UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A COMUNICAÇÃO COMO FATOR REGUALADOR NA VIDA
FAMILIAR E CONJUGAL
Por: Javier Chuquipiondo Ysuiza
Orientador
Prof. Vilson Sérgio de carvalho
Rio de Janeiro 03 de Agosto de 2009
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A COMUNICAÇÃO COMO FATOR REGULADOR NA VIDA
FAMILIAR E CONJUGAL
Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do
Mestre – Universidade Candido Mendes como
requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Terapeuta de Família
Por: Javier Chuquipiondo Ysuiza
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, a minha igreja, aos
professores que possibilitaram mais está
oportunidade, a minha esposa pela paciência e
compreensão e aos colegas do curso que
também contribuíram na elaboração dos
trabalhos em grupo e na troca de experiências.
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha esposa Fernanda, às minhas filhas Thaís e
Thamires, a minha igreja, a toda minha família, aos casais e a todos que
apresentarem interesse pelo assunto.
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RESUMO
A relação familiar e conjugal tem enfrentado mudanças com respeito
à sua organização e aos princípios éticos, valores morais, tradição, cultura e
principalmente a forma de comunicação interna e externa que regulam e
orientam a sua constituição no mundo pós-moderno. As novas formas de
organização familiar e os novos arranjos conjugais se diversificam muito na
atualidade, temos desde o modelo mais tradicional de família e de casal, até
outras formas menos convencionais e as mudanças das relações de gênero e
as mudanças nos arranjos conjugais de heterossexual, homossexual e outros
tipos de uniões sem vínculos legais, mas que pouco a pouco está sendo aceito
pela sociedade e estado. O contexto contemporâneo é marcado também pelas
mudanças aceleradas e fluídos de forma de comunicação instantânea, que
pressionam a tempo luz à família e casais a se adaptarem e reformular seus
processos de comunicação com objetivo de se contextualizarem. O mundo
atual é pautado por valores individualistas e laços conjugais mantidos por
satisfação e prazer cada vez mais diversificados. E as relações de gênero
tendem a ser mais igualitárias, e as diferenças entre os papéis parentais
também tendem a ser menos nítidas.
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METODOLOGIA
O método que utilizei para a elaboração desta monografia foi a pesquisa
bibliográfica e consulta na internet. O tema é do meu Interesse desde a
graduação, devido o meu interesse de ampliar o conhecimento na área de
família e especificamente no relacionamento conjugal, área que pretendo atuar
como profissional de psicologia. Para a elaboração deste trabalho não fiz a
pesquisa de campo devido à falta de oportunidade.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I 09
CAPÍTULO II 15
CAPÍTULO III 20
CONCLUSÃO 27
BIBLIOGRAFIA 28
ÍNDICE 30
FOLHA DE AVALIAÇÃO 31
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INTRODUÇÃO
Este trabalho pretende apresentar de forma geral e específica alguns
aspectos das transformações familiares e conjugais, fruto de uma pesquisa
bibliográfica de autores especialistas em família, casal e comunicação humana
e pretendo também demonstrar as vantagens e sua importância para quem
cultivar a comunicação como arte de dialogar e de ouvir para regular e orientar
a vida familiar, individual e conjugal no mundo pós-moderno
O trabalho será desenvolvido em três capítulos. No capítulo 1, será
apresentada uma contextualização da família e das novas uniões
contemporâneos, a partir do levantamento dos seus ideais e modelos de
relacionamento. No capítulo 2, abordaremos a comunicação como meio de
interação na construção da conjugalidade e as articulações com os aspectos
individuais e conjugais. E no capítulo 3, concluímos apresentando como é
importante cultivar a arte de dialogar e ouvir para prevenir e evitar conflitos na
conjugal.
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CAPÍTULO I
A TRANSFORMAÇÃO DA FAMÍLIA E CASAL
CONTEMPORÂNEO.
Nas novas organizações sociais, as famílias em transformação e as novas
uniões conjugais em expansão, aconteceram mudanças substanciais na
modernidade. Não podemos falar das novas uniões, sem primeiramente
destacar a transformação que a família contemporânea está sujeita. A pesar
de todas essas mudanças acontecendo e afetando à família ela não morreu e
nem desapareceu, porque ela continua sendo sonhada, almejada e reinventada
por homens e mulheres de todas as idades, raças, culturas no mundo pós-
moderno (Elizabeth Roudinesco...). A sociedade em transformação gera
pessoas diferentes que lidam com seus desejos e com a construção de suas
histórias. A família é uma das organizações mais remotas que acompanha o
ser humano em sua trajetória histórica, que enfrenta uma nova reorganização
interna e externa para se adequarem as exigências das novas realidades do
mundo contemporâneo com o objetivo de acompanhar toda mudança que
afetam diretamente à família.
