UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
TRABALHO E ANSIEDADE EM ADOLESCENTES - RESULTADOS
DE UM ESTUDO LONGITUDINAL
TEREZA NADYA LIMA DOS SANTOS
TESE DE DOUTORADO EM EPIDEMIOLOGIA
Salvador
2011
TEREZA NADYA LIMA DOS SANTOS
TRABALHO E ANSIEDADE EM ADOLESCENTES - RESULTADOS
DE UM ESTUDO LONGITUDINAL
Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Saúde
Coletiva do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade
Federal da Bahia, como requisito parcial para obtenção do grau
de Doutor em Saúde Pública.
Orientadora: Profa. Dra. Vilma Sousa Santana
Co-orientadora: Profa. Dra. Rosemeire Leovigildo Fiaccone
Salvador, Bahia
2011
Ficha Catalográfica Elaboração Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
___________________________________________________ S237t Santos, Tereza Nadya Lima dos.
Trabalho e ansiedade em adolescentes: resultados de um estudo longitudinal / Tereza Nadya Lima dos Santos. Salvador: T.N.L. Santos, 2011.
175f.
Orientadora: Profa. Dra. Vilma Sousa Santana.
Tese (doutorado) – Instituto de Saúde Coletiva. Universidade Federal da Bahia.
1. Trabalho. 2. Ansiedade. 3. Adolescente. 4. Carga de Trabalho. I. Título.
CDU 331.3:616.89 __________________________________________________________
TEREZA NADYA LIMA DOS SANTOS
TRABALHO E ANSIEDADE EM ADOLESCENTES - RESULTADOS
DE UM ESTUDO LONGITUDINAL
Data da defesa: 29 de setembro de 2011
Banca Examinadora:
Profa. Dra. Vilma Sousa Santana – ISC/UFBA
Orientadora
Profa. Dra. Rosemeire Leovigildo Fiaccone – IM/UFBA
Co-orientadora
Examinador Interno
Profa. Dra. Maria da Conceição Costa – ISC/UFBA
Examinador Interno
Profa. Dra. Maria do Rosário Dias de Oliveira Latorre – USP
Examinador Externo
Profa. Dra. Tânia Maria de Araújo – UEFS
Examinador Externo
Salvador, Bahia
2011
IV
AGRADECIMENTOS
É muito grande meu agradecimento aos meus colegas do Departamento de Estatística da
UFBA, minha segunda casa, pelo suporte durante meu afastamento das atividades de sala
de aula e outras atividades docentes. Seu apoio tornou possível a realização de meu
doutoramento.
À minha professora orientadora, Vilma Santana, por me acolher na sua agenda tão cheia,
pela confiança em mim depositada, por sua generosidade, por ser aliada de todos seus
alunos, pela orientação firme e segura durante o desenvolvimento deste trabalho, pelo
incentivo e paciência para me ensinar e tirar minhas dúvidas. Agradeço também por ter
gentilmente cedido o banco de dados para esta pesquisa.
À minha co-orientadora e amiga, Rosemeire Fiaccone que me orientou com perfeição no
desenvolvimento do que chamo “o coração da tese”, e sempre leu e corrigiu meu trabalho à
medida que foi sendo construído. Tenho sorte de contar com sua disponibilidade e amizade.
A todos da secretaria do Instituto de Saúde Coletiva por serem sempre prestativos apoiando
e orientando a todos. A meus colaboradores do laboratório de informática do Instituto de
Saúde Coletiva, especialmente Clinger e Moisés pela assessoria.
Aos participantes do grupo de Pesquisa Integrada em Saúde do Trabalhador (PISAT), Silvia
Ferrite, Marlene, Marta, Claúdia Lisboa, Cláudia Peres, Renata, Rosane, Solange e Cíntia
pelo carinho, acolhimento e apoio durante a realização deste trabalho.
A José Bouzas Filho, pela ajuda decisiva com o banco de dados e pela amizade.
A minhas colegas de curso, Yukari, Camila, Juliana, Hervânia, e Norma, pela parceria e
momentos compartilhados.
À Fadya Orozco, amiga imensamente atenciosa, por sua imensa atenção, por se interessar
por mim e pelo meu trabalho.
A Júlio, Ana, Fadya, Jorgana e Juliana Moura por me ajudarem, ouvirem e me apoiarem de
forma inestimável.
V
A Isaac, meu amado e amigo, meu apoio incondicional e constante, meu conselheiro. Sem
ele não seria possível mais este passo na minha vida acadêmica para continuarmos
construindo nossa felicidade.
A Rafael, filho querido, pela paciência, compreensão e perdão das minhas “ausências” todos
os dias destes anos do meu doutorado.
A Juliana, amada filha, pelo incentivo e perdão pela minha ausência e a Isaac Filho, filho
amado pelo incentivo mesmo que fisicamente distante.
Às minhas crianças Pedro e Clara, simbolizando todas as crianças do mundo, dedico este
trabalho, desejando que sua adolescência seja tranqüila, com boa saúde e felicidade.
VI
APRESENTAÇÃO
Iniciei este trabalho em 2008 no Curso de Doutorado em Saúde Pública com concentração
em Epidemiologia do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC-
UFBA). O objetivo é conhecer o efeito do início da vida laborativa e de outras circunstâncias
de vida sobre o aparecimento da síndrome de ansiedade em adolescentes que vivem em
um grande centro urbano do nordeste do Brasil, a cidade de Salvador. O tema, sugerido por
minha orientadora, Vilma Santana, me é caro, para além das informações, leituras e
resultados obtidos. O trabalho infanto-juvenil e suas conseqüências sobre a saúde tem
estado na pauta internacional, uma vez que há nessas esferas preocupação com as metas
do milênio, que incluem a redução do trabalho infanto-juvenil para favorecer melhores
condições de saúde física e mental para a atual e para futuras gerações.
Utilizei parte dos dados do projeto Acidentes Ocupacionais no Setor Informal da Economia
Magnitude, Características e o seu Impacto Sobre a Família do Trabalhador, o qual chamo
carinhosamente de Projeto Acidentes, conduzido pelo Programa Integrado em Saúde
Ambiental e do Trabalhador do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA (PISAT-ISC-UFBA)
com coleta realizada entre 2000 e 2008, a cada dois anos e com financiamento de vários
órgãos da administração federal e estadual do país, e apoio científico da Universidade do
Texas em Houston e da Universidade da Carolina do Norte em Chapel-Hill, ambas nos
Estados Unidos da América.
Os resultados desta tese encontram-se apresentados sob a forma de três artigos científicos,
na sessão de resultados deste documento, de acordo com o recomendado pelo Regimento
Interno do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública do ISC-UFBA. O primeiro é um
estudo de corte transversal, descritivo, intitulado “Trabalho pago e síndrome de ansiedade
em adolescentes”, cujo objetivo foi identificar com dados do ano 2000, fatores associados à
síndrome de ansiedade entre adolescentes. O segundo, intitulado “Avaliação da persistência
de síndrome de ansiedade em adolescentes trabalhadoras do sexo feminino: estudo
longitudinal”, analisa os dados de todas as fases do Projeto Acidentes, sendo, portanto,
longitudinal prospectivo e de população dinâmica, conformando uma abordagem
confirmatória, cujo objetivo é identificar se o trabalho remunerado tem efeito sobre a
permanência da síndrome de ansiedade em adolescentes do sexo feminino. O terceiro
artigo, “Características clínicas de casos novos de síndrome de ansiedade entre
adolescentes do sexo feminino”, identifica os primeiros casos de ansiedade em
adolescentes, e descreve características clínicas destes casos no momento do primeiro
diagnóstico positivo, comparando trabalhadoras com não trabalhadoras.
VII
RESUMO
Evidências sobre os efeitos do trabalho sobre a saúde mental de adolescentes ainda são
incipientes. Considerando a natureza multifatorial da síndrome de ansiedade (SA), esta tese
investigou condições ocupacionais que possam estar associados com a SA, avaliou a
hipótese de que trabalho remunerado tem efeito sobre a permanência da síndrome de
ansiedade (SA) em adolescentes do sexo feminino e descreveu características clínicas de
casos novos de SA comparando trabalhadoras remuneradas com não trabalhadoras. Usou-
se dados do Projeto Acidentes Ocupacionais no Setor Informal da Economia, inquérito de
base populacional por domicílios, com delineamento longitudinal prospectivo, realizado na
cidade de Salvador - Bahia-Brasil, de 2000 a 2008, com revisitas a cada dois anos.
Em um estudo de transversal, com 973 adolescentes de 10 a 21 anos de idade de ambos os
sexos, na linha de base verificou-se que a prevalência global de SA era de 9,2%. Por meio
de testes qui-quadrado de Pearson, verificou-se que a prevalência de SA era maior entre as
meninas (11,2%) do que entre os meninos (4,9%); que meninas tinham menos
frequentemente trabalho pago, mais comumente trabalho não pago para a família em
afazeres domésticos, menor duração da jornada semanal de trabalho pago, maior jornada
semanal total de trabalho, maior jornada de trabalho doméstico sem remuneração para a
própria família, maior número de dias da semana em que realizavam trabalho doméstico não
pago no próprio domicílio e percebiam menos frequentemente que sua atividade de trabalho
era perigosa do que os meninos; quanto às ocupações remuneradas mais comuns, entre as
meninas eram as de trabalho doméstico em residências/limpeza/cozinha/serviços gerais
(10,3%) e entre os meninos, era o trabalho de vendas (17,7%). A prevalência global de SA
relacionada ao trabalho foi de 9,9%. Analisando separadamente os dois grupos de sexo, a
prevalência de SA relacionada entre as meninas foi 15,3% e entre os meninos foi de 5,0%.
Utilizando razões de prevalência e seus intervalos a 95% de confiança, verificou-se que
entre as meninas, ter trabalho pago (RP=1,61; IC95%:1,05-2,48), jornada semanal total de
trabalho maior do que 40 horas por semana (RP=1,70; IC95%:1,05-2,74), jornada semanal
de trabalho remunerado acima de 20 horas (RP=2,27; IC95%:1,44 - 3,59), e trabalho com
vendas (RP=2,07; IC95%: 1,08-3,96) associam-se com SA.
Na análise da hipótese de que o trabalho remunerado tem efeito sobre a persistência da SA
entre meninas, constituiu-se uma coorte dinâmica com 384 adolescentes com 10 a 21 anos
de idade. Com modelos de regressão logística em Equações de Estimação Generalizadas
observou-se efeito estatisticamente significante do trabalho sobre a permanência de SA
VIII
(RR=2,63; IC95%: 1,58–4,39), e que a associação se mantém com a inserção no modelo,
de faixa de idade (RRajustado=2,13; IC95%: 1,20–3,77), freqüência à escola (RRajustado=2,26;
IC95%: 1,26–4,05), atraso escolar (RRajustado=2,26; IC95%: 1,35–3,77), estresse no bairro
(RRajustado=2,48; IC95%: 1,46–4,19), carga horária semanal total de trabalho (RRajustado =
2,47; IC95%: 1,34–4,53), idade e freqüência à escola, simultaneamente (RRajustado=2,05;
IC95%: 1,14–3,69), frequência à escola e carga horária semanal total de trabalho
simultaneamente (RRajustado=2,21; IC95%: 1,16–4,24), todas as covariáveis acima exceto
carga horária (RRajustado=1,92; IC95%: 1,07–3,46) e quando foi considerada a contribuição
conjunta de todas essas variáveis exceto idade (RRajustado=2,01; IC95%: 1,06–3,82).
Por fim, em um estudo de série de casos constituída com adolescentes do sexo feminino
que no momento do primeiro diagnóstico de SA ainda estavam na coorte. Com o teste exato
de Fisher verificou-se que não há diferenças entre trabalhadoras e não trabalhadoras quanto
a características sócio-demográficas; a ocupação de empregada em serviços
domésticos/limpeza/serviços gerais e a ocupação de vendedora são características
significativas que diferenciam meninas ansiosas trabalhadoras remuneradas das que têm no
trabalho doméstico sem remuneração para a própria família sua única ocupação; co-
morbidade com depressão maior foi igualmente comum entre trabalhadoras e não
trabalhadoras (aproximadamente 30%), e o tempo transcorrido entre o inicio do trabalho
remunerado e o aparecimento da SA foi menor do que seis meses, compatível com o tempo
do aparecimento de doenças agudas para as que referiram ter trabalho pago anterior à
incidência da SA.
Trabalho pago de adolescentes foi reconhecido como um estressor que pode levar a SA, o
que pode ser explicado pela pouca maturidade para enfrentar situações estressantes no
ambiente de trabalho, nem sempre adequadas às singularidades da idade. A legislação
brasileira relativa à saúde e segurança de adolescentes ainda precisa ser efetivada e
revisada, especialmente em relação à extensão da jornada de trabalho, que não deve
ultrapassar de 20 horas semanais. Devem ser evitadas ocupações que exigem contato com
o público em geral, pelo risco de violência interpessoal ou outros tipos de abuso. Co-
morbidade com depressão aparece com freqüência em meninas trabalhadoras
remuneradas. Recomenda-se estudos longitudinais epidemiológicos e clínicos com foco no
papel do trabalho de adolescentes nessa co-morbidade e no tempo transcorrido entre o
início do trabalho remunerado até o aparecimento da síndrome de ansiedade.
Palavras-chave: Síndrome de ansiedade, trabalho, adolescente, ocupação, auto-estima,
depressão maior.
IX
ABSTRACT
Evidences about the effects of paid work on mental health of adolescents are scarce.
Considering the multifactorial nature of anxiety syndrome (AS), was investigated
occupational conditions that may be associated with the anxiety syndrome, assessed the
hypothesis that paid work has no effect on the permanence of AS in female adolescents and
described clinical features of new cases of AS paid workers with no employees compared.
The analyses used data of the project Occupational Accidents in the Informal sector of the
economy, population-based survey for households with prospective longitudinal design, held
in the city of Salvador- State of Bahia-Brazil, from 2000 to 2008, with re-interviews every two
years.
In a cross-sectional study, with 973 adolescents aged 10 to 21 years of both sexes, on the
baseline it was found that the overall prevalence of SA was 9.2%. Through Pearson's Chi-
square test, it was found that the prevalence of SA was higher among girls (11.2%) than
among boys (4.9%); girls had less often paid work, most commonly unpaid work for the
family in domestic chores, shorter weekly work time in hours in paid work, largest weekly
total work time, greater work time in domestic work without remuneration for the own family,
greater number of days per week in unpaid domestic work in own home and perceived less
frequently than their working activity was dangerous than boys; most common group of paid
occupations among girls was those of housework/cleaning/cooking/general services (10.3%),
and among boys was the work in retail (17.7%). The global prevalence of work-related AS
was 9.9%; analyzing separately the two groups of sex, the prevalence of paid work-related
AS among girls was 15.3% and among boys was 5.0%. It was found that among girls, having
paid work (PR=1.61; 95%IC:1.05-2.48), work more than 40 hours per week (PR=1.70;
95%IC:1.05-2.74), paid work more than 20 hours per week (RP=2.27; 95%IC9:1.44 – 3.59)
and to be a seller (RP=2.07; 95%IC: 1.08-3.96) were all positively associated with AS. It
suggests that norms regarding adolescent labor needs to be reviewed.
In the analysis of the hypothesis that the paid work has effect on the persistence of AS
among girls, was performed a dynamic cohort with 384 female adolescents aged 10 to 21
years. Through logistic regression models on equations of Generalized Estimating Equations
(GEE) , it was noted that the work has statistically significant effect on the permanence of AS
(RR=2.63; 95%IC: 1.58 – 4.39), and that the association remains with the insertion in the
model of age range (RRadjusted=2.13; IC95%: 1.20 – 3.77), school attendance (RRadjusted=2.26;
95%IC: 1.26 – 4.05), schooling-for-age delay (RRadjusted=2 .26; 95%IC: 1.35 – 3.77), stress in
X
the neighborhood (RRadjusted =2.48; 95%IC: 1.46 – 4.19), total working hours per week
(RRadjusted = 2.47; 95%IC: 1.34 – 4.53), age and school attendance, simultaneously
(RRadjusted=2.05; 95%IC: 1.14 – 3.69), school attendance and total working hours per week
simultaneously (RRadjusted=2.21; 95%IC: 1.16 – 4.24), all the above covariates except total
working hours per week (RRadjusted=1.92; 95%IC: 1.07 – 3.46) and when it was considered
the joint contribution of all of these variables except age (RRadjusted=2.01; 95%IC: 1.06 –
3.82).
Finally, in a study of number of cases performed with female adolescents who at the time of
first diagnosis of SA were still in the cohort. Fisher's exact test not found differences between
workers and no-workers on sociodemographic characteristics; the occupation of employed in
domestic services/cleaning/general services and the occupation of seller are significant
characteristics that differentiate anxious workers girls leave those aiming at domestic work
without remuneration for the own family his only occupation; comorbidity with major
depression was equally common among workers and no-workers (approximately 30%), and
the time elapsed between the beginning of paid work and the emergence of the SA was less
than six months, compatible with the time of the occurrence of acute diseases, for girls who
reported having paid work preceding the incidence of AS.
Paid work for adolescents was recognized as a stressor that can be lead to AS. This can be
explained by the lack of maturity at this age needed to confront stressful situation in the work
environment, not always adequate to the singularities of adolescent life. In Brazil legislation
concerning to the health and safety of adolescents need to be put in effect. Besides, it needs
to be revised, especially in relation to the extention of worktime, that should not be longer 20
hours per week and occupations involving contact with the public, such as costumers in
sales trades, because of the increased risk of interpersonal violence or other types of abuse.
Comorbidity of depression seems preclude adolescent of having a paid job probably because
of the social limitations involved in depression. Longitudinal epidemiological and clinical
studies focusing on the role of the adolescents’ work in the time elapsed between the
beginning of labour and the emergence of anxiety syndrome are recomended.
Keywords: Anxiety syndrome, work, adolescent, occupation, self-steem, major depression.
XI
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1. Diagrama do referencial teórico ................................................................... 25
ARTIGO II
FIGURA 1. Organograma da população de estudo ...................................................... 76
XII
LISTA DE TABELAS
ARTIGO I
TABELA 1. Características sócio-demográficas da população de estudo, total e de
acordo com o sexo. Salvador, Bahia, Brasil. 2000. ........................................................ 52
TABELA 2. Características ocupacionais da população de estudo, total e de acordo
com o sexo. Salvador, Bahia, Brasil. 2000. .................................................................. 53
TABELA 3. Prevalência de síndrome de ansiedade (P), razões de prevalência (RP) e
intervalos de confiança a 95% (IC) para a associação com fatores ocupacionais,
entre as meninas. Salvador, Bahia, 2000. ..................................................................... 54
TABELA 4. Prevalência de síndrome de ansiedade (P), razões de prevalência (RP) e
intervalos de confiança a 95% (IC) para a associação com fatores ocupacionais,
entre os rapazes. Salvador, Bahia, 2000. ...................................................................... 55
ARTIGO II
TABELA 1. Características sócio-demográficas das adolescentes à entrada na
coorte. Salvador, Bahia. 2000 – 2006. ........................................................................... 77
TABELA 2. Risco relativo e intervalos de confiança a 95% para a associação entre
síndrome de ansiedade e trabalho pago, estimados com regressão logística (EEG1).
Salvador, Bahia. 2000 – 2008. ...................................................................................... 78
ARTIGO III
TABELA 1. Características sócio-demográficas de casos incidentes de síndrome de
ansiedade entre trabalhadoras e não trabalhadoras. Salvador, Bahia. 2002-2008. ..... 96
TABELA 2. Características clínicas de casos incidentes de síndrome de ansiedade
entre trabalhadoras e não trabalhadoras. Salvador, Bahia. 2002-2008. ....................... 97
TABELA 3. Ocupação dos casos incidentes de síndrome de ansiedade. Salvador,
Bahia .............................................................................................................................. 98
XIII
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CBO Classificação Brasileira de Ocupações
CNS Conselho Nacional de Saúde
DSM-IV Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorder, Revised Fourth Edition
DAWBA Development and Well-Being Assessment for Children and Adolescents
ECA Estatuto da Criança e do Adolescente
EEG Equações de Estimação Generalizadas
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
FAPESB Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia
MCT/CNPq Ministério da Ciência e Tecnologia/Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico
MS/COSAT Ministério da Saúde/Coordenação da Área Técnica de Saúde do
Trabalhador
OMS Organização Mundial da Saúde
PNAD Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
RR Risco Relativo
SA Síndrome de Ansiedade
SEPM Secretaria de Política para as Mulheres
SEMUR Secretaria Municipal de Reparação
TP Trabalho Pago
UNC Universidade da Carolina do Norte
UNIFEM Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher
USA Estados Unidos da América
UT Universidade do Texas
WHO World Health Organization
XIV
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 16
2 BREVE REVISÃO DE LITERATURA ....................................................................... 17
2.1 O trabalho de adolescentes ................................................................................. 18
2.2 Transtornos de ansiedade em adolescentes que trabalham .............................. 18
2.3 Tanstornos de ansiedade em adolescentes em geral ........................................ 19
2.4 Fatores ocupacionais e saúde mental entre adolescentes estudantes
trabalhadores ...................................................................................................... 20
3 JUSTIFICATIVA ....................................................................................................... 20
4 OBJETIVOS ............................................................................................................. 21
4.1 Objetivo geral ...................................................................................................... 21
4.2 Objetivos específicos .......................................................................................... 21
4.3 Hipótese .............................................................................................................. 21
5 REFERENCIAL E MODELO TEÓRICO ................................................................... 22
6 METODOLOGIA ....................................................................................................... 31
6.1 Área do estudo e o desenho amostral do Projeto Acidentes .............................. 31
6.2 Coleta de dados .................................................................................................. 32
6.3 Instrumentos de pesquisa ................................................................................... 32
6.4 Definição de variáveis e indicadores usados na tese.......................................... 33
6.5 Aspectos éticos .................................................................................................... 34
7 RESULTADOS .......................................................................................................... 35
7.1 ARTIGO I : Trabalho pago e síndrome de ansiedade em adolescentes ............. 36
Resumo ............................................................................................................... 37
Abstract ............................................................................................................... 38
Introdução ........................................................................................................... 39
Métodos .............................................................................................................. 40
Resultados ........................................................................................................ 44
Discussão........................................................................................................... 45
Conclusões ......................................................................................................... 49
Referências .................................................................................................... ... 50
7.2 ARTIGO II : Avaliação da persistência de síndrome de ansiedade em adolescentes
trabalhadoras do sexo feminino: estudo longitudinal ................................................. 56
Resumo ............................................................................................................. 57
Abstract ............................................................................................................. 58
Introdução .......................................................................................................... 59
Métodos ............................................................................................................ 60
Resultados ...................................................................................................... 66
XV
Discussão.......................................................................................................... 68
Conclusões ........................................................................................................ 72
Referências ...................................................................................................... 73
7.3 ARTIGO III : Características clínicas de casos novos de síndrome de
ansiedade entre adolescentes do sexo feminino ................................................ 79
Resumo ............................................................................................................ 80
Abstract ............................................................................................................. 82
Introdução ........................................................................................................ 84
Métodos ............................................................................................................ 85
Resultados ........................................................................................................ 90
Discussão ......................................................................................................... 91
Conclusões ....................................................................................................... 93
Referências ...................................................................................................... 94
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES ............................................. 99
9 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 101
ANEXO – Instrumentos de pesquisa do Projeto Acidentes Ocupacionais no Setor Informal
da Economia.
16
1 INTRODUÇÃO
No mundo inteiro, o trabalho infantil é conhecido por se associar com a pobreza e a sua perpetuação,
ao impedir que crianças estudem e possam assim, ascender socialmente e ampliar o seu capital
humano, fundamental para a saúde e o bem-estar. No Brasil, o trabalho infantil persiste,
predominando em áreas urbanas pobres e no meio rural, em particular. Desde os anos 90, têm
surgido preocupações com a situação de crianças e adolescentes, em particular aqueles que
vivenciam a situação de trabalhar, substituindo com o trabalho, atividades fundamentais para sua
educação e sua formação como pessoa. Em 1990, foi instituído no Brasil, um novo Estatuto da
Criança e do Adolescente, ECA, e foram ampliadas as normas de proteção ao adolescente
trabalhador que compõem a Consolidação Trabalhista, definindo um novo limite de idade. Isto
evidencia como nos últimos anos avançou-se na legislação. Foi criado, nas últimas duas décadas, o
Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, PETI, e programas de transferência de renda, cujo
alvo era também a redução do trabalho infantil. Todavia, o trabalho infantil e de adolescentes
continua a existir, fortemente marcado pela cultura e tradição, a violência urbana, o uso de drogas, e
a falta de equipamentos públicos de apoio ao cuidado de crianças em áreas pobres.
Transtornos de ansiedade têm sido citados como o problema psiquiátrico mais freqüente e um dos
problemas de saúde mais comuns na infância e na adolescência1, têm a menor idade de
aparecimento, têm mais comumente co-morbidade com outras doenças mentais entre jovens2. e a
idade do aparecimento vem diminuindo, com uma estimativa de 11 anos de idade, e de 28,8% para a
prevalência para toda a vida3.
De acordo com o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorder, Revised Fourth Edition4, DSM-
IV, os sintomas de uma síndrome de ansiedade generalizada que prevalecem na adolescência são
sentimento de agitação ou de preocupação ou de estar no limite, sentimento de estar frequentemente
cansado, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular e dificuldade para dormir,
persistentes, e portanto, a SA compromete a capacidade funcional, social ou biológica do indivíduo.
A ocorrência de transtornos de ansiedade na adolescência assume importância por serem
reconhecidos como precursores de depressão maior, serem preditores de depressão, terem co-
morbidade com depressão5,6, se associarem com características do trabalho na meia-idade8 e
repercutirem na integração social na idade adulta9. Esses três últimos achados podem ser
consistentes com a evidência de que transtornos são tipicamente crônicos10.
Um outro resultado de grande importância é o de que mulheres apresentam maior prevalência de
transtornos de ansiedade do que homens1, em particular em se tratando de adolescentes11,12,13.
Estudos foram realizados para estudar a relação entre o trabalho de adolescentes e saúde
17
mental14,15,16,17. Menos comuns são os estudos longitudinais que permitem a identificação de fatores
ocupacionais de risco em associação com a síndrome de ansiedade (SA).
No presente trabalho de tese, faz-se uma avaliação da associação entre o trabalho remunerado de
adolescentes, incluindo uma avaliação longitudinal desta associação, entre adolescentes do sexo
feminino. Com esta avaliação longitudinal busca-se identificar o efeito do trabalho sobre a
permanência da SA, para avaliar a hipótese de que o trabalho remunerado prediz SA neste grupo
populacional.
Antes, porém, apresenta-se uma breve revisão da literatura identificada sobre o trabalho de
adolescentes e problemas de saúde mental, bem como alguns conceitos e definições utilizadas e que
conformam o projeto apresentado, além da metodologia do Projeto Acidentes Ocupacionais no Setor
Informal da Economia18, que deu origem ao presente trabalho de tese. Os resultados estão
apresentados sob a forma de três artigos, que são apresentados na sessão de resultados deste
trabalho de tese. O primeiro artigo, intitulado “Trabalho pago e síndrome de ansiedade em
adolescentes”, tem como objetivo estimar a prevalência de síndrome de ansiedade (DSM-IV) e
identificar a existência de associação entre alguns fatores ocupacionais e SA entre adolescentes no
início da última década, ano 2000. É um estudo de corte transversal, descritivo e exploratório. O
segundo, intitulado “Predição e permanência de síndrome de ansiedade em adolescentes
trabalhadoras do sexo feminino: estudo longitudinal”, analisa os dados de todas as fases, sendo,
portanto, longitudinal prospectivo e de população dinâmica. A análise conforma uma abordagem
confirmatória, cujo objetivo é identificar se o trabalho pago prediz síndrome de ansiedade entre
adolescentes do sexo feminino. Devido ao pequeno número de casos de ansiedade em adolescentes
do sexo masculino, a população desse estudo se limita às meninas. O terceiro artigo, “Características
clínicas de casos novos de síndrome de ansiedade entre adolescentes do sexo feminino”, aproveita a
singularidade do desenho do estudo, que permitiu a identificação do momento do primeiro
diagnóstico positivo de SA, e descreve características clínicas destes casos novos de SA, no
momento do primeiro diagnóstico positivo para SA, comparando trabalhadoras com não
trabalhadoras.
2 BREVE REVISÃO DA LITERATURA
A revisão de literatura objetivou apurar os estudos realizados sobre a síndrome de ansiedade na
adolescência e sobre trabalho de adolescentes e suas consequências para a saúde mental. A busca
foi feita nas bases PubMed, Scielo e Medline, usando as palavras-chave: trabalho de adolescentes,
ansiedade, síndrome de ansiedade, transtornos de ansiedade, fatores de risco para ansiedade em
18
adolescentes, estresse, e combinações destas, em português e em inglês. Também foram visitados
os sítios na rede eletrônica de informação, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, da
Organização Mundial da Saúde e da Organização Internacional do Trabalho, dentre outros.
2.1 O trabalho de adolescentes
Primeiro, buscou-se conhecer a magnitude do trabalho de crianças e adolescentes no Brasil. Dados
da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, realizada em 2008 (PNAD 2008) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)19, demonstram que tem havido diminuição do trabalho
infanto-juvenil no País. Os números de 2008, mostram que 993 mil crianças e adolescentes na faixa
etária entre 5 e 13 anos trabalhavam. De 5 a 17 anos eram 4,5 milhões de trabalhadores,
equivalendo a 10,2% das pessoas nesta faixa de idade e 32,3% trabalhavam sem remuneração. Na
faixa de idade entre 10 e 13 anos eram 852 mil. A maioria (51,6%) dos jovens trabalhadores eram
empregados em serviços domésticos. Apenas 9,7% dos empregados domésticos de 14 a 17 anos
tinham carteira de trabalho assinada. A pesquisa constatou que 57,1% das pessoas entre 5 e 17
anos ocupadas também exerciam afazeres domésticos, ou seja, tinham dupla jornada de trabalho, o
que ocorre principalmente entre as mulheres (83,3%). As pessoas de 5 a 17 anos de idade ocupadas
trabalhavam em média 26,8 horas habitualmente por semana, em todos os trabalhos, sendo que as
pessoas de 5 a 13 anos de idade trabalhavam em média 16,1 horas; as de 14 ou 15 anos de idade
trabalhavam 24,2 horas; e as de 16 ou 17 anos de idade tinham jornada semanal de trabalho de 32,7
horas.
Resumindo-se estas informações oficiais, quase no final da década passada, haviam crianças e
adolescentes trabalhando ilegalmente, e na faixa de idade de escolarização obrigatória, muitos
trabalhando um número de horas superior ao previsto na legislação brasileira.
2.2 Transtornos de ansiedade em adolescentes que trabalham
Em um estudo de corte transversal foi realizado com dados do ano 2000, de 904 adolescentes, em
Salvador, capital do estado da Bahia, no nordeste do Brasil, a prevalência de ansiedade foi maior
entre as meninas do que entre os meninos; em particular, foi maior entre as adolescentes mais
velhas com nível sócio-econômico médio, com declarada falta de apoio social, tendo ambos, trabalho
pago e trabalho doméstico não pago no próprio domicílio, e relações familiares problemáticas; entre
os meninos, a prevalência de ansiedade foi maior entre aqueles que tinham família nuclear (com os
dois pais em casa), carga horária semanal de trabalho pago maior do que 20 horas e problemas nas
relações familiares; entre os estudantes, a prevalência global de ansiedade foi maior entre as
meninas que sentiam ter desempenho escolar insatisfatório20.
19
Apenas um estudo explorou fatores ocupacionais associados à síndrome de ansiedade. Realizado
com dados do ano 2002 do Projeto Acidentes, considerando adolescentes com 10 a 21 anos de
idade e todos como trabalhadores (tendo trabalho pago ou não pago realizando afazeres domésticos
no próprio domicílio pelo menos oito horas por semana, ou ambos). O estudo revelou prevalência
global de síndrome de ansiedade igual a 6,3%; entre adolescentes com trabalho remunerado a
prevalência foi de 5,9%; com o trabalho não remunerado, a prevalência foi de 6,6%; com jornada de
trabalho remunerado até 20 horas semanais, 7,1% e acima de 40 horas, 7,0%; e entre os que
percebiam atividade de trabalho como perigosa, a prevalência foi de 7,2%. Associação positiva com a
síndrome de ansiedade apareceu apenas para sexo feminino e cor da pele negra21.
Sobre o emprego em serviços domésticos, um estudo transversal com enfoque na saúde mental
mostrou que mulheres empregadas em serviços domésticos com 14 a 21 anos de idade
apresentavam maior prevalência de tristeza/cansaço, pobre concentração, palpitações e
comportamento agressivo do que as que tinham outras ocupações22.
2.3 Tanstornos de ansiedade em adolescentes em geral
Estudos conduzidos pela Organização Mundial de Saúde2 (OMS) em grandes centros urbanos de 25
países, com grupos de diferentes faixas de idade, revelaram que a ansiedade era a enfermidade
mental que se iniciava mais cedo na vida, medianamente em torno de 15 anos de idade, variando de
12 anos no Canadá a 18 anos na Holanda, enquanto a comorbidade, mais de uma enfermidade
mental, era mais comum entre os jovens , de 15 a 24 anos, no Brasil, Canadá, Holanda e Estados
Unidos. Outro resultado desses estudos é que a frequência destes transtornos mentais vêm
crescendo em grandes centros urbanos do mundo ocidental. Um estudo realizado nos Estados
Unidos da América3 estimou em 28,8% a prevalência de ansiedade para toda a vida, maior do que a
de transtornos de humor (20,8%), e a idade mediana do aparecimento de ansiedade em 11 anos,
muito menor do que a idade do aparecimento de transtornos do humor (30 anos). O estudo concluiu
que nos anos seguintes o primeiro aparecimento desses transtornos (DSM-IV) ocorrerá na infância
ou na adolescência.
Dois estudos realizados com adolescentes estadunidenses e latino-americanos, comparando a
frequência de ansiedade em adolescentes nessas diferentes culturas, diferença de sexo para
ansiedade apareceu, com mulheres sofrendo mais frequentemente de ansiedade do que os
homens23,11. Em um grande estudo longitudinal de base populacional conduzido por Costello e
colaboradores13 nos Estados Unidos da América com crianças com 9, 11 e 13 anos de idade na fase
basal, seguidos até a idade de 16 anos, permitiu uma estimativa de incidência cumulativa de
ansiedade de 9,9%, maior entre as meninas (12,1%) do que entre os meninos (7,7%). O estudo de La
20
Rosa23 e o de Guida e Ludlow11 encontraram, também, que em geral adolescentes de baixo nível
sócio econômico sofrem mais de ansiedade, o que também foi encontrado em outros dois
estudos12,24. Murphy e colegas25, em um estudo longitudinal prospectivo também encontraram este
resultado. Em um grande estudo longitudinal26 focalizado na relação entre o desenvolvimento de
transtornos mentais e a necessidade do uso de serviços de saúde, pobreza foi o aspecto demográfico
mais fortemente relacionado com transtornos mentais em crianças e adolescentes, na zona urbana e
na zona rural, e transtornos de ansiedade foram os diagnósticos mais freqüentes. Dupla jornada
constituída de trabalho diurno e escola noturna, tendo tempo insuficiente para o descanso e
realização das tarefas escolares de casa, a luta pela sobrevivência e as perspectivas exíguas de
ascensão social resultando em tensões multiplicadas e estresse aumentado, explicariam esses
resultados23.
Resumindo, esses últimos estudos identificados referem o gênero feminino e más condições
econômicas como definidoras da presença de ansiedade em adolescentes. No ano 2000, a idade
mediana de aparecimento de transtornos de ansiedade era de 15 anos em grandes centros urbanos
da Europa e das Américas. Em 2005, nos Estados Unidos da América, a mediana era de 11 anos e a
prevalência de ansiedade para toda a vida estimada foi maior do que a de transtornos de humor.
2.4 Fatores ocupacionais e saúde mental entre adolescentes estudantes trabalhadores
Alguns autores dedicaram-se ao estudo do efeito do trabalho sobre vários aspectos da saúde mental
em populações de adolescentes estudantes que trabalhavam. Nesses estudos foi encontrado que a
carga horária de trabalho não afeta negativamente a saúde mental, especificamente, a depressão17,
ou a auto-estima17,27. Outros autores, também trabalhando com estudantes, não encontraram relação
entre história de trabalho e estresse28 em adolescentes, mas meninas que referiam sentir que suas
responsabilidades no trabalho estavam além do seu controle, tinham mais comumente depressão do
que as demais16,14,29.
Com essa revisão de literatura sobre a relação entre trabalho de adolescentes e saúde mental,
verifica-se a importância de estudos confirmatórios longitudinais que verifiquem a associação entre
trabalho remunerado e seus estressores com a síndrome de ansiedade, em adolescentes.
3 JUSTIFICATIVA
Com a revisão de literatura, pode-se ver que apenas um estudo, de corte transversal, aborda a
relação entre trabalho de adolescentes e síndrome de ansiedade. Há necessidade de mais estudos
21
transversais, para verificar a importância desta relação, identificando grupos de idade e outros grupos
de fatores, escolares, familiares e ambientais nos quais a doença mais ocorre. Nesta segunda
década do milênio ainda há necessidade de estudos confirmatórios longitudinais de longa duração,
para saber se o trabalho remunerado tem efeito sobre a ocorrência e a permanência da síndrome de
ansiedade em adolescentes, e conhecer como evolui a ocorrência deste transtorno entre
adolescentes. Estudos longitudinais podem mostrar em quais grupos de idade e outros aspectos da
vida, escolares, familiares e ambientais, a incidência é maior e, portanto onde é necessário
interferência para prevenção contra fatores de risco e promoção de saúde nesse grupo populacional.
Além disso, eles permitem identificar o momento em que incidem os casos e neste momento, quais
condições clínicas, tais como os sintomas da SA, depressão e auto-estima, destes casos.
4 OBJETIVOS
4.1 Objetivo geral
Avaliar a associação entre trabalho remunerado e a síndrome de ansiedade entre adolescentes.
4.2 Objetivos específicos
Estimar a prevalência de síndrome de ansiedade (DSM-IV) e identificar a existência de associação
entre alguns fatores ocupacionais e SA entre adolescentes no início da última década, ano 2000.
Avaliar o efeito do trabalho remunerado sobre a permanência da síndrome de ansiedade em
adolescentes do sexo feminino.
Descrever características demográficas e clínicas de casos novos de SA, no momento do primeiro
diagnóstico positivo para SA, comparando adolescentes trabalhadoras com não trabalhadoras.
4.3 Hipótese
No Artigo 2, foi examinada a hipótese de que o trabalho remunerado tem efeito sobre a permanência
da síndrome de ansiedade em adolescentes do sexo feminino.
22
5 REFERENCIAL E MODELO TEÓRICO
Os estudos epidemiológicos identificados mostram que a associação entre o trabalho de crianças e
adolescentes e a saúde mental está ligada a variados fatores da ecologia mais ampla da vida desses
indivíduos. O referencial teórico aqui apresentado foi construído com o objetivo de entender como
esses fatores, e como o trabalho e seus estressores se relacionam com a SA em adolescentes.
O desenvolvimento do presente estudo está fundamentado na Teoria do Estresse de Cassel30,31,
segundo a qual, processos de origem social atuam principalmente como estressores não específicos
que aumentam a suscetibilidade ou vulnerabilidade de certos organismos quando expostos a
estímulos nocivos diretos, mediante alterações do sistema neuroendócrino. Os estressores podem
ser individuais ou coletivos (ou sociais). Estressores individuais podem atuar no organismo de forma
aguda, com ação equivalente ao que foi designado como “eventos de vida”, ou sob a forma de
estresse crônico32. Os estressores sociais podem atuar de forma aguda ou crônica, e são
determinantes diretos ou indiretos de problemas de saúde. Podem determinar de modo direto o
aparecimento de transtornos psicopatológicos (ansiedade, depressão, e somatizações),
comportamentos de risco, e no nível biológico, imunodepressão33, e dependendo do grau de
vulnerabilidade do indivíduo, os estressores podem causar por via indireta uma ampla variedade de
problemas de saúde, desde quadros chamados de “psicossomáticos” a doenças crônicas não
transmissíveis (por exemplo, doenças cardiovasculares, diabetes, asma, neoplasias), perturbações
gastrointestinais, bronquite e até acidentes e suicídios, além de doenças infectocontagiosas, devido à
diminuição da imunidade33.
De acordo com esta teoria alguns fatores chamados de amortecedores ou mediadores do estresse
reduzem os efeitos nocivos dos estressores agindo na vulnerabilidade dos indivíduos por duas vias. A
primeira se dá com a mobilização de recursos externos, fatores genericamente denominados de
apoio social, que vem basicamente sob a forma de grupos de apoio e redes sociais como a família e
grupos de amigos, no ambiente de trabalho e fora dele. A segunda se dá com o aumento da
capacidade de resistência para absorver ou reagir aos estressores, podendo ser explicada pelo uso
de recursos pessoais34 dos sujeitos, reforço da auto-estima e outras estratégias de enfrentamento
chamadas de coping behavior35.
Nesse processo a pessoa passa por uma adaptação ao estresse denominada de síndrome de
adaptação ao estresse, constituída de três fases. A primeira, fase de alarme, é um período durante o
qual a presença do estímulo estressor provoca liberação de adrenalina pela medula da glândula
adrenal, promovendo respostas imediatas desencadeadas pelo sistema nervoso simpático, tais como
dilatação das pupilas, aumento da freqüência cardíaca e respiratória, náuseas, frieza nas mãos e
23
sudorese. Na segunda, denominada de fase resistência, o organismo adapta-se ao estressor, o
sistema nervoso parassimpático entra em maior atividade opondo-se à atividade do sistema nervoso
simpático e as manifestações agudas desaparecem. A exposição prolongada ao estímulo estressor
resulta na terceira fase, o estágio de exaustão, quando a resistência ao estímulo diminui, os níveis de
glicocorticóides reduzem-se, a resistência diminui pela incapacidade do organismo de se adaptar à
persistência do estímulo estressor, os sintomas da primeira fase podem reaparecer de forma mais
acentuada e como conseqüência a imunidade do organismo diminui, agravando ou causando
doenças. Transtornos de ansiedade estão entre as doenças que podem surgir ou emergir deste
processo.
Ao se avaliar fatores de risco para o desenvolvimento de transtornos de ansiedade, algumas
questões requerem consideração. Há substancial sobreposição entre os transtornos de ansiedade e
outros transtornos psiquiátricos, tanto concomitantemente como longitudinalmente. Segundo,
manifestações de ansiedade variam substancialmente ao longo do curso da vida, particularmente
durante a infância e a adolescência. Portanto, de uma perspectiva do desenvolvimento do indivíduo é
essencial a avaliação de ligações entre fatores de risco e transtornos de ansiedade. Terceiro, a
avaliação de ansiedade requer avaliação do contexto no qual o indivíduo experimenta ansiedade,
bem como a resposta subjetiva a situações induzindo ansiedade. Assim, ansiedade torna-se um
transtorno quando há conflito entre a ameaça inerente colocada por um particular estímulo ou
situação (estressor) e a resposta cognitiva ou somática do indivíduo a esse estímulo1.
O entendimento da relação entre o trabalho de adolescentes e o aparecimento de um transtorno de
ansiedade passa pela compreensão da própria adolescência. A discussão envolve desde aspectos
biológicos até sócio-culturais e econômicos. Durante a adolescência, período entre o aparecimento
da puberdade e a maturidade física, quando a pessoa procura aceitar as mudanças físicas,
emocionais e busca criar novas identidades rumo à maturidade, ocorrem alterações nas interações e
relações sociais, e mudanças profundas no desenvolvimento emocional, moral e intelectual, e a
interrelação desses três aspectos do desenvolvimento nessa fase da vida pode ser de grande
importância psicológica36, tanto para a consolidação de formas saudáveis de lidar com a adversidade
e o sofrimento (coping skills) como também do surgimento de inadequações emocionais, sofrimento
psíquico e as doenças mentais, chamadas de comuns, como a síndrome de ansiedade.
A definição de saúde mental da Organização Mundial da Saúde (OMS) como um estado de bem-
estar por meio do qual os indivíduos reconhecem suas habilidades, são capazes de enfrentar o
estresse normal de vida, trabalhar frutiferamente e produtivamente, e dar uma contribuição às suas
comunidades, é baseada em adultos, e pode ser de difícil aplicação em adolescentes, devido às
mudanças substanciais de comportamento, de maneiras de pensar e da identidade, que ocorrem
24
durante essa fase da vida5. Devido a essas mudanças, pode-se dizer que a ocorrência de alguns
sintomas de ansiedade de forma leve e transitória, na adolescência é normal. Porém, um estado
mórbido se configura quando ocorre a síndrome de ansiedade - na qual sentir-se ansioso é apenas
um dos sintomas - e cursa com sinais de comprometimento vegetativo, como os suores frios,
arrepios, tremores ou boca seca.
Em Biologia e Medicina o termo estresse denomina um processo corporal para adaptar-se às
influências, mudanças, exigências e tensões – estressores, a que o indivíduo está exposto37. Assim,
estressores são condições ambientais, ou estímulos, provocadoras de reações físicas ou
psicológicas, ou estresse. O estresse ocupacional pode ser visto como conseqüência de relações
complexas entre condições do trabalho, condições externas ao trabalho e características do
trabalhador, quando as demandas do trabalho excedem as habilidades do trabalhador para enfrentá-
las38.
A hipótese de que a severidade ou presença de eventos de vida estressores são preditivos de
severidade ou presença de sintomas de ansiedade ou de transtornos de ansiedade tem sido
recentemente avaliada entre adultos e adolescentes, mas a relação etiológica entre a exposição a
eventos de vida estressores e o surgimento de sintomas e transtornos de ansiedade em geral, apesar
de plausível, tem sido pouco estudada39. Pouco se sabe sobre como as mudanças na carga de
estresse ao longo do tempo se relacionam com as mudanças nos sintomas prodrômicos de
ansiedade e no desenvolvimento de um transtorno de ansiedade. Sabe-se, entretanto, que os
sintomas prodrômicos de ansiedade podem surgir anos antes do surgimento de um transtorno
definido e completo, em resposta a eventos estressores39.
Tendo visto que o estresse crônico é associado com o desenvolvimento de transtornos de ansiedade,
e que adolescentes trabalhadores estão expostos a estressores em diversas dimensões de suas
vidas, entende-se que os efeitos desses estressores devem ser investigados, para construir uma
plausibilidade, baseando-se no conhecimento teórico e na coerência empírica. Considerou-se alguns
aspectos das dimensões individual, social e contextual da vizinhança do domicílio, e construiu-se um
diagrama do referencial teórico (Figura 1), para mostrar a forma como esses fatores dessas
dimensões da vida dos adolescentes se relacionam para explicar e produzir o aparecimento de SA
em adolescentes que trabalham:
-dimensão individual : aspectos biológicos – aqui representados por sexo, idade, pais com depressão
e estado geral de saúde; recursos pessoais – representados por personalidade e auto-estima.
-dimensão social : nível sócio-econômico; trabalho pago e seus estressores: carga horária, agentes
químicos, assédio moral e assédio sexual, acidentes; vida escolar – representada por atraso escolar,
25
evasão escolar, desempenho escolar, relações interpessoais na escola; apoio social – aqui
representado por relacionamento familiar e tipo de família (nuclear ou não nuclear) na qual o
adolescente está inserido.
-dimensão contextual: estresse no bairro - indicador de existência de violência e outros problemas
comportamentais na vizinhança, como bebedeiras e som de carros muito altos, e falta de infra-
estrutura de equipamentos públicos adequada na vizinhança do domicílio.
Com essas considerações, sugere-se que a avaliação da ocorrência da SA em adolescentes seja
feita verificando de forma ampla as condições do ambiente no qual estes indivíduos estão inseridos.
Sintomas de SA
Med
iado
res
Síndrome deansiedade
Sexo, Idade
Apoio social
grupos sociais, relacionamento
familiar,
tipo de família
Recursos pessoais
personalidade,
auto-estima,
experiência prévia
Estresores sociais
Vida escolar
evasão, atraso,
desempenho,
relações interpessoais
Trabalho de adolescentes
agentes químicos,
assédio moral,
assédio sexual,
acidentes,
pago
não pago
Ind
ivid
ua
isS
oci
ais
tem
po
Nível sócio-econômico
pais com depressão,estado geral de saúde
Estresorescontextuais
vizinhança
percepção de violência e
de falta de
infra-estrutura
Adaptado do Modelo de Estresse de Cassel (1974, 1976)
Aspectos biológicos
prazos, carga horária
Reações individuais
cansaço
outros transtornos psiquiátricos
Figura 1. Diagrama do referencial teórico
5.1 Trabalho de adolescentes
O entendimento da colocação de crianças e adolescentes no mercado de trabalho, e o adoecimento,
pode passar por questões globais como globalização da economia, flexibilização das relações
trabalhistas, e acúmulo e concentração de capital, numa rede complexa, na qual um dos elos é o
aumento da pobreza com o desemprego ou atividade de trabalho mal remunerada dos pais, e
conseqüente aumento do trabalho desses jovens. Em um recorte desse cenário global, alguns fatores
26
mais proximais podem ser considerados como tendo influência na inserção de adolescentes no
mercado de trabalho, desde fatores biológicos até sócio-econômicos.
