UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
A IMPORTANCIA DA PSICOMOTRICIDADE NA TERCEIRA
IDADE
Por: Eliana Martins
Orientador: Profª Maria Esther de Araújo
Co-orientadora: Profª Giselle Böger Brand
Rio de Janeiro
2016
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE NATERCEIRA
IDADE
Eliana Martins
Monografia apresentada na Universidade Cândido
Mendes, como exigência parcial para obtenção
do título de pós-graduação em psicomotricidade.
Orientador: Profª Maria Esther de Araújo
Rio de Janeiro
2016
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer primeiramente a Deus,
que deu forças para que eu chegasse ao final
dessa graduação.
Agradeço também o apoio da minha família.
DEDICATÓRIA
Dedico a minha família que sempre
viu em mim um potencial que nem eu sabia
que tinha.
EPÍGRAFE
“Conserve os olhos fixos num
Ideal sublime e lute sempre pelo
que deseja, pois só os fracos
desistem e só quem luta é digno
de vida.
AUTOR: DESCONHECIDO
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo, pesquisar e investigar se o nível de
qualidade de vida da terceira idade é influenciado pelo ensino de exercícios
psicomotores como estratégia de educação em saúde e evidenciar a
importância da psicomotricidade no processo de envelhecimento e suas
conseqüências naturais, visando um envelhecimento ativo.
A psicomotricidade assume importante papel na promoção de saúde do
idoso através de diferentes dimensões, tais como, preventivas, educativas e
reeducativas que ajudam na sua qualidade de vida.
Segundo pesquisas, os idosos já são maioria no Brasil, com isso a
preocupação com seu bem estar, também dobraram.
É por aí, que vem crescendo o interesse em desenvolver técnicas eficazes
que atendam e favoreçam com uma melhor qualidade de vida que permitam
a essa faixa etária, um bem estar tanto psico - social, que a insira a
sociedade, quanto física, através de profissionais competentes e
comprometidos com sua saúde.
A Psicomotricidade é especialista em tratar a saúde do idoso com o
objetivo de evitar doenças que geralmente atinge as pessoas com idades
avançadas, tentando assim, melhorar as suas dificuldades na velhice.
Baseando em bibliografias e analisando textos relacionados ao assunto,
percebi o avanço que essa ciência trouxe em benefícios para essas pessoas já
tão vividas e nos permite entrar nessa briga , na esperança de poder fazer
muita coisa para melhorar mais ainda a vida delas.
METODOLOGIA
Foi necessário realizar pesquisas metodológica cientifica e bibliográfica
para o estudo da Psicomotricidade e sua contribuição como ferramenta
importante no desenvolvimento da terceira idade.
Para sua elaboração, buscou-se através de um minucioso trabalho de
pesquisa junto a revistas, livros, artigos, jornais, monografias e em meio
eletrônico, as fundamentações teóricas que assegurassem o tema
mencionado, a saber: o envelhecimento e atividade física na terceira idade.
O objetivo dessa pesquisa, é buscar formas que venham facilitar e
melhorar a qualidade de vida do idoso, tratando-se de um estudo descritivo
com abordagem qualitativa com a intenção de desenvolver métodos eficazes,
aumentando assim a sua resistência e a melhora na saúde, estabelecendo
contatos com profissionais da área e afins, visando criar um Trabalho
Interdisciplinar tendo como prioridade o bem estar Bio Psico Social do idoso.
Na verdade, através dos movimentos, a Psicomotricidade vem tentando
utilizar meios cognitivos, que possam facilitar a vida do idoso, tornando-a mais
viva mais proveitosa.
Alguns autores como NETO (2002), LUSTRI e MORELLI (2004), entre
outros, contribuíram bastante para a compreensão dessa ciência e seus
benefícios na evolução que a Psicomotricidade vem trazendo a vida do idoso.
A proposta desta pesquisa é então única e exclusiva, a busca de medidas
sócio-preventivas e medidas paliativa, as quais destinarão a uma Melhor
Qualidade de Vida para esta faixa etária.
Com isso, estamos tendo a oportunidade de comparar opiniões e
formarmos a nossa para uma maior elaboração e colaboração a cerca desse
assunto.
.
SUMÁRIO
METODOLOGIA............................................................................................. 7
INTRODUÇÃO.................................................................................................9
CAPÍTULO I - O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO...............................11.
1.1 FATORES NEGATIVOS QUE ACELERAM O ENVELHECIMENTO 11
1.2 –FATORES POSITIVOS QUE RETARDAM O ENVELHECIMENTO 12
1.3- O ENVELHECIMENTO 12
1.4- AS DOENÇAS 15
1.5- AS MUDANÇAS 16
1.6 –GERONTOLOGIA 17
1.7 – GERIATRIA 19
CAPÍTULO II - PSICOMOTRICIDADE...........................................................20
2.1 - A PSICOMOTRICIDADE COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO PARA A TERCEIRA
IDADE. 20
2.2- A PSICOMOTRICIDADE E A QUALIDADE DE VIDA NA TERCEIRA
IDADE 21
2.3 –A PSICOMOTRICIDADE E SUAS ORIGENS 22
CAPÍTULO III - 3- A CONTRIBUIÇÃO DA PSICOMOTRICIDADE
NA VIDA SEXUAL DA TERCEIRA IDADE ..................................................25
3.1 - VIDA SEXUAL ATIVA 25
3.2 - DIFICULDADES E COMPLICAÇÕES 26
CAPÍTULO IV - AS ATIVIDADES PSICOMOTORAS NA TERCEIRA
IDADE.............................................................................................................30
4.1 – EXPECTATIVA DE VIDA 30
4.2 – BENEFÍCIOS DOS EXERCÍCIOS PARA OS IDOSOS 31
4.3 A TERCEIRA IDADE NOS TEMPOS ATUAIS. 33
4.4 - PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA 33
4.5- PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE 36
CONCLUSÃO............................................................................................... .39
ÍNDICE............................................................................................................41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................. 43
9
INTRODUÇÃO
A Psicomotricidade como já foi dita, é uma ciência que tem como objetivo
de estudo, o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu
mundo interno e externo. Com isso, vem colaborando de forma prática no
desenvolvimento físico do idoso, através de atividades capazes de melhorar a
qualidade de vida e ao mesmo tempo, socializa-lo com outros idosos,
favorecendo e melhorando seu lado afetivo. Isso vem possibilitando o retardo
dos declínios que normalmente aparecem, com isso, também desenvolvem
habilidades motoras sensoriais e perceptivas que facilitam no tratamento dos
mesmos.
Essa ciência que está inserida na vida dos idosos e que propõe auxiliar as
pessoas da terceira idade, consiste em uma pesquisa bibliográfica que leva em
consideração, os anos vividos.
Na realidade, os objetivos desse trabalho é analisar a forma como a
psicomotricidade aumenta a perspectiva de vida, trazendo o idoso para uma
realidade mais saudável e duradoura, pesquisar a influência da ação
psicomotora na vida da terceira idade e verificar se essa como ciência, se
preocupa em amenizar as necessidades e facilitar o desenvolvimento e a
qualidade de vida da terceira idade.
No 1º capítulo vamos falar do processo de envelhecimento, contando o
que acontece e que existem várias formas de evitar ou pelo menos diminuir os
efeitos causados pela idade. Quando o idoso é introduzido a sociedade, ele se
sente mais útil, mais vivo e mais capaz, podendo mostrar que ele é um ser que
tem muito a ensinar.
Porém, alguns idosos, construíram uma qualidade de vida tão saudável no
decorrer da vida, que hoje ainda trabalham, exercem cargos de
responsabilidades como: medicina, política e outros, respondendo muito bem.
No 2º capítulo, vamos falar sobre a importância da Psicomotricidade. Com
isso, foi preciso pesquisar a influência da ação psicomotora na vida da terceira
idade.