“As famílias, em suas formas diversas, devem estruturar
as vidas de modo a realizar as tarefas essenciais para o
crescimento e o bem estar de seus membros. Para lidar
de maneira eficiente com as crises e a persistente
adversidade precisam mobilizar recursos, resistir ao
estresse e se reorganizar para se adequarem às
condições alteradas”, (Walsh, 2005, p. 77)
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“O que caracteriza a família e casamento numa
situação pós-moderna é justamente a inexistência
de um modelo dominante, seja no que diz respeito
às práticas, seja, enquanto um discurso
normalizador das práticas”, (Vaistsman, 1994, p.19)
Segundo Vaistsman (1994) o que caracteriza fundamentalmente a família e a
conjugalidade na pós-modernidade é justamente a ausência de um modelo que
dite as regras das práticas em discursos institucionalizados.
Os estudos sobre a conjugalidade desenvolvida a partir do século XX (Gurman
e Fraenkel, 2002), defendem uma definição psicossocial de conjugalidade, ela
é definida como um núcleo básico da formação da família com fortes laços
afetivo-sexual, que se caracteriza cada vez menos estável, com um forte
compromisso de ajuda recíproco, com pretensão de ampliar a família com filho
biológico, afetivo ou parente. Especialistas como Berger e Kellner (1964),
Veiga da Silva (2001) e Grandesso (2000), vêem a conjugalidade como um
processo de constante construção de uma realidade comum. Isto significa que
o individuo ao entrar na relação conjugal deve estar disposto a experimentar
uma reconstrução de sua realidade individual, e possibilitando a criação de
novas referências comuns de uma identidade conjugal. Em nossos dias a
oficialização do relacionamento conjugal ainda passa pela via da instituição
jurídica, religiosa e pela aceitação da sociedade, podendo participar da mesma
moradia ou não e, até mesmo, somente pelos laços afetivos, sexuais e outros
fatores que o caracterizem como tal.
O casal contemporâneo tem contornos imprecisos, é cada vez menos
institucionalizado, menos durável, menos estável e menos utópico. De forma
geral o individuo moderno está sendo mais cauteloso na área sentimental,
quando se trata de formalizar o relacionamento conjugal, o casal já vem
construindo essa possibilidade sem necessariamente, se inserirem num quadro
institucional pré-estabelecido. O casal contemporâneo está mais concentrado
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na relação afetivo-sexual em curto prazo, preferindo construir o seu ambiente
conjugal a partir das experiências em comum, do que se guiar e apoiar em
regras de valores definidas previamente estabelecido pela família e o contexto
social.
A junção conjugal se dá num processo lento com os parceiros se
adaptando a nova realidade à medida que vão se relacionando no convívio
diário. É uma espécie de “teste de amor”, onde os parceiros aproveitam para
avaliar suas possibilidades para estabelecerem uma aliança conjugal que
contemple tanto os seus interesses individuais e como casal (Kaufmann, 1995).
Os parceiros vão se integrando a vida de casal por meio de um processo de
integração gradativo.
No primeiro estágio da integração conjugal, os parceiros se deparam com a
insubordinação as referências pessoais e uma redefinição das mesmas a partir
da relação com o outro. Em meio a esse processo se inicia a construção de um
mundo de referências comuns ao casal que vai formar a identidade conjugal.
Neste primeiro estágio o casal tenta uma integração sem dar muita importância
as suas diferenças pessoais, porque são influenciados pelo sentimento da
paixão que os une nesse primeiro momento.
O segundo estágio da integração conjugal dá-se início em meio à convivência
do casal. Aos poucos o casal vão se soltando e liberando as suas referências
comuns e adquirindo segurança e a maturidade de uma identidade
compartilhada.
Neste segundo estágio o casal estabelece seus valores morais, regras, rotinas,
funções e papéis que vão dar estabilidade, limite e respeito ao relacionamento
conjugal.
E o terceiro estágio da integração conjugal é caracterizado por um sentimento
de segurança que é fruto de uma identidade compartilhada e pela percepção
das diferenças pessoais. Neste primeiro estágio são os sentimentos intensos
responsáveis pelo primeiro estágio de integração conjugal que a essa altura já
se abrandarem e o mundo em comuns já se organizou.
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Quando o casal supera os três estágios significa que o relacionamento é
estável, começa então o casal a demarcar suas fronteiras individuais,
formalizando seus limites e defendendo os espaços pessoais. O casal dá início
a uma nova forma de trocas, que tenta administrar as necessidades individuais
e ao mesmo tempo tenta conciliá-las com as conjugais.