5.1.1 Nível sócio-econômico: A busca de trabalho remunerado na adolescência pode se dar
principalmente pela necessidade de aumentar a renda da família40. Nível sócio-econômico tem-se
apresentado como consistente preditor de problemas de saúde mental, em particular, ansiedade,
revelado por pesquisas anteriores41. Estudos longitudinais têm mostrado que pobreza é o aspecto
mais fortemente relacionado com diagnóstico de transtornos mentais, em crianças e adolescentes, os
transtornos de ansiedade sendo os diagnósticos mais frequentes25,26. Possíveis explicações para esta
associação seriam que indivíduos de baixo nível sócio-econômico enfrentam dupla jornada
constituída de trabalho diurno e escola noturna, tempo insuficiente para o descanso e realização das
tarefas escolares de casa, resultando em tensões multiplicadas e tudo isso levaria a níveis de
estresse aumentados23, que se refletem no desempenho profissional, escolar e na saúde. Dessa
forma, o nível sócio-econômico pode ser visto como um modificador de efeito da relação entre o
trabalho de adolescentes e o adoecimento por transtornos de ansiedade.
5.1.2 Sexo: Há uma separação entre meninos e meninas quanto ao ingresso no mercado de trabalho:
pelo menos no Brasil, meninas vão menos para o mercado de trabalho do que os meninos e
ingressam mais tarde no mercado de trabalho do que os meninos19, enquanto seu ingresso no
mercado de trabalho, como afirmação pessoal e busca de independência econômica, requisitos
importantes da personalidade da mulher desde o final do último milênio, implicaria no seu
engajamento em comportamentos competitivos, comumente estressantes e eventualmente
conflitantes com feminilidade23. Fatores biológicos, como mudanças hormonais produzem
irritabilidade e outros sintomas de ansiedade na chamada síndrome pré-menstrual.
5.1.3 Idade: adolescentes mais jovens ingressam menos no mercado de trabalho do que os mais
velhos19. A idade tem, também, papel forte na ocorrência de transtornos de ansiedade. Estudos têm
evidenciado que eles emergem na infância e na adolescência e estão entre os problemas mais
comuns nessa faixa de idade1. Em 2000 a idade mediana do aparecimento de SA era de 15 anos2 e
em 2005 era de 11 anos3.
Enfim, a ocorrência do trabalho de crianças e adolescentes é uma das conseqüências de más
condições sócio-econômicas, com diferenciação por sexo e da idade.
5.2 Estressores do trabalho
O trabalho de adolescentes pode causar ansiedade por representar estressores (psicoestressores). O
estresse é conhecido como um fator de risco, que pode ser de origem ocupacional, para o
27
aparecimento de transtornos mentais37. Assim, a expressão ansiedade relacionada ao trabalho indica
a existência de condições de trabalho, tarefas e demandas e/ou fatores que causam estresse no
trabalho. Esses fatores também chamados psicoestressores podem ser uma alta carga horária de
trabalho, o ritmo do trabalho, prazos, horários e uma percebida falta de controle pessoal42. Em
adolescentes, com estruturas psicológicas e de personalidade em construção, é plausível que certas
situações de trabalho possam causar ansiedade.
5.2.1 Carga horária ou duração da jornada de trabalho
A carga horária de trabalho é um dos estressores do trabalho mais estudados entre adolescentes. No
entanto, os resultados sobre sua influência sobre a saúde mental dos adolescentes ainda não é
conclusivo. Alguns autores estudando o efeito da duração da jornada de trabalho sobre a saúde
mental de adolescentes entre estudantes americanos do Ensino Médio encontraram o resultado de
que a jornada de trabalho se associa com problemas psicológicos43. Outros estudos concluíram que
esse tipo de jornada semanal de trabalho não tem influência deletéria significante sobre a saúde
mental dos adolescentes, mas que essa conclusão não pode ser garantida porque suas análises se
basearam apenas na quantidade e não na qualidade do trabalho; entretanto a qualidade do trabalho,
a qual é de grande importância psicológica para adultos, pode ser de grande importância também
para adolescentes17.
Quando o número de horas de trabalho no emprego aumenta, os adolescentes podem experimentar
dificuldades em coordenar trabalho, escola, atividades extracurriculares e compromissos com a
família e amigos, compromete a possibilidade de explorar identidades alternativas e desenvolver
relações interpessoais mais ricas44. Entre adolescentes esta condição ocupacional gera cansaço,
conflito entre trabalho e escola45, e portanto, maior nível de estresse.
5.2.2 Assédio sexual
Alguns estressores são eventos traumáticos, com conseqüências psíquicas duradouras. Estudos
mostram que crianças que trabalham estão expostas a vários tipos de abuso e violência, como abuso
físico e sexual46, que podem, isolada ou em interação, causar transtornos ansiosos.
5.2.3 Assédio moral
O assédio moral ao adolescente no local de trabalho é uma situação comum46, que expõe o
adolescente a estado de tensão e estresse37 no cotidiano, de modo que reações fisiológicas são
provocadas continuamente47. Segundo Margis e colaboradores39, essas situações ambientais de
tensão crônica que geram estresse relativamente intenso e que persistem ao longo do tempo podem
gerar importantes efeitos psicopatológicos, com o efeito de ansiedade sendo produzido.
28
5.3 Trabalho e escola
Markel e Frone45, demonstraram que trabalho remunerado de adolescentes e escola conflitam-se em
função de características do trabalho, com número de horas dedicadas ao trabalho, carga de trabalho
refletindo uma dimensão de conflito de partes da vida do adolescente; insatisfação com o trabalho
representa uma dimensão de tensão, e sobrecarga no trabalho expressa intensidade de demandas
do trabalho. Para esses autores, cansaço reflete demanda psicológica incompatível, traduzida por
muitas horas dedicadas ao trabalho e esforço físico incompatíveis com o desenvolvimento físico e
psicológico do adolescente, ou turno de trabalho incompatível com outras atividades normais da sua
vida como o estudo, o lazer e o próprio convívio familiar. Baixa remuneração e tarefas tediosas, que
não lhes favorecem em termos de aprendizado e crescimento profissional, se relacionam a
insatisfação com o trabalho no sentido de que a compensação imediata não é compatível com o
esforço45. Dadas as grandes mudanças nos processos biológicos que ocorrem durante a
adolescência e dado que adolescentes estão em formação do corpo, da identidade e da
personalidade, há plausibilidade de que os estressores no trabalho, tais como sobrecarga de trabalho
ou trabalho e escola concomitantes associem-se com transtornos de ansiedade, devido à carga de
estresse e ao conflito entre diferentes papéis que esses adolescentes assumem, gerado por essas
situações.
Estresse excessivo é frequentemente acompanhado por eficiência e concentração reduzidas e, em
casos extremos, por ansiedade crônica46. Um estudo realizado com adolescentes trabalhadores,
mostrou que entre adolescentes do sexo feminino que estudavam, a prevalência de ansiedade foi
maior entre as meninas que sentiam ter desempenho escolar insatisfatório20. Conseqüências do
binômio trabalho-escola são atraso ou baixa escolaridade. Estes reduzem as oportunidades de
melhores postos de trabalho no presente e no futuro. Como conseqüência, permanecem pobres,
fechando um ciclo de pobreza que impede a mobilidade social, perpetuando a pobreza48 e diminuindo
as oportunidades de aumentar seu capital humano, fundamental para a saúde.
5.4 Estresse na vizinhança do domicílio. Estudos têm mostrado correlação entre características
sociais contextuais da vizinhança do domicílio e resultados em saúde ou bem-estar entre crianças49.
A falta de equipamentos públicos para cuidar de crianças e adolescentes dando-lhes atividades
culturais e recreativas, tem sido registrada como uma razão para mães levarem suas crianças
consigo quando vão trabalhar50. Além disso, quando algumas mães com poucos recursos financeiros
levam suas crianças consigo a seu local de trabalho ou colocam seus adolescentes em atividade de
trabalho, estão tentando protegê-los da exposição à violência na vizinhança do domicílio ou do
envolvimento com gangues de ruas e tráfico de drogas51. Em um estudo ecológico realizado com
crianças e adolescentes com idade de 8 a 17 anos, quando violência percebida na vizinhança do
29
domicílio foi considerada como única variável preditora, apareceu como tendo efeito positivo para a
incidência do trabalho de crianças e adolescentes52. Portanto, fatores contextuais da vizinhança
podem contribuir para o trabalho de crianças. A percepção de violência (tráfico de drogas, crimes,
gangues e uso de drogas) e de má qualidade do ambiente na vizinhança do domicílio (retratada por
barulho, bagunça, sujeira, falta de equipamentos para o lazer, como praças, e para a prática de
esportes, má iluminação e deficiente oferta de transporte público), pode levar o adolescente a não
apenas não gostar da vizinhança, mas pode também levar a estresse cotidiano. Por exemplo, a
ineficiente oferta de transporte público e a má iluminação pública no percurso do ponto de ônibus até
o domicílio, podem causar reações de medo e estresse em vizinhanças violentas. Desse modo, a
percepção de estresse no bairro (formado pelas dimensões de violência e má qualidade do ambiente
na vizinhança do domicílio), pode ser considerada como um estressor crônico, capaz de gerar
cotidianamente reações fisiológicas pertinentes ao estresse, levando a ansiedade.
5.5 Apoio social
De acordo com o modelo de estresse de Cassel30,31, boas relações com a família e amigos seriam
chamados de mediadores, atuando de forma a amenizar o estresse gerado pelos estressores do
trabalho, pelo conflito entre trabalho e escola, e pela má qualidade do ambiente na vizinhança da
casa.
5.5.1 Grupos sociais
Como o trabalho consome muito tempo, alguns adolescentes têm dificuldade em manter maior
convívio com os amigos, com prejuízo para atividades de lazer compatíveis com a faixa de idade,
desenvolver identidades alternativas e relações interpessoais mais ricas44. Por outro lado, o convívio
com seus pares, sejam amigos na escola ou na vizinhança traria ao adolescente as oportunidades de
lazer coletivo, a confiança no apoio de amigos que o auxiliem quando surgem problemas no local de
trabalho, quando ele necessita de ter com quem confidenciar suas alegrias e preocupações,
apreensões e expectativas. O sentido de fazer parte de um grupo, ajustamento e aceitação dos pares
são desenvolvidos na infância e na adolescência53. Dentro ou fora do ambiente de trabalho, ter esses
grupos de apoio é fundamental para o aumento da auto-estima, auto-confiança e para o
enfrentamento do estresse33.
5.5.2 Trabalho e relações familiares
Adolescentes com trabalho remunerado têm menos tempo de convívio com a família e mais conflitos
com os pais54. Um estudo com 725 adolescentes, mostrou os resultados de que adolescentes
trabalhando menos de 20 horas por semana tinham os mais altos níveis de qualidade das relações
familiares, enquanto os que trabalhavam 20 ou mais horas por semana tinham os níveis dessas
relações mais baixos. Não-trabalhadores tinham níveis intermediários da qualidade das relações
30
familiares. Além disso, foi confirmado que as relações entre a intensidade do trabalho do adolescente
e a qualidade das relações familiares eram muito similares para ambos os sexos e para adolescentes
mais jovens e adolescentes mais velhos55. Estes resultam indicam que o trabalho de adolescentes
deve ter baixa carga horária para favorecer boas relações familiares. Por outro lado, vários autores
estudando resiliência no indivíduo, indicaram a influência de relações com pessoas significativas e
próximas para superação das adversidades da vida56,57, o que inclui a família e a qualidade das
relações desta com o adolescente.
Supõe-se que adolescentes trabalhadores em más condições de trabalho e/ou sem apoio social no
trabalho e fora dele, estariam em maior risco de problemas psicológicos.
5.6 Recursos pessoais
O tipo de personalidade do adolescente e o aumento da auto-estima33 podem ser favoráveis para o
enfrentamento das reações a vários tipos de estressores. No trabalho, por exemplo, em caso de
assédio moral ou de empregadores ásperos46.
5.6.1 Experiência prévia
Alguns estudos brasileiros mostram que crianças e adolescentes que ingressam no mercado de
trabalho, em geral são inexperientes, têm inadequado conhecimento sobre os riscos do trabalho, e se
expõem a situações e agravos incompatíveis com o estágio de maturação intelectual, emocional e
social e citam como aspectos do trabalho que colocam sua saúde e vida em risco são, entre outros,
inadequada supervisão e a realização de tarefas perigosas48,58. Alguns estudos concluem que
trabalhadores jovens assumem prematuramente responsabilidades de adultos, sem terem as
habilidades adequadas para lidar com essas responsabilidades59.
Por outro lado, a existência de experiência prévia com o trabalho pode ser um fator com efeito
positivo, amenizando o estresse gerado pelo local de trabalho. Adolescentes empregados podem
aprender como adquirir um trabalho, conhecer as expectativas de supervisores, lidar com
responsabilidades, com dinheiro, com pontualidade, e ganhar habilidades relacionadas à realização
de tarefas que são transferíveis para outros trabalhos; aprendem como estruturar o tempo,
aprendendo como dividi-lo entre as múltiplas responsabilidades de trabalhador, estudante, amigo e
membro da família, o que promoveria um senso geral de eficácia60.
Reações individuais
Muitos dos fatores apresentados acima se conectam para explicar e produzir o desfecho, síndrome
de ansiedade. Adolescentes em geral, por serem jovens, têm poucas experiências com muitas
condições de um ambiente de trabalho e podem não encontrar capacidades e recursos para lidar
31
com as situações estressoras nesse ambiente. Diante de tais situações podem não encontrar
resposta de enfrentamento disponível ou adequada, porque não há reforço anterior a emissão de
resposta a essas situações; desse modo, suas respostas a nível cognitivo, comportamental e
fisiológico, inadequadas e prejudiciais a si próprios39. Então as reações de tensão psicológica mais
negativas ao estresse - fadiga, ansiedade, depressão e enfermidade física - se produziriam39 e a
persistência cotidiana dos estressores do trabalho e destas reações individuais produzidas, levariam
então à síndrome de ansiedade.
Pais com depressão, estado geral de saúde e outros
Estudos têm evidenciado que o risco para depressão e ansiedade em filhos de pais com depressão é
maior do que naqueles cujos pais não sofrem de depressão6. Entende-se então, que a existência de
depressão paterna ou materna é um fator predisponente para SA. Na existência de fatores
predisponentes, como maior vulnerabilidade a distúrbios emocionais, personalidade, estado geral de
saúde, qualidade geral de vida, e outros, o trabalho ou a ocupação são eventos ou experiências que
rompem o equilíbrio emocional e ocorrem muito próximo ao distúrbio, podendo coexistir fatores
precipitadores, tais como doenças pessoais, problemas familiares, problemas financeiros, entre
outros61. Embora esses resultados tenham sido estudados entre adultos, segundo Shanahan e
colaboradores62, o impacto de condições ocupacionais sobre o funcionamento psicológico de adultos
pode ser generalizado para adolescentes. Assim, entende-se que condições de trabalho estressantes
causam sofrimento psíquico em adolescentes, principalmente entre aqueles que têm personalidade
que tende a reações inadequadas ao estresse e aqueles com algum problema de saúde física.
6 METODOLOGIA
Como este trabalho de tese está estruturado sob a forma de três artigos, em cada artigo, sua
metodologia específica foi descrita. Nesta seção, são descritos pontos comuns ao estudo como um
todo, e que fazem parte da metodologia do Projeto Acidentes18.
6.1 Área do estudo e o desenho amostral do Projeto Acidentes
Esta tese analisa e discute parte dos dados do Projeto Acidentes Ocupacionais no Setor Informal da
Economia, inquérito de base populacional por domicílios, com delineamento longitudinal prospectivo,
realizado na cidade de Salvador, capital do estado da Bahia-Brasil, no período de 2000 a 2008, com
revisitas a cada dois anos. No desenho amostral do Projeto Acidentes, Empregou-se sorteio aleatório
por conglomerado, por superfície, em estágio único, para a seleção de domicílios. Utilizaram-se
32
mapas fornecidos pelos órgãos de planejamento da região para sortear subáreas. Foram
selecionadas 32 sub-áreas, com base no número médio de domicílios estimado (86,6 por sub-área) e
no número médio esperado de membros das famílias na faixa de idade de interesse, 3,8 membros,
com base em dados censitários. Três destas sub-áreas não eram habitadas e foram excluídas. Nas
29 subáreas restantes todos os domicílios foram selecionados, Foram contabilizados 2512 domicílios
e um total de 9530 pessoas de todas as idades identificadas na fase basal em 2000. Para cada uma
destas sub-áreas croquis foram elaborados com detalhamento para uso no trabalho de campo.
6.2 Coleta de dados
Pesquisadores treinados utilizaram questionários, desenvolvidos especificamente para o estudo. No
primeiro momento da coleta em cada fase da pesquisa, um residente do domicílio era escolhido para
responder questões sócio-demográficas gerais sobre todos os membros da família, formando-se,
assim, um censo, tendo as informações sido registradas na Ficha da Família, um dos instrumentos
construídos para o registro de dados. Com os dados da Ficha da Família foi possível identificar os
indivíduos elegíveis para responder os questionários detalhadas sobre aspectos sócio-demográficos,
ocupacionais e de saúde. Entrevistas individuais eram agendadas para serem realizadas
pessoalmente com os participantes, após consentimento livre dos mesmos. Informações eram
checadas por supervisores no próprio domicílio, e quando havia necessidade, como por exemplo, no
caso de dados faltantes, as informações eram obtidas por telefone. Detalhes metodológicos do
Projeto Acidentes podem ser encontrados também em outras publicações63.
6.3 Instrumentos de pesquisa
Os instrumentos utilizados nas entrevistas foram questionários desenvolvidos seguindo um diagrama
conceitual baseado em conteúdos relevantes identificados em reuniões de trabalho realizadas com
membros de instituições de saúde e trabalho, organizações não governamentais e a comunidade
acadêmica. Adequação da linguagem e plausibilidade operacional da estratégia global da pesquisa
foram testadas em um estudo piloto.
O questionário completo incluiu a Ficha Psicológica, que só podia ser respondida por moradores com
10 anos ou mais, de idade. A ficha foi preparada para possibilitar o registro de informações sobre
saúde mental e problemas de comportamento dos moradores, estresse na vizinhança do domicílio, e
no caso de adolescentes, informações de sua vida escolar além de problemas tais como
relacionamento interpessoal com a família.
33
Os sintomas da síndrome de ansiedade foram coletados utilizando as questões do bloco ansiedade
de uma versão traduzida para português do Patient Health Questionaire – PHQ, desenvolvido por
Spitzer e colaboradores4. O PHQ foi desenvolvido para identificação de cinco principais grupos de
transtornos mentais: depressão, ansiedade, consumo de bebidas alcoólicas e distúrbios
somatoformes e alimentares, com base nos critérios adotados pelo Diagnostic and Statistical Manual
of Mental Disorders, Revised Fourth Edition4, DSM-IV, podendo ser aplicado por leigos para fazer o
diagnóstico dos transtornos mentais citados acima. A versão traduzida para o português foi re-
traduzida para o inglês, tendo sido então, testado para sua confiabilidade com diagnósticos
psiquiátricos, encontrando-se uma proporção de acordos de 70.6%. Após estas avaliações, a versão
traduzida para o português do PHQ foi incluída como componente da Ficha Psicológica do Projeto
Acidentes e avaliou a presença de ansiedade nas duas semanas anteriores.
As questões sobre trabalho constavam da Ficha Individual do Trabalhador, outro componente do
questionário completo da pesquisa. No caso de ter havido acidente de trabalho, o participante
respondia questões detalhadas sobre o acidente, constantes na Ficha de Acidentes.
6.4 Definição de variáveis e indicadores usados na tese
- Adolescente: pessoa com 10 a 21 anos de idade.
-Sexo: masculino e feminino.
-Idade: informada em anos completos, e nesta tese categorizada em dois níveis: 10 a 17 anos e 18 a
21 anos, respectivamente codificados como 0=10 a 17 e 1=18 a 21.
-Trabalho pago: indica se existe atividade de trabalho formal ou informal, pela qual o adolescente
receba remuneração. O nível de risco é a existência deste tipo de atividade, o qual foi codificado
como 1=sim. O nível referente desta variável é o trabalho doméstico não remunerado para a própria
família pelo menos oito horas por semana, codificado como 0=não.
-Trabalhador: adolescente que está na categoria 1=sim, da variável trabalho pago. O adolescente
que tem como única atividade de trabalho o trabalho doméstico sem remuneração para a própria
família, é considerado como não trabalhador.
-Síndrome de ansiedade: indica a presença ou ausência do desfecho. É um indicador construído a
partir das respostas dadas às questões do bloco ansiedade do PHQ traduzido para o português,
constante da Ficha Psicológica. O diagnóstico foi realizado com base nos critérios recomendados
pelo Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders Fourth Edition4, e de acordo com as
respostas dadas a seguinte lista de questões, para identificar os sintomas da síndrome: nas últimas
quatro semanas com que freqüência você tem se sentido perturbado pelos seguintes problemas? 1)
“Se sentindo nervoso(a), ansioso(a), no seu limite ou muito preocupado(a) com coisas diferentes”; 2)
“Sentindo-se tão inquieto que é difícil ficar sentado”; 3) “Se sentindo cansado muito facilmente”; 4)
“Se sentindo com dores pelo corpo ou com tensão nos músculos”; 5) “Se sentindo com dificuldade
34
para pegar no sono”; 6) “Se sentindo com dificuldade para se concentrar em coisas como ler um
jornal, ver TV ou fazer os trabalhos da escola”; 7) “Se irritando ou se aborrecendo facilmente”. Cada
questão foi respondida com uma dentre cinco alternativas, codificadas em uma escala de 0 a 4,
indicando freqüência com que o participante sentia a presença do sintoma: 0=nunca, 1=raramente,
2=algumas vezes, 3=frequentemente e 4=quase sempre. Resposta com código 3 ou 4 indicou que o
participante teve o sintoma presente constantemente nas últimas 4 semanas. A presença de cada
sintoma foi classificada como sim e não, e codificada como 1=sim e 0=não.
Para diagnosticar a SA, um escore foi obtido somando os valores 1 e 0 indicativos da presença
constante ou não dos sintomas, de acordo com os critérios do DSM-IV: presença do primeiro sintoma
(ansiedade) e de pelo menos três dos outros sintomas indicou positivamente a presença da SA. Ou
seja, o ponto de corte do escore foi o valor 4. Então escore de 4 ou mais, indicou diagnóstico positivo
para SA. Escore menor do que 4 indicou diagnóstico negativo. O diagnóstico foi categorizado como
1=presença de SA e 0=ausência de SA.
- Caso ou caso de SA: é definido como uma pessoa que teve diagnóstico positivo de SA através da
avaliação feita com a versão traduzida para o português do PHQ. Foram criadas duas categorias
para caso: a categoria “sim”, indicando diagnóstico positivo ou presença da SA, e a categoria “não”
indicando diagnóstico negativo ou ausência da SA. A categoria “não” foi considerada como categoria
referente ao longo deste trabalho de tese.
Outras variáveis e indicadores são descritos à medida que os artigos são apresentados.
6.5 ASPECTOS ÉTICOS
No desenvolvimento do Projeto Acidentes, seus responsáveis se detiveram na reflexão sobre os
princípios da ética em pesquisa com seres humanos, como a autonomia, justiça e equidade, não
maleficência e beneficência em relação aos participantes. A Resolução 196/1996 do Conselho
Nacional de Saúde foi incorporada ao conteúdo dos treinamentos da equipe da pesquisa, tendo esta
equipe sido informada de todos os aspectos éticos envolvidos e suas responsabilidades relacionadas.
Foi utilizado o consentimento livre e esclarecido dos participantes, garantindo-se o anonimato, o
nome dos participantes sendo usado apenas para propósitos logísticos.
O protocolo da pesquisa foi revisto e aprovado pelo Comitê de Bioética em Pesquisa do Hospital
Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia e pelo Comitê para a Proteção de
Sujeitos Humanos do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Texas em Houston. Os
investigadores consideraram nos questionários e no treinamento da equipe de entrevistadores a
35
questão da delicadeza no trato de aspectos sensíveis como idéias suicidas, sintomas de depressão e
consumo de álcool. Como no Projeto Acidentes, no presente trabalho de tese foram observados os
aspectos éticos de anonimato dos participantes. A devolução está apresentada nos três artigos na
sessão de resultados desta tese.
7 RESULTADOS
Os resultados deste trabalho de tese estão organizados em três artigos, apresentados a seguir.
36
ARTIGO I
Trabalho pago e síndrome de ansiedade em adolescentes
Paid work and anxiety syndrome among adolescents
Tereza N Lima dos Santos1,2, Vilma S Santana2
1Departamento de Estatística, Instituto de Matemática, Universidade Federal da Bahia. Salvador-
Bahia, Brasil.
2Programa Integrado em Saúde Ambiental e do Trabalhador, Instituto de Saúde Coletiva
Universidade Federal da Bahia. Salvador, BA, Brasil
Correspondência para:
Tereza Nadya Lima dos Santos
Instituto de Matemática
Universidade Federal da Bahia
Campus Universitário de Ondina
Av. Adhemar de Barros, S/N CEP: 40170-115 Salvador-Bahia-Brasil
TEL: +55-71-3283-6281 FAX: +55-71-3283-6276 EMAIL: [email protected]
Este estudo faz parte do “Projeto Acidentes Ocupacionais no Setor Informal da Economia Magnitude, características e o seu
impacto sobre a família do trabalhador” desenvolvido pelo Programa Integrado em Saúde Ambiental e do Trabalhador, do
Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia. Apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq) Proc. No.521226/98-8, Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado da Bahia, (CADCT),
Ministério da Saúde, Coordenação Nacional de Saúde do Trabalhador. Apoio técnico da Universidade do Texas, Houston, e
da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, EUA.
37
Resumo
Antecedentes: a ocorrência de síndrome de ansiedade entre adolescentes pode estar associada ao
trabalho e seus estressores.
Objetivo: Estimar a prevalência anual de síndrome de ansiedade (SA) e identificar fatores
ocupacionais associados, entre adolescentes.
Métodos: Este é um estudo transversal conduzido com uma amostra aleatória conglomerados de
estágio único de moradores da cidade de Salvador - Brasil. Em 2.512 domicílios, todos os
adolescentes que referiram trabalho remunerado ou não remunerado para a própria família, e tinham
de 10 a 21 anos de idade foram convidados a responder questionários detalhados sobre a saúde e a
história ocupacional. Sintomas de síndrome de ansiedade foram registrados utilizando-se uma versão
validada em português do Patient Health Questionnaire, e critérios da Disease SM-IV - Diagnostic
and Statistical Manual of Mental Disorders, Fourth Edition (DSM-IV).
Resultados: Foram 973 adolescentes, entre os quais a prevalência de SA global foi 9,2%. A
prevalência de SA entre as meninas foi 11,2%, maior do que entre os rapazes (4,9%), resultado
indicado pelo teste qui-quadrado de Pearson (p=0,0016). Meninas com trabalho pago tiveram maior
prevalência de SA do que as que trabalhavam apenas em serviços domésticos para a própria família
(RP=1,61; IC95%: 1,05-2,48). Ainda entre as meninas, jornada semanal total de trabalho maior que
40 horas semanais (RP=1,70; IC95%: 1,05-2,48), jornada semanal de trabalho pago maior do que 20
horas por semana (RP=2,27; IC95%: 1,44-3,59) e o trabalho com vendas (RP=2,07; IC95%: 1,08-
3,96) também se associaram com ansiedade. Entre os rapazes, variáveis ocupacionais não se
associaram com ansiedade.
Conclusões: A legislação trabalhista relativa à saúde e segurança de adolescentes precisa ser
efetivada e revisada, especialmente em relação a extensão da jornada de trabalho. Trabalho em
vendas necessita ser limitado para meninas abaixo de 18 anos.
Palavras-chave: síndrome de ansiedade, trabalho remunerado de adolescentes, carga horária de
trabalho, ocupação.
38
Abstract
Background: the occurrence of anxiety syndrome among adolescents may be associated with the
work and your stressors.
Objective: To estimate the annual prevalence of anxiety syndrome and to identify occupational
factors associated among adolescents in a community-based study.
Methods: In a cross-sectional study carried out with a random one-stage, cluster area sample of the
urban area of Salvador-Brazil, of 2,512 households. All adolescents of 10 to 21 years of age who
reported having a paid or unpaid job answered questionnaires about mental health and occupational
history. Anxiety symptoms were recorded using a validated Portuguese version of the Patient Health
Questionnaire, and used to assess anxiety syndrome (AS) following criteria from Diagnostic and
Statistical Manual of Mental Disorders, Fourth Edition (DSM-IV).
Results: There were 973 working adolescents in the study population. The global prevalence of AS
was 9.2%, higher among girls (11.2%) when compared to boys (4.9%), result pointed by Pearson qui-
square test (p=0.0016). Girls having a paid job have higher prevalence of AS than those who worked
just for their families without payment (Prevalence ratio, PR=1.61; Confidence Interval, IC, 95%: 1.05-
2.48). Still among girls, total worktime over 40 hours per week (PR=1.70; CI 95%: 1.05-2.74),
worktime in paid job over 20 hours per week (PR=2.27; CI 95%: 1.44-3.59) and having a job in the
retail trade (PR=2.07; CI 95%: 1.08-3.96) were positively associated with AS. No statistically
significant associations were found among boys.
Conclusions: Labor laws of health and safety protection of adolescents need to be revised,
especially in relation to the worktime. Sales activities need to be limited girls under 18 years of age.
Keywords: Anxiety syndrome, teenagers’ paid work, domestic work, work hours, occupation.
39
Trabalho pago e síndrome de ansiedade entre adolescentes
Introdução
No Brasil, a legislação de proteção da infância e da adolescência encontra-se em consonância com
convenções internacionais para o trabalho de crianças e adolescentes. Apesar disso, dados da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio realizada em 2008 (PNAD 2008) pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística1 (IBGE), mostram que quase no final da primeira década do milênio, no
País existiam 1,1 milhão de pessoas na faixa de idade de 10 a 13 anos que trabalhavam. Com 14 ou
15 anos, havia 1,3 milhão, e 2,3 milhões com 16 ou 17 anos, No total, eram 4,7 milhões de jovens de
10 a 17 anos no mercado de trabalho1. Portanto, o trabalho de crianças e adolescentes atinge mais
de 5 milhões de pessoas no Brasil.
Transtornos de ansiedade são conhecidos como os problemas de saúde mental mais comuns em
todo o mundo2, surgem, em geral, na infância e na adolescência3, são tipicamente crônicos4, e
constituem o transtorno inicial em casos de co-morbidade mental3. Estudos sobre ansiedade em
adolescentes mostram que a prevalência de ansiedade média foi de 8%, variando entre 2% a 24%5.
Nos Estados Unidos da América, a incidência cumulativa anual de ansiedade foi estimada em 9,9%
entre crianças de 9 e 13 anos, maior entre as meninas (12,1%) do que entre os meninos (7,7%)3. No
Brasil, os transtornos de ansiedade foram estudados em crianças e adolescentes por alguns autores.
Em uma área urbana de Salvador estimou-se em 23% a prevalência de todos os transtornos mentais,
sendo que a ansiedade e transtornos somáticos foram encontrados em 15%6, próximo da estimativa
de Paula et al7 em um estudo conduzido na periferia de Salvador. Anselmi et al (2010)8 estimaram em
6,0% a prevalência de transtornos ansiosos segundo critérios da DSM-IV utilizando o Development
and Well-Being Assessment for Children and Adolescents (DAWBA). Entre estudantes a prevalência
de transtornos de ansiedade foi estimada em 19,9% em Recife, nordeste do Brasil9.
Em adultos, condições de trabalho podem causar estresse e transtornos ansiosos, e em
adolescentes, ainda com estruturas psicológicas e de personalidade em construção, é plausível que
situações vividas no ambiente de trabalho também possam causar transtornos ansiosos. Entretanto,
são poucos os estudos sobre esta temática, e entre os poucos resultados disponíveis as evidências
são controversas. Ademais, pesquisas se concentram em países desenvolvidos onde o trabalho de
adolescentes tem características distintas, como as encontradas no Brasil10. Entre os achados de
pesquisas com adolescentes, a característica do trabalho mais estudada em sua relação com
problemas de saúde mental é a duração da jornada de trabalho. Com estudantes adolescentes norte-
americanos, por exemplo, verificou-se que altas cargas horárias de trabalho se associavam a
40
problemas psicológicos11, a dificuldades na coordenação de atividades de trabalho, escola, atividades
extracurriculares, e compromissos com a família e amigos12. Para outros autores a carga horária de
trabalho semanal acima de 40 horas entre estudantes, não teria efeitos negativos sobre a saúde
mental13, mas o efeito estudado foram distúrbios depressivos e não a SA. Nesses estudos, apenas a
extensão da carga horária foi considerada e não a qualidade do trabalho, de maior importância para a
saúde mental13, mas não há evidências para efeitos sobre a SA.
No Brasil, estudos mostram que crianças e adolescentes trabalhadores são comumente vítimas de
acidentes de trabalho14,15, vários tipos de abuso e violência10, que podem, isolada ou em interação,
causar transtornos ansiosos. Embora não tenham sido encontrados estudos nacionais sobre causas
ocupacionais para ansiedade em adolescentes, algumas pesquisas mostram que crianças e
adolescentes que ingressam no mercado de trabalho, em geral, têm pequena ou nenhuma
experiência ou treinamento para o trabalho, e em especial, não conhecem os problemas do trabalho
que podem afetar sua saúde física ou psíquica16, além de destacarem a competição entre trabalho e
escola, e a exposição a situações e agravos incompatíveis com o estágio de maturação intelectual,
emocional e social16.
No presente estudo descritivo estima-se a prevalência de SA em relação a características sócio-
demográficas e ocupacionais, e analisa-se a associação entre essas características ocupacionais e
SA, separadamente, entre meninos e meninas, considerando-se que suas ocupações e condições de
trabalho são diferentes.
Métodos
Neste artigo é feito um estudo de corte transversal de caráter descritivo, analisando-se dados do ano
2000, do Projeto Acidentes Ocupacionais no Setor Informal da Economia Magnitude, Características
e o seu Impacto Sobre a Família do Trabalhador, doravante citado como Projeto Acidentes, apenas
para indivíduos de 10 a 21 anos de idade. O Projeto Acidentes é um estudo longitudinal de coorte
prospectiva de população dinâmica, realizado no período de 2000 a 2008, cujos objetivos eram
analisar as relações entre a informalidade do trabalho e acidentes de trabalho, dentre outros
desfechos. Sua população de referência foi composta pelos residentes na região urbana de Salvador,
capital do Estado da Bahia, nordeste do Brasil. À época do estudo a cidade tinha aproximadamente
2,7 milhões de habitantes.
Neste artigo a população do estudo compunha-se de adolescentes, definidos como indivíduos com
idade de 10 e 21 anos, membros das famílias que residiam nos domicílios das áreas selecionadas.
No início, para identificar a população de estudo, uma amostragem aleatória por conglomerado de
41
superfície em estágio único, baseada em subáreas pré-definidas da cidade foi realizada para
selecionar os domicílios. As áreas foram sorteadas por meio de mapas oficiais. O número de
subáreas selecionadas foi 32, calculado com base no número médio de domicílios (86,6 por subárea)
e no número médio esperado de membros das famílias na faixa de idade de interesse (3,8 membros).
Três das 32 áreas selecionadas não eram habitadas e foram excluídas. Para cada subárea
selecionada, mapas foram elaborados com detalhamento para serem usados como guia pelos
pesquisadores de campo. Nas 29 áreas restantes, todos os domicílios foram selecionados.
Coleta de dados
A coleta de dados foi realizada de julho a dezembro de 2000, evitando o verão, estação de alto
movimento turístico, quando trabalhos informais, mais comuns entre adolescentes, apareciam
oportunamente em maior quantidade e com padrões distintos daqueles do resto do ano. Vale
ressaltar que este padrão de ocupação persiste até o presente momento. Em um primeiro momento,
entrevistadores treinados visitaram cada domicílio, listaram todos os membros da família residindo no
domicílio e coletaram informações sócio-demográficas gerais sobre os membros das famílias.
Entrevistas individuais foram agendadas, depois que um termo de consentimento informado foi obtido
para cada participante. Supervisores visitaram os domicílios para checar os dados coletados e
quando necessário, informação não obtida no local agendado para a entrevista, foi conseguida por
contato telefônico.
Os instrumentos utilizados nas entrevistas foram questionários desenvolvidos seguindo um diagrama
conceitual baseado em conteúdos relevantes identificados em reuniões de trabalho realizadas com
membros de instituições de saúde e trabalho, organizações não governamentais e a comunidade
acadêmica, além de questionários utilizados em estudos anteriores realizados no país. Adequação de
linguagem e plausibilidade operacional da estratégia global da pesquisa foram testadas em um
estudo piloto. O Projeto Acidentes envolveu diferentes sub-projetos, entre eles o trabalho da criança e
do adolescente, e fatores psicossociais no trabalho para a saúde mental, dentre outros.
Um dos instrumentos era a Ficha Psicológica, preparada para possibilitar o registro de informações
sobre saúde mental e problemas de comportamento dos moradores, estresse na vizinhança do
domicílio, e no caso de adolescentes, informações de sua vida escolar além de problemas tais como
relacionamento interpessoal com a família. Esta ficha só era respondida pelos membros da família
que tinham 10 anos de idade completos, ou mais de 10 anos. Os sintomas da síndrome de ansiedade
foram coletados utilizando as questões do bloco ansiedade de uma versão traduzida para português
do Patient Health Questionaire – PHQ17, a qual fazia parte da Ficha Psicológica. O PHQ foi
desenvolvido para identificação de cinco principais grupos de transtornos mentais: depressão,
42
ansiedade, consumo de bebidas alcoólicas e distúrbios somatoformes e alimentares, com base nos
critérios adotados pelo Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Revised Fourth Edition,
DSM-IV17, podendo ser aplicado por leigos para fazer o diagnóstico dos transtornos mentais citados
acima. A versão traduzida para o português foi re-traduzida para o inglês, tendo sido então, testado
para sua confiabilidade com diagnósticos psiquiátricos, encontrando-se uma proporção de acordos de
70.6%. Após estas avaliações, a versão traduzida para o português do PHQ foi incluída como
componente da Ficha Psicológica do Projeto Acidentes e avaliou a presença de ansiedade nas duas
semanas anteriores. Esta versão traduzida para o português ainda não foi testada em adolescentes.
As questões sobre trabalho constavam da Ficha Individual do Trabalhador, outro componente do
questionário completo da pesquisa. No caso de ter havido acidente de trabalho, o participante
respondia questões detalhadas sobre o acidente, constantes na Ficha de Acidentes.
Definição de variáveis
As variáveis indicativas de síndrome de ansiedade derivam das respostas dadas à versão traduzida
para o português do PHQ e validada. O diagnóstico de ansiedade foi baseado nos critérios
compatíveis com o DSM-IV17 e de acordo com as respostas dadas a seguinte lista de questões lidas
para cada participante: nas últimas quatro semanas com que freqüência você tem se sentido
perturbado pelos seguintes problemas? 1) Se sentindo nervoso(a), ansioso(a), no seu limite ou muito
preocupado(a) com coisas diferentes; 2) Sentindo-se tão inquieto que é difícil ficar sentado; 3) Se
sentindo cansado muito facilmente. 4) Se sentindo com dores pelo corpo ou com tensão nos
músculos. 5) Se sentindo com dificuldade para pegar no sono. 6) Se sentindo com dificuldade para se
concentrar em coisas como ler um jornal, ver TV ou fazer os trabalhos da escola. 7) Se irritando ou se
aborrecendo facilmente. A cada uma dessas perguntas eles responderam com uma das seguintes
respostas alternativas: 0= nunca, 1= raramente, 2= algumas vezes, 3= freqüentemente e 4= quase
sempre. Resposta com código maior do que 2 indicou a presença do sintoma relativo à questão. A
presença do sintoma foi codificada como 0=ausente e 1=presente. Um escore para diagnosticar a
síndrome de ansiedade foi obtido somando os códigos 0 e 1 indicadores da presença de cada
sintoma. Seguindo o recomendado19 pelo PHQ, a presença do primeiro sintoma (ansiedade) e de
pelo menos três dos outros sintomas indicou a presença da SA. Ou seja, o escore diagnóstico maior
do que três indicou diagnóstico positivo para SA. O diagnóstico foi categorizado como sim=presença
de SA (codificado como 1) e não=ausência de SA (codificado como 0).
Variáveis sócio-demográficas foram sexo (0=feminino e 1=masculino); idade em anos, analisada em
duas categorias (0=10 a 17 anos e 1=18 a 21 anos) por causa de baixas freqüências; Outra variável
43
demográfica foi cor da pele, avaliada por entrevistadores treinados usando 7 categorias de
classificação: negro, branco, mulato, moreno, amarelo, índio e outros. Devido a baixas freqüências
em algumas categorias de cor da pele, neste estudo considerou-se a seguinte codificação de cor da
pele nas análises: 1=negra, categoria que incluiu negros e mulatos, e 0=outras (categoria referente).
Nível socioeconômico foi definido de acordo com o número de bens móveis e imóveis da família a
partir de uma lista que incluiu carro, computador, máquina de lavar roupa, máquina de lavar pratos,
vídeo player, toca-disco a laser, aparelho de microondas, telefone e casa de praia de propriedade da
família. O número de itens foi categorizado como 1=baixo (um ou dois itens) e 0=médio/alto (três ou
mais itens). O tipo de família foi analisado em duas categorias e codificado como 0=nuclear (família
com ambos os pais em casa) e 1=não-nuclear (outro tipo de estrutura familiar). Variáveis
relacionadas à escola e escolarização foram: freqüência à escola (0=não e 1=sim) e defasagem de
idade em relação à série que está cursando (0=adequado para a idade e 1=atrasado).
A variável de exposição principal foi o trabalho pago. Trabalho pago: indicador da existência de
atividade de trabalho formal ou informal, pela qual o adolescente receba remuneração. O nível de
risco é a existência deste tipo de atividade, o qual foi codificado como 1=sim. O nível referente desta
variável é o trabalho doméstico não remunerado para a própria família pelo menos oito horas por
semana, codificado como 0=não.
-Trabalhador: adolescente que está na categoria 1=sim, da variável trabalho pago. O adolescente
que tem como única atividade de trabalho o trabalho doméstico sem remuneração para a própria
família, é considerado como não trabalhador. Outras variáveis ocupacionais foram: jornada de
trabalho total semanal em horas (0=até 20 horas, 1=mais de 20 a 40 horas e 2=mais de 40 horas),
jornada semanal no trabalho doméstico em horas (0=até 20 horas e 1=mais de 20 horas); dias da
semana em que realiza trabalho doméstico (0=alguns dias/não trabalha em casa, 1=outros dias e
2=todos os dias); percepção de atividade perigosa no trabalho (0=não e 1=sim); e ocupação no
trabalho, analisada em 7 categorias, dentre as quais a primeira foi tomada como referência
(1=trabalho doméstico não remunerado para a própria família, 2=empregadas em serviços
domésticos, serviços de limpeza e serviços gerais, 3=vendas, 4=serviços administrativos em geral,
5=trabalho em transporte e em construção, 6=mecânica de automóveis e outras ocupações técnicas
e 7=outras ocupações).
Análise dos dados
Na descrição das variáveis sócio-demográficas e das variáveis relacionadas ao trabalho, proporções
foram estimadas e a comparação dessas proporções entre sexo feminino e masculino foi feita através
do teste qui-quadrado de Pearson. Como ocupações de mulheres e homens e suas condições de
trabalho diferem, a análise da associação de SA com os fatores ocupacionais foi conduzida
44
separadamente por sexo, estimando prevalências de SA em cada categoria dos fatores de risco, e
associações desses fatores de risco com a SA foram analisadas através dos valores de razões de
prevalências, comparando as prevalências das categorias consideradas de risco com a prevalência
na categoria referente, e a inferência estatística foi baseada nos respectivos intervalos de confiança
na análise tabular. As análises foram realizadas com o software SAS 9.118.
O protocolo da pesquisa original foi revisto e aprovado pela Comissão de Revisão do Hospital
Professor Edgard Santos, Universidade Federal da Bahia e pela Universidade do Texas em Houston.
A equipe da pesquisa foi informada de todos os aspectos éticos envolvidos e as responsabilidades
relacionadas.
Resultados
Do total de 2.512 famílias selecionadas para o estudo original, 2.560 indivíduos tinham de 10 a 21
anos de idade na fase basal. Foram convidados a responder os questionários individuais completos
apenas os 1049 adolescentes que relataram ter trabalho pago ou estar ocupados apenas com o
trabalho doméstico sem remuneração para a própria família pelo menos oito horas por semana. É
válido ressaltar que alguns adolescentes que tinham trabalho pago também realizavam serviços
domésticos sem remuneração para a própria família pelo menos oito horas por semana. Mas devido
a presença do trabalho pago, eles foram considerados no grupo de trabalho pago. Desta população
elegível, 38 (3,6%) recusaram-se a participar da pesquisa. Trinta e oito (3,6%) adolescentes não
responderam às questões sobre ansiedade, e foram, portanto, excluídos. Assim, restaram 973
adolescentes para a população de estudo final, 668 meninas (68,7%) e 305 meninos (31,3%).
A variável de desfecho foi a SA, categorizada como presente ou ausente. A prevalência global de SA
foi de 9,2%. Entre as meninas a prevalência de SA foi maior (11,2%) do que entre os meninos (4,9%),
tendo a comparação entre os sexos sido obtida de uma razão de prevalência, RP=2,28 e seu
intervalo a 95% de Confiança, IC=1,33 - 3,91. O teste qui-quadrado de Pearson comparando estas
duas proporções deu um resultado significante (p=0,0016).
Características sociodemográficas das meninas diferiram das dos meninos (Tabela 1). Meninas eram
mais comumente jovens (p=0,0120) e mais comumente tinham adequação idade-série escolar do que
os meninos (p<0,0001).
Diferença de sexo aparece também em relação às características do trabalho (Tabela 2). Meninas
relataram menos frequentemente ter trabalho pago do que os meninos (p<0,0001). A razão entre as
proporções de trabalho pago entre meninos e meninas foi igual a 72,5/30,4=2,4 – um dado que dá
visibilidade a diferenças de gênero no ingresso no mercado de trabalho. Elas também referiram mais
45
comumente trabalhar para a família em afazeres domésticos (p<0,0001), ter menor duração da
jornada semanal de trabalho remunerado (p<0,0001), mas maior jornada semanal total de trabalho
(p<0,0001), maior jornada de trabalho doméstico (p<0,0001), e também maior número de dias da
semana em que realizavam trabalho doméstico no próprio domicílio do que os meninos (p<0,0001).
Além disso, meninas tiveram menor proporção de relatos de que a atividade era perigosa do que os
meninos (p=0,0009). Houve diferenças nas proporções de meninas e meninos nos grupos de
ocupação considerados (p<0.0001). Entre as meninas, as ocupações remuneradas mais comuns
foram o emprego em residências como trabalhadoras domésticas/limpeza/cozinha/serviços gerais
(10,3%), seguidas por atividades administrativas (7,3%). Entre os meninos, a ocupação remunerada
mais comum foi o trabalho de vendas (17,7%) (Tabela 2).
Os resultados da Tabela 3 mostram algumas evidências de associação entre fatores ocupacionais e
SA no grupo feminino. Entre as meninas, ter trabalho pago (RP=1,61; IC95%:1,05-2,48), jornada
semanal total de trabalho maior do que 40 horas por semana (RP=1,70; IC95%:1,05-2,74), jornada
semanal de trabalho remunerado acima de 20 horas (RP=2,27; IC95%:1,44 - 3,59), e trabalho com
vendas (RP=2,07; IC95%: 1,08-3,96) foram fatores associados com a SA (Tabela 3). Estes últimos
resultados trazem alguma evidência de que entre adolescentes do sexo feminino, ter trabalho
remunerado aumenta 61% a proporção de casos de SA; quando a jornada semanal total de trabalho
é maior do que 40 hora, o aumento da prevalência de SA é de 70% em relação a jornada de trabalho
até 20 horas; jornada do trabalho remunerado maior que 20 horas semanais, dá prevalência de SA
127% maior do que a estimada para o grupo das que não trabalhavam; e o trabalho com vendas
também eleva a prevalência de SA em meninas, quando comparam-se com a média do grupo. Entre
os meninos o trabalho pago não se associou com SA, e não foram encontradas associações
estatisticamente significantes entre características do trabalho e SA (Tabela 4).
