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Universidade Federal do Espírito Santo
Centro Tecnológico
Departamento de Informática
Programa de Pós-Graduação em Informática
Prof.: Monalessa Perini Barcellos
Disciplina: INF6008 – Engenharia de Software
Conteúdo
1. Introdução
1.1 O que é Engenharia de Software
1.2 Qualidade x Produtividade
1.3 Qualidade de Produto x Qualidade de Processo
1.4 Organismos Normativos
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1. Introdução
• Erroneamente, muitas vezes, desenvolver software é confundido com
programação.
• Programação é uma abordagem (abordagem de construção)
corretamente adotada quando se pensa em problemas pequenos.
Por exemplo: calcular médias e ordenar conjuntos de dados.
• Para problemas mais complexos é necessário adotar uma abordagem
de engenharia. Por exemplo: desenvolver um sistema de informações
para um banco.
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1. Introdução
Analogamente:
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Construir uma casinha de cachorro é um problema
simples. O próprio dono pode comprar os materiais e
construir a casinha em um final de semana.
Construir um edifício requer um projeto de engenharia
civil, planejamento da execução da obra e
desenvolvimento de modelos (maquetes e plantas de
diversas naturezas), até a realização da obra, que deve
ocorrer por etapas. Ao longo da realização do trabalho, é
necessário realizar um acompanhamento para verificar
prazos, custos e a qualidade do que se está construindo.
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1.1 O que é Engenharia de Software
A Engenharia de Software surgiu com o objetivo de melhorar a qualidade dos produtos de
software e aumentar a produtividade no processo de desenvolvimento.
• Trata de aspectos relacionados ao estabelecimento de processos, métodos, técnicas,
ferramentas e ambientes de suporte ao desenvolvimento de software.
• Propõe a divisão do problema em problemas menores, cujas soluções devem ser integradas
por uma arquitetura. As soluções devem ser obtidas utilizando-se procedimentos (métodos,
técnicas, roteiros etc.), bem como ferramentas que automatizam o trabalho (ou parte dele).
Tipicamente, são exigidas várias pessoas, cujo esforço deve ser planejado, coordenado e
acompanhado. Também é requerido que a qualidade do que se está produzindo seja
sistematicamente avaliada.
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1.2 Qualidade x Produtividade
Qualidade Produtividade
=
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1.2 Qualidade x Produtividade
Qualidade Produtividade
=
!Engenharia de Software Monalessa Perini Barcellos
1.2 Qualidade x Produtividade
• O objetivo da Engenharia de Software é melhorar a qualidade dos produtos de
software e aumentar a produtividade no processo de desenvolvimento. Então:
Qualidade Produtividade
=
Engenharia de Software Monalessa Perini Barcellos
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1.2 Qualidade x Produtividade
Alguns resultados de estudo realizado em 2010 com empresas que adotaram
o MPS.BR em 2008 e 2009
Fonte: http://www.softex.br/mpsbr
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1.2 Qualidade x Produtividade
Situação das empresas após os primeiros passos da implantação das
práticas de melhoria (MPS.BR Nível G)
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1.2 Qualidade x Produtividade
Situação das empresas após os primeiros passos da implantação das
práticas de melhoria (MPS.BR Nível F)
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1.2 Qualidade x Produtividade
Situação das empresas após a manutenção/evolução das práticas de melhoria
(revalidação/evolução de nível)
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1.2 Qualidade x Produtividade
Alguns resultados de estudo realizado em 2012 com empresas que adotaram o
MR-MPS-SW desde 2008
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Participantes: 132 empresas envolvidas com o MR-MPS-SW (15 iniciando a implementação,
37 em processo de avaliação, 47 avaliadas nível G, 19 avaliadas nível F e 14 avaliadas níveis
E-A)
Produtividade
Qualidade
1.3 Qualidade de Produto x Qualidade de Processo
O que é qualidade?
Por exemplo, o que é um carro de qualidade?
Para responder a essa questão, devem ser considerados diversos
fatores, como: segurança, desempenho, beleza, conforto, tamanho e
custo, dentre outros.