Como parceiros o casal se esforçam para preservar e sustentar a sua
conjugalidade, buscando delimitar espaços para expressar as suas
individualidades em um contexto que não é comum a ambos (Kaufmann, 1988
e 1995).
A estabilidade conjugal é construída pela via da comunicação verbal e não
verbal e nas combinações de suas ações no meio social, ambos decididos para
a construção de uma história em comum e consciente das futuras
transformações como resultado da interação recíprocas (Veiga da Silva, 2001,
p.44). O casal contemporâneo representa uma relação de intensa significação
na vida dos individuos envolvidos, tendo em vista que há um alto grau de
intimidade e um grande investimento afetivo. Pesquisadores como Rubin (1990)
e Giddens (1992) ao pesquisarem sobre as transformações das relações
conjugais nas sociedades ocidentais, fica evidente que acontecerem grandes
mudanças nas relações conjugais entre homens e mulheres nas gerações
atuais.
A partir da metade do século XX e início do século XXI, todos os padrões
que envolviam a construção psicosocial das identidades masculinas e
femininas para a formação de casais heterossexuais, passaram a ser
questionados, gerando uma crise de identidade e novos arranjos conjugais. As
novas formas conjugais vem crescendo e se difundindo e ganhando
legitimidade e aceitação pela sociedade moderna. Vem surgindo como
alternativas ao modelo tradicional as novas organizações conjugais. Segundo
Ferro Bucher (1999), tem surgido novos modelos de relacionamentos, desde
casamentos informais e abertos, até relacionamentos poligâmicos, poliândricos,
casais de homossexuais, casais de lésbicas e bissexuais e outros tipos de
arranjos de relacionamentos. O casal convencional na tentativa de se manter
no contexto moderno, acabam adotando e repetindo os padrões modernos com
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o objetivo de se adaptarem e conviverem em com os novos estilos de
conjugalidade (Mello da Silveira, 1998). Por sua vez os novos padrões de
relacionamentos conjugais manifestam diferentes aspectos e experiências
conjugais: na sexualidade, na afetividade e nas relações familiares, pelas quais
os individuos experimentam novas identidades pautadas na singularidade
pessoal e no coletivo.
Casais antes tidos como anormais ou patológicas hoje cada vez mais são
aceitos pela sociedade moderna, dando sinais de que a heterogeneidade entre
os diferentes arranjos conjugais dá passos gigantes para uma naturalização.
Toda essa novidade de conjugalidade diferentes tem proporcionado aspectos
psicossociais relevantes que manifestam novidades na produção de
subjetividade na pós-modernidade. Há muitos fatores sócio-culturais envolvidos
na mudança dos padrões de conjugalidade contemporâneo, tais como a
ampliação do estado de direito e democracia; o movimento de libertação
feminino; o movimento gay; a crise pós-moderno e outros. A pesar de que no
início cujos aspectos tenham causado crises sociais e familiares, eles também
indicam uma ruptura com a tradição e pontuam a transformação da relação
heterossexual, para novas experiências conjugai. A construção de novas
configurações conjugais são multifacetada em suas diversidades e afeta o
sujeito pós-moderno, a fragmentação desses sujeitos envolvidos é dividido
entre o sentir, o pensar e o agir. Resultando em busca de novos padrões mais
satisfatórios de construção de relacionamentos amorosos que propiciem
condições melhores para o processo de diferenciação e desenvolvimento
psicológico e emocional dos parceiros funcionando razoavelmente dentro o
esperado, (Bowen, 1 978; Goleman, 1998).
A busca do equilíbrio é uma questão fundamental em todos os
relacionamentos conjugais indiferente de seu arranjo. Os casais
contemporâneos se adéquam melhor quando cada parceiro respeita as suas
características e os aspectos criativos do outro de maneira mútua e quando
estão dispostos a reconhecer igualmente o direito de cada um. Estudos que
acompanham os processos de transformação familiar têm enfatizando a
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importância da flexibilidade e do equilíbrio dos papéis para a promoção de
crescimento e do desenvolvimento maturo e saudável de ambos os parceiros,
com suas diferenças contribuindo para relacionamentos para o bem estar dos
envolvidos.
O sucesso do casal contemporâneo dependerá da construção de um mundo
em comum respeitando a particularidade dos envolvidos na relação e também
permitindo que se diferenciem em suas singularidades pessoais sem que isso
impeça a manutenção do casal. Com relação às crises do casal
contemporâneo, elas decorrem naturalmente das tentativas de conciliar as
demandas contraditórias acredito que é muito comum em todo casal estável.