Discussão
A diferença de gênero é um dos aspectos que se apresentou consistentemente dividindo o grupo
masculino do grupo feminino. A maior proporção de adequação idade/série entre as meninas pode se
dever ao fato de que meninas ingressam menos no mercado de trabalho e ingressam mais tarde no
mercado de trabalho do que os meninos1, o que lhes dá maior oportunidade para bom rendimento
escolar.
O resultado de que a prevalência de SA é maior entre as meninas do que entre os meninos é
consistente com o já apresentado em outros estudos epidemiológicos2. As explicações para essa
diferença variam de aspectos biológicos a comportamentais. Por exemplo, mudanças hormonais
produzem irritabilidade e outros sintomas de ansiedade na chamada síndrome pré-menstrual;
46
aparentemente, mulheres percebem mais facilmente problemas de saúde, mentais e em geral, ou
verbalizam ou procuram tratamento mais comumente19.
Todas as condições ocupacionais consideradas também apresentaram diferença de gênero.
Verificou-se que as meninas tinham trabalho pago menos frequentemente do que os meninos. Aqui
chama atenção o dado obtido de que a proporção de trabalho pago entre os meninos é 2,4 vezes a
proporção de trabalho pago entre as meninas. Este é um dado que dá visibilidade à diferença de
gênero desde o ingresso no mercado de trabalho. No Brasil, pesquisa do IBGE já apontou para o
ingresso dos meninos no mercado de trabalho antes das meninas1. Em meados da década passada
as jovens de 16 a 17 anos apresentavam taxas de ocupação significativamente menores em relação
a homens e a mulheres de outras faixas etárias25. As mulheres apresentam melhores condições em
praticamente todos os indicadores educacionais do que o grupo masculino, mas havia uma grande
questão de desigualdade de gênero na educação, que se configurava na reprodução dos papéis
sociais atribuídos a homens e mulheres no processo de escolarização, com impacto nas escolhas de
meninos e meninas, dando origem a uma grande segmentação profissional por sexo25. Então, a
vantagem vivenciada pelas mulheres no campo educacional não se traduz em maior ocupação no
mercado de trabalho.
Alta carga horária de trabalho é uma condição ocupacional que gera cansaço, conflito entre trabalho
e escola, e, portanto, maior nível de estresse. Este estudo mostrou que os rapazes cumpriam as mais
altas cargas horária de trabalho do que as meninas. Um estudo demonstrou que quando o número de
horas de trabalho aumenta, os adolescentes podem experimentar dificuldades em coordenar
trabalho, escola, atividades extracurriculares e compromissos com a família e amigos, havendo
comprometimento da possibilidade de explorar identidades alternativas e desenvolver relações
interpessoais mais ricas12. Além disto, entre estudantes que trabalham, a carga horária de trabalho
associa-se com problemas psicológicos11. No entanto, neste trabalho a carga horária de trabalho não
foi associada com o desfecho, SA.
Este estudo mostrou que o trabalho doméstico sem remuneração para a própria família era a
ocupação mais freqüente em ambos os sexos, mas a proporção de meninas nesta ocupação foi
significantemente maior do que a proporção de meninos. Volta-se aqui a discussão sobre a
reprodução na sociedade dos papéis sociais atribuídos a homens e mulheres dando origem a uma
grande segmentação profissional por sexo25, com meninas sendo dirigidas ao trabalho doméstico e
meninos a outras ocupações19.
As ocupações remuneradas das meninas foram mais frequentemente ocupações alocadas no grupo
de emprego em residências como empregada doméstica/limpeza/cozinha/serviços gerais,
diferentemente dos meninos. Estas são ocupações mal remuneradas, exigem grande esforço físico e
47
geram cansaço, o que é incompatível com a maturação física em idades menores. A provável
explicação para a diferença é que por questões culturais meninas são dirigidas ao trabalho
doméstico, enquanto meninos são dirigidos para outras ocupações19. Em particular, no emprego em
serviços doméstico a adolescente está exposta a violência, assédio moral e sexual10,19, além de
apresentarem mais frequentemente sintomas depressivos e de ansiedade do que adolescentes que
têm outras ocupações23.
O trabalho com vendas é muito comum no Brasil e em especial entre meninas pobres das regiões
metropolitanas1. No entanto, a proporção de meninos ocupados com vendas foi significantemente
maior do que a proporção de meninas nesta ocupação. O trabalho do vendedor, independente da
área de atuação, envolve cobranças diárias, prazos e metas, o que reflete demandas psicológicas
relevantes. O aparente vigor físico dos meninos devido a compleição física, maior do que a das
meninas, pode ser levada em consideração pelos empregadores quando necessitam de um
empregado para trabalhos que exigem maiores esforços físicos. Também, como meninas verbalizam
mais comumente do que os meninos desconforto físico, este pode ser um fator que faz com que
empregadores prefiram empregar os meninos. É possível que no trabalho de vendedora as meninas
fiquem vulneráveis também a vários tipos de abuso, como ataques sexuais e assédio moral10,19, o
que poderia levar as meninas à decisão de deixar o emprego de vendedora. No trabalho informal,
como meninas aparentemente percebem desconforto mais frequentemente do que os meninos, se o
trabalho lhes parece cansativo, sujo ou consome muito tempo, como no trabalho de vendedora de
rua, elas podem preferir mudar de ocupação ou de local onde possam continuar realizando o mesmo
trabalho.
Neste estudo verificou-se que o trabalho remunerado, carga horária de trabalho pago maior do que
20 horas por semana e o trabalho de vendas associaram-se com a SA entre meninas. O trabalho de
adolescentes pode causar ansiedade por representar estressores (psicoestressores). O estresse no
trabalho, por ser causado continuamente pode ser tomado como um fator de risco para o
aparecimento de transtornos mentais como a ansiedade21. A busca de trabalho pago pelas meninas
como afirmação pessoal e busca de independência econômica são, desde o final do último milênio,
requisitos importantes da personalidade da mulher, especialmente em sociedades cosmopolitas
como grandes centros urbanos. Entretanto, o ingresso no mercado de trabalho implica em engajar-se
em comportamentos competitivos (talvez competindo com homens), uma situação estressante, e
eventualmente conflitante com feminilidade, que pode em parte explicar a associação do trabalho
com ansiedade entre as meninas. Além disso, quando há alta carga horária, o tempo de convivência
com os estressores do trabalho é maior. E quanto maior este tempo, maior é a possibilidade de
reações de estresse contínuo21. As estruturas psicológica e de personalidade ainda em construção de
48
adolescentes, também dá plausibilidade para que certas situações de trabalho possam causar
ansiedade.
O trabalho com vendas é muito comum no Brasil e em especial entre meninas pobres das regiões
metropolitanas1. O trabalho do vendedor, independente da área de atuação, envolve cobranças
diárias, prazos e metas, o que reflete demandas psicológicas relevantes. Adolescentes com pequena
experiência ou treinamento insuficiente podem não dispor de capacidades e recursos para lidar com
situações demandantes e estressantes no trabalho de vendas. A nível cognitivo, comportamental e
fisiológico, as respostas de adolescentes a essas tensões podem ser inadequadas e prejudiciais a si
próprios21, podendo levar à fadiga e a ansiedade. O trabalho com pessoas estranhas, inerente à
atividade de comércio e vendas, pode ser fonte de fadiga emocional e desgaste psicológico, por
envolver a resposta a uma demanda externa e também uma relação social22. Insatisfações de
clientes podem se traduzir em manifestações agressivas, rudes, com xingamentos e hostilidades, não
raro mais que psicológicas, chegando a agressões físicas. Isso pode ser pior em contextos de
pobreza, baixo nível de escolaridade, predomínio de machismo e tratamento preconceituoso contra
meninas jovens22.
Segundo Woodhead19, muitos adolescentes quando trabalham enfrentam outros problemas sociais,
dentro e fora do ambiente de trabalho, acumulando-se e perpassando todas as áreas da vida.
Exemplo disso é o trabalho monótono e exaustivo, maus tratos por parte dos empregadores,
isolamento social, abuso físico e sexual, repreensão pelos pais por não trazer dinheiro suficiente para
casa, estigmatização dentro das comunidades onde vivem por causa do trabalho que fazem, e outros
riscos. O acúmulo de todos estes fatores teria repercursão negativa no bem-estar psicossocial dos
adolescentes19.
A ausência de achados estatisticamente significantes entre os meninos pode estar associada à baixa
prevalência de SA entre eles. Ou como o delineamento amostral do Projeto Acidentes não visou a
avaliação específica de associação entre trabalho de adolescentes e a SA, o estudo pode não ter tido
poder suficiente para a análise ora em questão. Por exemplo, no grupo masculino, a RP comparando
a prevalência de SA no grupo jornada semanal total de trabalho “Mais de 40 horas” com a
prevalência de SA no grupo jornada semanal total de trabalho no grupo “Até 20 horas”, foi de 3,3
vezes, mas não alcançou significância estatística. O pequeno número de meninos em algumas
categorias dos fatores analisados, também pode ter contribuído para os resultados nulos. Enquanto a
prevalência de SA foi 5,9 em um total de 187 meninos da categoria jornada semanal de trabalho pago
“Mais de 20”, a prevalência de SA foi igual a 0,0 em um total de 31 meninos da categoria de jornada
semanal de trabalho pago “Até de 20”.
49
Neste estudo, o grupo dos indivíduos trabalho pago foi heterogêneo, pois todos tinham trabalho pago
mas muitos tinham também a ocupação referente, ou seja, o trabalho doméstico não remunerado
para a própria família. O pequeno número de adolescentes em algumas categorias da ocupação no
trabalho pago não permitiu o adequado tratamento estatístico dos diversos grupos de ocupacionais.
Vale ressaltar que é grande a diversidade de tarefas realizada em cada ocupação, suas demandas e
respostas emocionais provocadas, mas que merecem ser estudadas mais detidamente. Como o
estudo original não focalizou adolescentes, faltaram informações específicas sobre o trabalho, como
a tarefa realizada no trabalho e a organização do trabalho para que a interpretação dos achados
fosse melhor realizada. Neste artigo foi feita uma avaliação transversal, e embora custosos e
demorados, estudos longitudinais são necessários para melhor compreensão das relações de
temporalidade entre o trabalho e o desfecho mental em questão.
Meninas que trabalham devem ser protegidas de situações como a jornada extensiva de trabalho de
modo a evitar a fadiga, e o sofrimento psíquico manifestado pela ansiedade, o que pode remeter a
um futuro sombrio. A ansiedade que se inicia na adolescência tende a se cronificar e, por
conseguinte, afetar o rendimento e o bem-estar pessoal ao chegar a vida adulta. Há necessidade de
maior reforço à legislação trabalhista que protege crianças e adultos jovens. O Ministério do Trabalho
e Emprego tem intensificado suas ações de fiscalização de ambientes de trabalho formais onde
adolescentes costumam trabalhar na ilegalidade, sem contratos formais, mas é ainda necessário o
reforço de afastamento de ocupações inaceitáveis, e também mudanças visando a redução da carga
horária semanal de trabalho remunerado. A definição dos fatores de risco para ansiedade no
adolescente trabalhador é fundamental, uma vez que devem ser considerados na implementação de
medidas legais que objetivem proteger sua saúde, e em particular sua saúde mental. O Ministério da
Saúde divulgou recentemente um protocolo para ampliar o reconhecimento dos casos de trabalho
infantil e de menores em situações ilegais no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), desenvolveu
cursos visando o treinamento de pessoal para a realização dessas atividades, mas os resultados
ainda estão por melhorar. As doenças mentais relacionadas ao trabalho são alvo de notificação
compulsória em qualquer idade, mas ainda é reduzido o número de casos registrados tanto em
adultos como em adolescentes. É, portanto, importante a divulgação desses achados para que
medidas de prevenção possam ser aprimoradas, fazendo com que melhorem as condições de
trabalho e se reduzam o estresse e ansiedade entre trabalhadores adolescentes.
Conclusões
Há necessidade de maior reforço à legislação trabalhista que protege crianças e adultos jovens. A
legislação brasileira necessita reforçar o de afastamento de ocupações inaceitáveis, restringindo o
50
acesso de adolescentes do sexo feminino a trabalho no qual fiquem expostas ao público em geral, e
rever a redução da carga horária semanal de trabalho remunerado, além de criar mecanismos para
se fazer cumprir a notificação de doenças mentais. São necessários mais estudos para definição dos
fatores de risco para ansiedade no adolescente trabalhador, o que é fundamental para se conhecer a
etiologia deste tipo de transtorno mental.
Referências
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29 out. 2009]. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/ home/presidencia/
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52
Tabela 1. Características sócio-demográficas da população de estudo, total e de acordo com o sexo. Salvador, Bahia, Brasil. 2000.
Variáveis
Total
973
Mulheres
668 (68,6%)
Homens
305 (31,4%) Valor de p2
N1 % N1 % N1 %
Grupo de idade
10-17 447 45,9 325 48,6 122 40,0
18-21 526 54,1 343 51,4 183 60,0 0,0120
Estuda
Sim 686 70,5 477 71,4 209 68,5
Não 287 29,5 191 28,6 96 31,5 0,360
Defasagem idade/série escolar3
Adequada 319 32,8 253 37,9 66 21,6
Atrasada 654 67,2 415 62,1 239 78,4 0,000
Nível socioeconômico
Médio/Alto 440 45,2 298 44,6 142 46,6
Baixo 533 54,8 370 55,4 163 53,4 0,571
Tipo de família
Nuclear 551 63,4 388 64,4 163 61,0
Não nuclear 318 36,6 214 35,6 104 39,0 0,337
Cor da pele)
Não negra 342 35,2 241 36,1 101 33,1
Negra 631 64,8 427 63,9 204 66,9 0,369 1 N= número de pessoas em cada categoria das variáveis.
2 Teste Qui-quadrado (2
) de Pearson para diferença de proporções entre masculino e feminino. 3 Atrasada – cursava série escolar de nível abaixo do esperado com a idade atual. Adequada – cursando a série esperada para a idade atual.
53
Tabela 2. Características ocupacionais da população de estudo, total e de acordo com o sexo. Salvador, Bahia, Brasil. 2000.
Características ocupacionais
Todos indivíduos
973
Mulheres
668 (68,6%)
Homens
305 (31,4%) Valor de p2
N1 % N1 % N1 %
Trabalho pago
Sim 424 43,6 203 30,4 221 72,5 <0,0001
Não 549 56,4 465 69,6 84 27,5
Jornada semanal total de trabalho (hs)
Mais de 40 294 30,2 164 24,6 130 42,6 <0,0001
21 a 40 305 31,4 216 32,3 89 29,2
Até 20 374 38,4 288 43,1 86 28,2
Jornada semanal de trabalho pago (hs)
Mais de 20 294 32,0 107 17,4 187 61,9 <0,0001
Até 20 75 8,2 44 7,1 31 10,3
Não tinha trabalho pago 549 59,8 465 75,5 84 27,8
Jornada semanal de trabalho doméstico (hs) Mais de 20 315 32,4 281 42,1 34 11,2 <0,0001
Até 20 347 35,7 266 39,9 81 26,6
Não fazia trabalho doméstico 310 31,9 120 18,0 190 62,3
Dias da semana em que realiza trabalhos de casa Todos os dias 551 85,0 473 87,9 78 70,9 <0,0001
Alguns dias/ Não trabalha em casa 97 15,0 65 12,1 32 29,1
Percebe trabalho como perigoso
Sim 141 14,6 71 10,7 70 23,2 <0,0001
Não 826 85,4 594 89,3 232 76,8
Nota para a segurança no trabalho
Baixa 277 28,5 170 25,4 107 35,1 0,0009
Média 376 38,6 256 38,3 120 39,3
Alta 320 32,9 242 36,2 78 25,6
Grupo ocupacional
Emprego doméstico /limpeza/cozinha, serviços gerais
84 8,6 69 10,3 15 4,9 <0.0001
Vendas 100 10,3 46 6,9 54 17,7
Atividades administrativas 77 7,9 49 7,3 28 9,2
Transporte/construção 37 3,8 - - 37 12,3
Mecânico de automóveis e outras 33 3,4 - - 33 10,8
Outras 93 9,6 39 5,8 54 17,7
Sem trabalho pago 549 56,4 465 69,6 84 27,5 1 N= número de pessoas em cada categoria das variáveis.
2 p=P(22observadog ) no teste qui-quadrado de Pearson para diferença de proporções entre masculino e feminino.
3 Atrasada – cursava série escolar de nível abaixo do esperado com a idade atual. Adequada – cursando a série esperada para a idade atual.
54
Tabela 3. Prevalência de síndrome de ansiedade (P), razões de prevalência (RP) e intervalos de confiança a 95% (95% IC) para a associação com fatores ocupacionais entre mulheres. Salvador, Bahia, 2000.
Fatores ocupacionais N P (%) RP 95% IC
Trabalho pago Sim 203 15,3 1,61 ( 1,05 - 2,48 ) Não 465 9,5 1,00 - Jornada semanal total de trabalho (hs) Mais de 40 164 17,1 1,70 ( 1,05 - 2,74 ) 21 a 40 216 8,3 0,83 ( 0,47 -1,45 ) Até 20 288 10,1 1,00 - Jornada semanal de trabalho pago (hs) Mais de 20 107 21,5 2,27 ( 1,44 - 3,59 ) Até 20 44 6,8 0,72 ( 0,23 - 2,23 ) Não tinha trabalho pago 465 9,5 1,00 - Jornada semanal de trabalho em casa (hs) Mais de 20 281 10,3 0,88 ( 0,48 - 1,61 ) Até 20 266 12,0 1,03 ( 0,57 - 1,86 ) Não fazia trabalho doméstico 120 11,7 1,00 - Dias da semana em que realiza trabalhos de casa Todos os dias 473 10,6 0,69 ( 0,37 - 1,29 ) Alguns dias/ Não trabalha em casa 65 15,4 1,00 -
Percebe atividade de trabalho como perigosa Sim 71 11,3 1,00 ( 0,50 - 1,99 ) Não 594 11,3 1,00 - Nota para a segurança no trabalho Baixa 170 11,8 1,36 ( 0,76 - 2,42 ) Média 256 13,3 1,53 ( 0,91 - 2,56 ) Alta 242 8,7 1,00 - Grupo ocupacional Emprego doméstico /limpeza/cozinha, serviços gerais
69 13,0 1,38 ( 0,70 - 2,70 )
Vendas 46 19,6 2,07 ( 1,08 - 3,96 ) Administrativas 49 12,2 1,29 (0,58 - 2,88) Transporte/construção - - - - Mecânico de automóveis/outras técnicas - -- -- - Outras 39 18,0 1,90 (0,92 - 3,93) Não trabalhava remuneradamente 465 9,5 1,00 - N=número de pessoas em cada categoria das variáveis.
RP - razão de prevalência.
IC95% - intervalo a 95% de confiança para a razão de prevalência.
55
Tabela 4. Prevalência de síndrome de ansiedade (P), razões de prevalência (RP) e intervalos de confiança a 95% (95% IC) para a associação com fatores ocupacionais entre homens. Salvador, Bahia, 2000.
Fatores ocupacionais N Prev (%) RP 95% IC
Trabalho pago Sim 221 5,0 1,04 (0,34 – 3,19) Não 84 4,8 1,00 - Jornada semanal total de trabalho (hs) Mais de 40 130 7,7 3,31 (0,74 – 14,73) 21 a 40 89 3,4 1,45 ( 0,25 - 8,46 ) Até 20 86 2,3 1,00 - Jornada semanal de trabalho pago (hs) Mais de 20 187 5,9 1,24 (0,41 – 3,77) Até 20 31 0,0 0,00 - Não tinha trabalho pago 84 4,8 1,00 - Jornada semanal de trabalho doméstico (hs) Mais de 20 34 5,9 1,24 ( 0,28 – 5,50 ) Até 20 81 4,9 1,04 ( 0,33 – 3,29 ) Não fazia trabalho doméstico 190 4,7 1,00 - Dias da semana em que realiza trabalhos de casa Todos os dias 78 7,7 - - Alguns dias/ Não trabalha em casa 32 0,0 - -
Percebe atividade de trabalho pago como perigosa Sim 70 4,3 0,99 (0,28 – 3,51) Não 232 4,3 1,00 - Nota para a segurança no trabalho pago Baixa 107 3,7 1,46 (0,27 – 7,76) Média 120 7,5 2,93 (0,65 – 13,18) Alta 78 2,6 1,00 - Grupo ocupacional Emprego doméstico/limpeza/cozinha, serviços gerais
15 6,7 1,40 (0,17 – 11,68)
Vendas 54 5,6 1,17 (0,27 – 5,01) Administrativas 28 7,1 1,50 (0,29 – 7,75) Transporte/construção 37 2,7 0,57 (0,07 – 4,91) Mecânico de automóveis/outras técnicas 33 3,0 0,64 (0,07 – 5,49) Outras 54 5,6 1,17 (0,27 – 5,01) Sem trabalho pago 84 4,8 1,00 - N - número de pessoas em cada categoria das variáveis.
RP - razão de prevalência.
IC95% - intervalo a 95% de confiança para a razão de prevalência.
56
ARTIGO II
Avaliação da persistência de síndrome de ansiedade em adolescentes trabalhadoras do sexo
feminino: estudo longitudinal
Evaluation of the persistence of anxiety syndrome in workers adolescent girls: longitudinal study
Tereza N Lima dos Santos1,2, Vilma S Santana2, Rosemeire L Fiaccone1,2
1Departamento de Estatística, Instituto de Matemática, Universidade Federal da Bahia. Salvador -
Bahia, Brasil.
2Programa Integrado em Saúde Ambiental e do Trabalhador, Instituto de Saúde Coletiva
Universidade Federal da Bahia. Salvador, BA, Brasil
Correspondência para:
Tereza Nadya Lima dos Santos
Instituto de Matemática
Universidade Federal da Bahia
Campus Universitário de Ondina
Av. Adhemar de Barros, S/N CEP: 40170-115 Salvador-Bahia-Brasil
TEL: +55-71-3283-6281 FAX: +55-71-3283-6276 EMAIL: [email protected]
Este estudo faz parte do “Projeto Acidentes Ocupacionais no Setor Informal da Economia Magnitude, características e o seu
impacto sobre a família do trabalhador” desenvolvido pelo Programa Integrado em Saúde Ambiental e do Trabalhador, do
Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia. Apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq) Proc. No.521226/98-8, Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado da Bahia, (CADCT),
Ministério da Saúde, Coordenação Nacional de Saúde do Trabalhador. Apoio técnico da Universidade do Texas, Houston, e
da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, EUA.
57
Resumo
Antecedentes: O trabalho de crianças e adolescentes tem sido apontado como estressor
contribuindo para problemas de saúde mental, a exemplo dos transtornos de ansiedade, muito
comuns em meninas.
Objetivo: O objetivo deste estudo é analisar a hipótese de que o trabalho remunerado tem efeito
significativo na persistência da síndrome de ansiedade entre adolescentes do sexo feminino.
Métodos: O estudo original é uma coorte de 2.512 famílias, realizado em Salvador, Bahia, no período
2000 a 2008, com revisitas a cada dois anos. Para este estudo, identificaram-se todos os
adolescentes do sexo feminino, de 10 a 21 anos de idade, que na fase basal, em 2000, eram livres
de SA e sem trabalho remunerado, e posteriormente, quando completavam a idade mínima de 10
anos. Essas jovens responderam entrevistas individuais sobre dados demográficos, ocupação e a
saúde. Casos de SA foram identificados com uma versão validada, em português, do Patient Health
Questionnaire (PHQ). A variável dependente a SA e a exposição principal foi o trabalho remunerado,
ambas registradas nas cinco fases da pesquisa. Riscos relativos (RR) e respectivos intervalos a 95%
de confiança (IC95%) foram obtidos com modelos de regressão logística utilizando Equações de
Estimação Generalizada (EEG), considerando as medidas repetidas referentes a permanência da SA
ao longo do período estudado, nas participantes.
Resultados: Entre as 384 meninas participantes o efeito do trabalho remunerado foi significante na
permanência da SA ao longo do tempo (RR=2,63; Intervalo de Confiança, IC, 95%: 1,58–4,39). Este
efeito permaneceu mesmo após a inclusão no modelo, de faixa de idade (RRajustado=2,13; IC 95%:
1,20–3,77), freqüência à escola (RRajustado=2,26; IC 95%: 1,26–4,05), defasagem idade/série
(RRajustado=2,26; IC 95%: 1,35–3,77), estresse na vizinhança (RRajustado=2,48; IC 95%: 1,46–4,19),
carga horária semanal total de trabalho (RRajustado = 2,47; IC 95%: 1,34–4,53). Esta associação se
manteve quando a contribuição de grupos dessas covariáveis foram considerados na modelagem.
Conclusões: O trabalho remunerado como contínuo estressor pode ser preditor da persistência da
SA em adolescentes do sexo feminino. Quando outros fatores das dimensões individuais e sociais
são considerados, o risco de SA permanece significante. Isto requer melhor conhecimento sobre as
circunstâncias de seu aparecimento para se discutir medidas apropriadas de correção.
Palavras-chave: síndrome de ansiedade, trabalho de adolescentes, feminino, estresse no bairro.
58
Abstract
Background: Adolescents’ work is one of the most discussed stressors contributing to negative
outcomes in mental health, such as anxiety disorders. It is known that women are more vulnerable
than men to develop these problems. Prospective longitudinal studies may help to improve the
existing knowledge on risk factors for developing anxiety syndrome among female adolescents.
Objective: The objective of this study is to analyse the hypothesis that paid job has a significant effect
on the persistence of anxiety syndrome on female adolescents.
Methods: We used a dynamic cohort of 384 female adolescents from 10 to 21 years old. Data
collection was performed in Salvador, Bahia, Brasil, during eight years (2000-2008), including re-visits
every two years. Anxiety syndrome diagnosis was based on Portuguese translated version of the
questionnaire PHQ. Main variables included: paid job (yes or not), age, socioeconomic status,
schooling for-age delay (yes or no), family structure (nuclear yes or no) and neighborhood stress.
Data analysis was performed using Generalized Estimating Equations (GEE) using logistic regression
models taking into account all variables varying over time.
Results: The relative risk of anxiety syndrome was RR = 2.63 (95% CI 1.58 - 4.39) with paid work as
the sole predictor. After adjustment for age, the RR decreased to 2.13 (95% CI 1.20 - 3.77). The
association remained significant after adjustment for all other covariates. The conclusion is that paid
job as a continuous stressor along the time can be predictor of the development of anxiety syndrome
among female adolescents. When others factors are taking into account the risk of having anxiety
syndrome remain significant. This requires better knowledge about the circumstances of the
occurrence of SA to discuss appropriate policy correction.
Keywords: anxiety syndrome, adolescents’ work, female, neighborhood stress.
59
Avaliação da persistência de síndrome de ansiedade em adolescentes trabalhadoras do sexo
feminino: estudo longitudinal
Introdução
Transtornos de ansiedade têm sido citados como os problemas psiquiátricos mais comuns na
adolescência e um dos problemas de saúde mais comuns nessa etapa da vida1 e sabe-se que
mulheres apresentam maior prevalência de transtornos de ansiedade do que os homens1. Dados
brasileiros mostram que adolescentes do sexo feminino vão menos para o mercado de trabalho do
que os meninos e ingressam mais tarde no mercado de trabalho do que os meninos2, enquanto seu
ingresso no mercado de trabalho, como afirmação pessoal e busca de independência econômica,
requisitos importantes da personalidade da mulher desde o final do último milênio, implicaria no seu
engajamento em comportamentos competitivos, comumente estressantes e eventualmente
conflitantes com feminilidade3. Fatores biológicos, como mudanças hormonais produzem irritabilidade
e outros sintomas de ansiedade na chamada síndrome pré-menstrual. Há evidência baseada em
estudos longitudinais de que transtornos de ansiedade são tipicamente crônicos4. Tem sido mostrado
que a prevalência para toda vida transtornos de ansiedade vem aumentando e que a idade mediana
do seu aparecimento diminuiu de 15 para 11 anos de idade na primeira metade da última década do
último milênio sociedades ocidentais desenvolvidas5. Entretanto são poucos os estudos empíricos
longitudinais que abordam a relação entre o trabalho de adolescentes e seus estressores com a
ocorrência de transtornos de ansiedade, bem como sobre a importância desses psicoestressores na
ocorrência de transtornos de ansiedade em adolescentes. Como o trabalho de adolescentes é muito
diferente para o sexo feminino e o sexo masculino6, e dado mulheres são mais vulneráveis a
transtornos de ansiedade, o presente estudo longitudinal analisa a relação entre o trabalho e seus
estressores em adolescentes do sexo feminino.
Estudos longitudinais são considerados como os mais adequados para a identificação de
associações causais, mas são raros em se tratando de transtornos mentais, pelo seu início insidioso
e limites na percepção e reconhecimento de parte dos sujeitos. Em uma revisão de literatura7, foram
encontrados apenas cinco estudos longitudinais que forneceram estimativas de incidência de
transtornos de ansiedade, todos conduzidos com adultos. Alguns estudos longitudinais sobre a saúde
mental de adolescentes trabalhadores se limitaram a estudantes. Esses estudos mostram o resultado
de que a carga horária semanal de trabalho pago pode trazer dificuldades em coordenar trabalho,
escola, atividades extracurriculares e compromissos com a família e amigos8, mas não afeta
negativamente a saúde mental, especificamente, a depressão9, ou a auto-estima9,10, mas não se
encontrou referências à síndrome de ansiedade. Outros também não encontraram relação entre
60
história de trabalho e estresse11, mas meninas que referiram que suas responsabilidades no trabalho
estavam além do seu controle, tinham mais comumente depressão do que as demais12.
A exposição ao estresse no trabalho pode ocorrer de forma aguda, a exemplo de uma irrupção de
violência, porém é mais comum que aconteça de forma contínua e cotidianamente13, como no
assédio moral6. Os efeitos do estresse sobre a saúde mental são compreendidos como o resultado
da acumulação de tensões, e fatores como a freqüência e duração da exposição aos eventos
estressantes, que desencadeiam transtornos, como a ansiedade crônica14. Segundo Shanahan et
al15, condições ocupacionais que afetam o funcionamento psicológico de adultos, podem também
afetar adolescentes. Entende-se que entre adolescentes, que ainda estão em fase de
desenvolvimento e, portanto, mais vulneráveis, é plausível considerar que os estressores do trabalho
possam causar transtornos de ansiedade, em particular se forem do sexo feminino.
Considerando que a determinação da síndrome de ansiedade tem fundamentação multifatorial, e que
adolescentes do sexo feminino sofrem mais frequentemente de ansiedade do que os do sexo
masculino, no presente estudo longitudinal constituiu-se uma coorte dinâmica composta por
adolescentes do sexo feminino para analisar o efeito do trabalho pago sobre a permanência da
síndrome de ansiedade (SA) neste grupo populacional, considerando a idade, aspectos da vida
familiar, vida escolar e aspectos sociais contextuais mais amplos.
Métodos
Este estudo de coorte dinâmica foi realizado com adolescentes do sexo feminino, com idade de 10 a
21 anos, que participaram de pelo menos uma fase do Projeto Acidentes Ocupacionais no Setor
Informal da Economia16, pesquisa de desenho longitudinal, prospectivo, de população dinâmica. A
sua estrutura é de base comunitária domiciliar, tendo sido conduzido com uma amostra da população
residente na cidade de Salvador-Bahia, Brasil, entre 2000 e 2008. Esse projeto mãe teve como
objetivo obter estimativas da incidência de acidentes de trabalho não fatais entre trabalhadores
formais e informais, dentre outros objetivos secundários. A amostragem foi aleatória, de
conglomerados, de estágio único, com sorteio de subáreas dessa zona urbana. Utilizaram-se mapas
fornecidos pelos órgãos de planejamento da região para sortear subáreas, nas quais todos os
domicílios residenciais eram identificados, ainda que não visualizados nos mapas e visitados. No
projeto mãe, na primeira visita, quando todos os residentes eram listados, informações gerais, como
idade e a presença de trabalho pago, eram registradas. Com essas informações foi possível
61
identificar os indivíduos elegíveis para responder os questionários detalhados da pesquisa. A
definição de indivíduos elegíveis para responder os questionários completos da pesquisa eram
aqueles com 10 ou mais anos de idade. Entrevistas individuais eram aprazadas para estes
indivíduos, com o objetivo de obter dados detalhados desse subgrupo da população. A cada dois
anos, todas as famílias eram visitadas e novas entrevistas realizadas (fase da investigação).
População deste estudo
No presente artigo, foram definidas como elegíveis adolescentes do sexo feminino, com idade de 10
a 19 anos, não eram portadores de SA e não expostas ao trabalho remunerado. É necessário
registrar que muitas adolescentes não expostas ao trabalho remunerado, eram meninas que
realizavam atividades não remuneradas de cuidados com o próprio domicílio, e portanto, suas
respostas sobre seu trabalho eram relativas a estas atividades. Cada fase da pesquisa contou com
novas elegíveis: meninas que completavam 10 anos de idade, não eram portadoras de SA e não
expostas ao trabalho remunerado. Assim, fica caracterizado que cada adolescente teve sua fase
respectiva fase basal, representada pelo momento do seu ingresso no estudo.
A população de estudo ficou definida como a coorte restrita às adolescentes que no seu ingresso
tinham de 10 a 19 anos de idade, eram livres de SA, não expostas ao trabalho remunerado e que
responderam às questões sobre SA e sobre trabalho em pelo menos duas fases. Dessa forma, temos
pelo menos duas informações sobre SA para cada adolescente. Todas as participantes tiveram aos
21 anos de idade sua última participação na coorte. Vantagens do critério de inclusão na coorte
apenas de meninas não expostas ao trabalho remunerado são que pode-se caracterizar como eram
as meninas antes do ingresso no mercado de trabalho, pode-se comparar seu estado de saúde
mental antes do trabalho remunerado com seu estado de saúde mental após o início do trabalho
remunerado e pode-se identificar o momento da incidência da SA, que pode estar relacionada ao
início do trabalho remunerado.
Coleta de dados
Os dados usados neste estudo são parte dos dados do Projeto Acidentes. A coleta de dados do
Projeto Acidentes foi realizada por pesquisadores treinados, através de entrevista utilizando
questionários desenvolvidos especificamente para o estudo. No primeiro momento da coleta em cada
fase da pesquisa, um residente do domicílio era escolhido para responder questões sócio-
demográficas gerais sobre todos os membros da família, formando-se, assim, um censo, tendo as
62
informações sido registradas na Ficha da Família, um dos instrumentos construídos para o registro de
dados. Com os dados da Ficha da Família foi possível identificar os indivíduos elegíveis para
responder os questionários detalhadas sobre aspectos sócio-demográficos, ocupacionais e de saúde.
Entrevistas individuais eram agendadas para serem realizadas pessoalmente com os participantes,
após consentimento livre dos mesmos. Informações eram checadas por supervisores no próprio
domicílio, e quando havia necessidade, como por exemplo, no caso de dados faltantes, as
informações eram obtidas por telefone. Detalhes metodológicos do Projeto Acidentes podem ser
encontrados também em outras publicações17. Os sintomas da síndrome de ansiedade foram
coletados utilizando as questões do bloco ansiedade de uma versão traduzida para português do
Patient Health Questionaire – PHQ18 em cada fase.
Instrumentos de pesquisa
Além da Ficha da Família, para o registro de informações gerais sobre todos os membros das
famílias, o questionário completo compunha-se da Ficha Psicológica, que foi preparada para
possibilitar o registro dos sintomas problemas de saúde mental, além de problemas tais como
relacionamento interpessoal com a família, com a escola e estresse na vizinhança do domicílio, da
qual O PHQ em versão traduzida para o português era um dos componentes. Esta versão foi
avaliada através de sua tradução para inglês e testada para confiabilidade com diagnósticos
psiquiátricos. As questões sobre trabalho16 constavam da Ficha Individual do Trabalhador, outro dos
instrumentos que compuseram o questionário completo da pesquisa. No caso de ter havido acidente
de trabalho, o participante respondia questões detalhadas sobre o acidente, constantes na Ficha de
Acidentes.
Definição de variáveis deste estudo
A variável dependente foi a síndrome de ansiedade, categorizada como presente ou ausente em
cada uma das fases. Os sintomas da síndrome de ansiedade foram identificados pelas respostas
dadas às questões do bloco ansiedade da versão traduzida para português do PHQ. O diagnóstico
da SA pelo PHQ foi feito com base nos critérios recomendados pelo Diagnostic and Statistical Manual
of Mental Disorders Fourth Edition (DSM-IV)18, e de acordo com as respostas dadas a seguinte lista
de questões, formuladas para identificar os sintomas da síndrome: nas últimas quatro semanas com
que freqüência você tem se sentido perturbado pelos seguintes problemas? 1) “Se sentindo
nervoso(a), ansioso(a), no seu limite ou muito preocupado(a) com coisas diferentes”; 2) “Sentindo-se
tão inquieto que é difícil ficar sentado”; 3) “Se sentindo cansado muito facilmente”; 4) “Se sentindo
com dores pelo corpo ou com tensão nos músculos”; 5) “Se sentindo com dificuldade para pegar no
63
sono”; 6) “Se sentindo com dificuldade para se concentrar em coisas como ler um jornal, ver TV ou
fazer os trabalhos da escola”; 7) “Se irritando ou se aborrecendo facilmente”. Cada uma dessas
perguntas foi respondida com uma das cinco alternativas, codificadas em uma escala de 0 a 4 para
indicar a presença do sintoma: 0=nunca, 1=raramente, 2=algumas vezes, 3=frequentemente e
4=quase sempre. Resposta com código maior do que 2 indicou a presença do sintoma relativo à
questão. A presença de cada sintoma foi classificada como sim e não, e codificada como 1=sim e
0=não. Um escore para diagnosticar a síndrome de ansiedade foi obtido somando os valores 0 e 1
indicativos da presença de cada sintoma. Resposta igual a 1 para o primeiro sintoma (ansiedade) e
para pelo menos três dos outros sintomas indicou positivamente a presença da SA. Ou seja, escore
de quatro ou mais indicou diagnóstico positivo para SA. O diagnóstico foi categorizado como
1=presença de SA e 0=ausência de SA. No presente estudo, a SA será avaliada so longo do período
de tempo através da observação da permanência do desfecho.
A variável independente principal foi o trabalho remunerado, ou pago (TP), definido pela existência de
atividade laboral formal ou informal, pela qual o adolescente receba remuneração. O nível de risco é
a existência deste tipo de atividade, o qual foi codificado como 1=sim. O nível referente desta variável
é o trabalho doméstico não remunerado para a própria família pelo menos oito horas por semana,
codificado como 0=não.
-Trabalhador: adolescente que está na categoria 1=sim, da variável trabalho pago. O adolescente
que tem como única atividade de trabalho o trabalho doméstico sem remuneração para a própria
família, é considerado como não trabalhador. O nível referente desta variável é o trabalho doméstico
não remunerado para a própria família pelo menos oito horas por semana (Sem TP). Adotou-se a
nomenclatura de trabalho para designar o trabalho pago, codificada como 1=sim, e sua categoria
referente, o trabalho doméstico não remunerado para a própria família pelo menos oito horas por
semana, codificada como 0=não. Desse modo, adotou-se a nomenclatura de trabalhadora para
designar a adolescente que tem trabalho pago, como definido acima, e não trabalhadora a
adolescente cuja única atividade de trabalho é o trabalho doméstico não remunerado para a própria
família pelo menos oito horas por semana. A medida do nível socioeconômico das adolescentes foi o
número de bens móveis e imóveis da família, codificado como 1=baixo (um ou dois itens) e 0=
médio/alto (três ou mais itens). Outras variáveis consideradas na análise foram sócio-demográficas:
grupo de idade (0=10 a 17 anos e 1=18 a 21 anos), cor da pele (1=negra e 0=não negra) e a variável
estrutura familiar ou tipo de família, definida em dois estratos codificados como 1=não nuclear e
0=nuclear (nuclear foi definida como a família com os dois pais residindo no domicílio, e não nuclear
como outro tipo de estrutura familiar); variáveis relacionadas a escola: está estudando (0=sim e
1=não) e o atraso escolar, ou defasagem idade/série, que é uma dicotomização da variável relação
idade/série, cujo cálculo foi feito colocando a idade e o número da série escolar em uma escala de
Likert na qual os maiores valores corresponderam a idades maiores, o mesmo valendo para o
64
número da série sendo cursada (1=atraso escolar, para relação idade/série>1 e 0=sem atraso
escolar, para relação idade/série 1)17; a carga horária semanal total de trabalho (0=até 20 horas e
1=maior do que 20 horas); e a variável estresse no bairro, traduzindo a percepção de problemas
como violência e infra-estrutura no bairro onde a adolescente morava. A percepção de estresse no
bairro foi avaliada em todas as fases do estudo através de um bloco de questões incluindo dez
problemas que poderiam existir na vizinhança onde ela residia. As questões foram formuladas da
seguinte forma: “Pense no bairro onde você mora. Você acha que esses são problemas no seu
bairro?” 1) “Crimes no seu bairro”, 2) “Gangues”, 3) “Tráfico”, 4) “Muito barulho”, 5) “Sujeira e
bagunça”, 6) “Iluminação nas ruas (postes de luz)”, 7) “Disponibilidade de transporte público”, 8)
“Disponibilidade de parques, área para brincar, quadras de esporte, etc”, 9) “Preconceito e
discriminação”, 10) “Drogas”. Cada uma dessas perguntas foi respondida com uma das alternativas:
0= não é problema, 1= problema simples, 2= às vezes é problema sério e 3= é um problema muito
sério. Resposta com código 2 ou 3 indicou a presença do problema relativo à questão. Um escore foi
obtido somando os códigos dados a todos os problemas na fase basal do estudo. Escore maior do
que a mediana, 20, indicou percepção positiva da presença de estresse no bairro, enquanto escore
menor ou igual a vinte indicou ausência percebida de estresse no bairro. O escore foi categorizado de
acordo com o valor da mediana e codificado como 1=presença de estresse no bairro e 0=ausência.
Análise dos dados
Inicialmente, como a coorte é dinâmica, foi feita a descrição de como eram as adolescentes em
relação a aspectos sócio-demográficos no momento do seu ingresso na coorte, como forma de
caracterizar a coorte antes do trabalho pago e antes de adoecer. A descrição foi feita usando
proporções.
Para avaliar o efeito do trabalho pago na continuidade de SA ao longo do tempo, utilizou-se uma
metodologia adequada à análise de dados longitudinais. Esses estudos são definidos como estudos
no qual o desfecho é medido repetidamente, isto é, sua mensuração ou observação é realizada na
mesma unidade de análise em várias ocasiões. Estudos longitudinais são importantes, pois fornecem
informações sobre as variações globais e individuais ao longo do tempo. Para análise de dados em
estudos longitudinais são necessárias técnicas estatísticas especiais, que levam em conta que as
observações repetidas de cada indivíduo são correlacionadas. Destacam-se entre estas ferramentas
os modelos de Equações de Estimação Generalizadas (EEG)19, que são uma extensão multivariada
da quase-verossimilhança. Essa estratégia baseia-se em um modelo marginal para estimar os
parâmetros de um modelo de regressão considerando a correlação entre as observações repetidas,
evitando, assim, a superestimação da significância, caso essa correlação fosse ignorada. As EEG
65
são satisfatórias na análise da relação longitudinal entre um desfecho e a exposição principal, que
pode ser tempo-dependente ou tempo-independente. Em particular, usou-se modelos de regressão
logística com EEG. Ressalta-se que o objetivo é estimar o risco relativo comparando o risco de SA,
entre trabalhadoras e não trabalhadoras.
O estudo é de coorte dinâmica. Caracterizado por ingressos e saídas de adolescentes do estudo com
o passar do tempo. Outro aspecto peculiar dos estudos longitudinais é a existência de dados
ausentes, fato comum em estudos nos quais a mesma unidade amostral de análise é medidas várias
vezes ao longo do tempo. Dados ausentes foram definidos como a falta de registro do desfecho para
uma participante, em até três fases da pesquisa. Considerou-se na coorte três tipos de dados
ausentes/não ausentes com relação ao registro do desfecho, quando se considera o período 2000 a
2008. O primeiro denominou-se dados completos, para indicar que a adolescente teve registro do
desfecho nas cinco fases do estudo. O segundo, comumente denominado na literatura como dropout,
indicou que a partir de alguma fase a participante não mais respondeu as questões sobre os
sintomas de ansiedade e, portanto, nesta fase e nas seguintes não há registro do desfecho. O
terceiro tipo, denominado de intermitente ou incompleto, ocorreu quando uma participante respondeu
de forma interrupta temporaneamente às questões sobre os sintomas de ansiedade, ou quando
passou a responder estas questões a partir de alguma fase, respondendo-as nesta fase e em todas
as fases seguintes.
Embora o ideal em uma situação de dados ausentes seja a recuperação dos próprios dados, isto
dificilmente ocorre na prática mesmo que não tenha havido falhas de planejamento. Neste estudo,
muitos dos dados ausentes do tipo dropout foram gerados exatamente pela definição no
planejamento. Ocorreram porque participantes ultrapassaram a idade de 21 anos, deixando de ser
adolescente, e por definição não podiam continuar na coorte. Os dados intermitentes ou incompletos
ocorreram por causas diversas, incluída entre essas causas também o próprio planejamento do
estudo. Por exemplo, meninas que tinham menos do que 10 anos de idade, por definição não
puderam responder as questões da Ficha Psicológica e não podiam fazer parte da população deste
estudo; somente ao completar 10 anos de idade foram convidadas a responder os questionários
completos. Após a concordância em participar do estudo, algumas responderam as questões da
Ficha Psicológica em todas as fases a partir dos seus 10 anos de idade, enquanto outras dessas
meninas responderam de forma intermitente por outras causas, deixando em seus registros ausência
de resposta sobre o desfecho nas primeiras fases, seguido de fases com resposta; todos os casos
intermitentes tiveram registro do desfecho na fase V.
66
Neste artigo a abordagem utilizada foi a análise de dados disponíveis, onde se utilizou toda
informação disponível. Desse modo, não houve deleção de adolescentes da coorte e todas puderam
ser consideradas na análise, porém com números diferentes de registro da ocorrência de SA.
Vale ressaltar que a maior parte dos modelos implementados em pacotes estatísticos adota a
estratégia de análise de casos disponíveis quando há dados ausentes. Além disso, é necessário
escolher a estrutura de correlação mais adequada para caracterizar o grau de dependência que pode
existir entre o conjunto de medidas repetidas referentes ao desfecho em questão. Utilizou-se
modelagem através de regressão logística EEG com a estrutura de correlação uniforme ou
permutável, por causa da estrutura desbalanceada dos dados, para estimar o risco relativo de SA em
decorrência do trabalho remunerado.
Embora nível socioeconômico tenha sido consistente preditor de problemas de saúde mental,
revelado por pesquisas anteriores, e o adoecimento por ansiedade dependa, entre outros fatores, da
idade, devido ao tamanho da população sua avaliação para modificação de efeito poderia causar
perda de poder, e não foi feita. As análises foram realizadas utilizando o software SAS 9.120.
Resultados
Foram encontrados 2.512 domicílios, distribuídos em 29 subáreas, e um total de 9.530 pessoas de
todas as idades identificadas na fase basal em 2000. A Figura 1 mostra a formação da coorte. De um
total de 389 meninas elegíveis para as entrevistas individuais, duas tinham o número de identificação
repetido, totalizando quatro registros, e uma estava sem o número da família no banco de dados.
Estes cinco registros foram excluídos, ficando um total de N=384 registros finais para o estudo. No
total, houveram 53 meninas com dados completos, 193 foram dropouts e 138 foram incompletos.
Características sociodemogáficas das participantes no momento de seu ingresso na coorte, antes do
início do trabalho remunerado e antes de adoecer, são que elas eram mais jovens (77,9%), a maioria
tinha nível socioeconômico baixo (58,3%), cor da pele negra (60,2%), estudavam (89,6%), eram
membros de família nuclear (62,3%) e estavam procurando emprego nos últimos 30 dias (71,9%)
(Tabela 1).
Foi encontrado que 53,0% das meninas da coorte se envolveram com trabalho remunerado em pelo
menos um momento no período de 2002 a 2008. A frequência de trabalho pago teve tendência
ascendente entre as participantes da coorte, passando de 16,2% em 2002 a 17,0%, 17,3%, 2 24,5%,
respectivamente, em 2004, 2006 e 2008. Os casos novos de trabalho pago tiveram uma tendência
diferente desta última. Os percentuais foram 16,2%, 13,5%, 12,6% e 17,1%, respectivamente, em
2002, 2004, 2006 e 2008.