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Qualidade é um conceito relativo que está diretamente relacionado à
conformidade com requisitos e à satisfação do cliente.
Como isso se manifesta em software?
Qualidade de software é um conjunto de características a
serem satisfeitas em um determinado grau, de modo que o
software satisfaça às necessidades de seus usuários.
Usuários finais Desenvolvedores Usuários indiretos
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1.3 Qualidade de Produto x Qualidade de Processo
E o que é um software de qualidade?
Desenvolvedor (perspectiva interna): “É um software fácil de manter.”
Usuário (perspectiva externa de observação pelo uso do produto): “É um software
que satisfaz minhas necessidades, é fácil de usar, eficiente e
confiável.”
Cliente (perspectiva externa de observação da qualidade em uso): “É um software
que agrega valor a meu negócio .”
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1.3 Qualidade de Produto x Qualidade de Processo
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1.3 Qualidade de Produto x Qualidade de Processo
Então:
Qualidade de software é um conceito com múltiplas facetas (perspectivas de
usuário, desenvolvedor e cliente) e que envolve diferentes características (por
exemplo, usabilidade, confiabilidade, eficiência, manutenibilidade, portabilidade, segurança,
produtividade) que devem ser alcançadas em níveis diferentes, dependendo do
propósito do software.
Note que esse conceito foca produto.
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1.3 Qualidade de Produto x Qualidade de Processo
Então:
Qualidade de software é um conceito com múltiplas facetas (perspectivas de
usuário, desenvolvedor e cliente) e que envolve diferentes características (por
exemplo, usabilidade, confiabilidade, eficiência, manutenibilidade, portabilidade, segurança,
produtividade) que devem ser alcançadas em níveis diferentes, dependendo do
propósito do software.
Note que esse conceito foca produto.
Como garantir que o produto de software tenha qualidade?
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Qualidade do Produto de Software
relaciona-se diretamente com a
Qualidade do Processo de Software
Melhorando a qualidade do processo de software, é possível melhorar a
qualidade dos produtos resultantes.
• A premissa por detrás dessa afirmativa é a de que processos bem estabelecidos, que
incorporam mecanismos sistemáticos para acompanhar o desenvolvimento e
avaliar a qualidade, no geral, conduzem a produtos de qualidade.
• Um bom processo não garante que os produtos produzidos são de boa qualidade,
mas é um indicativo de que a organização é capaz de produzir bons produtos.
1.3 Qualidade de Produto x Qualidade de Processo
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De modo geral, o que é um PROCESSO?
Uma receita de bolo é um processo?
A abertura de uma conta em um banco é um processo?
1.3 Qualidade de Produto x Qualidade de Processo
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• Um processo de software pode ser visto como o conjunto de atividades,
métodos, práticas e transformações que guiam pessoas na produção de software.
• Um processo eficaz deve, claramente, considerar as relações entre as atividades,
os artefatos produzidos no desenvolvimento, as ferramentas e os procedimentos
necessários e a habilidade, o treinamento e a motivação do pessoal envolvido.
De modo geral, o que é um PROCESSO?
Uma receita de bolo é um processo?
A abertura de uma conta em um banco é um processo?
1.3 Qualidade de Produto x Qualidade de Processo
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Elementos que compõem um processo de software:
Exemplo:
Atv1. Realizar levantamento de requisitos.
Pré-Atividade: Atv0
Insumo: Documento Planejamento de Entrevista
Produto: Documento Registro de Entrevista.
Recurso Humano: Analista de Sistemas
Procedimento: Técnica para Realização de Entrevistas
Atv2. Documentar requisitos.
Pré-Atividade: Atv1
Insumo: Documento Registro de Entrevista.
Produto: Especificação Textual de Requisitos.
Recurso Humano: Analista de Sistemas
Procedimento: Roteiro para Elaboração da Especificação Textual de
Requisitos.