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CAPITULO II
A COMUNICAÇÃO E A INTERAÇÃO CONJUGAL.
Certa vez ouvi do professor Greetz em uma de suas palestras de
liderança contar uma história de um casal de velhinhos que foram visitar o
jazigo que tinham comprado pelo plano funerário para serem enterrados
quando morressem. Enquanto olhavam o lugar, o velhinho disse à velhinha que
se ele morresse primeiro gostaria ser enterrado do lado esquerdo e a velhinha
falou-lhe você sempre dormiu do lado direito, ele rapidamente respondeu que
sempre gostava do lado esquerdo e a velhinha ficou surpresa que só agora
depois de 60 anos de casados falou sobre o que tanto tempo o incomodava.
Essa história pode representar um exemplo claro do significado da frase de
Chacrinha o grande comunicador que disse: “quem não se comunica, se
trumbica”, essa realidade pode ser de muitos casais contemporâneos, que por
algum motivo deixaram de comunicaram-se e vivem durante muitos anos juntos
sem manifestar suas vontades, seus sonhos e objetivos pessoais e
conseqüentemente levam uma vida conjugal frustrada.
A comunicação que nos interessa neste capítulo é a comunicação
humana, que se destaca por ser uma comunicação de relação social que se
estabelece entre duas ou mais pessoas, isto é, entre um emissor que envia a
mensagem e um receptor quem recebe a mensagem esperada ou não, nesse
processo há a troca de informações, idéias, sentimentos e conhecimentos de
interes comum. É vantajoso desde o início do relacionamento conjugal para o
casal dar o valor devido a este princípio, porque não existe a possibilidade do
indivíduo viver sem se comunicar e principalmente quando se trata num
relacionamento a dois. Ainda segundo Watzlawick (2002), todo comportamento
do indivíduo numa situação de interação, tem valor de mensagem, isto é, é
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comunicação, por mais que o indivíduo se esforce, não é possível não se
comunicar.
Ativo ou passivo, falando ou calado, gesticulando ou não, tudo possui um
valor de mensagem; todas essas formas de comunicação influenciam os outros
por sua vez e, portanto, também se estão comunicando.
Segundo Watzlawick e al, (2002), afirmam que pesquisas sobre distúrbios na
comunicação em casais revelam confusões na comunicação conjugal. Eles
percebem em suas experiências como terapeutas de casal, que quando falta a
comunicação marital por um ou por ambos os lados, a confusão é quase certa;
mas na tentativa de resolver o discordo de forma prática e objetiva, acabam
ignorando os benefícios, que a comunicação pode proporcionar, na solução de
conflitos. Todos os casais pelo menos teoricamente concordariam que uma boa
comunicação é fundamental para chegar a um acordo e melhor solução dos
conflitos sem necessariamente extrapolar os limites. Com freqüência ouve-se
mais as mulheres denunciando os parceiros, porque eles não falam muito
sobre o relacionamento e nem compartilham seus sentimentos afetivos e muito
menos querem escutar. Já os homens tendem a desejar que suas parceiras
parem de incomodar o tempo todo.
É freqüente quando o casal procura ajuda profissional por interferências na
comunicação, para a mulher isso pode ser uma reclamação de que o homem
não demonstra afeto suficiente e já para o homem pode significar que a vida
sexual do casal está mal. Esta diferença de gênero é muito bem explicada
teoricamente pelos psicolingüistas, que descobriram que as mulheres e os
homens se comunicam com linguagens muito diferentes (Tannen, 1994). É o
gerenciamento eficaz com boas habilidades de comunicação do casal frente
aos conflitos é que vai determinar o resultado do conflito.
A construção e a desconstrução do relacionamento conjugal são frutos de um
processo complexo de interações entre o casal, a família e a sociedade.
Os padrões de conjugalidade atuam como padrões de interação e indicadores
de estabilidade, fim, satisfação ou insatisfação da vida conjugal, no presente e
do futuro (Goleman, 1998; Gottman, 1998).
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As interpretações desses padrões de interação foram estudas por algumas
linhas teóricas. Para a visão sistêmica elas são de muita utilidade, porque
permite uma abordagem na qual as relações e propriedades emergentes do
sistema são o foco de interesse (McGoldrick, 1995). Já os aspectos
comportamentais afetivos e cognitivos dos padrões de interação são utilizados
pela psicoterapia manifestada em modelos não-lineares, onde parece
descrever melhor os processos de estabilidade e transformações continuas e
descontinuas, permitindo uma descrição mais convicta e simples do relato
pessoal de satisfação ou insatisfação com o laço conjugal (Barton, 1994;
Gottman, Swanson, Murray, 1999). Tais padrões de interação podem ser
citados como parte da construção social, significando e criando contextos,
vínculos e pautas de interação segundo Pearce, (1996).