Na maioria dos países do mundo, o idoso é respeitado e admirado pela
conquista e honra de ter sobrevivido durante tanto tempo. Na África, ver uma
10
pessoa idosa e ser rude ao interagir com ela é um desrespeito. No Japão, não
é diferente, o idoso é respeitado como uma parte atuante da população, com
sua família acolhendo-o e seguindo seus conselhos até sua morte.
No entanto, no nosso país, o idoso não é só desrespeitado, mas também
desprezado.
A população de idosos vem surpreendendo cada vez mais, conseguindo a
cada ano, uma longevidade cada vez maior e ainda lúcida, apesar de
apresentarem claro, alguns sinais típicos da idade.
No 3º capítulo, falamos da sexualidade na terceira idade e vamos ver que
o que antes era um tabu, hoje é um assunto normal que vem sendo discutido
até para o conforto e bem estar do idoso. Eu acredito que os cuidados com os
nossos idosos têm evoluído bastante, com programas de prevenção, abertura
de novas possibilidades à medida que ele envelhece e com recursos de
treinamento de força muscular por meio de exercício terapêutico com a
finalidade de reduzir os efeitos, a psicomotricidade tem colaborado bastante
com esses avanços.
No 4º capítulo falamos das atividades físicas na terceira idade. O Livro
aprendendo a envelhecer diz que: Ser idoso é conviver com mudanças
físicas, mentais e espirituais, mudanças impossíveis de disfarçar e que o
envelhecimento depende naturalmente do passar do tempo, mas o ritmo desse
processo pode ser determinado por cada um.
Para isso, foram criados programas de atividades físicas que ajudam no
fortalecimento do corpo e da auto-estima do idoso.
São diversos os processos criados, para deixá-los mais confiantes, além
disso, conscientizar e levar a população a refletir sobre sua prática, a fim de
que possam elaborar as atividades que contribuam para o desenvolvimento
das habilidades psicomotoras tão importantes para eles.
Enfim, o objetivo a alcançar nesse trabalho, é abordar todos os aspectos
que rodeiam a terceira idade, passando pela vida sexual, pelas atividades
físicas, a fim de alcançar uma vida mais duradoura e saudável.
11
CAPÍTULO I
1- O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO
O envelhecimento ou senescência é freqüentemente explicado como sendo um processo que se direciona para a perda progressiva da adaptabilidade fisiológica ( SHARKEY, 1987), levando o organismo a uma capacidade cada vez menor De manter sua homeostase, tornando-se mais vulnerável (FARINATTI, 2002)
No seu livro TEORIAS BIOLÓGICAS DO ENVELHECIMENTO, o autor
cita que os exercícios físicos como estratégia de intervenção que poderia ter
influências positivas no processo de envelhecimento são freqüentes e que
retardam algumas das disfunções comuns na idade avançada, porém ,ele não
chega a ser teoria baseadas nas genéticas, mas que ainda necessitavam de
comprovação.
1.1 -FATORES NEGATIVOS QUE ACELERAM ENVELHECIMENTO
De acordo com CHOPRA (1996 a, p. 91) os fatores que aceleram a
retrogênese são:
* Depressão Incapacidade de expressar as emoções Sentir-se incapaz para
modificar-se e modificar os outros Viver sozinho Solidão, ausência de amigos
íntimos
* Falta de uma rotina diária regular
* Falta de uma rotina de trabalho regular
* Insatisfação com o trabalho Ter que trabalhar mais de 40 horas por semana .
*Dificuldades financeiras, dívidas Preocupação habitual ou excessiva
Arrependimento por sacrifícios feitos no passado.
12
1.2 –FATORES POSITIVOS QUE RETARDAM O ENVELHECIMENTO
A colaboração da psicomotricidade, passando pela vida sexual, as
atividades físicas e a vida atual.
Afirma CHOPRA (1996 b, p. 91) que os principais fatores que diminuem o
impacto da retrogênese são:
* Casamento feliz (ou relacionamento satisfatório)
* Satisfação no trabalho * Sensação de felicidade pessoal Capacidade de rir
com facilidade Vida sexual satisfatória Capacidade de fazer e manter amigos
íntimos
* Rotina diária regular
* Rotina de trabalho regular
Tirar pelo menos uma semana de férias por ano
Tempo de lazer agradável, hobbies satisfatórios
Capacidade de exprimir os sentimentos facilmente
Visão otimista do futuro
Sentir-se financeiramente seguro, viver de acordo com suas disponibilidade.
1.3- – O ENVELHECIMENTO
O envelhecimento deve ser entendido como uma fase de redução das capacidades de sobrevivência, constituindo-se em um processo dinâmico e progressivo, no qual ocorrem modificações morfológicas, fisiológicas, bioquímicas e psicológicas segundo PAPALÉO NETO (2006), na qual trazem consigo diminuição das capacidades funcionais, alterando a força, a resistência flexibilidade, ocasionando uma progressiva redução da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente MATSUDO, (2006).
É uma transição bastante desgastante que muitos não conseguem
superar e daí vem a depressão, a falta de estimulo, o desânimo e finalmente as
doenças.
13
Felizmente não é uma situação que acontece com todos, alguns pelo
contrário, recebem a chegada da terceira idade como o tempo da sabedoria,
época em que já passaram por muita coisa e usam para aconselhar os mais
jovens.
Esses conseguem levar a idade avançada com mais leveza, criatividade e
até mais alegria, principalmente se forem pessoas com um poder aquisitivo
alto, que ainda trabalham ou exercem cargos de grande importância como
Presidentes da República, senadores e políticos em geral, que curtirão com
viagens, eventos e festas, além daqueles que exercem cargos importantes e
que devido a tantos compromissos, sente passar desapercebido o avanço da
idade.
Ainda segundo CHOPRA (p. 35) que disse que “a Menos que você se torne consciente da consciência, Não será capaz de surpreender- se no ato da transformação. “Idosos deprimidos têm quase duas vezes mais probabilidade de sofrer problemas físicos do que velhinhos felizes, constatou pesquisa americana com 6.000 pacientes. Os letárgicos têm mais dificuldades para caminhar, vestir e alimentar- se.” (GAMA, 1999, p 33).
Define-se como idoso todo indivíduo com idade igual ou superior a 60 anos
para países em desenvolvimento ou 65 anos, no caso de nações
desenvolvidas (OMS, 2005).
O Envelhecimento é um processo que é o desejo de todos atingir, apesar
de alguns, terem muito medo. Mesmo assim, ninguém deseja morrer jovem.
Portanto, é preciso achar, uma maneira de alcançar essa idade, mas com
saúde e tendo capacidade de usufruir de uma boa qualidade de vida.
Infelizmente, o ato de envelhecer é um processo muito lento e irreversível.
De acordo com Guedes (2001), o envelhecimento é um fenômeno
fisiológico, do comportamento social ou cronológico.
É a maneira de compreender o homem, que leva em consideração três
fatores, o saber, o biológico e o psicológico. É um processo de regressão, que
acontece com todos os seres vivos.
14
No Brasil, de acordo com o Censo Populacional os resultados demonstram,
sem dúvida alguma, que o Brasil se encontra em franco processo de
envelhecimento da sua população, pois no período de 1970 a 2010 (IBGE), o
IE teve um aumento progressivo, fato também observado nas suas diferentes
regiões e unidades federativas.
A colaboração da psicomotricidade, passando pela vida sexual, as
atividades físicas e a vida atual.
Os habitantes com 60 anos ou mais já somam cerca de 44,8 milhões de
indivíduos, com isso, é de grande interesse para os profissionais da área da
saúde, estudos que venham favorecer o bem estar bio psico social das
pessoas na terceira idade, e assim, contribuir para a melhoria da qualidade de
vida dessa população.
Segundo BARROS (2000), “Desde o início da década de 60 o mundo inteiro começou a tomar consciência de um “novo” fenômeno de expansão do envelhecimento populacional que cresce progressivamente diante do aumento da população¨.