Processo de Software
Processos
Atividades
Pré-atividades
Subatividades
Artefatos
Insumos
Produtos
Recursos
Recursos Humanos
Ferramentas de Software
Hardware
Procedimentos
Métodos
Técnicas
Roteiros
1.3 Qualidade de Produto x Qualidade de Processo
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Um processo de software, em uma abordagem de Engenharia de Software, envolve
diversas atividades que podem ser classificadas quanto ao seu propósito em:
i. Atividades de Desenvolvimento (ou Técnicas ou de Construção): são as atividades
diretamente relacionadas ao processo de desenvolvimento do software, ou seja,
que contribuem diretamente para o desenvolvimento do produto de software a
ser entregue ao cliente. Ex.: especificação e análise de requisitos, projeto e
implementação.
ii. Atividades de Gerência de Projeto: são aquelas relacionadas ao planejamento e
acompanhamento gerencial do projeto, tais como realização de estimativas,
elaboração de cronogramas, análise dos riscos do projeto etc.
iii. Atividades de Garantia da Qualidade: são aquelas relacionadas com a garantia da
qualidade do produto em desenvolvimento e do processo de software utilizado,
tais como revisões e inspeções de produtos (intermediários ou finais) do
desenvolvimento.
1.3 Qualidade de Produto x Qualidade de Processo
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Atividades do processo de software:
Atividades de Desenvolvimento
Atividades de Gerência
Atividades de Garantia da Qualidade
Produto de
Software
As Atividades de Gerência e as
Atividades de Garantia da
Qualidade são chamadas de
“atividades guarda-chuva”, pois
“cobrem” todo o processo de
desenvolvimento.
1.3 Qualidade de Produto x Qualidade de Processo
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Há várias maneiras diferentes de fazer um bolo de chocolate.
Pessoas alérgicas a leite precisam de receitas que não incluam leite.
Pessoas diabéticas precisam de receitas que não incluam açúcar.
Há várias formas diferentes de abrir uma conta bancária.
Algumas pessoas podem abrir contas apenas para receberem seus salários.
Algumas pessoas podem abrir contas com vantagens especiais, como limite de
crédito.
Processos de software podem ter diversas definições distintas.
1.3 Qualidade de Produto x Qualidade de Processo
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O que deve ser considerado para definir um processo de software?
• Características da aplicação (domínio do problema, tamanho, complexidade etc.)
• Tecnologia a ser adotada na sua construção (paradigma de desenvolvimento,
linguagem de programação, mecanismo de persistência etc.)
• Organização onde o produto será desenvolvido
• Características da equipe
• Estabilidade dos requisitos
• Outros
1.3 Qualidade de Produto x Qualidade de Processo
Existem Normas e Modelos de Qualidade que apoiam a definição de processos de software.
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• Normas internacionais de qualidade são criadas no
trabalho voluntário de especialistas do mundo todo.
• Essas normas tornaram-se a base para especificar
produtos, organizar o fornecimento de serviços e até
mesmo para a elaboração de legislação em vários países.
1.4 Normas e Organismos Normativos
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Padrões de Facto
• Muitas vezes padrões surgem espontaneamente, a partir de uma
necessidade ou como uma solução amplamente adotada quando
comparada a outras alternativas.
• Padrões de facto são padrões aplicados na prática, mas que não foram
formalizados como um regulamento.
• Podem ser criados involuntariamente ou por razões comerciais.
1.4 Normas e Organismos Normativos
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Padrões de Jure
• São criados de maneira formal, regulamentada.
• São escritos seguindo regulamentos e aprovados por
instituições reconhecidas publicamente como capacitadas
para tal (ex.: ISO, IEEE etc).
1.4 Normas e Organismos Normativos
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ISO - International Standardization Organization
• Criada em 1946, começou a funcionar em 1947.
• Conta atualmente com mais de 18.500 documentos internacionais de
padronização*, tendo mais de 160 países participantes e mais de 50.000
especialistas que contribuem no mundo inteiro para a criação e
verificação dos documentos.
• Cada país participante possui um órgão membro da ISO.
• No Brasil esse órgão é a ABNT.
* Cerca de 1100 novos documentos são publicados por ano.