Pela abordagem sistêmica os padrões de interação conjugal agem como
formadores e dissolução do afeto conjugal, porque sua abordagem está
centrada na autonomia e auto-organização, tanto na organização familiar e
conjugal quanto dos indivíduos, sinalizando o fim ou continuidade da vida
conjugal, revendo periodicamente os conceitos que determinam a
funcionalidade e disfuncionalidade, dentro dos padrões da construção social.
Abordar a conjugalidade e suas relações com objetivo de constatar sua relação
direta na relação afetiva do casal. É uma questão típica e comum no mundo
contemporâneo, o casal deve avaliar suas relações conjugais e os laços
afetivos contrapondo com as emergentes mais propicias e possíveis dentro da
subjetividade. Está é uma característica marcante da sociedade pós-moderna.
“Parece-me que uma das questões, postas pela
pós-modernidade, é a reavaliação das relações
conjugais e dos laços afetivos com novas
construções possíveis dentro da subjetividade”
(Neto, 2005, p.18).
18
Entre todas as pontuações citadas com referencia a conjugalidade, o processo
de estabilidade e de transformação se destaca pelos aspectos de continuidade
e de descontinuidade, porque tem forte presença na vida dos casais. Conhecer
profundamente a abordagem da visão sistêmica ampliará nossa compreensão
sobre os padrões de construção e desconstrução da conjugalidade pós-
moderno.
Segundo Pearce (1996), contrastar as características da comunicação antiga
com as características de comunicação moderna é fundamental para rever
seus paradigmas regentes. O modelo antigo tinha a função de transmitir
informações representacionais do mundo externo. Isto coloca a comunicação
no caminho certo de tentar descrever o mundo real correto e livre de erros. Ele
destaca a ruptura radical entre o novo paradigma e a nova visão da
comunicação no mundo contemporâneo.
“A substancia do mundo social são as
conversações definindo-as como padrões de
atividades conjuntas semelhantes a jogos”,
(PEARCE, 1996. p. 177).
Por natureza todo ser humano tem a capacidade de criar e conquistar seu
espaço no mundo social, interferindo, criando seus padrões de interação; essa
habilidade natural lhe permitirá se construir e se reconstruir em sua identidade
individual e conjugal como ser social que é.
A construção de um modelo referenciado pelo social, voltado para
conjugalidade, o servirá de base e ponte para sua integração com os padrões
de integração conjugal, em sua pluralidade, diversidade e complexidade do
sistema social, sempre que encontre sentidos em seus significados.
Quanto mais se descreve sobre os aspectos da comunicação que controlam as
relações conjugais em suas interações de inter e intra-sistema em retroação e
refletividade. Isto significa que aumentam as possibilidades de mudanças dos
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padrões e o aparecimento do novo. A interação conjugal constrói e sustenta a
conjugalidade no processo recursivo de significar as interações e visando uma
interpretação. As interações conjugais encontradas em um âmbito restrito e
organizadas em torno da apropriação do existencial, da vontade, da ação, e da
reflexão em um arco retroativo, no qual participa todo o sistema conjugal.
Recentes estudos sobre interação de casal e familiar tem mostrado benéficos
resultados por parte da ação dos elementos mais importantes envolvidos na
comunicação saudável. Olson (1993) aponta algumas dessas habilidades
específicas num ótimo processo de comunicação, ele cita habilidades como: a
fala, a escuta, a auto-revelação, a clareza, o rastreamento da continuidade, o
respeito e a consideração mutua. A habilidade específica de fala inclui falar de
si próprio e não de terceiros. Enquanto que a habilidade de escuta abrange a
empatia e a escuta concentrada. Já a auto-revelação compreende compartilhar
sentimento sobre si próprio e sobre o relacionamento externo.
Talvez esse seja o principal erro que os casais contemporâneos cometem em
relação à comunicação é não dar importância ao simples ato de transmitir uma
mensagem ao seu conjugue.
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CAPITULO III
A ARTE DE DIAOLOGAR E OUVIR.
A melhor forma de fortalecer a comunicação no relacionamento conjugal é
desenvolver a habilidade de ouvir o seu conjugue com interesse.