67
Algumas adolescentes, 13,0% da coorte, tiveram diagnóstico positivo de SA em pelo menos um
momento no período de 2002 a 2008. Houve variação no número de casos no período 2002 a 2008:
4,1%, 6%, 4,2% e 5,8%. Houve flutuação na situação de SA, de caso para não caso, no período do
estudo: 80% dos casos na fase 2 passaram a não casos na fase 3 e igualmente 80% dos casos na
fase 3 passaram a não caso na fase 4; 50% dos casos da fase 4 passaram a não caso na fase 5.
Quanto ao surgimento de um novo caso de SA, tomou-se como base o total de meninas presentes
em cada fase. A partir da fase 2, os percentuais foram 4,1% em 2002, 5,6% em 2004, 2,5% em 2006,
e 4,6% em 2008. Em cada fase, os maiores percentuais do surgimento de um novo caso de SA
ocorreram entre trabalhadoras, com exceção do ano de 2008, quando todos os novos casos da
doença aconteceram entre as não trabalhadoras. Estes percentuais foram 11,6%, 8,8%, 5,9% e
0,0%, respectivamente, nas fases 2, 3, 4 e 5. Os percentuais de novos casos de SA flutuaram muito
dentro das faixas de idade, ao longo do tempo, sendo quase sempre maior entre as meninas mais
velhas, ou seja, entre aquelas com 18 a 21 anos de idade. Este percentuais foram de 8,2% na faixa
dos 18 aos 21 anos contra 3,0% na faixa dos 10 aos 17 anos em 2002; em 2004, foi de 6,8% contra
4,8%; 3,0% contra 5,9% em 2006 e 7,7% contra 5,6% em 2008.
A análise com modelos de regressão logística EEG (Tabela 2) com o desfecho e as exposições
variando ao longo do tempo mostrou que ter-se exposto ao trabalho remunerado associou-se
positivamente com síndrome de ansiedade (RRnão ajustado = 2,63 e IC95% 1,58-4,39), mesmo depois do
ajustamento pelas variáveis idade (RRajustado=2,13 e IC95%: 1,20-3,77), frequência à escola
(RRajustado=2,26 IC95%: 1,26-4,05), defasagem idade/série (RRajustado=2,26 IC95%: 1,35-3,77), e
estresse no bairro (RRajustado=2,48 IC95%: 1,46-4,19). Na modelagem, a carga horária semanal total
de trabalho mostrou pouca capacidade para reduzir o efeito do trabalho pago, pois o risco relativo
decresceu de 2,63 para 2,47 (RRajustado =2,47 e IC 95%: 1,34 – 4.53) (Tabela 2). A introdução
conjunta de idade e frequência à escola não mudou o resultado de associação positiva entre a SA e
trabalho pago (RRajustado=2,05 IC95%: 1,14-3,69), e foi o conjunto de co-variáveis que trouxe a
segunda maior redução do risco relativo, ou menor efeito residual do trabalho sobre a ocorrência de
SA: o risco relativo decresceu de 2,63 para 2,05. O modelo 10 da Tabela 2 (RRajustado=2,01 IC95%:
1,06-3,82), incluindo trabalho pago, freqüência à escola, defasagem idade/série, estresse no bairro e
carga horária semanal total de trabalho, não incluindo idade, foi o modelo que trouxe o menor efeito
residual do trabalho sobre a ocorrência de SA: o risco relativo decresceu de 2,63 para 2,01, mas sem
a inclusão da faixa de idade o intervalo de confiança correspondente mostra que a associação é
limítrofe (borderline), assim como o Modelo 7 e o Modelo 11 (Tabela 2).
68
Discussão
Nesta investigação, realizada com uma coorte dinâmica de 384 adolescentes do sexo feminino, no
momento do seu ingresso na coorte, livres da SA e não expostas ao trabalho pago, a maioria delas
tinham de 10 a 17 anos de idade, baixo nível socioeconômico, cor da pele negra, estudavam, eram
membros de família nuclear e estavam procurando emprego nos últimos 30 dias. Esses resultados
indicam que no período de 2000 a 2006 a população de estudo tinha algumas condições sócio-
econômicas desfavoráveis. É possível que o baixo nível socioeconômico tenha levado meninas muito
jovens a procurar emprego.
Quando comparados os percentuais de casos novos de SA entre trabalhadoras e não trabalhadoras,
percebeu-se que a ocorrência de casos novos de SA foi mais comum entre trabalhadoras do que
entre as não trabalhadoras, em quase todas as fases, exceto na fase V. A flutuação do surgimento de
um novo caso de SA verificada está de acordo com a literatura, quando cita que transtornos de
ansiedade costumam flutuar muito durante a infância e a adolescência1. Mas é surpreendente que a
flutuação tenha tido padrão decrescente entre as trabalhadoras, e de modo geral, tenha sido
crescente entre as não trabalhadoras. É possível que este resultado seja conseqüência da elevação
do nível socioeconômico. Uma vez que no final do estudo a maioria das adolescentes tinham nível
socioeconômico médio/alto, grande parte delas poderiam não precisar ter um trabalho remunerado,
restando-lhes a ocupação com o trabalho doméstico não remunerado para a própria família. Este
resultado leva a pensar no papel do trabalho doméstico não pago para a própria família na ocorrência
da SA. Um estudo mostrou que este tipo de trabalho tem condições que propiciam a ocorrência de
sintomas de ansiedade e depressão, pelo menos entre mulheres com 18 anos ou mais de idade, que
tinham nesta, sua única atividade de trabalho21, pelo fato da repetição e das freqüentes interrupções
do trabalho. Para adolescentes, que estão sempre em busca de novas descobertas, é plausível que
as características do trabalho doméstico de ser repetitivo e cansativo, tenham influência sobre o
psiquismo da adolescente.
Em quase todas as fases o percentual de novos casos de SA foi maior entre meninas mais velhas. O
padrão crescente do percentual de novos casos de SA entre as mais jovens pode estar indicando que
na década passada a SA começou a ocorrer cada vez mais em idades menores. Isto está de acordo
com um estudo que mostrou que a idade do aparecimento de transtornos de ansiedade diminuiu na
primeira metade da década passada e previu que assim continuaria5.
Este estudo traz contribuição para o conhecimento da relação entre trabalho e SA, com o achado de
que o envolvimento com trabalho remunerado contribui para a permanência da síndrome de
ansiedade entre adolescentes do sexo feminino, mesmo com a influência da idade, freqüência à
69
escola, atraso escolar, estresse no bairro e a carga horária total semanal de trabalho, resultados
obtidos com os modelos de regressão logística EEG com as medidas repetidas. Este resultado indica
que a SA pode não ser passageira. Talvez o acompanhamento dessas jovens até a idade adulta
pudesse mostrar concordância com as evidências de que transtornos de ansiedade são tipicamente
crônicos4.
O estresse prolongado é fator predisponente para transtornos de ansiedade14. O trabalho pago é fator
predisponente para o estresse prolongado, gerado pelo acúmulo de tensões cotidianas do
trabalho6,13. O desenvolvimento de um transtorno de ansiedade está diretamente relacionado à
freqüência e à duração de respostas e ativação provocadas por situações que o sujeito avalia como
estressoras14. A exposição ao estresse no ambiente de trabalho é cotidiana, e a exposição a
situações ambientais de tensão crônica que geram estresse relativamente intenso, pode gerar
importantes efeitos psicopatológicos14. Do ponto de vista biológico, se a resposta ao estresse gerar
ativação fisiológica freqüente e duradoura ou intensa, pode precipitar um esgotamento dos recursos
do sujeito com o aparecimento de transtornos psicofisiológicos diversos, podendo predispor ao
aparecimento de transtornos de ansiedade14. A associação, estatisticamente significante, entre
trabalho pago e SA identificada neste estudo, está de acordo com a literatura, quando cita situações
estressantes freqüentes como importante fator para a ocorrência de transtornos de ansiedade13,14.
O aparecimento de transtornos de ansiedade depende, entre outros fatores, da idade6. Na análise
multivariada EEG, verificou-se que a idade levou a um efeito residual do trabalho pago estimado em
2,13; ou seja, uma adolescente com trabalho pago estando na faixa de 18 a 21 anos de idade tem
chance de ter SA associada ao trabalho pago aproximadamente 2,1 vezes a chance de uma
adolescente ter SA associada ao trabalho pago quando sua idade está na faixa de 10 a 17 anos.
Alguns estudos concluem que trabalhadores jovens assumem prematuramente responsabilidades de
adultas sem ter as habilidades adequadas para lidar com elas22. Em uma tal situação, naturalmente,
a adolescente estaria sob o estresse de ter que aprender como realizar sua tarefa ao tempo em que a
realiza. Um estudo brasileiro cita que crianças e adolescentes que ingressam no mercado de
trabalho, em geral são inexperientes, têm inadequado conhecimento sobre os riscos do trabalho, e se
expõem a situações e agravos incompatíveis com o estágio de maturação intelectual, emocional e
social, sendo exemplos de aspectos do trabalho que colocam sua saúde e vida em risco, inadequada
supervisão e a realização de tarefas perigosas, entre outros23.
Neste estudo, a consideração de freqüência à escola bem como do atraso escolar, levaram a um
risco relativo de 2,26, ambos estatisticamente significantes. A primeira situação indica que quando as
adolescentes têm trabalho pago e estudam, a chance de ter SA é aproximadamente 2,26 vezes a
chance de ter SA quando têm trabalho pago e não estudam; a segunda indica chance de SA quando
70
há trabalho pago e atraso escolar 2,26 vezes a chance de SA quando há trabalho pago e não há
atraso escolar. Meninas com baixa escolaridade costumam ir para o emprego em trabalho doméstico
remunerado6, onde apresentam mais frequentemente sintomas de depressão e ansiedade do que
meninas que têm outras ocupações24. Então, o abandono da escola seria algo a ser evitado. Um
outro estudo, focalizado na relação entre trabalho e ansiedade em adolescentes, mostrou que
meninas que trabalham e têm atraso escolar sofrem com maior freqüência de ansiedade do que as
que trabalham e não têm atraso escolar25.
Na literatura o tempo consumido pelo trabalho tem sido identificado como um fator associado a
diversos problemas de saúde mental em adolescentes9,10,11,12. Impede que vivenciem mais e melhor a
escola, que possam realizar as tarefas demandadas pela escola, e que tenham melhor rendimento
escolar9,10, uma experiência altamente estressante para muitas meninas; consome o tempo para
explorar identidades alternativas e desenvolver relações interpessoais mais ricas8. Além disso,
adolescentes que trabalham têm menos tempo com a família e mais conflitos com os pais26,
perdendo um tempo valioso para aproveitar o apoio que a família pode dar. Uma questão instigante
é: há um ponto de corte acima do qual a carga horária de trabalho seria associada com a SA? No
Modelo 8 da Tabela 2, com o trabalho pago e a jornada semanal total de trabalho como as variáveis
independentes, o efeito do trabalho pago é significante e mostra que a chance de meninas com
trabalho pago e carga horária semanal total de trabalho maior do que 20 horas terem SA é
significantemente maior do que a chance de meninas terem SA quando tem trabalho pago e carga
horária semanal total de trabalho até 20 horas. Assim, a carga horária semanal total de trabalho das
adolescentes não deveria ultrapassar 20 horas. O cansaço, o conflito entre partes da vida da
adolescente27, e o atraso escolar associado com ansiedade entre adolescentes trabalhadoras25, são
argumentos para a recomendação da limitação dessa carga horária.
A redução do RR na presença de idade e freqüência à escola pode ser explicado por Markel e
Frone27, quando demonstram que conflito entre trabalho remunerado e escola aparece em função de
características do trabalho, com número de horas dedicadas ao trabalho e carga de trabalho
refletindo uma dimensão de conflito de partes da vida do adolescente; Insatisfação com o trabalho
representa uma dimensão de tensão, e sobrecarga no trabalho expressa intensidade de demandas
do trabalho. Para esses autores, cansaço reflete demanda psicológica incompatível, traduzida por
muitas horas dedicadas ao trabalho e esforço físico incompatíveis com o desenvolvimento físico e
psicológico do adolescente, ou turno de trabalho incompatível com outras atividades normais da sua
vida como o estudo, o lazer e o próprio convívio familiar. Baixa remuneração e tarefas tediosas, que
não lhes favorecem em termos de aprendizado e crescimento profissional, se relacionam a
insatisfação com o trabalho no sentido de que a compensação imediata não é compatível com o
esforço27. Há plausibilidade de que os processos de mudança na formação do corpo, da identidade e
71
da personalidade expliquem como estressores no trabalho e escola concomitantes associam-se com
transtornos de ansiedade. Combinação de trabalho e escola pode gerar conflito entre diferentes
papéis que esses adolescentes assumem27, o que se supõe seja uma situação geradora de
ansiedade, especialmente, nessa fase de maiores transformações do ser humano.
Como este é um estudo de coorte, mesmo sendo dinâmica, com algumas adolescentes tendo
diferentes momentos de ingresso e de saída da coorte, as meninas participantes do estudo foram
selecionadas de um estudo de base comunitária, e a partir do memento em que entraram na coorte, a
única restrição usada para que continuassem na coorte foi o de ser adolescente. Os estudos
longitudinais identificados sobre trabalho e saúde mental de adolescentes obedeceram o critério de
ser estudante para ser participante. Ora, ser estudante dá um significado às respostas do participante
diferenciado do significado das respostas de adolescentes deste estudo, cujo estado de
escolarização foi aleatório. O embasamento na literatura nacional e internacional de resultados em
saúde mental de adolescentes e o cuidado metodológico com que foi conduzido este trabalho,
atribuem validade externa a este estudo.
Possivelmente uma fragilidade deste estudo é que a qualidade da experiência no trabalho, que
poderia ser expressa pela tarefa que a adolescente realiza no local de trabalho, não foi possível de
ser abordada, como também não foi possível avaliar o papel dos problemas nas relações familiares,
problemas interpessoais na escola e estresse na escola e o apoio social. O efeito do trabalhador
sadio28 pode ser um fator metodológico com efeito sobre os resultados do estudo. Muitas meninas
não tinham trabalho remunerado e estavam procurando emprego quando ingressaram na coorte. É
possível que adolescentes com síndrome de ansiedade tenham menor chance de se empregarem ao
se submeterem a seleção para emprego, ou que sejam excluídas do trabalho, caso apresentem
sintomas enquanto empregadas. Ou é possível, ainda, que muitas meninas não tenham trabalho
remunerado em função de sentirem que têm saúde frágil, o que foi objeto de um estudo17 realizado
com os dados do projeto original. mas há que se considerar também que o tamanho da amostra, se
maior poderia ter levado a outros resultados significantes.
O desenho do estudo original não objetivou o estudo da relação entre trabalho de adolescentes e
saúde mental, e a população deste artigo foi definida como um recorte da população do estudo
original. Dessa forma seria esperada uma redução do poder do presente estudo29. Entretanto, é
preciso enfatizar que a população do presente estudo foi retirada de um estudo de base comunitária
e o critério para definir a população deste estudo foi o de ser adolescente inicialmente sem trabalho
remunerado e sem SA, diferente das populações dos estudos longitudinais citados anteriormente,
nos quais o critério foi de ser adolescente estudante. O uso da versão traduzida do PHQ é também
72
uma questão metodológica no presente estudo pelo fato de que seu bloco para síndromes ansiosas
ainda não foi avaliado para adolescentes.
Depressão na idade adulta pode ser conseqüência de SA desenvolvida na adolescência, já que é
comum transtornos de ansiedade desenvolverem-se na adolescência e são tipicamente crônicos. Em
função disto, absenteísmo no trabalho e problemas de integração social no trabalho, e fora dele, na
idade adulta30, podem ser devidos a transtornos de ansiedade desenvolvidos na adolescência. Para a
trabalhadora adulta, depressão pode ser incapacitante, ou no mínimo o absenteísmo pode ser grande
o suficiente para gerar perdas na produtividade. Mesmo que não haja evolução para depressão na
fase adulta, uma síndrome de ansiedade é o bastante para baixo desempenho no trabalho devido a
seus sintomas.
Então, o ponto importante torna-se a prevenção contra o ingresso dessas jovens em trabalho pago,
trabalho pago com carga horária e demandas incompatíveis com as particularidades dessa fase da
vida. A legislação brasileira para o trabalho da criança e do adolescente está de acordo com as
normas firmadas nas convenções de órgãos internacionais, mas diante das análises aqui
apresentadas, que ainda há necessidade de revisão desta legislação.
Conclusões
Este estudo acrescenta o conhecimento de que no contexto de um grande centro urbano com fortes
desigualdades sociais de um país em desenvolvimento o trabalho remunerado tem influência
significativa na permanência de síndrome de ansiedade em adolescentes do sexo feminino. Os
resultados sugerem que as adolescentes com trabalho remunerado têm mais chances de ter
síndrome de ansiedade do que as que não tem trabalho remunerado. Diante das análises aqui
apresentadas, pode-se concluir que a legislação brasileira relativa ao trabalho de adolescentes, ainda
necessita ser revista. A prática da fiscalização no local de trabalho de adolescentes ainda é
ineficiente. Recomenda-se ampliação de medidas preventivas e protetoras em favor da saúde de
adolescentes que trabalham, evitando carga horária de trabalho acima de 20 horas semanais,
principalmente se houver trabalho e escola concomitantes. Essas reformulações precisam ter em
vista a evidência o sofrimento atual que SA traz e o comprometimento do desempenho ocupacional
na idade adulta devido a SA. Essas medidas podem ajudar a que no futuro tenhamos um importante
contingente de trabalhadoras adultas sem depressão, com bom funcionamento, traduzido por bom
desempenho ocupacional, boa integração social, e menores custos com tratamento de saúde mental.
Recomenda-se mais pesquisas longitudinais epidemiológicas e clínicas, com foco na relação entre
73
trabalho remunerado e síndrome de ansiedade sejam realizadas para aprofundar conhecimento na
etiologia do desenvolvimento desta enfermidade em adolescentes trabalhadoras.
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76
Figura 1. Organograma da população de estudo
FASE II
352 adolescentes com 10 a 21 anos de idade
Perda de seguimento:77
com mais de 21 anos de idade
Entrada de 28 adolescentes sem SA, não
trabalhadoras com 10 a 19 anos de idade
FASE III
279 adolescentes com 10 a 21 anos de idade
Entrada de 4 adolescentes sem SA, não
trabalhadoras com 10 a 19 de idade
FASE IV
239 adolescentes com 10 a 21 anos de idade
FASE V
168 adolescentes com 10 a 21 anos de idade
Entrada de 74 adolescentes sem SA, não
trabalhadoras, com 10 a 19 anos de idade
FASE I
278 adolescentes sem SA, não
trabalhadoras, com 10 a 19 anos de idade
Perda de seguimento: 68
com mais de 21 anos de idade
Perda de seguimento: 71
com mais de 21 anos de idade
77
Tabela 1. Características sócio-demográficas das adolescentes à entrada na coorte.
Salvador, Bahia. 2000 – 2006.
Especificação N=384 %
Faixa de idade (em anos)
10 a 17 299 77,9
18 a 21 85 22,1
Nível sócio-econômico
Baixo 224 58,3
Médio/alto 160 41,7
Cor da pele
Negra 231 60,2
Não negra 153 39,8
Freqüência à escola
Sim 344 89,6
Não 40 10,4
Tipo de família
Não nuclear 129 37,7
Nuclear 213 62,3
78
Tabela 2. Risco relativo e intervalos de confiança a 95% para a associação entre síndrome de
ansiedade e trabalho pago estimados com modelos de regressão logística (EEG1). Salvador,
Bahia. 2000 – 2008.
Modelos RR2 IC 95%3
Modelo 1 - não ajustado 2,63 1,58 – 4,39
Modelo 2 – ajustado por idade 2,13 1,20 – 3,77
Modelo 3 – ajustado por freqüência à escola 2,26 1,26 - 4,05
Modelo 4 – ajustado por defasagem idade/serie 2,26 1,35 – 3,77
Modelo 5 – ajustado por estresse no bairro 2,48 1,46 – 4,19
Modelo 6 – ajustado por idade e freqüência à escola 2,05 1,14 – 3,69
Modelo 74 – ajustado por todas as variáveis acima 1,92 1,07 – 3.46
Modelo 8 - ajustado por carga horária semanal total de trabalho 2,47 1,34 – 4.53
Modelo 9 - ajustado por freqüenta à escola e carga horária
semanal total de trabalho 2,21 1,16 – 4,24
Modelo 10 - ajustado por todas as variáveis acima5 2,01 1,06 – 3,81
Modelo 11 - ajustado por todas as variáveis acima 1,93 1,01 – 3,71 1 Equações de Estimação Generalizada. 2 Risco relativo.3 Intervalo a 95% de confiança para o risco relativo. 4 Exceto carga horária semanal total de trabalho. 5 Exceto idade
79
ARTIGO III
Características clínicas de casos novos de síndrome de ansiedade entre adolescentes do sexo
feminino
Clinical characteristics of new cases of anxiety syndrome among female adolescents
Tereza N Lima dos Santos1,2, Vilma S Santana2
1Departamento de Estatística, Instituto de Matemática, Universidade Federal da Bahia. Salvador-
Bahia, Brasil.
2Programa Integrado em Saúde Ambiental e do Trabalhador, Instituto de Saúde Coletiva
Universidade Federal da Bahia. Salvador, BA, Brasil
Correspondência para:
Tereza Nadya Lima dos Santos
Instituto de Matemática
Universidade Federal da Bahia
Campus Universitário de Ondina
Av. Adhemar de Barros, S/N CEP: 40170-115 Salvador-Bahia-Brasil
TEL: +55-71-3283-6281 FAX: +55-71-3283-6276 EMAIL: [email protected]
Este estudo faz parte do “Projeto Acidentes Ocupacionais no Setor Informal da Economia Magnitude, características e o seu
impacto sobre a família do trabalhador” desenvolvido pelo Programa Integrado em Saúde Ambiental e do Trabalhador, do
Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia. Apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq) Proc. No.521226/98-8, Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado da Bahia, (CADCT),
Ministério da Saúde, Coordenação Nacional de Saúde do Trabalhador. Apoio técnico da Universidade do Texas, Houston, e
da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, EUA.
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Resumo
Antecedentes: O aparecimento de transtorno de ansiedade na adolescência tem sido relacionado
com variadas condições objetivas e subjetivas do indivíduo e do ambiente onde ele experimenta o
transtorno.
Obejtivos: Descrever características demográficas e clínicas de adolescentes do sexo feminino, no
momento do primeiro diagnóstico positivo para SA, entre trabalhadoras com não trabalhadoras.
Métodos: Com os dados de uma coorte dinâmica, conduziu-se um estudo descritivo com os 29
casos de SA com 10 a 21 anos de idade do sexo feminino, identificados no momento do primeiro
diagnóstico positivo de SA enquanto estavam na coorte. Escores foram criados para caracterizar a
presença dos sintomas de SA constantes no PHQ, nível de auto-estima, depressão e discriminação
racial percebida. Descreveu-se a distribuição das características sócio-demográficas, ocorrência de
acidentes de trabalho nos últimos doze meses e características clínicas, em particular o tempo até o
adoecimento após o início do trabalho remunerado, entre trabalhadoras e não trabalhadoras.
Resultados: No momento do primeiro diagnóstico positivo, 65,5% dos casos não tinham trabalho
pago. Não houve diferença estatisticamente significante entre trabalhadoras e não trabalhadoras
quanto aos aspectos sócio-demográficos e às características clínicas. No entanto, alguns percentuais
são altos: a maioria dos casos tinham de 18 a 21 anos de idade (70% das trabalhadoras, e 63% as
não trabalhadoras) e com cor da pele negra (70% das trabalhadoras e 73,3% das não trabalhadoras);
afora o sintoma ansiedade, os sintomas mais comuns foram irritação fácil (100% das trabalhadoras e
84,2% das não trabalhadoras), cansaço (60,0% entre trabalhadoras e 79% entre não trabalhadoras) e
dores no corpo (60,0% entre trabalhadoras e 73,7% entre não trabalhadoras); os percentuais de auto-
estima baixa, média e alta variaram de 20% a 40% em ambos os grupos; aproximadamente 30%
apresentaram co-morbidade com depressão maior, enquanto discriminação racial percebida variou
de 30% a 36,8%, nos dois grupos. Entre as trabalhadoras, 85,6% tiveram tempo menor do que seis
meses entre o início do trabalho pago e o aparecimento da SA. Não houve acidentes de trabalho nos
doze meses anteriores.
Conclusões: Os resultados sugerem que no aparecimento da SA, as adolescentes trabalhadoras e
não trabalhadoras não se distinguem quanto a características sócio-demográficas nem quanto às
características clínicas. Entretanto, irritação fácil, cansaço, e dores no corpo são comuns; co-
morbidade com depressão maior pode ser considerada muito freqüente; tempo menor do que seis
meses até o aparecimento da síndrome é uma característica comum entre as meninas com trabalho
remunerado anterior ao primeiro diagnóstico de SA, e as ocupações remuneradas mais comuns são
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o emprego em serviços domésticos/limpeza/serviços gerais e a ocupação de vendedora. Estes três
últimos aspectos merecem melhor investigação.
Palavras-chave: trabalho pago, sintomas de SA, co-morbidade, tempo até adoecimento.
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Abstract
Background: The onset of anxiety disorders in adolescence has been related to several objectives
and subjectives conditions of the individual and of the environment where the disorder is experienced.
Objectives: To describe demographics and clinical conditions of female adolescents at time of first
positive diagnosis of AS, among workers and not workers.
Methods: In a prospective dynamic cohort study, a descriptive study was carried out with 29 cases of
AS with females adolescents with 10 until 21 years old, identified at the time of first positive diagnosis
while in cohort. Social and demographic characteristics, occurrence of accidents in the last twelve
months, clinical characteristics, in particular the time to disease after the start of paid work, and
perceived racial discrimination in this group were described. Scores for identification diagnosis of AS,
AS symptoms of PHQ, self-steem level, depression and perceived racial discrimination were
calculated. Proportions described the distribution of these characteristics within workers and non-
workers groups.
Results: At time of the first positive diagnosis, 65.5% of cases were girls of the group not paid work.
Most cases were older (70% of the PW group and 63% of the non- PW) and with black skin color
(70% of the PW group and 73.7% of the non- PW). Apart from the anxiety symptom (required as a
constituent of the syndrome), the most common symptoms were irritated easily (100% of the PW
group and 84.2% of non-PW), followed by fatigue (60,0% of the PW group and 79% of non-PW) and
body aches (60.0% among working and 73.7% among non-working); scores of self-esteem were
distributed fairly uniform, with the percentage of low, medium and high self-esteem ranged from 30%
to 40% in both groups; approximately 30% had comorbidity with major depression, while perceived
racial discrimination ranged from 30% to 36.8%. Among workers, 85.6% had time below six mounths
between starting work and the onset of AS. There was not accidents at work in the previous twelve
months.
Conclusions: Data suggests that adolescents with AS have the onset of this disorder at 18 to 21
years age and when have black skin colour; with paid work or not the most common symptoms of AS
are irritated easily, fatigue, body aches and the frequency of comorbidity with major depression is
considerated big; having prior paid job, the time to onset of AS is minor than six mounths. The results
indicates that confirmatory studies are necessaries to understand the aetiology of onset of SA,
accounting this conditions among adolescents girls with paid work.
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Keywords: cases, paid work, anxiety syndrome symptomes, comorbidity, time to illness after the
beginning of paid work, perceived racial discrimination.
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Características clínicas de casos novos de síndrome de ansiedade entre adolescentes do sexo
feminino
Introdução
Na adolescência problemas de saúde mental são relacionados entre si1, como por exemplo,
transtornos de ansiedade e depressão2, e com outros aspectos da vida desses jovens2. Por exemplo,
o impacto de condições de trabalho para a ocorrência de transtornos de ansiedade depende da idade
e do gênero3. Neste trabalho de tese, encontrou-se diferença de gênero na ocorrência de síndrome
de ansiedade (SA) relacionada a condições de trabalho de adolescentes, com meninas apresentando
risco significante de ter SA, e apenas entre as meninas, na última década do milênio passado o
percentual de casos novos de SA entre as trabalhadoras foi decrescente, enquanto entre as não
trabalhadoras o padrão foi crescente. Quanto à idade, o percentual de casos novos de SA entre as
adolescentes mais jovens (na faixa de 10 a 17 anos de idade) foi crescente, o que pode estar
indicando que naquela década a SA começou a ocorrer cada vez mais em idades menores. Isto está
de acordo com um estudo que mostrou que a idade do aparecimento de transtornos de ansiedade
diminuiu na primeira metade da década passada e previu que assim continuaria4.
Transtornos mentais têm início insidioso e limites na percepção e reconhecimento de parte dos
sujeitos, mas sintomas de um transtorno de ansiedade podem aparecer até anos antes do transtorno
definido5. De acordo com o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders Fourth Edition
(DSM-IV)6, os sintomas de um transtorno de ansiedade generalizada que prevalecem na
adolescência são preocupação excessiva acompanhada por dificuldade de concentração,
irritabilidade, problemas de sono e fadiga freqüentes. Devido às mudanças substanciais de
comportamento, de maneiras de pensar e da identidade, que ocorrem durante a adolescência1, pode-
se dizer que a ocorrência de alguns sintomas de ansiedade de forma leve e transitória, na
adolescência é normal. Porém, um estado mórbido se configura quando ocorre a síndrome de
ansiedade - na qual sentir-se ansioso é apenas um dos sintomas - e cursa com sinais de
comprometimento vegetativo, como os suores frios, arrepios, tremores ou boca seca,
comprometendo o bem-estar e a qualidade de vida desses jovens.
O trabalho de adolescentes pode causar ansiedade por representar estressores (psicoestressores),
que atuam cotidianamente ou cronicamente sobre o indivíduo7 e o reforço da auto-estima é um
recurso pessoal que o indivíduo pode usar para amenizar os efeitos nocivos do estresse8,9. Como
adolescentes do sexo feminino têm maior risco de sofrer com SA quando trabalham, o presente
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estudo teve como objetivo descrever características demográficas e clínicas de casos novos de SA
no momento do primeiro diagnóstico positivo para SA, comparando adolescentes trabalhadoras com
não trabalhadoras.
Métodos
Este estudo é um estudo de série de casos, que aproveita o desenho longitudinal prospectivo do
Projeto Acidentes Ocupacionais no Setor Informal da Economia Magnitude, Características e o seu
Impacto Sobre a Família do Trabalhador10, realizado na área urbana da cidade de Salvador, Bahia,
Brasil, para identificar os primeiros diagnósticos positivos de SA e o momento em que se deram estes
diagnósticos. A estrutura desse projeto é de base comunitária domiciliar, conduzido com uma
amostra da população residente na cidade de Salvador-Bahia, Brasil, no período de 2000 a 2008.
Esse projeto mãe teve como objetivo obter estimativas de incidência de acidentes de trabalho não
fatais entre trabalhadores formais e informais, dentre outros objetivos secundários. Sua amostragem
foi aleatória, de conglomerados, de estágio único, com base em subáreas dessa zona urbana. Mapas
fornecidos pelos órgãos de planejamento da região foram utilizados para sortear subáreas, nas quais
todos os domicílios residenciais foram identificados, ainda que não visualizados nos mapas. No
projeto mãe, todos os residentes eram listados sendo que entrevistas individuais eram aprazadas
para os trabalhadores, obtendo-se assim, dados detalhados desse subgrupo da população. A cada
dois anos, todas as famílias eram visitadas e novas entrevistas realizadas (fase da investigação).
Definição da população de estudo
Com o objetivo de descrever características sociodemográficas e clínicas no momento do primeiro
diagnóstico positivo e definir a população do presente estudo, inicialmente constituiu-se uma coorte
dinâmica composta por adolescentes do sexo feminino, usando as informações contidas no banco de
dados do Projeto Acidentes. Cabe ressaltar que adolescente foi definido como indivíduo com 10 a 21
anos de idade. A coorte foi constituída pelas adolescentes que no seu ingresso tinham de 10 a 19
anos de idade, eram livres de SA, não expostas ao trabalho pago e que responderam às questões
sobre SA e sobre trabalho em pelo menos duas fases do Projeto Acidentes. Todas tiveram aos 21
anos de idade sua última participação na coorte. Das adolescentes que participaram desta coorte,
foram selecionadas aquelas que tiveram SA pelo menos uma vez no período 2002 a 2008. Para
estas selecionadas, identificou-se o momento em que tiveram o primeiro diagnóstico positivo (casos
novos de SA). A população do presente estudo ficou composta pelas vinte e nove adolescentes que
tiveram seu primeiro diagnóstico positivo enquanto ainda estavam na coorte.
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É importante explicitar que como a coleta foi realizada a cada dois anos, foi considerado como ponto
de início da SA, a fase da pesquisa em que a adolescente teve o primeiro diagnóstico positivo. As
informações sobre as variáveis para a realização deste estudo foram obtidas identificando a fase em
que houve o primeiro diagnóstico positivo, e em seguida fazendo cruzamentos de variáveis no banco
de dados do Projeto Acidentes.
Coleta de dados
A coleta de dados do Projeto Acidentes foi realizada por pesquisadores treinados, através de
questionários, desenvolvidos especificamente para o estudo. No primeiro momento da coleta em
cada fase da pesquisa, um residente do domicílio era escolhido para responder questões sócio-
demográficas gerais sobre todos os membros da família, como a idade. Os pesquisadores de campo
registraram essas informações na Ficha da Família, um dos instrumentos construídos para o registro
de dados, formando-se, assim, um censo da família. Com esses dados foi possível identificar os
indivíduos elegíveis para responder os questionários detalhados sobre aspectos sócio-demográficos,
ocupacionais e de saúde. Entrevistas individuais eram agendadas para serem realizadas
pessoalmente com os participantes, após consentimento livre dos mesmos. Informações eram
checadas por supervisores no próprio domicílio, e quando necessário, como por exemplo, no caso de
dados faltantes, as informações eram obtidas por telefone. Detalhes metodológicos do Projeto
Acidentes podem ser encontrados também em outras publicações11.
Instrumentos de pesquisa
O questionário completo da pesquisa compunha-se da Ficha da Família, formulada para o registro de
informações gerais sobre todos os membros das famílias; a Ficha Psicológica foi preparada para
possibilitar o registro dos sintomas problemas de saúde mental, além de problemas tais como
relacionamento interpessoal com a família, com a escola e estresse na vizinhança do domicílio; o
Patient Health Questinaire6 - PHQ, em versão traduzida para o português era um dos componentes
desta ficha; esta versão traduzida foi avaliada através de sua tradução para inglês e testada para
confiabilidade com diagnósticos psiquiátricos, tendo sido encontrada uma proporção de acordos de
70.6% e um índice Kappa de 0,25. As questões sobre trabalho10 constavam da Ficha Individual do
Trabalhador, outro dos instrumentos que compuseram o questionário completo da pesquisa. Quando
o participante relatava ter sofrido acidente de trabalho nos doze meses anteriores à coleta, respondia
questões detalhadas sobre o acidente, constantes na Ficha de Acidentes.
Definição de variáveis
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A variável de desfecho foi a síndrome de ansiedade. Em todas as fases aplicou-se a versão traduzida
do PHQ a todos os participantes com 10 ou mais anos de idade, o que automaticamente incluí todas
as meninas participantes da coorte e portanto, todas as meninas da população deste estudo. Os
sintomas da síndrome de ansiedade foram identificados pelas respostas dadas às questões do bloco
ansiedade da versão traduzida para português do PHQ. O diagnóstico da SA foi feito com base nos
critérios recomendados pelo DSM-IV6, após verificação da presença dos sintomas da SA, de acordo
com as respostas dadas a seguinte lista de questões: nas últimas quatro semanas com que
freqüência você tem se sentido perturbado pelos seguintes problemas? 1) “Se sentindo nervoso(a),
ansioso(a), no seu limite ou muito preocupado(a) com coisas diferentes”; 2) “Sentindo-se tão inquieto
que é difícil ficar sentado”; 3) “Se sentindo cansado muito facilmente”; 4) “Se sentindo com dores pelo
corpo ou com tensão nos músculos”; 5) “Se sentindo com dificuldade para pegar no sono”; 6) “Se
sentindo com dificuldade para se concentrar em coisas como ler um jornal, ver TV ou fazer os
trabalhos da escola”; 7) “Se irritando ou se aborrecendo facilmente”. As respostas para estas
questões eram fechadas e os participantes respondiam escolhendo uma das cinco alternativas,
codificadas em uma escala de 0 a 4 para indicar a presença do sintoma: 0=nunca, 1=raramente,
2=algumas vezes, 3=frequentemente e 4=quase sempre. Quando o participante dava resposta com
código maior do que 2, era considerado que ela apresentava o sintoma da SA relativo à questão. A
presença de cada sintoma foi classificada como sim e não, e codificada como 1=sim (sintoma
presente) e 0=não (sintoma ausente). De acordo com os critérios do DSM-IV12 um escore para
diagnosticar a síndrome de ansiedade, a presença do primeiro sintoma (ansiedade) e a presença de
pelo menos três dos demais sintomas foi considerado como presença da SA. Então um escore para
definir o diagnóstico como positivo ou negativo foi obtido somando os valores 0 e 1 indicativos da
presença de cada sintoma. Resposta igual a 1 para o primeiro sintoma (ansiedade) e para pelo
menos três dos outros sintomas indicou positivamente a presença da SA. Ou seja, escore maior do
que três indicou diagnóstico positivo para SA. O diagnóstico foi categorizado como 1=presença de SA
e 0=ausência de SA.
Variáveis sócio-demográficas foram: grupo de idade (0=10 a 17 anos e 1=18 a 21 anos), cor da pele
(1=negra e 0=não negra); nível socioeconômico, medido pelo número de bens móveis e imóveis da
família, codificado como 1=baixo (um ou dois itens) e 0= médio/alto (três ou mais itens); tipo de
família, categorizada como 1=não nuclear e 0=nuclear (os dois pais em casa); cor da pele (1=negra e
0=não negra); estuda, indicando se atende a escola (1=não e 0=sim); e procura de emprego, definida
pela procura de emprego nos últimos 30 dias e codificada como 1=sim e 0=não.
Com o objetivo de fazer a comparação entre trabalhadoras e não trabalhadoras, construiu-se a
variável trabalho pago (TP), categorizada em dois níveis. O nível de risco foi definido pela existência
de atividade laboral formal ou informal, remunerada. O nível referente desta variável foi definido como
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o trabalho doméstico não remunerado para a própria família pelo menos oito horas por semana como
única atividade laboral (sem trabalho TP). A variável trabalho pago foi codificada como 1=sim, para
indicar a existência de trabalho pago. Sua categoria referente foi codificada como 0=não, para indicar
a não existência de trabalho pago. A variável trabalhadora foi definida com base nos níveis da
variável trabalho pago como definido acima: adolescente que tinha trabalho pago foi denominada
trabalhadora e a adolescente sem trabalho pago foi denominada não trabalhadora.
Foram coletadas as variáveis originais utilizadas para a construção dos indicadores de depressão
maior, de auto-estima, e de discriminação racial percebida, e para o cálculo do tempo até o início da
SA após o início do trabalho pago, além da informação sobre acidente de trabalho.
O diagnóstico de depressão maior foi feito baseado nos critérios recomendados pelo DSM-IV usando
a versão traduzida do PHQ6. Cada participante respondeu com que freqüência se sentiu incomodado
nos últimos quinze dias por cada um dos seguintes problemas: 1.“estar com pouco interesse ou
alegria em fazer as coisas”, 2.“estar para baixo, deprimido(a), ou se sentindo sem futuro”, 3.“estar
com dificuldade de pegar no sono, continuar dormindo ou dormindo demais”, 4.“estar com sensação
de cansaço, com pouca energia”, 5.“estar com pouco apetite ou comendo demais”, 6.“estar com
idéias ruins sobre você mesmo, se sentindo fracassado(a) e que é um atraso para si ou para a
família”, 7.“estar com dificuldade para se concentrar, como por exemplo ler jornais ou ver televisão”,
8.“estar andando ou falando muito devagar que até outras pessoas notaram? Ou ao contrário, estava
mais inquieto(a) do que o normal, não conseguindo ficar parado(a)”, 9.“com idéias de que você
estaria melhor morto ou então de fazer algo contra você mesmo”, para as quais os participantes
responderam escolhendo uma das quatro seguintes alternativas: 0. nunca, 1. vários dias, 2. mais da
metade dos dias e 3. quase todos os dias. Resposta com valor maior do que 1 foi categorizada como
1 e menor ou igual a 1 foi categorizada como 0. Se a soma dos nove valores destas respostas
dicotômicas foi maior do que 4 e falta de interesse ou deprimido foi igual a 1, o diagnóstico foi dado
como positivo para depressão maior e caso contrário, como negativo.
Para avaliar auto-estima foi lida para cada participante a seguinte lista de assertivas: 1. “Sinto-me
uma pessoa de valor, ou pelo menos igual às outras”; 2. “Sinto que não tenho muito do que me
orgulhar”; 3. “Sinto que tenho algumas qualidades positivas”; 4. “Às vezes, sinto que não sirvo para
nada”; 5. “Sinto que sou de fazer as coisas tão bem quanto a maioria das pessoas”; 6.“Sinto que não
sou capaz de fazer nada direito”; 7. “Tenho uma atitude positiva em relação a mim mesmo(a)”; 8.
“Sinto que minha vida não é muito útil”. Para cada assertiva foi pedido a(o) participante que
escolhesse uma das seguintes respostas alternativas: 0=nunca; 1=raramente; 2=algumas vezes;
3=frequentemente e 4= quase sempre. Um escore de auto-estima foi criado para cada uma das 29
89
participantes, inicialmente revertendo os valores das respostas às assertivas negativas; em seguida
foram somados os valores assim obtidos com os valores das respostas às assertivas positivas; assim
quanto maior o escore obtido maior a auto-estima. Os escores foram categorizados usando como
pontos de corte valores aproximadamente iguais aos tercis da distribuição dos escores das
participantes, em baixa (2=escore até 18), moderada (1=escore de 19 até 26) e alta (0=escore 27 ou
mais), a categoria referente.
O tempo transcorrido entre o início do trabalho pago até o primeiro diagnóstico positivo foi calculado
apenas para trabalhadoras, pois elas informaram a data de início e a data final dos
empregos/atividades remunerados que tiveram nos 12 meses anteriores à entrevista de cada fase.
Estas datas estavam disponíveis na Ficha Individual do Trabalhador – FIT, um dos instrumentos do
Projeto Acidentes. No bloco de questões sobre empregos/atividades remunerados foi perguntado se
houve emprego/atividade anterior ao atual, e alguns participantes relataram data de início em
atividades anteriores, coberta pelos 24 meses anteriores a cada entrevista. Por isso, teve-se acesso
ao tempo de trabalho remunerado retrocedendo nos 24 meses anteriores à cada entrevista.
Inicialmente, somou-se o número de dias trabalhados em todos empregos/atividades anteriores à
entrevista. Em seguida este tempo foi transformado em meses. Para o presente estudo esses
cálculos foram feitos para todas as fases, a partir da fase 2. O tempo de trabalho até o adoecimento
foi o tempo calculado em meses até a fase em que foi feito o primeiro diagnóstico positivo. Os
períodos de tempo até o primeiro diagnóstico positivo foram: menor do que 6 meses, considerando
um tempo comparável ao tempo para o aparecimento de doenças agudas e a plausibilidade de que
adolescentes são mais despreparados para enfrentar o estresse gerado no ambiente de trabalho e
portanto, podem sofrer em menor tempo os efeitos do estresse no ambiente de trabalho, além de que
um tempo menor do que seis meses é coberto pela observação dos doze meses anteriores à
entrevista; o segundo período, de 6 a 12 meses, foi definido pelo próprio propósito da pesquisa ao
observar o tempo de trabalho nos doze meses anteriores ao exame; o terceiro período de tempo,
maior do 12 meses até 24 meses, foi considerado porque no bloco de questões sobre
emprego/atividade remunerados foi perguntado se houve emprego/atividade anteriores ao atual, e
algumas adolescentes relataram data de início coberta pelos 24 meses anteriores à entrevista, em
atividades anteriores.
Realizou-se um estudo descritivo para conhecer os níveis de ocorrência das variáveis citadas na
introdução entre as 29 adolescentes identificadas com primeiro diagnóstico positivo de SA enquanto
estavam na coorte, de acordo com o status de trabalho (TP e sem TP). Proporções descreveram a
distribuição das características clínicas nos grupos trabalho pago e sem trabalho pago e teste exato
de Fisher comparou trabalhadoras com não trabalhadoras.
90
Resultados
Das 384 adolescentes da coorte, 29 tiveram seu primeiro diagnóstico positivo para síndrome de
ansiedade enquanto estavam na coorte e formaram a população do estudo.
Entre todas as adolescentes com SA foram mais frequentes as adolescentes mais velhas (18 a 21
anos de idade) e com cor da pele negra (65,5% e 72,4%, respectivamente) (Tabela 1).
Entre as trabalhadoras também foram mais frequentes as mais velhas (70%), de nível
socioeconômico médio/alto (60%), de família nuclear (75%), de cor da pele negra (70,0%); entre as
não trabalhadoras, também foi mais alta a freqüência de meninas mais velhas (63,2%), de cor da
pele negra (73,7%), não estudantes (63,2%), e que estavam procurando emprego nos últimos 30 dias
(61,1%) (Tabela 1). O teste exato de Fischer não detectou diferença entre trabalhadoras e não
trabalhadoras quanto a esses aspectos sócio-demográficos (Tabela 1).
O sintoma ansiedade sendo obrigatório como constituinte da síndrome apresentou-se em todas as
meninas, seguido por irritação fácil, principalmente entre as trabalhadoras, que relataram este
sintoma em 100% dos casos, e 84,2% entre as não trabalhadoras. Foram altos os percentuais de
cansaço e de dores pelo corpo (79,0% e 73,7%, respectivamente) relatados pelas adolescentes que
tinham no trabalho doméstico não remunerado para a própria família sua única ocupação (Tabela 2).
Entre as trabalhadoras, os níveis de auto-estima baixa e alta foram igualmente iguais a 40%, e 20%
apresentaram auto-estima moderada; entre as não trabalhadoras, o percentual de meninas com
baixa auto-estima foi 36,8%, e com auto-estima média e alta foram igualmente 31,6% (Tabela 2). No
momento do primeiro diagnóstico positivo de SA a grande maioria não tinha co-morbidade com
depressão maior (70,0% e 68,4%, respectivamente nos grupos TP e sem TP), embora o percentual
de aproximadamente 30% de co-morbidade nos dois grupos e no global possa ser preocupante
(Tabela 2). No grupo TP, 85,7% tiveram tempo até o adoecimento menor do que seis meses após o
ingresso no trabalho remunerado; uma menina (14,3%) deste grupo teve seu primeiro diagnóstico
positivo cerca de um ano e meio depois de começar a trabalhar. Não ocorreram acidentes de trabalho
nos últimos doze meses anteriores ao primeiro diagnóstico positivo de SA (Tabela 2).
De 30% a 36,8% das meninas ansiosas relataram discriminação racial percebida (trabalhadoras e
não trabalhadoras, respectivamente), mas o teste exato de Fisher não detectou diferença na
freqüência desses relatos quando comparadas as ansiosas trabalhadoras com as ansiosas não
trabalhadoras (Tabela 2). Comparando os grupos trabalho remunerado e não sem trabalho
remunerado, entre as de cor da pele negra encontrou-se igualmente 42,9% com discriminação racial
percebida. 20% das adolescentes com cor da pele não negra relataram discriminação racial
percebida no grupo não trabalho pago e não houve tal relato quando havia trabalho remunerado
91
(resultados não mostrados). No momento do primeiro diagnóstico positivo, 42,9% das trabalhadoras
eram mais velhas, faziam também trabalho doméstico não remunerado para a própria família pelo
menos oito horas por semana, e neste grupo de dupla jornada de trabalho um terço estudava
(resultados não mostrados). Nesse momento, as meninas ansiosas tinham mais comumente a
ocupação do trabalho doméstico sem remuneração para a própria família pelo menos oito horas por
semana, enquanto as ocupações remuneradas mais freqüentes foram o emprego
doméstico/limpeza/serviços gerais e a ocupação de vendedora (Tabela 3).