A população acima dos 79 anos, fase de idade considerada pela OMS
como a VELHICE, tem crescido rapidamente. Esta tendência cada vez mais
tem aumentado em curto prazo, provocando uma série de efeitos sócio-
econômicos.
Todos sabemos que o envelhecimento é um fenômeno natural e universal.
Alguns autores classificaram esse fenômeno como biológico, psicológico e
social.
Eles dizem, que com a proximidade do envelhecimento as capacidades
dos idosos vão diminuindo. Nessa fase aparece a perda da massa muscular,
massa óssea e a flexibilidade e seu funcionamento biológico, já não é mais o
mesmo, ele já não acompanha mais aquele ritmo acelerado dos mais jovens,
demonstrando comprometimento principalmente na parte física.
Já no campo psicológico, ele se torna mais solitário pelo fato de não poder
na maioria das vezes se deslocar e isso vai causando apatia, desmotivação e
ele acaba se isolando, o que é péssimo, pois pode lhe causar um depressão
profunda.
15
Por fim o social, que é o período que as vezes acontece pelo afastamento
dos idosos de seus amigos e da sociedade. Então é sempre bom incentivar-lo
a encontrar os amigos, mesmo que seja no portão, só pra não perder o contato
e manter o papo em dia, pois isso será ótimo para o intelecto dele.
1.4 - AS DOENÇAS
Durante o processo de envelhecimento, as complicações tanto físicas
quanto motoras, surgem, são daí que aparecem à perda de capacidade ao
longo da vida, devido à influência de diferentes variáveis, como a genética,
danos acumulados e estilo de vida, além de alterações na saúde que são mais
comuns nessa fase.
A pneumonia é uma infecção dos pulmões, muito freqüente na velhice,
sendo uma importante causa de morte. A insuficiência cardíaca, o diabetes, a
doença vascular cerebral, gripe, febre, tosse e a desnutrição também
favorecem a pneumonia. (pt1)
AVC ( Acidente Vascular Cerebral), apesar de ser uma complicação que
acomete mais os jovens, é notório que devido a idade, ao atingir um idoso, ela
pode ser fatal, pois já se o encontra, num quadro de debilidade física mais
complexa. Por isso, quanto mais idosa uma pessoa, maior a sua probabilidade
de ter um AVC.
As alterações vasculares, que ocorrem com o passar dos anos, traduzem-se pelo enrijecimento vascular e pela disfunção endotelial. O enrijecimento da parede arterial decorre do rompimento de suas fibras elásticas com substituição por tecido colágeno, bem menos complacente. Isso resulta em um aumento de pressão de pulso, que promove hipertrofia ventricular e conseqüente hipertensão arterial sistêmica, que é um importante fator de risco para a insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC), (DUARTE, 2007).
Ela é causada por uma perda súbita das funções cerebrais resultante de
uma interrupção do suprimento sanguíneo para uma determinada parte do
encefálo, que pode causar uma disfunção neurológica. A diminuição do fluxo
16
sanguíneo para o cérebro, pode ter duas causas: a obstrução de uma artéria
cerebral ou a insuficiência da circulação no cérebro, que é chamada de
insuficiência vascular cerebral.
O Mal de Parkinson- Esse Mal é típica de pessoas idosas. É uma Doença
neurodegenerativa. Apresenta sintomas como tremores intensos e rigidez dos
membros superiores e inferiores e é mais comum acometer pessoas com idade
acima dos 55 anos e tem como causa principal problemas de origem
emocional, como ansiedade e angústia.
Doença de Alzheimer - É a forma mais comum de demência. Não existe
cura e quando se agrava pode até levar à morte.
Os primeiros sintomas são geralmente confundidos com sinais relacionados
com a idade ou manifestações de stresse. Nos primeiros estágios, o sintoma
mais comum é a dificuldade em recordar eventos recentes.
Geralmente ataca os idosos, mas não chega a ser uma doença típica deles.
1.5 - AS MUDANÇAS
O envelhecimento chega acompanhado de certas mudanças que na
maioria das vezes são visíveis como:
* Os cabelos embranquecem
* A pele enrugada
* os passos mais lentos
* A diminuição do vigor e atividades físicas
Esses são os primeiros sinais que aparecem quando a pessoa começa a
envelhecer. Muitas pessoas se preocupam com o declínio cognitivo e ossos
mais fracos, mas há outras preocupações menos conhecidas que merecem
atenção", é o que diz o (GERIATRA ROBERTO DISCHINGER), responsável pelo
residencial para a terceira idade Lar Sant'ana, em São Paulo.
A fraqueza dos ossos e a fragilidade do corpo, já deixaram de ser só os
vilões que assombravam essas criaturas. Nos tempos atuais, a falta da
17
qualidade de vida, da boa alimentação e da presença ao médico, está deixando
nossos idosos mais doentes, portanto é necessário um olhar mais atencioso
sobre eles.
É comum que a partir dos 60 anos, a capacidade de sentir gosto comece a
mudar radicalmente nos idosos, principalmente a capacidade de diferenciar o
doce e o salgado, porém ocorre um fator que não se altera que é
reconhecimentos dos alimentos ácidos.
Os medicamentos também agem de forma negativa nesse sentido alterando
o paladar "Isso acontece devido à atrofia das papilas gustativas que são
responsáveis pelo paladar", diz o geriatra Roberto Dischinger, responsável
pelo residencial para a terceira idade Lar Sant'ana.
O Programa Crescer e parte da equipe multidisciplinar do Lar Sant'ana. "É
importante também que o momento da refeição seja atrativo, com pratos
variados e balanceados, pois com a diminuição do paladar o idoso tende a
diminuir a ingestão de alimentos, podendo ficar com um quadro de
desnutrição." (Pt1)
Mas isso vem mudando. Durante muito tempo, os idosos foram
considerados pessoas frágeis que não serviam pra muita coisa, mas de uns
anos pra cá, isso vem mudando e eles vem demonstrando mais firmeza tanto
na parte física quanto mental, devido as várias opções que estão sendo
apresentadas a eles.
Hoje já vemos muitos idosos com mais de 60 anos que estão na ativa,
levando suas vidas com saúde, praticando esporte, voltando às salas de aula e
mostrando disposição e um sorriso no rosto.
1.6 –GERONTOLOGIA
É a ciência que estuda o processo de envelhecimento humano de modo a atender às necessidades físicas, emocionais e sociais dos idosos.
18
Os profissionais especializados organizam projetos que tem por
objetivo, criar o bem-estar dos idosos com o intuito de evitar o preconceito
contra ele por parte da sociedade e até da família.
Também habilitados para trabalhar com moradores de rua , portadores de
problemas mentais, imigrantes e principalmente idosos que vivem sozinho.
Os profissionais da Gerontologia têm formação diversificada, interagem
entre si e com os geriatras.
São eles quem fazem a prevenção, diagnosticando os problemas que
afetam a terceira idade, orientam como devem ser o ambiente que os idosos
devem ficar, garantindo assim mais conforto , intervém em casos de doenças
irreversíveis, dispensando atenção a família, garantindo a integridade do idoso
até a sua morte.
A Gerontologia é uma disciplina que recentemente começou a despertar interesse na comunidade científica, mais preocupada no estudo do desenvolvimento e não tanto no estudo de processos degenerativos (que nos fazem perder qualidades), tendo como uma das áreas de pesquisa o desenvolvimento de teorias acerca do processo de envelhecimento, a preocupação com a qualidade de desse vida e com a própria compreensão dos idosos acerca fenômeno (NÉRI, 2001).
A Gerontologia, é uma ciência moderna que tem como objetivo estudar
o idoso e os seus fenômenos biológicos, psicológicos, sóciológicos e
econômicos, visando tornar mais branda uma fase tão sacrificada que é o
envelhecimento.