Segundo Epíteto filósofo grego que viveu entre 55 e 135 d. C., “a comunicação
é como uma rua de duas mãos”. Quando nos comunicamos com alguém é
ativado o funcionamento do processo de duas vias, isto é, por um lado temos o
emissor (quem fala) e do outro temos o receptor (ouvinte), isso significa que
enquanto falamos, também ouvimos e prestamos atenção ao mesmo, é dessa
forma que a comunicação humana funciona. “Temos duas orelhas e uma boca;
assim, devemos ouvir duas vezes mais do que falar do que falar”. Quanto mais
perceptivos e sensíveis na hora de transmitir e receber uma mensagem melhor
será a nossa comunicação conjugal.
A comunicação como arte de dialogar e ouvir é uma via de mão dupla.
Desenvolver essas duas habilidades facilitará o processo de comunicação
entre os casais. As artes de dialogar e ouvir para Augusto Cury (2007) são
duas funções sublimes da inteligência humana. Para que elas possam ser
desenvolvidas pelos casais é necessário de algumas virtudes seja cultivada
entre os casais tais como: a confiabilidade, da empatia, da liberdade e outros.
Na falta dessas virtudes as cobranças excessivas e controle social serão
comuns no convívio conjugal, possibilitando a criação de disfunções conjugais
e colocando a risco essas duas preciosas artes da inteligência ao
desaparecimento. A arte de dialogar e de ouvir se complementam em suas
funções, porque uma depende da outra para atingir seus alvos. Todo parceiro
que não aprender a ouvir nunca aprenderá a dialogar. Na vida a dois, quem
não aprender a falar de si mesmo, nunca será um bom ouvinte. Em nossa
atualidade muito casal tem desenvolvido graves crises afetivas, que acabam
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em sua maioria em conflitos descontrolados e outra grande parte de casais em
separações, justamente porque não aprenderem no início do relacionamento a
habilidade de ouvir e de dialogar. Os casais modernos até sabem conversar
sobre política, dinheiro, compras, trabalho, programa e de outros assuntos de
seus interesses, mas sabem falar deles próprios. Também sabem ouvir sons,
conversas, notícias, queixas e outros, mas não sabem ouvir a voz da emoção.
Eles também têm a ousadia de brigar, mas têm medo de conversar sobre seus
próprios sentimentos. Passam anos numa relação conjugal, mas não se tornam
íntimos e amigos. A maioria dos parceiros conjugais vive e luta para manterem
no máximo intacta as individualidades, este tipo de relacionamento vai permitir
ao casal conhecerem somente seus defeitos de cada um, mas não as áreas
mais íntimas do seu ser. Chegam a discutirem os problemas, mas não se unem
para procurar as possíveis e melhores soluções. Não falam sobre suas
magoas, conflitos e não apontam suas dificuldades comuns. Se o casal quiser
cultivar a virtude do amor, a melhor coisa é se entregar com amor
incondicional, ao invés de comprar presentes caros que por mais valiosa que
seja a jóia nunca transmitirá a mensagem esperada por ambos.
Cury diz que a arte de ouvir é:
“Arte de se esvaziar para ouvir o que os outros têm
para dizer não o que queremos ouvir”.
“A capacidade de se colocar no lugar dos outros e
suas dores e necessidades sociais”.
“Penetrar no coração psíquico e desvendar as
causas da agressividade, da timidez, da angústia,
dos comportamentos estranhos”.
“Interpretar o que as palavras não disseram e o que
as imagens não revelaram”.
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“Ter a sensibilidade para respeitar as lágrimas
visíveis e perceber as que nunca foram choradas”,
(Cury, 2007, p. 151).
E arte de dialogar é:
“Arte de falar de si mesmo”.
“Trocar experiências de vida”.
“Revelar segredos do coração”
“Ser transparente. Não simular os sentimentos e as
intenções”.
“Não ter vergonha das suas falhas nem medo dos
seus fracassos”.
“Respeitar os limites e os conflitos dos outros. Não
dar respostas superficiais”.
“O diálogo interpessoal que cruza os mundos
psíquicos e implode a solidão”, (Cury, 2007, p. 152).
A arte de ouvir tem o propósito de refrescar a relação e a arte de dialogar
tem o propósito de nutrir e reforçar o amor conjugal. A habilidade de ouvir e de
dialogar são princípios universais que quando adotados e praticados numa
relação conjugal favorecem e fortalecem a qualidade de vida interna e externa,
porque ambas dependem uma da outra.