1.4 Normas e Organismos Normativos
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A ISO e as Normas Relacionadas a TI
• A ISO criou com a IEC* (International Eletrotechnical Commission) a primeira
comissão conjunta para elaboração de normas, o JTC1 (Joint Technical Committee 1).
• O JTC1 é responsável pela criação de normas relacionadas a TI e é dividido em
subcomissões (SC) que, por sua vez, são divididas em grupos de trabalho
(working groups – WG).
• Subcomissão SC-7: Engenharia de Software e de Sistemas.
• Alguns grupos de trabalho da SC-7: WG-2: Documentação de Sistemas
WG-6: Avaliação e Métricas
WG-7: Gerência do Ciclo de Vida
WG-12: Medição do Tamanho Funcional*Existente desde 1906.
1.4 Normas e Organismos Normativos
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Identificação de uma Norma ISO
ISO: significa que é uma norma ISO.
IEC: significa que foi estabelecida em conjunto com a IEC.
NBR: significa que é uma norma brasileira.
1.4 Normas e Organismos Normativos
Exemplos:
ISO 9001 - Quality Management Systems – Requirements
ISO/IEC 15504 - Information Technology — Process Assessment
NBR ISO 9001 - Sistemas de Gestão da Qualidade – Requisitos
NBR ISO/IEC 12207 - Engenharia de Sistemas e Software - Processos de Ciclo de Vida de Software
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- Algumas normas trazem o ano para identificar sua versão.
- Algumas normas são divididas em partes.
- FDIS : significa que a norma está em estágio final de edição. A norma propriamente
dita poderá conter modificações editoriais em relação a essa versão.
- TR: significa que o documento é um relatório técnico.
1.4 Normas e Organismos Normativos
ISO 9001:2000 - Quality Management Systems – Requirements
ISO 9001:2008 - Quality Management Systems – Requirements
ISO/IEC 15504-1 - Information Technology - Process Assessment - Part 1: Concepts and Vocabulary
ISO/IEC 15504-2 - Information Technology - Process Assessment - Part 2: Performing an Assessment
ISO/IEC FDIS 15504-1.6 - Information Technology - Process Assessment - Part 1: Concepts and Vocabulary
ISO/IEC TR 90003:2004 - Software Engineering - Guidelines for the Application of ISO 9001:2000 to Computer
Software
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Etapas de criação de uma Norma
• Uma norma possui pelo menos um editor e um ou mais
coeditores, que são pessoas de conhecimento técnico reconhecido
e que podem se dedicar ao projeto.
• O editor (junto com os coeditores) é responsável pela escrita do
primeiro esboço do documento.
• Esse esboço é distribuído para análise pelos grupos de trabalho
internacionais.
• A partir daí, sugestões de modificações são submetidas, avaliadas e
introduzidas, em um ciclo que culmina com a versão final.
1.4 Normas e Organismos Normativos
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Criação das Normas ISO/IEC
1.4 Normas e Organismos Normativos
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New Work
Item
Proposal
(NWI)
Aproved
designado para
Work Group (WG) + Líder
produzemWorking
Draft
(WD)
refinado pelo WG
(várias vezes)Committee
Draft (CD)
Outros Work Groups
submetido à
votação
Draft
International
Standard
(DIS)
sugerem
alterações
que levam o
WG a
produzir
refinado pelo WG
(várias vezes)Final
DIS
(FDIS)
sofre apenas
alterações
editoriais
International
Standard
(IS)
ou
Technical
Report (TR)
Criação das Normas ISO/IEC
• Assim que uma nova proposta de item de trabalho (New Work Item
proposal - NWI) é aprovada, um grupo de trabalho (WG) e um líder
são designados.
• Um grupo de especialistas produz um esboço de trabalho (Working
Draft – WD) que é refinado até atingir o grau de maturidade de
esboço do comitê (Committee Draft – CD), quando é enviado aos
grupos de trabalho internacionais (WGs).
• O trabalho segue em ciclos de modificação e uma data é fixadapara votação.