O presente estudo, tem por objetivo geral, analisar a percepção dos idosos
institucionalizados sobre a prática da gerontomoticidade.
SEGUNDO BARROS( 2000), a Gerontologia observa e analisa, também, numa visão crítica, as funções reintegradoras, atuando em cada nível de desenvolvimento do idoso, na tentativa de recuperar de forma adequada, as habilidades parcialmente perdidas, com um conjunto de disciplinas inter-relacionadas, interatuantes e interdependentes.
19
O papel dos profissionais de saúde que atendem pessoas idosas é de
prevenir situações em que há perda funcional. À equipe de gerontólogos fica a
incumbência de orientar sempre o paciente idoso na execução de sua
atividade física, inclusive acerca das recomendações básicas que devem ser
seguidas na realização dos exercícios. É uma equipe de médicos que tem a
incumbência de orientar o idoso nesse sentido..
1.7- GERIATRIA Especialidade médica que estuda e trata das doenças ligadas ao envelhecimento. O Geriatra atende o idoso, diferenciando as mudanças anatômicas,
funcionais e psicológicas próprias do processo natural de envelhecimento e das
alterações decorrentes de doenças nessa fase da vida.
Esse profissional mantém uma preocupação muito grande, com todos os
aspectos da saúde do idoso. Ele se preocupa principalmente com o todo no
processo de envelhecimento.
É uma especialidade médica, cujo o objetivo é atender na saúde, na
prevenção e no tratamento das doenças, da reabilitação funcional e dos
cuidados paliativos.
Trabalham, em conjunto com equipe multidisciplinar, como na avaliação de
tratamentos adequados e daqueles que trazem riscos e/ou interações
indesejadas.
Ele tem a mesma função do clínico geral, só que durante o envelhecimento.
Sua função é bem parecida com o pediatra. Na infância é hábito a criança
saudável, ir ao pediatra, para saber se o crescimento está adequado e receber
orientação de vacina, nutricionais e outras.
No idoso, esse acompanhamento não tem só a função de fornecer
orientação como no caso acima, mais também oferecer uma velhice mais
saudável, menos dolorida e com uma melhor qualidade de vida.
20
CAPÍTULO II
2-PSICOMOTRICIDADE
A psicomotricidade na vida do idoso tem muita importância. Na terceira
idade a recuperação e manutenção das atividades funcionais os mantém
independente por mais tempo. As pesquisas estão aí para provar que os idosos
que praticam à atividade física regular, à ocupação saudável, à leitura, à
escrita, aos trabalhos manuais entre outras atividades, estão vivendo mais e
melhor. Em todas as modalidades esportivas, especialmente a corrida, as
faixas etárias tem alcançado idades superiores a 60 anos.
2.1 - A PSICOMOTRICIDADE COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO PARA
A TERCEIRA IDADE
Através dessa ciência, as perspectivas na qualidade de vida dos idosos
têm aumentado consideravelmente. Ela tem por objetivo cuidar da terceira
idade tanto no aspecto biológico, quanto psicossocial, querendo atender ao
chamado da camada (SENIL) brasileira que clama por ação e através de
debates, viabiliza uma melhor qualidade de vida para a melhor idade.
O conceito de Psicomotricidade ganha assim, uma expressão significativa,
uma vez que traduz a solidariedade profunda e original entre a atividade
psíquica e a atividade motora. “O movimento é visto como parte integrante do
comportamento, portanto, de uma concepção do desenvolvimento que coincide
com a maturação e as funções neuromotoras e as capacidades psíquicas do
indivíduo”.
Em idosos com deficiência intelectual, o processo de envelhecimento
é mais complexo, pois ocorre de maneira atípica e precoce, trazendo
diversas perdas funcionais e dificuldades na adaptação. Frequentemente há
pessoas que apresentam sinais de envelhecimento de maneira precoce, ou
seja, antes de atingir 60 anos, necessitando de cuidados específicos deste
então. Daí a necessidade de que estes sejam atendidos por uma equipe
21
multidisciplinar, onde atuem psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas
ocupacionais, psicomotricistas, entre outros, a fim de que o indivíduo seja visto
e tratado de maneira global, visando minimizar as perdas nos mais diferentes
campos.
A psicomotricidade exerce seu papel principalmente na prevenção e na
conservação das capacidades destes indivíduos, a fim de se retardar perdas
em suas capacidades, e de que este mantenha uma adequada estruturação e
organização espacial, uma boa imagem corporal, controle de postura, entre
outros, proporcionando capacidades e habilidades para uma participação ativa
na sociedade bem como sua própria autonomia.
Em virtude dos fatos mencionados acima, podemos entender e concluir que
a psicomotricidade auxilia, e muito, os idosos a se redescobrirem, fazendo com
que através do “movimento do seu corpo” aumentem a auto-estima, a
autoconfiança e acima de tudo, à vontade e a alegria de viver em sua
plenitude.
2.2 – A PSICOMOTRICIDADE E A QUALIDADE DE VIDA DA TERCEIRA
IDADE
O objetivo de vida da humanidade, é buscar uma boa qualidade de vida
para favorecer os idosos. Nos últimos anos, como as pessoas estão vivendo
mais tempo, é preciso que se trabalhe em prol disso, criando possibilidades e
oportunidades que facilitem aos idosos a viver com dignidade uma vida mais e
tranqüila nessa fase já tão difícil.
A Psicomotricidade vem alcançando um papel bastante relevante nessa
busca por uma boa qualidade de vida da terceira idade.
O aumento do tempo de vida é importante, só que pra isso, é preciso criar
às medidas que ofereça oportunidades para todos.
A busca por uma boa qualidade de vida é um dos principais objetivos da vida humana, especialmente nos anos de vida mais avançados. O aumento da longevidade é valioso à medida que oferece oportunidades para o prolongamento de uma vida saudável e produtiva. Com a chegada da velhice, a debilidade física, a dependência, a perda de papéis, os estereótipos e e preconceitos, enfim as inevitáveis perdas decorrentes do
22
processo de envelhecimento podem levar a diminuição da qualidade de vida dos idosos. Surge então a preocupação em transformar a sobrevida aumentada do ser humano numa etapa significativa da vida(PASCHOAL, 2000).
O aumento na expectativa de vida dos idosos não está diretamente ligada a
qualidade de vida em que ele esteja inserido, pois muitos estão chegando a
terceira idade, mas com capacidade funcional danificada. A capacidade
funcional a capacidade de realizar as atividades de vida com autonomia, ou
seja: realizar atividades sem auxílio, deslocá-se de um lugar para o outro
independente de companhia, dormir um sono tranqüilo, além de participação
independentemente em tudo, incluindo atividades ocupacionais e recreativas.
Néri (2004) relata que o estudo da qualidade de vida em idosos é recente, mas devido ao processo de envelhecimento populacional dos países desenvolvido a temática vem tomando evidência, principalmente porque há um fortalecimento da idéia de que as patologias apresentadas no idoso demandam altos custos para o indivíduo e a sociedade.
2.3- A PSICOMOTRICIDADE E SUAS ORIGENS
Historicamente o termo "psicomotricidade" aparece a partir do discurso
médico, mais precisamente neurológico, quando foi necessário, no início
século XIX, nomear as zonas do córtex cerebral situadas mais além das
regiões motoras.
Com o desenvolvimento e as descobertas da neurofisiologia, começa a
constatar-se que há diferentes disfunções graves sem que o cérebro esteja
lesionado ou sem que a lesão esteja claramente localizada.
Em 1925, Henry Wallon, médico psicólogo, ocupa-se do movimento
humano dando-lhe uma categoria fundante como instrumento na construção do
psiquismo. Esta diferença permite a Wallon relacionar o movimento ao afeto, à
emoção, ao meio ambiente e aos hábitos do indivíduo. Segundo a fonte da
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOMOTRICIDADE.