Casais com maravilhosos e lindos começos acabam tendo tristes finais
em seus relacionamentos, porque não se interessarem em serem amigos
íntimos que compartilham e trocarem experiências. O problema é que não se
dialoga a dois sobre os problemas de interesses conjugais de forma preventiva,
mas só quando a bomba já estourou e a briga se torna inevitável. Os parceiros
de certo modo são ótimos para defenderem seus pontos de vista favoráveis,
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mas poucas vezes manifestam humildade em reconhecer seus erros. Parceiros
radicais chegam com suas decisões a se sobrepor nas discussões e preferem
perder o parceiro (a), amor de suas vidas, porque não suportam e tem medo da
critica, porque os pode levar a ser incompreendido e ridicularizado. Há um
pavor imenso da guerra emocional que se instala quando conversam sobre os
segredos do coração, principalmente quando se comentam os reais
sentimentos escondidos. Para se cultivar o dialogo aberto entre os casais é
necessário não ter medo de reconhecer as próprias falhas que devem ser
aceitos como naturais e nem ter vergonha de si mesmo. E para ouvir é
fundamental não ter medo do que o outro vai falar. Uma das coisas mais
tranqüilizante numa relação conjugal é ter simplicidade para reconhecer de que
não são os super-parceiros ou casal perfeito, esta forma de pensar ajudará a
entender de que na vida a dois um precisará do outro para o amadurecimento
individual.
A arte de ouvir em uma definição mais comum é a habilidade de saber
ouvir o outro com paciência, com tolerância e com atenção e outras virtudes
que possam ajudar na aceitação daquilo que está querendo ser comunicado
pela fala verbal e não verbal da outra pessoa envolvido num processo de
comunicação. Essa habilidade não é um processo tão fácil de ser praticado
quanto parece, principalmente quando se refere à vida conjugal. Saber ouvir na
vida conjugal não significa simplesmente escutar os sons da voz ou
acompanhar o raciocínio do interlocutor, neste caso do parceiro. Há muita
convergência no processo de comunicação, tais como as situações comuns, as
similaridades que atuam como facilitadoras de um processo de entendimento e
consideração e a partir daí eventuais diferenças de caráter, atitudes ou
comportamentos passam a configurar uma relação afetiva. Atitudes que
ajudam cultivar a habilidade de ouvir o outro; manter o olhar fixo no outro,
perceber os detalhes, manter a atenção na fala, manter a calma frente ao
comunicado, escutar sem preconceito, ter paciência, manter-se em silêncio,
evitar contradizer o outro, valorizar e respeitar as opiniões de seu interlocutor.
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Algumas recomendações para que a arte de ouvir e dialogar se
desenvolva no relacionamento conjugal; primeiro, criem ambientes favoráveis
para o parceiro (a) expressar livremente suas idéias e opiniões, aprenda a lidar
com a discordância, segundo aprendam a manter as diferenças no campo das
idéias e opiniões particulares e diferentes, para que não seja levada para o
lado pessoal, terceiro verifiquem se foi de fato entendido o que o outro queria
transmitir, repetindo e se for necessário questionando e perguntando um ao
outro, com objetivo de evitar interpretações infundidas, e finalmente o quarto,
faça uso do seu amor incondicional para aceitar incondicionalmente o parceiro
conjugal na hora do dialogo. Administrar bem o relacionamento conjugal é
tarefa dos envolvidos na relação, que para ter sucesso devem desenvolver a
habilidade de ouvir e dialogar em parceria.
Podemos representar graficamente o processo de comunicação no
relacionamento conjugal tendo a parceira como boa receptora (ouvinte) e
sendo o parceiro um bom emissor (quem fala), isto é possível quando o casal
desenvolve cujas habilidades na vida real.
Uma boa escuta e um bom diálogo são ativos e não passivas. No
relacionamento conjugal enquanto alguém fala o outro deve ouvir atentamente.
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Porque não basta simplesmente receber a informação, é preciso acompanhar
atentamente o raciocínio. Por isso é comum ouvirmos de muitos casais: “Eu
não estou te ouvindo ou entendendo” ou “fala mais alto e claro”. Porque o outro
de fato quer que o acompanhemos para mundos e situações diferentes durante
uma conversa. Ouvir, na verdade, é mais ativo que falar, pois quem fala pode
se distrair e esvoaçar, mas quem ouve não. Estar atento ao falante evitará criar
confusão e gerar mais fala desnecessário entre os casais.
É mais que provado, que a comunicação na vida conjugal é mais abrangente e
complexa quando se trata na prática do que na teoria, principalmente quando é
exercitamos e experimentamos a dois, porque ao falarmos emitimos também
as nossas preocupações, sentimentos, a visão de nós e do outro.
O casal ao se relacionarem com seus parceiros no intuito de cultivar a virtude
do amor, paixão, respeito e outras virtudes necessárias e comuns na vida a
dois, nenhuma delas serve de tradutor e nem de cola se a comunicação está
em déficit ou falha. Então se inicia o desencontro, quando um fala o outro não
ouve, um simples pedido soa como uma ordem, uma reclamação sugere
insatisfação e desqualificação.