Discussão
As adolescentes com síndrome mais frequentemente tinham de 18 a 21 anos (65,6%), resultado que
está em desacordo com o conhecimento de que a mediana do aparecimento era de cerca de 15 anos
de idade em 200012 e 11 anos de idade em 20054 . Isto talvez se deva a que o ingresso no mercado
de trabalho esteja acontecendo em idades maiores e, logo, o transtorno mais provavelmente se dá
entre as mais velhas. O alto percentual de cor da pele negra entre os casos de SA poderia ser
esperado, uma vez que predominantemente a população da cidade de Salvador tem cor na pele
negra, 86% da população da cidade13. Ao longo das duas últimas décadas movimentos organizados
de negros emergiram e ganharam força na luta contra a discriminação de pessoas de pele negra e
em favor da valorização da própria cor da pele, manutenção da cultura africana, reivindicação de
melhores condições de estudo, trabalho e saúde, bem como têm destinado esforços para que as
pessoas de cor da pele negra sintam orgulho de pertencer à raça negra e de ter esta cor de pele. No
entanto, os ganhos obtidos pelas mulheres no campo educacional não se traduz em maior ocupação
no mercado de trabalho, em postos de trabalhos mais qualificados e com maiores salários14. Desta
forma, em suas vidas de trabalho estão expostas a estresse diário ou crônico, o que se relaciona
fortemente com o desenvolvimento de transtornos de ansiedade5,7. A exposição crônica ao estresse
no trabalho pode explicar também os altos percentuais encontrados neste estudo do sintoma irritação
entre as meninas dos dois grupos, TP e sem TP, pois as situações ambientais de tensão enfrentadas
no cotidiano do trabalho são capazes de gerar estresse relativamente intenso e/ou prolongado. Do
ponto de vista da Biologia se a resposta ao estresse gerar ativação fisiológica freqüente e duradoura
ou intensa, pode precipitar um esgotamento dos recursos do sujeito com o aparecimento de
transtornos psicofisiológicos diversos5.
Os resultados deste estudo sugerem que no momento do primeiro diagnóstico positivo, não há
distinção entre trabalhadoras e não trabalhadoras quanto a faixa de idade, nível socioeconômico, tipo
de família, cor da pele, freqüência à escola e o status de procura de emprego.
92
A irritação pode dever-se a ingresso recente no campo do trabalho remunerado no qual a experiência
conta. Alguns estudos concluíram que muitos adolescentes ingressam no mercado de trabalho sem
as habilidades completas para a realização das tarefas15,16, que meninas precisam sentir aprovação
de outros para sentirem-se mais seguras17 e que sentir que tarefas estão acima de suas habilidades
causa-lhes sofrimento psíquico18.
Cansaço e dores pelo corpo foram os sintomas mais frequentemente relatados pelas adolescentes do
grupo sem TP, resultado que leva a pensar sobre as características do trabalho doméstico. Esforço
físico despendido com tarefas como lavagem de roupa, preparação de alimentos e higienização da
casa, entre outras, estas tarefas demandam tempo e normalmente são realizadas em pé, exigindo
posições ergonômicas incompatíveis com a estrutura do corpo humano em formação, Desse modo,
entende-se que o trabalho doméstico diário pode causar cansaço crônico e dores. Além disso, não dá
sensação de tarefa concluída e não dá margem a criatividade e desenvolvimento de novas
habilidades. Um estudo mostrou19 que o trabalho doméstico sem remuneração para a própria família
tem condições que favorecem a ocorrência de sintomas de ansiedade e depressão, pelo menos entre
mulheres com 18 anos ou mais de idade, que tinham nesta, sua única atividade de trabalho19, tendo
sido apontados como razão para este resultado, a repetição e as freqüentes interrupções do trabalho.
Há plausibilidade de que entre adolescentes, que estão sempre em busca de novas descobertas, a
repetição pode tornar-se irritante e pode deprimir.
Um dado novo sobre a co-morbidade de SA com depressão maior é que esta co-morbidade está
presente igualmente entre as adolescentes trabalhadoras e entre as não trabalhadoras. É
preocupante que exista cerca de 30,0% das adolescentes com esta co-morbidade. A co-morbidade
de transtornos de ansiedade com depressão é conhecida da literatura1,2,3. Com este último achado
neste estudo, novamente torna-se uma questão se há contribuição do trabalho doméstico para um
resultado tão negativo em saúde mental. É provável que a explicação teórica para esta co-morbidade
dentro do âmbito do trabalho esteja na exposição diária ao estresse5 gerado pela repetição diárias
das mesmas tarefas, gerando sintomas de depressão e ansiedade19 mas falta analisar as
características da atividade realizada no trabalho.
É interessante a observação de que o tempo transcorrido entre o ingresso em trabalho remunerado e
o aparecimento da SA foi menor do que seis meses para 85,7% das meninas que tiveram trabalho
pago anterior à época do primeiro diagnóstico positivo de SA. Como 60% do grupo TP estudava na
época, parte dos casos com este tempo curto de exposição ao trabalho pago podem ser explicados
pelo estresse gerado pela nova sobrecarga e o novo conflito representados por trabalho e
atendimento a escola simultâneos3,20.
93
O percentual de meninas com SA que relataram discriminação racial percebida variou de 30% a
36,8% nos dois grupos de trabalho, resultado que necessita ser avaliado em outros estudos que
focalizem na questão do racismo para aprofundar o conhecimento sobre a relação entre SA e
percepção de discriminação racial.
As ocupações remuneradas mais freqüentes foram o emprego doméstico/limpeza/serviços gerais e a
ocupação de vendedora. No emprego em serviços doméstico as adolescentes estão expostas a
violência, assédio moral e sexual3,21, além de apresentarem mais frequentemente sintomas
depressivos e de ansiedade do que adolescentes que têm outras ocupações22. Como vendedora a
adolescente também está exposta a situações estressantes cotidianamente, como cobranças, prazos
e metas, o que reflete demandas psicológicas relevantes, além de ficarem vulneráveis a vários tipos
de abuso, como ataques sexuais e assédio moral3. Recomenda-se revisão da legislação favorecendo
o afastamento de adolescentes do sexo feminino dessas ocupações.
Conclusões
Os resultados deste estudo sugerem que no aparecimento da SA não há diferença entre as
adolescentes que têm trabalho pago e aquelas que têm como única atividade laboral o trabalho
doméstico não pago para a própria família quanto às características sócio-demográficas como idade,
nível socioeconômico, freqüência à escola, tipo de família, cor da pele e procura de emprego, bem
como não há diferença quanto à presença de sintomas da síndrome de ansiedade, auto-estima e co-
morbidade com depressão. No entanto, como os percentuais de alguns sintomas de SAA são altos,
recomenda-se mais estudos sobre a relação entre o início da SAA entre trabalhadoras e essas
características clínicas. Outra sugestão é de que sejam mais estudados a irritação, cansaço e dores
no corpo, provavelmente resultantes das características do trabalho. A freqüência de co-morbidade
de SA com depressão maior, em torno de 30%, pode ser considerada alta, merece mais
investigações. O tempo transcorrido desde o início do trabalho pago até o adoecimento por SA é
compatível com o tempo para o aparecimento de doenças agudas também merece estudos mais
aprofundados. Recomenda-se afastamento de ocupações nas quais as adolescentes estejam
expostas ao cansaço excessivo, ao esgotamento emocional, estresse diário, como as ocupações de
emprego doméstico/serviços de limpeza/serviços gerais e atendimento ao público em geral. São
necessários mais estudos longitudinais observacionais de base populacional e clínicos com foco nas
características clínicas em adolescentes com síndrome de ansiedade. Particularmente são
necessários estudos que focalizem a co-morbidade da SA com depressão maior, o tempo
transcorrido entre o ingresso no trabalho remunerado e o aparecimento de síndrome de ansiedade.
em adolescentes, no aprofundamento da avaliação da idade do aparecimento da síndrome de
94
ansiedade para reavaliar a faixa de idade na qual a SA relacionada ao trabalho costuma aparecer.
quando relacionado ao trabalho, e que avaliem o papel da tarefa realizada no trabalho remunerado,
essencial para entender como essa tarefa afeta o estado de saúde mental de adolescentes. Esses
estudos poderiam objetivar a orientação de políticas públicas de proteção à saúde de adolescentes.
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96
Tabela 1. Características sócio-demográficas de casos incidentes de síndrome de ansiedade entre
trabalhadoras e não trabalhadoras. Salvador, Bahia.
Variáveis
Casos de síndrome de ansiedade
Todas
N=29 (100%)
Trabalhadoras1
N=10 (34,5%)
Não trabalhadoras2
N=19 (65,5%) Valor de p3
n % n % n %
Grupo de idade (em anos)
18-21 19 65,5 7 70,0 12 63,2 0,522
10-17 10 34,5 3 30,0 7 36,8
Nível socioeconômico
Baixo 14 48,3 4 40,0 10 52,3 0,850
Médio/alto 15 51,7 6 60,0 9 47,4
Tipo de família
Não nuclear 9 36,0 2 25,0 7 41,2 0,893
Nuclear 16 64,0 6 75,0 10 58,8
Cor da pele
Negra 21 72,4 7 70,0 14 73,7 0,745
Não negra 8 27,6 3 30,0 5 26,3
Estuda
Não 13 44,8 6 60,0 7 36,8 0,944
Sim 16 55,2 4 40,0 12 63,2
Procura de emprego
Sim 14 50,0 3 30,0 11 61,1 0,977
Não 14 50,0 7 70,0 7 38,9 1 Trabalho pago. 2 Não trabalho pago ou apenas trabalho doméstico não remunerado para a própria família. 3 Teste Exato de Fisher unilateral.
97
Tabela 2. Características clínicas de casos incidentes de síndrome de ansiedade entre trabalhadoras e
não trabalhadoras. Salvador, Bahia.
Variáveis
Casos de síndrome de ansiedade
Todas
N=29
Trabalhadoras
N=10
Não trabalhadoras
N=19 valor de p3
n % n % n %
Sintomas de síndrome de
ansiedade1
1. sentindo-se ansiosa 29 100,0 10 100,0 19 100,0
2. inquieta 14 48,3 4 40,0 10 52,6 0,8502
3. cansada 21 72,4 6 60,0 15 79,0 0,9342
4. dores pelo corpo 20 69,0 6 60,0 14 73,7 0,8800
5. dificuldade com o sono 11 37,9 3 30,0 8 42,1 0,8510
6. dificuldade de concentração 13 44,8 4 40,0 9 47,4 0,7787
7. irritada 26 89,7 10 100,0 16 84,2 0,2652
Auto-estima
Baixa 11 37,9 4 40,0 7 36,8 0,7322
Moderada 8 27,6 2 20,0 6 31,6 0,8801
Alta 10 34,5 4 40,0 6 31,6
Co-morbidade com depressão2
Sim 9 31,0 3 30,0 6 31,6 0,6889
Não 20 69,0 7 70,0 13 68,4
Tempo até o início da doença após
o início do trabalho
< 6 meses 6 85,7 6 85,7 - -
6 a 12 meses 0 - 0 0,0 - -
>12 meses a 24 meses 1 14,3 1 14,3 - -
Acidente de trabalho nos últimos 12
meses
Sim 0 0,0 0 0,0 - -
Não 10 100,0 10 100,0 - -
Discriminação racial percebida
Sim 10 34,5 3 30,0 7 36,8 0,7795
Não 19 65,5 7 70,0 12 63,2 1 , 2 Diagnóstico de depressão de acordo com os critérios do DSM-IV usando o Patient Health Questionaire. 3
Teste exato de Fisher comparando trabalhadoras com não trabalhadoras a um nível de significância de 0,05.
98
Tabela 3. Ocupação dos casos incidentes de síndrome de ansiedade. Salvador, Bahia.
Variáveis
Casos de síndrome de ansiedade
(N=24)1
n %
Ocupação
Empregada em serviços domésticos/limpeza/serviços gerais 5 20,8
Vendas 3 12,5
Administrativas 1 4,2
Outras 1 4,2
Trabalho doméstico não pago para a própria família 14 58,3 1 Algumas adolescentes não informaram a ocupação . .
99
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES
Comparação de gênero não foi o foco desta tese. No entanto, sobre os aspectos individuais
comentados no referencial teórico, verificou-se que há diferença de gênero na ocorrência da
síndrome de ansiedade (SA). No ano 2000 a prevalência global da síndrome de ansiedade foi de
9,2%, sendo que adolescentes do sexo feminino sofriam mais frequentemente com síndrome de
ansiedade (SA). SA relacionada ao trabalho era mais prevalente, também, entre as meninas. Sobre
os aspectos ocupacionais, os meninos ingressam mais no mercado de trabalho, têm mais altas
cargas horárias de trabalho, se envolviam menos tempo com o trabalho doméstico não remunerado
para a própria família, mais frequentemente percebiam que sua atividade no trabalho era perigosa e
consideravam baixa segurança no local de trabalho, do que as meninas. Os resultados sugerem
também, diferença de gênero no tipo de ocupação, com as meninas mais comumente trabalhando
em emprego doméstico/limpeza/cozinha/serviços gerais, enquanto os meninos enfrentavam
atividades mais perigosas. Entre as meninas os resultados indicam uma associação positiva entre ter
trabalho pago, carga horária semanal total de trabalho maior do que 40 horas, carga horária maior do
que de 20 horas por semana em trabalho pago e a ocupação de vendedora e síndrome de
ansiedade.
A compreensão do efeito do trabalho pago sobre a persistência de SA em adolescentes do sexo
feminino foi possível com estudo longitudinal prospectivo. Os resultados sugerem que as
adolescentes com trabalho pago estão em maior risco de sofrer com a SA do que as que não têm
trabalho pago. As adolescentes trabalhadoras têm chance 2,6 vezes a chance de não trabalhadoras
de sofrerem com SA. O trabalho pago surge como determinante para a persistência deste desfecho,
mesmo quando idade, variáveis da escolarização, estresse na vizinhança do domicílio, e a carga
horária total semanal de trabalho são levadas em consideração. Neste estudo a importância da idade
foi ratificada, uma vez que reduziu o risco relativo de SA entre trabalhadoras de 2,6 para 2,13. As
adolescentes em maior risco são aquelas na faixa de idade de 18 aos 21 anos.
Desconsiderar a idade ou a carga horária semanal total de trabalho ou usar um modelo saturado,
para explicar a ocorrência de SA não é vantajoso. A idade é um fator que deve sempre ser
considerado em se tratando de saúde. Altas cargas horárias de trabalho geram problemas de vários
tipos na vida de adolescentes, incluindo alguns sintomas de SA. O estudo longitudinal prospectivo
mostrou que desconsiderando a carga horária semanal de trabalho ou a idade, ainda se mantém
associação positiva entre o trabalho pago e a SA mas os intervalos de confiança correspondentes
para o risco relativo mostram que a associação é limítrofe (borderline), assim como um modelo
saturado. Então ao se escolher um modelo para a ocorrência de SA, deve-se optar pela parcimônia e
a consideração de fatores de grande importância para o desfecho.
100
Os resultados sugerem que no momento do primeiro diagnóstico positivo, não há distinção entre
trabalhadoras e não trabalhadoras quanto a faixa de idade, nível socioeconômico, tipo de família, cor
da pele, freqüência à escola e o status de procura de emprego. Nesse momento, meninas ansiosas,
trabalhadoras e não trabalhadoras, apresentam ocupações que as distinguem. Meninas que têm SA
e trabalham, apresentam mais comumente as ocupações de emprego doméstico/limpeza/serviços
gerais e de vendedora. Este estudo indicou que a ocupação de vendedora está associada com a SA,
e que vendedoras têm um risco para SA 2,07 vezes o risco para SA em meninas que têm no trabalho
doméstico sem remuneração para a própria família pelo menos oito horas por semana sua única
atividade laboral. No trabalho de vendedora as meninas fiquem vulneráveis a vários tipos de abuso,
como ataques de violência, ataques sexuais e assédio moral.
Uma das razões para irritação ser o sintoma mais comum entre as que tinham trabalho pago pode
ser indicativo de que adolescentes ingressam no mercado de trabalho sem as habilidades completas
para a realização das tarefas ou que as demandas do trabalho estão acima de sua capacidade para
enfrentá-las. Cansaço e dores pelo corpo nas adolescentes do grupo sem TP (trabalho doméstico
não pago para a própria família), sugerem que as características do trabalho doméstico de
adolescentes merecem ser avaliadas, mas neste estudo não foi possível fazer esta avaliação.
Os resultados sugerem que no momento do primeiro diagnóstico positivo para SA, a freqüência de
co-morbidade com depressão, um resultado muito negativo em saúde mental, é alta. Os relatos de
discriminação racial percebida entre as adolescente com SA parecem indicar que não faz diferença
ter ou não trabalho remunerado. Talvez adolescentes com SA tenham percepção reduzida do que
acontece em torno de si, em função das próprias características da doença. Mas ainda faz-se
necessário aprofundar na avaliação de aspectos de etnia, raça e discriminação racial, e como esses
aspetos influenciam no aparecimento de SA relacionada ao trabalho de adolescentes. Essas jovens
viveram sua adolescência em uma época em que a discriminação contra pessoas de cor da pele
negra entrou na pauta, com muitos movimentos sociais e a legislação operaram contra a
discriminação racial. No entanto, essas explicações parecem insuficientes para explicar como os
aspectos de discriminação relacionados à cor da pele agem levando adolescentes ao estresse e SA.
Há indicativo de que não é necessário muito tempo para que adolescentes com trabalho pago
venham a apresentar síndrome de ansiedade constituída, pois o primeiro diagnóstico positivo da
síndrome ocorreu antes de completar seis meses no trabalho. Esse tempo pode em parte ser
explicado pelo estresse da sobrecarga representada por trabalho e atendimento à escola
simultaneamente, pelo menos entre as adolescentes que têm trabalho remunerado e estudam. Mas
pode também ser explicado por outras características do trabalho, como a tarefa realizada no
trabalho, principalmente quando adolescentes têm a ocupação de vendedora ou de empregada
doméstica ou trabalha em serviços de limpeza ou em serviços gerais.
101
Os achados sugerem que a fiscalização relativa às condições de trabalho de adolescentes é ineficaz.
Talvez jornada de trabalho remunerado acima de 20 horas seja inaceitável, e constitui-se um desafio
para pesquisadores e gestores da área de saúde de crianças e adolescentes. A SA relacionada ao
trabalho de adolescentes, com a perspectiva de depressão concomitante ou posterior é um risco para
o funcionamento psicológico e biológico daqueles que no futuro serão trabalhadores adultos.
Conseqüências destes problemas de saúde mental são perda de produtividade da trabalhadora e de
empresas, devidas ao absenteísmo em função do transtorno, e sobrecarga para as instituições que
decidem sobre os gastos com tratamento, compensação por aposentadoria e manutenção de
unidades de tratamento de saúde mental.
Recomenda-se fortemente restrição do acesso de adolescentes do sexo feminino a trabalho no qual
fiquem expostas ao público em geral e a trabalho com carga horária superior a 20 horas semanais.
revisão da legislação trabalhista referente ao trabalho de adolescentes, particularmente em relação
ao acesso a ocupações nas quais a adolescente se exponha a situações de contato com o público
em geral, onde há risco de situações de violência interpessoal, de assédio moral, assédio sexual e de
outros tipos, como no caso do trabalho de vendedora, em relação à redução da carga horária
semanal de trabalho remunerado, além de criar mecanismos para se fazer cumprir a notificação de
doenças mentais. Recomenda-se mais estudos longitudinais epidemiológicos e clínicos sobre a
saúde mental de adolescentes trabalhadores considerando a tarefa que os adolescentes realizam em
sua atividade de trabalho. A percepção dos adolescentes de que o trabalho que realiza é perigoso
também deve constituir-se um desafio para pesquisadores que trabalham em saúde mental.
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106
ANEXO
INSTRUMENTOS DE PESQUISA DO PROJETO ACIDENTES OCUPACIONAIS NO
SETOR INFORMAL DA ECONOMIA
Universidade Federal da Bahia Instituto de Saúde Coletiva – ISC Programa Integrado de Saúde Ambiental e do Trabalhador Pesquisa: “ACIDENTES DE TRABALHO”
Nº FAMÍLIA ÁREA
Ficha de Família BLOCO A - IDENTIFICAÇÃO DO DOMICILIO Você poderia me informar o seu ....
Data da Entrevista: ______/______/______ DATA
Início da entrevista: | ___| ___|:| ___| ___| h INICIO
Nome do Entrevistador ENTREV
Nome do Entrevistado Apelido
Endereço (Rua ou Avenida) N.º Apto Telefone
-Bairro
Referência Endereço de um familiar ou referente Telefone do familiar
-Você tem algum familiar que resida próximo que você pode caminhar até à casa dele? 0.Não 1.Sim
BLOCO B - LISTAGEM DE MORADORES POR FAMÍLIA Agora eu gostaria que você me desse alguns dados sobre todas as pessoas que moram nesta casa, incluindo alguma empregada(o) doméstica, que durma neste domicílio se houver...
NºPrenome de
todos os Moradores NOME
SexoM/F
SEXOIdade
IDADEParentesco PARENT
Tem trabalho pago?
TRAPAGO
Toma conta da casa?
CONCASA
Estáprocurandoemprego nos
últimos 30 dias?EMPREGO
Sub-projeto
Qual o horário na residência? HORARIO
Costuma ficar em outro local? Qual o endereço?
OULOCAL Tel.
p/contatoFONE
Controle da entrevistaindividual
01 1 = Mas 1 = Pai / Mãe 0 = Não 0 = Não 0 = Não
02 2 = Fem 2 = Filho(a) 1 = Sim 1 = Sim 1 = Sim
03 3 = Irmão(a) 9 = Não sabe 9 = Não sabe 9 = Não sabe
04 4 = Avô / avó
05 5 = Tio(a)
06 6 = Esposo(a)
07 7 = Neto(a)
08 8 = Sogro(a)
09 9=Genro/Nora
10 10 = Sobrinho (a)
13 = Mora com amigos
11 11 = Cunhado (a)
33 = EMPDOM
12 12 = Mora sozinho
99 = Outros
OBSERVAÇÕES:Sub-projeto 2 – Idade entre 10 e 21 anos. Sub-projeto 3 – Idade entre 22 e 65 anos.
BLOCO C - CARACTERIZAÇÃO DO DOMICÍLIO Agora faremos algumas questões sobre o seu domicílio...
FASE 1
1.Quantas famílias moram nesta casa?
FAM
| ___| ___| família(s)
2.Quantos quartos tem em sua casa?
QUARTO
| ___| ___| quarto(s)
3.Tem empregada doméstica?
0.Não EMPDOM 1.Sim, dorme no domicílio
2.Sim, dorme em outro local
9.Não sabe
4. Em sua casa você dispõe das seguintes coisas?
1.Carro
2.Computador
3.Máquina de lavar
4.Vídeo cassete
5.Microondas
6.Máquina de lavar louças
7.Telefone
8.Casa de praia
9.Laser-Disc Player (DVD)
Total
CASANBENS
BLOCO D - AVALIAÇÃO DA ENTREVISTA (AE) 1.Condições gerais da aplicação desta ficha:
1.Boas
2.Regulares CONDI 3.Ruins
2.Receptividade:
1.Boa
2.Regular RECEP 3.Ruim
4.Duração da aplicação desta ficha: | ___| ___|:| ___| ___| h DURACAO
COMENTÁRIOS GERAIS
SUBPROJETO SUBPROJETO SITUAÇÃO FINAL Completo
Re - entrevista
Serviço Médico
Completo
Re - entrevista
Serviço Médico
Completa Sem acidentes
Incompleta Com acidentes de trabalho e sem atendimento
Recusa Com acidentes e atendimento médico
Perdido Com acidentes e outro tipo de atendimento
Universidade Federal da Bahia Instituto de Saúde Coletiva – ISC Programa Integrado de Saúde Ambiental e do Trabalhador Pesquisa: “ACIDENTES DE TRABALHO”
Nº FAMÍLIA ÁREA
Ficha de Família BLOCO A - IDENTIFICAÇÃO DO DOMICILIO Você poderia me informar o seu ....
Data da Entrevista: ______/______/______ Início da entrevista: | ___| ___|:| ___| ___| h Nome do Entrevistador
ENTREV2Nome do Entrevistado Apelido
Endereço (Rua ou Avenida) N.º Apto Telefone
-Bairro
Referência Endereço de um familiar ou referente Telefone do familiar
-Você tem algum familiar que resida próximo que você pode caminhar até à casa dele? 0.Não 1.Sim
BLOCO B - LISTAGEM DE MORADORES POR FAMÍLIA Agora eu gostaria que você me desse alguns dados sobre todas as pessoas que moram nesta casa, incluindo alguma empregada(o) doméstica, que durma neste domicílio se houver...
NºPrenome de
todos os Moradores NOME2
SexoM/F
SEXO2Idade
IDADE2Parentesco
PARENT2
Tem trabalho pago?
TRAPAGO2
Toma conta da casa?
CONCASA2
Estáprocurandoemprego nos
últimos 30 dias?EMPREGO2
Sub-projeto
Qual o horário na residência? HORARIO2
Costuma ficar em outro local? OULOCAL2Qual o endereço? QUALOCAL2 Tel.
p/contatoFONE2
Controleda
entrevistaindividual
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
Observação: Caso alguém tenha falecido, solicite informações sobre a causa da morte (o que, quando, como, onde aconteceu)
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
FASE 2
BLOCO C - CARACTERIZAÇÃO DO DOMICÍLIO Agora faremos algumas questões sobre o seu domicílio... 1.Quantas famílias moram nesta casa?
FAM
| ___| ___| família(s)
2.Quantos quartos tem em sua casa?
QUARTO2
| ___| ___| quarto(s)
3.Tem empregada doméstica?
0.Não EMPDOM2 1.Sim, dorme no domicílio
2.Sim, dorme em outro local
9.Não sabe
4. Em sua casa você dispõe das seguintes coisas?
1.Carro CARRO2 2.Computador COMPU2 3.Máquina de lavar
MAQLAV2
4.Vídeo cassete VIDEO2 5.Microondas MICROO2 6.Máquina de lavar louças
MAQLOU2
7.Telefone TEL2 8.Casa de praia
CASAPRA2 9.Laser-Disc Player
(DVD) DVD2
Total
TOTAL2
BLOCO D - AVALIAÇÃO DA ENTREVISTA (AE) 1.Condições gerais da aplicação desta ficha:
1.Boas CONDI2 2.Regulares
3.Ruins
2.Receptividade:
1.Boa
2.Regular RECEP2 3.Ruim
4.Duração da aplicação desta ficha: | ___| ___|:| ___| ___| h DURAC2
COMENTÁRIOS GERAIS
1
Universidade Federal da Bahia Instituto de Saúde Coletiva – ISC Programa Integrado de Saúde Ambiental e do Trabalhador Pesquisa: “ACIDENTES DE TRABALHO”
Nº FAMÍLIA ÁREA IND:
Ficha do Adulto e Adolescente (FIA)
Data da Entrevista: ___DATAAD2_____ Pré-nome do Entrevistador: _____ENTREVAD2______ Pré-nome do Entrevistado: ____ENTRAD2__________
Local da Entrevista: ____LOCALAD2____________________________________________________________________ Início da entrevista: INICÍOAD2BLOCO 1 - CARACTERISTICAS SOCIO-DEMOGRÁFICAS Prá começar, você poderia me dizer qual a sua...
1.Situação conjugal?
1.Solteiro(a)
2.Casado(a) SITCONJ2 3.Consensual
4.Divorciado(a) / Separado(a)
5.Viúvo(a)
99.Outra Esp: _____ESPSITCO2_______
2.Onde você nasceu?
1.Salvador........Siga para Questão 5
2.Região Metropolitana de Salvador (RMS)
3.Interior da Bahia
4.Outro estado NASCEU2 5.Outro país
9.Não sabe
3.Quanto tempo reside nessa cidade?
RESANOS2 RESMESES2 | ___| ___| anos | ___| ___| meses Se mais de cinco anos siga para Questão 5
4.Por que resolveu mudar para essa cidade?
1.Por causa da escola
2.Por causa do emprego MUDARCID2 3.Porque se casou
4.Procurando melhores condições de vida
5.Por motivo de doença sua ou da família
6.Sugestão de um amigo ou familiar
7.Por razões familiares
9.Não sabe
99.Outro Esp: ____ESPMUDAR2________
Etnicidade
5.Qual a sua cor (auto-referida)? Esp: CORAUTO2
6.Qual a cor do entrevistado (pelo entrevistador)?
1.Negro 5.Asiatico
2.Branco 6.Índio COR2 3.Mulato 9.Não sabe
4.Moreno
7.Qual a sua religião? RELIGIÃO2 1.Católica 5.Umbanda
2.Protestante 6.Sem religião........Siga pa-
3.Espírita ra Questão 10
4.Candomblé 9.Não sabe........Siga para Questão 10
99.Outra Esp: ___ESPRELI2_________________
8.Você pratica sua religião?
PRATICA2 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
9.Você tem alguma atividade/função na sua religião?
FUNCREL2 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
10.Você já foi barrado em clubes, shoppings, bloco de carnaval ou hotéis?
BARRADO2
0.Não........Siga para Questão 12
1.Sim
9.Não sabe........Siga para Questão 12
11.Você atribui isso à sua cor?
ATRIBUI2 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
12.Você acha que sua cor dificultaria a obtenção de empréstimo ou crédito financeiro?
CORDIFIC2
0.Não 1.Sim 9.Não sabe
13.Você já foi vítima de preconceito racial?
VITPREC2
0.Não 1.Sim 9.Não sabe
14.Você já teve dificuldade de conseguir trabalho por causa da sua cor?
DIFTRAB2 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
88.Não se aplica
15.Você aprovaria o casamento de alguém de sua família com uma
pessoa de outra cor? APROVCAS2 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
BLOCO 2 – ESCOLARIDADE BLOCO 3 – APOIO SOCIAL Agora vou lhe fazer algumas perguntas sobre o apoio de familiares e amigos que você dispõe ...
1.Qual o seu grau de instrução?
0.Analfabeto GRAU2 1.Alfabetizado
2.1º grau (1º a 8º série) incompleto
3.1º grau completo
4.2º grau (colegial) incompleto
5.2º grau completo
6.Superior incompleto
7.Superior completo
8.Pós-graduação
9.Não sabe
2.Você está estudando? ESTUDA2 0.Não........Siga para Bloco 3
1.Sim
3.Nunca estudou........Siga para Bloco 3
9.Não sabe........Siga para Bloco 3
3.Qual o tipo da sua escola?
1.Pública TIPOESC2 2.Privada
3.Filantrópica
99.Outra Esp: __ESPESC2__
9.Não sabe
4.Qual o turno que você estuda?
1.Matutino TURNO2 2.Vespertino
3.Noturno
99.Outro Esp: ESPTURNO2 9.Não sabe
1.Em caso de emergência você pode contar com a ajuda de familiares e amigos?
0.Sempre EMERG2 1.Muitas vezes
2.Poucas vezes
3.Nunca
9.Não sabe
88.Não se aplica
2.Você conta com alguém para cuidar das crianças/idosos ou doentes?
0.Sempre CONTA2 1.Muitas vezes
2.Poucas vezes
3.Nunca
9.Não sabe
88.Não se aplica
FASE 2
2
BLOCO 4 - HÁBITOS DE VIDA As perguntas agora são sobre alguns de seus hábitos... por exemplo... USO DE FUMO: 1.Você fuma atualmente?
0.Não FUMA2 1.Sim......Siga para Questão 6
2.Você já foi fumante?
0.Não......Siga para Questão 8 FOIFUMAN2 1.Sim
PAROUANO2 PAROUMES23.Há quanto tempo parou? | ___| ___| anos | ___| ___| meses
FUMOUANO2 FUMOUMES24.Por quanto tempo você fumou? | ___| ___| anos | ___| ___| meses
5.Quantos cigarros você fumava por dia? FUMAVA2
| ___| ___| cigarros......Siga para Questão 8 FUMAANO2 FUMAMES26.Há quanto tempo você fuma? | ___| ___| anos | ___| ___| meses
FUMMEDIA27.Quantos cigarros você fuma em média por dia? | ___| ___| cigarros
USO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS (CONT...): PARBEBAN2 PARBEBME211.Há quanto tempo parou de beber? | ___| ___| anos | ___| ___| meses
BEBEUANO2 BEBEUMES212.Por quanto tempo você bebeu? | ___| ___| anos | ___| ___| meses........Siga para Bloco 5
13.Você bebe...
1.Raramente 2.Um dia/semana
3.Dois a três dias/semana 4.Todo dia/quase todo dia BEBE2
14.Você considera esse consumo exagerado?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe EXAGERAD2
15.Você tem consumido bebida alcóolica apesar de seu médico ter sugerido que você pare de beber por causa de um problema de saúde?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica BEBERIA2
16.Já esteve alto ou de ressaca por causa de bebida alcóolica? ESTEVRES2 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
17.Já perdeu ou chegou atrasado no trabalho, escola, ou outra atividade por causa de bebida ou ressaca?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe PERDTRAB2
18.Você já se desentendeu ou discutiu com pessoas por você beber ou ter bebido muito?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe BRIGOU2
19.Você já dirigiu um carro ou moto após ter bebido bastante?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe DIRIGIBEB2
USO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS: 8.Você consome bebidas alcoólicas atualmente?
0.Não CONSOME2 1.Sim........Siga para Questão 13
9.Você já foi consumidor de bebidas alcoólicas?
0.Não........Siga para Bloco 5 FOICONS2 1.Sim
10.Com que freqüência você bebia? FREQUENC2 1.Raramente 2.Um dia/semana 3.Dois a três dias/semana
4.Todo dia/quase todo dia
BLOCO 5 - HISTÓRIA OCUPACIONAL
1. Atualmente, você tem algum trabalho do qual receba alguma remuneração? 2.Com que idade você começou a trabalhar ganhando dinheiro? | ___| ___| anos
0.Não 1.Sim RECREMU2 GANHADIN2
Agora eu gostaria de saber quais os empregos/trabalhos que você teve nos últimos 12 meses. Vamos começar pelo atual
1.EMPREGO / ATIVIDADE Período
2.Inicial 3.Final 4.Local do trabalho
5.Carteiraassinada?
6.Número de dias por semana?
7.Número médio de horas por dia?
1.Atual e Principal EMPREGA2
PERIA2 PERFA2 LOCALA2 CARTA2 QUANTA2 HORA2
2. EMPREGB2
PERIB2 PERFB2 LOCALB2 CARTB2 QUANTB2 HORB2
3. EMPREGC2
PERIC2 PERFC2 LOCALC2 CARTC2 QUANTC2 HORC2
4. EMPREGD2
PERID2 PERFD2 LOCALD2 CARTD2 QUANTD2 HORD2
5.
6.
7.
8.
Utilizar na coluna 5: 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
BLOCO 6 - Você sofreu algum acidente de qualquer natureza nos últimos 12 meses? 0.Não................Siga para o Bloco 7
1.Sim................Siga para a Ficha de Acidentes ACIDE2
3
BLOCO 7 - TRABALHO Agora, vamos voltar a falar do seu trabalho atual.SUB-BLOCO 1 - CARACTERÍSTICAS DAS ATIVIDADES ATUAIS
1.Você está trabalhando atualmente? (assinale a mais importante)
1.Apenas um trabalho pago........Siga para Sub-Bloco 2 TRABALHA2 2.Apenas trabalho não pago para a família........Siga para Sub-Bloco 3
3.Trabalho pago e em casa para a família
4.Dois trabalhos pagos
99.Outro Esp: ________________ESPTRAB2_______________
SUB-BLOCO 2 - CARACTERÍSTICAS DO TRABALHO ATUAL E PRINCIPAL PAGO (ÚLTIMOS 30 DIAS) Número da atividade
NATIVIDA2
Agora vamos falar sobre seu trabalho principal (Ocupação 1)
1.Qual o tipo de vinculo que você tem nessa ocupação?
1.Biscateiro........Siga para Questão 3
2.Autonômo........ Siga para Questão 3
3.Assalariado
4.Empregado doméstico
5.Funcionário público VINCULO2 6.Profissional liberal
7.Empregador/Empresário
8.Aposentado
9.Pensionista
10.Encostado
99.Outro Esp: ______ESPVINCU2____________
2.A empresa onde você trabalha é a mesma que lhe paga?
0.Não
1.Sim EMPPAGA2 9.Não sabe
3.Quantos dias você trabalha por semana?
DIASEM2 | ___| ___| dia(s)
4.Quantas horas por dia você trabalha?
HORASDIA2 | ___| ___|:| ___| ___| h
5.Tipo de jornada de trabalho?
1.Comercial
2.Noturno JORNADA2 3.De turno
99.Outro Esp: ______ESPJORNA2____________
6.Quanto você ganha por mês em média (bruto)?
R$| ___ | ___| ___| ___| ___|,00
GANHAMES2
7.Além do salário tem outro tipo de pagamento?
0.Não OUTRO2 1.Sim Esp:_ESPOUTRO2_______________
8.Em que tipo de lugar você trabalha?
1.Empresa ou firma
2.Repartição pública LUGAR2 3.Na rua
4.Em sua própria casa........Siga para Questão 10
5.Na casa de outras pessoas
99.Outro Esp:
__________ESPLUGAR2_____________________
9.Quanto tempo você leva para chegar ao trabalho?
PARCHEG2 | ___| ___|:| ___| ___| h
10.Você contribui para a previdência? Aceita múltiplas respostas
0.Não NAO2 1.INSS INSS2 2.Como autônomo AUTONOMO2
3.Privada PRIVADA2 4.Previdência de funcionário público PUBLICO299.Outro Esp: _______OUTROO12____________
11.Você tem plano de saúde privado?
0.Não
1.Sim PLANOPRI2 9.Não sabe
12.Você tem algum tipo de seguro acidente de trabalho?
0.Não SEGURO2 1.Sim
13.Você tem filho(s)? FILHO2 0.Não........ Siga para Sub-bloco 3
1.Sim
14.Quantos? | ___| ___| filho(s) QUANTOS2
15.Você costuma levá-lo(s) para seu local de trabalho?
0.Não LEVATRAB2 1.Sim
16.Alguma vez ele(s) sofreu(ram) algum acidente no local onde você trabalha?
0.Não........Siga para Sub-bloco 3 1.Sim
ACIDENT2
17. Quando isto aconteceu? DHATHA2
DATA: ________/________/________
SUB-BLOCO 3 - PERCEPÇÃO DE RISCO E MEDIDA DE PROTEÇÃO
1.Você considera a sua atividade de trabalho perigosa?
0.Não
1.Sim PERIGOSA2 9.Não sabe
Por quê?____________PORQPER2___________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
2.No seu local de trabalho, quais são os mais importantes riscos de acidentes/adoecimento?
a) _____RISCO12____________________________________________________
b) _____RISCO22____________________________________________________
c) _____RISCO32____________________________________________________
3.Marque na régua abaixo o valor referente ao grau de perigo de seu trabalho?
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__| NOTAPERI2
4.Você recebeu algum tipo de treinamento para desenvolver sua atividade de trabalho?
0.Não TREINO2 1.Sim
9.Não sabe
88.Não se aplica
99.Outro Esp: _________ESPTREI2________________________________
4
SUB-BLOCO 4 - TRAJETÓRIA PARA O SETOR INFORMAL APENAS PARA BISCATEIRO, AUTÔNOMO OU TRABALHADORES SEM CARTEIRA ASSINADA1.Você me informou que trabalha sem carteira assinada. Por
que você não tem carteira? NCARTEIR2
1.Falta de oportunidade de emprego com carteira
2.Pouco estudo ou instrução
3.Para não ter patrão
4.Para poder cuidar da casa e dos filhos
5.O patrão não quis assinar a carteira
6.Por problemas de saúde
7.Por deficiência física
8.Pela sua cor
9.Por que é difícil achar emprego nessa ocupação para mulher e/ou homem
10.Nunca pensei nisso
11.Por causa da idade
12.Para ganhar mais
13.É um emprego passageiro
14.Não tem documentos ou carteira
15.Para não pagar o INSS - previdência social
16.Não quer o registro de trabalho doméstico na carteira
17.Ainda não teve tempo
99.Outro Esp: ______ESPCART2__________________
2.Você gostaria de ter um emprego com carteira assinada?
0.Não
1.Sim TERCART2 9.Não sabe
3.Com esse trabalho sem carteira você se sente prejudicado em relação às outras pessoas?
0.Não........Siga para Bloco 8
1.Sim
9.Não sabe PREJUDIC2
4.Por que você se sente prejudicado?
PORPREJ2 1.Não tem aposentadoria
2.Não tem sindicato
3.Não tem licença de saúde
4.Não tem indenização em caso de demissão
5.Não tem licença maternidade
6.Em caso de acidente ou doença do trabalho, não tem benefício
7.Não tem férias
8.Não tem 13º salário
99.Outro Esp: __________ESPPREJ2_________
____________________________________________
BLOCO 8 - TRABALHO DOMÉSTICO NÃO PAGO PARA A PRÓPRIA FAMÍLIA Você me informou que ajuda no trabalho de casa... você poderia me dar alguns dados sobre essas atividades?...por exemplo...
1.Quais os dias da semana em que você realiza trabalhos de casa?
1.Todos os dias DIASCASA2 2.De segunda a sexta
3.Nos finais de semana (sábado e domingo)
4.Somente aos sábados
5.Somente aos domingos
99.Outro Esp: _________ESPDIAS2________________
2.Em média, quantas horas diárias você gasta com?
Durante a semana Finais de semana Total
TrabalhoDoméstico DURSEM2 FINASE2 TOT2
Sono DURASE2 FINSEM2 TOTA2
BLOCO 9 - SAÚDE E BEM-ESTAR PERCEBIDOS Agora vamos falar sobre sua saúde...
1.Você parou de trabalhar ou ir à escola, nos últimos 12 meses, por algum problema de saúde?
0.Não........Siga para Questão 4 1.Sim
PROBLSAU2
2.Este problema de saúde foi causado pelo seu trabalho?
0.Não........Siga para Questão 3 CAUSADO2 1.Sim. Qual foi o problema?___QUALPROB2____
3.Foi por causa de um problema de saúde agravado pelo
seu trabalho? PROBGRAV2 0.Não
1.Sim. Qual foi o problema?_____QUAPROBL2___
4.Você se acha uma pessoa saudável ou sadia?
0.Não
1.Sim SAUDAVEL2
5. Marque na régua abaixo que nota você daria à sua saúde?
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|
NOTASAUD2
6.Você se acha uma pessoa feliz?
0.Não
1.Sim FELIZ2
7. Marque na régua abaixo que nota você daria à sua felicidade?
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|
NOTAFELI2
5
BLOCO 10 - SINTOMAS MÚSCULO-ESQUELÉTICOS
1.Dos últimos 12 meses para cá, você teve alguma dor, incômodo, dormência ou sensação de peso no seu corpo?
INCOMODO2 0.Não........Siga para Bloco 11
1.Sim........Marcar na Figura
2.Isto dificultou o seu trabalho ou realização de outras atividades?
DIFICULT2 0.Não 1.Sim
3.Isto piorava quando você trabalhava ou realizava outras atividades?
PIORAVA2 0.Não 1.Sim
4.Você sentiu este problema na última semana (últimos sete dias)?
SENTIU2 0.Não 1.Sim
FOLHA DE CODIFICAÇÃO DO LOCAL DA DOR/DESCONFORTO (Aceita múltiplas respostas)
1.Ombro, clavícula, omoplata OMBRO2
2.Braço, úmero BRACO2
3.Antebraço (pulso), rádio, cúbito PULSO2
4.Mão, carpo, dedos e metacarpo MAO2
5.Região pélvica e sacroilíaca, fêmur, nádegas,
quadril FEMUR2
6.Perna, perônio, tíbia PERNA2
7.Tornozelo e pé (artelhos, metatarso, tarso) PE2
8.Coluna vertebral cervical CVC2
9.Coluna vertebral dorsal CVD2
10.Coluna vertebral lombar CVL2
11.Joelhos JOELHO2
12.Cotovelos COTOVELO2
13.Cabeça CABECA2
14.Olhos OLHOS2
15.Seios SEIOS2
16.Dente DENTES2
17.Abdômen ABDOMEN2
99.Outro
Esp:_____ESPCODIF2___________
OUTROS2
BLOCO 11 - PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS Agora vamos falar sobre...
6
1. Alguma vez na vida você teve piado ou cansaço no
peito? PIADO12
0.Não........Siga para Questão 6 1.Sim
2. Nos úlitmos 12 meses v. teve piado ou cansaço no
peito? PIADO22
0.Não 1.Sim
3. Nos úlitmos 12 meses, quantas vezes você teve episódios de piado ou cansaço no peito?
0. Nenhuma crise EPISODIO2 1. 1 a 3 crises
2. 4 a 12 crises
3. Mais de 12 crises
4.Nos últimos 12 meses com frequência v. teve seu sono perturbado (não dormiu direito) por causa do
cansaço ou piado no peito? PIADO32
0. Nunca acordou por causa de cansaço ou piado no peito
1. Menos de 1 noite por semana (tem semana que acordo com cansaço e semana que não)
2 .Uma ou mais noites por semana (toda semana acordo com cansaço)
5. Nos últimos 12 meses, seu piado no peito ou cansaço foi tão forte a ponto de impedir que v. conseguisse dizer mais de 2 palavras em cada respiração?
0.Não 1.Sim PALAVRAS2
6. Alguma vez na vida v. já teve asma?
0.Não 1.Sim ASMA62
7. Nos últimos 12 meses v. teve piado no peito ou cansaço após exercícios físicos (como jogar bola, correr, etc.)?
0.Não 1.Sim PIADO42
8. Nos últimos 12 meses v. teve tosse seca à noite sem estar
gripado ou com infecção respiratória? TOSSE2 0.Não 1.Sim
Descreva o que v. sente quando sente piado ou cansaço no
peito (asma) DESCRICAO2
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
10. Nos finais de semana ou feriados, qunado você não está trabalhando, você percebe que o piado ou cansaço no peito...
0.Melhora PIADO52 1.Fica no mesmo
2.Piora
3.Não sente piado ou cansaço no peito
11. Você acha que quando você está trabalhando o piado ou cansaço no peito...
0.Melhora
1.Fica no mesmo PIADO62 2.Piora
3.Não sente piado ou cansaço no peito
12.Qual o seu peso e a sua altura?
| ___| ___| ___| Kg PESO2
| ___| , | ___| ___| m ALTURA2
Modo de aplicação da entrevista: MODOAPL2 1.Pessoalmente
2.Por telefone
3.Pessoalmente e por telefone
DURAC2Duração da aplicação desta ficha: | ___| ___|:| ___| ___| h
Universidade Federal da Bahia Instituto de Saúde Coletiva – ISC Programa Integrado de Saúde Ambiental e do Trabalhador Pesquisa: “ACIDENTES DE TRABALHO”
Nº FAMÍLIA ÁREA IND:
Ficha Psicológica do Adolescente (FIP)
Data da Entrevista: DATASI2 Pré-nome do Entrevistador: ____ENTREVSI2___________________ Pré-nome do Entrevistado: ____ENTRSI2_________
Local da Entrevista: ____LOCALSI2________________________________________________________________ Início da entrevista: INICIOSI2 BLOCO 1 – FATORES EMOCIONAISAgora iremos conversar sobre você. Suas respostas nos ajudarão a entender melhor os problemas que você possa ter. Inicialmente faremos perguntas sobre como você se sentiu... Nos ÚLTIMOS QUINZE DIAS com que freqüência você se sentiu incomodado por... 0.Nunca 1.Vários
dias 2.Mais da
metade dos dias
3.Quase todo dia
1.Estar com pouco interesse ou alegria em fazer as coisas...INTERESS2
2.Estar para baixo, deprimido(a), ou se sentindo sem futuro...DEPRIMID2
3.Estar com dificuldade de pegar no sono, continuar dormindo ou dormindo demais...DIFDORM2
4.Estar com sensação de cansaço(a), com pouca energia...POUCENER2
5.Estar com pouco apetite ou comendo demais...COMENDO2
6.Estar com idéias ruins sobre você mesmo, se sentindo fracassado(a) e que é um atraso para si ou para a família... IDEIAS2
7.Estar com dificuldade para se concentrar, como por exemplo ler jornais ou ver televisão...CONCENTR2
8.Estar andando ou falando muito devagar que até outras pessoas notaram? Ou ao contrário, estava mais inquieto do que o normal, não conseguindo ficar parado... DEVAGAR2
9.Com idéias de que você estaria melhor morto ou então de fazer algo contra você mesmo...MORTO2
10.Nos últimos 12 meses, você pensou seriamente em suicidar? 0.Não
1.Sim PENSSUIC2
11.Nos últimos 12 meses, você planejou como tentaria suicidar? 0.Não
1.Sim PLANESUI2
12.Nos últimos 12 meses, quantas vezes você tentou suicídio? 0.Nenhuma........Siga para a próxima página
1.Uma vez
2.Duas ou três vezes
3.Quatro ou cinco vezes
4.Seis ou mais vezes QUANTENT2
13.Se você tentou suicídio, nos últimos 12 meses, alguma destas tentativas lhe causou lesão, intoxicação ou overdose que teve de ser tratada pelo médico? 0.Não
1.Sim
9.Não sabe LESAOFIP2
FASE 2
À partir de agora, faremos umas perguntas sobre os acontecimentos nas últimas quatro semanas. Nas ÚLTIMAS QUATRO SEMANAS com que freqüência você tem se sentido perturbado pelos seguintes problemas...