No inicio, bem no inicio do desenvolvimento da civilização humana,
prevalecia uma concepção, que menosprezava a educação do aspecto físico
23
para ajudar no desenvolvimento humano, no qual o corpo era deixado para
trás, ou seja, não tinha tanta importância; o que prevalecia era o estudo do
espírito.
“Ao longo dos anos, a significação do corpo sofreu inúmeras transformações. Desde Aristóteles passando pelo Cristianismo, o corpo é de certo modo, negligenciado em função do espírito. Descartes, e toda a influência do seu pensamento na evolução cientifica, levou considerar o corpo como objeto e fragmento do espaço visível separado do sujeito conhecedor. Só em pleno século XIX o corpo começa a ser estudado, em primeiro lugar, por neurologistas, por necessidade de compreensão das estruturas cerebrais, e posteriormente por psiquiatras para clarificação de fatores psicológicos”. ( FONSECA, 1998, p.19)
A Psicomotricidade no Brasil foi norteada pela escola francesa. Durante as
primeiras décadas do século XX, época da primeira guerra mundial, quando as
mulheres adentraram firmemente no trabalho formal enquanto suas crianças
ficavam nas creches, a escola francesa também influenciou mundialmente a
psiquiatria infantil, a psicologia e a pedagogia.
Com estas novas contribuições, a psicomotricidade diferencia-se de outras
disciplinas, adquirindo sua própria especificidade e autonomia. Na década de
70, diferentes autores definem a psicomotricidade como uma motricidade de
relação, enquanto na mesma época, profissionais estrangeiros convidados
vinham ao Brasil para a formação de profissionais brasileiros. Em 1977 é
fundado GAE, Grupo de Atividades Especializadas, que veio a promover a
partir de 1980 vários encontros nacionais e latino-americanos. O 1° Encontro
Nacional de Psicomotricidade foi realizado em 1979. O GAE é responsável pela
parte clínica e o ISPE, Instituto Superior de Psicomotricidade e Educação,
destinado à formação de profissionais em psicomotricidade, se dedica ao
ensino de aplicações da psicomotricidade em áreas de saúde e educação. Em
1982, o ISPE-GAE realiza o vínculo científico-cultural com a Escola Francesa
através da exclusiva Delegação Brasileira da OIPR - Organisation
Internationale de Psychomotricité et de Relaxation. A SBP - Sociedade
Brasileira de Psicomotricidade, entidade de caráter científico-cultural sem fins
lucrativos, foi fundada em 19 de abril de 1980 com o intuito de lutar pela
24
regulamentação da profissão, unir os profissionais da psicomotricidade e
contribuir para o progresso da ciência, promovendo congressos, encontros
científicos, cursos, entre outros. Começa então, a ser delimitada uma diferença
entre postura reeducativa e uma terapêutica, já demonstrando diferenças em
intervenções da Psicomotricidade, e que, ao despreocupar-se da técnica
instrumentalista e ao ocupar-se do corpo em sua globalidade, vai dando
progressivamente, maior importância à relação, à afetividade e ao emocional,
acompanhando as tendências do momento por que passava. No entanto, sob o
prisma do discurso da SBP, a psicomotricidade não é a soma da psicologia
com a motricidade, ela tem valor em si. Para o psicomotricista, o conceito de
unidade ultrapassa a ligação entre psico e soma. O indivíduo é visto dentro de
uma globalidade, e não num conjunto de suas inclinações (SBP, 2003) e (ISPE-
GAE, 2007). ( Pt 3 )
25
CAPÍTULO III
3- A CONTRIBUIÇÃO DA PSICOMOTRICIDADE NA VIDA SEXUAL DA
TERCEIRA IDADE .
Pouco se fala sobre sexo entre idosos. Algumas pessoas chegam até
achar o tema um tanto constrangedor e por isso, evitam comentários
referentes a esse assunto.
Com o aparecimento da Psicomotricidade, algumas questões ficaram
mais claras e muitos idosos passaram a se sentir mais abertos, mais
conscientizados. Assim sendo, não restou outra alternativa a não ser buscar
informações dos pós e contras que poderiam influenciar no sucesso e
rendimento da vida sexual.
3.1 - VIDA SEXUAL ATIVA
“Um dos motivos que levam à redução da Atividade Sexual entre os idosos é a perda de libido, que pode ocorrer devido à diminuição da produção hormonal masculina e feminina”, conclui geriatra Salo Buksman, da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. ( Pt 3)
A vida sexual do idoso sempre foi um tabu, ou seja, algo pouco
comentado e até duvidado por alguns, mas não são só as pessoas que tinham
essa dúvida, os próprios idosos duvidavam que fossem capazes de sentir
prazer.
Vale salientar que, devido à ausência de conhecimento sobre o processo
de envelhecimento das pessoas amadurecidas, pode ocorrer a inativação da
vida sexual devido a conflitos internos frutos das mudanças desencadeadas
por esse processo, além da visão depreciativa da sociedade e de julgamento.
Nesse sentido, a Psicomotricidade chegou fornecendo informações através
de alguns estudiosos que dizem que há sim, uma certa limitação para se viver
plenamente a sexualidade na velhice, mas que também existem formas de
superar ou pelo menos minimizar essas limitações.
26
O sexo na terceira idade deixou de ser um tabu, onde todos se esquivavam
em comentar ou pesquisar. Hoje em dia, já não é mais assim e as pessoas já
debatem e em pesquisas recentes, descobriram que apesar de não ser mais
tão ativo como nos mais novos, ele não deixou de acontecer, apenas se tornou
mais recatado, o que é típico das pessoas mais velhas.
Acontece também a repressão por parte principalmente dos familiares, na
maioria das vezes, os filhos são os primeiros geralmente a negar a sexualidade
dos pais, e quando admitem interpretam como algo depreciativo, como sinal de
segunda infância ou como sinal de demência, visualizando como algo fora do
normal.
É preciso superar o mito da velhice assexuada. A sexualidade é uma parte
importante da existência humana em qualquer etapa da vida. Ela pode e deve
ser vista sob um novo olhar.
A velhice não pode ser entendida ou confundida com enfermidade e a
sexualidade constitui fator muito importante para se gozar de uma saúde
integral. É certo que pelas mudanças naturais pelas quais passamos ao longo
da vida, a sexualidade também passa por transformações, mas as mudanças
não interferem no grau de realização pessoal.
É claro que o fato dos hormônios diminuírem, causa alguns problemas
como falta de libido, dores, e até a falta do prazer que normalmente é tudo que
todo mundo procura na vida, mas isso não quer dizer que o idoso não venha
se divertir com criatividade.
A falta de informações sobre o processo de envelhecimento, assim como
as mudanças da sexualidade na velhice, tem contribuído para manutenção de
preconceitos e, conseqüentemente trouxeram muitas estagnações das
atividades sexuais.
Não está comprovado que a sexualidade termine na terceira idade, pois ela
envolve muitos sentimentos como: amor, carinho, sensualidade, fantasia e
inteligência. Essas qualidades nós temos em todas as idades inclusive na
velhice.
De maneira geral a expectativa dos idosos em relação a sua sexualidade e
a do parceiro é negativa. Para um grande numero de casais, a relação sexual
perde a espontaneidade e cai na rotina. Então como já vimos no capítulo II,
27
A Psicomotricidade é uma ciência responsável por aumentar as
perspectivas na qualidade de vida dos idosos e que têm melhorando
consideravelmente a parte sexual e afetiva da terceira idade.
3.2 - DIFICULDADES E COMPLICAÇÕES
Apesar dos avanços da medicina terem proporcionado uma evolução
significativa na expectativa de vida e inclusive na qualidade sexual do idoso, as
doenças crônicas e cardiovasculares, dentre outras mais presentes na velhice,
podem interferir neste bem-estar.