São inúmeras as situações e circunstancias na vida cotidiana onde a
comunicação passa a ser utilizada como uma arma na luta de poder e
rivalidade entre o casal levando-os a uma escalada de discussões stressantes
e intermináveis, tornando-os tão envolvidos e confusos a ponto de não saber
com quem está à razão, impedindo desta maneira o cultivo do diálogo e do
entendimento de significados de cada um, não percebendo como o outro o
recebe, se refugiam em seus mundos isolados, muitos casais procuram outros
meios na tentativa de aliviarem e até esquecerem os motivos causadores da
crise tais como: a TV, as atividades domésticas, ocupação com os filhos (as) e
até mesmos os amigos “como uma forma de nunca estarem a sós” para
recomeçarem e restaurarem o diálogo perdido.
A essas alturas a relação conjugal já deve estar contaminada pelo não dito e
pelas frustrações e mágoas que se instalarem em cada parceiro neste
momento qualquer tentativa de palavra, gesto, olhar, atitude poderá contribuir
para um ciclo vicioso, que se alimenta a cada movimento do casal mantendo-
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se como uma dança que vai sendo construído enquanto permanecer as
barreiras na comunicação, até ocorrerem fatos na vida do casal que exija de
ambos uma reatamento que possa levá-los ao seu reencontro ou desencontro.
Se a comunicação está conturbada há grande possibilidade que o
relacionamento conjugal adoeça e morra, porque os diversos fatores que
alimentam, nutrem, fortalece a relação, tais como: o interesse mútuo, a
admiração, a confiança, a fidelidade, a perspectiva de futuro feliz, a construção
da felicidade, o interesse sexual, e o amor estão em falta.
Porque a construção conjugal se faz a cada dia na base da comunicação. As
causas e motivos se renovam, mudam de aspecto. É por causa disso que é
preciso estar alerta, para não se deixar seduzir pelas armadilhas da não
comunicação; é necessário ser um casal forte e valente, para não ser tragado
pelas areias movediças da rotina da vida secular.
Sobretudo, é preciso de casais sábios e humildes para reconhecer esses
inimigos – que se escondem atrás de máscaras inocentes, como as contínuas
concessões ao tédio e os pequenos descuidos para com o outro na relação.
O diálogo e a escuta são fundamentais e essenciais na manutenção do vínculo
amoroso que proporciona o respeito mútuo entre os casais, quando se trata
das características de cada um, o fortalecimento de suas afinidades, ele deve
ser um alimento que beneficiam a ambos para a continuidade e qualidade da
relação.
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CONCLUSÃO
Na presente pesquisa procurei compreender como estão expressos os
significados de família e casal na sociedade pós-contemporânea, analisando
sua nova estrutura de organização familiar e seus novos arranjos conjugais.
Através deste estudo observei que a concepção de família e de casal vem
passando por transformações ao longo da história. Contudo, percebi que ainda
se mostra contundente a visão de família tradicional e de casal heterossexuais
na sociedade contemporânea.
Para finalizar é importante ressaltar o meu propósito de intensificar nos casais
a necessidade de cultivar a comunicação na interação conjugal e como arte de
dialogar e ouvir no processo de comunicação entre os casais modernos.
28
BIBLIOGRAFIA
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Inteligencia, 2007.
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construcionista social para terapia de casal (tese uc.). Rio de Janeiro.
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passagem da teoria à prática, do objetivismo ao construcionismo social e
da representação a reflexividade. In: SCHNITMAN, D.F. (Org.) Novos
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1996, p. 172-184. Original em espanhol, 1994.
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29
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WALSH, Froma. Fortalecendo a Resiliência Familiar. São Paulo. Roca,
2005.
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comunicação humana. São Paulo. Cultrix, 2002.
Endereço Eletrônico:
PASSADORI, Reinaldo. A arte de ouvir. WWW.passadori.com.br. Rio de
Janeiro, 25 Julho 2009. 1-1 p., artigo.
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I – A TRANSFORMAÇÃO DA FAMÍLIA E CASAL
CONTEMPORANEO 9
CAPITULO II - A COMUNICAÇÃO E A INTERAÇÃO CONJUGAL 15
CAPITULO III - A ARTE DE DIALOGAR E OUVIR 20
CONCLUSÃO 27
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 28
BIBLIOGRAFIA CITADA 29
ÍNDICE 30
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FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes
Título da Monografia: A Comunicação como Fator Regulador na Vida Familiar e Conjugal
Autor: Javier Chuquipiondo Ysuiza
Data da entrega: Rio 03 de Agosto de 2009
Avaliado por: Vilson Sérgio de carvalho Conceito:
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