infantil conforme pa~metros ja conhecidos e aplicados
deve-se a necessidade de adequacao aos texios as diversas eta pas do
desenvolvimento infantil PropOe-se uma analise das fabulas lendas contos de
encantamento contos de fadas das hist6rias acumulativas das hist6rias de
aventuras e das peesias com cita90es e exemplos de cada uma delas
No capitulo II faz-se 0 estudo sobre os auto res e suas obras classicos e
contemporaneos dando ~nfase aos auto res brnsileiros como Monteiro Lobato Ana
Maria Machado Ruth Rocha Ziraldo Mauricio de Souza Marina Colasanti entre
autros fazendo a cila9~0 de suas obras e breves anillises de sells trabalhas
A literatura infantil por iniciar 0 homem no mundo literaria deve ser lItilizada
como instfllmenta para a sensibilizayaa da consciencia para a expansao da
capacidade e interesse de analisar 0 munda Sua import~ncia e fundamental em
mostrar que a literatura deve ser encarada sempre de modo global e complexo em
sua ambigUidade e pluralidade
E fundamental na forma~o do lei tor que a oferta e a circula~o dos livros de
literatura infantil na sala de aula se pracesse de maneira espantanea agradavel
sem ritos e pressoos impositivas a fim de que as crianyas tenham facil acesso a05
pr6prios livros liberdade de escolh~-Ios e de H~-Ios deixando claro que a literatura e
saber mas tambem sa bar ele precisa ser lido e fluido dcurtido~ num ambiente em
que estejam presentes a descontra(ao a prazer e a liberdade 56 assim criando
la90s afetivos com a literatura apresentada como alga gostoso a crian9a estreitara
com ele relac~es afetivas
a professor em sala de aula tern oportunidade de estimular as criancas aD
prazer da leitura Para isso ele deve ter claro qual a importancia da literatura no
desenvalvimento infantil
CAPiTULO I
11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL
A literatura infantil tern suas raizes mais distantes na literatura popular
oral au escrita do Oriente (Calila e Oimna As Mil e Uma Noites) e do Ocidente
(Fabulas - Esopo La Fontaine e as Contos Maravilhosos - Perrault Grimm)
Eta nasce com a finalidade de transmitir ensinamentos morais e
conhecimento
Conforme TAVARES (1998 p 24) no Brasil a literatLJra destinada as
crianyas vai se despindo de sLlas vestes utilitaristas pedag6gicas com 0
objetivD de ensinar a lingua de illformar e formar 0 carater somente a partir da
decada de 70
Monteiro Lobato e 0 mais importante escritor para crianyas do inieto do
seculo XX (1921- A men ina do Narizinho Arrebitado) foi pioneiro na
compreens~o de que 0 leitor principal mente 0 infeHltil busca 0 prazer a
seduyao a beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens e portanto
carente de uma literatura poetica e sedutora
As instituiQOes escolares brasileiras t~m sido lugares privilegiados para
a divulgaltlto de textos literarios CUNHA (1997 p 31) explica que
contraditoriamente as instituicOes pela forma como utilizam estes textos
acabam provocando a averslio aos livros Isto se explica pelas atitudes dos
educadores diante das crianyas
Segundo CUNHA (1997 p 38) 0 nestas instituiltOes exauridas
alJtoritarias que queremos despertar 0 gosto pela leitura a fruiyao estetica e a
expressao criativa Dentro destas engrenagens paralisantes queremos colo car a
literatura questionadora e libertadora por es~ncia~
COELHO (1995 p 61) Bfirnla que alimentar deg espfrito exercitar a
fruiyao estetica da palavra despertar para a maravilha do ato de criar em
4
momentos de jogo de brincadeira com a Ifvro e que a leitor se abre a treca de
ideias da expressao a seus temores e desejos deixa~se penetrar pelo espirito
da literatura~
o texto realmente literario acrescenta ao leitor nao por Ihe ensinar
explicitamente comportamentos au regras e bem viver mas porque Ihe traz 0
inusitado a surpresB 0 novo
Para CUNHA (1988 p 57) a obra liteniria infantil a essencialmente a
mesma obra de arte para 0 adulto Difere desta apenas na complexidade de
conceplttio a obra para crianlaquoCIs sera mais simples em seus recursos mas nao
menes valiosa
Prazer jogo conhecimento e expressao necessitam de urna escola
democratica criativa questionadora dintmica aberta ao novo e ao belo Urna
escola concreta com educadores e alunos apaixonados par livros e pela vida
OLIVEIRA (1998 p 11) escreve que
o pensamento infantil e aquele que esta sintonizado com esse pulsar pelasvias do imagimlrio E e justamente com esse pulsar pelas vias que as projetosmais arrojados de literatura infantit investem nao escamoteando a literarionem facilitando mas enfrentando sua qualidade artfstica e oferecendo asmelhores produtos possiveis ao repert6rio infantil que tern a compet~ncianecessaria para traduzi-to pelo desempenho de uma leitura multipla ediversificada
o educador tem que e~tar aierta para 0 fato de que nem tudo que circuia
como livro destinado a crianya e de fato literatura infanti Ha muitas produyOes
que nao v~o alem do lugar-comum estetico e ideol6gico
Eo tambam COELHO (1995 p 32) que afirma que Iiteratura e
especial mente a infantil tern que proporcionar uma reorganiza9aO das
perceP96es do mundo desse modo possibilitar uma nova ordenayAo das
experi~ncias existenciais da crianca A conviv~ncia com texlos literarios provoca
a forma9aO de novos padrOes e 0 desenvolvimento do critico~
CADEMARTORI (1986 p 7) postula a idaia de todos sabem 0 que a
Literatura Infantil ~isso porque a maior parte das pessoas tern algo a ver com
criancta seja tilhos vizinhos sobrinhos alunos e raz~o inquestionavel todos jil
foram crian~as~
Para COELHO (1993 p 24) a literatura infantil e antes de tudo
literatura e arte fen Omena de criativfdade que representa a mundo a homem a
vida atraves da palavra onde heuma fun~o dos sonhos com a vida pratica do
imaginario com a real das ideias e sua possfvel au impossivel realizayao
12 HIST6RICO DA LlTERATURA INFANTIL
A Gnese da Literatllra Infantil e documentada a partir de fontes
orientais par volta do seculo III e IV
A difus~o no Ocidente europeu deu-se durante a Idade Media por uma
transmissao oral
As narrativas primordiais com origem no Oriente como As mil e uma
Noites permitiram a descoberta do fundo fabuloso que se perpetuou pela
traduyao oral Essas narrativas se passam fora dos limites do mundo
conhecido falam de um mundo imaginario mas sempre procurando uma
explica~o para seu cotidiano
COELHO (1999) tala que os contos revelam que 0 homem nao possui
todo 0 conhecimento e utilizam ate hoje elementos magicos para explicar a que
n~o e cientificamente comprovado
o Renascimento traz mudan((as profundas na arte e na cultura
transferindo para a literatura urn period a moral e crist~o
No Ocidente as novelas de cavalaria difundidas oralmente contribuem
tortemente pam a crescimento da literatura mundial
No seCtilo XVIII a Pre Romantismo oferece obras como Robson Crusoe
e Viagens de Guliver (Jonatham Swift)
6
No secula XIX 0 Romantismo e 0 Realismo apresentam as Irm~os
Grimm - na Alemanha e Hans Christian Andersen em fase de consolidaltQo de
sociedade liberal burguesa
Charles Perrault na Franya colhendo e adaptando as lendas e
narra90es afloradas da tradi~o e do foldare imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como a do Gata de Botas Chapeuzinho Vermelho~ ~Gata
Borralheira sendo hoje considerado autor classico no o~nero
As noveias de cavalaria vieram para a Brasil pela literatura de corde 0
Brasil possuiu basicamente textos com intuito de catequizar enquanto que na
Europa as contos estavam cada vez mais interessantes e diversificados
A literatura no Brasil ap6s 0 iniao didHico (catequizaltlo) passa a ter
fins civicos e de ideologizar 0 que e importante que as cnan~s aprendam
Monteiro Lobato faz uma ruptura neste aspecto com suas obras do Sitio
do Pica-Pau Amarelo Traz uma nova concepyao de mundo e sociedade e
rompe com aspirayao politica envolvendo 0 Brasil Foi 0 primeiro autor a
compreender que a leitor principalmente 0 infantil busca 0 prazer a sedultAo a
beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens
As escolas mostram-se como campo propfdo para 0 desenvolvimento do
trabalho literario mas 0 resuJtado deste esta lange do satismiddotfatario Observam-se
criancas desinteressadas e aduJtos que nao criaram a habito de leitura
A literatura infantil deve proporcionar nova percepyao de mundo de
vi sao e de criatividade
A funltao da literatura e romper com pad rOes e convencOes estimular a
conscitncia crifiee e questionadora
13 HISTORIA E ESTORIA
Encontramos duas palavras que normalmente tern 0 mesma significado
mas que teve p~r urn pereda uma outra significacao
MORENO (2003) afirma que 0 uso de est6ria poderia ter ficado
confinado ao mundo do Folciore ende talvez fosse de alguma utilidade Nao eincomum que certas areas do pensamento postulem para usa exclusivo
Yocabulos novas au variacOes fonologicas au ortograficas de Yocabulos antlgos
no afa de abter maior precisao em seus conceitos
Hist6ria e a narrativ8 de fatos reais e estoria e a narrativa de fic~o
Para nao complicar e nem cometer anglidsmo (importaltao do ingl~s) a melhor
a fazer e usar Nhist6ria tanto para fatas reais como para narrativas inventadas
Historia com h~ maiuscule se trata de ci~ncia estudo Exemplo Historia do
Brasil
Segundo MOREIO (2003) a histOria se refere ao passado e ao sell
estudo e a hist6ria da narrativa da fabula Para ele ~aexperi~ncia nos diz que
essas invasOes de searas alheias geralmente pecam por urn raciocinio simplista
reducionista
IS50 se verifica por exemplo na Filosofia na L6gica na LingUistica na
Psicanalise MORENO (2003) expOe que como e natural essas variantes vao
fazer parte de um c6digo especifico Clijo emprego passa a ser indispensavel
para os especialistas dessa area mas nao entram no grande caudal da lingua
comum~
A cria~o a utilizat~o e muito seguidamente a agonia e marie dessas
forma 5 sao registradas em discretos dicionarios especializados
convenientemente isolados do grande rebanho representado pelos dicionMios
de uso
A) Joao Ribeiro forte conhecedor de nosso idioma foi quem prop6s a
ado~o do termo est6ria em 1919 para designar no campo do Folclore a
narrativa popular 0 conto tradicional objeto de estudo dos especialistas
daquela area E nao se tratava de inventar mas sim de reabilitar uma forma
arcaica comLJm nos manuscritos medievais de Portugal Era uma ing~nua
proposta paroquial nascida da inveja compreensivel que causa a distin~o
story - history do Ingh~s E mais do que comllm 0 fato de uma Ifngu8 fazer
distintOes vocabulares que outras nao fazem
8
B A estoria medieval naa era LIm vocabulo diferente de historia era
apenas uma das muitas variantes que se encontram nos textos manllscritos de
nossos copistas naquele tempo heroico em que a estrutura de nossa ortografia
ainda lutava para sedimentar Ali aparecem hist6ria hest6ria estoria istoria
estOrea Da mesma forma vamos encontrar homem omem amee (algumas
vezes com til no primeiro e) e ate ome Nota-se que 0 emprego do h e das
vogais ainda nao estava estabilizado na escrita Entretanto ja no sec XVI a
grafia de homem e hist6ria era a que e lIsada ate hoje Qutras linguas da familia
latina como 0 EspanhoJ e 0 Franres tambem experimentaram essa variedade
de formas para hist6ria mas terminau prevalecendo a forma (mica (historia e
histoire respectivamente)
C) Segundo 0 Novo Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa
FERREIRA AB de H Novo Dicionario Aumlio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
Est6ria SFV historia (recomenda-se apenas a gratia historia tanto no
senti do de ci~mcia historica quanta no de narrativa de ficcao canto popular e
demais acepcoes)
OJ 0 Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa ainda explana Hist6ria -
1 narra~o met6dica dos fatos notfiveis ocorridos na vida des povos em
particular e na vida da humanidade em geral A hist6ria do Brasil historia
universal 2 Conjunto de conhecimento adquirido atraves da tradi~o eou por
meio dos documentos relativos a evolu~a ao passado da humanidade 3
Ci~ncia e metoda que permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos 4
o canjunto de obras referentes a histona 5 Conjunto de conhecimento relativos
a esta ci~ncia au que tem implicacOes com ela ministrados nas respectivas
faculdades estudante de histOria 6 Tratado au compt~mdio de histOna 7
Estudo das origens e processes de uma arte de uma ci~ncia au de um ramo do
conhecimento Hist6ria da pintura hist6ria da medicina Narrayao de
acontecimentos de a90es em geral cronologicamente dispostos A historia das
viagens do Capitao Cook a historia de Napole~o Narra~o de fatos
acontecimentos au particularidades relativas a urn determinade assunto Canto
narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao
ter historia
14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL
Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores
importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do
desenvolvimento infantil~uvenil
COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada
classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da
inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente
biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do
mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao
sempre aproximadasM
A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha
de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)
fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao
considerada normal
bull 0 Pre-Ieitor
Categoria inicial que abrange duas fases
Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a
reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e
pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a
conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~
Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos
familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes
desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material
10
agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental
nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos
Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais
predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse
crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico
bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)
Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil
reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e
complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade
A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para
estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que
ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita
middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)
A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura
Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as
operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda
natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo
a leitura
bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)
Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da
eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a
reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento
hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do
adulto ja nao se faz necessaria
bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)
11
Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de
ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e
critico
o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario
procurando penetrar no mecanismo da leitura
o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario
141 Fabulas
NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn
ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como
o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a
garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao
salpicado a maneira de remendos
Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)
Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais
que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade
A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca
Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles
fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida
Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve
ser copiado e 0 errado evitado
ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA
A CIGARRA E A FORMIGA
1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992
12
Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que
nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a
necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~
o CORVO E 0 PAvAo
Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da
arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor
atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes
defeitos
A AGUIA E A CORUJA
o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas
as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para
sempre Ihes parecerao lindos
Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela
sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor
cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado
A RAPOSA E AS UVAS
Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas
nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com
sentimentos de inveja
o PARTO DA MONTANHA
o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode
corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao
acontecera
13
o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO
Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que
muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es
o LEAo E 0 RATINHO
Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser
empecilho para boas amizades
VENUSEAGATA
A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser
nunea podera ser mudada
OSAPOEOBOI
A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que
tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia
A ASSEMBLEIA DOS RATOS
Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as
atltudes e Dutro departamento
A GALINHA DOS OVOS DE OURO
Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda
infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par
atitudes impensadas
14
o BURRO NA PELE DO LEAo
Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza
continuara a mesma
AS DUAS PANELAS
Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair
perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que
poderia ter side ou ate se transform ado
A GARltA VELHA
Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos
o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO
Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as
desejos de ninguem e lodos saem perdendo
A LEBRE E A TARTARUGA
Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a
frente daqueles que se acham espertos demais
o GALO E A RAPOSA
Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e
preciso ter cuidado com amizades repentinas
15
A RAPOSA E A CEGONHA
Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que
S8 e tratado
o PASTOR E 0 LOBO
Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade
ninguem acredita
142 Lendas
Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e
significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao
escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria
falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava
de seres 0 seu mundo
Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do
momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao
qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta
contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie
de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05
dos espiritos do bem
A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e
do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas
A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em
sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os
astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas
16
A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado
da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario
superam 0 historico e 0 verdadeiro
LENDAS DO PARANA
o VEU DE PINGO DAGUA
0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para
Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava
o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era
conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada
disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo
A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do
tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo
dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect
viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL
Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando
que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se
encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos
desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado
Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas
cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma
crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em
qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que
acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0
nome de Veu da Noiva
Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado
e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria
17
busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com
alguem que ela nao amasse
A LENDA DO CAATIU
~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn
valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba
Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado
partia para a guerra
Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn
pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E
assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as
sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que
acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de
Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0
transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam
os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando
as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de
suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0
Parana
Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar
imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo
deste am or
LENDA DA GRALHA AZUL
KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava
acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda
do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a
arvore para transforma-Ia em tabllas
18
A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu
corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu
muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La
nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se
revoltam com as dares alheias
A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela
S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje
em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~
vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da
fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a
bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto
enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que
podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a
pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0
regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos
altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos
permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite
eterno Vinde a mim todos
A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus
olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul
Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto
porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou
celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um
verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando
Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos
ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a
fonte para uma nova vida
19
A LENDA DE BREJATUBA
~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0
Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58
chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis
habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos
caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura
e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata
conheceu Juraci a filha do chefe earij6
Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito
esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua
tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram
semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam
envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a
agarrasse com for1a de guerreiro
o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do
morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~
aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu
correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De
repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0
mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas
recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem
como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt
ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para
alcanyar nossos objetivos
A LENDA DO FOGO
Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto
ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0
20
mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn
tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart
Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0
segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde
estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se
no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em
direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell
levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6
pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn
pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era
muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento
aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per
causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as
noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas
Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es
para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras
sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as
campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as
campos de Guarapuava
Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle
devemos ter para conquistar estes conhecimentos
A LENDA DA ERVA-MATE
MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das
margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma
das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos
velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim
ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do
Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas
21
ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes
Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava
uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas
sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare
produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em
que sabia quebrar 0 mal
Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas
guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No
mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar
em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na
enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as
chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse
momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo
a mal Gupi ficou impressionado com aquila
A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava
prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para
espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela
correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem
esquerda da tribo Tupi
Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se
tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o
lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem
disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn
galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos
Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se
da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a
mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de
erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis
festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as
tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos
forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis
t4~~ bull ~ ~
22
Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da
natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as
valores da natureza e do mundo
143 Contos de Encantamento
Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au
inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos
f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do
impossive da magica e do irnprevisto
144 Contos de Fadas
sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar
de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~
Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem
na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade
fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de
sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada
etc
Estrutura basica dos contos de fadas
Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o
Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos
etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial
Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da
prote~o e mergulha no completo desconhecido
23
Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no
plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios
Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades
potencialidades e polaridades opostas
Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio
florescimento colheita e transcendancia
ANALISE DOS CONTOS
OS TRES PORQUINHOS
Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito
apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento
pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que
nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par
outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho
arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois
o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho
As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao
progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o
imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de
brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e
na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos
porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de
brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua
casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas
vezes em astucia
Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas
recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que
atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte
24
Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio
desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair
suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da
crian9B
Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar
enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo
o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal
entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria
termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado
urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos
A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de
educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase
magica e da fantasia
Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao
seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece
o PATINHO FEIO
0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave
desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos
os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser
a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos
perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria
classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem
desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o
apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma
natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir
qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
RESUMO
Este estudo tem como objetivo ressaltar a importncia da Literatura Infantil nasseries iniciais da literatura classica aos contemportmeos brasileiros ExpressivQste6ricos sobre a literatura infantil respaldaram a pesquisa que durante 0 avanto dosestudos oportunizou urn me1hor entendimento entre a literatura classica econtempor~nea permitindo uma nova vi sao novas reflexOes e recriay6es dopensamento A analise de diversos tipos de literatura que despertam 0 interesse dascrianyas foi a metodologia proposta A Literatura Infantil pode ter urn papel relevantenas series iniciais romper com pad rOes e corwen90es estimulando a consci~l1ciacritica e questionador8 e sua capacidade de fazer 0 leitar refletir Compara90esforam realizadas procuroumiddotse classificar as diversas formas de literatura 0 destaquemaior deste trabalho foi para os autores brasileiros que t~m enriquecido a Literaturarnfantil trazendo urn crescimento da arte fitenlria e fazendo parte como instrumenfodo conhecimento infantil
Palavras-chave literatura infantli series iniciais literatura cJassica literaturacontemporlnea
VI
INTRODutAO
A literatura infantil pode proporcionar nova percepltao de mundo de vi sao e
de criatividade Alem de ser estimular 0 conhecimento IingOtstico a [eitura deve ser
vista como uma relaCao afetiva que se tern da crian~ com 0 livro Oessa maneira a
leitura se torna agradtlVel e prazerosa Entende-se que atraves da literatura a
crianya busca cada vez mais 0 905tO de ler
A crianya con segue abter atraves da literatura infantll uma melhor formacao
tanto acad~mica como preparayao para vida A literatura rompe com modelos e
metodos para dar vazao a sensibilidade a consciencia critica e questionadora
A hteratura infantil tern a capacidade de despertar 0 905tO pela [eitura
incentivando a busca pelo prazer de ler Ao trabalhar com a [iteratura infantil em sala
de aula 0 professor e a professora das series iniGiais podem identificar 0 tipo de
leitura que mais atrai as criamas E necessario que 0 professor tenha consci~ncia
de que atraves da leitura ocorre ums transformac~o na crianca
A estimulacao da leitura em sala de aula deve ocorrer de forma nao
impositiva e sim de maneira agradavel e curiosa despertando 0 interesse pela
leitura proporcionando uma nova forma de perceber 0 mundo usando para isse a
criatividade As criancas precisam ter acesso faolitado aos livros liberdade em
escolh~-Ios e de t~-Ios e a funtao de professor e estimular a leitura mostrando os
diversos caminhos existentes em determinada escolha
A intencao em realizar esse estudo e buscar subsidies praxicos que
demonstrem a importancia da literatura infantH como instrumental para despertar 0
gosto pele leitura resgatar a literalura infantil que mais se adeque a etapa do
desenvolvimente biopsicosocial de acordo com 0 ja conhecido classificar e
comparar a literatura classica e a classica brasileira traltar os paralelismos entre a
literatura infanti ~classica~ e a IIteratura infanti kclassica brasileira
A pesquisa foi realizada buscando-se reCllfSOS na biblioteca da Universidade
Tuiuti do Parana em diversas livrarias de Curitiba e em sites educacionais A
investigacao tambem gerou em toma de autares classicos e contemporaneos que
versam sobre a questao da literatura e os livros de contos poesias fabulas e lendas
que despertem 0 90sto e 0 habito da leitura nas crianltas
A pesquisa de carc~ter bibliografica fai realizada mediante levantamento de
referendais te6ricos sobre a literatura infantil nas series iniciais do prime ira cicio no
ensino fundamental
No capitulo I discorre-se sabre a fundamenta900 teorica na literatura infantil
mostrando como aconteceu sua evolu~a hist6rica e os diversas achados literarios
A classjfica~o da literatura infantil conforme pa~metros ja conhecidos e aplicados
deve-se a necessidade de adequacao aos texios as diversas eta pas do
desenvolvimento infantil PropOe-se uma analise das fabulas lendas contos de
encantamento contos de fadas das hist6rias acumulativas das hist6rias de
aventuras e das peesias com cita90es e exemplos de cada uma delas
No capitulo II faz-se 0 estudo sobre os auto res e suas obras classicos e
contemporaneos dando ~nfase aos auto res brnsileiros como Monteiro Lobato Ana
Maria Machado Ruth Rocha Ziraldo Mauricio de Souza Marina Colasanti entre
autros fazendo a cila9~0 de suas obras e breves anillises de sells trabalhas
A literatura infantil por iniciar 0 homem no mundo literaria deve ser lItilizada
como instfllmenta para a sensibilizayaa da consciencia para a expansao da
capacidade e interesse de analisar 0 munda Sua import~ncia e fundamental em
mostrar que a literatura deve ser encarada sempre de modo global e complexo em
sua ambigUidade e pluralidade
E fundamental na forma~o do lei tor que a oferta e a circula~o dos livros de
literatura infantil na sala de aula se pracesse de maneira espantanea agradavel
sem ritos e pressoos impositivas a fim de que as crianyas tenham facil acesso a05
pr6prios livros liberdade de escolh~-Ios e de H~-Ios deixando claro que a literatura e
saber mas tambem sa bar ele precisa ser lido e fluido dcurtido~ num ambiente em
que estejam presentes a descontra(ao a prazer e a liberdade 56 assim criando
la90s afetivos com a literatura apresentada como alga gostoso a crian9a estreitara
com ele relac~es afetivas
a professor em sala de aula tern oportunidade de estimular as criancas aD
prazer da leitura Para isso ele deve ter claro qual a importancia da literatura no
desenvalvimento infantil
CAPiTULO I
11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL
A literatura infantil tern suas raizes mais distantes na literatura popular
oral au escrita do Oriente (Calila e Oimna As Mil e Uma Noites) e do Ocidente
(Fabulas - Esopo La Fontaine e as Contos Maravilhosos - Perrault Grimm)
Eta nasce com a finalidade de transmitir ensinamentos morais e
conhecimento
Conforme TAVARES (1998 p 24) no Brasil a literatLJra destinada as
crianyas vai se despindo de sLlas vestes utilitaristas pedag6gicas com 0
objetivD de ensinar a lingua de illformar e formar 0 carater somente a partir da
decada de 70
Monteiro Lobato e 0 mais importante escritor para crianyas do inieto do
seculo XX (1921- A men ina do Narizinho Arrebitado) foi pioneiro na
compreens~o de que 0 leitor principal mente 0 infeHltil busca 0 prazer a
seduyao a beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens e portanto
carente de uma literatura poetica e sedutora
As instituiQOes escolares brasileiras t~m sido lugares privilegiados para
a divulgaltlto de textos literarios CUNHA (1997 p 31) explica que
contraditoriamente as instituicOes pela forma como utilizam estes textos
acabam provocando a averslio aos livros Isto se explica pelas atitudes dos
educadores diante das crianyas
Segundo CUNHA (1997 p 38) 0 nestas instituiltOes exauridas
alJtoritarias que queremos despertar 0 gosto pela leitura a fruiyao estetica e a
expressao criativa Dentro destas engrenagens paralisantes queremos colo car a
literatura questionadora e libertadora por es~ncia~
COELHO (1995 p 61) Bfirnla que alimentar deg espfrito exercitar a
fruiyao estetica da palavra despertar para a maravilha do ato de criar em
4
momentos de jogo de brincadeira com a Ifvro e que a leitor se abre a treca de
ideias da expressao a seus temores e desejos deixa~se penetrar pelo espirito
da literatura~
o texto realmente literario acrescenta ao leitor nao por Ihe ensinar
explicitamente comportamentos au regras e bem viver mas porque Ihe traz 0
inusitado a surpresB 0 novo
Para CUNHA (1988 p 57) a obra liteniria infantil a essencialmente a
mesma obra de arte para 0 adulto Difere desta apenas na complexidade de
conceplttio a obra para crianlaquoCIs sera mais simples em seus recursos mas nao
menes valiosa
Prazer jogo conhecimento e expressao necessitam de urna escola
democratica criativa questionadora dintmica aberta ao novo e ao belo Urna
escola concreta com educadores e alunos apaixonados par livros e pela vida
OLIVEIRA (1998 p 11) escreve que
o pensamento infantil e aquele que esta sintonizado com esse pulsar pelasvias do imagimlrio E e justamente com esse pulsar pelas vias que as projetosmais arrojados de literatura infantit investem nao escamoteando a literarionem facilitando mas enfrentando sua qualidade artfstica e oferecendo asmelhores produtos possiveis ao repert6rio infantil que tern a compet~ncianecessaria para traduzi-to pelo desempenho de uma leitura multipla ediversificada
o educador tem que e~tar aierta para 0 fato de que nem tudo que circuia
como livro destinado a crianya e de fato literatura infanti Ha muitas produyOes
que nao v~o alem do lugar-comum estetico e ideol6gico
Eo tambam COELHO (1995 p 32) que afirma que Iiteratura e
especial mente a infantil tern que proporcionar uma reorganiza9aO das
perceP96es do mundo desse modo possibilitar uma nova ordenayAo das
experi~ncias existenciais da crianca A conviv~ncia com texlos literarios provoca
a forma9aO de novos padrOes e 0 desenvolvimento do critico~
CADEMARTORI (1986 p 7) postula a idaia de todos sabem 0 que a
Literatura Infantil ~isso porque a maior parte das pessoas tern algo a ver com
criancta seja tilhos vizinhos sobrinhos alunos e raz~o inquestionavel todos jil
foram crian~as~
Para COELHO (1993 p 24) a literatura infantil e antes de tudo
literatura e arte fen Omena de criativfdade que representa a mundo a homem a
vida atraves da palavra onde heuma fun~o dos sonhos com a vida pratica do
imaginario com a real das ideias e sua possfvel au impossivel realizayao
12 HIST6RICO DA LlTERATURA INFANTIL
A Gnese da Literatllra Infantil e documentada a partir de fontes
orientais par volta do seculo III e IV
A difus~o no Ocidente europeu deu-se durante a Idade Media por uma
transmissao oral
As narrativas primordiais com origem no Oriente como As mil e uma
Noites permitiram a descoberta do fundo fabuloso que se perpetuou pela
traduyao oral Essas narrativas se passam fora dos limites do mundo
conhecido falam de um mundo imaginario mas sempre procurando uma
explica~o para seu cotidiano
COELHO (1999) tala que os contos revelam que 0 homem nao possui
todo 0 conhecimento e utilizam ate hoje elementos magicos para explicar a que
n~o e cientificamente comprovado
o Renascimento traz mudan((as profundas na arte e na cultura
transferindo para a literatura urn period a moral e crist~o
No Ocidente as novelas de cavalaria difundidas oralmente contribuem
tortemente pam a crescimento da literatura mundial
No seCtilo XVIII a Pre Romantismo oferece obras como Robson Crusoe
e Viagens de Guliver (Jonatham Swift)
6
No secula XIX 0 Romantismo e 0 Realismo apresentam as Irm~os
Grimm - na Alemanha e Hans Christian Andersen em fase de consolidaltQo de
sociedade liberal burguesa
Charles Perrault na Franya colhendo e adaptando as lendas e
narra90es afloradas da tradi~o e do foldare imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como a do Gata de Botas Chapeuzinho Vermelho~ ~Gata
Borralheira sendo hoje considerado autor classico no o~nero
As noveias de cavalaria vieram para a Brasil pela literatura de corde 0
Brasil possuiu basicamente textos com intuito de catequizar enquanto que na
Europa as contos estavam cada vez mais interessantes e diversificados
A literatura no Brasil ap6s 0 iniao didHico (catequizaltlo) passa a ter
fins civicos e de ideologizar 0 que e importante que as cnan~s aprendam
Monteiro Lobato faz uma ruptura neste aspecto com suas obras do Sitio
do Pica-Pau Amarelo Traz uma nova concepyao de mundo e sociedade e
rompe com aspirayao politica envolvendo 0 Brasil Foi 0 primeiro autor a
compreender que a leitor principalmente 0 infantil busca 0 prazer a sedultAo a
beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens
As escolas mostram-se como campo propfdo para 0 desenvolvimento do
trabalho literario mas 0 resuJtado deste esta lange do satismiddotfatario Observam-se
criancas desinteressadas e aduJtos que nao criaram a habito de leitura
A literatura infantil deve proporcionar nova percepyao de mundo de
vi sao e de criatividade
A funltao da literatura e romper com pad rOes e convencOes estimular a
conscitncia crifiee e questionadora
13 HISTORIA E ESTORIA
Encontramos duas palavras que normalmente tern 0 mesma significado
mas que teve p~r urn pereda uma outra significacao
MORENO (2003) afirma que 0 uso de est6ria poderia ter ficado
confinado ao mundo do Folciore ende talvez fosse de alguma utilidade Nao eincomum que certas areas do pensamento postulem para usa exclusivo
Yocabulos novas au variacOes fonologicas au ortograficas de Yocabulos antlgos
no afa de abter maior precisao em seus conceitos
Hist6ria e a narrativ8 de fatos reais e estoria e a narrativa de fic~o
Para nao complicar e nem cometer anglidsmo (importaltao do ingl~s) a melhor
a fazer e usar Nhist6ria tanto para fatas reais como para narrativas inventadas
Historia com h~ maiuscule se trata de ci~ncia estudo Exemplo Historia do
Brasil
Segundo MOREIO (2003) a histOria se refere ao passado e ao sell
estudo e a hist6ria da narrativa da fabula Para ele ~aexperi~ncia nos diz que
essas invasOes de searas alheias geralmente pecam por urn raciocinio simplista
reducionista
IS50 se verifica por exemplo na Filosofia na L6gica na LingUistica na
Psicanalise MORENO (2003) expOe que como e natural essas variantes vao
fazer parte de um c6digo especifico Clijo emprego passa a ser indispensavel
para os especialistas dessa area mas nao entram no grande caudal da lingua
comum~
A cria~o a utilizat~o e muito seguidamente a agonia e marie dessas
forma 5 sao registradas em discretos dicionarios especializados
convenientemente isolados do grande rebanho representado pelos dicionMios
de uso
A) Joao Ribeiro forte conhecedor de nosso idioma foi quem prop6s a
ado~o do termo est6ria em 1919 para designar no campo do Folclore a
narrativa popular 0 conto tradicional objeto de estudo dos especialistas
daquela area E nao se tratava de inventar mas sim de reabilitar uma forma
arcaica comLJm nos manuscritos medievais de Portugal Era uma ing~nua
proposta paroquial nascida da inveja compreensivel que causa a distin~o
story - history do Ingh~s E mais do que comllm 0 fato de uma Ifngu8 fazer
distintOes vocabulares que outras nao fazem
8
B A estoria medieval naa era LIm vocabulo diferente de historia era
apenas uma das muitas variantes que se encontram nos textos manllscritos de
nossos copistas naquele tempo heroico em que a estrutura de nossa ortografia
ainda lutava para sedimentar Ali aparecem hist6ria hest6ria estoria istoria
estOrea Da mesma forma vamos encontrar homem omem amee (algumas
vezes com til no primeiro e) e ate ome Nota-se que 0 emprego do h e das
vogais ainda nao estava estabilizado na escrita Entretanto ja no sec XVI a
grafia de homem e hist6ria era a que e lIsada ate hoje Qutras linguas da familia
latina como 0 EspanhoJ e 0 Franres tambem experimentaram essa variedade
de formas para hist6ria mas terminau prevalecendo a forma (mica (historia e
histoire respectivamente)
C) Segundo 0 Novo Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa
FERREIRA AB de H Novo Dicionario Aumlio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
Est6ria SFV historia (recomenda-se apenas a gratia historia tanto no
senti do de ci~mcia historica quanta no de narrativa de ficcao canto popular e
demais acepcoes)
OJ 0 Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa ainda explana Hist6ria -
1 narra~o met6dica dos fatos notfiveis ocorridos na vida des povos em
particular e na vida da humanidade em geral A hist6ria do Brasil historia
universal 2 Conjunto de conhecimento adquirido atraves da tradi~o eou por
meio dos documentos relativos a evolu~a ao passado da humanidade 3
Ci~ncia e metoda que permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos 4
o canjunto de obras referentes a histona 5 Conjunto de conhecimento relativos
a esta ci~ncia au que tem implicacOes com ela ministrados nas respectivas
faculdades estudante de histOria 6 Tratado au compt~mdio de histOna 7
Estudo das origens e processes de uma arte de uma ci~ncia au de um ramo do
conhecimento Hist6ria da pintura hist6ria da medicina Narrayao de
acontecimentos de a90es em geral cronologicamente dispostos A historia das
viagens do Capitao Cook a historia de Napole~o Narra~o de fatos
acontecimentos au particularidades relativas a urn determinade assunto Canto
narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao
ter historia
14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL
Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores
importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do
desenvolvimento infantil~uvenil
COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada
classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da
inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente
biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do
mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao
sempre aproximadasM
A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha
de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)
fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao
considerada normal
bull 0 Pre-Ieitor
Categoria inicial que abrange duas fases
Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a
reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e
pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a
conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~
Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos
familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes
desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material
10
agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental
nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos
Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais
predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse
crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico
bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)
Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil
reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e
complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade
A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para
estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que
ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita
middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)
A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura
Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as
operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda
natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo
a leitura
bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)
Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da
eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a
reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento
hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do
adulto ja nao se faz necessaria
bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)
11
Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de
ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e
critico
o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario
procurando penetrar no mecanismo da leitura
o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario
141 Fabulas
NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn
ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como
o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a
garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao
salpicado a maneira de remendos
Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)
Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais
que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade
A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca
Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles
fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida
Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve
ser copiado e 0 errado evitado
ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA
A CIGARRA E A FORMIGA
1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992
12
Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que
nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a
necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~
o CORVO E 0 PAvAo
Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da
arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor
atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes
defeitos
A AGUIA E A CORUJA
o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas
as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para
sempre Ihes parecerao lindos
Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela
sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor
cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado
A RAPOSA E AS UVAS
Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas
nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com
sentimentos de inveja
o PARTO DA MONTANHA
o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode
corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao
acontecera
13
o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO
Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que
muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es
o LEAo E 0 RATINHO
Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser
empecilho para boas amizades
VENUSEAGATA
A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser
nunea podera ser mudada
OSAPOEOBOI
A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que
tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia
A ASSEMBLEIA DOS RATOS
Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as
atltudes e Dutro departamento
A GALINHA DOS OVOS DE OURO
Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda
infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par
atitudes impensadas
14
o BURRO NA PELE DO LEAo
Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza
continuara a mesma
AS DUAS PANELAS
Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair
perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que
poderia ter side ou ate se transform ado
A GARltA VELHA
Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos
o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO
Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as
desejos de ninguem e lodos saem perdendo
A LEBRE E A TARTARUGA
Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a
frente daqueles que se acham espertos demais
o GALO E A RAPOSA
Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e
preciso ter cuidado com amizades repentinas
15
A RAPOSA E A CEGONHA
Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que
S8 e tratado
o PASTOR E 0 LOBO
Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade
ninguem acredita
142 Lendas
Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e
significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao
escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria
falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava
de seres 0 seu mundo
Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do
momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao
qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta
contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie
de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05
dos espiritos do bem
A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e
do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas
A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em
sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os
astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas
16
A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado
da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario
superam 0 historico e 0 verdadeiro
LENDAS DO PARANA
o VEU DE PINGO DAGUA
0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para
Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava
o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era
conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada
disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo
A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do
tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo
dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect
viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL
Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando
que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se
encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos
desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado
Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas
cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma
crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em
qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que
acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0
nome de Veu da Noiva
Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado
e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria
17
busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com
alguem que ela nao amasse
A LENDA DO CAATIU
~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn
valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba
Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado
partia para a guerra
Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn
pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E
assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as
sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que
acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de
Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0
transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam
os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando
as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de
suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0
Parana
Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar
imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo
deste am or
LENDA DA GRALHA AZUL
KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava
acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda
do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a
arvore para transforma-Ia em tabllas
18
A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu
corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu
muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La
nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se
revoltam com as dares alheias
A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela
S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje
em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~
vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da
fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a
bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto
enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que
podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a
pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0
regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos
altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos
permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite
eterno Vinde a mim todos
A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus
olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul
Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto
porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou
celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um
verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando
Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos
ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a
fonte para uma nova vida
19
A LENDA DE BREJATUBA
~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0
Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58
chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis
habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos
caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura
e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata
conheceu Juraci a filha do chefe earij6
Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito
esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua
tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram
semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam
envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a
agarrasse com for1a de guerreiro
o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do
morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~
aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu
correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De
repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0
mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas
recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem
como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt
ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para
alcanyar nossos objetivos
A LENDA DO FOGO
Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto
ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0
20
mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn
tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart
Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0
segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde
estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se
no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em
direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell
levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6
pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn
pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era
muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento
aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per
causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as
noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas
Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es
para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras
sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as
campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as
campos de Guarapuava
Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle
devemos ter para conquistar estes conhecimentos
A LENDA DA ERVA-MATE
MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das
margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma
das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos
velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim
ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do
Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas
21
ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes
Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava
uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas
sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare
produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em
que sabia quebrar 0 mal
Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas
guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No
mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar
em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na
enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as
chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse
momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo
a mal Gupi ficou impressionado com aquila
A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava
prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para
espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela
correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem
esquerda da tribo Tupi
Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se
tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o
lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem
disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn
galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos
Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se
da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a
mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de
erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis
festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as
tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos
forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis
t4~~ bull ~ ~
22
Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da
natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as
valores da natureza e do mundo
143 Contos de Encantamento
Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au
inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos
f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do
impossive da magica e do irnprevisto
144 Contos de Fadas
sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar
de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~
Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem
na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade
fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de
sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada
etc
Estrutura basica dos contos de fadas
Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o
Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos
etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial
Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da
prote~o e mergulha no completo desconhecido
23
Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no
plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios
Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades
potencialidades e polaridades opostas
Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio
florescimento colheita e transcendancia
ANALISE DOS CONTOS
OS TRES PORQUINHOS
Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito
apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento
pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que
nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par
outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho
arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois
o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho
As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao
progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o
imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de
brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e
na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos
porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de
brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua
casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas
vezes em astucia
Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas
recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que
atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte
24
Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio
desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair
suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da
crian9B
Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar
enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo
o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal
entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria
termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado
urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos
A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de
educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase
magica e da fantasia
Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao
seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece
o PATINHO FEIO
0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave
desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos
os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser
a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos
perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria
classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem
desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o
apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma
natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir
qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
INTRODutAO
A literatura infantil pode proporcionar nova percepltao de mundo de vi sao e
de criatividade Alem de ser estimular 0 conhecimento IingOtstico a [eitura deve ser
vista como uma relaCao afetiva que se tern da crian~ com 0 livro Oessa maneira a
leitura se torna agradtlVel e prazerosa Entende-se que atraves da literatura a
crianya busca cada vez mais 0 905tO de ler
A crianya con segue abter atraves da literatura infantll uma melhor formacao
tanto acad~mica como preparayao para vida A literatura rompe com modelos e
metodos para dar vazao a sensibilidade a consciencia critica e questionadora
A hteratura infantil tern a capacidade de despertar 0 905tO pela [eitura
incentivando a busca pelo prazer de ler Ao trabalhar com a [iteratura infantil em sala
de aula 0 professor e a professora das series iniGiais podem identificar 0 tipo de
leitura que mais atrai as criamas E necessario que 0 professor tenha consci~ncia
de que atraves da leitura ocorre ums transformac~o na crianca
A estimulacao da leitura em sala de aula deve ocorrer de forma nao
impositiva e sim de maneira agradavel e curiosa despertando 0 interesse pela
leitura proporcionando uma nova forma de perceber 0 mundo usando para isse a
criatividade As criancas precisam ter acesso faolitado aos livros liberdade em
escolh~-Ios e de t~-Ios e a funtao de professor e estimular a leitura mostrando os
diversos caminhos existentes em determinada escolha
A intencao em realizar esse estudo e buscar subsidies praxicos que
demonstrem a importancia da literatura infantH como instrumental para despertar 0
gosto pele leitura resgatar a literalura infantil que mais se adeque a etapa do
desenvolvimente biopsicosocial de acordo com 0 ja conhecido classificar e
comparar a literatura classica e a classica brasileira traltar os paralelismos entre a
literatura infanti ~classica~ e a IIteratura infanti kclassica brasileira
A pesquisa foi realizada buscando-se reCllfSOS na biblioteca da Universidade
Tuiuti do Parana em diversas livrarias de Curitiba e em sites educacionais A
investigacao tambem gerou em toma de autares classicos e contemporaneos que
versam sobre a questao da literatura e os livros de contos poesias fabulas e lendas
que despertem 0 90sto e 0 habito da leitura nas crianltas
A pesquisa de carc~ter bibliografica fai realizada mediante levantamento de
referendais te6ricos sobre a literatura infantil nas series iniciais do prime ira cicio no
ensino fundamental
No capitulo I discorre-se sabre a fundamenta900 teorica na literatura infantil
mostrando como aconteceu sua evolu~a hist6rica e os diversas achados literarios
A classjfica~o da literatura infantil conforme pa~metros ja conhecidos e aplicados
deve-se a necessidade de adequacao aos texios as diversas eta pas do
desenvolvimento infantil PropOe-se uma analise das fabulas lendas contos de
encantamento contos de fadas das hist6rias acumulativas das hist6rias de
aventuras e das peesias com cita90es e exemplos de cada uma delas
No capitulo II faz-se 0 estudo sobre os auto res e suas obras classicos e
contemporaneos dando ~nfase aos auto res brnsileiros como Monteiro Lobato Ana
Maria Machado Ruth Rocha Ziraldo Mauricio de Souza Marina Colasanti entre
autros fazendo a cila9~0 de suas obras e breves anillises de sells trabalhas
A literatura infantil por iniciar 0 homem no mundo literaria deve ser lItilizada
como instfllmenta para a sensibilizayaa da consciencia para a expansao da
capacidade e interesse de analisar 0 munda Sua import~ncia e fundamental em
mostrar que a literatura deve ser encarada sempre de modo global e complexo em
sua ambigUidade e pluralidade
E fundamental na forma~o do lei tor que a oferta e a circula~o dos livros de
literatura infantil na sala de aula se pracesse de maneira espantanea agradavel
sem ritos e pressoos impositivas a fim de que as crianyas tenham facil acesso a05
pr6prios livros liberdade de escolh~-Ios e de H~-Ios deixando claro que a literatura e
saber mas tambem sa bar ele precisa ser lido e fluido dcurtido~ num ambiente em
que estejam presentes a descontra(ao a prazer e a liberdade 56 assim criando
la90s afetivos com a literatura apresentada como alga gostoso a crian9a estreitara
com ele relac~es afetivas
a professor em sala de aula tern oportunidade de estimular as criancas aD
prazer da leitura Para isso ele deve ter claro qual a importancia da literatura no
desenvalvimento infantil
CAPiTULO I
11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL
A literatura infantil tern suas raizes mais distantes na literatura popular
oral au escrita do Oriente (Calila e Oimna As Mil e Uma Noites) e do Ocidente
(Fabulas - Esopo La Fontaine e as Contos Maravilhosos - Perrault Grimm)
Eta nasce com a finalidade de transmitir ensinamentos morais e
conhecimento
Conforme TAVARES (1998 p 24) no Brasil a literatLJra destinada as
crianyas vai se despindo de sLlas vestes utilitaristas pedag6gicas com 0
objetivD de ensinar a lingua de illformar e formar 0 carater somente a partir da
decada de 70
Monteiro Lobato e 0 mais importante escritor para crianyas do inieto do
seculo XX (1921- A men ina do Narizinho Arrebitado) foi pioneiro na
compreens~o de que 0 leitor principal mente 0 infeHltil busca 0 prazer a
seduyao a beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens e portanto
carente de uma literatura poetica e sedutora
As instituiQOes escolares brasileiras t~m sido lugares privilegiados para
a divulgaltlto de textos literarios CUNHA (1997 p 31) explica que
contraditoriamente as instituicOes pela forma como utilizam estes textos
acabam provocando a averslio aos livros Isto se explica pelas atitudes dos
educadores diante das crianyas
Segundo CUNHA (1997 p 38) 0 nestas instituiltOes exauridas
alJtoritarias que queremos despertar 0 gosto pela leitura a fruiyao estetica e a
expressao criativa Dentro destas engrenagens paralisantes queremos colo car a
literatura questionadora e libertadora por es~ncia~
COELHO (1995 p 61) Bfirnla que alimentar deg espfrito exercitar a
fruiyao estetica da palavra despertar para a maravilha do ato de criar em
4
momentos de jogo de brincadeira com a Ifvro e que a leitor se abre a treca de
ideias da expressao a seus temores e desejos deixa~se penetrar pelo espirito
da literatura~
o texto realmente literario acrescenta ao leitor nao por Ihe ensinar
explicitamente comportamentos au regras e bem viver mas porque Ihe traz 0
inusitado a surpresB 0 novo
Para CUNHA (1988 p 57) a obra liteniria infantil a essencialmente a
mesma obra de arte para 0 adulto Difere desta apenas na complexidade de
conceplttio a obra para crianlaquoCIs sera mais simples em seus recursos mas nao
menes valiosa
Prazer jogo conhecimento e expressao necessitam de urna escola
democratica criativa questionadora dintmica aberta ao novo e ao belo Urna
escola concreta com educadores e alunos apaixonados par livros e pela vida
OLIVEIRA (1998 p 11) escreve que
o pensamento infantil e aquele que esta sintonizado com esse pulsar pelasvias do imagimlrio E e justamente com esse pulsar pelas vias que as projetosmais arrojados de literatura infantit investem nao escamoteando a literarionem facilitando mas enfrentando sua qualidade artfstica e oferecendo asmelhores produtos possiveis ao repert6rio infantil que tern a compet~ncianecessaria para traduzi-to pelo desempenho de uma leitura multipla ediversificada
o educador tem que e~tar aierta para 0 fato de que nem tudo que circuia
como livro destinado a crianya e de fato literatura infanti Ha muitas produyOes
que nao v~o alem do lugar-comum estetico e ideol6gico
Eo tambam COELHO (1995 p 32) que afirma que Iiteratura e
especial mente a infantil tern que proporcionar uma reorganiza9aO das
perceP96es do mundo desse modo possibilitar uma nova ordenayAo das
experi~ncias existenciais da crianca A conviv~ncia com texlos literarios provoca
a forma9aO de novos padrOes e 0 desenvolvimento do critico~
CADEMARTORI (1986 p 7) postula a idaia de todos sabem 0 que a
Literatura Infantil ~isso porque a maior parte das pessoas tern algo a ver com
criancta seja tilhos vizinhos sobrinhos alunos e raz~o inquestionavel todos jil
foram crian~as~
Para COELHO (1993 p 24) a literatura infantil e antes de tudo
literatura e arte fen Omena de criativfdade que representa a mundo a homem a
vida atraves da palavra onde heuma fun~o dos sonhos com a vida pratica do
imaginario com a real das ideias e sua possfvel au impossivel realizayao
12 HIST6RICO DA LlTERATURA INFANTIL
A Gnese da Literatllra Infantil e documentada a partir de fontes
orientais par volta do seculo III e IV
A difus~o no Ocidente europeu deu-se durante a Idade Media por uma
transmissao oral
As narrativas primordiais com origem no Oriente como As mil e uma
Noites permitiram a descoberta do fundo fabuloso que se perpetuou pela
traduyao oral Essas narrativas se passam fora dos limites do mundo
conhecido falam de um mundo imaginario mas sempre procurando uma
explica~o para seu cotidiano
COELHO (1999) tala que os contos revelam que 0 homem nao possui
todo 0 conhecimento e utilizam ate hoje elementos magicos para explicar a que
n~o e cientificamente comprovado
o Renascimento traz mudan((as profundas na arte e na cultura
transferindo para a literatura urn period a moral e crist~o
No Ocidente as novelas de cavalaria difundidas oralmente contribuem
tortemente pam a crescimento da literatura mundial
No seCtilo XVIII a Pre Romantismo oferece obras como Robson Crusoe
e Viagens de Guliver (Jonatham Swift)
6
No secula XIX 0 Romantismo e 0 Realismo apresentam as Irm~os
Grimm - na Alemanha e Hans Christian Andersen em fase de consolidaltQo de
sociedade liberal burguesa
Charles Perrault na Franya colhendo e adaptando as lendas e
narra90es afloradas da tradi~o e do foldare imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como a do Gata de Botas Chapeuzinho Vermelho~ ~Gata
Borralheira sendo hoje considerado autor classico no o~nero
As noveias de cavalaria vieram para a Brasil pela literatura de corde 0
Brasil possuiu basicamente textos com intuito de catequizar enquanto que na
Europa as contos estavam cada vez mais interessantes e diversificados
A literatura no Brasil ap6s 0 iniao didHico (catequizaltlo) passa a ter
fins civicos e de ideologizar 0 que e importante que as cnan~s aprendam
Monteiro Lobato faz uma ruptura neste aspecto com suas obras do Sitio
do Pica-Pau Amarelo Traz uma nova concepyao de mundo e sociedade e
rompe com aspirayao politica envolvendo 0 Brasil Foi 0 primeiro autor a
compreender que a leitor principalmente 0 infantil busca 0 prazer a sedultAo a
beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens
As escolas mostram-se como campo propfdo para 0 desenvolvimento do
trabalho literario mas 0 resuJtado deste esta lange do satismiddotfatario Observam-se
criancas desinteressadas e aduJtos que nao criaram a habito de leitura
A literatura infantil deve proporcionar nova percepyao de mundo de
vi sao e de criatividade
A funltao da literatura e romper com pad rOes e convencOes estimular a
conscitncia crifiee e questionadora
13 HISTORIA E ESTORIA
Encontramos duas palavras que normalmente tern 0 mesma significado
mas que teve p~r urn pereda uma outra significacao
MORENO (2003) afirma que 0 uso de est6ria poderia ter ficado
confinado ao mundo do Folciore ende talvez fosse de alguma utilidade Nao eincomum que certas areas do pensamento postulem para usa exclusivo
Yocabulos novas au variacOes fonologicas au ortograficas de Yocabulos antlgos
no afa de abter maior precisao em seus conceitos
Hist6ria e a narrativ8 de fatos reais e estoria e a narrativa de fic~o
Para nao complicar e nem cometer anglidsmo (importaltao do ingl~s) a melhor
a fazer e usar Nhist6ria tanto para fatas reais como para narrativas inventadas
Historia com h~ maiuscule se trata de ci~ncia estudo Exemplo Historia do
Brasil
Segundo MOREIO (2003) a histOria se refere ao passado e ao sell
estudo e a hist6ria da narrativa da fabula Para ele ~aexperi~ncia nos diz que
essas invasOes de searas alheias geralmente pecam por urn raciocinio simplista
reducionista
IS50 se verifica por exemplo na Filosofia na L6gica na LingUistica na
Psicanalise MORENO (2003) expOe que como e natural essas variantes vao
fazer parte de um c6digo especifico Clijo emprego passa a ser indispensavel
para os especialistas dessa area mas nao entram no grande caudal da lingua
comum~
A cria~o a utilizat~o e muito seguidamente a agonia e marie dessas
forma 5 sao registradas em discretos dicionarios especializados
convenientemente isolados do grande rebanho representado pelos dicionMios
de uso
A) Joao Ribeiro forte conhecedor de nosso idioma foi quem prop6s a
ado~o do termo est6ria em 1919 para designar no campo do Folclore a
narrativa popular 0 conto tradicional objeto de estudo dos especialistas
daquela area E nao se tratava de inventar mas sim de reabilitar uma forma
arcaica comLJm nos manuscritos medievais de Portugal Era uma ing~nua
proposta paroquial nascida da inveja compreensivel que causa a distin~o
story - history do Ingh~s E mais do que comllm 0 fato de uma Ifngu8 fazer
distintOes vocabulares que outras nao fazem
8
B A estoria medieval naa era LIm vocabulo diferente de historia era
apenas uma das muitas variantes que se encontram nos textos manllscritos de
nossos copistas naquele tempo heroico em que a estrutura de nossa ortografia
ainda lutava para sedimentar Ali aparecem hist6ria hest6ria estoria istoria
estOrea Da mesma forma vamos encontrar homem omem amee (algumas
vezes com til no primeiro e) e ate ome Nota-se que 0 emprego do h e das
vogais ainda nao estava estabilizado na escrita Entretanto ja no sec XVI a
grafia de homem e hist6ria era a que e lIsada ate hoje Qutras linguas da familia
latina como 0 EspanhoJ e 0 Franres tambem experimentaram essa variedade
de formas para hist6ria mas terminau prevalecendo a forma (mica (historia e
histoire respectivamente)
C) Segundo 0 Novo Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa
FERREIRA AB de H Novo Dicionario Aumlio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
Est6ria SFV historia (recomenda-se apenas a gratia historia tanto no
senti do de ci~mcia historica quanta no de narrativa de ficcao canto popular e
demais acepcoes)
OJ 0 Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa ainda explana Hist6ria -
1 narra~o met6dica dos fatos notfiveis ocorridos na vida des povos em
particular e na vida da humanidade em geral A hist6ria do Brasil historia
universal 2 Conjunto de conhecimento adquirido atraves da tradi~o eou por
meio dos documentos relativos a evolu~a ao passado da humanidade 3
Ci~ncia e metoda que permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos 4
o canjunto de obras referentes a histona 5 Conjunto de conhecimento relativos
a esta ci~ncia au que tem implicacOes com ela ministrados nas respectivas
faculdades estudante de histOria 6 Tratado au compt~mdio de histOna 7
Estudo das origens e processes de uma arte de uma ci~ncia au de um ramo do
conhecimento Hist6ria da pintura hist6ria da medicina Narrayao de
acontecimentos de a90es em geral cronologicamente dispostos A historia das
viagens do Capitao Cook a historia de Napole~o Narra~o de fatos
acontecimentos au particularidades relativas a urn determinade assunto Canto
narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao
ter historia
14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL
Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores
importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do
desenvolvimento infantil~uvenil
COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada
classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da
inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente
biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do
mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao
sempre aproximadasM
A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha
de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)
fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao
considerada normal
bull 0 Pre-Ieitor
Categoria inicial que abrange duas fases
Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a
reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e
pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a
conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~
Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos
familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes
desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material
10
agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental
nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos
Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais
predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse
crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico
bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)
Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil
reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e
complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade
A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para
estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que
ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita
middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)
A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura
Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as
operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda
natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo
a leitura
bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)
Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da
eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a
reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento
hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do
adulto ja nao se faz necessaria
bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)
11
Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de
ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e
critico
o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario
procurando penetrar no mecanismo da leitura
o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario
141 Fabulas
NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn
ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como
o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a
garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao
salpicado a maneira de remendos
Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)
Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais
que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade
A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca
Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles
fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida
Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve
ser copiado e 0 errado evitado
ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA
A CIGARRA E A FORMIGA
1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992
12
Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que
nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a
necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~
o CORVO E 0 PAvAo
Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da
arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor
atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes
defeitos
A AGUIA E A CORUJA
o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas
as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para
sempre Ihes parecerao lindos
Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela
sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor
cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado
A RAPOSA E AS UVAS
Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas
nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com
sentimentos de inveja
o PARTO DA MONTANHA
o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode
corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao
acontecera
13
o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO
Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que
muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es
o LEAo E 0 RATINHO
Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser
empecilho para boas amizades
VENUSEAGATA
A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser
nunea podera ser mudada
OSAPOEOBOI
A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que
tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia
A ASSEMBLEIA DOS RATOS
Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as
atltudes e Dutro departamento
A GALINHA DOS OVOS DE OURO
Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda
infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par
atitudes impensadas
14
o BURRO NA PELE DO LEAo
Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza
continuara a mesma
AS DUAS PANELAS
Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair
perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que
poderia ter side ou ate se transform ado
A GARltA VELHA
Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos
o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO
Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as
desejos de ninguem e lodos saem perdendo
A LEBRE E A TARTARUGA
Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a
frente daqueles que se acham espertos demais
o GALO E A RAPOSA
Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e
preciso ter cuidado com amizades repentinas
15
A RAPOSA E A CEGONHA
Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que
S8 e tratado
o PASTOR E 0 LOBO
Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade
ninguem acredita
142 Lendas
Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e
significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao
escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria
falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava
de seres 0 seu mundo
Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do
momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao
qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta
contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie
de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05
dos espiritos do bem
A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e
do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas
A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em
sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os
astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas
16
A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado
da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario
superam 0 historico e 0 verdadeiro
LENDAS DO PARANA
o VEU DE PINGO DAGUA
0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para
Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava
o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era
conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada
disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo
A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do
tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo
dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect
viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL
Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando
que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se
encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos
desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado
Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas
cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma
crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em
qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que
acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0
nome de Veu da Noiva
Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado
e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria
17
busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com
alguem que ela nao amasse
A LENDA DO CAATIU
~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn
valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba
Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado
partia para a guerra
Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn
pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E
assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as
sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que
acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de
Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0
transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam
os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando
as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de
suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0
Parana
Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar
imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo
deste am or
LENDA DA GRALHA AZUL
KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava
acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda
do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a
arvore para transforma-Ia em tabllas
18
A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu
corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu
muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La
nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se
revoltam com as dares alheias
A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela
S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje
em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~
vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da
fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a
bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto
enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que
podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a
pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0
regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos
altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos
permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite
eterno Vinde a mim todos
A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus
olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul
Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto
porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou
celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um
verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando
Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos
ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a
fonte para uma nova vida
19
A LENDA DE BREJATUBA
~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0
Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58
chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis
habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos
caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura
e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata
conheceu Juraci a filha do chefe earij6
Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito
esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua
tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram
semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam
envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a
agarrasse com for1a de guerreiro
o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do
morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~
aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu
correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De
repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0
mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas
recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem
como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt
ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para
alcanyar nossos objetivos
A LENDA DO FOGO
Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto
ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0
20
mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn
tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart
Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0
segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde
estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se
no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em
direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell
levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6
pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn
pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era
muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento
aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per
causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as
noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas
Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es
para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras
sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as
campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as
campos de Guarapuava
Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle
devemos ter para conquistar estes conhecimentos
A LENDA DA ERVA-MATE
MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das
margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma
das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos
velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim
ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do
Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas
21
ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes
Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava
uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas
sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare
produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em
que sabia quebrar 0 mal
Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas
guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No
mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar
em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na
enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as
chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse
momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo
a mal Gupi ficou impressionado com aquila
A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava
prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para
espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela
correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem
esquerda da tribo Tupi
Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se
tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o
lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem
disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn
galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos
Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se
da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a
mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de
erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis
festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as
tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos
forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis
t4~~ bull ~ ~
22
Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da
natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as
valores da natureza e do mundo
143 Contos de Encantamento
Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au
inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos
f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do
impossive da magica e do irnprevisto
144 Contos de Fadas
sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar
de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~
Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem
na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade
fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de
sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada
etc
Estrutura basica dos contos de fadas
Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o
Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos
etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial
Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da
prote~o e mergulha no completo desconhecido
23
Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no
plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios
Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades
potencialidades e polaridades opostas
Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio
florescimento colheita e transcendancia
ANALISE DOS CONTOS
OS TRES PORQUINHOS
Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito
apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento
pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que
nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par
outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho
arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois
o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho
As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao
progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o
imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de
brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e
na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos
porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de
brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua
casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas
vezes em astucia
Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas
recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que
atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte
24
Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio
desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair
suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da
crian9B
Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar
enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo
o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal
entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria
termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado
urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos
A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de
educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase
magica e da fantasia
Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao
seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece
o PATINHO FEIO
0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave
desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos
os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser
a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos
perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria
classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem
desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o
apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma
natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir
qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
A pesquisa de carc~ter bibliografica fai realizada mediante levantamento de
referendais te6ricos sobre a literatura infantil nas series iniciais do prime ira cicio no
ensino fundamental
No capitulo I discorre-se sabre a fundamenta900 teorica na literatura infantil
mostrando como aconteceu sua evolu~a hist6rica e os diversas achados literarios
A classjfica~o da literatura infantil conforme pa~metros ja conhecidos e aplicados
deve-se a necessidade de adequacao aos texios as diversas eta pas do
desenvolvimento infantil PropOe-se uma analise das fabulas lendas contos de
encantamento contos de fadas das hist6rias acumulativas das hist6rias de
aventuras e das peesias com cita90es e exemplos de cada uma delas
No capitulo II faz-se 0 estudo sobre os auto res e suas obras classicos e
contemporaneos dando ~nfase aos auto res brnsileiros como Monteiro Lobato Ana
Maria Machado Ruth Rocha Ziraldo Mauricio de Souza Marina Colasanti entre
autros fazendo a cila9~0 de suas obras e breves anillises de sells trabalhas
A literatura infantil por iniciar 0 homem no mundo literaria deve ser lItilizada
como instfllmenta para a sensibilizayaa da consciencia para a expansao da
capacidade e interesse de analisar 0 munda Sua import~ncia e fundamental em
mostrar que a literatura deve ser encarada sempre de modo global e complexo em
sua ambigUidade e pluralidade
E fundamental na forma~o do lei tor que a oferta e a circula~o dos livros de
literatura infantil na sala de aula se pracesse de maneira espantanea agradavel
sem ritos e pressoos impositivas a fim de que as crianyas tenham facil acesso a05
pr6prios livros liberdade de escolh~-Ios e de H~-Ios deixando claro que a literatura e
saber mas tambem sa bar ele precisa ser lido e fluido dcurtido~ num ambiente em
que estejam presentes a descontra(ao a prazer e a liberdade 56 assim criando
la90s afetivos com a literatura apresentada como alga gostoso a crian9a estreitara
com ele relac~es afetivas
a professor em sala de aula tern oportunidade de estimular as criancas aD
prazer da leitura Para isso ele deve ter claro qual a importancia da literatura no
desenvalvimento infantil
CAPiTULO I
11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL
A literatura infantil tern suas raizes mais distantes na literatura popular
oral au escrita do Oriente (Calila e Oimna As Mil e Uma Noites) e do Ocidente
(Fabulas - Esopo La Fontaine e as Contos Maravilhosos - Perrault Grimm)
Eta nasce com a finalidade de transmitir ensinamentos morais e
conhecimento
Conforme TAVARES (1998 p 24) no Brasil a literatLJra destinada as
crianyas vai se despindo de sLlas vestes utilitaristas pedag6gicas com 0
objetivD de ensinar a lingua de illformar e formar 0 carater somente a partir da
decada de 70
Monteiro Lobato e 0 mais importante escritor para crianyas do inieto do
seculo XX (1921- A men ina do Narizinho Arrebitado) foi pioneiro na
compreens~o de que 0 leitor principal mente 0 infeHltil busca 0 prazer a
seduyao a beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens e portanto
carente de uma literatura poetica e sedutora
As instituiQOes escolares brasileiras t~m sido lugares privilegiados para
a divulgaltlto de textos literarios CUNHA (1997 p 31) explica que
contraditoriamente as instituicOes pela forma como utilizam estes textos
acabam provocando a averslio aos livros Isto se explica pelas atitudes dos
educadores diante das crianyas
Segundo CUNHA (1997 p 38) 0 nestas instituiltOes exauridas
alJtoritarias que queremos despertar 0 gosto pela leitura a fruiyao estetica e a
expressao criativa Dentro destas engrenagens paralisantes queremos colo car a
literatura questionadora e libertadora por es~ncia~
COELHO (1995 p 61) Bfirnla que alimentar deg espfrito exercitar a
fruiyao estetica da palavra despertar para a maravilha do ato de criar em
4
momentos de jogo de brincadeira com a Ifvro e que a leitor se abre a treca de
ideias da expressao a seus temores e desejos deixa~se penetrar pelo espirito
da literatura~
o texto realmente literario acrescenta ao leitor nao por Ihe ensinar
explicitamente comportamentos au regras e bem viver mas porque Ihe traz 0
inusitado a surpresB 0 novo
Para CUNHA (1988 p 57) a obra liteniria infantil a essencialmente a
mesma obra de arte para 0 adulto Difere desta apenas na complexidade de
conceplttio a obra para crianlaquoCIs sera mais simples em seus recursos mas nao
menes valiosa
Prazer jogo conhecimento e expressao necessitam de urna escola
democratica criativa questionadora dintmica aberta ao novo e ao belo Urna
escola concreta com educadores e alunos apaixonados par livros e pela vida
OLIVEIRA (1998 p 11) escreve que
o pensamento infantil e aquele que esta sintonizado com esse pulsar pelasvias do imagimlrio E e justamente com esse pulsar pelas vias que as projetosmais arrojados de literatura infantit investem nao escamoteando a literarionem facilitando mas enfrentando sua qualidade artfstica e oferecendo asmelhores produtos possiveis ao repert6rio infantil que tern a compet~ncianecessaria para traduzi-to pelo desempenho de uma leitura multipla ediversificada
o educador tem que e~tar aierta para 0 fato de que nem tudo que circuia
como livro destinado a crianya e de fato literatura infanti Ha muitas produyOes
que nao v~o alem do lugar-comum estetico e ideol6gico
Eo tambam COELHO (1995 p 32) que afirma que Iiteratura e
especial mente a infantil tern que proporcionar uma reorganiza9aO das
perceP96es do mundo desse modo possibilitar uma nova ordenayAo das
experi~ncias existenciais da crianca A conviv~ncia com texlos literarios provoca
a forma9aO de novos padrOes e 0 desenvolvimento do critico~
CADEMARTORI (1986 p 7) postula a idaia de todos sabem 0 que a
Literatura Infantil ~isso porque a maior parte das pessoas tern algo a ver com
criancta seja tilhos vizinhos sobrinhos alunos e raz~o inquestionavel todos jil
foram crian~as~
Para COELHO (1993 p 24) a literatura infantil e antes de tudo
literatura e arte fen Omena de criativfdade que representa a mundo a homem a
vida atraves da palavra onde heuma fun~o dos sonhos com a vida pratica do
imaginario com a real das ideias e sua possfvel au impossivel realizayao
12 HIST6RICO DA LlTERATURA INFANTIL
A Gnese da Literatllra Infantil e documentada a partir de fontes
orientais par volta do seculo III e IV
A difus~o no Ocidente europeu deu-se durante a Idade Media por uma
transmissao oral
As narrativas primordiais com origem no Oriente como As mil e uma
Noites permitiram a descoberta do fundo fabuloso que se perpetuou pela
traduyao oral Essas narrativas se passam fora dos limites do mundo
conhecido falam de um mundo imaginario mas sempre procurando uma
explica~o para seu cotidiano
COELHO (1999) tala que os contos revelam que 0 homem nao possui
todo 0 conhecimento e utilizam ate hoje elementos magicos para explicar a que
n~o e cientificamente comprovado
o Renascimento traz mudan((as profundas na arte e na cultura
transferindo para a literatura urn period a moral e crist~o
No Ocidente as novelas de cavalaria difundidas oralmente contribuem
tortemente pam a crescimento da literatura mundial
No seCtilo XVIII a Pre Romantismo oferece obras como Robson Crusoe
e Viagens de Guliver (Jonatham Swift)
6
No secula XIX 0 Romantismo e 0 Realismo apresentam as Irm~os
Grimm - na Alemanha e Hans Christian Andersen em fase de consolidaltQo de
sociedade liberal burguesa
Charles Perrault na Franya colhendo e adaptando as lendas e
narra90es afloradas da tradi~o e do foldare imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como a do Gata de Botas Chapeuzinho Vermelho~ ~Gata
Borralheira sendo hoje considerado autor classico no o~nero
As noveias de cavalaria vieram para a Brasil pela literatura de corde 0
Brasil possuiu basicamente textos com intuito de catequizar enquanto que na
Europa as contos estavam cada vez mais interessantes e diversificados
A literatura no Brasil ap6s 0 iniao didHico (catequizaltlo) passa a ter
fins civicos e de ideologizar 0 que e importante que as cnan~s aprendam
Monteiro Lobato faz uma ruptura neste aspecto com suas obras do Sitio
do Pica-Pau Amarelo Traz uma nova concepyao de mundo e sociedade e
rompe com aspirayao politica envolvendo 0 Brasil Foi 0 primeiro autor a
compreender que a leitor principalmente 0 infantil busca 0 prazer a sedultAo a
beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens
As escolas mostram-se como campo propfdo para 0 desenvolvimento do
trabalho literario mas 0 resuJtado deste esta lange do satismiddotfatario Observam-se
criancas desinteressadas e aduJtos que nao criaram a habito de leitura
A literatura infantil deve proporcionar nova percepyao de mundo de
vi sao e de criatividade
A funltao da literatura e romper com pad rOes e convencOes estimular a
conscitncia crifiee e questionadora
13 HISTORIA E ESTORIA
Encontramos duas palavras que normalmente tern 0 mesma significado
mas que teve p~r urn pereda uma outra significacao
MORENO (2003) afirma que 0 uso de est6ria poderia ter ficado
confinado ao mundo do Folciore ende talvez fosse de alguma utilidade Nao eincomum que certas areas do pensamento postulem para usa exclusivo
Yocabulos novas au variacOes fonologicas au ortograficas de Yocabulos antlgos
no afa de abter maior precisao em seus conceitos
Hist6ria e a narrativ8 de fatos reais e estoria e a narrativa de fic~o
Para nao complicar e nem cometer anglidsmo (importaltao do ingl~s) a melhor
a fazer e usar Nhist6ria tanto para fatas reais como para narrativas inventadas
Historia com h~ maiuscule se trata de ci~ncia estudo Exemplo Historia do
Brasil
Segundo MOREIO (2003) a histOria se refere ao passado e ao sell
estudo e a hist6ria da narrativa da fabula Para ele ~aexperi~ncia nos diz que
essas invasOes de searas alheias geralmente pecam por urn raciocinio simplista
reducionista
IS50 se verifica por exemplo na Filosofia na L6gica na LingUistica na
Psicanalise MORENO (2003) expOe que como e natural essas variantes vao
fazer parte de um c6digo especifico Clijo emprego passa a ser indispensavel
para os especialistas dessa area mas nao entram no grande caudal da lingua
comum~
A cria~o a utilizat~o e muito seguidamente a agonia e marie dessas
forma 5 sao registradas em discretos dicionarios especializados
convenientemente isolados do grande rebanho representado pelos dicionMios
de uso
A) Joao Ribeiro forte conhecedor de nosso idioma foi quem prop6s a
ado~o do termo est6ria em 1919 para designar no campo do Folclore a
narrativa popular 0 conto tradicional objeto de estudo dos especialistas
daquela area E nao se tratava de inventar mas sim de reabilitar uma forma
arcaica comLJm nos manuscritos medievais de Portugal Era uma ing~nua
proposta paroquial nascida da inveja compreensivel que causa a distin~o
story - history do Ingh~s E mais do que comllm 0 fato de uma Ifngu8 fazer
distintOes vocabulares que outras nao fazem
8
B A estoria medieval naa era LIm vocabulo diferente de historia era
apenas uma das muitas variantes que se encontram nos textos manllscritos de
nossos copistas naquele tempo heroico em que a estrutura de nossa ortografia
ainda lutava para sedimentar Ali aparecem hist6ria hest6ria estoria istoria
estOrea Da mesma forma vamos encontrar homem omem amee (algumas
vezes com til no primeiro e) e ate ome Nota-se que 0 emprego do h e das
vogais ainda nao estava estabilizado na escrita Entretanto ja no sec XVI a
grafia de homem e hist6ria era a que e lIsada ate hoje Qutras linguas da familia
latina como 0 EspanhoJ e 0 Franres tambem experimentaram essa variedade
de formas para hist6ria mas terminau prevalecendo a forma (mica (historia e
histoire respectivamente)
C) Segundo 0 Novo Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa
FERREIRA AB de H Novo Dicionario Aumlio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
Est6ria SFV historia (recomenda-se apenas a gratia historia tanto no
senti do de ci~mcia historica quanta no de narrativa de ficcao canto popular e
demais acepcoes)
OJ 0 Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa ainda explana Hist6ria -
1 narra~o met6dica dos fatos notfiveis ocorridos na vida des povos em
particular e na vida da humanidade em geral A hist6ria do Brasil historia
universal 2 Conjunto de conhecimento adquirido atraves da tradi~o eou por
meio dos documentos relativos a evolu~a ao passado da humanidade 3
Ci~ncia e metoda que permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos 4
o canjunto de obras referentes a histona 5 Conjunto de conhecimento relativos
a esta ci~ncia au que tem implicacOes com ela ministrados nas respectivas
faculdades estudante de histOria 6 Tratado au compt~mdio de histOna 7
Estudo das origens e processes de uma arte de uma ci~ncia au de um ramo do
conhecimento Hist6ria da pintura hist6ria da medicina Narrayao de
acontecimentos de a90es em geral cronologicamente dispostos A historia das
viagens do Capitao Cook a historia de Napole~o Narra~o de fatos
acontecimentos au particularidades relativas a urn determinade assunto Canto
narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao
ter historia
14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL
Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores
importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do
desenvolvimento infantil~uvenil
COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada
classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da
inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente
biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do
mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao
sempre aproximadasM
A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha
de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)
fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao
considerada normal
bull 0 Pre-Ieitor
Categoria inicial que abrange duas fases
Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a
reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e
pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a
conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~
Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos
familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes
desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material
10
agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental
nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos
Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais
predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse
crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico
bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)
Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil
reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e
complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade
A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para
estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que
ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita
middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)
A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura
Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as
operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda
natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo
a leitura
bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)
Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da
eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a
reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento
hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do
adulto ja nao se faz necessaria
bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)
11
Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de
ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e
critico
o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario
procurando penetrar no mecanismo da leitura
o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario
141 Fabulas
NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn
ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como
o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a
garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao
salpicado a maneira de remendos
Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)
Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais
que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade
A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca
Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles
fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida
Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve
ser copiado e 0 errado evitado
ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA
A CIGARRA E A FORMIGA
1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992
12
Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que
nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a
necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~
o CORVO E 0 PAvAo
Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da
arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor
atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes
defeitos
A AGUIA E A CORUJA
o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas
as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para
sempre Ihes parecerao lindos
Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela
sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor
cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado
A RAPOSA E AS UVAS
Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas
nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com
sentimentos de inveja
o PARTO DA MONTANHA
o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode
corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao
acontecera
13
o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO
Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que
muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es
o LEAo E 0 RATINHO
Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser
empecilho para boas amizades
VENUSEAGATA
A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser
nunea podera ser mudada
OSAPOEOBOI
A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que
tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia
A ASSEMBLEIA DOS RATOS
Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as
atltudes e Dutro departamento
A GALINHA DOS OVOS DE OURO
Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda
infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par
atitudes impensadas
14
o BURRO NA PELE DO LEAo
Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza
continuara a mesma
AS DUAS PANELAS
Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair
perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que
poderia ter side ou ate se transform ado
A GARltA VELHA
Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos
o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO
Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as
desejos de ninguem e lodos saem perdendo
A LEBRE E A TARTARUGA
Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a
frente daqueles que se acham espertos demais
o GALO E A RAPOSA
Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e
preciso ter cuidado com amizades repentinas
15
A RAPOSA E A CEGONHA
Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que
S8 e tratado
o PASTOR E 0 LOBO
Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade
ninguem acredita
142 Lendas
Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e
significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao
escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria
falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava
de seres 0 seu mundo
Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do
momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao
qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta
contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie
de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05
dos espiritos do bem
A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e
do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas
A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em
sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os
astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas
16
A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado
da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario
superam 0 historico e 0 verdadeiro
LENDAS DO PARANA
o VEU DE PINGO DAGUA
0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para
Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava
o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era
conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada
disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo
A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do
tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo
dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect
viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL
Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando
que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se
encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos
desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado
Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas
cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma
crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em
qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que
acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0
nome de Veu da Noiva
Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado
e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria
17
busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com
alguem que ela nao amasse
A LENDA DO CAATIU
~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn
valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba
Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado
partia para a guerra
Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn
pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E
assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as
sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que
acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de
Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0
transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam
os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando
as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de
suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0
Parana
Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar
imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo
deste am or
LENDA DA GRALHA AZUL
KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava
acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda
do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a
arvore para transforma-Ia em tabllas
18
A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu
corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu
muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La
nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se
revoltam com as dares alheias
A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela
S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje
em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~
vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da
fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a
bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto
enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que
podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a
pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0
regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos
altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos
permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite
eterno Vinde a mim todos
A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus
olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul
Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto
porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou
celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um
verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando
Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos
ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a
fonte para uma nova vida
19
A LENDA DE BREJATUBA
~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0
Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58
chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis
habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos
caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura
e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata
conheceu Juraci a filha do chefe earij6
Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito
esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua
tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram
semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam
envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a
agarrasse com for1a de guerreiro
o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do
morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~
aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu
correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De
repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0
mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas
recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem
como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt
ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para
alcanyar nossos objetivos
A LENDA DO FOGO
Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto
ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0
20
mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn
tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart
Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0
segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde
estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se
no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em
direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell
levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6
pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn
pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era
muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento
aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per
causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as
noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas
Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es
para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras
sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as
campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as
campos de Guarapuava
Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle
devemos ter para conquistar estes conhecimentos
A LENDA DA ERVA-MATE
MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das
margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma
das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos
velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim
ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do
Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas
21
ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes
Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava
uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas
sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare
produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em
que sabia quebrar 0 mal
Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas
guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No
mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar
em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na
enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as
chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse
momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo
a mal Gupi ficou impressionado com aquila
A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava
prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para
espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela
correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem
esquerda da tribo Tupi
Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se
tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o
lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem
disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn
galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos
Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se
da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a
mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de
erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis
festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as
tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos
forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis
t4~~ bull ~ ~
22
Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da
natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as
valores da natureza e do mundo
143 Contos de Encantamento
Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au
inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos
f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do
impossive da magica e do irnprevisto
144 Contos de Fadas
sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar
de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~
Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem
na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade
fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de
sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada
etc
Estrutura basica dos contos de fadas
Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o
Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos
etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial
Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da
prote~o e mergulha no completo desconhecido
23
Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no
plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios
Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades
potencialidades e polaridades opostas
Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio
florescimento colheita e transcendancia
ANALISE DOS CONTOS
OS TRES PORQUINHOS
Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito
apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento
pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que
nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par
outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho
arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois
o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho
As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao
progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o
imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de
brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e
na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos
porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de
brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua
casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas
vezes em astucia
Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas
recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que
atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte
24
Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio
desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair
suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da
crian9B
Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar
enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo
o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal
entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria
termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado
urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos
A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de
educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase
magica e da fantasia
Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao
seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece
o PATINHO FEIO
0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave
desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos
os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser
a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos
perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria
classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem
desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o
apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma
natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir
qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
CAPiTULO I
11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL
A literatura infantil tern suas raizes mais distantes na literatura popular
oral au escrita do Oriente (Calila e Oimna As Mil e Uma Noites) e do Ocidente
(Fabulas - Esopo La Fontaine e as Contos Maravilhosos - Perrault Grimm)
Eta nasce com a finalidade de transmitir ensinamentos morais e
conhecimento
Conforme TAVARES (1998 p 24) no Brasil a literatLJra destinada as
crianyas vai se despindo de sLlas vestes utilitaristas pedag6gicas com 0
objetivD de ensinar a lingua de illformar e formar 0 carater somente a partir da
decada de 70
Monteiro Lobato e 0 mais importante escritor para crianyas do inieto do
seculo XX (1921- A men ina do Narizinho Arrebitado) foi pioneiro na
compreens~o de que 0 leitor principal mente 0 infeHltil busca 0 prazer a
seduyao a beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens e portanto
carente de uma literatura poetica e sedutora
As instituiQOes escolares brasileiras t~m sido lugares privilegiados para
a divulgaltlto de textos literarios CUNHA (1997 p 31) explica que
contraditoriamente as instituicOes pela forma como utilizam estes textos
acabam provocando a averslio aos livros Isto se explica pelas atitudes dos
educadores diante das crianyas
Segundo CUNHA (1997 p 38) 0 nestas instituiltOes exauridas
alJtoritarias que queremos despertar 0 gosto pela leitura a fruiyao estetica e a
expressao criativa Dentro destas engrenagens paralisantes queremos colo car a
literatura questionadora e libertadora por es~ncia~
COELHO (1995 p 61) Bfirnla que alimentar deg espfrito exercitar a
fruiyao estetica da palavra despertar para a maravilha do ato de criar em
4
momentos de jogo de brincadeira com a Ifvro e que a leitor se abre a treca de
ideias da expressao a seus temores e desejos deixa~se penetrar pelo espirito
da literatura~
o texto realmente literario acrescenta ao leitor nao por Ihe ensinar
explicitamente comportamentos au regras e bem viver mas porque Ihe traz 0
inusitado a surpresB 0 novo
Para CUNHA (1988 p 57) a obra liteniria infantil a essencialmente a
mesma obra de arte para 0 adulto Difere desta apenas na complexidade de
conceplttio a obra para crianlaquoCIs sera mais simples em seus recursos mas nao
menes valiosa
Prazer jogo conhecimento e expressao necessitam de urna escola
democratica criativa questionadora dintmica aberta ao novo e ao belo Urna
escola concreta com educadores e alunos apaixonados par livros e pela vida
OLIVEIRA (1998 p 11) escreve que
o pensamento infantil e aquele que esta sintonizado com esse pulsar pelasvias do imagimlrio E e justamente com esse pulsar pelas vias que as projetosmais arrojados de literatura infantit investem nao escamoteando a literarionem facilitando mas enfrentando sua qualidade artfstica e oferecendo asmelhores produtos possiveis ao repert6rio infantil que tern a compet~ncianecessaria para traduzi-to pelo desempenho de uma leitura multipla ediversificada
o educador tem que e~tar aierta para 0 fato de que nem tudo que circuia
como livro destinado a crianya e de fato literatura infanti Ha muitas produyOes
que nao v~o alem do lugar-comum estetico e ideol6gico
Eo tambam COELHO (1995 p 32) que afirma que Iiteratura e
especial mente a infantil tern que proporcionar uma reorganiza9aO das
perceP96es do mundo desse modo possibilitar uma nova ordenayAo das
experi~ncias existenciais da crianca A conviv~ncia com texlos literarios provoca
a forma9aO de novos padrOes e 0 desenvolvimento do critico~
CADEMARTORI (1986 p 7) postula a idaia de todos sabem 0 que a
Literatura Infantil ~isso porque a maior parte das pessoas tern algo a ver com
criancta seja tilhos vizinhos sobrinhos alunos e raz~o inquestionavel todos jil
foram crian~as~
Para COELHO (1993 p 24) a literatura infantil e antes de tudo
literatura e arte fen Omena de criativfdade que representa a mundo a homem a
vida atraves da palavra onde heuma fun~o dos sonhos com a vida pratica do
imaginario com a real das ideias e sua possfvel au impossivel realizayao
12 HIST6RICO DA LlTERATURA INFANTIL
A Gnese da Literatllra Infantil e documentada a partir de fontes
orientais par volta do seculo III e IV
A difus~o no Ocidente europeu deu-se durante a Idade Media por uma
transmissao oral
As narrativas primordiais com origem no Oriente como As mil e uma
Noites permitiram a descoberta do fundo fabuloso que se perpetuou pela
traduyao oral Essas narrativas se passam fora dos limites do mundo
conhecido falam de um mundo imaginario mas sempre procurando uma
explica~o para seu cotidiano
COELHO (1999) tala que os contos revelam que 0 homem nao possui
todo 0 conhecimento e utilizam ate hoje elementos magicos para explicar a que
n~o e cientificamente comprovado
o Renascimento traz mudan((as profundas na arte e na cultura
transferindo para a literatura urn period a moral e crist~o
No Ocidente as novelas de cavalaria difundidas oralmente contribuem
tortemente pam a crescimento da literatura mundial
No seCtilo XVIII a Pre Romantismo oferece obras como Robson Crusoe
e Viagens de Guliver (Jonatham Swift)
6
No secula XIX 0 Romantismo e 0 Realismo apresentam as Irm~os
Grimm - na Alemanha e Hans Christian Andersen em fase de consolidaltQo de
sociedade liberal burguesa
Charles Perrault na Franya colhendo e adaptando as lendas e
narra90es afloradas da tradi~o e do foldare imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como a do Gata de Botas Chapeuzinho Vermelho~ ~Gata
Borralheira sendo hoje considerado autor classico no o~nero
As noveias de cavalaria vieram para a Brasil pela literatura de corde 0
Brasil possuiu basicamente textos com intuito de catequizar enquanto que na
Europa as contos estavam cada vez mais interessantes e diversificados
A literatura no Brasil ap6s 0 iniao didHico (catequizaltlo) passa a ter
fins civicos e de ideologizar 0 que e importante que as cnan~s aprendam
Monteiro Lobato faz uma ruptura neste aspecto com suas obras do Sitio
do Pica-Pau Amarelo Traz uma nova concepyao de mundo e sociedade e
rompe com aspirayao politica envolvendo 0 Brasil Foi 0 primeiro autor a
compreender que a leitor principalmente 0 infantil busca 0 prazer a sedultAo a
beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens
As escolas mostram-se como campo propfdo para 0 desenvolvimento do
trabalho literario mas 0 resuJtado deste esta lange do satismiddotfatario Observam-se
criancas desinteressadas e aduJtos que nao criaram a habito de leitura
A literatura infantil deve proporcionar nova percepyao de mundo de
vi sao e de criatividade
A funltao da literatura e romper com pad rOes e convencOes estimular a
conscitncia crifiee e questionadora
13 HISTORIA E ESTORIA
Encontramos duas palavras que normalmente tern 0 mesma significado
mas que teve p~r urn pereda uma outra significacao
MORENO (2003) afirma que 0 uso de est6ria poderia ter ficado
confinado ao mundo do Folciore ende talvez fosse de alguma utilidade Nao eincomum que certas areas do pensamento postulem para usa exclusivo
Yocabulos novas au variacOes fonologicas au ortograficas de Yocabulos antlgos
no afa de abter maior precisao em seus conceitos
Hist6ria e a narrativ8 de fatos reais e estoria e a narrativa de fic~o
Para nao complicar e nem cometer anglidsmo (importaltao do ingl~s) a melhor
a fazer e usar Nhist6ria tanto para fatas reais como para narrativas inventadas
Historia com h~ maiuscule se trata de ci~ncia estudo Exemplo Historia do
Brasil
Segundo MOREIO (2003) a histOria se refere ao passado e ao sell
estudo e a hist6ria da narrativa da fabula Para ele ~aexperi~ncia nos diz que
essas invasOes de searas alheias geralmente pecam por urn raciocinio simplista
reducionista
IS50 se verifica por exemplo na Filosofia na L6gica na LingUistica na
Psicanalise MORENO (2003) expOe que como e natural essas variantes vao
fazer parte de um c6digo especifico Clijo emprego passa a ser indispensavel
para os especialistas dessa area mas nao entram no grande caudal da lingua
comum~
A cria~o a utilizat~o e muito seguidamente a agonia e marie dessas
forma 5 sao registradas em discretos dicionarios especializados
convenientemente isolados do grande rebanho representado pelos dicionMios
de uso
A) Joao Ribeiro forte conhecedor de nosso idioma foi quem prop6s a
ado~o do termo est6ria em 1919 para designar no campo do Folclore a
narrativa popular 0 conto tradicional objeto de estudo dos especialistas
daquela area E nao se tratava de inventar mas sim de reabilitar uma forma
arcaica comLJm nos manuscritos medievais de Portugal Era uma ing~nua
proposta paroquial nascida da inveja compreensivel que causa a distin~o
story - history do Ingh~s E mais do que comllm 0 fato de uma Ifngu8 fazer
distintOes vocabulares que outras nao fazem
8
B A estoria medieval naa era LIm vocabulo diferente de historia era
apenas uma das muitas variantes que se encontram nos textos manllscritos de
nossos copistas naquele tempo heroico em que a estrutura de nossa ortografia
ainda lutava para sedimentar Ali aparecem hist6ria hest6ria estoria istoria
estOrea Da mesma forma vamos encontrar homem omem amee (algumas
vezes com til no primeiro e) e ate ome Nota-se que 0 emprego do h e das
vogais ainda nao estava estabilizado na escrita Entretanto ja no sec XVI a
grafia de homem e hist6ria era a que e lIsada ate hoje Qutras linguas da familia
latina como 0 EspanhoJ e 0 Franres tambem experimentaram essa variedade
de formas para hist6ria mas terminau prevalecendo a forma (mica (historia e
histoire respectivamente)
C) Segundo 0 Novo Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa
FERREIRA AB de H Novo Dicionario Aumlio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
Est6ria SFV historia (recomenda-se apenas a gratia historia tanto no
senti do de ci~mcia historica quanta no de narrativa de ficcao canto popular e
demais acepcoes)
OJ 0 Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa ainda explana Hist6ria -
1 narra~o met6dica dos fatos notfiveis ocorridos na vida des povos em
particular e na vida da humanidade em geral A hist6ria do Brasil historia
universal 2 Conjunto de conhecimento adquirido atraves da tradi~o eou por
meio dos documentos relativos a evolu~a ao passado da humanidade 3
Ci~ncia e metoda que permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos 4
o canjunto de obras referentes a histona 5 Conjunto de conhecimento relativos
a esta ci~ncia au que tem implicacOes com ela ministrados nas respectivas
faculdades estudante de histOria 6 Tratado au compt~mdio de histOna 7
Estudo das origens e processes de uma arte de uma ci~ncia au de um ramo do
conhecimento Hist6ria da pintura hist6ria da medicina Narrayao de
acontecimentos de a90es em geral cronologicamente dispostos A historia das
viagens do Capitao Cook a historia de Napole~o Narra~o de fatos
acontecimentos au particularidades relativas a urn determinade assunto Canto
narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao
ter historia
14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL
Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores
importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do
desenvolvimento infantil~uvenil
COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada
classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da
inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente
biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do
mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao
sempre aproximadasM
A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha
de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)
fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao
considerada normal
bull 0 Pre-Ieitor
Categoria inicial que abrange duas fases
Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a
reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e
pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a
conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~
Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos
familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes
desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material
10
agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental
nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos
Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais
predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse
crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico
bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)
Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil
reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e
complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade
A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para
estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que
ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita
middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)
A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura
Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as
operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda
natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo
a leitura
bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)
Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da
eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a
reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento
hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do
adulto ja nao se faz necessaria
bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)
11
Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de
ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e
critico
o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario
procurando penetrar no mecanismo da leitura
o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario
141 Fabulas
NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn
ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como
o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a
garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao
salpicado a maneira de remendos
Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)
Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais
que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade
A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca
Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles
fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida
Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve
ser copiado e 0 errado evitado
ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA
A CIGARRA E A FORMIGA
1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992
12
Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que
nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a
necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~
o CORVO E 0 PAvAo
Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da
arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor
atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes
defeitos
A AGUIA E A CORUJA
o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas
as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para
sempre Ihes parecerao lindos
Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela
sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor
cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado
A RAPOSA E AS UVAS
Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas
nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com
sentimentos de inveja
o PARTO DA MONTANHA
o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode
corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao
acontecera
13
o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO
Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que
muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es
o LEAo E 0 RATINHO
Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser
empecilho para boas amizades
VENUSEAGATA
A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser
nunea podera ser mudada
OSAPOEOBOI
A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que
tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia
A ASSEMBLEIA DOS RATOS
Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as
atltudes e Dutro departamento
A GALINHA DOS OVOS DE OURO
Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda
infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par
atitudes impensadas
14
o BURRO NA PELE DO LEAo
Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza
continuara a mesma
AS DUAS PANELAS
Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair
perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que
poderia ter side ou ate se transform ado
A GARltA VELHA
Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos
o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO
Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as
desejos de ninguem e lodos saem perdendo
A LEBRE E A TARTARUGA
Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a
frente daqueles que se acham espertos demais
o GALO E A RAPOSA
Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e
preciso ter cuidado com amizades repentinas
15
A RAPOSA E A CEGONHA
Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que
S8 e tratado
o PASTOR E 0 LOBO
Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade
ninguem acredita
142 Lendas
Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e
significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao
escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria
falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava
de seres 0 seu mundo
Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do
momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao
qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta
contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie
de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05
dos espiritos do bem
A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e
do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas
A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em
sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os
astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas
16
A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado
da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario
superam 0 historico e 0 verdadeiro
LENDAS DO PARANA
o VEU DE PINGO DAGUA
0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para
Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava
o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era
conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada
disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo
A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do
tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo
dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect
viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL
Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando
que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se
encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos
desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado
Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas
cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma
crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em
qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que
acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0
nome de Veu da Noiva
Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado
e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria
17
busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com
alguem que ela nao amasse
A LENDA DO CAATIU
~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn
valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba
Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado
partia para a guerra
Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn
pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E
assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as
sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que
acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de
Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0
transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam
os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando
as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de
suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0
Parana
Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar
imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo
deste am or
LENDA DA GRALHA AZUL
KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava
acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda
do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a
arvore para transforma-Ia em tabllas
18
A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu
corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu
muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La
nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se
revoltam com as dares alheias
A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela
S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje
em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~
vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da
fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a
bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto
enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que
podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a
pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0
regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos
altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos
permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite
eterno Vinde a mim todos
A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus
olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul
Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto
porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou
celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um
verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando
Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos
ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a
fonte para uma nova vida
19
A LENDA DE BREJATUBA
~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0
Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58
chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis
habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos
caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura
e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata
conheceu Juraci a filha do chefe earij6
Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito
esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua
tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram
semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam
envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a
agarrasse com for1a de guerreiro
o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do
morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~
aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu
correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De
repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0
mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas
recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem
como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt
ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para
alcanyar nossos objetivos
A LENDA DO FOGO
Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto
ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0
20
mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn
tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart
Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0
segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde
estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se
no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em
direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell
levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6
pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn
pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era
muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento
aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per
causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as
noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas
Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es
para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras
sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as
campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as
campos de Guarapuava
Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle
devemos ter para conquistar estes conhecimentos
A LENDA DA ERVA-MATE
MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das
margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma
das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos
velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim
ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do
Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas
21
ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes
Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava
uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas
sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare
produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em
que sabia quebrar 0 mal
Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas
guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No
mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar
em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na
enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as
chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse
momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo
a mal Gupi ficou impressionado com aquila
A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava
prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para
espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela
correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem
esquerda da tribo Tupi
Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se
tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o
lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem
disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn
galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos
Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se
da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a
mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de
erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis
festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as
tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos
forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis
t4~~ bull ~ ~
22
Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da
natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as
valores da natureza e do mundo
143 Contos de Encantamento
Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au
inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos
f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do
impossive da magica e do irnprevisto
144 Contos de Fadas
sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar
de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~
Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem
na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade
fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de
sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada
etc
Estrutura basica dos contos de fadas
Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o
Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos
etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial
Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da
prote~o e mergulha no completo desconhecido
23
Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no
plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios
Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades
potencialidades e polaridades opostas
Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio
florescimento colheita e transcendancia
ANALISE DOS CONTOS
OS TRES PORQUINHOS
Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito
apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento
pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que
nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par
outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho
arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois
o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho
As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao
progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o
imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de
brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e
na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos
porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de
brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua
casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas
vezes em astucia
Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas
recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que
atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte
24
Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio
desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair
suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da
crian9B
Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar
enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo
o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal
entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria
termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado
urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos
A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de
educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase
magica e da fantasia
Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao
seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece
o PATINHO FEIO
0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave
desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos
os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser
a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos
perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria
classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem
desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o
apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma
natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir
qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
4
momentos de jogo de brincadeira com a Ifvro e que a leitor se abre a treca de
ideias da expressao a seus temores e desejos deixa~se penetrar pelo espirito
da literatura~
o texto realmente literario acrescenta ao leitor nao por Ihe ensinar
explicitamente comportamentos au regras e bem viver mas porque Ihe traz 0
inusitado a surpresB 0 novo
Para CUNHA (1988 p 57) a obra liteniria infantil a essencialmente a
mesma obra de arte para 0 adulto Difere desta apenas na complexidade de
conceplttio a obra para crianlaquoCIs sera mais simples em seus recursos mas nao
menes valiosa
Prazer jogo conhecimento e expressao necessitam de urna escola
democratica criativa questionadora dintmica aberta ao novo e ao belo Urna
escola concreta com educadores e alunos apaixonados par livros e pela vida
OLIVEIRA (1998 p 11) escreve que
o pensamento infantil e aquele que esta sintonizado com esse pulsar pelasvias do imagimlrio E e justamente com esse pulsar pelas vias que as projetosmais arrojados de literatura infantit investem nao escamoteando a literarionem facilitando mas enfrentando sua qualidade artfstica e oferecendo asmelhores produtos possiveis ao repert6rio infantil que tern a compet~ncianecessaria para traduzi-to pelo desempenho de uma leitura multipla ediversificada
o educador tem que e~tar aierta para 0 fato de que nem tudo que circuia
como livro destinado a crianya e de fato literatura infanti Ha muitas produyOes
que nao v~o alem do lugar-comum estetico e ideol6gico
Eo tambam COELHO (1995 p 32) que afirma que Iiteratura e
especial mente a infantil tern que proporcionar uma reorganiza9aO das
perceP96es do mundo desse modo possibilitar uma nova ordenayAo das
experi~ncias existenciais da crianca A conviv~ncia com texlos literarios provoca
a forma9aO de novos padrOes e 0 desenvolvimento do critico~
CADEMARTORI (1986 p 7) postula a idaia de todos sabem 0 que a
Literatura Infantil ~isso porque a maior parte das pessoas tern algo a ver com
criancta seja tilhos vizinhos sobrinhos alunos e raz~o inquestionavel todos jil
foram crian~as~
Para COELHO (1993 p 24) a literatura infantil e antes de tudo
literatura e arte fen Omena de criativfdade que representa a mundo a homem a
vida atraves da palavra onde heuma fun~o dos sonhos com a vida pratica do
imaginario com a real das ideias e sua possfvel au impossivel realizayao
12 HIST6RICO DA LlTERATURA INFANTIL
A Gnese da Literatllra Infantil e documentada a partir de fontes
orientais par volta do seculo III e IV
A difus~o no Ocidente europeu deu-se durante a Idade Media por uma
transmissao oral
As narrativas primordiais com origem no Oriente como As mil e uma
Noites permitiram a descoberta do fundo fabuloso que se perpetuou pela
traduyao oral Essas narrativas se passam fora dos limites do mundo
conhecido falam de um mundo imaginario mas sempre procurando uma
explica~o para seu cotidiano
COELHO (1999) tala que os contos revelam que 0 homem nao possui
todo 0 conhecimento e utilizam ate hoje elementos magicos para explicar a que
n~o e cientificamente comprovado
o Renascimento traz mudan((as profundas na arte e na cultura
transferindo para a literatura urn period a moral e crist~o
No Ocidente as novelas de cavalaria difundidas oralmente contribuem
tortemente pam a crescimento da literatura mundial
No seCtilo XVIII a Pre Romantismo oferece obras como Robson Crusoe
e Viagens de Guliver (Jonatham Swift)
6
No secula XIX 0 Romantismo e 0 Realismo apresentam as Irm~os
Grimm - na Alemanha e Hans Christian Andersen em fase de consolidaltQo de
sociedade liberal burguesa
Charles Perrault na Franya colhendo e adaptando as lendas e
narra90es afloradas da tradi~o e do foldare imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como a do Gata de Botas Chapeuzinho Vermelho~ ~Gata
Borralheira sendo hoje considerado autor classico no o~nero
As noveias de cavalaria vieram para a Brasil pela literatura de corde 0
Brasil possuiu basicamente textos com intuito de catequizar enquanto que na
Europa as contos estavam cada vez mais interessantes e diversificados
A literatura no Brasil ap6s 0 iniao didHico (catequizaltlo) passa a ter
fins civicos e de ideologizar 0 que e importante que as cnan~s aprendam
Monteiro Lobato faz uma ruptura neste aspecto com suas obras do Sitio
do Pica-Pau Amarelo Traz uma nova concepyao de mundo e sociedade e
rompe com aspirayao politica envolvendo 0 Brasil Foi 0 primeiro autor a
compreender que a leitor principalmente 0 infantil busca 0 prazer a sedultAo a
beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens
As escolas mostram-se como campo propfdo para 0 desenvolvimento do
trabalho literario mas 0 resuJtado deste esta lange do satismiddotfatario Observam-se
criancas desinteressadas e aduJtos que nao criaram a habito de leitura
A literatura infantil deve proporcionar nova percepyao de mundo de
vi sao e de criatividade
A funltao da literatura e romper com pad rOes e convencOes estimular a
conscitncia crifiee e questionadora
13 HISTORIA E ESTORIA
Encontramos duas palavras que normalmente tern 0 mesma significado
mas que teve p~r urn pereda uma outra significacao
MORENO (2003) afirma que 0 uso de est6ria poderia ter ficado
confinado ao mundo do Folciore ende talvez fosse de alguma utilidade Nao eincomum que certas areas do pensamento postulem para usa exclusivo
Yocabulos novas au variacOes fonologicas au ortograficas de Yocabulos antlgos
no afa de abter maior precisao em seus conceitos
Hist6ria e a narrativ8 de fatos reais e estoria e a narrativa de fic~o
Para nao complicar e nem cometer anglidsmo (importaltao do ingl~s) a melhor
a fazer e usar Nhist6ria tanto para fatas reais como para narrativas inventadas
Historia com h~ maiuscule se trata de ci~ncia estudo Exemplo Historia do
Brasil
Segundo MOREIO (2003) a histOria se refere ao passado e ao sell
estudo e a hist6ria da narrativa da fabula Para ele ~aexperi~ncia nos diz que
essas invasOes de searas alheias geralmente pecam por urn raciocinio simplista
reducionista
IS50 se verifica por exemplo na Filosofia na L6gica na LingUistica na
Psicanalise MORENO (2003) expOe que como e natural essas variantes vao
fazer parte de um c6digo especifico Clijo emprego passa a ser indispensavel
para os especialistas dessa area mas nao entram no grande caudal da lingua
comum~
A cria~o a utilizat~o e muito seguidamente a agonia e marie dessas
forma 5 sao registradas em discretos dicionarios especializados
convenientemente isolados do grande rebanho representado pelos dicionMios
de uso
A) Joao Ribeiro forte conhecedor de nosso idioma foi quem prop6s a
ado~o do termo est6ria em 1919 para designar no campo do Folclore a
narrativa popular 0 conto tradicional objeto de estudo dos especialistas
daquela area E nao se tratava de inventar mas sim de reabilitar uma forma
arcaica comLJm nos manuscritos medievais de Portugal Era uma ing~nua
proposta paroquial nascida da inveja compreensivel que causa a distin~o
story - history do Ingh~s E mais do que comllm 0 fato de uma Ifngu8 fazer
distintOes vocabulares que outras nao fazem
8
B A estoria medieval naa era LIm vocabulo diferente de historia era
apenas uma das muitas variantes que se encontram nos textos manllscritos de
nossos copistas naquele tempo heroico em que a estrutura de nossa ortografia
ainda lutava para sedimentar Ali aparecem hist6ria hest6ria estoria istoria
estOrea Da mesma forma vamos encontrar homem omem amee (algumas
vezes com til no primeiro e) e ate ome Nota-se que 0 emprego do h e das
vogais ainda nao estava estabilizado na escrita Entretanto ja no sec XVI a
grafia de homem e hist6ria era a que e lIsada ate hoje Qutras linguas da familia
latina como 0 EspanhoJ e 0 Franres tambem experimentaram essa variedade
de formas para hist6ria mas terminau prevalecendo a forma (mica (historia e
histoire respectivamente)
C) Segundo 0 Novo Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa
FERREIRA AB de H Novo Dicionario Aumlio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
Est6ria SFV historia (recomenda-se apenas a gratia historia tanto no
senti do de ci~mcia historica quanta no de narrativa de ficcao canto popular e
demais acepcoes)
OJ 0 Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa ainda explana Hist6ria -
1 narra~o met6dica dos fatos notfiveis ocorridos na vida des povos em
particular e na vida da humanidade em geral A hist6ria do Brasil historia
universal 2 Conjunto de conhecimento adquirido atraves da tradi~o eou por
meio dos documentos relativos a evolu~a ao passado da humanidade 3
Ci~ncia e metoda que permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos 4
o canjunto de obras referentes a histona 5 Conjunto de conhecimento relativos
a esta ci~ncia au que tem implicacOes com ela ministrados nas respectivas
faculdades estudante de histOria 6 Tratado au compt~mdio de histOna 7
Estudo das origens e processes de uma arte de uma ci~ncia au de um ramo do
conhecimento Hist6ria da pintura hist6ria da medicina Narrayao de
acontecimentos de a90es em geral cronologicamente dispostos A historia das
viagens do Capitao Cook a historia de Napole~o Narra~o de fatos
acontecimentos au particularidades relativas a urn determinade assunto Canto
narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao
ter historia
14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL
Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores
importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do
desenvolvimento infantil~uvenil
COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada
classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da
inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente
biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do
mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao
sempre aproximadasM
A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha
de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)
fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao
considerada normal
bull 0 Pre-Ieitor
Categoria inicial que abrange duas fases
Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a
reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e
pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a
conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~
Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos
familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes
desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material
10
agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental
nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos
Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais
predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse
crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico
bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)
Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil
reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e
complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade
A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para
estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que
ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita
middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)
A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura
Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as
operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda
natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo
a leitura
bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)
Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da
eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a
reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento
hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do
adulto ja nao se faz necessaria
bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)
11
Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de
ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e
critico
o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario
procurando penetrar no mecanismo da leitura
o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario
141 Fabulas
NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn
ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como
o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a
garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao
salpicado a maneira de remendos
Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)
Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais
que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade
A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca
Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles
fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida
Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve
ser copiado e 0 errado evitado
ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA
A CIGARRA E A FORMIGA
1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992
12
Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que
nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a
necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~
o CORVO E 0 PAvAo
Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da
arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor
atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes
defeitos
A AGUIA E A CORUJA
o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas
as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para
sempre Ihes parecerao lindos
Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela
sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor
cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado
A RAPOSA E AS UVAS
Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas
nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com
sentimentos de inveja
o PARTO DA MONTANHA
o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode
corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao
acontecera
13
o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO
Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que
muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es
o LEAo E 0 RATINHO
Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser
empecilho para boas amizades
VENUSEAGATA
A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser
nunea podera ser mudada
OSAPOEOBOI
A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que
tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia
A ASSEMBLEIA DOS RATOS
Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as
atltudes e Dutro departamento
A GALINHA DOS OVOS DE OURO
Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda
infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par
atitudes impensadas
14
o BURRO NA PELE DO LEAo
Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza
continuara a mesma
AS DUAS PANELAS
Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair
perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que
poderia ter side ou ate se transform ado
A GARltA VELHA
Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos
o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO
Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as
desejos de ninguem e lodos saem perdendo
A LEBRE E A TARTARUGA
Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a
frente daqueles que se acham espertos demais
o GALO E A RAPOSA
Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e
preciso ter cuidado com amizades repentinas
15
A RAPOSA E A CEGONHA
Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que
S8 e tratado
o PASTOR E 0 LOBO
Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade
ninguem acredita
142 Lendas
Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e
significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao
escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria
falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava
de seres 0 seu mundo
Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do
momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao
qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta
contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie
de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05
dos espiritos do bem
A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e
do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas
A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em
sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os
astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas
16
A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado
da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario
superam 0 historico e 0 verdadeiro
LENDAS DO PARANA
o VEU DE PINGO DAGUA
0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para
Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava
o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era
conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada
disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo
A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do
tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo
dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect
viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL
Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando
que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se
encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos
desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado
Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas
cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma
crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em
qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que
acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0
nome de Veu da Noiva
Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado
e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria
17
busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com
alguem que ela nao amasse
A LENDA DO CAATIU
~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn
valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba
Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado
partia para a guerra
Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn
pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E
assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as
sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que
acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de
Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0
transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam
os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando
as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de
suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0
Parana
Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar
imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo
deste am or
LENDA DA GRALHA AZUL
KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava
acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda
do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a
arvore para transforma-Ia em tabllas
18
A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu
corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu
muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La
nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se
revoltam com as dares alheias
A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela
S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje
em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~
vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da
fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a
bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto
enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que
podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a
pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0
regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos
altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos
permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite
eterno Vinde a mim todos
A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus
olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul
Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto
porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou
celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um
verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando
Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos
ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a
fonte para uma nova vida
19
A LENDA DE BREJATUBA
~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0
Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58
chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis
habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos
caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura
e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata
conheceu Juraci a filha do chefe earij6
Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito
esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua
tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram
semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam
envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a
agarrasse com for1a de guerreiro
o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do
morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~
aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu
correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De
repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0
mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas
recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem
como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt
ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para
alcanyar nossos objetivos
A LENDA DO FOGO
Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto
ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0
20
mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn
tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart
Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0
segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde
estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se
no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em
direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell
levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6
pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn
pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era
muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento
aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per
causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as
noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas
Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es
para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras
sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as
campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as
campos de Guarapuava
Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle
devemos ter para conquistar estes conhecimentos
A LENDA DA ERVA-MATE
MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das
margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma
das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos
velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim
ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do
Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas
21
ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes
Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava
uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas
sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare
produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em
que sabia quebrar 0 mal
Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas
guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No
mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar
em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na
enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as
chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse
momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo
a mal Gupi ficou impressionado com aquila
A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava
prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para
espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela
correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem
esquerda da tribo Tupi
Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se
tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o
lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem
disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn
galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos
Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se
da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a
mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de
erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis
festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as
tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos
forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis
t4~~ bull ~ ~
22
Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da
natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as
valores da natureza e do mundo
143 Contos de Encantamento
Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au
inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos
f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do
impossive da magica e do irnprevisto
144 Contos de Fadas
sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar
de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~
Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem
na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade
fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de
sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada
etc
Estrutura basica dos contos de fadas
Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o
Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos
etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial
Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da
prote~o e mergulha no completo desconhecido
23
Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no
plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios
Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades
potencialidades e polaridades opostas
Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio
florescimento colheita e transcendancia
ANALISE DOS CONTOS
OS TRES PORQUINHOS
Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito
apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento
pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que
nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par
outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho
arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois
o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho
As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao
progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o
imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de
brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e
na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos
porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de
brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua
casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas
vezes em astucia
Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas
recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que
atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte
24
Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio
desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair
suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da
crian9B
Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar
enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo
o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal
entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria
termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado
urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos
A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de
educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase
magica e da fantasia
Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao
seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece
o PATINHO FEIO
0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave
desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos
os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser
a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos
perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria
classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem
desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o
apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma
natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir
qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
criancta seja tilhos vizinhos sobrinhos alunos e raz~o inquestionavel todos jil
foram crian~as~
Para COELHO (1993 p 24) a literatura infantil e antes de tudo
literatura e arte fen Omena de criativfdade que representa a mundo a homem a
vida atraves da palavra onde heuma fun~o dos sonhos com a vida pratica do
imaginario com a real das ideias e sua possfvel au impossivel realizayao
12 HIST6RICO DA LlTERATURA INFANTIL
A Gnese da Literatllra Infantil e documentada a partir de fontes
orientais par volta do seculo III e IV
A difus~o no Ocidente europeu deu-se durante a Idade Media por uma
transmissao oral
As narrativas primordiais com origem no Oriente como As mil e uma
Noites permitiram a descoberta do fundo fabuloso que se perpetuou pela
traduyao oral Essas narrativas se passam fora dos limites do mundo
conhecido falam de um mundo imaginario mas sempre procurando uma
explica~o para seu cotidiano
COELHO (1999) tala que os contos revelam que 0 homem nao possui
todo 0 conhecimento e utilizam ate hoje elementos magicos para explicar a que
n~o e cientificamente comprovado
o Renascimento traz mudan((as profundas na arte e na cultura
transferindo para a literatura urn period a moral e crist~o
No Ocidente as novelas de cavalaria difundidas oralmente contribuem
tortemente pam a crescimento da literatura mundial
No seCtilo XVIII a Pre Romantismo oferece obras como Robson Crusoe
e Viagens de Guliver (Jonatham Swift)
6
No secula XIX 0 Romantismo e 0 Realismo apresentam as Irm~os
Grimm - na Alemanha e Hans Christian Andersen em fase de consolidaltQo de
sociedade liberal burguesa
Charles Perrault na Franya colhendo e adaptando as lendas e
narra90es afloradas da tradi~o e do foldare imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como a do Gata de Botas Chapeuzinho Vermelho~ ~Gata
Borralheira sendo hoje considerado autor classico no o~nero
As noveias de cavalaria vieram para a Brasil pela literatura de corde 0
Brasil possuiu basicamente textos com intuito de catequizar enquanto que na
Europa as contos estavam cada vez mais interessantes e diversificados
A literatura no Brasil ap6s 0 iniao didHico (catequizaltlo) passa a ter
fins civicos e de ideologizar 0 que e importante que as cnan~s aprendam
Monteiro Lobato faz uma ruptura neste aspecto com suas obras do Sitio
do Pica-Pau Amarelo Traz uma nova concepyao de mundo e sociedade e
rompe com aspirayao politica envolvendo 0 Brasil Foi 0 primeiro autor a
compreender que a leitor principalmente 0 infantil busca 0 prazer a sedultAo a
beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens
As escolas mostram-se como campo propfdo para 0 desenvolvimento do
trabalho literario mas 0 resuJtado deste esta lange do satismiddotfatario Observam-se
criancas desinteressadas e aduJtos que nao criaram a habito de leitura
A literatura infantil deve proporcionar nova percepyao de mundo de
vi sao e de criatividade
A funltao da literatura e romper com pad rOes e convencOes estimular a
conscitncia crifiee e questionadora
13 HISTORIA E ESTORIA
Encontramos duas palavras que normalmente tern 0 mesma significado
mas que teve p~r urn pereda uma outra significacao
MORENO (2003) afirma que 0 uso de est6ria poderia ter ficado
confinado ao mundo do Folciore ende talvez fosse de alguma utilidade Nao eincomum que certas areas do pensamento postulem para usa exclusivo
Yocabulos novas au variacOes fonologicas au ortograficas de Yocabulos antlgos
no afa de abter maior precisao em seus conceitos
Hist6ria e a narrativ8 de fatos reais e estoria e a narrativa de fic~o
Para nao complicar e nem cometer anglidsmo (importaltao do ingl~s) a melhor
a fazer e usar Nhist6ria tanto para fatas reais como para narrativas inventadas
Historia com h~ maiuscule se trata de ci~ncia estudo Exemplo Historia do
Brasil
Segundo MOREIO (2003) a histOria se refere ao passado e ao sell
estudo e a hist6ria da narrativa da fabula Para ele ~aexperi~ncia nos diz que
essas invasOes de searas alheias geralmente pecam por urn raciocinio simplista
reducionista
IS50 se verifica por exemplo na Filosofia na L6gica na LingUistica na
Psicanalise MORENO (2003) expOe que como e natural essas variantes vao
fazer parte de um c6digo especifico Clijo emprego passa a ser indispensavel
para os especialistas dessa area mas nao entram no grande caudal da lingua
comum~
A cria~o a utilizat~o e muito seguidamente a agonia e marie dessas
forma 5 sao registradas em discretos dicionarios especializados
convenientemente isolados do grande rebanho representado pelos dicionMios
de uso
A) Joao Ribeiro forte conhecedor de nosso idioma foi quem prop6s a
ado~o do termo est6ria em 1919 para designar no campo do Folclore a
narrativa popular 0 conto tradicional objeto de estudo dos especialistas
daquela area E nao se tratava de inventar mas sim de reabilitar uma forma
arcaica comLJm nos manuscritos medievais de Portugal Era uma ing~nua
proposta paroquial nascida da inveja compreensivel que causa a distin~o
story - history do Ingh~s E mais do que comllm 0 fato de uma Ifngu8 fazer
distintOes vocabulares que outras nao fazem
8
B A estoria medieval naa era LIm vocabulo diferente de historia era
apenas uma das muitas variantes que se encontram nos textos manllscritos de
nossos copistas naquele tempo heroico em que a estrutura de nossa ortografia
ainda lutava para sedimentar Ali aparecem hist6ria hest6ria estoria istoria
estOrea Da mesma forma vamos encontrar homem omem amee (algumas
vezes com til no primeiro e) e ate ome Nota-se que 0 emprego do h e das
vogais ainda nao estava estabilizado na escrita Entretanto ja no sec XVI a
grafia de homem e hist6ria era a que e lIsada ate hoje Qutras linguas da familia
latina como 0 EspanhoJ e 0 Franres tambem experimentaram essa variedade
de formas para hist6ria mas terminau prevalecendo a forma (mica (historia e
histoire respectivamente)
C) Segundo 0 Novo Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa
FERREIRA AB de H Novo Dicionario Aumlio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
Est6ria SFV historia (recomenda-se apenas a gratia historia tanto no
senti do de ci~mcia historica quanta no de narrativa de ficcao canto popular e
demais acepcoes)
OJ 0 Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa ainda explana Hist6ria -
1 narra~o met6dica dos fatos notfiveis ocorridos na vida des povos em
particular e na vida da humanidade em geral A hist6ria do Brasil historia
universal 2 Conjunto de conhecimento adquirido atraves da tradi~o eou por
meio dos documentos relativos a evolu~a ao passado da humanidade 3
Ci~ncia e metoda que permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos 4
o canjunto de obras referentes a histona 5 Conjunto de conhecimento relativos
a esta ci~ncia au que tem implicacOes com ela ministrados nas respectivas
faculdades estudante de histOria 6 Tratado au compt~mdio de histOna 7
Estudo das origens e processes de uma arte de uma ci~ncia au de um ramo do
conhecimento Hist6ria da pintura hist6ria da medicina Narrayao de
acontecimentos de a90es em geral cronologicamente dispostos A historia das
viagens do Capitao Cook a historia de Napole~o Narra~o de fatos
acontecimentos au particularidades relativas a urn determinade assunto Canto
narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao
ter historia
14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL
Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores
importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do
desenvolvimento infantil~uvenil
COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada
classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da
inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente
biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do
mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao
sempre aproximadasM
A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha
de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)
fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao
considerada normal
bull 0 Pre-Ieitor
Categoria inicial que abrange duas fases
Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a
reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e
pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a
conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~
Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos
familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes
desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material
10
agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental
nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos
Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais
predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse
crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico
bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)
Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil
reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e
complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade
A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para
estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que
ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita
middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)
A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura
Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as
operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda
natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo
a leitura
bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)
Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da
eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a
reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento
hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do
adulto ja nao se faz necessaria
bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)
11
Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de
ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e
critico
o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario
procurando penetrar no mecanismo da leitura
o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario
141 Fabulas
NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn
ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como
o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a
garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao
salpicado a maneira de remendos
Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)
Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais
que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade
A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca
Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles
fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida
Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve
ser copiado e 0 errado evitado
ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA
A CIGARRA E A FORMIGA
1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992
12
Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que
nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a
necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~
o CORVO E 0 PAvAo
Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da
arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor
atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes
defeitos
A AGUIA E A CORUJA
o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas
as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para
sempre Ihes parecerao lindos
Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela
sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor
cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado
A RAPOSA E AS UVAS
Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas
nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com
sentimentos de inveja
o PARTO DA MONTANHA
o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode
corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao
acontecera
13
o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO
Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que
muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es
o LEAo E 0 RATINHO
Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser
empecilho para boas amizades
VENUSEAGATA
A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser
nunea podera ser mudada
OSAPOEOBOI
A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que
tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia
A ASSEMBLEIA DOS RATOS
Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as
atltudes e Dutro departamento
A GALINHA DOS OVOS DE OURO
Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda
infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par
atitudes impensadas
14
o BURRO NA PELE DO LEAo
Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza
continuara a mesma
AS DUAS PANELAS
Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair
perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que
poderia ter side ou ate se transform ado
A GARltA VELHA
Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos
o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO
Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as
desejos de ninguem e lodos saem perdendo
A LEBRE E A TARTARUGA
Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a
frente daqueles que se acham espertos demais
o GALO E A RAPOSA
Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e
preciso ter cuidado com amizades repentinas
15
A RAPOSA E A CEGONHA
Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que
S8 e tratado
o PASTOR E 0 LOBO
Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade
ninguem acredita
142 Lendas
Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e
significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao
escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria
falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava
de seres 0 seu mundo
Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do
momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao
qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta
contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie
de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05
dos espiritos do bem
A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e
do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas
A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em
sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os
astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas
16
A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado
da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario
superam 0 historico e 0 verdadeiro
LENDAS DO PARANA
o VEU DE PINGO DAGUA
0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para
Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava
o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era
conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada
disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo
A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do
tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo
dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect
viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL
Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando
que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se
encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos
desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado
Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas
cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma
crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em
qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que
acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0
nome de Veu da Noiva
Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado
e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria
17
busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com
alguem que ela nao amasse
A LENDA DO CAATIU
~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn
valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba
Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado
partia para a guerra
Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn
pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E
assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as
sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que
acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de
Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0
transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam
os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando
as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de
suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0
Parana
Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar
imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo
deste am or
LENDA DA GRALHA AZUL
KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava
acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda
do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a
arvore para transforma-Ia em tabllas
18
A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu
corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu
muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La
nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se
revoltam com as dares alheias
A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela
S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje
em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~
vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da
fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a
bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto
enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que
podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a
pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0
regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos
altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos
permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite
eterno Vinde a mim todos
A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus
olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul
Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto
porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou
celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um
verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando
Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos
ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a
fonte para uma nova vida
19
A LENDA DE BREJATUBA
~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0
Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58
chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis
habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos
caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura
e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata
conheceu Juraci a filha do chefe earij6
Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito
esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua
tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram
semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam
envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a
agarrasse com for1a de guerreiro
o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do
morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~
aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu
correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De
repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0
mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas
recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem
como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt
ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para
alcanyar nossos objetivos
A LENDA DO FOGO
Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto
ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0
20
mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn
tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart
Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0
segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde
estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se
no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em
direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell
levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6
pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn
pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era
muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento
aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per
causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as
noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas
Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es
para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras
sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as
campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as
campos de Guarapuava
Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle
devemos ter para conquistar estes conhecimentos
A LENDA DA ERVA-MATE
MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das
margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma
das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos
velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim
ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do
Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas
21
ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes
Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava
uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas
sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare
produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em
que sabia quebrar 0 mal
Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas
guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No
mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar
em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na
enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as
chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse
momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo
a mal Gupi ficou impressionado com aquila
A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava
prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para
espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela
correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem
esquerda da tribo Tupi
Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se
tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o
lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem
disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn
galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos
Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se
da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a
mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de
erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis
festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as
tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos
forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis
t4~~ bull ~ ~
22
Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da
natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as
valores da natureza e do mundo
143 Contos de Encantamento
Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au
inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos
f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do
impossive da magica e do irnprevisto
144 Contos de Fadas
sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar
de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~
Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem
na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade
fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de
sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada
etc
Estrutura basica dos contos de fadas
Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o
Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos
etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial
Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da
prote~o e mergulha no completo desconhecido
23
Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no
plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios
Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades
potencialidades e polaridades opostas
Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio
florescimento colheita e transcendancia
ANALISE DOS CONTOS
OS TRES PORQUINHOS
Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito
apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento
pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que
nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par
outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho
arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois
o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho
As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao
progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o
imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de
brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e
na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos
porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de
brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua
casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas
vezes em astucia
Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas
recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que
atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte
24
Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio
desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair
suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da
crian9B
Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar
enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo
o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal
entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria
termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado
urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos
A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de
educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase
magica e da fantasia
Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao
seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece
o PATINHO FEIO
0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave
desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos
os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser
a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos
perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria
classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem
desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o
apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma
natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir
qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
6
No secula XIX 0 Romantismo e 0 Realismo apresentam as Irm~os
Grimm - na Alemanha e Hans Christian Andersen em fase de consolidaltQo de
sociedade liberal burguesa
Charles Perrault na Franya colhendo e adaptando as lendas e
narra90es afloradas da tradi~o e do foldare imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como a do Gata de Botas Chapeuzinho Vermelho~ ~Gata
Borralheira sendo hoje considerado autor classico no o~nero
As noveias de cavalaria vieram para a Brasil pela literatura de corde 0
Brasil possuiu basicamente textos com intuito de catequizar enquanto que na
Europa as contos estavam cada vez mais interessantes e diversificados
A literatura no Brasil ap6s 0 iniao didHico (catequizaltlo) passa a ter
fins civicos e de ideologizar 0 que e importante que as cnan~s aprendam
Monteiro Lobato faz uma ruptura neste aspecto com suas obras do Sitio
do Pica-Pau Amarelo Traz uma nova concepyao de mundo e sociedade e
rompe com aspirayao politica envolvendo 0 Brasil Foi 0 primeiro autor a
compreender que a leitor principalmente 0 infantil busca 0 prazer a sedultAo a
beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens
As escolas mostram-se como campo propfdo para 0 desenvolvimento do
trabalho literario mas 0 resuJtado deste esta lange do satismiddotfatario Observam-se
criancas desinteressadas e aduJtos que nao criaram a habito de leitura
A literatura infantil deve proporcionar nova percepyao de mundo de
vi sao e de criatividade
A funltao da literatura e romper com pad rOes e convencOes estimular a
conscitncia crifiee e questionadora
13 HISTORIA E ESTORIA
Encontramos duas palavras que normalmente tern 0 mesma significado
mas que teve p~r urn pereda uma outra significacao
MORENO (2003) afirma que 0 uso de est6ria poderia ter ficado
confinado ao mundo do Folciore ende talvez fosse de alguma utilidade Nao eincomum que certas areas do pensamento postulem para usa exclusivo
Yocabulos novas au variacOes fonologicas au ortograficas de Yocabulos antlgos
no afa de abter maior precisao em seus conceitos
Hist6ria e a narrativ8 de fatos reais e estoria e a narrativa de fic~o
Para nao complicar e nem cometer anglidsmo (importaltao do ingl~s) a melhor
a fazer e usar Nhist6ria tanto para fatas reais como para narrativas inventadas
Historia com h~ maiuscule se trata de ci~ncia estudo Exemplo Historia do
Brasil
Segundo MOREIO (2003) a histOria se refere ao passado e ao sell
estudo e a hist6ria da narrativa da fabula Para ele ~aexperi~ncia nos diz que
essas invasOes de searas alheias geralmente pecam por urn raciocinio simplista
reducionista
IS50 se verifica por exemplo na Filosofia na L6gica na LingUistica na
Psicanalise MORENO (2003) expOe que como e natural essas variantes vao
fazer parte de um c6digo especifico Clijo emprego passa a ser indispensavel
para os especialistas dessa area mas nao entram no grande caudal da lingua
comum~
A cria~o a utilizat~o e muito seguidamente a agonia e marie dessas
forma 5 sao registradas em discretos dicionarios especializados
convenientemente isolados do grande rebanho representado pelos dicionMios
de uso
A) Joao Ribeiro forte conhecedor de nosso idioma foi quem prop6s a
ado~o do termo est6ria em 1919 para designar no campo do Folclore a
narrativa popular 0 conto tradicional objeto de estudo dos especialistas
daquela area E nao se tratava de inventar mas sim de reabilitar uma forma
arcaica comLJm nos manuscritos medievais de Portugal Era uma ing~nua
proposta paroquial nascida da inveja compreensivel que causa a distin~o
story - history do Ingh~s E mais do que comllm 0 fato de uma Ifngu8 fazer
distintOes vocabulares que outras nao fazem
8
B A estoria medieval naa era LIm vocabulo diferente de historia era
apenas uma das muitas variantes que se encontram nos textos manllscritos de
nossos copistas naquele tempo heroico em que a estrutura de nossa ortografia
ainda lutava para sedimentar Ali aparecem hist6ria hest6ria estoria istoria
estOrea Da mesma forma vamos encontrar homem omem amee (algumas
vezes com til no primeiro e) e ate ome Nota-se que 0 emprego do h e das
vogais ainda nao estava estabilizado na escrita Entretanto ja no sec XVI a
grafia de homem e hist6ria era a que e lIsada ate hoje Qutras linguas da familia
latina como 0 EspanhoJ e 0 Franres tambem experimentaram essa variedade
de formas para hist6ria mas terminau prevalecendo a forma (mica (historia e
histoire respectivamente)
C) Segundo 0 Novo Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa
FERREIRA AB de H Novo Dicionario Aumlio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
Est6ria SFV historia (recomenda-se apenas a gratia historia tanto no
senti do de ci~mcia historica quanta no de narrativa de ficcao canto popular e
demais acepcoes)
OJ 0 Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa ainda explana Hist6ria -
1 narra~o met6dica dos fatos notfiveis ocorridos na vida des povos em
particular e na vida da humanidade em geral A hist6ria do Brasil historia
universal 2 Conjunto de conhecimento adquirido atraves da tradi~o eou por
meio dos documentos relativos a evolu~a ao passado da humanidade 3
Ci~ncia e metoda que permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos 4
o canjunto de obras referentes a histona 5 Conjunto de conhecimento relativos
a esta ci~ncia au que tem implicacOes com ela ministrados nas respectivas
faculdades estudante de histOria 6 Tratado au compt~mdio de histOna 7
Estudo das origens e processes de uma arte de uma ci~ncia au de um ramo do
conhecimento Hist6ria da pintura hist6ria da medicina Narrayao de
acontecimentos de a90es em geral cronologicamente dispostos A historia das
viagens do Capitao Cook a historia de Napole~o Narra~o de fatos
acontecimentos au particularidades relativas a urn determinade assunto Canto
narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao
ter historia
14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL
Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores
importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do
desenvolvimento infantil~uvenil
COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada
classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da
inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente
biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do
mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao
sempre aproximadasM
A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha
de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)
fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao
considerada normal
bull 0 Pre-Ieitor
Categoria inicial que abrange duas fases
Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a
reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e
pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a
conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~
Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos
familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes
desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material
10
agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental
nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos
Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais
predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse
crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico
bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)
Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil
reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e
complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade
A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para
estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que
ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita
middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)
A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura
Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as
operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda
natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo
a leitura
bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)
Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da
eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a
reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento
hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do
adulto ja nao se faz necessaria
bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)
11
Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de
ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e
critico
o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario
procurando penetrar no mecanismo da leitura
o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario
141 Fabulas
NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn
ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como
o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a
garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao
salpicado a maneira de remendos
Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)
Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais
que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade
A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca
Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles
fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida
Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve
ser copiado e 0 errado evitado
ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA
A CIGARRA E A FORMIGA
1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992
12
Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que
nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a
necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~
o CORVO E 0 PAvAo
Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da
arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor
atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes
defeitos
A AGUIA E A CORUJA
o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas
as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para
sempre Ihes parecerao lindos
Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela
sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor
cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado
A RAPOSA E AS UVAS
Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas
nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com
sentimentos de inveja
o PARTO DA MONTANHA
o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode
corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao
acontecera
13
o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO
Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que
muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es
o LEAo E 0 RATINHO
Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser
empecilho para boas amizades
VENUSEAGATA
A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser
nunea podera ser mudada
OSAPOEOBOI
A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que
tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia
A ASSEMBLEIA DOS RATOS
Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as
atltudes e Dutro departamento
A GALINHA DOS OVOS DE OURO
Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda
infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par
atitudes impensadas
14
o BURRO NA PELE DO LEAo
Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza
continuara a mesma
AS DUAS PANELAS
Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair
perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que
poderia ter side ou ate se transform ado
A GARltA VELHA
Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos
o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO
Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as
desejos de ninguem e lodos saem perdendo
A LEBRE E A TARTARUGA
Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a
frente daqueles que se acham espertos demais
o GALO E A RAPOSA
Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e
preciso ter cuidado com amizades repentinas
15
A RAPOSA E A CEGONHA
Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que
S8 e tratado
o PASTOR E 0 LOBO
Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade
ninguem acredita
142 Lendas
Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e
significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao
escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria
falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava
de seres 0 seu mundo
Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do
momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao
qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta
contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie
de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05
dos espiritos do bem
A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e
do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas
A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em
sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os
astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas
16
A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado
da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario
superam 0 historico e 0 verdadeiro
LENDAS DO PARANA
o VEU DE PINGO DAGUA
0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para
Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava
o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era
conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada
disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo
A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do
tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo
dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect
viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL
Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando
que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se
encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos
desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado
Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas
cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma
crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em
qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que
acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0
nome de Veu da Noiva
Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado
e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria
17
busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com
alguem que ela nao amasse
A LENDA DO CAATIU
~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn
valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba
Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado
partia para a guerra
Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn
pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E
assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as
sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que
acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de
Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0
transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam
os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando
as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de
suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0
Parana
Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar
imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo
deste am or
LENDA DA GRALHA AZUL
KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava
acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda
do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a
arvore para transforma-Ia em tabllas
18
A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu
corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu
muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La
nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se
revoltam com as dares alheias
A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela
S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje
em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~
vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da
fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a
bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto
enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que
podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a
pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0
regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos
altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos
permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite
eterno Vinde a mim todos
A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus
olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul
Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto
porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou
celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um
verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando
Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos
ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a
fonte para uma nova vida
19
A LENDA DE BREJATUBA
~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0
Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58
chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis
habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos
caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura
e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata
conheceu Juraci a filha do chefe earij6
Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito
esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua
tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram
semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam
envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a
agarrasse com for1a de guerreiro
o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do
morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~
aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu
correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De
repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0
mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas
recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem
como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt
ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para
alcanyar nossos objetivos
A LENDA DO FOGO
Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto
ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0
20
mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn
tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart
Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0
segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde
estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se
no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em
direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell
levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6
pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn
pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era
muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento
aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per
causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as
noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas
Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es
para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras
sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as
campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as
campos de Guarapuava
Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle
devemos ter para conquistar estes conhecimentos
A LENDA DA ERVA-MATE
MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das
margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma
das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos
velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim
ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do
Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas
21
ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes
Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava
uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas
sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare
produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em
que sabia quebrar 0 mal
Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas
guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No
mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar
em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na
enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as
chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse
momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo
a mal Gupi ficou impressionado com aquila
A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava
prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para
espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela
correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem
esquerda da tribo Tupi
Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se
tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o
lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem
disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn
galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos
Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se
da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a
mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de
erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis
festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as
tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos
forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis
t4~~ bull ~ ~
22
Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da
natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as
valores da natureza e do mundo
143 Contos de Encantamento
Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au
inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos
f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do
impossive da magica e do irnprevisto
144 Contos de Fadas
sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar
de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~
Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem
na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade
fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de
sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada
etc
Estrutura basica dos contos de fadas
Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o
Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos
etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial
Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da
prote~o e mergulha no completo desconhecido
23
Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no
plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios
Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades
potencialidades e polaridades opostas
Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio
florescimento colheita e transcendancia
ANALISE DOS CONTOS
OS TRES PORQUINHOS
Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito
apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento
pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que
nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par
outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho
arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois
o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho
As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao
progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o
imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de
brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e
na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos
porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de
brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua
casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas
vezes em astucia
Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas
recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que
atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte
24
Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio
desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair
suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da
crian9B
Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar
enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo
o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal
entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria
termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado
urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos
A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de
educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase
magica e da fantasia
Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao
seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece
o PATINHO FEIO
0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave
desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos
os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser
a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos
perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria
classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem
desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o
apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma
natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir
qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
MORENO (2003) afirma que 0 uso de est6ria poderia ter ficado
confinado ao mundo do Folciore ende talvez fosse de alguma utilidade Nao eincomum que certas areas do pensamento postulem para usa exclusivo
Yocabulos novas au variacOes fonologicas au ortograficas de Yocabulos antlgos
no afa de abter maior precisao em seus conceitos
Hist6ria e a narrativ8 de fatos reais e estoria e a narrativa de fic~o
Para nao complicar e nem cometer anglidsmo (importaltao do ingl~s) a melhor
a fazer e usar Nhist6ria tanto para fatas reais como para narrativas inventadas
Historia com h~ maiuscule se trata de ci~ncia estudo Exemplo Historia do
Brasil
Segundo MOREIO (2003) a histOria se refere ao passado e ao sell
estudo e a hist6ria da narrativa da fabula Para ele ~aexperi~ncia nos diz que
essas invasOes de searas alheias geralmente pecam por urn raciocinio simplista
reducionista
IS50 se verifica por exemplo na Filosofia na L6gica na LingUistica na
Psicanalise MORENO (2003) expOe que como e natural essas variantes vao
fazer parte de um c6digo especifico Clijo emprego passa a ser indispensavel
para os especialistas dessa area mas nao entram no grande caudal da lingua
comum~
A cria~o a utilizat~o e muito seguidamente a agonia e marie dessas
forma 5 sao registradas em discretos dicionarios especializados
convenientemente isolados do grande rebanho representado pelos dicionMios
de uso
A) Joao Ribeiro forte conhecedor de nosso idioma foi quem prop6s a
ado~o do termo est6ria em 1919 para designar no campo do Folclore a
narrativa popular 0 conto tradicional objeto de estudo dos especialistas
daquela area E nao se tratava de inventar mas sim de reabilitar uma forma
arcaica comLJm nos manuscritos medievais de Portugal Era uma ing~nua
proposta paroquial nascida da inveja compreensivel que causa a distin~o
story - history do Ingh~s E mais do que comllm 0 fato de uma Ifngu8 fazer
distintOes vocabulares que outras nao fazem
8
B A estoria medieval naa era LIm vocabulo diferente de historia era
apenas uma das muitas variantes que se encontram nos textos manllscritos de
nossos copistas naquele tempo heroico em que a estrutura de nossa ortografia
ainda lutava para sedimentar Ali aparecem hist6ria hest6ria estoria istoria
estOrea Da mesma forma vamos encontrar homem omem amee (algumas
vezes com til no primeiro e) e ate ome Nota-se que 0 emprego do h e das
vogais ainda nao estava estabilizado na escrita Entretanto ja no sec XVI a
grafia de homem e hist6ria era a que e lIsada ate hoje Qutras linguas da familia
latina como 0 EspanhoJ e 0 Franres tambem experimentaram essa variedade
de formas para hist6ria mas terminau prevalecendo a forma (mica (historia e
histoire respectivamente)
C) Segundo 0 Novo Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa
FERREIRA AB de H Novo Dicionario Aumlio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
Est6ria SFV historia (recomenda-se apenas a gratia historia tanto no
senti do de ci~mcia historica quanta no de narrativa de ficcao canto popular e
demais acepcoes)
OJ 0 Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa ainda explana Hist6ria -
1 narra~o met6dica dos fatos notfiveis ocorridos na vida des povos em
particular e na vida da humanidade em geral A hist6ria do Brasil historia
universal 2 Conjunto de conhecimento adquirido atraves da tradi~o eou por
meio dos documentos relativos a evolu~a ao passado da humanidade 3
Ci~ncia e metoda que permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos 4
o canjunto de obras referentes a histona 5 Conjunto de conhecimento relativos
a esta ci~ncia au que tem implicacOes com ela ministrados nas respectivas
faculdades estudante de histOria 6 Tratado au compt~mdio de histOna 7
Estudo das origens e processes de uma arte de uma ci~ncia au de um ramo do
conhecimento Hist6ria da pintura hist6ria da medicina Narrayao de
acontecimentos de a90es em geral cronologicamente dispostos A historia das
viagens do Capitao Cook a historia de Napole~o Narra~o de fatos
acontecimentos au particularidades relativas a urn determinade assunto Canto
narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao
ter historia
14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL
Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores
importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do
desenvolvimento infantil~uvenil
COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada
classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da
inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente
biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do
mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao
sempre aproximadasM
A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha
de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)
fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao
considerada normal
bull 0 Pre-Ieitor
Categoria inicial que abrange duas fases
Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a
reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e
pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a
conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~
Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos
familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes
desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material
10
agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental
nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos
Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais
predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse
crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico
bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)
Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil
reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e
complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade
A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para
estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que
ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita
middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)
A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura
Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as
operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda
natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo
a leitura
bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)
Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da
eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a
reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento
hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do
adulto ja nao se faz necessaria
bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)
11
Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de
ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e
critico
o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario
procurando penetrar no mecanismo da leitura
o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario
141 Fabulas
NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn
ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como
o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a
garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao
salpicado a maneira de remendos
Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)
Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais
que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade
A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca
Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles
fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida
Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve
ser copiado e 0 errado evitado
ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA
A CIGARRA E A FORMIGA
1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992
12
Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que
nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a
necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~
o CORVO E 0 PAvAo
Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da
arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor
atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes
defeitos
A AGUIA E A CORUJA
o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas
as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para
sempre Ihes parecerao lindos
Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela
sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor
cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado
A RAPOSA E AS UVAS
Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas
nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com
sentimentos de inveja
o PARTO DA MONTANHA
o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode
corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao
acontecera
13
o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO
Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que
muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es
o LEAo E 0 RATINHO
Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser
empecilho para boas amizades
VENUSEAGATA
A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser
nunea podera ser mudada
OSAPOEOBOI
A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que
tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia
A ASSEMBLEIA DOS RATOS
Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as
atltudes e Dutro departamento
A GALINHA DOS OVOS DE OURO
Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda
infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par
atitudes impensadas
14
o BURRO NA PELE DO LEAo
Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza
continuara a mesma
AS DUAS PANELAS
Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair
perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que
poderia ter side ou ate se transform ado
A GARltA VELHA
Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos
o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO
Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as
desejos de ninguem e lodos saem perdendo
A LEBRE E A TARTARUGA
Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a
frente daqueles que se acham espertos demais
o GALO E A RAPOSA
Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e
preciso ter cuidado com amizades repentinas
15
A RAPOSA E A CEGONHA
Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que
S8 e tratado
o PASTOR E 0 LOBO
Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade
ninguem acredita
142 Lendas
Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e
significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao
escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria
falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava
de seres 0 seu mundo
Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do
momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao
qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta
contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie
de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05
dos espiritos do bem
A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e
do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas
A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em
sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os
astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas
16
A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado
da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario
superam 0 historico e 0 verdadeiro
LENDAS DO PARANA
o VEU DE PINGO DAGUA
0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para
Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava
o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era
conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada
disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo
A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do
tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo
dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect
viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL
Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando
que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se
encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos
desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado
Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas
cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma
crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em
qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que
acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0
nome de Veu da Noiva
Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado
e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria
17
busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com
alguem que ela nao amasse
A LENDA DO CAATIU
~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn
valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba
Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado
partia para a guerra
Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn
pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E
assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as
sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que
acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de
Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0
transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam
os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando
as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de
suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0
Parana
Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar
imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo
deste am or
LENDA DA GRALHA AZUL
KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava
acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda
do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a
arvore para transforma-Ia em tabllas
18
A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu
corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu
muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La
nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se
revoltam com as dares alheias
A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela
S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje
em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~
vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da
fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a
bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto
enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que
podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a
pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0
regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos
altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos
permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite
eterno Vinde a mim todos
A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus
olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul
Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto
porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou
celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um
verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando
Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos
ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a
fonte para uma nova vida
19
A LENDA DE BREJATUBA
~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0
Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58
chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis
habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos
caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura
e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata
conheceu Juraci a filha do chefe earij6
Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito
esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua
tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram
semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam
envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a
agarrasse com for1a de guerreiro
o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do
morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~
aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu
correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De
repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0
mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas
recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem
como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt
ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para
alcanyar nossos objetivos
A LENDA DO FOGO
Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto
ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0
20
mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn
tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart
Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0
segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde
estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se
no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em
direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell
levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6
pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn
pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era
muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento
aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per
causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as
noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas
Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es
para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras
sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as
campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as
campos de Guarapuava
Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle
devemos ter para conquistar estes conhecimentos
A LENDA DA ERVA-MATE
MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das
margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma
das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos
velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim
ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do
Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas
21
ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes
Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava
uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas
sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare
produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em
que sabia quebrar 0 mal
Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas
guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No
mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar
em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na
enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as
chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse
momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo
a mal Gupi ficou impressionado com aquila
A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava
prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para
espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela
correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem
esquerda da tribo Tupi
Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se
tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o
lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem
disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn
galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos
Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se
da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a
mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de
erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis
festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as
tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos
forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis
t4~~ bull ~ ~
22
Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da
natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as
valores da natureza e do mundo
143 Contos de Encantamento
Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au
inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos
f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do
impossive da magica e do irnprevisto
144 Contos de Fadas
sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar
de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~
Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem
na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade
fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de
sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada
etc
Estrutura basica dos contos de fadas
Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o
Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos
etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial
Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da
prote~o e mergulha no completo desconhecido
23
Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no
plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios
Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades
potencialidades e polaridades opostas
Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio
florescimento colheita e transcendancia
ANALISE DOS CONTOS
OS TRES PORQUINHOS
Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito
apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento
pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que
nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par
outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho
arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois
o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho
As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao
progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o
imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de
brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e
na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos
porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de
brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua
casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas
vezes em astucia
Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas
recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que
atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte
24
Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio
desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair
suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da
crian9B
Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar
enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo
o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal
entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria
termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado
urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos
A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de
educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase
magica e da fantasia
Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao
seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece
o PATINHO FEIO
0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave
desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos
os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser
a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos
perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria
classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem
desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o
apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma
natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir
qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
8
B A estoria medieval naa era LIm vocabulo diferente de historia era
apenas uma das muitas variantes que se encontram nos textos manllscritos de
nossos copistas naquele tempo heroico em que a estrutura de nossa ortografia
ainda lutava para sedimentar Ali aparecem hist6ria hest6ria estoria istoria
estOrea Da mesma forma vamos encontrar homem omem amee (algumas
vezes com til no primeiro e) e ate ome Nota-se que 0 emprego do h e das
vogais ainda nao estava estabilizado na escrita Entretanto ja no sec XVI a
grafia de homem e hist6ria era a que e lIsada ate hoje Qutras linguas da familia
latina como 0 EspanhoJ e 0 Franres tambem experimentaram essa variedade
de formas para hist6ria mas terminau prevalecendo a forma (mica (historia e
histoire respectivamente)
C) Segundo 0 Novo Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa
FERREIRA AB de H Novo Dicionario Aumlio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
Est6ria SFV historia (recomenda-se apenas a gratia historia tanto no
senti do de ci~mcia historica quanta no de narrativa de ficcao canto popular e
demais acepcoes)
OJ 0 Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa ainda explana Hist6ria -
1 narra~o met6dica dos fatos notfiveis ocorridos na vida des povos em
particular e na vida da humanidade em geral A hist6ria do Brasil historia
universal 2 Conjunto de conhecimento adquirido atraves da tradi~o eou por
meio dos documentos relativos a evolu~a ao passado da humanidade 3
Ci~ncia e metoda que permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos 4
o canjunto de obras referentes a histona 5 Conjunto de conhecimento relativos
a esta ci~ncia au que tem implicacOes com ela ministrados nas respectivas
faculdades estudante de histOria 6 Tratado au compt~mdio de histOna 7
Estudo das origens e processes de uma arte de uma ci~ncia au de um ramo do
conhecimento Hist6ria da pintura hist6ria da medicina Narrayao de
acontecimentos de a90es em geral cronologicamente dispostos A historia das
viagens do Capitao Cook a historia de Napole~o Narra~o de fatos
acontecimentos au particularidades relativas a urn determinade assunto Canto
narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao
ter historia
14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL
Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores
importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do
desenvolvimento infantil~uvenil
COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada
classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da
inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente
biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do
mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao
sempre aproximadasM
A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha
de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)
fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao
considerada normal
bull 0 Pre-Ieitor
Categoria inicial que abrange duas fases
Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a
reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e
pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a
conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~
Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos
familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes
desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material
10
agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental
nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos
Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais
predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse
crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico
bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)
Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil
reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e
complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade
A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para
estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que
ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita
middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)
A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura
Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as
operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda
natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo
a leitura
bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)
Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da
eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a
reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento
hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do
adulto ja nao se faz necessaria
bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)
11
Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de
ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e
critico
o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario
procurando penetrar no mecanismo da leitura
o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario
141 Fabulas
NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn
ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como
o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a
garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao
salpicado a maneira de remendos
Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)
Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais
que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade
A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca
Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles
fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida
Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve
ser copiado e 0 errado evitado
ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA
A CIGARRA E A FORMIGA
1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992
12
Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que
nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a
necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~
o CORVO E 0 PAvAo
Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da
arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor
atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes
defeitos
A AGUIA E A CORUJA
o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas
as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para
sempre Ihes parecerao lindos
Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela
sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor
cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado
A RAPOSA E AS UVAS
Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas
nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com
sentimentos de inveja
o PARTO DA MONTANHA
o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode
corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao
acontecera
13
o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO
Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que
muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es
o LEAo E 0 RATINHO
Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser
empecilho para boas amizades
VENUSEAGATA
A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser
nunea podera ser mudada
OSAPOEOBOI
A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que
tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia
A ASSEMBLEIA DOS RATOS
Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as
atltudes e Dutro departamento
A GALINHA DOS OVOS DE OURO
Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda
infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par
atitudes impensadas
14
o BURRO NA PELE DO LEAo
Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza
continuara a mesma
AS DUAS PANELAS
Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair
perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que
poderia ter side ou ate se transform ado
A GARltA VELHA
Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos
o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO
Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as
desejos de ninguem e lodos saem perdendo
A LEBRE E A TARTARUGA
Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a
frente daqueles que se acham espertos demais
o GALO E A RAPOSA
Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e
preciso ter cuidado com amizades repentinas
15
A RAPOSA E A CEGONHA
Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que
S8 e tratado
o PASTOR E 0 LOBO
Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade
ninguem acredita
142 Lendas
Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e
significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao
escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria
falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava
de seres 0 seu mundo
Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do
momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao
qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta
contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie
de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05
dos espiritos do bem
A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e
do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas
A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em
sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os
astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas
16
A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado
da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario
superam 0 historico e 0 verdadeiro
LENDAS DO PARANA
o VEU DE PINGO DAGUA
0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para
Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava
o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era
conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada
disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo
A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do
tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo
dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect
viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL
Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando
que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se
encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos
desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado
Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas
cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma
crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em
qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que
acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0
nome de Veu da Noiva
Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado
e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria
17
busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com
alguem que ela nao amasse
A LENDA DO CAATIU
~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn
valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba
Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado
partia para a guerra
Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn
pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E
assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as
sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que
acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de
Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0
transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam
os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando
as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de
suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0
Parana
Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar
imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo
deste am or
LENDA DA GRALHA AZUL
KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava
acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda
do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a
arvore para transforma-Ia em tabllas
18
A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu
corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu
muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La
nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se
revoltam com as dares alheias
A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela
S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje
em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~
vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da
fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a
bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto
enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que
podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a
pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0
regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos
altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos
permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite
eterno Vinde a mim todos
A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus
olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul
Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto
porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou
celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um
verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando
Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos
ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a
fonte para uma nova vida
19
A LENDA DE BREJATUBA
~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0
Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58
chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis
habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos
caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura
e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata
conheceu Juraci a filha do chefe earij6
Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito
esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua
tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram
semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam
envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a
agarrasse com for1a de guerreiro
o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do
morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~
aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu
correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De
repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0
mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas
recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem
como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt
ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para
alcanyar nossos objetivos
A LENDA DO FOGO
Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto
ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0
20
mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn
tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart
Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0
segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde
estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se
no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em
direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell
levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6
pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn
pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era
muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento
aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per
causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as
noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas
Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es
para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras
sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as
campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as
campos de Guarapuava
Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle
devemos ter para conquistar estes conhecimentos
A LENDA DA ERVA-MATE
MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das
margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma
das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos
velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim
ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do
Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas
21
ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes
Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava
uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas
sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare
produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em
que sabia quebrar 0 mal
Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas
guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No
mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar
em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na
enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as
chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse
momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo
a mal Gupi ficou impressionado com aquila
A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava
prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para
espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela
correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem
esquerda da tribo Tupi
Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se
tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o
lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem
disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn
galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos
Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se
da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a
mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de
erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis
festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as
tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos
forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis
t4~~ bull ~ ~
22
Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da
natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as
valores da natureza e do mundo
143 Contos de Encantamento
Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au
inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos
f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do
impossive da magica e do irnprevisto
144 Contos de Fadas
sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar
de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~
Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem
na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade
fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de
sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada
etc
Estrutura basica dos contos de fadas
Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o
Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos
etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial
Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da
prote~o e mergulha no completo desconhecido
23
Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no
plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios
Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades
potencialidades e polaridades opostas
Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio
florescimento colheita e transcendancia
ANALISE DOS CONTOS
OS TRES PORQUINHOS
Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito
apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento
pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que
nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par
outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho
arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois
o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho
As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao
progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o
imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de
brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e
na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos
porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de
brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua
casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas
vezes em astucia
Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas
recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que
atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte
24
Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio
desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair
suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da
crian9B
Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar
enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo
o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal
entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria
termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado
urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos
A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de
educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase
magica e da fantasia
Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao
seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece
o PATINHO FEIO
0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave
desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos
os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser
a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos
perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria
classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem
desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o
apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma
natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir
qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao
ter historia
14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL
Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores
importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do
desenvolvimento infantil~uvenil
COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada
classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da
inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente
biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do
mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao
sempre aproximadasM
A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha
de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)
fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao
considerada normal
bull 0 Pre-Ieitor
Categoria inicial que abrange duas fases
Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a
reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e
pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a
conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~
Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos
familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes
desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material
10
agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental
nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos
Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais
predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse
crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico
bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)
Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil
reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e
complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade
A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para
estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que
ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita
middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)
A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura
Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as
operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda
natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo
a leitura
bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)
Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da
eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a
reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento
hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do
adulto ja nao se faz necessaria
bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)
11
Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de
ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e
critico
o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario
procurando penetrar no mecanismo da leitura
o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario
141 Fabulas
NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn
ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como
o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a
garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao
salpicado a maneira de remendos
Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)
Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais
que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade
A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca
Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles
fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida
Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve
ser copiado e 0 errado evitado
ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA
A CIGARRA E A FORMIGA
1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992
12
Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que
nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a
necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~
o CORVO E 0 PAvAo
Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da
arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor
atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes
defeitos
A AGUIA E A CORUJA
o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas
as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para
sempre Ihes parecerao lindos
Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela
sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor
cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado
A RAPOSA E AS UVAS
Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas
nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com
sentimentos de inveja
o PARTO DA MONTANHA
o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode
corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao
acontecera
13
o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO
Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que
muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es
o LEAo E 0 RATINHO
Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser
empecilho para boas amizades
VENUSEAGATA
A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser
nunea podera ser mudada
OSAPOEOBOI
A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que
tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia
A ASSEMBLEIA DOS RATOS
Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as
atltudes e Dutro departamento
A GALINHA DOS OVOS DE OURO
Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda
infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par
atitudes impensadas
14
o BURRO NA PELE DO LEAo
Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza
continuara a mesma
AS DUAS PANELAS
Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair
perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que
poderia ter side ou ate se transform ado
A GARltA VELHA
Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos
o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO
Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as
desejos de ninguem e lodos saem perdendo
A LEBRE E A TARTARUGA
Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a
frente daqueles que se acham espertos demais
o GALO E A RAPOSA
Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e
preciso ter cuidado com amizades repentinas
15
A RAPOSA E A CEGONHA
Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que
S8 e tratado
o PASTOR E 0 LOBO
Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade
ninguem acredita
142 Lendas
Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e
significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao
escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria
falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava
de seres 0 seu mundo
Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do
momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao
qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta
contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie
de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05
dos espiritos do bem
A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e
do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas
A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em
sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os
astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas
16
A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado
da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario
superam 0 historico e 0 verdadeiro
LENDAS DO PARANA
o VEU DE PINGO DAGUA
0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para
Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava
o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era
conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada
disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo
A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do
tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo
dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect
viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL
Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando
que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se
encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos
desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado
Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas
cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma
crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em
qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que
acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0
nome de Veu da Noiva
Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado
e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria
17
busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com
alguem que ela nao amasse
A LENDA DO CAATIU
~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn
valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba
Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado
partia para a guerra
Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn
pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E
assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as
sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que
acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de
Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0
transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam
os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando
as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de
suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0
Parana
Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar
imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo
deste am or
LENDA DA GRALHA AZUL
KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava
acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda
do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a
arvore para transforma-Ia em tabllas
18
A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu
corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu
muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La
nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se
revoltam com as dares alheias
A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela
S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje
em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~
vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da
fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a
bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto
enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que
podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a
pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0
regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos
altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos
permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite
eterno Vinde a mim todos
A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus
olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul
Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto
porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou
celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um
verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando
Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos
ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a
fonte para uma nova vida
19
A LENDA DE BREJATUBA
~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0
Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58
chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis
habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos
caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura
e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata
conheceu Juraci a filha do chefe earij6
Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito
esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua
tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram
semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam
envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a
agarrasse com for1a de guerreiro
o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do
morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~
aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu
correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De
repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0
mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas
recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem
como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt
ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para
alcanyar nossos objetivos
A LENDA DO FOGO
Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto
ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0
20
mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn
tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart
Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0
segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde
estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se
no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em
direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell
levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6
pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn
pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era
muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento
aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per
causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as
noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas
Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es
para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras
sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as
campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as
campos de Guarapuava
Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle
devemos ter para conquistar estes conhecimentos
A LENDA DA ERVA-MATE
MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das
margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma
das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos
velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim
ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do
Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas
21
ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes
Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava
uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas
sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare
produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em
que sabia quebrar 0 mal
Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas
guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No
mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar
em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na
enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as
chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse
momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo
a mal Gupi ficou impressionado com aquila
A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava
prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para
espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela
correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem
esquerda da tribo Tupi
Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se
tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o
lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem
disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn
galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos
Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se
da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a
mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de
erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis
festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as
tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos
forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis
t4~~ bull ~ ~
22
Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da
natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as
valores da natureza e do mundo
143 Contos de Encantamento
Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au
inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos
f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do
impossive da magica e do irnprevisto
144 Contos de Fadas
sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar
de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~
Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem
na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade
fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de
sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada
etc
Estrutura basica dos contos de fadas
Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o
Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos
etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial
Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da
prote~o e mergulha no completo desconhecido
23
Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no
plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios
Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades
potencialidades e polaridades opostas
Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio
florescimento colheita e transcendancia
ANALISE DOS CONTOS
OS TRES PORQUINHOS
Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito
apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento
pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que
nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par
outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho
arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois
o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho
As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao
progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o
imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de
brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e
na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos
porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de
brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua
casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas
vezes em astucia
Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas
recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que
atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte
24
Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio
desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair
suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da
crian9B
Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar
enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo
o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal
entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria
termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado
urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos
A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de
educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase
magica e da fantasia
Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao
seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece
o PATINHO FEIO
0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave
desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos
os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser
a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos
perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria
classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem
desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o
apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma
natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir
qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
10
agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental
nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos
Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais
predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse
crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico
bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)
Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil
reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e
complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade
A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para
estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que
ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita
middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)
A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura
Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as
operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda
natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo
a leitura
bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)
Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da
eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a
reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento
hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do
adulto ja nao se faz necessaria
bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)
11
Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de
ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e
critico
o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario
procurando penetrar no mecanismo da leitura
o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario
141 Fabulas
NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn
ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como
o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a
garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao
salpicado a maneira de remendos
Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)
Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais
que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade
A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca
Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles
fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida
Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve
ser copiado e 0 errado evitado
ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA
A CIGARRA E A FORMIGA
1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992
12
Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que
nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a
necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~
o CORVO E 0 PAvAo
Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da
arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor
atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes
defeitos
A AGUIA E A CORUJA
o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas
as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para
sempre Ihes parecerao lindos
Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela
sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor
cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado
A RAPOSA E AS UVAS
Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas
nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com
sentimentos de inveja
o PARTO DA MONTANHA
o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode
corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao
acontecera
13
o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO
Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que
muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es
o LEAo E 0 RATINHO
Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser
empecilho para boas amizades
VENUSEAGATA
A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser
nunea podera ser mudada
OSAPOEOBOI
A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que
tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia
A ASSEMBLEIA DOS RATOS
Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as
atltudes e Dutro departamento
A GALINHA DOS OVOS DE OURO
Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda
infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par
atitudes impensadas
14
o BURRO NA PELE DO LEAo
Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza
continuara a mesma
AS DUAS PANELAS
Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair
perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que
poderia ter side ou ate se transform ado
A GARltA VELHA
Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos
o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO
Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as
desejos de ninguem e lodos saem perdendo
A LEBRE E A TARTARUGA
Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a
frente daqueles que se acham espertos demais
o GALO E A RAPOSA
Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e
preciso ter cuidado com amizades repentinas
15
A RAPOSA E A CEGONHA
Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que
S8 e tratado
o PASTOR E 0 LOBO
Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade
ninguem acredita
142 Lendas
Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e
significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao
escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria
falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava
de seres 0 seu mundo
Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do
momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao
qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta
contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie
de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05
dos espiritos do bem
A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e
do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas
A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em
sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os
astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas
16
A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado
da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario
superam 0 historico e 0 verdadeiro
LENDAS DO PARANA
o VEU DE PINGO DAGUA
0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para
Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava
o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era
conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada
disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo
A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do
tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo
dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect
viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL
Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando
que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se
encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos
desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado
Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas
cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma
crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em
qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que
acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0
nome de Veu da Noiva
Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado
e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria
17
busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com
alguem que ela nao amasse
A LENDA DO CAATIU
~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn
valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba
Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado
partia para a guerra
Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn
pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E
assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as
sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que
acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de
Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0
transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam
os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando
as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de
suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0
Parana
Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar
imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo
deste am or
LENDA DA GRALHA AZUL
KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava
acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda
do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a
arvore para transforma-Ia em tabllas
18
A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu
corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu
muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La
nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se
revoltam com as dares alheias
A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela
S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje
em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~
vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da
fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a
bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto
enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que
podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a
pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0
regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos
altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos
permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite
eterno Vinde a mim todos
A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus
olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul
Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto
porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou
celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um
verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando
Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos
ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a
fonte para uma nova vida
19
A LENDA DE BREJATUBA
~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0
Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58
chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis
habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos
caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura
e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata
conheceu Juraci a filha do chefe earij6
Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito
esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua
tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram
semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam
envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a
agarrasse com for1a de guerreiro
o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do
morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~
aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu
correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De
repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0
mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas
recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem
como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt
ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para
alcanyar nossos objetivos
A LENDA DO FOGO
Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto
ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0
20
mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn
tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart
Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0
segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde
estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se
no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em
direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell
levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6
pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn
pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era
muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento
aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per
causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as
noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas
Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es
para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras
sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as
campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as
campos de Guarapuava
Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle
devemos ter para conquistar estes conhecimentos
A LENDA DA ERVA-MATE
MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das
margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma
das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos
velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim
ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do
Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas
21
ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes
Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava
uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas
sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare
produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em
que sabia quebrar 0 mal
Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas
guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No
mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar
em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na
enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as
chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse
momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo
a mal Gupi ficou impressionado com aquila
A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava
prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para
espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela
correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem
esquerda da tribo Tupi
Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se
tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o
lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem
disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn
galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos
Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se
da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a
mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de
erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis
festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as
tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos
forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis
t4~~ bull ~ ~
22
Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da
natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as
valores da natureza e do mundo
143 Contos de Encantamento
Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au
inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos
f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do
impossive da magica e do irnprevisto
144 Contos de Fadas
sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar
de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~
Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem
na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade
fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de
sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada
etc
Estrutura basica dos contos de fadas
Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o
Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos
etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial
Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da
prote~o e mergulha no completo desconhecido
23
Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no
plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios
Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades
potencialidades e polaridades opostas
Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio
florescimento colheita e transcendancia
ANALISE DOS CONTOS
OS TRES PORQUINHOS
Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito
apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento
pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que
nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par
outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho
arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois
o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho
As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao
progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o
imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de
brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e
na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos
porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de
brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua
casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas
vezes em astucia
Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas
recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que
atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte
24
Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio
desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair
suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da
crian9B
Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar
enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo
o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal
entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria
termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado
urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos
A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de
educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase
magica e da fantasia
Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao
seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece
o PATINHO FEIO
0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave
desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos
os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser
a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos
perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria
classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem
desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o
apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma
natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir
qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
11
Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de
ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e
critico
o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario
procurando penetrar no mecanismo da leitura
o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario
141 Fabulas
NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn
ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como
o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a
garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao
salpicado a maneira de remendos
Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)
Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais
que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade
A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca
Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles
fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida
Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve
ser copiado e 0 errado evitado
ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA
A CIGARRA E A FORMIGA
1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992
12
Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que
nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a
necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~
o CORVO E 0 PAvAo
Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da
arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor
atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes
defeitos
A AGUIA E A CORUJA
o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas
as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para
sempre Ihes parecerao lindos
Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela
sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor
cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado
A RAPOSA E AS UVAS
Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas
nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com
sentimentos de inveja
o PARTO DA MONTANHA
o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode
corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao
acontecera
13
o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO
Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que
muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es
o LEAo E 0 RATINHO
Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser
empecilho para boas amizades
VENUSEAGATA
A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser
nunea podera ser mudada
OSAPOEOBOI
A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que
tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia
A ASSEMBLEIA DOS RATOS
Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as
atltudes e Dutro departamento
A GALINHA DOS OVOS DE OURO
Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda
infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par
atitudes impensadas
14
o BURRO NA PELE DO LEAo
Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza
continuara a mesma
AS DUAS PANELAS
Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair
perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que
poderia ter side ou ate se transform ado
A GARltA VELHA
Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos
o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO
Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as
desejos de ninguem e lodos saem perdendo
A LEBRE E A TARTARUGA
Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a
frente daqueles que se acham espertos demais
o GALO E A RAPOSA
Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e
preciso ter cuidado com amizades repentinas
15
A RAPOSA E A CEGONHA
Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que
S8 e tratado
o PASTOR E 0 LOBO
Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade
ninguem acredita
142 Lendas
Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e
significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao
escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria
falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava
de seres 0 seu mundo
Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do
momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao
qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta
contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie
de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05
dos espiritos do bem
A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e
do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas
A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em
sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os
astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas
16
A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado
da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario
superam 0 historico e 0 verdadeiro
LENDAS DO PARANA
o VEU DE PINGO DAGUA
0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para
Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava
o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era
conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada
disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo
A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do
tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo
dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect
viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL
Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando
que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se
encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos
desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado
Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas
cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma
crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em
qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que
acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0
nome de Veu da Noiva
Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado
e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria
17
busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com
alguem que ela nao amasse
A LENDA DO CAATIU
~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn
valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba
Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado
partia para a guerra
Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn
pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E
assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as
sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que
acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de
Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0
transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam
os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando
as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de
suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0
Parana
Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar
imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo
deste am or
LENDA DA GRALHA AZUL
KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava
acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda
do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a
arvore para transforma-Ia em tabllas
18
A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu
corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu
muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La
nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se
revoltam com as dares alheias
A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela
S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje
em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~
vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da
fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a
bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto
enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que
podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a
pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0
regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos
altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos
permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite
eterno Vinde a mim todos
A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus
olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul
Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto
porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou
celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um
verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando
Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos
ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a
fonte para uma nova vida
19
A LENDA DE BREJATUBA
~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0
Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58
chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis
habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos
caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura
e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata
conheceu Juraci a filha do chefe earij6
Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito
esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua
tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram
semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam
envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a
agarrasse com for1a de guerreiro
o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do
morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~
aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu
correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De
repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0
mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas
recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem
como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt
ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para
alcanyar nossos objetivos
A LENDA DO FOGO
Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto
ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0
20
mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn
tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart
Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0
segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde
estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se
no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em
direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell
levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6
pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn
pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era
muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento
aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per
causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as
noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas
Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es
para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras
sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as
campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as
campos de Guarapuava
Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle
devemos ter para conquistar estes conhecimentos
A LENDA DA ERVA-MATE
MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das
margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma
das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos
velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim
ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do
Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas
21
ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes
Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava
uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas
sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare
produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em
que sabia quebrar 0 mal
Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas
guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No
mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar
em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na
enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as
chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse
momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo
a mal Gupi ficou impressionado com aquila
A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava
prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para
espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela
correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem
esquerda da tribo Tupi
Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se
tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o
lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem
disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn
galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos
Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se
da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a
mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de
erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis
festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as
tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos
forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis
t4~~ bull ~ ~
22
Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da
natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as
valores da natureza e do mundo
143 Contos de Encantamento
Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au
inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos
f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do
impossive da magica e do irnprevisto
144 Contos de Fadas
sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar
de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~
Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem
na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade
fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de
sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada
etc
Estrutura basica dos contos de fadas
Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o
Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos
etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial
Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da
prote~o e mergulha no completo desconhecido
23
Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no
plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios
Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades
potencialidades e polaridades opostas
Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio
florescimento colheita e transcendancia
ANALISE DOS CONTOS
OS TRES PORQUINHOS
Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito
apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento
pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que
nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par
outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho
arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois
o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho
As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao
progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o
imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de
brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e
na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos
porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de
brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua
casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas
vezes em astucia
Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas
recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que
atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte
24
Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio
desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair
suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da
crian9B
Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar
enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo
o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal
entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria
termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado
urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos
A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de
educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase
magica e da fantasia
Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao
seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece
o PATINHO FEIO
0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave
desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos
os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser
a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos
perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria
classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem
desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o
apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma
natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir
qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
12
Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que
nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a
necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~
o CORVO E 0 PAvAo
Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da
arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor
atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes
defeitos
A AGUIA E A CORUJA
o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas
as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para
sempre Ihes parecerao lindos
Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela
sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor
cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado
A RAPOSA E AS UVAS
Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas
nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com
sentimentos de inveja
o PARTO DA MONTANHA
o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode
corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao
acontecera
13
o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO
Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que
muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es
o LEAo E 0 RATINHO
Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser
empecilho para boas amizades
VENUSEAGATA
A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser
nunea podera ser mudada
OSAPOEOBOI
A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que
tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia
A ASSEMBLEIA DOS RATOS
Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as
atltudes e Dutro departamento
A GALINHA DOS OVOS DE OURO
Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda
infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par
atitudes impensadas
14
o BURRO NA PELE DO LEAo
Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza
continuara a mesma
AS DUAS PANELAS
Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair
perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que
poderia ter side ou ate se transform ado
A GARltA VELHA
Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos
o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO
Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as
desejos de ninguem e lodos saem perdendo
A LEBRE E A TARTARUGA
Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a
frente daqueles que se acham espertos demais
o GALO E A RAPOSA
Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e
preciso ter cuidado com amizades repentinas
15
A RAPOSA E A CEGONHA
Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que
S8 e tratado
o PASTOR E 0 LOBO
Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade
ninguem acredita
142 Lendas
Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e
significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao
escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria
falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava
de seres 0 seu mundo
Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do
momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao
qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta
contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie
de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05
dos espiritos do bem
A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e
do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas
A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em
sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os
astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas
16
A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado
da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario
superam 0 historico e 0 verdadeiro
LENDAS DO PARANA
o VEU DE PINGO DAGUA
0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para
Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava
o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era
conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada
disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo
A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do
tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo
dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect
viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL
Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando
que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se
encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos
desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado
Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas
cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma
crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em
qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que
acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0
nome de Veu da Noiva
Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado
e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria
17
busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com
alguem que ela nao amasse
A LENDA DO CAATIU
~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn
valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba
Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado
partia para a guerra
Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn
pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E
assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as
sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que
acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de
Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0
transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam
os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando
as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de
suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0
Parana
Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar
imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo
deste am or
LENDA DA GRALHA AZUL
KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava
acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda
do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a
arvore para transforma-Ia em tabllas
18
A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu
corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu
muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La
nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se
revoltam com as dares alheias
A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela
S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje
em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~
vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da
fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a
bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto
enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que
podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a
pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0
regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos
altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos
permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite
eterno Vinde a mim todos
A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus
olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul
Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto
porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou
celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um
verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando
Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos
ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a
fonte para uma nova vida
19
A LENDA DE BREJATUBA
~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0
Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58
chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis
habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos
caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura
e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata
conheceu Juraci a filha do chefe earij6
Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito
esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua
tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram
semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam
envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a
agarrasse com for1a de guerreiro
o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do
morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~
aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu
correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De
repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0
mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas
recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem
como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt
ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para
alcanyar nossos objetivos
A LENDA DO FOGO
Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto
ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0
20
mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn
tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart
Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0
segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde
estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se
no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em
direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell
levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6
pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn
pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era
muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento
aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per
causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as
noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas
Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es
para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras
sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as
campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as
campos de Guarapuava
Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle
devemos ter para conquistar estes conhecimentos
A LENDA DA ERVA-MATE
MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das
margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma
das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos
velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim
ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do
Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas
21
ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes
Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava
uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas
sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare
produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em
que sabia quebrar 0 mal
Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas
guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No
mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar
em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na
enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as
chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse
momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo
a mal Gupi ficou impressionado com aquila
A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava
prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para
espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela
correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem
esquerda da tribo Tupi
Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se
tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o
lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem
disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn
galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos
Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se
da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a
mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de
erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis
festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as
tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos
forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis
t4~~ bull ~ ~
22
Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da
natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as
valores da natureza e do mundo
143 Contos de Encantamento
Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au
inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos
f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do
impossive da magica e do irnprevisto
144 Contos de Fadas
sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar
de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~
Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem
na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade
fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de
sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada
etc
Estrutura basica dos contos de fadas
Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o
Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos
etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial
Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da
prote~o e mergulha no completo desconhecido
23
Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no
plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios
Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades
potencialidades e polaridades opostas
Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio
florescimento colheita e transcendancia
ANALISE DOS CONTOS
OS TRES PORQUINHOS
Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito
apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento
pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que
nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par
outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho
arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois
o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho
As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao
progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o
imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de
brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e
na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos
porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de
brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua
casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas
vezes em astucia
Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas
recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que
atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte
24
Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio
desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair
suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da
crian9B
Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar
enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo
o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal
entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria
termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado
urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos
A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de
educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase
magica e da fantasia
Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao
seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece
o PATINHO FEIO
0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave
desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos
os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser
a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos
perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria
classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem
desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o
apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma
natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir
qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
13
o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO
Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que
muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es
o LEAo E 0 RATINHO
Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser
empecilho para boas amizades
VENUSEAGATA
A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser
nunea podera ser mudada
OSAPOEOBOI
A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que
tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia
A ASSEMBLEIA DOS RATOS
Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as
atltudes e Dutro departamento
A GALINHA DOS OVOS DE OURO
Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda
infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par
atitudes impensadas
14
o BURRO NA PELE DO LEAo
Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza
continuara a mesma
AS DUAS PANELAS
Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair
perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que
poderia ter side ou ate se transform ado
A GARltA VELHA
Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos
o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO
Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as
desejos de ninguem e lodos saem perdendo
A LEBRE E A TARTARUGA
Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a
frente daqueles que se acham espertos demais
o GALO E A RAPOSA
Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e
preciso ter cuidado com amizades repentinas
15
A RAPOSA E A CEGONHA
Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que
S8 e tratado
o PASTOR E 0 LOBO
Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade
ninguem acredita
142 Lendas
Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e
significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao
escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria
falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava
de seres 0 seu mundo
Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do
momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao
qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta
contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie
de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05
dos espiritos do bem
A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e
do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas
A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em
sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os
astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas
16
A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado
da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario
superam 0 historico e 0 verdadeiro
LENDAS DO PARANA
o VEU DE PINGO DAGUA
0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para
Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava
o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era
conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada
disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo
A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do
tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo
dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect
viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL
Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando
que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se
encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos
desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado
Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas
cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma
crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em
qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que
acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0
nome de Veu da Noiva
Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado
e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria
17
busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com
alguem que ela nao amasse
A LENDA DO CAATIU
~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn
valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba
Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado
partia para a guerra
Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn
pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E
assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as
sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que
acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de
Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0
transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam
os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando
as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de
suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0
Parana
Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar
imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo
deste am or
LENDA DA GRALHA AZUL
KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava
acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda
do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a
arvore para transforma-Ia em tabllas
18
A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu
corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu
muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La
nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se
revoltam com as dares alheias
A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela
S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje
em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~
vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da
fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a
bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto
enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que
podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a
pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0
regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos
altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos
permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite
eterno Vinde a mim todos
A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus
olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul
Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto
porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou
celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um
verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando
Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos
ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a
fonte para uma nova vida
19
A LENDA DE BREJATUBA
~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0
Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58
chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis
habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos
caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura
e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata
conheceu Juraci a filha do chefe earij6
Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito
esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua
tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram
semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam
envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a
agarrasse com for1a de guerreiro
o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do
morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~
aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu
correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De
repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0
mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas
recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem
como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt
ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para
alcanyar nossos objetivos
A LENDA DO FOGO
Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto
ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0
20
mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn
tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart
Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0
segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde
estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se
no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em
direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell
levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6
pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn
pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era
muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento
aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per
causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as
noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas
Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es
para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras
sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as
campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as
campos de Guarapuava
Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle
devemos ter para conquistar estes conhecimentos
A LENDA DA ERVA-MATE
MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das
margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma
das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos
velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim
ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do
Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas
21
ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes
Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava
uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas
sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare
produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em
que sabia quebrar 0 mal
Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas
guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No
mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar
em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na
enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as
chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse
momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo
a mal Gupi ficou impressionado com aquila
A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava
prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para
espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela
correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem
esquerda da tribo Tupi
Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se
tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o
lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem
disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn
galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos
Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se
da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a
mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de
erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis
festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as
tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos
forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis
t4~~ bull ~ ~
22
Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da
natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as
valores da natureza e do mundo
143 Contos de Encantamento
Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au
inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos
f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do
impossive da magica e do irnprevisto
144 Contos de Fadas
sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar
de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~
Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem
na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade
fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de
sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada
etc
Estrutura basica dos contos de fadas
Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o
Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos
etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial
Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da
prote~o e mergulha no completo desconhecido
23
Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no
plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios
Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades
potencialidades e polaridades opostas
Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio
florescimento colheita e transcendancia
ANALISE DOS CONTOS
OS TRES PORQUINHOS
Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito
apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento
pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que
nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par
outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho
arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois
o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho
As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao
progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o
imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de
brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e
na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos
porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de
brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua
casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas
vezes em astucia
Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas
recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que
atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte
24
Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio
desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair
suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da
crian9B
Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar
enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo
o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal
entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria
termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado
urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos
A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de
educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase
magica e da fantasia
Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao
seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece
o PATINHO FEIO
0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave
desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos
os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser
a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos
perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria
classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem
desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o
apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma
natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir
qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
14
o BURRO NA PELE DO LEAo
Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza
continuara a mesma
AS DUAS PANELAS
Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair
perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que
poderia ter side ou ate se transform ado
A GARltA VELHA
Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos
o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO
Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as
desejos de ninguem e lodos saem perdendo
A LEBRE E A TARTARUGA
Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a
frente daqueles que se acham espertos demais
o GALO E A RAPOSA
Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e
preciso ter cuidado com amizades repentinas
15
A RAPOSA E A CEGONHA
Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que
S8 e tratado
o PASTOR E 0 LOBO
Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade
ninguem acredita
142 Lendas
Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e
significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao
escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria
falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava
de seres 0 seu mundo
Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do
momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao
qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta
contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie
de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05
dos espiritos do bem
A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e
do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas
A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em
sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os
astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas
16
A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado
da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario
superam 0 historico e 0 verdadeiro
LENDAS DO PARANA
o VEU DE PINGO DAGUA
0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para
Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava
o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era
conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada
disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo
A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do
tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo
dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect
viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL
Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando
que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se
encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos
desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado
Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas
cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma
crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em
qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que
acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0
nome de Veu da Noiva
Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado
e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria
17
busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com
alguem que ela nao amasse
A LENDA DO CAATIU
~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn
valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba
Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado
partia para a guerra
Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn
pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E
assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as
sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que
acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de
Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0
transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam
os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando
as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de
suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0
Parana
Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar
imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo
deste am or
LENDA DA GRALHA AZUL
KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava
acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda
do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a
arvore para transforma-Ia em tabllas
18
A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu
corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu
muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La
nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se
revoltam com as dares alheias
A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela
S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje
em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~
vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da
fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a
bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto
enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que
podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a
pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0
regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos
altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos
permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite
eterno Vinde a mim todos
A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus
olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul
Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto
porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou
celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um
verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando
Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos
ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a
fonte para uma nova vida
19
A LENDA DE BREJATUBA
~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0
Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58
chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis
habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos
caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura
e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata
conheceu Juraci a filha do chefe earij6
Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito
esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua
tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram
semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam
envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a
agarrasse com for1a de guerreiro
o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do
morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~
aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu
correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De
repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0
mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas
recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem
como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt
ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para
alcanyar nossos objetivos
A LENDA DO FOGO
Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto
ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0
20
mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn
tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart
Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0
segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde
estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se
no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em
direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell
levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6
pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn
pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era
muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento
aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per
causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as
noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas
Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es
para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras
sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as
campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as
campos de Guarapuava
Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle
devemos ter para conquistar estes conhecimentos
A LENDA DA ERVA-MATE
MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das
margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma
das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos
velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim
ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do
Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas
21
ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes
Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava
uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas
sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare
produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em
que sabia quebrar 0 mal
Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas
guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No
mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar
em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na
enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as
chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse
momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo
a mal Gupi ficou impressionado com aquila
A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava
prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para
espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela
correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem
esquerda da tribo Tupi
Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se
tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o
lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem
disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn
galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos
Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se
da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a
mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de
erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis
festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as
tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos
forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis
t4~~ bull ~ ~
22
Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da
natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as
valores da natureza e do mundo
143 Contos de Encantamento
Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au
inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos
f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do
impossive da magica e do irnprevisto
144 Contos de Fadas
sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar
de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~
Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem
na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade
fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de
sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada
etc
Estrutura basica dos contos de fadas
Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o
Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos
etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial
Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da
prote~o e mergulha no completo desconhecido
23
Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no
plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios
Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades
potencialidades e polaridades opostas
Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio
florescimento colheita e transcendancia
ANALISE DOS CONTOS
OS TRES PORQUINHOS
Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito
apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento
pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que
nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par
outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho
arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois
o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho
As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao
progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o
imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de
brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e
na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos
porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de
brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua
casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas
vezes em astucia
Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas
recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que
atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte
24
Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio
desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair
suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da
crian9B
Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar
enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo
o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal
entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria
termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado
urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos
A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de
educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase
magica e da fantasia
Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao
seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece
o PATINHO FEIO
0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave
desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos
os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser
a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos
perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria
classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem
desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o
apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma
natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir
qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
15
A RAPOSA E A CEGONHA
Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que
S8 e tratado
o PASTOR E 0 LOBO
Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade
ninguem acredita
142 Lendas
Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e
significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao
escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria
falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava
de seres 0 seu mundo
Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do
momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao
qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta
contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie
de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05
dos espiritos do bem
A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e
do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas
A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em
sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os
astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas
16
A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado
da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario
superam 0 historico e 0 verdadeiro
LENDAS DO PARANA
o VEU DE PINGO DAGUA
0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para
Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava
o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era
conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada
disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo
A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do
tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo
dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect
viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL
Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando
que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se
encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos
desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado
Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas
cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma
crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em
qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que
acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0
nome de Veu da Noiva
Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado
e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria
17
busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com
alguem que ela nao amasse
A LENDA DO CAATIU
~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn
valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba
Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado
partia para a guerra
Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn
pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E
assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as
sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que
acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de
Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0
transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam
os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando
as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de
suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0
Parana
Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar
imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo
deste am or
LENDA DA GRALHA AZUL
KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava
acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda
do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a
arvore para transforma-Ia em tabllas
18
A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu
corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu
muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La
nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se
revoltam com as dares alheias
A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela
S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje
em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~
vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da
fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a
bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto
enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que
podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a
pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0
regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos
altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos
permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite
eterno Vinde a mim todos
A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus
olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul
Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto
porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou
celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um
verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando
Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos
ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a
fonte para uma nova vida
19
A LENDA DE BREJATUBA
~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0
Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58
chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis
habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos
caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura
e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata
conheceu Juraci a filha do chefe earij6
Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito
esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua
tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram
semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam
envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a
agarrasse com for1a de guerreiro
o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do
morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~
aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu
correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De
repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0
mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas
recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem
como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt
ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para
alcanyar nossos objetivos
A LENDA DO FOGO
Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto
ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0
20
mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn
tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart
Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0
segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde
estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se
no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em
direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell
levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6
pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn
pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era
muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento
aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per
causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as
noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas
Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es
para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras
sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as
campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as
campos de Guarapuava
Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle
devemos ter para conquistar estes conhecimentos
A LENDA DA ERVA-MATE
MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das
margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma
das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos
velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim
ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do
Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas
21
ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes
Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava
uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas
sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare
produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em
que sabia quebrar 0 mal
Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas
guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No
mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar
em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na
enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as
chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse
momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo
a mal Gupi ficou impressionado com aquila
A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava
prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para
espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela
correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem
esquerda da tribo Tupi
Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se
tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o
lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem
disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn
galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos
Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se
da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a
mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de
erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis
festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as
tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos
forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis
t4~~ bull ~ ~
22
Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da
natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as
valores da natureza e do mundo
143 Contos de Encantamento
Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au
inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos
f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do
impossive da magica e do irnprevisto
144 Contos de Fadas
sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar
de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~
Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem
na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade
fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de
sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada
etc
Estrutura basica dos contos de fadas
Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o
Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos
etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial
Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da
prote~o e mergulha no completo desconhecido
23
Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no
plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios
Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades
potencialidades e polaridades opostas
Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio
florescimento colheita e transcendancia
ANALISE DOS CONTOS
OS TRES PORQUINHOS
Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito
apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento
pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que
nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par
outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho
arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois
o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho
As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao
progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o
imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de
brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e
na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos
porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de
brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua
casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas
vezes em astucia
Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas
recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que
atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte
24
Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio
desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair
suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da
crian9B
Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar
enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo
o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal
entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria
termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado
urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos
A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de
educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase
magica e da fantasia
Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao
seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece
o PATINHO FEIO
0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave
desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos
os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser
a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos
perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria
classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem
desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o
apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma
natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir
qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
16
A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado
da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario
superam 0 historico e 0 verdadeiro
LENDAS DO PARANA
o VEU DE PINGO DAGUA
0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para
Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava
o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era
conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada
disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo
A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do
tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo
dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect
viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL
Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando
que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se
encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos
desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado
Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas
cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma
crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em
qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que
acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0
nome de Veu da Noiva
Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado
e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria
17
busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com
alguem que ela nao amasse
A LENDA DO CAATIU
~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn
valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba
Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado
partia para a guerra
Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn
pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E
assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as
sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que
acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de
Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0
transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam
os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando
as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de
suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0
Parana
Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar
imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo
deste am or
LENDA DA GRALHA AZUL
KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava
acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda
do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a
arvore para transforma-Ia em tabllas
18
A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu
corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu
muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La
nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se
revoltam com as dares alheias
A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela
S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje
em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~
vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da
fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a
bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto
enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que
podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a
pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0
regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos
altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos
permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite
eterno Vinde a mim todos
A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus
olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul
Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto
porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou
celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um
verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando
Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos
ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a
fonte para uma nova vida
19
A LENDA DE BREJATUBA
~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0
Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58
chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis
habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos
caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura
e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata
conheceu Juraci a filha do chefe earij6
Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito
esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua
tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram
semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam
envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a
agarrasse com for1a de guerreiro
o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do
morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~
aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu
correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De
repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0
mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas
recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem
como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt
ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para
alcanyar nossos objetivos
A LENDA DO FOGO
Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto
ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0
20
mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn
tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart
Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0
segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde
estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se
no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em
direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell
levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6
pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn
pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era
muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento
aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per
causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as
noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas
Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es
para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras
sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as
campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as
campos de Guarapuava
Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle
devemos ter para conquistar estes conhecimentos
A LENDA DA ERVA-MATE
MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das
margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma
das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos
velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim
ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do
Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas
21
ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes
Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava
uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas
sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare
produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em
que sabia quebrar 0 mal
Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas
guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No
mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar
em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na
enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as
chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse
momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo
a mal Gupi ficou impressionado com aquila
A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava
prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para
espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela
correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem
esquerda da tribo Tupi
Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se
tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o
lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem
disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn
galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos
Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se
da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a
mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de
erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis
festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as
tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos
forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis
t4~~ bull ~ ~
22
Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da
natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as
valores da natureza e do mundo
143 Contos de Encantamento
Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au
inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos
f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do
impossive da magica e do irnprevisto
144 Contos de Fadas
sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar
de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~
Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem
na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade
fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de
sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada
etc
Estrutura basica dos contos de fadas
Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o
Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos
etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial
Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da
prote~o e mergulha no completo desconhecido
23
Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no
plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios
Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades
potencialidades e polaridades opostas
Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio
florescimento colheita e transcendancia
ANALISE DOS CONTOS
OS TRES PORQUINHOS
Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito
apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento
pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que
nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par
outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho
arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois
o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho
As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao
progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o
imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de
brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e
na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos
porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de
brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua
casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas
vezes em astucia
Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas
recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que
atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte
24
Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio
desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair
suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da
crian9B
Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar
enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo
o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal
entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria
termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado
urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos
A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de
educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase
magica e da fantasia
Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao
seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece
o PATINHO FEIO
0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave
desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos
os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser
a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos
perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria
classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem
desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o
apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma
natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir
qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
17
busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com
alguem que ela nao amasse
A LENDA DO CAATIU
~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn
valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba
Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado
partia para a guerra
Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn
pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E
assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as
sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que
acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de
Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0
transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam
os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando
as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de
suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0
Parana
Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar
imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo
deste am or
LENDA DA GRALHA AZUL
KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava
acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda
do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a
arvore para transforma-Ia em tabllas
18
A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu
corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu
muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La
nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se
revoltam com as dares alheias
A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela
S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje
em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~
vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da
fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a
bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto
enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que
podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a
pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0
regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos
altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos
permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite
eterno Vinde a mim todos
A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus
olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul
Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto
porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou
celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um
verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando
Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos
ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a
fonte para uma nova vida
19
A LENDA DE BREJATUBA
~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0
Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58
chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis
habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos
caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura
e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata
conheceu Juraci a filha do chefe earij6
Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito
esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua
tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram
semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam
envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a
agarrasse com for1a de guerreiro
o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do
morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~
aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu
correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De
repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0
mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas
recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem
como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt
ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para
alcanyar nossos objetivos
A LENDA DO FOGO
Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto
ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0
20
mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn
tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart
Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0
segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde
estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se
no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em
direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell
levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6
pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn
pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era
muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento
aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per
causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as
noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas
Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es
para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras
sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as
campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as
campos de Guarapuava
Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle
devemos ter para conquistar estes conhecimentos
A LENDA DA ERVA-MATE
MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das
margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma
das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos
velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim
ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do
Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas
21
ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes
Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava
uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas
sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare
produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em
que sabia quebrar 0 mal
Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas
guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No
mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar
em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na
enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as
chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse
momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo
a mal Gupi ficou impressionado com aquila
A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava
prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para
espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela
correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem
esquerda da tribo Tupi
Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se
tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o
lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem
disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn
galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos
Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se
da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a
mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de
erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis
festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as
tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos
forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis
t4~~ bull ~ ~
22
Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da
natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as
valores da natureza e do mundo
143 Contos de Encantamento
Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au
inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos
f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do
impossive da magica e do irnprevisto
144 Contos de Fadas
sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar
de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~
Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem
na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade
fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de
sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada
etc
Estrutura basica dos contos de fadas
Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o
Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos
etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial
Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da
prote~o e mergulha no completo desconhecido
23
Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no
plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios
Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades
potencialidades e polaridades opostas
Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio
florescimento colheita e transcendancia
ANALISE DOS CONTOS
OS TRES PORQUINHOS
Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito
apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento
pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que
nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par
outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho
arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois
o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho
As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao
progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o
imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de
brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e
na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos
porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de
brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua
casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas
vezes em astucia
Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas
recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que
atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte
24
Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio
desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair
suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da
crian9B
Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar
enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo
o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal
entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria
termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado
urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos
A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de
educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase
magica e da fantasia
Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao
seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece
o PATINHO FEIO
0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave
desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos
os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser
a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos
perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria
classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem
desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o
apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma
natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir
qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
18
A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu
corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu
muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La
nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se
revoltam com as dares alheias
A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela
S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje
em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~
vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da
fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a
bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto
enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que
podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a
pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0
regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos
altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos
permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite
eterno Vinde a mim todos
A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus
olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul
Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto
porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou
celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um
verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando
Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos
ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a
fonte para uma nova vida
19
A LENDA DE BREJATUBA
~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0
Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58
chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis
habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos
caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura
e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata
conheceu Juraci a filha do chefe earij6
Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito
esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua
tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram
semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam
envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a
agarrasse com for1a de guerreiro
o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do
morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~
aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu
correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De
repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0
mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas
recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem
como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt
ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para
alcanyar nossos objetivos
A LENDA DO FOGO
Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto
ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0
20
mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn
tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart
Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0
segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde
estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se
no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em
direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell
levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6
pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn
pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era
muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento
aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per
causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as
noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas
Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es
para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras
sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as
campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as
campos de Guarapuava
Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle
devemos ter para conquistar estes conhecimentos
A LENDA DA ERVA-MATE
MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das
margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma
das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos
velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim
ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do
Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas
21
ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes
Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava
uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas
sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare
produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em
que sabia quebrar 0 mal
Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas
guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No
mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar
em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na
enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as
chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse
momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo
a mal Gupi ficou impressionado com aquila
A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava
prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para
espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela
correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem
esquerda da tribo Tupi
Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se
tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o
lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem
disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn
galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos
Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se
da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a
mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de
erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis
festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as
tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos
forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis
t4~~ bull ~ ~
22
Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da
natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as
valores da natureza e do mundo
143 Contos de Encantamento
Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au
inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos
f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do
impossive da magica e do irnprevisto
144 Contos de Fadas
sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar
de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~
Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem
na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade
fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de
sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada
etc
Estrutura basica dos contos de fadas
Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o
Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos
etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial
Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da
prote~o e mergulha no completo desconhecido
23
Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no
plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios
Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades
potencialidades e polaridades opostas
Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio
florescimento colheita e transcendancia
ANALISE DOS CONTOS
OS TRES PORQUINHOS
Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito
apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento
pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que
nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par
outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho
arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois
o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho
As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao
progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o
imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de
brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e
na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos
porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de
brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua
casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas
vezes em astucia
Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas
recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que
atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte
24
Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio
desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair
suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da
crian9B
Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar
enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo
o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal
entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria
termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado
urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos
A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de
educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase
magica e da fantasia
Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao
seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece
o PATINHO FEIO
0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave
desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos
os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser
a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos
perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria
classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem
desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o
apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma
natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir
qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
19
A LENDA DE BREJATUBA
~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0
Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58
chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis
habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos
caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura
e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata
conheceu Juraci a filha do chefe earij6
Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito
esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua
tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram
semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam
envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a
agarrasse com for1a de guerreiro
o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do
morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~
aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu
correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De
repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0
mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas
recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem
como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt
ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para
alcanyar nossos objetivos
A LENDA DO FOGO
Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto
ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0
20
mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn
tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart
Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0
segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde
estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se
no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em
direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell
levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6
pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn
pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era
muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento
aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per
causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as
noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas
Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es
para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras
sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as
campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as
campos de Guarapuava
Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle
devemos ter para conquistar estes conhecimentos
A LENDA DA ERVA-MATE
MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das
margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma
das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos
velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim
ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do
Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas
21
ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes
Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava
uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas
sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare
produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em
que sabia quebrar 0 mal
Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas
guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No
mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar
em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na
enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as
chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse
momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo
a mal Gupi ficou impressionado com aquila
A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava
prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para
espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela
correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem
esquerda da tribo Tupi
Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se
tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o
lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem
disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn
galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos
Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se
da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a
mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de
erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis
festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as
tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos
forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis
t4~~ bull ~ ~
22
Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da
natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as
valores da natureza e do mundo
143 Contos de Encantamento
Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au
inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos
f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do
impossive da magica e do irnprevisto
144 Contos de Fadas
sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar
de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~
Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem
na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade
fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de
sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada
etc
Estrutura basica dos contos de fadas
Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o
Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos
etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial
Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da
prote~o e mergulha no completo desconhecido
23
Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no
plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios
Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades
potencialidades e polaridades opostas
Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio
florescimento colheita e transcendancia
ANALISE DOS CONTOS
OS TRES PORQUINHOS
Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito
apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento
pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que
nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par
outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho
arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois
o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho
As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao
progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o
imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de
brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e
na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos
porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de
brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua
casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas
vezes em astucia
Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas
recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que
atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte
24
Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio
desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair
suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da
crian9B
Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar
enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo
o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal
entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria
termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado
urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos
A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de
educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase
magica e da fantasia
Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao
seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece
o PATINHO FEIO
0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave
desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos
os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser
a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos
perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria
classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem
desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o
apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma
natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir
qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
20
mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn
tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart
Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0
segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde
estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se
no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em
direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell
levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6
pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn
pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era
muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento
aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per
causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as
noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas
Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es
para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras
sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as
campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as
campos de Guarapuava
Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle
devemos ter para conquistar estes conhecimentos
A LENDA DA ERVA-MATE
MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das
margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma
das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos
velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim
ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do
Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas
21
ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes
Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava
uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas
sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare
produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em
que sabia quebrar 0 mal
Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas
guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No
mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar
em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na
enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as
chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse
momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo
a mal Gupi ficou impressionado com aquila
A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava
prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para
espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela
correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem
esquerda da tribo Tupi
Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se
tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o
lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem
disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn
galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos
Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se
da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a
mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de
erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis
festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as
tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos
forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis
t4~~ bull ~ ~
22
Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da
natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as
valores da natureza e do mundo
143 Contos de Encantamento
Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au
inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos
f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do
impossive da magica e do irnprevisto
144 Contos de Fadas
sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar
de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~
Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem
na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade
fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de
sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada
etc
Estrutura basica dos contos de fadas
Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o
Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos
etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial
Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da
prote~o e mergulha no completo desconhecido
23
Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no
plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios
Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades
potencialidades e polaridades opostas
Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio
florescimento colheita e transcendancia
ANALISE DOS CONTOS
OS TRES PORQUINHOS
Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito
apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento
pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que
nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par
outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho
arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois
o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho
As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao
progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o
imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de
brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e
na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos
porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de
brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua
casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas
vezes em astucia
Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas
recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que
atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte
24
Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio
desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair
suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da
crian9B
Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar
enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo
o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal
entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria
termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado
urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos
A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de
educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase
magica e da fantasia
Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao
seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece
o PATINHO FEIO
0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave
desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos
os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser
a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos
perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria
classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem
desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o
apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma
natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir
qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
21
ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes
Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava
uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas
sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare
produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em
que sabia quebrar 0 mal
Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas
guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No
mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar
em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na
enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as
chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse
momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo
a mal Gupi ficou impressionado com aquila
A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava
prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para
espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela
correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem
esquerda da tribo Tupi
Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se
tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o
lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem
disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn
galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos
Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se
da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a
mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de
erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis
festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as
tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos
forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis
t4~~ bull ~ ~
22
Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da
natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as
valores da natureza e do mundo
143 Contos de Encantamento
Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au
inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos
f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do
impossive da magica e do irnprevisto
144 Contos de Fadas
sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar
de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~
Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem
na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade
fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de
sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada
etc
Estrutura basica dos contos de fadas
Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o
Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos
etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial
Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da
prote~o e mergulha no completo desconhecido
23
Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no
plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios
Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades
potencialidades e polaridades opostas
Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio
florescimento colheita e transcendancia
ANALISE DOS CONTOS
OS TRES PORQUINHOS
Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito
apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento
pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que
nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par
outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho
arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois
o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho
As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao
progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o
imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de
brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e
na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos
porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de
brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua
casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas
vezes em astucia
Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas
recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que
atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte
24
Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio
desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair
suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da
crian9B
Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar
enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo
o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal
entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria
termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado
urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos
A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de
educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase
magica e da fantasia
Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao
seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece
o PATINHO FEIO
0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave
desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos
os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser
a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos
perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria
classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem
desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o
apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma
natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir
qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
22
Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da
natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as
valores da natureza e do mundo
143 Contos de Encantamento
Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au
inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos
f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do
impossive da magica e do irnprevisto
144 Contos de Fadas
sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar
de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~
Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem
na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade
fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de
sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada
etc
Estrutura basica dos contos de fadas
Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o
Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos
etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial
Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da
prote~o e mergulha no completo desconhecido
23
Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no
plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios
Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades
potencialidades e polaridades opostas
Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio
florescimento colheita e transcendancia
ANALISE DOS CONTOS
OS TRES PORQUINHOS
Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito
apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento
pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que
nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par
outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho
arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois
o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho
As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao
progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o
imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de
brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e
na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos
porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de
brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua
casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas
vezes em astucia
Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas
recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que
atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte
24
Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio
desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair
suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da
crian9B
Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar
enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo
o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal
entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria
termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado
urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos
A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de
educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase
magica e da fantasia
Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao
seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece
o PATINHO FEIO
0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave
desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos
os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser
a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos
perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria
classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem
desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o
apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma
natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir
qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
23
Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no
plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios
Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades
potencialidades e polaridades opostas
Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio
florescimento colheita e transcendancia
ANALISE DOS CONTOS
OS TRES PORQUINHOS
Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito
apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento
pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que
nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par
outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho
arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois
o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho
As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao
progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o
imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de
brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e
na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos
porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de
brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua
casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas
vezes em astucia
Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas
recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que
atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte
24
Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio
desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair
suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da
crian9B
Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar
enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo
o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal
entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria
termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado
urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos
A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de
educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase
magica e da fantasia
Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao
seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece
o PATINHO FEIO
0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave
desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos
os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser
a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos
perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria
classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem
desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o
apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma
natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir
qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
24
Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio
desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair
suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da
crian9B
Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar
enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo
o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal
entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria
termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado
urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos
A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de
educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase
magica e da fantasia
Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao
seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece
o PATINHO FEIO
0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave
desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos
os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser
a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos
perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria
classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem
desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o
apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma
natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir
qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
25
natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final
eo mesmo do inicio da hist6ria
Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade
leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer
algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa
nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas
e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude
Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa
momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au
qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica
que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande
lilt1lo de vida
Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre
mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano
A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para
crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos
Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas
devido ao seu final feliz
CHAPEUZINHO VERMELHO
A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um
lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a
maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e
ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo
recebe um castigo bern merecido
Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida
por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se
comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
26
A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a
avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha
Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo
doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0
lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na
floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo
consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole
imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6
simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe
que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando
entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos
enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -
Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como
resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que
nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os
olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta
dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se
sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a
o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual
prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar
ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico
mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos
Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica
obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a
imagina~o do ollvinte
Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e
habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em
1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault
Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e
quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
27
para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo
e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa
entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre
afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa
sem nenhum mallhe ter acontecido
Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na
hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes
sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que
a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera
inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a
hist6ria a vida ensinara as suas custas
A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0
genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0
mal termina
CINDERELA
A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo
semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor
da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais
maldosas ainda
Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para
trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos
Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um
dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas
as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando
Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo
Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha
transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos
em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
28
a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da
meia-noite pois 0 encanto se desfazeria
Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe
ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a
seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80
baile
Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos
diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na
histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0
sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as
damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela
para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa
as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as
com dais ricas fidalgas da corte
Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir
do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de
tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0
sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0
passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por
duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe
perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam
A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos
adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e
nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo
sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os
malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada
A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de
educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e
pela mensagem que deixa
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
29
ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS
A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que
ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice
se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A
contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o
desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do
discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se
confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise
de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do
senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena
para as acentes do mundo
as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a
comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos
sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual
faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas
combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer
coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem
dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas
A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar
receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem
A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de
confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a
volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos
problemas que Ihe sao apresentados
A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em
fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado
como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e
metamorioses fantasticas
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
30
CHAPEUZINHO AMARELO
A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra
Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos
invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que
nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho
Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e
fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa
Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a
neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a
ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em
comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao
mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria
aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo
Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz
inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A
men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a
ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito
verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa
disposta a cair e levantar-se
A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos
tradicionais A par6dia se da livremente
A BOlSA AMARElA
A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da
literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo
mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde
numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar
escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura
familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
31
sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da
familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes
e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos
uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o
como pessoa
A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro
Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do
IBBY 1978
Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras
145 Hist6rias Acumulativas
sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente
encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a
representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0
desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico
dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim
As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes
orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto
Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas
Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores
s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia
o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens
as palavras adquirem magia
o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema
fundamental da pr6pria vida dos orientais
A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
32
A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos
discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa
entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de
marmore preto urna formiga preta Deus a v~
Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e
discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e
admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua
portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a
primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan
nasceu no Brasil e formou-se em engenharia
A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou
a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto
completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores
arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma
grande contribuiyao no fomento cultural oriental
146 Hist6rias de Aventuras
Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que
passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja
mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances
epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e
piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos
envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos
policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo
(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
33
ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS
ROBINSON CRUSOE
Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um
dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll
Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira
viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros
caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e
acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se
tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um
navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio
e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem
para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente
parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu
barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam
sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a
anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide
excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio
Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos
e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu
em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se
sell companheiro
Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a
sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar
par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos
A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo
conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar
recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e
a ter esperanQa
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
34
o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras
Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a
civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da
solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do
homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que
a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na
~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem
de inventar e realizar
Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico
narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e
objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez
mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a
exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua
volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas
relacentes com 0 mundo
147 Poesias
o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros
literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma
a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio
He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade
verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par
tornar a leitura alga muito divertido
Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores
utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn
ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de
ideias e melhor compreensao dentre Qutros
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
35
Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria
Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo
Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
CAPiTULO II
21 AUTORES E SUAS OBRAS
Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e
narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos
maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje
considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0
primeiro livre de Perrault data de 1697
La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas
elas constituem a encanto da garotada
No sEkula XVII lembramos
Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver
Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe
Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia
preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das
Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~
middot0 Manual da Juventude
No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s
e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo
esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de
suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais
figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo
Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do
Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc
Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos
(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos
folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
37
das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram
Contos Po pula res e -Lendas Alemas~
Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra
de conteudo rom~ntico
Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH
obra de
critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses
chamam de nonsense
Mark Twain com sell Tom Sawyer
Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM
~O Corsario Vermelhow
etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~
Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus
curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-
Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e
sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH
bull
Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas
Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas
Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao
Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant
Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo
Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul
Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos
Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos
melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os
Sete Cavalheiros
PI Melnikov autor tambem de belo contos
Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo
Daniel Defoe
Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria
nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia
vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
38
a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido
comum e a provid~ncia divina
Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado
gerayOes sucessivas de jovens leitores
Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de
nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques
tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu
significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas
fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre
22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS
221 Monteiro Lobato
o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a
vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a
fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca
Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de
contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes
dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e
correspond~ncias
222 Ana Maria Machado
Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses
somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
39
1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0
Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra
Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos
Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios
da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio
Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil
mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio
literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra
Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar
Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco
(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino
Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas
(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora
da arca (1993)
223 Ruth Rocha
Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada
Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao
Paulo capital em 02 de marco de 1931
Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o
Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional
do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de
EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da
Revista Recreio da Editora Abril
Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho
Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores
Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
40
Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da
Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da
Editora Abril
Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da
Editora Abril
Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da
Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora
Abril
Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril
Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico
Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e
da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora
Editorial da Editora Lastri
Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao
Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian
Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor
Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de
Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao
Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e
Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa
pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia
Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do
Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992
1993 e 1997 entre muitos outros
Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos
autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a
mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo
infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
41
224 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga
Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de
express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de
pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo
explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos
brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar
(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-
conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para
adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem
contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu
primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de
1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0
Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os
tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos
6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos
para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco
Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo
lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma
iniciativa pioneira
225 Mauricio de Souza
Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de
viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus
personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo
interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da
Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
42
Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados
sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co
assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando
tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS
sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que
ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil
Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO
Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os
pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta
pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as
movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele
acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos
A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na
base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o
Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no
merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de
anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e
sobretudo no sociaL
Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda
se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da
MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos
ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas
pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus
quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito
espelhado em sua vida quando crian9a
A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de
inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar
historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-
americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que
seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns
com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
43
Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em
todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia
nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar
226 Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade
mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no
Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em
1962 como redatora ilustradora colunista etc
Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu
sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos
de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as
ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -
livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher
Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos
de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas
1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina
(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao
na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)
o homem que nao parava de crescer (1995)
227 SOnia Forjaz
Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de
escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a
levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
44
dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos
do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura
infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos
e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar
a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos
228 Lygia Bojllnga
Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou
urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0
teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando
escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no
Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro
Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com
a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-
se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou
Feilo a Mao
229 Francisco Buarque de Holanda
Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no
Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da
qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um
ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica
e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas
peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque
publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto
Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
45
Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em
1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e
quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
CONCLusiio
A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a
sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em
boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a
compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal
conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao
sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram
na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas
a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado
A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua
bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas
infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua
necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e
entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar
gradativamente 0 equilibrio adulto
A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se
comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os
significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao
longo de seu amadurecimento emocional
A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento
Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como
instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e
psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados
o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive
da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem
conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0
seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade
e poesia atingem em cheia a alma das pessoas
A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla
existEmcia para sempre
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
47
Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da
conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das
series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos
relacionados a essa area
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra
1981
A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt
Acesso em 08 jun 2003
BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro
Paz e Terra 1980
BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em
220303
BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999
BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia
2003
CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986
CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint
COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica
1993
COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995
CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
49
CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica
1997
DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970
DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano
FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed
Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986
FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt
Acesso em 15103103
GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica
2000
GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt
Acesso em 15103103
GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001
KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo
Atica 1990
LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998
LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo
Scipione 1997
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
50
Lendas do Parana Disponivel em
httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun
2003
Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em
220303
Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt
Acesso em 230303
Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996
MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em
httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04
jlln 2003
OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica
1998
PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985
PINTO z Biografia e Livros Disponivel em
lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303
PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992
SOUZA M Disponivel
lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt
130303
Acesso
em
em
TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
51
ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado
Aberto 2000
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
ANEXOS
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
ANEXOS
1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO
A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da
letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol
CJassificacao 8 a 11 anas
o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da
vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas
Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio
pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas
Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da
familia do Bichinho da Maya
Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa
lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino
A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a
historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta
Classmeaao infantil
o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982
Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu
origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos
o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
54
Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse
livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas
ClassificaCao infanti
Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD
da estrutura poHtica do nosso pais
Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos
Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991
Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~
Classificacao 5 a 8 anos
Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala
do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos
As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991
Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos
As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a
l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos
Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11
anos
A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de
um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos
A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de
um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
55
Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991
Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando
crescer Classifica~o 5 a a anos
Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as
Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum
DodO Classificarao 8 a 11 anos
o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a
historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos
Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos
A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985
Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos
Classifica~o 5 a 8 anos
FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia
de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos
idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos
As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a
hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos
o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos
Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a
hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um
exercito Classific89aO 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
56
H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria
do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11
anos
Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0
Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos
A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna
oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas
A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do
A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11
anos
A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos
1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto
Classificacao 8 a 11 anos
Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de
urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa
Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas
as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos
o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do
corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos
A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994
Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11
anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
57
Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro
o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5
a 8 anos
o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com
a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos
Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua
criatividade criando marcas para leones da atualidade
Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de
Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de
quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do
Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos
o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos
1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as
coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos
o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores
fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com
grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e
cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil
o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a
historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8
anos
Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987
Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o
5 a 8 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
58
Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as
enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos
Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996
Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig
e Paladino
Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de
urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos
Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0
leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho
Classificaltao 5 a 8 anos
Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve
irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do
corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos
o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da
letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os
o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de
um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de
Mino Classifica=ao 5 a 8 anos
o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a
hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para
explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos
Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a
hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus
alunos Classificayao 5 a 8 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
59
Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a
hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos
Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo
Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes
de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil
R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria
da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos
Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna
parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos
o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de
uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11
anos
o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a
11 anos
Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987
Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8
a 11 anos
Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios
tipos diferentes de tias que existem no mundo
The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias
da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito
Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de
um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
60
Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as
rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias
Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da
letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos
o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha
da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo
sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um
cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir
a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos
para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica
sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao
infanto-juvenil
Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica
basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com
justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema
Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente
prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da
cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0
verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti
A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor
informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai
que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50
mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a
menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para
salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada
Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar
a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente
precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
61
demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade
da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-
juvenil
o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na
condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0
mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0
personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude
Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna
atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes
em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil
o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a
Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera
e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil
conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso
carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao
desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio
ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente
Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem
vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da
importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos
constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem
sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre
Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a
elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA
FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de
com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude
em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta
do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram
demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao
sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
62
Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva
naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia
mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de
Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma
porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern
dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do
balcao ClassificacAo infanto-juvenil
o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo
da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo
pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura
vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao
uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo
a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil
A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e
pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto
social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do
Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa
volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil
N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~
se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de
descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a
entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil
Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos
1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig
e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
63
As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as
jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o
8a 11 anos
Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e
aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos
Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da
letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos
Top Related