Sendo assim, sabe-se que o envelhecimento da população traz consigo
mudanças tanto quantitativa, quanto qualitativa da atividade sexual de homens
e de mulheres, que a disfunção erétil tem sido uma queixa cada vez mais
explicitada nos consultórios e clínicas, e que o uso de fármacos para o
tratamento das doenças cardiovasculares pode produzir diversas mudanças no
que diz respeito ao desempenho sexual.
A Cardiovascular é a maior dos grandes exemplos de comprometimento
na atividade sexual no idoso decorrente das dificuldades e da contra-indicação
da sexualidade.
As limitações na atividade sexual desses indivíduos são Derivadas de várias complicações, como psicológicas, pelo Fato da ansiedade, restrições a esforço físico, o medo da morte ou também pelos efeitos adversos dos fármacos utilizados, que prova diminuição da libido e causam a disfunção erétil. ( STEIN, HOHMANN, 2006, p. 61) Não há contra indicações para o sexo na terceira idade, apenas restrições
temporárias como, por exemplo: quem acabou de passar por uma cirurgia, mas
isso também se restringe aos mais jovens.
Algumas dificuldades podem impedir ou atrapalhar a prática sexual entre os
idosos. As mulheres principalmente, podem sentir dores reumáticas
e incontinência urinária e nos homens, podem ocorrer hipertensão e
complicações com a próstata.
28
Outro aspecto evidenciado com o estudo é que as mudanças físicas que
ocorrem no corpo, são processos naturais do envelhecimento, e que embora a
frequência das relações sexuais tenda a diminuir com a idade, e mesmo as
expressões da sexualidade de cada individuo venha a manifestar-se de forma
mais discreta, não significa que o fim da expressão ou desejo sexual, venha
prevalecer expressões de carinho e a amizade nesta fase da vida
O sexo é um prazer que o corpo sente em qualquer idade, porém, para o
idoso, o sexo em excesso pode até matar, portanto, ele deve ser feito com
moderação.
Os idosos que tem vida sexual ativa muitas vezes envergonham-se de
admiti-lo. A família e a sociedade costumam desencorajá-los a isso. Cabe
uma observação:
Sexo não é só contato genital. Carinho, outras formas de contato físico,
afetivo de modo geral podem e devem ser cultivados em qualquer idade
(ZIMERMAN,2000).
Outra preocupação que não podemos deixar de citar, é o aumento dos
índices de doenças sexualmente transmissíveis em idosos, incluindo o HIV. Os
mais velhos raramente usam preservativos, mas também devem evitar o
comportamento de risco, usando camisinha para evitar doenças.
Compreende-se então, que nesta etapa a afetividade, carinho, amor,
desejo, intimidade, não acabam. Sendo estas manifestações que se propagam
por toda a vida, sendo elas vitais para o desenvolvimento das pessoas,
principalmente de mais idade, vindo desta maneira a proporcionar-lhes auto-
estima e realização pessoal, assim como sentimento de vida, porém não
devemos deixar de levar em conta as fragilidades físicas e cognitivas que
acometem o idoso, isso não impede, que venha ocorrer na vida deles, uma
Instabilidade Psicomotora que possa desestabilizar e acabar com toda sua
confiança. .
29
Portanto como já foi dito antes, o desempenho sexual é um termômetro
da saúde física e mental de ambos. E com o tempo o desejo pode vir a
diminuir, neste instante não cabe desespero ou desânimo, é manter a calma e
procurar aquele que realmente poderá ajudar. ( Pt 4)
30
CAPÍTULO IV
4- AS ATIVIDADES PSICOMOTORA NA TERCEIRA IDADE
A prática em programas de exercícios físicos regulares, proporciona um número de respostas a organismo favoráveis, que colaboram para um envelhecimento saudável melhorando a qualidade de vida, pois é uma modalidade de intervenção efetiva para reduzir e prevenir inúmeros declínios psicológicos e funcionais associados ao envelhecimento (PACHECO et. al, 2005). A psicomotricidade objetiva aumentar a capacidade de interação do
sujeito com o ambiente através da atividade corporal e sua expressão
simbólica . Observando o indivíduo de forma geral, a psicomotricidade faz-se
necessária tanto para a prevenção e tratamento das dificuldades quanto para a
exploração do potencial ativo de cada um.
4.1- EXPECTATIVA DE VIDA
Já sabemos que a população idosa está crescendo muito não só no Brasil,
mas, também no mundo. Com isso, a expectativa de vida dessas criaturas tão
frágeis tem sofrido várias modificações.
Há um grande número de pessoas da maior idade, que estão sentindo a
necessidade de seguir um programa adequado de atividades físicas para a
manutenção da saúde.
O aumento da idade chega trazendo perdas significativas no corpo da
pessoa idosa. As capacidades motoras tais como: Flexibilidade, equilíbrio,
coordenação motora, força, além de uma grande perda de massa muscular e
óssea, causam o aumento da gordura corporal.
A atividade física trás benefícios em todas as idades, proporcionando
saúde, bem-estar, qualidade de vida, se tornando uma grande aliada no
retardamento do processo de envelhecimento, trazendo benefícios a saúde
física e mental, coordenação motora, força, além de uma grande perda de
massa muscular e óssea, causam o aumento da gordura corporal óssea.
31
Para que essa expectativa fique completa, não se pode jamais deixar de
ressaltar é a importância da realização de exames para controles nutricionais e
de ordem fisiológicas, tais como diabetes, colesterol, triglicérides, tireóide,
hormonais e doenças cardíacas. A vida longa e saudável é uma conquista que
está cada vez mas, sendo alcançada por pessoas que cuidam da saúde com
responsabilidade e força de vontade. Porque os idosos que fazem escolhas
saudáveis, terão uma velhice bem confortável.
Segundo BARROS (2000), “Desde o início da década de 60, o mundo
inteiro começou a tomar consciência de um “novo” fenômeno de expansão do
envelhecimento populacional que crescia progressivamente .
4.2- BENEFÍCIOS DOS EXERCÍCIOS PARA OS IDOSO
Os alongamentos têm sido bastante importantes para auxiliar nas
atividades físicas dos idosos. Esse tipo de atividade que é feita sempre antes e
depois de começar os exercícios, é bastante importante, pois previne lesões e
aumentam as limitações articulares, por isso, ele é indispensável na hora da
realização das atividades. São vários os benefícios proporcionados pelas
atividades físicas. Os idosos praticantes de exercícios físicos apresentam
menor incidência de infecções respiratórias e urinárias, e se recuperam mais
rápido quando acometidos por alguma infecção, o que diminui o uso de
medicamentos.
Nóbrega et al. (1999) afirmam que a
atividade física regular melhora a qualidade e expectativa de
vida do idoso, evitando que ocorra o declínio de todos os
processos fisiológicos, mantendo-se um estilo de vida ativo
e saudável podendo retardar as alterações morfofuncionais
que ocorrem com a idade.
32
Além de aumentar a massa óssea e muscular, reduz doenças, melhora a
capacidade funcional, estimula o metabolismo e permiti uma certa autonomia
entre outras coisas. Daí, vem o convívio social, onde os idosos passam a
interagir com outros idosos, se envolvendo assim em outros projetos como: Os
culturais, onde eles passam a freqüentar cinemas e teatros e até bailes
direcionados a terceira idade.
Os médicos sempre ressalvam, que para que as atividades dêem prazer
aos idosos, é fundamental, que seja feita com roupas leves e confortáveis,
calçados adequados, com profissionais especializados, que dê prazer e que
dure o tempo limite de cada um, pois, mais do que isso, pode ser prejudicial
A seguir alguns exercícios que auxiliam muito no desenvolvimento corporal
dos idosos:
• Exercícios aeróbios de baixo impacto como caminhadas;
● Bicicleta ou hidroginástica de 5x a 6x por semana de 30 a 60 minutos;
• Exercícios com peso como a musculação 3x a 5x por semana;
• Alongamentos, Yoga, Pilates entre outras atividades que também
promovam uma maior flexibilidade e mobilidade articular, de 3x a 6x por
semana.