0. Nunca
1.Rara-mente
2.Algumas
Vezes
3.Frequen-temente
4.Quase sempre
1.Se sentindo nervoso(a), ansioso(a), no seu limite ou muito preocupado(a) com coisas diferentes... ANSIOSO2
2.Sentindo-se tão inquieto que é difícil ficar sentado...INQUIETO2
3.Se sentindo cansado(a) muito facilmente...CANSADO2
4.Se sentindo com dores pelo corpo ou com tensão nos músculos...DORES2
5.Se sentindo com dificuldades para pegar no sono...DIFISONO2
6.Se sentindo com dificuldade para se concentrar em coisas como ler um jornal, ver TV ou fazer os trabalhos da escola... CONC2
7.Se irritando ou se aborrecendo facilmente...IRRITADO2
BLOCO 2 – PADRÕES DE SONO Durante as ÚLTIMAS QUATRO SEMANAS, com que freqüência você tem tido alguns desses problemas relacionados com o sono?
0.Raramente ou nunca
1.Algumas vezes
2.Frequen-temente
3.Quase todo dia
1.Dificuldades para pegar no sono.SONO2
2.Acorda no meio da noite e sente dificuldade para voltar a dormir.DIFICUL2
3.Acorda muito cedo e não consegue voltar a dormir.CEDO2
4.Acorda muitas vezes, mas freqüentemente volta a dormir.VOLTA2
5.Sentindo-se cansado durante o dia.CANSADIA2
6.Cai no sono facilmente a qualquer hora durante o dia.CAISONOF2
7.Tem ataques de sono durante o dia (períodos repentinos de sono que você não pode resistir). ATAQUES2
8.Precisa de muito mais tempo do que os outros para acordar pela manhã.ACORDAR2
9.Dormindo demais ou durante muito tempo à noite.DORMIDEM2
10.Dormindo demais ou durante muito tempo ao longo do dia.DORMIDIA2
11.Dormindo menos do que o habitual porque tem que estudar ou fazer dever de casa.DORMIHAB2
12.Dormindo menos do que o habitual por causa da atividade escolar como esportes, idas a clubes, tocar em bandas, corais, etc. DORMIATE2
13.Dormindo menos do que o habitual porque tem trabalho.DORMITRA2
BLOCO 3 – AUTO-ESTIMA Para cada uma dessas situações, diga a resposta que melhor lhe descreve
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Frequen-temente
4.Quase sempre
1.Sinto-me uma pessoa de valor, ou pelo menos igual às outras... PESVALOR2
2.Sinto que não tenho muito do que me orgulhar... ORGULHAR2
3.Sinto que tenho algumas qualidades positivas... QUALIDAD2
4.As vezes, sinto que não sirvo para nada... NAOSIRVO2
5.Sinto que sou de fazer as coisas tão bem quanto a maioria das pessoas... COISABEM2
6.Sinto que não sou capaz de fazer nada direito... NADADIR2
7.Tenho uma atitude positiva em relação a mim mesmo(a)... ATITUDE2
8.Sinto que minha vida não é muito útil... INUTIL2
BLOCO 4 - ESTRESSE NO BAIRRO BLOCO 5 - ESTRESSE ESCOLAR
Pense no bairro em que você mora. Você acha que esses são problemas no seu bairro?
0. Não é
proble-ma
1.Proble-
ma simples
2. Às vezes
é um proble-
ma sério
3.É um proble-
ma muito sério
Pense na sua escola. Você acha que esses são problemas na sua escola?
0. Não é
proble-ma
1.Proble-
masimples
2.Às
vezes é um
proble-ma sério
3. É um proble-
ma muito sério
1.Crimes no seu bairro CRIMES2 1.Violência VIOLENC2 2.Gangues GANGUES2 2.Gangues (turma da pesada) GANGUE2
3.Tráfico TRAFICO2 3.Armas ARMAS2 4.Muito barulho BARULHO2 4.Drogas DROGA2
5.Sujeira e bagunça SUJEIRA2 5.Barulho na sala de aula BARUSALA2 6.Iluminação nas ruas (postes de luz) ILUMINAC2 6.Sujeira e bagunças BAGUNCA2
7.Disponibilidade de transporte público TRANSPUB2 7.Salas muito cheias SALACHEI2 8.Disponibilidade de parques, área para
brincar, quadras de esporte, etc PARQUES2 8.O modo como os professores tratam
os alunos é ruim PROFMAL2
9.Preconceito e discriminação PRECONC2
9.Falta de material escolar e de equipamentos (como livros,
computadores, equipamentos esportivos, quadras de esporte, etc)
MATESCOL2
10.Drogas DROGAS2 10.Preconceito e discriminação DISCRIM2 11.Roubos e furtos ROUBOS2
BLOCO 6 - RELACIONAMENTO INTERPESSOAL Agora vamos falar sobre o que você pensa do seu relacionamento com outras pessoas 1.Pense em sua família ou com quem você vive. Você diria que tem:
1.Muitos problemas 3 Poucos problemas
2.Alguns problemas 4.Nenhum problema FAMILIA2
2.Pense em sua vida na escola, no dever de casa, nas notas, nas suas atividades e como você se dá com os seus colegas e professores. Você diria que tem:
1.Muitos problemas 3.Poucos problemas
2.Alguns problemas 4.Nenhum problema ESCOLA2
BLOCO 7 - ESCOLARIZAÇÃO Caso esteja na escola... 1.Marque a nota de 0 a 10 que você daria para o seu desempenho?
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__| DESEMPEN2
2.Marque a nota de 0 a 10 que os seus colegas dariam para o seu aproveitamento? 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__| APROVEIT2
3.Você gosta de ir para a escola? IRESCOL2 1.Gosto muito
2.Gosto
3.Gosto pouco
4.Eu não gosto
5.Eu odeio
4.Você falta muito às aulas?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe FALTAULA2
Caso tenha deixado de estudar... 5.Por que você deixou de estudar? DEIXEST2 1.Precisava trabalhar
2.Notas baixas
3.Distância da escola
4.Falta de motivação
5.Repetia de ano na escola
6.Indisciplina na escola
7.Violência na escola
99.Outro Esp: ____ESPE2_______________________________________
Modo de aplicação da entrevista: 1.Pessoalmente 2.Por telefone 3.Pessoalmente e por telefone MODOSI2
Duração da aplicação desta ficha: | ___| ___|:| ___| ___| h APLISI2
Universidade Federal da Bahia Instituto de Saúde Coletiva – ISCPrograma Integrado de Saúde Ambiental e do Trabalhador Pesquisa: “ACIDENTES DE TRABALHO”
Nº FAMÍLIA ÁREA IND:
Ficha de Acidente (FAC)
Data da Entrevista: DATAAC2 Pré-nome do Entrevistador: ____ ENTREVAC2_______ Pré-nome do Entrevistado: ____ NOMEAC2________________
Local da Entrevista: ____ LOCALAC2_____________________________________________________________________ Início da entrevista: INICIOAC2
BLOCO 1 - ACIDENTES SUB-BLOCO 1 - Agora vamos falar de acidentes que tenham ocorrido com você nos últimos 12 meses. Você sofreu algum tipo de acidente nesse período de tempo? Por exemplo, se cortou, tomou uma queda, foi atropelado, bateu com a cabeça, tropeçou...? Você poderia me contar como foi que isso aconteceu? O que aconteceu? O que fazia quando aconteceu? Onde? Quando?
OCORRE2
OCORRE12
OCORRE22
OCORRE32
SUB-BLOCO 2 - CARACTERÍSTICAS DO ACIDENTE Agora vou lhe fazer mais algumas perguntas sobre esse acidente...
1.Qual a data em que ocorreu o acidente? DATA2
2.A que horas você começou a trabalhar no dia do acidente? | ___| ___|:| ___| ___| h
HORAS2
3.A que horas ocorreu o acidente? | ___| ___|:| ___| ___| h
OCORREU2
4.Você estava no seu horário normal de trabalho?
0.Não TRABALHO2 1.Sim........ Siga para Questão 6
2.Estava se dirigindo ou retornando do trabalho...... Siga para Questão 6
5.Por que então estava trabalhando? PORQUE2 1.Hora extra
2.Cobrindo falta de um colega
3.Período de festa
99.Outro Esp: ____ ACESPORQ2_______________________
6.Qual foi a causa do acidente? QUALCAUS2 1.Queda da pessoa
2.Queda de veículo em movimento
3.Atingido por um veíc ulo ou objeto em movimento
4.Colisão de veículo
5.Manipulação de ferramentas cortantes ou perfurantes
6.Transporte de equipamento
7.Contato com substância química
8.Contato com substância quente
9.Contato com superfície aquecida ou muito fria
10.Choque elétrico
11.Manuseio de máquina
12.Esforço físico inadequado
13.Projétil
14.Vazamento/inalação de gases
15.Explosões
16.Incêndio
17.”Ficou imprensado”
99.Outra Esp: ____ ACESPQUA2_______________________
7.Você sofreu alguma lesão física?
0.Não........ Siga para Questão 9
1.Sim LESAO2
8.Qual o tipo de lesão que você sofreu?
1.Laceração (cortes superficiais)
2.Raladura
3.Queimadura LESSOFR2 4.Perfuração
5.Estiramento/entorse
6.Luxação (deslocamento)
7.Fratura
8.Hematoma
9.Hemorragia
10.Bolhas
11.Asfixia (sufocamento)
12.Eletroplessão (choque elétrico)
13.Insolação (choque térmico)
14.Pancada na cabeça
15.Amputação
16.Perda de consciência
17.Esmagamento
18.Múltiplas lesões
99.Outro Esp: ____ ACESPLES2____
9.Você sofreu algum problema psicológico?
0.Não
1.Sim PSICO2 9.Não sabe
10.Esse acidente foi informado através de CAT?
0.Não INFORMAD2 1.Sim
9.Não sabe
88.Não se aplica
11.Você recebeu algum atestado (médico) pelo acidente?
0.Não ATESTADO2 1.Sim
9.Não sabe
12.Por causa deste acidente, você ficou impossibilitado de ir para o trabalho e/ou escola?
0.Não........ Siga para Questão 15
1.Sim IMPOSSIB2 9.Não sabe........ Siga para Questão 15
13.Por quantos dias/horas?
| ___| ___| dia(s) QUAN2
| ___| ___| hora(s) DIAS2
14.Você recebeu salário ou algum pagamento enquanto estava afastado ou sem poder trabalhar?
0.Não
1.Sim SALARIO2 9.Não sabe
88.Não se aplica
15.A respeito desse acidente você pode dizer que:
0.Não houve efeito permanente DIZER2
1.Houve efeito permanente, possibilitando trabalhar na mesma atividade
2.Houve efeito permanente, possibilitando trabalhar, mas não na mesma atividade
3.Houve efeito permanente, tornando-o incapacitado para trabalhar
4.Ainda em recuperação
16.Depois desse acidente você: DEPOIS2 1.Continuou no mesmo trabalho sem alteração
2.Perdeu o emprego
3.Resolveu mudar de emprego
88.Não se aplica
99.Outro Esp: ____ ACESPDEP2___________
FASE 2
Continuação
17.Houve registro policial do acidente?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe
88.Não se aplica REGISTRO2
18.Outras pessoas foram acidentadas? OUTRAS2 0.Não........ Siga para Questão 20
1.Sim
9.Não sabe........ Siga para Questão 20
19.Alguém morreu nesse acidente? MORREU2 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
20.Você acha que o acidente poderia ser evitado?
EVITADO2 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
21.Onde ocorreu o acidente? ONDE2 1.Estabelecimento da empresa
2.Firma onde a empresa presta serviço
3."No trabalho", em via pública
4."No trabalho", em casa
5."No trabalho", na casa do patrão
6.Indo ou vindo para o trabalho
99.Outro Esp: ____ ACESPOND2__________
22.Você precisou ser atendido? ATENDIDO2 0.Não........ Siga para Questão 30
1.Sim
9.Não sabe........ Siga para Questão 30
23.Onde você recebeu os primeiros socorros?
1.Em casa SOCORROS2 2.No local de trabalho por colegas
3.No serviço médico da empresa
4.Serviço de emergência
5.Serviço médico
6.Ambulância
99.Outro Esp: ____ ACESPSOC2___________
24.Depois disso você recebeu algum tratamento de
saúde após o acidente? TRATAMEN2 0.Não........ Siga para Questão 30
1.Sim
9.Não sabe........ Siga para Questão 30
25.Quanto tempo durou seu tratamento?
| ___| ___| dia(s) DUROU2
26.Onde você recebeu esse tratamento?
Nome da clínica: ____ CLINICA2______________
_____________________________
End: ____ ENDE2____________________________
_____________________________
Nome do médico / outro profissional: _ MEDICO2_
_____________________________
27.Qual o diagnóstico dado ao trauma conseqüente a este acidente?
____DIAGNO2_________________
28.Você ficou satisfeito com o atendimento que você
recebeu? Marque a nota que daria: ATEND2
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
|__|__|__|__|__| __|__|__|__|__|
29.Quem pagou pelas despes as do atendimento e/ou tratamento médico?
1.SUS PAGOU2 2.Empresa
3.Plano de saúde
4.Do próprio bolso
5.Seguro acidente privado
99.Outro Esp: ____ACESPPAG2_____________________________________
30.Esse acidente afetou sua família? Aceita múltiplas respostas
1.Não afetou AFETOU2 2.Trouxe dificuldades para manter as despesas da casa
DIFIC2 3.Outros tiveram que trabalhar TRAB2 4.Precisou de alguém da família para tomar conta
TOMAR2 5.Alguém teve que sair do emprego para cuidar do
acidentado CUIDAR2 99.Outro Esp: ____OUT2___________________________________________
31.Você continua sentindo alguma coisa por causa do
acidente? SENTINDO2 0.Não
1.Sim Esp: ____ OUT12______________________
______________________________
BLOCO 2 – ACIDENTES (Aceita múltiplas respostas)
S00- S09 ' Traumatismo de cabeça
S10-S19 ' Pescoço
S20-S29 ' Tórax
S30-S39 ' Abdômen dorso, coluna lombar e pelve
S80-S89 ' Joelho e perna
S40-S49 ' Ombro e braço
S50-S59 ' Cotovelo e antebraço
S60-S69 ' Punho e mão
S70-S79 ' Quadril e coxa
S90-S99 ' Tornozelo e pés
Modo de aplicação da entrevista: 1.Pessoalmente 2.Por telefone 3.Pessoalmente e por telefone MODOAC2
Duração da aplicação desta ficha: | ___| ___|:| ___| ___| h DURAAC2VOLTAR PARA A FICHA DO ADULTO E ADOLESCENTE
Universidade Federal da Bahia Instituto de Saúde Coletiva – ISC Programa Integrado de Saúde Ambiental e do Trabalhador Pesquisa: “ACIDENTES DE TRABALHO”
Nº FAMÍLIA ÁREA
Ficha de Família BLOCO A - IDENTIFICAÇÃO DO DOMICILIO Você poderia me informar o seu ....
Data da Entrevista: ______/______/______ DATA3
Início da entrevista: | ___| ___|:| ___| ___| h INICIO3
Nome do Entrevistador ENTREV3
Nome do Entrevistado Apelido
Endereço (Rua ou Avenida) N.º Apto Telefone
-Bairro
Referência Endereço de um familiar ou referente Telefone do familiar
-Você tem algum familiar que resida próximo que você pode caminhar até à casa dele? 0.Não 1.Sim
BLOCO B - LISTAGEM DE MORADORES POR FAMÍLIA Agora eu gostaria que você me desse alguns dados sobre todas as pessoas que moram nesta casa, incluindo alguma empregada(o) doméstica, que durma neste domicílio se houver...
NºPrenome de
todos os Moradores NOME3
SexoM/F
SEXO3Idade
IDADE3Parentesco
PARENT3
Tem trabalho pago?
TRAPAGO3
Toma conta da casa?
CONCASA3
Está procurando emprego nos
últimos 30 dias? EMPREGO3
Sub-projeto
Qual o horário na residência? HORARIO3
Costuma ficar em outro local? OULOCAL3
Qual o endereço? QUALOCAL3
Tel. p/contato FONE3
Controle da entrevista individual
(1,2,3,4,5,6,99) SITUAÇÃO3
01 1 = Mas 1 = Pai / Mãe 0 = Não 0 = Não 0 = Não
02 2 = Fem 2 = Filho(a) 1 = Sim 1 = Sim 1 = Sim
03 3 = Irmão(a) 9 = Não sabe 9 = Não sabe 9 = Não sabe
04 4 = Avô / avó
05 5 = Tio(a)
06 6 = Esposo(a)
07 7 = Neto(a)
08 8 = Sogro(a)
09 9=Genro/Nora
10 10 = Sobrinho (a)
13 = Mora com amigos
11 11 = Cunhado (a) 33 = EMPDOM
12 12 = Mora sozinho
99 = Outros
Observação: Caso alguém tenha falecido, solicite informações sobre a causa da morte (o que, quando, como, onde aconteceu)
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
FASE 3
BLOCO C - CARACTERIZAÇÃO DO DOMICÍLIO Agora faremos algumas questões sobre o seu domicílio... 1.Quantas famílias moram nesta casa?
FAM3
| ___| ___| família(s)
2.Quantos quartos tem em sua casa?
QUARTO3
| ___| ___| quarto(s)
3.Tem empregada doméstica?
0.Não EMPDOM3 1.Sim, dorme no domicílio
2.Sim, dorme em outro local
9.Não sabe
4. Em sua casa você dispõe das seguintes coisas?
1.Carro CARRO3 2.Computador COMPU3 3.Máquina de lavar
MAQLAV3
4.Vídeo cassete VIDEO3 5.Microondas MICROO3 6.Máquina de lavar louças
MAQLOU3
7.Telefone TEL3 8.Casa de praia
CASAPRA3 9.Laser-Disc Player
(DVD) DVD3
Total
TOTAL3 NBENS3
BLOCO D - AVALIAÇÃO DA ENTREVISTA (AE) 1.Condições gerais da aplicação desta ficha:
1.Boas
2.Regulares CONDI3 3.Ruins
2.Receptividade:
1.Boa
2.Regular RECEP3 3.Ruim
4.Duração da aplicação desta ficha: | ___| ___|:| ___| ___| h DURACAO3
COMENTÁRIOS GERAIS
Universidade Federal da Bahia Instituto de Saúde Coletiva – ISC Programa Integrado de Saúde Ambiental e do Trabalhador Pesquisa: “ACIDENTES DE TRABALHO”
Nº FAMÍLIA ÁREA IND:
IDENTIFI3Ficha Individual do Adolescente (FIADOL)
Data da Entrevista: ____DATAAD3_____ Pré-nome do Entrevistador: ___ENTREVAD3__________ Pré-nome do Entrevistado: ____ENTRAD3______
Local da Entrevista: _______LOCALAD3______________________________________________________ Início da entrevista:_______ INICIAD3_____
BLOCO 1 - CARACTERISTICAS SOCIO-DEMOGRÁFICAS Prá começar, você poderia me dizer qual a sua...
1.Situação conjugal?
1.Solteiro(a)
2.Casado(a) SITCONJ3 3.Consensual
4.Divorciado(a) / Separado(a)
5.Viúvo(a)
99.Outra: __ESPSITCO3_______________
2.Qual o seu grau de instrução? GRAU3 0.Analfabeto
1.Alfabetizado
2.1º grau (1º a 8º série) incompleto
3.1º grau completo
4.2º grau (colegial) incompleto
5.2º grau completo
6.Superior incompleto
7.Superior completo
8.Pós-graduação
9.Não sabe
3.Você está estudando? ESTUDA3 0.Não.....Pule para Bloco 2
1.Sim
4. Qual a série? |___| série do |___| grau
ASERIE3 OGRAU3
BLOCO 2 – DISCRIMINAÇÃO RACIAL, SOCIAL E OCUPACIONAL
1.Qual a sua cor (auto-referida)? CORAUTO3Esp: _____________________________
2.Qual a cor do entrevistado (pelo entrevistador)? COR3 1.Negro 5.Asiático
2.Branco 6.Índio
3.Mulato 9.Não sabe
4.Moreno
3. Você se sente discriminado por causa de sua cor? DISCOR3 0.Não....Pule para Questão 6
1.Sim
9.Não sabe....Pule para Questão 6
4. Desde que idade você se sente discriminado? | ___| ___| anos IDADEDIS3
5. Com que freqüência você se sente discriminado por causa de sua cor? FREQDIS3 0. Nunca 1. Raramente 2. Algumas vezes
3. Frequentemente 4. Sempre
6.Você já foi barrado em clubes, shoppings, bloco de carnaval ou hotéis?
BARRADO3 0.Não........Pule para Questão 9 1.Sim 9.Não sabe....Pule para Questão 9
7.Você atribui isso à sua cor? ATRIBUI3 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
8.Você acha que sua cor dificultaria a obtenção de empréstimo ou crédito financeiro?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe CORDIFIC3
9.Você aprovaria o casamento de alguém de sua família com uma pessoa de outra cor?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe APROVCAS3
10.Você já teve dificuldade de conseguir trabalho por causa da sua cor? DIFTRAB3 0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
11. Você já foi dispensado ou demitido de algum emprego por causa da sua cor?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
DEMITIDO312. Você já deixou de ganhar alguma promoção no trabalho por causa da sua cor?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
PROMOCAO313. Você acha que foi colocado em uma função mais perigosa por causa da sua
cor? FUNPERIG3 0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
14. Alguma vez você já foi mal atendido em uma loja por causa de seu nível
social? MALATEND3 0.Nunca 1.Raramente 2. Algumas vezes
3. Freqüentemente 4. Sempre
15. Alguma vez você foi obrigado a usar o elevador de serviço devido a sua
posição social? ELEVADOR3 0.Nunca 1.Raramente 2. Algumas vezes
3. Freqüentemente 4. Sempre
16. Alguma vez uma pessoa já se afastou de você por causa de seu trabalho?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica AFASTOU3
17. Você acha que se tivesse outro tipo de trabalho as pessoas tratariam você de
outra forma? OUTRAFOR3 0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
18. Quando alguém com quem você não tem intimidade pergunta a sua ocupação, você responde:
0. Com muito orgulho INTIMIDA3 1. Naturalmente/ Normalmente
2. Com pouco orgulho
3. Com vergonha
9.Não sabe
88. Não se aplica
BLOCO 3 - HÁBITOS DE VIDA As perguntas agora são sobre alguns de seus hábitos... por exemplo...USO DE FUMO: 1.Você fuma atualmente? FUMA3 0.Não 1.Sim......Pule para Questão 6
2.Você já foi fumante? FOIFUMAN3 0.Não......Pule para Questão 8 1.Sim
3.Há quanto tempo parou? | ___| ___| anos | ___| ___| meses
PAROUANO3 PAROUMES3
4.Por quanto tempo você fumou? | ___| ___| anos | ___| ___| meses
FUMOUANO3 FUMOUMES35.Quantos cigarros você fumava por dia?
| ___| ___| cigarros.....Pule para Questão 8 FUMAVA3
6.Há quanto tempo você fuma? | ___| ___| anos | ___| ___| meses
FUMAANO3 FUMAMES37.Quantos cigarros você fuma em média por dia? | ___| ___| cigarros
FUMMEDIA3
FASE
BLOCO 3 - HÁBITOS DE VIDA (Continuação) USO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS: 8.Você consome bebidas alcoólicas atualmente? CONSOME3 0.Não
1.Sim........Pule para Questão 13
9.Você já foi consumidor de bebidas alcoólicas? FOICONS3 0.Não........Pule para Bloco 4
1.Sim
10. Com que freqüência você bebia? FREQUENC3 1.Raramente 2.Um dia/semana
3.Dois a três dias/semana 4.Todo dia/quase todo dia
11. Há quanto tempo parou de beber? | ___| ___| anos | ___| ___| meses
PARBEBAN3 PARBEBME3 12. Por quanto tempo você bebeu? |___| ___| anos |___| ___| meses...Pule para Bloco 4 BEBEUANO3 BEBEUMES313. Você bebe...
1.Raramente 2.Um dia/semana BEBE3 3.Dois a três dias/semana 4.Todo dia/quase todo dia
14. Você considera esse consumo exagerado? EXAGERAD3 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
15. Você tem consumido bebida alcoólica apesar de seu médico ter sugerido que você pare de beber por causa de um problema de saúde?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica BEBERIA3
16. Se SIM, com que freqüência? COMFRE13 0. Nunca 1. Poucas vezes 2. Muitas vezes
3. Quase sempre 4. Sempre
17.Já esteve alto ou de ressaca por causa de bebida alcóolica?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe ESTEVRES3
18. Se SIM, com que freqüência? COMFRE23 0. Nunca 1. Poucas vezes 2. Muitas vezes
3. Quase sempre 4. Sempre
19. Já perdeu ou chegou atrasado no trabalho, escola, ou outra atividade por
causa de bebida ou ressaca? PERDTRAB3 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
20. Se SIM, com que freqüência? COMFRE33 0. Nunca 1. Poucas vezes 2. Muitas vezes
3. Quase sempre 4. Sempre
21. Você já se desentendeu ou discutiu com pessoas por você beber ou ter bebido
muito? BRIGOU3 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
22. Se SIM, com que freqüência? COMFRE43 0. Nunca 1. Poucas vezes 2. Muitas vezes
3. Quase sempre 4. Sempre
23. Você já dirigiu um carro ou moto após ter bebido bastante? DIRIGBEB3 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
24. Se SIM, com que freqüência? COMFRE53 0. Nunca 1. Poucas vezes 2. Muitas vezes
3. Quase sempre 4. Sempre
BLOCO 4 – AUDIÇAO As perguntas agora são sobre a sua audição...1. Você sente que você tem uma perda auditiva? (diminuição na audição)
0.Não ....... Pule para Questão 4
1.Sim PERDAUDI3 9.Não sabe ........ Pule para Questão 4
2. Com que idade começou esse problema? | ___| ___| anos IDADPROB3
3. Esse problema apareceu repentinamente, um dia ouvia bem e no dia seguinte não?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe REPENTIN3
4. Se uma pessoa sentada do seu lado DIREITO, fala com você, num lugar silencioso, você compreende o que falaram...
0. Sem dificuldades
1. Pequena LDIREIT3 2. Média
3. Grande
4. Não compreende
5. Se uma pessoa sentada do seu lado ESQUERDO, fala com você, num lugar silencioso, você compreende o que falaram...
0. Sem dificuldades
1. Pequena
2. Média LESQUERD3 3. Grande
4. Não compreende
6. Já saiu secreção amarela (pus) do seu ouvido por mais de 20 dias? PUS3 0.Não 1.Sim
7. Já fez alguma cirurgia no ouvido? CIRURGIA3 0.Não 1.Sim
8. Já fez uma consulta médica por causa do seu ouvido? CONSULTA3 0.Não ... Pule para Questão 11 1. Sim
9. O médico disse que o tímpano estava “furado”? TIMPANO3 0.Não 1.Sim
10. O médico disse que você precisa fazer uma cirurgia no ouvido?
0.Não 1.Sim CIRUROUV3
11. Nos últimos 12 meses, você sentiu algum zumbido, como uma zoada de apito ou chiado, nos ouvidos ou na cabeça, que tenha durado 5 minutos ou mais?
0.Não ... Pule para Questão 16
1.Sim ZUMBIDO3 9.Não sabe ... Pule para Questão 16
12. Você sente esse zumbido, geralmente... ZUMBGERA3 0. Uma vez por semana ou menos 1. Uma vez por dia
2. Algumas vezes por dia 3. Quase o tempo todo 4. O tempo todo
13. Quanto esse zumbido incomoda você? ZUMBINCO3 0. Não 1. Pouco 2. Médio 3. Muito
14. Ouvir esse zumbido faz você se sentir para baixo? ZUMBAIXO3 0. Nunca 1. Poucas vezes 2. Muitas vezes
3. Quase sempre 4. Sempre
15. Com que idade começou a perceber esse zumbido? | ___| ___| anos
IDADZUMB3
16. Você já trabalhou em algum ambiente com muito barulho onde seria preciso gritar para que um colega a um metro de distância pudesse ouvir?
0. Não... Pule para Questão 22
1.Sim MUITOBAR3 9.Não sabe ... Pule para Questão 22
88. Não se aplica... Pule para Questão 22
17. Com que idade começou a trabalhar em ambiente com barulho? | ___| ___| anos IDABARU318. Em sua vida, ao trabalhar exposto a barulho, isso acontecia geralmente...
0. Só alguns dias no ano 1. Poucos meses no ano GERALME3 2. Quase o ano todo 3. O ano todo
19. Quantas horas no dia, em média, ficavam exposto a esse tipo de barulho?
| ___| ___| horas HORASEXP3
20. Em sua vida, por quanto tempo você trabalhou em ambientes assim?
| ___| ___| anos | ___| ___| meses ANOSBAR 3 MESESBAR3
21. Nos últimos 12 meses, você trabalhou em ambiente com esse tipo de barulho?
0.Não 1.Sim TIPOBAR3
22. Você costuma/costumava ficar próximo a caixas de som com volume muito alto, por 1 hora ou mais, em clubes, shows, festas, carnaval ou cultos religiosos?
0.Nunca 1.Poucas vezes 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre SOMALTO3
23. Você costuma/costumava ouvir walkman com volume tão alto que as pessoas
próximas conseguem/conseguiam escutar? WALKMAN3 0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre
24. Você já atirou com arma de fogo sem proteção no ouvido? ARMAFOGO3 0.Não 1.Sim
25. Já aconteceu de alguma bomba forte estourar do lado do seu ouvido?
0.Não ...Pule para Questão 27 BOMBA3 1.Sim
26. Isso aconteceu... ISSOACON3 0.Uma vez 1.Algumas vezes 2.Muitas vezes
27. Costuma ter contato com solventes fora do trabalho? (ex: tinner, removedor
de tinta) SOLVENTE3 0.Nunca 1. Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre
28. Você já teve contato com solventes na sua vida de trabalho? (comuns em gráfica, pinturas em geral, posto de gasolina e em algumas indústrias)
0.Nunca ... Pule para o Bloco 5
1.Raramente ... Pule para o Bloco 5 SOLVIDA3 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente
4. Sempre
9.Não sabe ... Pule para o Bloco 5
88. Não se aplica... Pule para o Bloco 5
29. Com que idade começou a trabalhar em contato com solventes?
| ___| ___| anos IDASOLV3
30. Em sua vida, por quanto tempo trabalhou em contato com solventes?
| ___| ___| anos | ___| ___| meses SOLVANO3 SOLVMES3
BLOCO 5 - TRABALHO SUB-BLOCO 1 – TRABALHO REMUNERADO
1.Com que idade você começou a trabalhar ganhando dinheiro? GANHADIN3| ___| ___| anos 88. Não se aplica... Pule para o Sub-Bloco 3 VTR3
2. Atualmente, você tem algum trabalho do qual receba alguma remuneração?
0.Não 1.Sim RECREMU3 IDTR3
SUB-BLOCO 2 – HISTÓRIA OCUPACIONAL Agora eu gostaria de saber quais os empregos/trabalhos que você teve nos últimos 12 meses. Vamos começar pelo atual
1.EMPREGO / ATIVIDADE Período
2.Inicial 3.Final 4.Local do trabalho 5.Carteira
assinada?6. Número de
dias por semana
7.Número médio de horas por
dia?
1.Atual e Principal EMPREGA3 PERIA3 PERFA3 LOCALA3 CARTA3 QUANTA3 HORA3
2. EMPREGB3 PERIB3 PERFB3 LOCALB3 CARTB3 QUANTB3 HORB3
3. EMPREGC3 PERIC3 PERFC3 LOCALC3 CARTC3 QUANTC3 HORC3
4. EMPREGD3 PERID3 PERFD3 LOCALD3 CARTD3 QUANTD3 HORD3
5.
6.
7.
8.
Utilizar na coluna 5: 0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
SUB-BLOCO 3 - Você sofreu algum acidente de qualquer natureza nos últimos 12 meses? 0.Não................Pule para o Sub-Bloco 4 ACIDE3 1.Sim................Pule para a Ficha de Acidentes
SUB-BLOCO 4 - CARACTERÍSTICAS DAS ATIVIDADES ATUAIS
1.Você está trabalhando atualmente? (assinale a mais importante)
1.Apenas um trabalho pago........Pule para Sub-Bloco 6 TRABALHA3 2.Apenas trabalho não pago para a família........Pule para Sub-Bloco 5
3.Trabalho pago e em casa para a família
4.Dois trabalhos pagos
99.Outro Esp: ________ESPTRAB3___________________________________________
SUB-BLOCO 5 - TRABALHO DOMÉSTICO NÃO PAGO PARA A PRÓPRIA FAMÍLIA Você me informou que ajuda no trabalho de casa... você poderia me dar alguns dados sobre essas atividades?...por exemplo... 1.Quais os dias da semana em que você realiza trabalhos de casa? 2. Em média, quantas horas diárias você gasta com:
1.Todos os dias DIASCASA3 2.De segunda a sexta
3.Nos finais de semana (sábado e domingo)
4.Somente aos sábados
5.Somente aos domingos
99.Outro Esp: _________ESPDIAS3________________________
PERGUNTAS ESPECÍFICAS PARA O TRABALHADOR REMUNERADO (SUB-BLOCO 6 E SUB-BLOCO 7) SUB-BLOCO 6 - CARACTERÍSTICAS DO TRABALHO ATUAL E PRINCIPAL PAGO (ÚLTIMOS 30 DIAS) Agora vamos falar sobre seu trabalho principal (Ocupação 1) 1.Qual o tipo de vinculo que você tem nessa ocupação?
1.Biscateiro........Pule para Questão 5
2.Autonômo........ Pule para Questão 5
3.Assalariado VINCULO3 4.Empregado doméstico
5.Funcionário público
6.Profissional liberal
7.Empregador/Empresário
8.Aposentado
9.Pensionista
10.Encostado
99.Outro Esp: __ESPVINCU3_______
2. Você trabalha em uma empresa?
TRABEMPR3 0.Não ... Pule para Questão 5
1.Sim
9.Não sabe ... Pule para Questão 5
3. Quantos empregados, mais ou menos, tem na empresa onde você trabalha? QEMPREGA3 |___|___|___|___|___| 9.Não sabe
4. A empresa onde você trabalha é a mesma
que lhe paga? EMPPAGA3 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
5.Quantos dias você trabalha por semana?
|___|___| d DIASEM3
6.Quantas horas por dia você trabalha?
| ___| ___|:| ___| ___| h HORASDIA3
7.Tipo de jornada de trabalho? JORNADA3 1.Comercial
2.Noturno
3.De turno (às vezes pela manhã, ou tarde, ou noite)
99.Outro Esp: ___ESPJORNA3_____________
8.Quanto você ganha por mês em média (bruto)?
R$| ___ | ___| ___| ___| ___|,00 GANHAMES3 9. Você acha que o salário que você recebe é mais baixo do que deveria para esta ocupação?
0. Não 1. Sim 9. Não sabe SALBAIXO3
10.Você contribui para a Previdência? ( Aceita múltiplas respostas)
0.Não NAO3
1.INSS INSS3 2.Como autônomo AUTONOMO3 3.Privada PRIVADA3 4.Previdência de funcionário públicoPUBLICO399.Outro Esp: _____OUTR3_________________
11.Você tem plano de saúde privado? PLANOPRI3 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
12.Você tem algum tipo de Seguro acidente de trabalho?
0.Não 1.Sim SEGURO3
13.Em que tipo de lugar você trabalha?
1.Empresa ou firma
2.Repartição pública
3.Na rua LUGAR3 4.Em sua própria casa
5.Na casa de outras pessoas
99.Outro Esp: ___ESPLUGAR3___________
14. Você se sente sobrecarregado neste trabalho?
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre VSOBTRAB3 15. Seu trabalho exige muito esforço físico?
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre VTRAFISI3
16. Você tem pausa para descansar durante o dia?
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre VPAUSA3
17. Você planeja seu dia-a-dia de trabalho? DIADIA3 0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre
18. Você pode modificar seus horários de trabalho? Por exemplo, se precisar sair mais cedo ou chegar mais tarde, isso pode ser negociado?
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre VMODTRAB3
SUB-BLOCO 7 – CLIMA DE SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO (APENAS PARA TRABALHADORES ASSALARIADOS, EMPREGO DOMÉSTICO OU FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS) Agora vamos falar sobre como é vista a saúde e a segurança do trabalho na empresa ou local onde você trabalha...1.No meu trabalho, a saúde e a segurança dos trabalhadores estão suficientemente protegidas
0.Nunca 1.Raramente
2.Algumas vezes 3.Freqüentemente
4. Sempre
CLIMA013
2. Os supervisores ou chefes encorajam a gente a se proteger e evitar acidentes
0.Nunca 1.Raramente
2.Algumas vezes 3.Freqüentemente
4. Sempre
CLIMA023
3. Os donos da empresa gastam dinheiro (investem) para que o ambiente de trabalho seja seguro
0.Nunca 1.Raramente
2.Algumas vezes 3.Freqüentemente
4. Sempre
CLIMA033
4. Existem regras bem claras sobre o que devemos fazer para evitar acidentes de trabalho
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre
CLIMA043
5. Na empresa em que trabalho é mais importante a segurança do que a produção
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre
CLIMA053 6. O ritmo de trabalho me impede de obedecer as regras de segurança
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre
CLIMA063
7. Eu recebo informações sobre segurança no trabalho
0.Nunca 1.Raramente
2.Algumas vezes 3.Freqüentemente
4. Sempre
CLIMA073
8. Na empresa, trabalhadores que não obedecem as regras de segurança são punidos
0.Nunca 1.Raramente
2.Algumas vezes 3.Freqüentemente
4. Sempre
CLIMA083
9. Você alguma vez alertou algum colega sobre problemas de saúde e segurança que poderiam ocorrer devido ao trabalho?
0.Nunca 1.Raramente
2.Algumas vezes 3.Freqüentemente
4. Sempre
CLIMA093
Durante a semana
Finais de semana
Total
Trabalho doméstico DURSEM3 FINASE3 TOT3
Sono DURASE3 FINSEM3 TOTA3
SUB-BLOCO 7 – CLIMA DE SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO (Continuação)
10. Você alguma vez informou ao supervisor/chefia de que havia problemas no trabalho que poderiam comprometer a saúde e segurança dos trabalhadores?
0.Nunca 1.Raramente
2.Algumas vezes .Freqüentemente
4. Sempre
CLIMA103
11. Você alguma vez pediu Equipamentos de Proteção Individual como luvas, óculos, etc.
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre
CLIMA113
12. Com que freqüência você usa os Equipamentos de Proteção Individual?
0.Nunca 1.Raramente
2.Algumas vezes 3.Freqüentemente
4. Sempre
CLIMA123
SUB-BLOCO 8 - PERCEPÇÃO DE RISCO E MEDIDA DE PROTEÇÃO
1.Você considera a sua atividade de trabalho perigosa?
0.Não
1.Sim PERIGOSA3 9.Não sabe
Por quê?__PORQPERI3 ____________________________________
2.Que nota, de 0 a 10, você daria ao grau de perigo de seu trabalho?
|___|___| NOTAPERI3
3.Você recebeu algum tipo de treinamento para desenvolver sua atividade de trabalho?
0.Não
1.Sim TREINO3 TREINAM3 9.Não sabe
88.Não se aplica
99.Outro Esp: _____ESPTREI3______________________________________
BLOCO 6 - SAÚDE E BEM-ESTAR PERCEBIDOS Agora vamos falar sobre sua saúde...
1.Você parou de trabalhar ou ir à escola, nos últimos 12 meses, por algum problema de saúde?
0.Não........Pule para Questão 4
1.Sim
PROBLSAU32.Este problema de saúde foi causado pelo seu
trabalho? CAUSADO3 0.Não........Pule para Questão 3
1.Sim.
Qual foi o problema?____QUALPROB3_____
3.Foi por causa de um problema de saúde agravado pelo seu trabalho?
0.Não PROBGRAV3 1.Sim.
Qual foi o problema?_QUAPROBL3____
4.Você se acha uma pessoa saudável ou sadia?
0.Não SAUDAVEL3 1.Sim
5. Que nota, de 0 a 10, você daria à sua saúde?
|___|___| NOTASAUD3
6.Você se acha uma pessoa feliz?
0.Não FELIZ3 1.Sim
7. Que nota você daria, de 0 a 10, à sua felicidade?
|___|___| NOTAFELI3
BLOCO 7 – APOIO SOCIAL SUB-BLOCO 1 – APOIO SOCIAL NAS RELAÇÕES COTIDIANA
Com que freqûencia, quando precisa, você pode contar com... 0. Nunca 1.Raramente 2.Algumas
Vezes 3.Muitas
Vezes 4.Sempre
1. Alguém que ajuda você quando você está doente COTIDIA13
2. Alguém que mostra carinho por você ou diz que ama você COTIDIA23
3. Alguém em quem você confia para falar sobre seus problemas íntimos
COTIDIA33
4. Alguém que dá a você alguma informação ou conselho de como você deve agir
quando tem algum problema COTIDIA43
5. Alguém com quem você sai para se divertir ou com quem você faz coisas
agradáveis e relaxantes COTIDIA53
SUB-BLOCO 2 – APOIO SOCIAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO – APENAS PARA O TRABALHADOR REMUNERADO
Pensando nas pessoas que trabalham com você, diga se você concorda ou não com as afirmações...
1. Discordo totalmente
2. Discordo mais ou menos
3. Concordo mais ou menos
4. Concordo totalmente
1. Eu posso contar com o apoio dos meus colegas de trabalho RELTRAB13
2. Se eu não estiver num bom dia meus colegas entendem RELTRAB23
3. No trabalho eu me relaciono bem com meus chefes. RELTRAB33
4. Eu gosto de trabalhar com meus colegas. RELTRAB435. Meus colegas me aconselham a ter cuidado quando há algum perigo no meu trabalho.
RELTRAB53
BLOCO 8 - FATORES EMOCIONAIS Agora iremos conversar sobre você. Suas respostas nos ajudarão a entender melhor os problemas que você possa ter. Inicialmente faremos perguntas sobre como você se sentiu... SUB-BLOCO 1- DEPRESSÃO Nos ÚLTIMOS QUINZE DIAS, com que freqüência você se sentiu incomodado por...
0.Nunca 1. Vários
dias2. Mais da metade dos
dias
3. Quase todo dia
1.Estar com pouco interesse ou alegria em fazer as coisas... INTERESS3
2.Estar para baixo, deprimido(a), ou se sentindo sem futuro... DEPRIMID3
3.Estar com dificuldade de pegar no sono, continuar dormindo ou dormindo demais... DIFDORM3
4.Estar com sensação de cansaço(a), com pouca energia... POUCENER3
5.Estar com pouco apetite ou comendo demais... COMENDO3
6.Estar com idéias ruins sobre você mesmo, se sentindo fracassado(a) e que é um atraso para si ou para a
família... IDEIAS3
7.Estar com dificuldade para se concentrar, como por exemplo ler jornais ou ver televisão...
CONCENTR3
8.Estar andando ou falando muito devagar que até outras pessoas notaram? Ou ao contrário, estava mais
inquieto do que o normal, não conseguindo ficar parado... DEVAGAR3
9.Com idéias de que você estaria melhor morto ou então de fazer algo contra você mesmo...MORTO3
SUB-BLOCO 2- AUTO-ESTIMA
Para cada uma dessas situações, diga a resposta que melhor lhe descreve 0.Nunca 1.Raramente 2. Algumas
vezes 3.Freqüen-
temente 4. Quase sempre
1.Sinto-me uma pessoa de valor, ou pelo menos igual às outras...
PESVALOR3
2.Sinto que não tenho muito do que me orgulhar...
ORGULHAR3
3.Sinto que tenho algumas qualidades positivas...
QUALIDAD3
4.As vezes, sinto que não sirvo para nada...
NAOSIRVO3
5.Sinto que sou de fazer as coisas tão bem quanto a maioria das pessoas...
COISABEM3
6.Sinto que não sou capaz de fazer nada direito...
NADADIR3
7.Tenho uma atitude positiva em relação a mim mesmo(a)...
ATIITUDE3
8.Sinto que minha vida não é muito útil...
INUTIL3
SUB-BLOCO 3- IDÉIAS DE SUICÍDIO
1.Nos últimos 12 meses, você pensou seriamente em suicidar ?
PENSSUIC3 SUICIDA3 0.Não ... Pule para o Sub-Bloco 4
1.Sim
2.Nos últimos 12 meses, você planejou como tentaria suicidar?
PLANESUI3 SUICID3 0.Não
1.Sim
3.Nos últimos 12 meses, quantas vezes você tentou suicídio?
0.Nenhuma
1.Uma vez
2.Duas ou três vezes QUANTENT3 3.Quatro ou cinco vezes
4.Seis ou mais vezes
4.Se você tentou suicídio, nos últimos 12 meses, alguma destas tentativas lhe causou lesão, intoxicação ou overdose que teve de ser tratada pelo médico?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe LESAOFIP3 TENTATIV3
SUB-BLOCO 4- ANSIEDADE Nas ÚLTIMAS QUATRO SEMANAS com que freqüência você tem se sentido perturbado pelos seguintes problemas.
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas
Vezes 3.Freqüente-
mente 4.Quase sempre
1.Se sentindo nervoso(a), ansioso(a), no seu limite ou muito preocupado(a) com coisas
diferentes... ANSIOSO3
2.Sentindo-se tão inquieto que é difícil ficar sentado...
INQUIETO3
3.Se sentindo cansado(a) muito facilmente...
CANSADO3
4.Se sentindo com dores pelo corpo ou com tensão nos músculos...
DORES3
5.Se sentindo com dificuldades para pegar no sono...
DIFISONO3
6.Se sentindo com dificuldade para se concentrar em coisas como ler um jornal, ver TV
ou fazer os trabalhos da escola... CONC3
7.Se irritando ou se aborrecendo facilmente...
IRRITADO3
BLOCO 09 – PADRÕES DE SONO Durante as ÚLTIMAS QUATRO SEMANAS, com que freqüência você tem tido alguns desses problemas relacionados com o sono?
0. Raramente ou nunca
1. Algumas vezes
2. Freqüentemente 3. Quase todo dia
1.Dormindo menos do que o habitual por causa da atividade escolar como
esportes, idas a clubes, tocar em bandas, corais, etc. DORMIATE3
2.Dormindo menos do que o habitual porque tem trabalho. DORMITRA3
BLOCO 10 – ESTRESSE NO BAIRRO Pense no bairro em que você mora. Você acha que esses são problemas no seu bairro? 0. Não é problema
1. Problema simples
2. Às vezes é um problema sério
3. É um problema muito sério
1.Crimes no seu bairro CRIMES3
2.Gangue GANGUES3
3.Tráfico TRAFICO3
4.Muito barulho BARULHO3
5.Sujeira e bagunça SUJEIRA3
6.Iluminação nas ruas (postes de luz) ILUMINAC3
7.Disponibilidade de transporte público TRANSPUB3
8.Disponibilidade de parques, área para brincar, quadras de esporte, etc
PARQUES3
9.Preconceito e discriminação PRECONC3
10.Drogas DROGAS3
BLOCO 11 - HISTÓRIA ESCOLAR
1. Qual o nome da sua escola atual?
_________________NMESCOLA3________________________________
88.Não se aplica
2. Há quanto tempo estuda nesta escola? |__|__| anos |__|__| meses
88.Não se aplica TANOS3 TMESES3
3.Em que tipo de escola você estudou a maior parte do tempo? NTIPOESC3 1.Pública 2.Privada 3.Filantrópica
4. Comunitária 5. Outros 88.Não se aplica
4. Em que série você estava em 2000? |__|__| Série do |__|__| Grau 88.Não se
aplica SERIZERO3 GRAUZERO3
5. Em que série você estava em 2002? |__|__| Série do |__|__| Grau 88.Não se
aplica SERIDOIS3 GRAUDOIS3
6. Quantos anos você tinha quando iniciou a 1a série primária (pela 1a vez)?
|__|__| 88.Não se aplica QUANOS137. Quantos anos você tinha quando iniciou o 1o ano do 2o Grau (pela 1a vez)?
|__|__| 88.Não se aplica QUANOS238. Quantos anos de idade você tinha quando concluiu o 2o Grau (pela 1a vez)?
|__|__| 88.Não se aplica QUANOS339. Quantos anos de idade você tinha quando iniciou a faculdade (pela 1a vez)?
|__|__| 88.Não se aplica QUANOS43
BLOCO 12 – PROBLEMAS NA ESCOLA SUB - BLOCO 1- REPETÊNCIA E EVASÃO
1. Caso não esteja estudando, quando você abandonou a escola?______________
(ano calendário) 88.Não se aplica EVASAO13
2. Quantas vezes você foi matriculado na escola, começou a estudar mas desistiu antes de o ano letivo acabar?
|___|___| vezes (Cursos universitários ou livres não valem) EVASAO23
3. Quantas vezes você estudou até o fim do ano, mas não passou de ano (ficou na mesma série)?
|___|___| vezes (Cursos universitários ou livres não valem) EVASAO33
4. No total, quantas vezes você já repetiu o ano? |___|___| vezes EVASAO43
5. Quantos anos você ficou parado, sem se matricular nem estudar? |___|___| EVASAO53
BLOCO 13 – DESEMPENHO / APROVEITAMENTO DO ESTUDANTE
SUB-BLOCO 1 - APROVEITAMENTO
1. Marque a nota de 0 a 10 que você daria ao seu desempenho como aluno na escola.
APRONT013 |___|___|, |___| 9.Não sabe NS0132.Marque a nota de 0 a 10 que os seus colegas dariam para o seu desempenho estudantil
APRONT023 |___|___|, |___| 9.Não sabe NS0233.Marque a nota de 0 a 10 que os seus professores atuais dariam a você como estudante.