1.4 Normas e Organismos Normativos
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Criação das Normas ISO/IEC
• Passada a votação, o documento atinge o estágio de esboço denorma internacional (Draft International Standard – DIS), quandopassa por um novo ciclo de análise e modificações.
• Passada uma nova votação que aprova o documento no estágio deesboço finalizado (Final DIS – FDIS), apenas modificações decaráter editorial podem ser efetuadas.
• Finalmente a norma é publicada como Norma Internacional(International Standard – IS) ou como relatório técnico (TechnicalReport – TR).
1.4 Normas e Organismos Normativos
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Uso das Normas pelas Organizações
• Duas etapas gerais: Adequação x Certificação
• Adequação: deve preceder a certificação e consiste em colocar em
prática, total ou parcialmente, aquilo que é nela proposto.
• Certificação: Envolve a participação de um organismo ou empresa
externa que possa atestar que a empresa candidata segue
efetivamente o padrão.
1.4 Normas e Organismos Normativos
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Processo de Certificação
1. A empresa estabelece o seu sistema da qualidade.
2. A empresa faz uma solicitação formal a um órgão certificador.
3. O órgão certificador faz uma primeira visita à empresa para colher mais dados e explicar o
processo de certificação.
4. Pré-análise: o órgão certificador verifica se a documentação do sistema da qualidade está de
acordo com a norma e gera um relatório de não conformidades.
5. A empresa realiza ajustes em seu sistema de qualidade.
6. Avaliação: o órgão certificador envia uma equipe à empresa com fins de auditoria. A equipe
gera um novo relatório de não conformidades e decide:
Certificar a empresa, sugerindo apenas pequenas correções a serem realizadas.
Certificar a empresa, porém sob a condição de que certas correções sejam efetuadas.
Não certificar a empresa, recomendando uma nova etapa de adequação à norma antes de uma nova tentativa de certificação.
7. Durante a validade da certificação, o órgão certificador realiza visitas periódicas à empresa para assegurar que o sistema continua sendo efetivo.
1.4 Normas e Organismos Normativos
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IEEE - Institute of Electrical and Electronics Engineers
• Possui mais de 395.000 membros em 160 países.
• Possui um comitê para estabelecimento de padrões em Engenharia de
Software de Software e Sistemas (Software & Systems Engineering
Standards Committee – S2ESC)
• Exemplos de padrões estabelecidos pelo S2ESC:
IEEE Std 1061-1998- IEEE Standard for a Software Quality Metrics Methology
IEEE Std 830-1998 - IEEE Recommended Practice for Software Requirements Specifications
1.4 Normas e Organismos Normativos
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Outros Organismos
• SEI – Software Engineering Institute – Carnegie Melon University – responsável pelo
CMMI.
• Softex (Sociedade Brasileira para Promoção da Exportação de Software) –
responsável pelo MR MPS.BR.
• Prodfor (Programa Integrado de Desenvolvimento da Qualificação de
Fornecedores) - responsável pela certificação SGQF (Sistema de Gestão da
Qualidade em Fornecimento), exigida por alguns órgãos capixabas.
Qualidade de Software Monalessa Perini Barcellos
1.4 Normas e Organismos Normativos
Referências
• BARCELLOS, M. P., 2013, Material da disciplina Engenharia de Software, Universidade Federal do
Espírito Santo, Vitória – ES.
• FALBO, R. A., 2007, Material da disciplina Qualidade de Software, Universidade Federal do
Espírito Santo, Vitória – ES.
• SOFTEX, 2010, iMPS 2010 - Desempenho das Empresas que Adotaram o Modelo MPS de 2008 a
2010, disponível em http://www.softex.br/mpsbr.
• SOFTEX, 2012, iMPS 2012: Evidências Sobre o Desempenho das Empresas que Adotaram o
Modelo MPS-SW desde 2008, disponível em http://www.softex.br/mpsbr.
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Universidade Federal do Espírito Santo
Centro Tecnológico
Departamento de Informática
Programa de Pós-Graduação em Informática
Prof.: Monalessa Perini Barcellos
Disciplina: INF6008 – Engenharia de Software
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