O envelhecimento quando chega, vem trazendo vários efeitos que mexem
bastante com o organismo, influenciando no seu funcionamento.
Com isso, médicos especialistas orientam aos próprios idosos ou aos
seus familiares, a necessidade das atividades físicas. Se for cumprida com
regularidade, todos verão os resultados satisfatórios que irão aparecer,
principalmente se for bem orientado com atividades musculares adequadas,
que causarão um grande efeito metabólico e psicológico no idoso.
Os exercícios ajudam no autodomínio do corpo e das habilidades físicas.
Ao mesmo tempo trabalham o afetivo e o relacionamento entre eles.
A avaliação do idoso deve ser um instrumento auxiliar no planejamento e no processo de ensino aprendizagem
33
de um programa de atividade física, que deve estar comprometido com a mudança de atitude para um estilo de vida ativo, que avance em propostas de intervenções sociais, políticas e econômicas para um envelhecimento ativo e saudável (ROSA NETO, 2009).
4.3- A TERCEIRA IDADE NOS TEMPOS ATUAIS
Com a chegada da psicomotricidade, houve grandes mudanças que
influenciou na vida da terceira idade. Hoje em dia os idosos já não são mais
tratados como aquele coitadinho que envelheceu e já não serve mais pra nada,
a não ser para dar trabalho. Muitos deles ainda trabalham e muitas vezes nem
aparentam a idade que tem, pois entraram em programas que os valorizaram
deixando-os mais confiantes e com auto-estima bastante elevada. É muito
comum encontrar idosos nas academias, nas praças, nos shopping desafiando
o poder da idade.
4.4- A PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA
A família é considerada o Porto Seguro do idoso. É nela, que eles são
conhecidos pelos seus defeitos, qualidades e necessidades. Daí, a importância
de um bom relacionamento do idoso com a família em qualquer fase da vida,
em especial quando eles se tornam dependentes física e psicologicamente.
Uma família que se encontra preparada para o processo de
envelhecimento do seu idoso, saberá como agir diante das mais diversas
situações, inclusive as mais estressantes.
A mesma deve ser o ponto de apoio do idoso em todos os momentos e
circunstâncias. Ela é apontada por pessoas que estudam o envelhecimento,
como o elemento mais mencionado por idosos como importante ao próprio
bem-estar do mesmo. No decorrer do tempo, ela sofreu mudanças importantes
pelo fato de uma maior participação da mulher no mercado de trabalho, da
34
redução do tamanho da família, do surgimento de novos papéis de gênero e da
maior longevidade.
No entanto, não podemos colocar a família como a única provedora de
cuidados de seus velhos doentes e incapacitados, é preciso que sejam
capazes de exercer essa função sozinha. Na maioria das vezes, é preciso a
participação da sociedade brasileira e um auxílio das autoridades assistenciais
e de saúde deste país. Enquanto não for exercida qualquer pressão para
mudar esta situação por parte destas famílias sobrecarregadas e muitas vezes
completamente impotentes frente à magnitude do problema, nada parece
sensibilizar as autoridades emissoras de políticas sociais no país no sentido de
programar a articulação de sistemas de suporte aos idosos dependentes e aos
seus cuidadores, por meio de serviços já existentes.
A Constituição Federal de 1988, apresenta a família como base da
sociedade e coloca como dever da mesma, da sociedade e do Estado
“amparar as pessoas idosas assegurando sua participação na comunidade,
defendendo sua dignidade e bem estar e garantindo-lhes o direito à vida”
Com o surgimento desse estatuto, os familiares e a sociedade, se viram
quase que obrigados a cumprirem juntamente com o poder público, algumas
obrigações. Por exemplo:
O art. 3º do título 1 do Estatuto: diz que “É obrigação da
família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público
assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação
do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à
cultura, esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade,
à dignidade, a respeito e à convivência familiar e comunitária”.
Neste sentido, cabe aos membros da família entender essa pessoa em seu
processo de vida, de transformações, conhecer suas fragilidades, modificando
sua visão e atitude sobre a velhice e colaborar para que o idoso mantenha sua
posição junto ao grupo familiar e a sociedade. ( Pt. 5)
35
É visível as necessidades que o idoso tem, do cuidado familiar. A
disponibilidade que a família tem que ter nesse cuidado, é essencial para que
ele tenha uma qualidade de vida mais tranqüila. O grau de dependência
influencia diretamente na vida do idoso e de sua família, pois a dificuldade de
realizar as atividades da vida diária tem causado mudanças na estrutura
familiar.
Segundo Debert e Simões (2006):
Tratar do idoso e da família é atravessar o fogo cruzado de visões ambivalentes e contraditórias sobre o que são envelhecimento adequado e qualidade de vida na velhice. A tendência dos enfoques baseados na reflexão sobre a condição dos velhos é considerar que a troca e a ajuda mútua no interior da família nuclear garantiram, ao longo da história, a sobrevivência e o bem-estar dos idosos e que, portanto, é dos seus filhos que todos esperam cuidados e amparo na velhice. Em contrapartida a essa visão, boa parte das investigações e discussões sobre a família nas ciências sociais, contemporaneamente, questiona o modo pelo qual a família nuclear é tratada no senso comum e em certas teorias sociais; particularmente, a tendência de considerá-la uma instituição natural, universal e imutável.
A assistência em domicílio também contribui para humanização do
cuidado de forma mais efetiva. Só o fato de estarem em seus lares
acompanhados de pessoas conhecidas, já deixa o idoso mais tranqüilo, mais
confiante e mais seguro.
A bem pouco tempo atrás, a idoso era considerado um estorvo para a
maioria das famílias, por isso, era mais fácil colocá-los em casas de repousos,
as vezes fria, com cuidadores que apenas faziam seus trabalhos e os
ignoravam como se fossem mobílias que enfeitavam partes da casa. Tinha
também aquela, que os colocavam em casas de repouso de luxo com todo
conforto, mas bem longe delas.
O cuidado de forma inadequada, ineficiente ou
mesmo inexistente, é observado em situações nas
quais os membros da família não está disponíveis,
36
estão só carregados ou despreparados para essas
responsabilidades. Nesses casos, existe a possibilidade
maus- tratos e abuso. Portanto, por mais que a legislação, as
políticas públicas e mesmo a social afirmem e
acreditem que os idosos devem ser cuidados pela
família, não pode garantir que esta prestará um
cuidado humanizado. Para acompanhar essas situações,
são necessários programas e serviços para os idosos.
Essas ações são urgentes e importante, pois,
muitos idosos dependentes e abandonados necessitam
de alternativas à assistência familiar de que não dispõem.
(CALDAS, 2003)
Concluímos que ao longo do tempo a composição familiar sofreu
modificações, hoje encontramos idosos residindo em famílias muitigeracionais,
(Quando as gerações atuais passam a representar as gerações anteriores,
repetindo histórias, traumas e sintomas físicos.) bem como idosos
residindo sós ou com o cônjuge (também idoso), o que não corresponde,
necessariamente, ao abandono pelos familiares ou à inexistência de uma
relação de afeto com sua família.
4.5 - A PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE
O conceito de idoso em nossa sociedade vem, histórica e culturalmente,
alterando-se e adequando-se às necessidades dessa sociedade e de seus
interesses econômicos e políticos. Também pesam nessas alterações de
interpretações sobre o estar idoso, as mudanças demográficas e lutas
democráticas por cidadania, de todos os indivíduos da sociedade.
Infelizmente boa parcela da sociedade ainda vê o velho como uma pessoa
chata, sem assunto e quando os tem, são sempre os mesmos e repetitivos.