APRONT033 |___|___|, |___| 9.Não sabe NS033
Passando agora para matérias...
4.Que nota de 0 a 10 você daria a você mesmo em Matemática?
APRONT043 NS043 |___|___|, |___| 9.Não sabe 88.Não se aplica
5 Que nota de 0 a 10 você daria a você mesmo em Português?
APRONT053 NS053 |___|___|, |___| 9.Não sabe 88.Não se aplica
6. Que nota de 0 a 10 você daria a você mesmo em Ciências/Biologia?
APRONT063 NS063 |___|___|, |___| 9.Não sabe 88.Não se aplica
7. Que nota de 0 a 10 você daria a você mesmo em Estudos Sociais/História?
APRONT073 NS073 |___|___|, |___| 9.Não sabe 88.Não se aplica8. Indique a média que você tirou em Matemática, no 1º bimestre ou unidade.
APRONT083 NS083 |___|___|, |___| 9.Não sabe 88.Não se aplica
9. Indique a média que você tirou em Português, no 1º bimestre ou unidade.
APRONT093 NS093 |___|___|, |___| 9.Não sabe 88.Não se aplica
10. Indique a média que você tirou em Ciências/Biologia, na 1a unidade/bimestre.
APRONT103 NS103
|___|___|, |___| 9.Não sabe 88.Não se aplica
11. Indique a média que você tirou em Estudos Sociais/História, na 1a unidade.
APRONT113 NS113 |___|___|, |___| 9.Não sabe 88.Não se aplica
SUB-BLOCO 2 – ASSIDUIDADE SUB-BLOCO 3 - MOTIVAÇÃO1. Você falta muito às aulas?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe ASSID13
2. Já perdeu mais de 3 dias de aulas seguidos neste ano? (Sem contar greves ou feriados)
0.Não 1.Sim 9.Não sabe ASSID23
3. Você é do tipo que fica muito preocupado, chateado e incomodado quando precisa faltar aula na escola?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe ASSID33
1.Você gosta de ir para a escola? MOTIVA13 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
2. Você gosta de estudar? MOTIVA23 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
3. Você já faltou alguma aula este ano por não gostar (muito) da matéria?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88. Não se aplica MOTIVA33
SUB-BLOCO 4 – ESTRESSE ESCOLAR
Pense na sua escola. Você acha que esses são problemas na sua escola? 0. Não é problema 1. Problema simples
2. Às vezes é um problema sério
3. É um problema muito sério
1. Violência VIOLENC3
2. Gangues ou turma da pesada GANGUE3
3. Armas ARMAS3
4. Drogas (proibidas ou ilegais) DROGA3
5. Barulho na sala de aula BARUSALA3
6. Sujeira e bagunça (desarrumação) BAGUNCA3
7. Salas de aula muito cheias SALACHEI3
8. O modo como os professores tratam os alunos é ruim PROFMAL3
9. Falta de material escolar e de equipamentos(livros, computadores, equipamentos
esportivos, quadra de esportes, etc) MATESCOL3
10. Preconceito e discriminação DISCRIM3
11. Roubos e furtos ROUBOS3
12.Normas, disciplina e regulamento muito rígidos RIGIDOS3
13. Ensino muito “puxado” (exigente) PUXGENTE3
14. Horários vagos entre as aulas VAGOAULA3
15. Aulas chatas e repetitivas CHATAREP3
16. Competição entre os colegas COMPCOLE3
17. Muito dever/trabalho e muita coisa para estudar DEVETRAB3
18. Distância da minha casa para a escola CASACOLA3
BLOCO 14 – RELAÇÃO TRABALHO – ESCOLA
1.Você deixa de fazer o dever da casa por causa do seu trabalho? RTESC013 0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica.... Pule para Questão 6
2. Você deixa de ir pra a escola por ter que ir pro trabalho? RTESC023 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
3. Ter que trabalhar atrapalha no seu aprendizado? RTESC033 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
4. Quando você não tem nada pra estudar, faz melhor o seu trabalho? RTESC043 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
5. Seu patrão flexibiliza o seu horário para que você possa estudar? RTESC053 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
6. Você acha que trabalhar é melhor do que estudar? RTESC063 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
7. Na sua turma, os alunos que não trabalham são os melhores? .... Pule para Questão 9
RTESC073 0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
8. Na sua turma, os alunos que trabalham chegam à escola na hora certa?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
RTESC083 9. Quem trabalha e estuda, aprende as coisas mais rapidamente na escola?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe RTESC093 10. Você já perdeu de ano alguma vez por causa do trabalho?
RTESC103 0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
11. Os alunos que trabalham se interessam mais nos estudos?
RTESC113 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
12. Se você fosse forçado a escolher entre o trabalho e a escola, escolheria a escola?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe RTESC123 13. Na sua opinião, trabalhar fora de casa faz o aluno ser mais responsável
na escola? RTESC133 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
14.A pessoa que trabalha e estuda fica mais esperta e desenvolvida que
aquela que só estuda e não trabalha? RTESC143 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
BLOCO 15 – FORMAÇÃO PARA A CIDADANIA – RESPONSABILIDADE SOCIAL (COM A FAMÍLIA E COM OS OUTROS) SUB-BLOCO 1- PONTUALIDADE SUB- BLOCO 2 – RESPEITO PARA COM OS OUTROS
1.Quando vai ao trabalho, escola ou a algum encontro, costuma chegar na hora certa ou alguns minutos antes do horário?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
PONTUALI3
1.Você costuma oferecer o seu lugar no ônibus para uma pessoa idosa?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
RESPTRO13
2. Caso você esteja ouvindo um som alto em sua casa ou numa festa com os amigos, você se importa se o barulho vai prejudicar ou incomodar os vizinhos?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
RESPTRO23
SUB - BLOCO 3 – RESPONSABILIDADE SUB - BLOCO 4 – ORGANIZAÇÃO
1.Você esquece com freqüência de devolver o que toma emprestado de alguém? 0.Não 1.Sim 9.Não sabe RESPONS13
2.Você cuida bem de seu material escolar (livros, cadernos, etc.)? RESPONS23 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
1.Você se acha muito bagunçado?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe
ORGAN3
SUB-BLOCO 5 – SOLIDARIEDADE SUB - BLOCO 6 – RESPEITO AO AMBIENTE E À COMUNIDADE
1. Você costuma colaborar ou participar de campanhas e mutirões para enfeitar ou limpar a rua, bairro ou edifício onde mora?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
SOLIDAR13
2. Já visitou num hospital, orfanato ou abrigo de velhos alguém que não fosse seu parente?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
SOLIDAR23
1.Você costuma jogar lixo na rua ou no chão?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
REAMCO132. Você alguma vez já pichou ou riscou algum muro, ou as paredes da escola?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
REAMCO23
3.Você participa de algum grupo ou atividade de ajuda aos necessitados ou de proteção ao meio ambiente?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
REAMCO33
Modo de aplicação da entrevista: : 1.Pessoalmente 2.Por telefone 3.Pessoalmente e por telefone MODOAPLA3
Duração da aplicação desta ficha: : | ___| ___|:| ___| ___| h DURAC3
1
Universidade Federal da Bahia Instituto de Saúde Coletiva – ISC Programa Integrado de Saúde Ambiental e do Trabalhador Pesquisa: “ACIDENTES DE TRABALHO”
Nº FAMÍLIA ÁREA IND:
Ficha Individual do Trabalhador (FIT)
Data da Entrevista: ____DATAFIT3_____ Pré-nome do Entrevistador: ___ENTREFIT3_______ Pré-nome do Entrevistado: ____ENTRFIT3______
Local da Entrevista: _______LOCALFIT3________________________________________________________ Início da entrevista: INICIFIT3
BLOCO 1 - CARACTERISTICAS SOCIO-DEMOGRÁFICAS Prá começar, você poderia me dizer qual a sua...
1.Situação conjugal?
1.Solteiro(a)
2.Casado(a) SITCONJ3 3.Consensual
4.Divorciado(a) / Separado(a)
5.Viúvo(a)
99.Outra: __ESPSITCO3_______________
2.Qual o seu grau de instrução? GRAU3 0.Analfabeto
1.Alfabetizado
2.1º grau (1º a 8º série) incompleto
3.1º grau completo
4.2º grau (colegial) incompleto
5.2º grau completo
6.Superior incompleto
7.Superior completo
8.Pós-graduação
9.Não sabe
3.Você está estudando? ESTUDA3 0.Não.....Pule para Bloco 2
1.Sim
4. Qual a série? |___| série do |___| grau
ASERIE3 OGRAU3
BLOCO 2 – DISCRIMINAÇÃO RACIAL, SOCIAL E OCUPACIONAL
1.Qual a sua cor (auto-referida)? CORAUTO3Esp: _____________________________
2.Qual a cor do entrevistado (pelo entrevistador)? COR3 1.Negro 5.Asiático
2.Branco 6.Índio
3.Mulato 9.Não sabe
4.Moreno
3. Você se sente discriminado por causa de sua cor? DISCOR3 0.Não....Pule para Questão 6
1.Sim
9.Não sabe....Pule para Questão 6
4. Desde que idade você se sente discriminado? | ___| ___| anos IDADEDIS3
5. Com que freqüência você se sente discriminado por causa de sua cor? FREQDIS3 0. Nunca 1. Raramente 2. Algumas vezes
3. Frequentemente 4. Sempre
6.Você já foi barrado em clubes, shoppings, bloco de carnaval ou hotéis?
BARRADO3 0.Não........Pule para Questão 9 1.Sim 9.Não sabe....Pule para Questão 9
7.Você atribui isso à sua cor? ATRIBUI3 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
8.Você acha que sua cor dificultaria a obtenção de empréstimo ou crédito financeiro?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe CORDIFIC3
9.Você aprovaria o casamento de alguém de sua família com uma pessoa de outra cor?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe APROVCAS3
10.Você já teve dificuldade de conseguir trabalho por causa da sua cor? DIFTRAB3 0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
11. Você já foi dispensado ou demitido de algum emprego por causa da sua cor?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
DEMITIDO312. Você já deixou de ganhar alguma promoção no trabalho por causa da sua cor?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
PROMOCAO313. Você acha que foi colocado em uma função mais perigosa por causa da sua
cor? FUNPERIG3 0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
14. Alguma vez você já foi mal atendido em uma loja por causa de seu nível
social? MALATEND3 0.Nunca 1.Raramente 2. Algumas vezes
3. Freqüentemente 4. Sempre
15. Alguma vez você foi obrigado a usar o elevador de serviço devido a sua
posição social? ELEVADOR3 0.Nunca 1.Raramente 2. Algumas vezes
3. Freqüentemente 4. Sempre
16. Alguma vez uma pessoa já se afastou de você por causa de seu trabalho?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
AFASTOU3 17. Você acha que se tivesse outro tipo de trabalho as pessoas tratariam você
de outra forma? OUTRAFOR3 0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
18. Quando alguém com quem você não tem intimidade pergunta a sua ocupação, você responde:
0. Com muito orgulho INTIMIDA3 1. Naturalmente/ Normalmente
2. Com pouco orgulho
3. Com vergonha
9.Não sabe
88.Não se aplica BLOCO 3 - HÁBITOS DE VIDA As perguntas agora são sobre alguns de seus hábitos... por exemplo...USO DE FUMO: 1.Você fuma atualmente? FUMA3 0.Não 1.Sim......Pule para Questão 6
2.Você já foi fumante? FOIFUMAN3 0.Não......Pule para Questão 8 1.Sim 3.Há quanto tempo parou? | ___| ___| anos | ___| ___| meses
PAROUANO3 PAROUMES3
4.Por quanto tempo você fumou? | ___| ___| anos | ___| ___| meses
FUMOUANO3 FUMOUMES35.Quantos cigarros você fumava por dia?
| ___| ___| cigarros......Pule para Questão 8 FUMAVA36.Há quanto tempo você fuma? | ___| ___| anos | ___| ___| meses
FUMAANO3 FUMAMES37.Quantos cigarros você fuma em média por dia? | ___| ___| cigarros
FUMMEDIA3
FASE 3
2
BLOCO 3 - HÁBITOS DE VIDA (Continuação) USO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS: 8.Você consome bebidas alcoólicas atualmente? CONSOME3 0.Não
1.Sim........Pule para Questão 13
9.Você já foi consumidor de bebidas alcoólicas? FOICONS3 0.Não........Pule para Bloco 4
1.Sim
10. Com que freqüência você bebia? FREQUENC3 1.Raramente 2.Um dia/semana
3.Dois a três dias/semana 4.Todo dia/quase todo dia
11. Há quanto tempo parou de beber? | ___| ___| anos | ___| ___| meses
PARBEBAN3 PARBEBME3 12. Por quanto tempo você bebeu? |___| ___| anos |___| ___| meses...Pule para Bloco 4 BEBEUANO3 BEBEUMES313. Você bebe...
1.Raramente 2.Um dia/semana BEBE3 3.Dois a três dias/semana 4.Todo dia/quase todo dia
14. Você considera esse consumo exagerado? EXAGERAD3 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
15. Você tem consumido bebida alcoólica apesar de seu médico ter sugerido que você pare de beber por causa de um problema de saúde?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica BEBERIA3
16. Se SIM, com que freqüência? COMFRE13 0. Nunca 1. Poucas vezes 2. Muitas vezes
3. Quase sempre 4. Sempre
17.Já esteve alto ou de ressaca por causa de bebida alcóolica?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe ESTEVRES3
18. Se SIM, com que freqüência? COMFRE23 0. Nunca 1. Poucas vezes 2. Muitas vezes
3. Quase sempre 4. Sempre
19. Já perdeu ou chegou atrasado no trabalho, escola, ou outra atividade por
causa de bebida ou ressaca? PERDTRAB3 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
20. Se SIM, com que freqüência? COMFRE33 0. Nunca 1. Poucas vezes 2. Muitas vezes
3. Quase sempre 4. Sempre
21. Você já se desentendeu ou discutiu com pessoas por você beber ou ter
bebido muito? BRIGOU3 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
22. Se SIM, com que freqüência? COMFRE43 0. Nunca 1. Poucas vezes 2. Muitas vezes
3. Quase sempre 4. Sempre
23. Você já dirigiu um carro ou moto após ter bebido bastante?
DIRIGBEB3 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
24. Se SIM, com que freqüência? COMFRE53 0. Nunca 1. Poucas vezes 2. Muitas vezes
3. Quase sempre 4. Sempre
BLOCO 4 – AUDIÇAO As perguntas agora são sobre a sua audição...1. Você sente que você tem uma perda auditiva? (diminuição na audição)
0.Não ....... Pule para Questão 4
1.Sim PERDAUDI3 9.Não sabe ........ Pule para Questão 4
2. Com que idade começou esse problema? | ___| ___| anos IDADPROB3
3. Esse problema apareceu repentinamente, um dia ouvia bem e no dia seguinte não?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe REPENTIN3
4. Se uma pessoa sentada do seu lado DIREITO, fala com você, num lugar silencioso, você compreende o que falaram...
0. Sem dificuldades
1. Pequena LDIREIT3 2. Média
3. Grande
4. Não compreende
5. Se uma pessoa sentada do seu lado ESQUERDO, fala com você, num lugar silencioso, você compreende o que falaram...
0. Sem dificuldades
1. Pequena
2. Média LESQUERD3 3. Grande
4. Não compreende
6. Já saiu secreção amarela (pus) do seu ouvido por mais de 20 dias? PUS3 0.Não 1.Sim
7. Já fez alguma cirurgia no ouvido? CIRURGIA3 0.Não 1.Sim
8. Já fez uma consulta médica por causa do seu ouvido? CONSULTA3 0.Não ... Pule para Questão 11 1. Sim
9. O médico disse que o tímpano estava “furado”? TIMPANO3 0.Não 1.Sim
10. O médico disse que você precisa fazer uma cirurgia no ouvido?
0.Não 1.Sim CIRUROUV311. Nos últimos 12 meses, você sentiu algum zumbido, como uma zoada de apito ou chiado, nos ouvidos ou na cabeça, que tenha durado 5 minutos ou mais?
0.Não ... Pule para Questão 16
1.Sim ZUMBIDO3 9.Não sabe ... Pule para Questão 16
12. Você sente esse zumbido, geralmente... ZUMBGERA3 0. Uma vez por semana ou menos 1. Uma vez por dia
2. Algumas vezes por dia 3. Quase o tempo todo 4. O tempo todo
13. Quanto esse zumbido incomoda você? ZUMBINCO3 0. Não 1. Pouco 2. Médio 3. Muito
14. Ouvir esse zumbido faz você se sentir para baixo? ZUMBAIXO3 0. Nunca 1. Poucas vezes 2. Muitas vezes
3. Quase sempre 4. Sempre
15. Com que idade começou a perceber esse zumbido? | ___| ___| anos
IDADZUMB316. Você já trabalhou em algum ambiente com muito barulho onde seria preciso gritar para que um colega a um metro de distância pudesse ouvir?
0. Não... Pule para Questão 22
1.Sim MUITOBAR3 9.Não sabe ... Pule para Questão 22
88. Não se aplica... Pule para Questão 22
3
17. Com que idade começou a trabalhar em ambiente com barulho? | ___| ___| anos IDABARU318. Em sua vida, ao trabalhar exposto a barulho, isso acontecia geralmente...
0. Só alguns dias no ano 1. Poucos meses no ano GERALME3 2. Quase o ano todo 3. O ano todo
19. Quantas horas no dia, em média, ficavam exposto a esse tipo de barulho?
| ___| ___| horas HORASEXP3
20. Em sua vida, por quanto tempo você trabalhou em ambientes assim?
| ___| ___| anos | ___| ___| meses ANOSBAR 3 MESESBAR3
21. Nos últimos 12 meses, você trabalhou em ambiente com esse tipo de barulho?
0.Não 1.Sim TIPOBAR3
22. Você costuma/costumava ficar próximo a caixas de som com volume muito alto, por 1 hora ou mais, em clubes, shows, festas, carnaval ou cultos religiosos?
0.Nunca 1.Poucas vezes 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre SOMALTO3
23. Você costuma/costumava ouvir walkman com volume tão alto que as pessoas
próximas conseguem/conseguiam escutar? WALKMAN3 0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre
24. Você já atirou com arma de fogo sem proteção no ouvido? ARMAFOGO3 0.Não 1.Sim
25. Já aconteceu de alguma bomba forte estourar do lado do seu ouvido?
0.Não ...Pule para Questão 27 BOMBA3 1.Sim
26. Isso aconteceu... ISSOACON3 0.Uma vez 1.Algumas vezes 2.Muitas vezes
27. Costuma ter contato com solventes fora do trabalho? (ex: tinner, removedor
de tinta) SOLVENTE3 0.Nunca 1. Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre
28. Você já teve contato com solventes na sua vida de trabalho? (comuns em gráfica, pinturas em geral, posto de gasolina e em algumas indústrias)
0.Nunca ... Pule para o Bloco 5
1.Raramente ... Pule para o Bloco 5 SOLVIDA3 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente
4. Sempre
9.Não sabe ... Pule para o Bloco 5
88. Não se aplica... Pule para o Bloco 5
29. Com que idade começou a trabalhar em contato com solventes?
| ___| ___| anos IDASOLV3
30. Em sua vida, por quanto tempo trabalhou em contato com solventes?
| ___| ___| anos | ___| ___| meses SOLVANO3 SOLVMES3
BLOCO 5 - TRABALHO SUB-BLOCO 1 – TRABALHO REMUNERADO
1.Com que idade você começou a trabalhar ganhando dinheiro? GANHADIN3| ___| ___| anos 88.Não se aplica... Pule para o Sub-Bloco 3 IDTR3
2. Atualmente, você tem algum trabalho do qual receba alguma remuneração?
0.Não 1.Sim RECREMU3 VTR3
SUB-BLOCO 2 – HISTÓRIA OCUPACIONAL Agora eu gostaria de saber quais os empregos/trabalhos que você teve nos últimos 12 meses. Vamos começar pelo atual
1.EMPREGO / ATIVIDADE Período
2.Inicial 3.Final 4.Local do trabalho 5.Carteira
assinada?6.Número de
dias por semana?
7.Número médio de horas por
dia?
1.Atual e Principal EMPREGA3 PERIA3 PERFA3 LOCALA3 CARTA3 QUANTA3 HORA3
2. EMPREGB3 PERIB3 PERFB3 LOCALB3 CARTB3 QUANTB3 HORB3
3. EMPREGC3 PERIC3 PERFC3 LOCALC3 CARTC3 QUANTC3 HORC3
4. EMPREGD3 PERID3 PERFD3 LOCALD3 CARTD3 QUANTD3 HORD3
5.
6.
7.
8.
Utilizar na coluna 5: 0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
SUB-BLOCO 3 - Você sofreu algum acidente de qualquer natureza nos últimos 12 meses? 0.Não................Pule para o Sub-Bloco 4 ACIDE3 1.Sim................Pule para a Ficha de Acidentes
SUB-BLOCO 4 - CARACTERÍSTICAS DAS ATIVIDADES ATUAIS
1.Você está trabalhando atualmente? (assinale a mais importante)
1.Apenas um trabalho pago........Pule para Sub-Bloco 6 TRABALHA3 2.Apenas trabalho não pago para a família........Pule para Sub-Bloco 5
3.Trabalho pago e em casa para a família
4.Dois trabalhos pagos
99.Outro Esp: ________ESPTRAB3___________________________________________
4
SUB-BLOCO 5 - TRABALHO DOMÉSTICO NÃO PAGO PARA A PRÓPRIA FAMÍLIA Você me informou que ajuda no trabalho de casa... você poderia me dar alguns dados sobre essas atividades?...por exemplo... 1.Quais os dias da semana em que você realiza trabalhos de casa? 2. Em média, quantas horas diárias você gasta com:
1.Todos os dias DIASCASA3 2.De segunda a sexta
3.Nos finais de semana (sábado e domingo)
4.Somente aos sábados
5.Somente aos domingos
99.Outro Esp: _________ESPDIAS3________________________
PERGUNTAS ESPECÍFICAS PARA O TRABALHADOR REMUNERADO (SUB-BLOCO 6 E SUB-BLOCO 7) SUB-BLOCO 6 - CARACTERÍSTICAS DO TRABALHO ATUAL E PRINCIPAL PAGO (ÚLTIMOS 30 DIAS) Agora vamos falar sobre seu trabalho principal (Ocupação 1) 1.Qual o tipo de vinculo que você tem nessa ocupação?
1.Biscateiro........Pule para Questão 5
2.Autonômo........ Pule para Questão 5
3.Assalariado VINCULO3 4.Empregado doméstico
5.Funcionário público
6.Profissional liberal
7.Empregador/Empresário
8.Aposentado
9.Pensionista
10.Encostado
99.Outro Esp: __ESPVINCU3_______
2. Você trabalha em uma empresa?
TRABEMPR3 0.Não ... Pule para Questão 5
1.Sim
9.Não sabe ... Pule para Questão 5
3. Quantos empregados, mais ou menos, tem na empresa onde você trabalha? QEMPREGA3 |___|___|___|___|___| 9.Não sabe
4. A empresa onde você trabalha é a mesma
que lhe paga? EMPPAGA3 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
5.Quantos dias você trabalha por semana?
|___|___| d DIASEM3
6.Quantas horas por dia você trabalha?
| ___| ___|:| ___| ___| h HORASDIA3
7.Tipo de jornada de trabalho? JORNADA3 1.Comercial
2.Noturno
3.De turno (às vezes pela manhã, ou tarde, ou noite)
99.Outro Esp: ___ESPJORNA3_____________
8.Quanto você ganha por mês em média (bruto)?
R$| ___ | ___| ___| ___| ___|,00 GANHAMES3 9. Você acha que o salário que você recebe é mais baixo do que deveria para esta ocupação?
0. Não 1. Sim 9. Não sabe SALBAIXO3
10.Você contribui para a Previdência? ( Aceita múltiplas respostas)
0.Não NAO3
1.INSS INSS3 2.Como autônomo AUTONOMO3 3.Privada PRIVADA3 4.Previdência de funcionário públicoPUBLICO399.Outro Esp: _____OUTR3_________________
11.Você tem plano de saúde privado? PLANOPRI3 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
12.Você tem algum tipo de Seguro acidente de trabalho?
0.Não 1.Sim SEGURO3
13.Em que tipo de lugar você trabalha?
1.Empresa ou firma
2.Repartição pública
3.Na rua LUGAR3 4.Em sua própria casa
5.Na casa de outras pessoas
99.Outro Esp: ___ESPLUGAR3___________
14. Você se sente sobrecarregado neste trabalho?
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre VSOBTRAB3 15. Seu trabalho exige muito esforço físico?
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre VTRAFISI3
16. Você tem pausa para descansar durante o dia?
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre VPAUSA3
17. Você planeja seu dia-a-dia de trabalho? DIADIA3 0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre
18. Você pode modificar seus horários de trabalho? Por exemplo, se precisar sair mais cedo ou chegar mais tarde, isso pode ser negociado?
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre VMODTRAB3
SUB-BLOCO 7 – CLIMA DE SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO (APENAS PARA TRABALHADORES ASSALARIADOS, EMPREGO DOMÉSTICO OU FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS) Agora vamos falar sobre como é vista a saúde e a segurança do trabalho na empresa ou local onde você trabalha...1.No meu trabalho, a saúde e a segurança dos trabalhadores estão suficientemente protegidas
0.Nunca 1.Raramente
2.Algumas vezes 3.Freqüentemente
4. Sempre
CLIMA013
2. Os supervisores ou chefes encorajam a gente a se proteger e evitar acidentes
0.Nunca 1.Raramente
2.Algumas vezes 3.Freqüentemente
4. Sempre
CLIMA023
3. Os donos da empresa gastam dinheiro (investem) para que o ambiente de trabalho seja seguro
0.Nunca 1.Raramente
2.Algumas vezes 3.Freqüentemente
4. Sempre
CLIMA033
4. Existem regras bem claras sobre o que devemos fazer para evitar acidentes de trabalho
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre
CLIMA043
5. Na empresa em que trabalho é mais importante a segurança do que a produção
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre
CLIMA053 6. O ritmo de trabalho me impede de obedecer as regras de segurança
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre
CLIMA063
7. Eu recebo informações sobre segurança no trabalho
0.Nunca 1.Raramente
2.Algumas vezes 3.Freqüentemen
4. Sempre
CLIMA073
8. Na empresa, trabalhadores que não obedecem as regras de segurança são punidos
0.Nunca 1.Raramente
2.Algumas vezes 3.Freqüentemente
4. Sempre
CLIMA083
9. Você alguma vez alertou algum colega sobre problemas de saúde e segurança que poderiam ocorrer devido ao trabalho?
0.Nunca 1.Raramente
2.Algumas vezes 3.Freqüentemente
4. Sempre
CLIMA093
Durante a semana
Finais de semana
Total
Trabalho doméstico DURSEM3 FINASE3 TOT3
Sono DURASE3 FINSEM3 TOTA3
5
SUB-BLOCO 7 – CLIMA DE SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO (Continuação)
10. Você alguma vez informou ao supervisor/chefia de que havia problemas no trabalho que poderiam comprometer a saúde e segurança dos trabalhadores?
0.Nunca 1.Raramente
2.Algumas vezes 3.Freqüentemente
4. Sempre
CLIMA103
11. Você alguma vez pediu Equipamentos de Proteção Individual como luvas, óculos, etc.
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre
CLIMA113
12. Com que freqüência você usa os Equipamentos de Proteção Individual?
0.Nunca 1.Raramente
2.Algumas vezes 3.Freqüentemente
4. Sempre
CLIMA123
SUB-BLOCO 8 - PERCEPÇÃO DE RISCO E MEDIDA DE PROTEÇÃO
1.Você considera a sua atividade de trabalho perigosa?
0.Não
1.Sim PERIGOSA3 9.Não sabe
Por quê?__PORQPERI3 ____________________________________
2.Que nota, de 0 a 10, você daria ao grau de perigo de seu trabalho?
|___|___| NOTAPERI3
3.Você recebeu algum tipo de treinamento para desenvolver sua atividade de trabalho?
0.Não
1.Sim TREINO3 TREINAM3 9.Não sabe
88.Não se aplica
99.Outro Esp: _____ESPTREI3______________________________________
BLOCO 6 - SAÚDE E BEM-ESTAR PERCEBIDOS Agora vamos falar sobre sua saúde...
1.Você parou de trabalhar ou ir à escola, nos últimos 12 meses, por algum problema de saúde?
0.Não........Pule para Questão 4
1.Sim
PROBLSAU32.Este problema de saúde foi causado pelo seu
trabalho? CAUSADO3 0.Não........Pule para Questão 3
1.Sim.
Qual foi o problema?____QUALPROB3_____
3.Foi por causa de um problema de saúde agravado pelo seu trabalho?
0.Não PROBGRAV3 1.Sim.
Qual foi o problema?_QUAPROBL3____
4.Você se acha uma pessoa saudável ou sadia?
0.Não SAUDAVEL3 1.Sim
5. Que nota, de 0 a 10, você daria à sua saúde?
|___|___| NOTASAUD3
6.Você se acha uma pessoa feliz?
0.Não FELIZ3 1.Sim
7. Que nota você daria, de 0 a 10, à sua felicidade?
|___|___| NOTAFELI3
BLOCO 7 – APOIO SOCIAL SUB-BLOCO 1 – APOIO SOCIAL NAS RELAÇÕES COTIDIANA
Com que freqûencia, quando precisa, você pode contar com... 0. Nunca 1.Raramente 2.Algumas
Vezes 3.Muitas
Vezes 4.Sempre
1. Alguém que ajuda você quando você está doente COTIDIA13
2. Alguém que mostra carinho por você ou diz que ama você COTIDIA23
3. Alguém em quem você confia para falar sobre seus problemas íntimos
COTIDIA33
4. Alguém que dá a você alguma informação ou conselho de como você deve agir
quando tem algum problema COTIDIA43
5. Alguém com quem você sai para se divertir ou com quem você faz coisas
agradáveis e relaxantes COTIDIA53
SUB-BLOCO 2 – APOIO SOCIAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO – APENAS PARA O TRABALHADOR REMUNERADO
Pensando nas pessoas que trabalham com você, diga se você concorda ou não com as afirmações...
1. Discordo totalmente
2. Discordo mais ou menos
3. Concordo mais ou menos
4. Concordo totalmente
1. Eu posso contar com o apoio dos meus colegas de trabalho RELTRAB13
2. Se eu não estiver num bom dia meus colegas entendem RELTRAB23
3. No trabalho eu me relaciono bem com meus chefes. RELTRAB33
4. Eu gosto de trabalhar com meus colegas. RELTRAB435. Meus colegas me aconselham a ter cuidado quando há algum perigo no meu trabalho.
RELTRAB53
6
BLOCO 8 - FATORES EMOCIONAIS Agora iremos conversar sobre você. Suas respostas nos ajudarão a entender melhor os problemas que você possa ter. Inicialmente faremos perguntas sobre como você se sentiu... SUB-BLOCO 1- DEPRESSÃO Nos ÚLTIMOS QUINZE DIAS, com que freqüência você se sentiu incomodado por...
0.Nunca 1. Vários
dias2. Mais da metade dos
dias
3. Quase todo dia
1.Estar com pouco interesse ou alegria em fazer as coisas... INTERESS3
2.Estar para baixo, deprimido(a), ou se sentindo sem futuro... DEPRIMID3
3.Estar com dificuldade de pegar no sono, continuar dormindo ou dormindo demais... DIFDORM3
4.Estar com sensação de cansaço(a), com pouca energia... POUCENER3
5.Estar com pouco apetite ou comendo demais... COMENDO3
6.Estar com idéias ruins sobre você mesmo, se sentindo fracassado(a) e que é um atraso para si ou para a
família... IDEIAS3
7.Estar com dificuldade para se concentrar, como por exemplo ler jornais ou ver televisão...
CONCENTR3
8.Estar andando ou falando muito devagar que até outras pessoas notaram? Ou ao contrário, estava mais
inquieto do que o normal, não conseguindo ficar parado... DEVAGAR3
9.Com idéias de que você estaria melhor morto ou então de fazer algo contra você mesmo...MORTO3
SUB-BLOCO 2- AUTO-ESTIMA
Para cada uma dessas situações, diga a resposta que melhor lhe descreve 0.Nunca 1.Raramente 2. Algumas
vezes 3.Freqüen-
temente 4. Quase sempre
1.Sinto-me uma pessoa de valor, ou pelo menos igual às outras...
PESVALOR3
2.Sinto que não tenho muito do que me orgulhar...
ORGULHAR3
3.Sinto que tenho algumas qualidades positivas...
QUALIDAD3
4.As vezes, sinto que não sirvo para nada...
NAOSIRVO3
5.Sinto que sou de fazer as coisas tão bem quanto a maioria das pessoas...
COISABEM3
6.Sinto que não sou capaz de fazer nada direito...
NADADIR3
7.Tenho uma atitude positiva em relação a mim mesmo(a)...
ATIITUDE3
8.Sinto que minha vida não é muito útil...
INUTIL3
SUB-BLOCO 3- IDÉIAS DE SUICÍDIO1.Nos últimos 12 meses, você pensou seriamente em suicidar ?
PENSSUIC3 SUICIDA3 0.Não ... Pule para o Sub-Bloco 4
1.Sim
2.Nos últimos 12 meses, você planejou como tentaria suicidar?
PLANESUI3 SUICID3 0.Não
1.Sim
3.Nos últimos 12 meses, quantas vezes você tentou suicídio?
0.Nenhuma
1.Uma vez
2.Duas ou três vezes QUANTENT3 3.Quatro ou cinco vezes
4.Seis ou mais vezes
4.Se você tentou suicídio, nos últimos 12 meses, alguma destas tentativas lhe causou lesão, intoxicação ou overdose que teve de ser tratada pelo médico?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe LESAOFIP3 TENTATIV3
SUB-BLOCO 4- ANSIEDADE Nas ÚLTIMAS QUATRO SEMANAS com que freqüência você tem se sentido perturbado pelos seguintes problemas.
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas
Vezes 3.Freqüente
-mente 4.Quase sempre
1.Se sentindo nervoso(a), ansioso(a), no seu limite ou muito preocupado(a) com coisas
diferentes... ANSIOSO3
2.Sentindo-se tão inquieto que é difícil ficar sentado...
INQUIETO3
3.Se sentindo cansado(a) muito facilmente...
CANSADO3
4.Se sentindo com dores pelo corpo ou com tensão nos músculos...
DORES3
5.Se sentindo com dificuldades para pegar no sono...
DIFISONO3
6.Se sentindo com dificuldade para se concentrar em coisas como ler um jornal, ver TV ou
fazer os trabalhos da escola... CONC3
7.Se irritando ou se aborrecendo facilmente...
IRRITADO3
7
BLOCO 09 – PADRÕES DE SONO
Durante as ÚLTIMAS QUATRO SEMANAS, com que freqüência você tem tido alguns desses problemas relacionados com o sono?
0. Raramente ou nunca
1. Algumas vezes 2. Freqüentemente 3. Quase todo
dia1.Dormindo menos do que o habitual por causa da atividade escolar como
esportes, idas a clubes, tocar em bandas, corais, etc. DORMIATE3
2.Dormindo menos do que o habitual porque tem trabalho. DORMITRA3
BLOCO 10 – ESTRESSE NO BAIRRO Pense no bairro em que você mora. Você acha que esses são problemas no seu bairro? 0. Não é problema
1. Problema simples
2. Às vezes é um problema sério
3. É um problema
muito sério
1.Crimes no seu bairro CRIMES3
2.Gangue GANGUES3
3.Tráfico TRAFICO3
4.Muito barulho BARULHO3
5.Sujeira e bagunça SUJEIRA3
6.Iluminação nas ruas (postes de luz) ILUMINAC3
7.Disponibilidade de transporte público TRANSPUB3
8.Disponibilidade de parques, área para brincar, quadras de esporte, etc
PARQUES3
9.Preconceito e discriminação PRECONC3
10.Drogas DROGAS3
Modo de aplicação da entrevista: : 1.Pessoalmente 2.Por telefone 3.Pessoalmente e por telefone MODOFIT3
Duração da aplicação desta ficha: : | ___| ___|:| ___| ___| h DURAFIT3
Universidade Federal da Bahia Instituto de Saúde Coletiva – ISCPrograma Integrado de Saúde Ambiental e do Trabalhador Pesquisa: “ACIDENTES DE TRABALHO”
Nº FAMÍLIA ÁREA IND:
FASE 3
Ficha de Acidente (FAC)
Data da Entrevista: DATAAC3 Pré-nome do Entrevistador: ____ ENTREVAC3_______ Pré-nome do Entrevistado: ____ NOMEAC3________________
Local da Entrevista: ____ LOCALAC3_____________________________________________________________________ Início da entrevista: INICIOAC3
BLOCO 1 - ACIDENTES SUB-BLOCO 1 - Agora vamos falar de acidentes que tenham ocorrido com você nos últimos 12 meses. Você sofreu algum tipo de acidente nesse período de tempo? Por exemplo, se cortou, tomou uma queda, foi atropelado, bateu com a cabeça, tropeçou...? Você poderia me contar como foi que isso aconteceu? O que aconteceu? O que fazia quando aconteceu? Onde? Quando?
OCORRE3
OCORRE013
OCORRE023
OCORRE033
SUB-BLOCO 2 - CARACTERÍSTICAS DO ACIDENTE Agora vou lhe fazer mais algumas perguntas sobre esse acidente...
1.Qual a data em que ocorreu o acidente? DATA3 DAT3
2.A que horas você começou a trabalhar no dia do acidente? | ___| ___|:| ___| ___| h
HORAS3
3.A que horas ocorreu o acidente? | ___| ___|:| ___| ___| h
OCORREU3
4.Você estava no seu horário normal de trabalho?
0.Não TRABALHO3 1.Sim........ Siga para Questão 6
2.Estava se dirigindo ou retornando do trabalho...... Siga para Questão 6
5.Por que então estava trabalhando? PORQUE3 1.Hora extra
2.Cobrindo falta de um colega
3.Período de festa
99.Outro Esp: ____ ACESPORQ3_______________________
6.Qual foi a causa do acidente? QUALCAUS3 1.Queda da pessoa
2.Queda de veículo em movimento
3.Atingido por um veíc ulo ou objeto em movimento
4.Colisão de veículo
5.Manipulação de ferramentas cortantes ou perfurantes
6.Transporte de equipamento
7.Contato com substância química
8.Contato com substância quente
9.Contato com superfície aquecida ou muito fria
10.Choque elétrico
11.Manuseio de máquina
12.Esforço físico inadequado
13.Projétil
14.Vazamento/inalação de gases
15.Explosões
16.Incêndio
17.”Ficou imprensado”
99.Outra Esp: ____ ACESPQUA3_______________________
7.Você sofreu alguma lesão física?
0.Não........ Siga para Questão 9
1.Sim SOFLESAO3
8.Qual o tipo de lesão que você sofreu?
1.Laceração (cortes superficiais)
2.Raladura LESSOFR3 3.Queimadura
4.Perfuração
5.Estiramento/entorse
6.Luxação (deslocamento)
7.Fratura
8.Hematoma
9.Hemorragia
10.Bolhas
11.Asfixia (sufocamento)
12.Eletroplessão (choque elétrico)
13.Insolação (choque térmico)
14.Pancada na cabeça
15.Amputação
16.Perda de consciência
17.Esmagamento
18.Múltiplas lesões
99.Outro Esp: ____ ACESPLES3____
9.Você sofreu algum problema psicológico?
0.Não
1.Sim PSICO3 9.Não sabe
10.Esse acidente foi informado através de CAT?
0.Não
1.Sim INFORMAD3 9.Não sabe
88.Não se aplica
11.Você recebeu algum atestado (médico) pelo acidente?
0.Não ATESTADO3 1.Sim
9.Não sabe
12.Por causa deste acidente, você ficou impossibilitado de ir para o trabalho e/ou escola?
0.Não........ Siga para Questão 15
1.Sim IMPOSSIB3 9.Não sabe........ Siga para Questão 15
13.Por quantos dias/horas?
| ___| ___| dia(s) QUAN3
| ___| ___| hora(s) DIAS3
14.Você recebeu salário ou algum pagamento enquanto estava afastado ou sem poder trabalhar?
0.Não SALARIO3 1.Sim
9.Não sabe
88.Não se aplica
15.A respeito desse acidente você pode dizer que:
0.Não houve efeito permanente DIZER3
1.Houve efeito permanente, possibilitando trabalhar na mesma atividade
2.Houve efeito permanente, possibilitando trabalhar, mas não na mesma atividade
3.Houve efeito permanente, tornando-o incapacitado para trabalhar
4.Ainda em recuperação
16.Depois desse acidente você: DEPOIS3 1.Continuou no mesmo trabalho sem alteração
2.Perdeu o emprego
3.Resolveu mudar de emprego
88.Não se aplica
99.Outro Esp: ____ ACESPDEP3___________
Continuação
17.Houve registro policial do acidente?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe
88.Não se aplica REGISTRO3
18.Outras pessoas foram acidentadas? OUTRAS3 0.Não........ Siga para Questão 20
1.Sim
9.Não sabe........ Siga para Questão 20
19.Alguém morreu nesse acidente? MORREU3 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
20.Você acha que o acidente poderia ser evitado?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe
EVITADO3
21.Onde ocorreu o acidente? ONDE3 1.Estabelecimento da empresa
2.Firma onde a empresa presta serviço
3."No trabalho", em via pública
4."No trabalho", em casa
5."No trabalho", na casa do patrão
6.Indo ou vindo para o trabalho
99.Outro Esp: ____ ACESPOND3__________
22.Você precisou ser atendido? ATENDIDO3 0.Não........ Siga para Questão 30
1.Sim
9.Não sabe........ Siga para Questão 30
23.Onde você recebeu os primeiros socorros?
1.Em casa SOCORROS3 2.No local de trabalho por colegas
3.No serviço médico da empresa
4.Serviço de emergência
5.Serviço médico
6.Ambulância
99.Outro Esp: ____ ACESPSOC3___________
24.Depois disso você recebeu algum tratamento de
saúde após o acidente? TRATAMEN3 0.Não........ Siga para Questão 30
1.Sim
9.Não sabe........ Siga para Questão 30
25.Quanto tempo durou seu tratamento?
| ___| ___| dia(s) DUROU3
26.Onde você recebeu esse tratamento?
Nome da clínica: ____ CLINICA3______________
_____________________________
End: ____ ENDE3____________________________
_____________________________
Nome do médico / outro profissional: _ MEDICO3_
_________________NOMEMED3___________
_____________________________
27.Qual o diagnóstico dado ao trauma conseqüente a este acidente?
____DIAGNO3_________________
28.Você ficou satisfeito com o atendimento que você
recebeu? Marque a nota que daria: ATEND3
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
|__|__|__|__|__| __|__|__|__|__|
29.Quem pagou pelas despes as do atendimento e/ou tratamento médico?
1.SUS PAGOU3 2.Empresa
3.Plano de saúde
4.Do próprio bolso
5.Seguro acidente privado
99.Outro Esp: ____ACESPPAG3_____________________________________
30.Esse acidente afetou sua família? Aceita múltiplas respostas
1.Não afetou AFETOU3 2.Trouxe dificuldades para manter as despesas da casa
DIFIC3 3.Outros tiveram que trabalhar TRAB3 4.Precisou de alguém da família para tomar conta
TOMAR3 5.Alguém teve que sair do emprego para cuidar do
acidentado CUIDAR3 99.Outro Esp: ____OUT3___________________________________________
31.Você continua sentindo alguma coisa por causa do
acidente? SENTINDO3 0.Não
1.Sim Esp: ____ OUT13______________________
______________________________
BLOCO 2 – ACIDENTES (Aceita múltiplas respostas)
S00- S09 ' Traumatismo de cabeça
S10-S19 ' Pescoço
S20-S29 ' Tórax
S30-S39 ' Abdômen dorso, coluna lombar e pelve
S80-S89 ' Joelho e perna
S40-S49 ' Ombro e braço
S50-S59 ' Cotovelo e antebraço
S60-S69 ' Punho e mão
S70-S79 ' Quadril e coxa
S90-S99 ' Tornozelo e pés
TRAUMA3 TRAUMA13 TRAUMA23 TRAUMA33
Modo de aplicação da entrevista: 1.Pessoalmente 2.Por telefone 3.Pessoalmente e por telefone MODOAC3
Duração da aplicação desta ficha: | ___| ___|:| ___| ___| h DURAAC3 VOLTAR PARA A FICHA DO ADULTO E ADOLESCENTE
Universidade Federal da Bahia Instituto de Saúde Coletiva – ISC Programa Integrado de Saúde Ambiental e do Trabalhador Pesquisa: “ACIDENTES DE TRABALHO”
Nº FAMÍLIA ÁREA
Ficha de Família BLOCO A - IDENTIFICAÇÃO DO DOMICILIO Você poderia me informar o seu ....
Data da Entrevista: ______/______/______ DATA4
Início da entrevista: | ___| ___|:| ___| ___| h INICIO4Nome do Entrevistador ENTREV4
Nome do Entrevistado Apelido
Endereço (Rua ou Avenida) N.º Apto Telefone
-Bairro
Referência Endereço de um familiar ou referente Telefone do familiar
-Você tem algum familiar que resida próximo que você pode caminhar até à casa dele? 0. Não 1. Sim
Situação da Familia : 1.Participou 2.Participou/Mudou endereço 3.Mudou/Não localizado 4.Recusa 5.Faleceu 6.Não Localizado 99.Outros/Perdas
BLOCO B - LISTAGEM DE MORADORES POR FAMÍLIA
Agora eu gostaria que você me desse alguns dados sobre todas as pessoas que moram nesta casa, incluindo alguma empregada(o) doméstica, que durma neste domicílio se houver...
NºPrenome de todos os
moradoresNOME4
SexoM/F
SEXO4Idade
IDADE4ParentescoPARENT4
Tem trabalho pago?
TRAPAGO4
Toma conta da casa?
CONCASA4
Está procurando emprego nos
últimos 30 dias? EMPREGO4
Sub-projeto
Qual o horário
na residência?HORARIO4
Costuma ficar em outro local?OULOCAL4
Qual o endereço?QUALOCAL4
Tel. p /contatoFONE4
Situação do Individuo
(1,2,3,4,5,6,99) SITUACAO4
01 1 = Mas 1 = Pai / Mãe 0 = Não 0 = Não 0 = Não
02 2 = Fem 2 = Filho(a) 1 = Sim 1 = Sim 1 = Sim
03 3 = Irmão(a) 9 = Não sabe 9 = Não sabe 9 = Não sabe
04 4 = Avô / avó
05 5 = Tio(a)
06 6 = Esposo(a)
07 7 = Neto(a)
08 8 = Sogro(a)
09 9=Genro/Nora
10 10 = Sobrinho (a)
13 = Mora com amigos
11 11 = Cunhado (a) 33 = EMPDOM
12 12 = Mora sozinho
99 = Outros
Observação: Caso alguém tenha falecido, solicite informações sobre a causa da morte (o que, quando, como, onde aconteceu)
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
FASE 4
BLOCO C - CARACTERIZAÇÃO DO DOMICÍLIO Agora faremos algumas questões sobre o seu domicílio... 1.Quantas famílias moram nesta casa? FAM4
| ___| ___| família(s)
2.Quantos quartos tem em sua casa? QUARTO4
| ___| ___| quarto(s)
3.Tem empregada doméstica?
0.Não EMPDOM4 1.Sim, dorme no domicílio
2.Sim, dorme em outro local
9.Não sabe
4. Em sua casa você dispõe das seguintes coisas?
1.Carro CARRO4 2.Computador COMPU4 3.Máquina de lavar
MAQLAV4
4.Vídeo cassete VIDEO4 5.Microondas MICROO4 6.Máquina de lavar louças
MAQLOU4
7.Telefone TEL4 8.Casa de praia
CASAPRA4 9.Laser-Disc Player
(DVD) DVD4
Total NBENS4
BLOCO D - AVALIAÇÃO DA ENTREVISTA (AE) 1.Condições gerais da aplicação desta ficha:
1.Boas CONDI4 2.Regulares
3.Ruins
2.Receptividade:
1.Boa
2.Regular RECEP4 3.Ruim
4.Duração da aplicação desta ficha: | ___| ___|:| ___| ___| h DURACAO4
COMENTÁRIOS GERAIS
1
Universidade Federal da Bahia Instituto de Saúde Coletiva – ISC Programa Integrado de Saúde Ambiental e do Trabalhador Pesquisa: “ACIDENTES DE TRABALHO”
Nº FAMÍLIA ÁREA IND:
Ficha Individual do Trabalhador (FIT)
Data da Entrevista: ______DATAFIT4______ Pré-nome do Entrevistador: ______ENTREFIT4___ Pré-nome do Entrevistado: ___ENTRFIT4____
Local da Entrevista: __________LOCALFIT4____________________________________________________ Início da entrevista: INICIFIT4
BLOCO 1 - CARACTERISTICAS SOCIO-DEMOGRÁFICAS Pra começar, você poderia me dizer qual a sua...
1.Situação conjugal? SITCONJ4 1.Solteiro(a)
2.Casado(a)
3.Consensual
4.Divorciado(a) / Separado(a)
5.Viúvo(a)
99.Outra: ___ESPSITCO4______________
2.Qual o seu grau de instrução? GRAU4 0.Analfabeto
1.Alfabetizado
2.1º grau (1º a 8º série) incompleto
3.1º grau completo
4.2º grau (colegial) incompleto
5.2º grau completo
6.Superior incompleto
7.Superior completo
8.Pós-graduação
9.Não sabe
3.Você está estudando? ESTUDA4 0.Não.....Pule para Bloco 2
1.Sim
4. Qual a série? |___| série do |___| grau
ASERIE4 OGRAU4 (Complete as questões no bloco 12)
BLOCO 2 – DISCRIMINAÇÃO RACIAL, SOCIAL E OCUPACIONAL
1.Qual a sua cor (auto-referida)? CORAUTO4Esp: ________________________________________________
2.Qual a cor do entrevistado (pelo entrevistador)? COR4 1.Negro 5.Asiático
2.Branco 6.Índio
3.Mulato 9.Não sabe
4.Moreno
3. Você se sente discriminado por causa de sua cor? DISCOR4 0.Não....Pule para Questão 6
1.Sim
9.Não sabe....Pule para Questão 6
4. Desde que idade você se sente discriminado? | ___| ___| anos IDADEDIS4
5. Com que freqüência você se sente discriminado por causa de sua cor? FREQDIS4 0. Nunca 1. Raramente 2. Algumas vezes
3. Frequentemente 4. Sempre
6.Você já foi barrado em clubes, shoppings, bloco de carnaval ou hotéis?
BARRADO4 0.Não........Pule para Questão 9 1.Sim 9.Não sabe....Pule para Questão 9
7.Você atribui isso à sua cor? ATRIBUI4 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
8.Você acha que sua cor dificultaria a obtenção de empréstimo ou crédito financeiro?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe CORDIFIC4
9.Você aprovaria o casamento de alguém de sua família com uma pessoa de outra cor?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe APROVCAS4
10.Você já teve dificuldade de conseguir trabalho por causa da sua cor? DIFTRAB4 0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
11. Alguma vez você já foi mal atendido em uma loja por causa de seu nível social?
0.Nunca 1.Raramente 2. Algumas vezes
3. Freqüentemente 4. Sempre MALATEND412. Alguma vez você foi obrigado a usar o elevador de serviço devido a sua
posição social? ELEVADOR4 0.Nunca 1.Raramente 2. Algumas vezes
3. Freqüentemente 4. Sempre
13. Você já foi dispensado ou demitido de algum emprego por causa da sua
cor? DEMITIDO4 0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
14. Você já deixou de ganhar alguma promoção no trabalho por causa da sua
cor? PROMOCAO4 0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
15. Você acha que foi colocado em uma função mais perigosa por causa da sua
cor? FUNPERIG4 0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
16. Alguma vez uma pessoa já se afastou de você por causa de seu trabalho?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
AFASTOU417. Você acha que se tivesse outro tipo de trabalho as pessoas tratariam você
de outra forma? OUTRAFOR4 0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
18. Quando alguém com quem você não tem intimidade pergunta a sua
ocupação, você responde: INTIMIDA4 0. Com muito orgulho 1. Naturalmente/ Normalmente
2. Com pouco orgulho 3. Com vergonha
9.Não sabe 88.Não se aplica
19. Das questões desse Bloco, caso alguma resposta seja positiva. Você considera que os seus direitos de cidadão estão sendo atingidos ao sofrer
discriminação? SOFDISC4 0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
BLOCO 3 - HÁBITOS DE VIDA As perguntas agora são sobre alguns de seus hábitos... por exemplo...USO DE FUMO: 1.Você fuma atualmente? FUMA4 0.Não 1.Sim......Pule para Questão 6
2.Você já foi fumante? FOIFUMAN4 0.Não......Pule para Questão 8 1.Sim 3.Há quanto tempo parou? | ___| ___| anos | ___| ___| meses
PAROUANO4 PAROUMES4
4.Por quanto tempo você fumou? | ___| ___| anos | ___| ___| meses
FUMOUANO4 FUMOUMES4 5.Quantos cigarros você fumava por dia?
| ___| ___| cigarros......Pule para Questão 8 FUMAVA4
6.Há quanto tempo você fuma? | ___| ___| anos | ___| ___| meses
FUMAANO4 FUMAMES4 7.Quantos cigarros você fuma em média por dia? | ___| ___| cigarros
FUMMEDIA4
FASE 4
2
BLOCO 3 - HÁBITOS DE VIDA (Continuação)
USO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS: 8.Você consome bebidas alcoólicas atualmente? CONSOME4 0.Não
1.Sim........Pule para Questão 13
9.Você já foi consumidor de bebidas alcoólicas? FOICONS4 0.Não........Pule para Bloco 4
1.Sim
10.Com que freqüência você bebia? FREQUENC4 1.Raramente 2.Um dia/semana
3.Dois a três dias/semana 4.Todo dia/quase todo dia
11.Há quanto tempo parou de beber? | ___| ___| anos | ___| ___| meses
PARBEBAN4 PARBEBME4
12.Por quanto tempo você bebeu? |___| ___| anos |___| ___| meses...Pule para Bloco 4 BEBEUANO4 BEBEUMES4
17.Já esteve alto ou de ressaca por causa de bebida alcóolica? ESTEVRES4 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
18. Em caso de SIM, com que freqüência? COMFRE24 0. Nunca 1. Poucas vezes 2. Muitas vezes
3. Quase sempre 4. Sempre
19.Já perdeu ou chegou atrasado no trabalho, escola, ou outra atividade por
causa de bebida ou ressaca? PERDTRAB4 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
20. Em caso de SIM, com que freqüência? COMFRE34 0. Nunca 1. Poucas vezes 2. Muitas vezes
3. Quase sempre 4. Sempre
21.Você já se desentendeu ou discutiu com pessoas por você beber ou ter
bebido muito? BRIGOU4 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
22 Em caso de SIM, com que freqüência? COMFRE44 0. Nunca 1. Poucas vezes 2. Muitas vezes
3. Quase sempre 4. Sempre
23.Você já dirigiu um carro ou moto após ter bebido bastante? DIRIGBEB4 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
24. Em caso de SIM, com que freqüência? COMFRE54 0. Nunca 1. Poucas vezes 2. Muitas vezes
3. Quase sempre 4. Sempre
13.Você bebe... BEBE4 1.Raramente 2.Um dia/semana
3.Dois a três dias/semana 4.Todo dia/quase todo dia
14.Você considera esse consumo exagerado? EXAGERAD4 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
15.Você tem consumido bebida alcóolica apesar de seu médico ter sugerido que você pare
de beber por causa de um problema de saúde? BEBERIA4 0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
16. Em caso de SIM, com que freqüência? COMFRE14 0. Nunca 1. Poucas vezes 2. Muitas vezes
3. Quase sempre 4. Sempre
BLOCO 4 – AUDIÇAO As perguntas agora são sobre a sua audição...
1. “Você sente que você tem uma perda auditiva?” (diminuição na audição)
0. Não ....... Pule para Questão 4
1. Sim PERDAUDI4 9. Não sabe ........ Pule para Questão 4
2. Com que idade começou esse problema? | ___| ___| anos IDADPROB4
3. Esse problema apareceu repentinamente, um dia ouvia bem e no dia seguinte não?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe REPENTIN4
4. “Em geral, você diria que sua audição é...” GERALAUD4 0. Excelente 1. Muito boa 2. Boa 3. Regular 4. Ruim
5. Atualmente, você acha que... ATUALM4 0. Ouve da mesma forma que ouvia antes
1. Apenas o ouvido DIREITO ouve MENOS do que antes
2. Apenas o ouvido ESQUERDO ouve MENOS do que antes
3. Os dois ouvidos ouvem MENOS do que ouviam antes
9. Não sabe
6. “Se uma pessoa sentada do seu lado DIREITO, fala com você, num lugar silencioso,
você compreende o que falaram...” LDIREIT4 0. Sem dificuldades
1. Com pequena dificuldade
2. Com média dificuldade
3. Com grande dificuldade
4. Não compreende
7. “Se uma pessoa sentada do seu lado ESQUERDO, fala com você, num
lugar silencioso, você compreende o que falaram...” LESQUERD4 0. Sem dificuldades
1. Com pequena dificuldade
2. Com média dificuldade
3. Com grande dificuldade
4. Não compreende 8. Já saiu secreção amarela (pus) do seu ouvido por mais de 20 dias?
0. Não 1. Sim PUS4
9. Já fez alguma cirurgia no ouvido? CIRURGIA4 0. Não 1. Sim
10. Já fez uma consulta médica por causa do seu ouvido? CONSULTA4 0.Não ... Pule para Questão 13
1. Sim
11. O médico disse que o tímpano estava “furado”? TIMPANO4 0. Não 1. Sim
12. O médico disse que você precisava fazer uma cirurgia no ouvido?
0. Não 1. Sim CIRUROUV4
13. Nos últimos 12 meses, você sentiu algum zumbido, como uma zoada de
apito ou chiado, nos ouvidos ou na cabeça? ZUMBCAB4 0. Não ....... Pule para Questão 22
1. Sim
9. Não sabe ........ Pule para Questão 22 14. Com que idade começou a sentir esse zumbido? | ___| ___| anos
IDADZUMB4
3
15. “Nos últimos 12 meses, você sentiu algum zumbido, como uma zoada de apito ou chiado, nos ouvidos ou na cabeça, que tenha durado 5 minutos ou mais?”
0. Não ... Pule para Questão 22 ZUMBIDO4 1. Sim
9. Não sabe ... Pule para Questão 22
16. Você diria que esse zumbido se parece mais com... PAREMAIS4 0. Cachoeira* 1. Um chiado fino* 2. Um apitoo fino*
3. Um apito grosso* 9. Não sabe
17. Você diria que SENTE esse zumbido... SENTEZUMB4 0. Raramente 1. Uma vez na semana 2. Uma / algumas vezes ao dia
3. Quase o tempo todo 4. O tempo todo
18. Quanto esse zumbido incomoda você? ZUMBINCO4 0. Não incomoda 1. Pouco 2. Médio 3. Muito
19. Ouvir esse zumbido faz você se sentir “para baixo”? ZUMBAIXO4 0. Nunca 1. Raramente 2. Algumas vezes
3. Freqüentemente 4. Quase sempre
20. Quando você tenta dormir, o zumbido “aparece”? DORMIR4 0. Nunca 1. Raramente 2. Algumas vezes
3. Freqüentemente 4. Quase sempre 5. Sempre
21. Ao sair de um lugar barulhento, o zumbido “aparece” ou fica mais forte?
0. Não 1. Sim 9. Não sabe BARULH4________________________________________________________________________
22. “Você já trabalhou em algum ambiente com muito barulho onde seria preciso gritar para que um colega a um metro de distância pudesse ouvir?”
0. Não ... Pule para Questão 29 MUITOBAR4 1. Sim
9. Não sabe ... Pule para Questão 29
88. Não se aplica... Pule para Questão 29
23. Com que idade começou a trabalhar em ambiente com barulho? | ___| ___| anos
IDABARU424. Em sua vida, trabalhar exposto a barulho acontecia/acontece geralmente...
0. Só alguns dias no ano 1. Poucos meses no ano
2. Quase o ano todo 3. O ano todo GERALME4
25. Quantas horas no dia, em média, ficava/fica exposto a esse tipo de barulho?
| ___| ___| horas HORASEXP4
26. Em sua vida, por quanto tempo você trabalhou em ambientes assim?
| ___| ___| anos | ___| ___| meses ANOSBAR4 MESESBAR4 27. Considerando todo o período pelo qual trabalhou em ambiente com barulho, você
diria que usou o protetor auditivo... PROTEAUD4 0. Sempre 1. Quase sempre 2. Mais da metade desse período
3. Menos da metade desse período 4. Raramente 5. Nunca
28. Nos últimos 12 meses, você trabalhou em ambiente com esse tipo de barulho?
0. Não 1. Sim TIPOBAR4
29. Você costuma/costumava ficar próximo a caixas de som com volume muito alto, por 1 hora ou mais, em clubes, shows, festas, carnaval ou cultos religiosos?
0. Nunca 1. Raramente 2. Algumas vezes
3. Freqüentemente 4. Sempre SOMALTO4
30. Você costuma/costumava walkman com volume tão alto que as pessoas próximas conseguem/conseguiam escutar?
0. Nunca 1. Raramente 2. Algumas vezes
3. Freqüentemente 4. Sempre WALKMAN4
31. Você já atirou com arma de fogo sem proteção no ouvido?
0.Não 1.Uma vez 2.Algumas vezes 3.Muitas vezes
ARMAFOGO432. Já aconteceu de alguma bomba estourar perto do seu ouvido com um som
muito forte? BOMBA4 0.Não 1.Uma vez 2.Algumas vezes 3.Muitas vezes
33 . Costuma/costumava ter contato com solventes FORA do trabalho? (ex:
removedor de tinta, tinner, varsol, querosene, gasolina) SOLVENTE4 0. Nunca 1. Raramente 2. Algumas vezes
3. Freqüentemente 4. Sempre
34. Você já teve contato com solventes na sua vida de trabalho? (comuns em gráficas, pinturas em geral, posto de gasolina e em algumas indústrias)
0. Nunca ... Pule para Questão 37
1. Raramente ... Pule para Questão 37
2. Algumas vezes
3. Freqüentemente SOLVIDA4 4. Sempre
9. Não sabe ... Pule para a Questão 37
88. Não se aplica... Pule para a Questão 37
35.Com que idade começou a trabalhar em contato com solventes?
| ___| ___| anos IDASOLV4 36. Em sua vida, por quanto tempo trabalhou em contato com solventes?
| ___| ___| anos | ___| ___| meses SOLVANO4 SOLVMES4_______________________________________________________________
37. Na sua família (irmãos, pais ou filhos), alguém tem dificuldade para ouvir?
0. Não 1. Apenas idosos (+ de 65 anos) 2. Sim 9. Não sabe
FAMILAL4 38. Você já fez um exame chamado audiometria?
0. Não ... Pule para o Bloco 5
1. Sim, uma vez ... Pule para a Questão 40 AUDIOME4 2. Sim, mais que uma vez
9. Não sabe ... Pule para o Bloco 5
39. Pelo que você sabe, o resultado da última audiometria mostrou...
0. Audição normal 1. Algum problema auditivo 9. Não sabe
ULTIAUDI4
40. Pelo que você sabe, o resultado da sua primeira audiometria mostrou...
0. Audição normal 1. Algum problema auditivo 9. Não sabe
PRIMAUDI4
BLOCO 5 – TRABALHO SUB-BLOCO 1 – TRABALHO REMUNERADO DURANTE A INFÂNCIA 1.Com que idade você começou a trabalhar ganhando dinheiro?
| ___| ___| anos 88.Não se aplica. IDTR4
2. Se trabalhou antes dos 15 anos, qual o trabalho que você fazia? (Descrever)
____________________TRABANO4________________________________
________________________________________________CBO: 3. Se trabalhou antes dos 15 anos Naquela época, quantas horas por semana, em média, você trabalhava?
| ___| ___| h por semana HORASEMA4
TRABALHO ATUAL 1. Atualmente, você tem algum trabalho do qual receba alguma remuneração?
0.Não Pule para o Subloco 2.
1.Sim VTR4
2. RAMO DE ATIVIDADE – Qual a atividade que você faz ou o que produz (pode ser a firma ou por conta própria)?
__________________________________QUALATI4______________
__________________________________________CNAE:
4
SUB-BLOCO 2 – HISTÓRIA OCUPACIONAL
Agora eu gostaria de saber quais os empregos/trabalhos que você teve nos últimos 12 meses. Vamos começar pelo atual
1.EMPREGO / ATIVIDADE Período
2.Inicial 3.Final 4.Local do trabalho 5.Carteira
assinada?6.Número de
dias por semana?
7.Número médio de horas por dia?
1.Atual e Principal EMPREGA4 PERIA4 PERFA4 LOCALA4 CARTA4 QUANTA4 HORA4
2. EMPREGB4 PERIB4 PERFB4 LOCALB4 CARTB4 QUANTB4 HORB4
3. EMPREGC4 PERIC4 PERFC4 LOCALC4 CARTC4 QUANTC4 HORC4
4. EMPREGD4 PERID4 PERFD4 LOCALD4 CARTD4 QUANTD4 HORD4
5.
6.
7.
8.
Utilizar na coluna 5: 0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica
SUB-BLOCO 3 - Você sofreu algum acidente de qualquer natureza nos últimos 12 meses? 0.Não................Pule para o Sub-Bloco 4 1 SI m................Pule para a Ficha de Acidentes ACIDE4SUB-BLOCO 4 - CARACTERÍSTICAS DAS ATIVIDADES ATUAIS
1.Você está trabalhando atualmente? (assinale a mais importante)
1.Apenas um trabalho pago........Pule para Sub-Bloco 6 TRABALHA4 2.Apenas trabalho não pago para a família........Pule para Sub-Bloco 5
3.Trabalho pago e em casa para a família
4.Dois trabalhos pagos
99.Outro Esp: ______________ESPTRAB4___________________
SUB-BLOCO 5 - TRABALHO DOMÉSTICO NÃO PAGO PARA A PRÓPRIA FAMÍLIA Você me informou que ajuda no trabalho de casa... você poderia me dar alguns dados sobre essas atividades?...por exemplo...
1.Quais os dias da semana em que você realiza trabalhos de casa? 2. Em média, quantas horas diárias você gasta com:
1.Todos os dias DIASCASA4 2.De segunda a sexta
3.Nos finais de semana (sábado e domingo)
4.Somente aos sábados
5.Somente aos domingos
99.Outro Esp: ___________ESPDIAS4________________
PERGUNTAS ESPECÍFICAS PARA O TRABALHADOR REMUNERADO (SUB-BLOCO 6 E SUB-BLOCO 7)
SUB-BLOCO 6 - CARACTERÍSTICAS DO TRABALHO ATUAL E PRINCIPAL PAGO (ÚLTIMOS 30 DIAS) Agora vamos falar sobre seu trabalho principal (Ocupação 1) 1.Qual o tipo de vinculo que você tem nessa ocupação?
1.Biscateiro........Pule para Questão 5
2.Autonômo........ Pule para Questão 5
3.Assalariado
4.Empregado doméstico
5.Funcionário público VINCULO4 6.Profissional liberal
7.Empregador/Empresário
8.Aposentado
9.Pensionista
10.Encostado
99.Outro Esp: _________ESPVINCU4_______
2. Você trabalha em uma empresa? TRABEMPR4 0.Não ... Pule para Questão 5
1.Sim
9.Não sabe ... Pule para Questão 53. Quantos empregados, mais ou menos, têm na empresa
onde você trabalha? QEMPREGA4 |___|___|___|___|___| 9.Não sabe
4. A empresa onde você trabalha é a mesma que
lhe paga? EMPPAGA4 0.Não 1.Sim 9.Não sabe 5.Quantos dias você trabalha por semana? |___|___| d
DIASEM4 6.Quantas horas por dia você trabalha?
| ___| ___|:| ___| ___| h HORASDIA4
7.Tipo de jornada de trabalho? JORNADA4 1.Comercial 2.Noturno
3.De turno (às vezes pela manhã, ou tarde, ou noite)
99.Outro Esp: ______ESPJORNA4______
8.Quanto você ganha por mês em média (bruto)?
R$| ___ | ___| ___| ___| ___|,00
GANHAMES49. Você acha que o salário que você recebe é mais baixo do que deveria para esta ocupação?
0. Não 1. Sim 9. Não sabe
SALBAIXO4
10.Você contribui para a Previdência? ( Aceita múltiplas respostas)
1 Não NAO4
2 INSS como empregado contratado INSS4 3 INSS como autônomo AUTONOMO4 4 INSS como empregada doméstica DOMESTIC4 5 Previdência privada PRIVADA4 6 Previdência de funcionário público PUBLICO4 7 Outro.Esp____OUTR4______
11.Você tem plano de saúde privado? PLANOPRI4 0.Não 9... Não sabe Pule para Questão 15
1.Sim
12. O plano de saúde cobre despesas médicas...
0.Total 1.Parcial 9.Não sabe
PLANCOBR4
Durante a semana
Finais de semana
Total
Trabalho doméstico DURSEM4 FINASE4 TOT4
Sono DURASE4 FINSEM4 TOTA4
5
SUB-BLOCO 6 - CARACTERÍSTICAS DO TRABALHO ATUAL E PRINCIPAL PAGO (ÚLTIMOS 30 DIAS) (Continuação)
13. Caso tenha Plano, quem paga? PLANPAGA4
1 Empresa empregadora
Quanto p/mês? R$ _______,00 QTPAGA4
2 Apenas o trabalhador Quanto p/mês? R$ _______,00
3 Empresa e trabalhador
Empresa : Qto. p/mês? R$ _______,00 Não sabe Trabalhador: Qto. p/mês? R$ _______,00
4 Funcionário público Quanto p/mês? R$ _______,00
5 Outro. Esp: ___ESPPAGA4__________________
14. Qual é o seu Plano de Saúde? PLANSAUD4____ ______________________________________________
15 .Você tem algum tipo de Seguro acidente de trabalho?
0.Não 1.Sim SEGURO4
16. Em que tipo de lugar você trabalha?
1.Empresa ou firma LUGAR4 2.Repartição pública
3.Na rua
4.Em sua própria casa
5.Na casa de outras pessoas
99.Outro Esp: _____ESPLUGAR4_____
17. Você se sente sobrecarregado neste trabalho?
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre
VSOBTRAB4
18. Seu trabalho exige muito esforço físico?
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre
VTRAFISI4
19. Você tem pausa para descansar durante o dia?
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre
VPAUSA4 20. Você planeja seu dia-a-dia de trabalho?
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre
DIADIA421. Você pode modificar seus horários de trabalho? Por exemplo, se precisar sair mais cedo ou chegar mais tarde, isso pode ser negociado?
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre
VMODTRAB4
SUB-BLOCO 7 – CLIMA DE SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO Agora vamos falar sobre como é vista a saúde e a segurança do trabalho na empresa ou local onde você trabalha...
1.No meu trabalho, a saúde e a segurança dos trabalhadores estão suficientemente protegidas
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre
CLIMA0I4
2. Os supervisores ou chefes encorajam a gente a se proteger e evitar acidentes
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre
CLIMA0243. Os donos da empresa gastam dinheiro (investem) para que o ambiente de trabalho seja seguro
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3. Freqüentemente 4. Sempre
CLIMA0344. Existem regras bem claras sobre o que devemos fazer para evitar acidentes de trabalho
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre
CLIMA044
5. Na empresa em que trabalho é mais importante a segurança do que a produção
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre
CLIMA054
6. O ritmo de trabalho me impede de obedecer as regras de segurança
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre
CLIMA064
7. Eu recebo informações sobre segurança no trabalho
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre
CLIMA074
8. Na empresa, trabalhadores que não obedecem as regras de segurança são punidos
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre CLIMA084
9. Você alguma vez alertou algum colega sobre problemas de saúde e segurança que poderiam ocorrer devido ao trabalho?
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre
CLIMA09410. Você alguma vez informou ao supervisor/chefia de que havia problemas no trabalho que poderiam comprometer a saúde e segurança dos trabalhadores?
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre
CLIMA104
11. Você alguma vez pediu Equipamentos de Proteção Individual como luvas, óculos, etc.?
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre
CLIMA114
12. Com que freqüência você usa os Equipamentos de Proteção Individual?
0.Nunca 1.Raramente 2.Algumas vezes
3.Freqüentemente 4. Sempre
CLIMA124SUB-BLOCO 8 - PERCEPÇÃO DE RISCO E MEDIDA DE PROTEÇÃO
1.Você considera a sua atividade de trabalho perigosa? PERIGOSA4 0.Não Pule para a Questão 3
1.Sim
9.Não sabe Pule para a Questão 3
Por quê (identifique e liste os riscos conhecidos) ?
__________________________PORQPERI4_______________________
_______________________________________________________________
2.Que nota, de 0 a 10, você daria ao grau de perigo de seu trabalho?
|___|___| NOTAPER I4
3.Você recebeu algum tipo de treinamento para desenvolver sua atividade de trabalho?
0.Não
1.Sim
9.Não sabe TREINAM488.Não se aplica
99.Outro Esp: _____________________ESPTREI4_______________________
6
BLOCO 6 - SAÚDE E BEM-ESTAR PERCEBIDOS. Agora vamos falar sobre sua saúde... 1.Você parou de trabalhar ou ir à escola, nos últimos 12 meses, por algum problema de saúde?
0.Não........Pule para Questão 4
1.Sim PROBLSAU4
2.Este problema de saúde foi causado pelo seu
trabalho? CAUSADO4 0.Não........Pule para Questão 3
1.Sim. Qual foi o
problema?___QUALPROB4________________
3.Foi por causa de um problema de saúde agravadopelo seu trabalho? PROBGRAV4 0.Não 1.Sim Qual foi o
problema?__QUAPROBL4_________
4.Você se acha uma pessoa saudável ou sadia?
0.Não 1.Sim SAUDAVEL4
5. Que nota, de 0 a 10, você daria à sua saúde?
|___|___| NOTASAUD4
6.Você se acha uma pessoa feliz? FELIZ4 0.Não 1.Sim
7. Que nota você daria, de 0 a 10, à sua felicidade?
|___|___| NOTAFELI4
8. Algum médico já disse que você tem Diabetes?
0. Não 1. Sim 9. Não sabe
DISSEDIAB4
9. ... Pressão alta? PRESSAO4 0. Não 1. Sim 9. Não sabe
10. ... Doença crônica dos rins? DOENCRIN4 0. Não 1. Sim 9. Não sabe
11. Na sua vida, você já sofreu Traumatismo craniano? (batida extremamente forte na cabeça)
CRANIANO4 0. Não 1. Sim 9. Não sabe
12. ... Fez tratamento de Quimioterapia? QUIMIO4 0. Não 1. Sim 9. Não sabe
13. ... Ficou internado com risco de Morte?
0. Não 1. Sim 9. Não sabe
RISCOMOR4
BLOCO 7 – APOIO SOCIAL SUB-BLOCO 1 – APOIO SOCIAL NAS RELAÇÕES COTIDIANAS
Com que freqûencia, quando precisa, você pode contar com... 0. Nunca 1.Raramente 2.Algumas
Vezes 3.Muitas
Vezes 4.Sempre
1. Alguém que ajuda você quando você está doente COTIDIA14
2. Alguém que mostra carinho por você ou diz que ama você COTIDIA24
3. Alguém em quem você confia para falar sobre seus problemas íntimos
COTIDIA34
4. Alguém que dá a você alguma informação ou conselho de como você deve agir
quando tem algum problema COTIDIA44
5. Alguém com quem você sai para se divertir ou com quem você faz coisas
agradáveis e relaxantes COTIDIA54
SUB-BLOCO 2 – APOIO SOCIAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO – APENAS PARA O TRABALHADOR REMUNERADO
Pensando nas pessoas que trabalham com você, diga se você concorda ou não com as afirmações...
1. Discordo totalmente
2. Discordo mais ou menos
3. Concordo mais ou menos
4. Concordo totalmente
1. Eu posso contar com o apoio dos meus colegas de trabalho RELTRAB14
2. Se eu não estiver num bom dia meus colegas entendem RELTRAB24
3. No trabalho eu me relaciono bem com meus chefes. RELTRAB34
4. Eu gosto de trabalhar com meus colegas. RELTRAB44
5. Meus colegas me aconselham a ter cuidado quando há algum perigo no meu
trabalho. RELTRAB54
BLOCO 8 - FATORES EMOCIONAIS Agora iremos conversar sobre você. Suas respostas nos ajudarão a entender melhor os problemas que você possa ter. Inicialmente faremos perguntas sobre como você se sentiu... SUB-BLOCO 1- DEPRESSÃO Nos ÚLTIMOS QUINZE DIAS, com que freqüência você se sentiu incomodado por...
0.Nunca 1. Vários dias
2. Mais da metade dos dias
3. Quase todo dia
1.Estar com pouco interesse ou alegria em fazer as coisas... INTERESS4
2.Estar para baixo, deprimido(a), ou se sentindo sem futuro... DEPRIMID4
3.Estar com dificuldade de pegar no sono, continuar dormindo ou dormindo demais...
DIFDORM4
4.Estar com sensação de cansaço(a), com pouca energia... POUCENER4
5.Estar com pouco apetite ou comendo demais... COMENDO4
6.Estar com idéias ruins sobre você mesmo, se sentindo fracassado(a) e que é um
atraso para si ou para a família... IDEIAS4
7.Estar com dificuldade para se concentrar, como por exemplo ler jornais ou ver
televisão... CONCENTR4
8.Estar andando ou falando muito devagar que até outras pessoas notaram? Ou ao contrário, estava mais inquieto do que o normal, não conseguindo ficar parado... DEVAGAR4
9.Com idéias de que você estaria melhor morto ou então de fazer algo contra você
mesmo... MORTO4
7
SUB-BLOCO 2- AUTO-ESTIMA
Para cada uma dessas situações, diga a resposta que melhor lhe descreve 0.Nunca 1.Rara-
mente 2. Algumas
vezes 3.Freqüen-
temente 4. Quase sempre
1.Sinto-me uma pessoa de valor, ou pelo menos igual às outras... PESVALOR4
2.Sinto que não tenho muito do que me orgulhar... ORGULHAR4
3.Sinto que tenho algumas qualidades positivas... QUALIDAD4
4.Às vezes, sinto que não sirvo para nada... NAOSIRVO4
5.Sinto que sou de fazer as coisas tão bem quanto a maioria das pessoas. COISABEM4
6.Sinto que não sou capaz de fazer nada direito... NADADIR4
7.Tenho uma atitude positiva em relação a mim mesmo(a)... ATITUDE4
8.Sinto que minha vida não é muito útil... INUTIL4 SUB-BLOCO 3- IDÉIAS DE SUICÍDIO
1.Nos últimos 12 meses, você pensou seriamente em suicidar?
SUICIDA4 0.Não ... Pule para o Sub-Bloco 4
1.Sim
2.Nos últimos 12 meses, você planejou como tentaria suicidar?
SUICID4 0.Não
1.Sim
3.Nos últimos 12 meses, quantas vezes você tentou suicídio? QUANTENT4 0.Nenhuma
1.Uma vez
2.Duas ou três vezes
3.Quatro ou cinco vezes
4.Seis ou mais vezes
4.Se você tentou suicídio, nos últimos 12 meses, alguma destas tentativas lhe causou lesão,
intoxicação ou overdose que teve de ser tratada pelo médico? TENTATIV4 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
SUB-BLOCO 4- ANSIEDADE Nas ÚLTIMAS QUATRO SEMANAS com que freqüência você tem se sentido perturbado pelos seguintes problemas... 0.Nunca 1.Raramente
2.Algumas Vezes
3.Freqüente-mente
4.Quase sempre
1.Se sentindo nervoso(a), ansioso(a), no seu limite ou muito preocupado(a)
com coisas diferentes... ANSIOSO4
2.Sentindo-se tão inquieto que é difícil ficar sentado... INQUIETO4
3.Se sentindo cansado(a) muito facilmente... CANSADO4
4.Se sentindo com dores pelo corpo ou com tensão nos músculos...
DORES4
5.Se sentindo com dificuldades para pegar no sono... DIFISONO4
6.Se sentindo com dificuldade para se concentrar em coisas como ler um
jornal, ver TV ou fazer os trabalhos da escola... CONC4
7.Se irritando ou se aborrecendo facilmente... IRRITADO4
BLOCO 09 – PADRÕES DE SONO Durante as ÚLTIMAS QUATRO SEMANAS, com que freqüência você tem tido alguns desses problemas relacionados com o sono.....
0. Raramente ou nunca
1. Algumas vezes 2. Freqüentemente 3. Quase todo
dia
1. Dificuldades para pegar no sono SONO4
2. Dormindo menos do que o habitual por causa da atividade escolar como
esportes, idas a clubes, tocar em bandas, corais, etc. DORMIATE4
3. Dormindo menos do que o habitual porque tem trabalho.
DORMITRA4
4. Trocando o turno que costuma dormir porque tem trabalho/estudo.
TROCTURN4
5. Costuma tomar remédios / calmantes para conseguir dormir?
TOMAREME4
6. Costuma cochilar durante a jornada de trabalho/aulas?
COCHILAR4
7. Sente sono, mas não cochila durante a jornada de trabalho/aulas?
SENTESONO4
8. Quando você acorda, sente-se cansado? ACORCANS4
9. Quando você vai dormir, sente dores no corpo? DORESCORP4
10. Quando você vai dormir, o lugar tem muito barulho?
LUGBARUL4
11. Quando você vai dormir, o lugar tem muita claridade?
LUGCLARI4
12. Quando você vai dormir, pensa em situações que lhe causam medo? PENSSITU4
8
Nos dias de trabalho: 13. A que horas você costuma ir dormir? |___|___| HORDORM4
14. Que horas você acorda no próximo dia? |___|___| HORPROX4
Nos dias em que não trabalha:
15. A que horas você costuma ir dormir? |___|___| HORADORM4
16. Que horas você acorda no próximo dia? |___|___| HORAPROX4
17. As pessoas costumam dizer que você ronca? RONCA4 0. Nunca ... Pule para o Bloco 10
1. Raramente 2. Algumas vezes
3. Freqüentemente 4. Sempre
88.Não se aplica ... Pule para o Bloco 10
18. As pessoas costumam dizer que o seu ronco é... SEURONC4 0. Baixo 1. Médio 2. Alto 3. Muito alto
BLOCO 10– RELACIONAMENTO FAMILIAR E INTERPESSOAL Agora vamos falar sobre o que você pensa do seu relacionamento com sua família.
0. Muitos Problemas
1. Alguns Problemas 2. Poucos Problemas 3. Nenhum Problema
1.Pense em sua família ou com quem você vive. Você diria que existe
muita briga: FAMILIA4
2.Pense em sua vida na escola, no dever de casa, nas notas, nas suas atividades e como você se dá com os seus colegas e professores. Você
diria que tem problemas: ESCOLA4
BLOCO 11– ESTRESSE NO BAIRRO Pense no bairro em que você mora. Você acha que esses são problemas no seu bairro?
0. Não é problema 1.Problema simples
2. Às vezes é um problema sério
3. É um problema muito sério
1.Crimes no seu bairro CRIMES4
2.Gangues GANGUES4
3.Tráfico TRAFICO4
4.Muito barulho BARULHO4
5.Sujeira e bagunça SUJEIRA4
6.Iluminação nas ruas (postes de luz) ILUMINAC4
7.Disponibilidade de transporte público TRANSPUB4 8.Disponibilidade de parques, área para brincar, quadras de esporte, etc PARQUES4
9.Preconceito e discriminação PRECONC4
10.Drogas DROGAS4 BLOCO 12 – VIDA ESCOLARVerifique novamente se a pessoa está estudando atualmente. Caso SIM
1.Marque a nota de 0 a 10 que você daria para o seu desempenho escolar
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__| DESEMPEN4
2.Marque a nota de 0 a 10 que os seus colegas dariam para o seu aproveitamento 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__| APROVEIT4
Caso tenha deixado de estudar... DEIXEST45..Por que você deixou de estudar?
1.Precisava trabalhar
2.Notas baixas
3.Distância da escola
4.Falta de motivação
5.Repetia de ano na escola
6.Indisciplina na escola
7.Violência na escola
99.Outro Esp: _____________ESPE4________________________
SUB-BLOCO 1 – TRABALHO E ESCOLA
1.Você deixa de fazer o dever da casa porque teve que trabalhar?
RTESC014 0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88.Não se aplica.... Pule para Questão 6
2. Você deixa de ir pra a escola porque teve que ir pro trabalho?
RTESC024 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
3. Ter que trabalhar atrapalha no seu aprendizado? RTESC034 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
4. Quando você não tem nada pra estudar, faz melhor o seu trabalho?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe RTESC044
5. Seu patrão flexibiliza o seu horário para que você possa estudar?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe RTESC054
6. Você acha que trabalhar é melhor do que estudar? RTESC064 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
7. Na sua turma, os alunos que não trabalham são os melhores?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe RTESC074
8. Quem trabalha e estuda, aprende as coisas mais rapidamente na escola?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe RTESC094
9. Na sua turma, os alunos que trabalham chegam à escola na hora certa?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe RTESC084
10. Você já perdeu de ano por causa do trabalho? RTESC104 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
11. Os alunos que trabalham, se interessam mais nos estudos? RTESC114 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
12. Se você fosse forçado a escolher entre o trabalho e a escola, escolheria a escola?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe RTESC124
13. Na sua opinião, trabalhar fora de casa faz o aluno ser mais responsável na escola?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe RTESC134
14.A pessoa que trabalha e estuda fica mais esperta e desenvolvida que aquela que só estuda e não trabalha?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe RTESC144
9
SUB-BLOCO 2 – ASSIDUIDADE SUB-BLOCO 3 – MOTIVAÇÃO
1. Você falta muito às aulas? ASSID14 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
2. Já perdeu mais de 3 dias de aulas seguidos neste ano? (Sem contar greves ou feriados)
0.Não 1.Sim 9.Não sabe ASSID24
1.Você gosta de ir para a escola? MOTIVA14 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
2. Você gosta de estudar? MOTIVA24 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
3. Você já faltou alguma aula este ano por não gostar (muito) da matéria?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe 88. Não se aplica MOTIVA34
SUB-BLOCO 4 – ESTRESSE ESCOLARPense na sua escola. Você acha que esses são problemas na sua escola? 0. Não é
problema 1. Problema
simples 2. Às vezes é um problema sério
3. É um problema muito sério
1.Violência VIOLENC4
2.Gangues (turma da pesada) GANGUE4
3.Armas ARMAS4
4.Drogas DROGA4
5.Barulho na sala de aula BARUSALA4
6.Sujeira e bagunças BAGUNCA4
7.Salas muito cheias SALACHEI4
8.O modo como os professores tratam os alunos é ruim PROFMAL4
9.Falta de material escolar e de equipamentos (como livros, computadores,
equipamentos esportivos, quadras de esporte, etc) MATESCOL4
10.Preconceito e discriminação DISCRIM4
11.Roubos e furtos ROUBOS4
Modo de aplicação da entrevista: 1.Pessoalmente 2.Por telefone 3.Pessoalmente e por telefone MODOFIT4
Duração da aplicação desta ficha: | ___| ___|:| ___| ___| h DURAFIT4
Universidade Federal da Bahia Instituto de Saúde Coletiva – ISCPrograma Integrado de Saúde Ambiental e do Trabalhador Pesquisa: “ACIDENTES DE TRABALHO”
Nº FAMÍLIA ÁREA IND:
Ficha de Acidente (FAC)
Data da Entrevista: DATAAC4 Pré-nome do Entrevistador: ____ENTREVAC4_______ Pré-nome do Entrevistado: ____NOMEAC4________________
Local da Entrevista: ____LOCALAC4_____________________________________________________________________ Início da entrevista: INICIOAC4
BLOCO 1 – ACIDENTES SUB-BLOCO 1 - Agora vamos falar de acidentes que tenham ocorrido com você nos últimos 12 meses. Você sofreu algum tipo de acidente nesse período de tempo? Por exemplo, se cortou, tomou uma queda, foi atropelado, bateu com a cabeça, tropeçou...? Você poderia me contar como foi que isso aconteceu? O que aconteceu? O que fazia quando aconteceu? Onde? Quando?
OCORRE4
OCORRE014
OCORRE024
OCORRE034
SUB-BLOCO 2 - CARACTERÍSTICAS DO ACIDENTE Agora vou lhe fazer mais algumas perguntas sobre esse acidente...
1.Qual a data em que ocorreu o acidente? _____/______/______
DAT4
2.A que horas você começou a trabalhar no dia do acidente? | ___| ___|:| ___| ___| h
HORAS4
3.A que horas ocorreu o acidente? | ___| ___|:| ___| ___| h
OCORREU4
4.Você estava no seu horário normal de trabalho?
0.Não TRABALHO4 1.Sim........Siga para Questão 6
2.Estava se dirigindo ou retornando do trabalho...... Siga para Questão 6
5.Por que então estava trabalhando? PORQUE4 1.Hora extra
2.Cobrindo falta de um colega
3.Período de festa
99.Outro Esp: ____ACESPORQ4_______________________
6.Qual foi a causa do acidente? QUALCAUS4 1.Queda da pessoa
2.Queda de veículo em movimento
3.Atingido por um veículo ou objeto em movimento
4.Colisão de veículo
5.Manipulação de ferramentas cortantes ou perfurantes
6.Transporte de equipamento
7.Contato com substância química
8.Contato com substância quente
9.Contato com superfície aquecida ou muito fria
10.Choque elétrico
11.Manuseio de máquina
12.Esforço físico inadequado
13.Projétil
14.Vazamento/inalação de gases
15.Explosões
16.Incêndio
17.”Ficou imprensado”
99.Outra Esp: ____ACESPQUA4_______________________
7.Você sofreu alguma lesão física?
0.Não........Siga para Questão 9
1.Sim SOFLESAO4
8.Qual o tipo de lesão que você sofreu?
1.Laceração (cortes superficiais)
2.Raladura
3.Queimadura LESSOFR4 4.Perfuração
5.Estiramento/entorse
6.Luxação (deslocamento)
7.Fratura
8.Hematoma
9.Hemorragia
10.Bolhas
11.Asfixia (sufocamento)
12.Eletroplessão (choque elétrico)
13.Insolação (choque térmico)
14.Pancada na cabeça
15.Amputação
16.Perda de consciência
17.Esmagamento
18.Múltiplas lesões
99.Outro Esp: ____ACESPLES4____
9.Você sofreu algum problema psicológico?
0.Não
1.Sim PSICO4 9.Não sabe
10.Esse acidente foi informado através de CAT?
0.Não INFORMAD4 1.Sim
9.Não sabe
88.Não se aplica
11.Você recebeu algum atestado (médico) pelo acidente?
0.Não ATESTADO4 1.Sim
9.Não sabe
12.Por causa deste acidente, você ficou impossibilitado de ir para o trabalho e/ou escola?
0.Não........Siga para Questão 15
1.Sim IMPOSSIB4 9.Não sabe........Siga para Questão 15
13.Por quantos dias/horas?
| ___| ___| dia(s) QUAN4
| ___| ___| hora(s) DIAS4
14. Que dia você voltou ao trabalho?
______/_______/_______ DIAVOLT4
15.Você recebeu salário ou algum pagamento enquanto estava afastado ou sem poder trabalhar?
0.Não
1.Sim SALARIO4 9.Não sabe
88.Não se aplica
16.A respeito desse acidente você pode dizer que:
0.Não houve efeito permanente DIZER4
1.Houve efeito permanente, possibilitando trabalhar na mesma atividade
2.Houve efeito permanente, possibilitando trabalhar, mas não na mesma atividade
3.Houve efeito permanente, tornando-o incapacitado para trabalhar
4.Ainda em recuperação
17.Depois desse acidente você: DEPOIS4 1.Continuou no mesmo trabalho sem alteração
2.Perdeu o emprego
3.Resolveu mudar de emprego
88.Não se aplica
99.Outro Esp: ____ACESPDEP4___________
FASE 4
Continuação
18.Houve registro policial do acidente?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe
88.Não se aplica REGISTRO4
19.Outras pessoas foram acidentadas? OUTRAS4 0.Não........Siga para Questão 20
1.Sim
9.Não sabe........Siga para Questão 20
20.Alguém morreu nesse acidente? MORREU4 0.Não 1.Sim 9.Não sabe
21.Você acha que o acidente poderia ser evitado?
0.Não 1.Sim 9.Não sabe
EVITADO4
22.Onde ocorreu o acidente? ONDE4 1.Estabelecimento da empresa
2.Firma onde a empresa presta serviço
3."No trabalho", em via pública
4."No trabalho", em casa
5."No trabalho", na casa do patrão
6.Indo ou vindo para o trabalho
99.Outro Esp: ____ACESPOND4__________
23.Você precisou ser atendido? ATENDIDO4 0.Não........Siga para Questão 31
1.Sim
9.Não sabe........Siga para Questão 31
24.Onde você recebeu os primeiros socorros?
1.Em casa SOCORROS4 2.No local de trabalho por colegas
3.No serviço médico da empresa
4.Serviço de emergência
5.Serviço médico
6.Ambulância
99.Outro Esp: ____ACESPSOC4___________
25.Depois disso você recebeu algum tratamento de saúde após o acidente?
0.Não........Siga para Questão 31
1.Sim
9.Não sabe........Siga para Questão 31
TRATAMEN4
26.Quanto tempo durou seu tratamento?
| ___| ___| dia(s) DUROU4
27.Onde você recebeu esse tratamento?
Nome da clínica: ____CLINICA4_____________
____________________________
End: ____ENDE4__________________________
____________________________
Nome do médico / outro profissional: ___________
NOMEMED4____________________________
28.Qual o diagnóstico dado ao trauma conseqüente a este acidente?
___________DIAGNO4_________
29.Quem pagou pelas despesas do atendimento e/ou tratamento médico? Aceita múltiplas respostas
1.SUS PAGSUS4 2.Empresa PAGEMPR4 3.Plano de saúde PAGPLAN4 4.Do próprio bolso PAGPROI4 5.Seguro acidente privado PAGSEGU499.Outro Esp: ____ACESPPAG4_______
30. Você ficou satisfeito com o atendimento que você recebeu? Utilize a escala abaixo:
0.Não gostou 1.Pouco 2. Médio 3.Muito
1.SUS |_____| ATENDSUS4
2.Empresa |_____| ATENDEMP4
3.Plano de saúde |_____| ATENDPLA4
4.Do próprio bolso |_____| ATENDPRO4
5.Seguro acidente privado |_____| ATENDSEG4
99.Outro |_____| ATENDOUT4
31.Esse acidente afetou sua família? Aceita múltiplas respostas
1.Não afetou AFETOU4 2.Trouxe dificuldades para manter as despesas da casa
DIFIC4 3.Outros tiveram que trabalhar TRAB4 4.Precisou de alguém da família para tomar conta
TOMAR4 5.Alguém teve que sair do emprego para cuidar do
acidentado CUIDAR4 99.Outro Esp: ____OUT4___________________________________________
32.Você continua sentindo alguma coisa por causa do
acidente? SENTINDO4 0.Não
1.Sim Esp: ____OUT14______________________
______________________________
BLOCO 2 – ACIDENTE - LOCAL DO TRAUMA (Aceita múltiplas respostas)
S00- S09 ' Traumatismo de cabeça
S10-S19 ' Pescoço
S20-S29 ' Tórax
S30-S39 ' Abdômen
dorso, coluna lombar e pelve
S80-S89 ' Joelho e perna
S40-S49 ' Ombro e braço
S50-S59 ' Cotovelo e antebraço
S60-S69 ' Punho e mão
S70-S79 ' Quadril e coxa
S90-S99 ' Tornozelo e pés
TRAUMA4 TRAUMA14
TRAUMA24 TRAUMA34
TRAUMA44
BLOCO 3 – CUSTOS COM O ACIDENTE DE TRABALHO (GRAVIDADE)
33. Você ficou hospitalizado(a)?
0.Não
1.Sim FICHOSP4 9.Não sabe
88.Não se aplica
34. Você ficou na UTI?
0.Não
1.Sim UTI4 9.Não sabe
88.Não se aplica
35. Quantas vezes você precisou ir à clínicas, ambulatórios ou consultórios por causa desse acidente?
|_____| vezes VEZCONS4
36. Faça uma estimativa geral de quanto você gastou, do próprio bolso, por causa desse acidente?
R$ |_________________| ESTGAST4
Modo de aplicação da entrevista: 1.Pessoalmente 2.Por telefone 3.Pessoalmente e por telefone MODOAC4
Duração da aplicação desta ficha: | ___| ___|:| ___| ___| h DURAAC4
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