Com isso, a maioria deles é isolado, quando não abandonados à própria sorte
com suas artrites e doenças do desuso. É necessário acabarmos com a idéia
37
de que velho não serve para nada, devemos aproveitar sua experiência de
vida, seus conselhos e aprendizados, devemos deixar que eles nos mostrem
que são capazes e que só envelheceram como todos nós vamos um dia, mas
ainda tem muitas metas para alcançar e sonhos para realizar. Embora esse
seja um fato real não podemos dizer que a culpa seja “só” das pessoas à volta
do idoso. Boa parte deles, ao longo da vida não cuidou do corpo, “da cabeça” e
do social, fazendo desse processo uma via de mão dupla. Adulto chato, na
velhice fica pior. Mas, esse conceito sobre o idoso vem mudando. Hoje em
dia, já se vê uma sociedade mais preocupada em facilitar a vida dessas
criaturas que precisam de muito carinho e compreensão. São múltiplas as
alternativas que buscam inserir esses indivíduos em diferentes espaços
sociais, visando uma melhor qualidade de vida e seu reconhecimento como
cidadão. O crescimento do número de idosos vem trazendo enorme visibilidade
perante a sociedade, porém a mesma precisa reformular sua concepção sobre
velhice, para ampliar os recursos e oferecer aos idosos serviços que atendam a
suas necessidades especificas.
Considerando essas questões, nota-se que o próprio termo “velho” já traz
consigo um grande conjunto de conotações pejorativas. Em uma sociedade
que idolatra a juventude, e a beleza, ser velho significa estar em um universo
de rejeição e exclusão. Para que seja possível reverter esse quadro, ocorre a
implantação de políticas de atendimento ao idoso, tendo como objetivo maior
evitar o seu isolamento social.
Com isso estão sendo criados projetos, discursões e até o Estatuto do
Idoso. Esse Estatuto, entre outras coisas, fala sobre crimes contra o idoso,
proíbe a discriminação nos planos de saúde pela cobrança de valores
diferenciados (fato esse que não vem sendo respeitado) em razão da idade,
determina o fornecimento de medicamentos pelo poder público e garante
descontos de 50% em atividades culturais e de lazer para os maiores de 60
anos e gratuidade nos transportes públicos para os maiores de 65 anos. Ainda
hoje, muitas pessoas pensem que só porque envelheceu significa que vai
adoecer, dar trabalho e que vai se afastar de tudo, e isso não é verdade,
existem possibilidades da pessoa continuar ativa e de manter uma boa
38
qualidade de vida. Existem espaços dedicados à terceira idade: Centros Dia,
Centros de Convivência, Centros de Referência, Universidades da Terceira
Idade, entre outros. Estes espaços, mantém o idoso em contato com a
sociedade promovendo atividades em grupo direcionadas só a eles. A
interação social que se cria entre os idosos, devolve nele o sensação boa de
bem-estar assim como a melhora no funcionamento físico. Resta saber se os
poderes públicos manterão esses espaços ativos e tornarão efetivos o
cumprimento deste Estatuto. Cabe aos idosos tomar conhecimento de seus
direitos contidos neste documento e lutar, cada um dentro de suas
possibilidades, para que eles sejam devidamente vigiados, cumpridos e
respeitados pelo governo e a sociedade em geral.
Na atualidade, o Estatuto do Idoso, criado pela Lei
nº 10.741, de 01 de outubro de 2003, estabelece prioridade
absoluta às normas protetivas ao idoso, elencando novos
direitos e estabelecendo vários mecanismos específicos de
proteção os quais vão desde precedência no
atendimento ao permanente aprimoramento de suas condições
de vida, até à inviolabilidade física, psíquica e moral
(Ceneviva, 2004)
39
CONCLUSÃO
Desenvolver um trabalho com pessoas da terceira idade não é uma tarefa
simples e fácil, mas confesso que achei gratificante. Infelizmente muitos deles
devido ao trabalho que dão por causa do peso da idade, acabam sendo
desprezados, maltratados e ignorados, quando não são abandonados em
algum asilo de luxo ou não, mas que os mantém bem longe de quem os
internaram.
São familiares descompromissados, que não entendem, ou não querem
entender a importância que tem para esses idosos, o carinho da família.
A psicomotricidade se faz presente nessa hora e colabora na execução de
um planejamento capaz de minimizar o sofrimento e a carência afetiva e física
dessas criaturinhas., pois ela é uma ferramenta de grande importância para o
desenvolvimento e o relacionamento, provocando o afeto através da ação.
Podemos afirmar também que, durante o processo de envelhecimento,
ocorrem várias mudanças físicas e psicológicas, na saúde, na redução da
energia livre, na baixa da função cardiovascular, pulmonar e cognitivos. Daí
surgem enfermidades crônico-degenerativas, alterações na composição
corporal e muitas outras deixando o idoso mais dependente e frágil.
Por isso, a Psicomotricidade se tornou uma ciência que tem por objetivo,
melhorar a qualidade de vida dos idosos, tornando-a mais ativa, além de unir
os diferentes campos da vida física, emocional, social e motora.
Além disso, a psicomotricidade ofereceu o idoso de hoje, muito mais
perspectiva de vida que a alguns anos atrás , deixando o idoso mais em
contato com a natureza, a sociedade e deixando-o mais equilibrado.
O movimento do ser humano é muito mais do que só um deslocamento, ele
exige muitas vezes uma comunicação mais ampla que o idoso terá no
ambiente . O fato de andar, caminhar, praticar esportes variados, não tem a
ver com os seus relacionamentos sociais. Esses movimentos são reflexos de
interesses corporais do idoso que farão a união da mente com o corpo.
Os tempos atuais, devem ser bem analisados da forma que estamos
cuidando dos nossos idosos, pois daqui a alguns anos, seremos nós os idosos
40
e precisamos preparar esse futuro com soluções presentes e acreditar que
queremos ter um tratamento digno e adequado e isso tem que ser construído
hoje, para colhermos os frutos no futuro.
41
ÍNDICE FOLHA DE ROSTO .................................................................................... 02 AGRADECIMENTOS......................................................................................03 DEDICATÓRIA ............................................................................................. 04 EPÍGRAFE.................................................................................................... 05 RESUMO .......................................................................................................06 METODOLOGIA.............................................................................................07 SUMÁRIO....................................................................................... ...............08
INTRODUÇÃO................................................................................................09
CAPÍTULO I - O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO
1.1 FATORES NEGATIVOS QUE ACELERAM O ENVELHECIMENTO 11
1.2 –FATORES POSITIVOS QUE RETARDAM O ENVELHECIMENTO 12
1.3- O ENVELHECIMENTO 12
1.4- AS DOENÇAS 15
1.5- AS MUDANÇAS 16
1.6 –GERONTOLOGIA 17
1.7 – GERIATRIA 19
CAPÍTULO II - PSICOMOTRICIDADE.
2.1 - A PSICOMOTRICIDADE COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO PARA A
TERCEIRA IDADE. 20
2.2- A PSICOMOTRICIDADE E A QUALIDADE DE VIDA NA TERCEIRA
IDADE 21
2.3 –A PSICOMOTRICIDADE E SUAS ORIGENS 22
42
CAPÍTULO III 3- A CONTRIBUIÇÃO DA PSICOMOTRICIDADE NA VIDA
SEXUAL DA TERCEIRA IDADE .
3.1 - VIDA SEXUAL ATIVA 25
3.2 - DIFICULDADES E COMPLICAÇÕES 26
CAPÍTULO IV - AS ATIVIDADES PSICOMOTORAS NA TERCEIRA IDADE
4.1– EXPECTATIVA DE VIDA 30
4.2– BENEFÍCIOS DOS EXERCÍCIOS PARA OS IDOSOS 31
4.3 A TERCEIRA IDADE NOS TEMPOS ATUAIS. 33
4.4 - PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA 33
4.5- PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE 36
CONCLUSÃO-------------------------------------------------------------------------------- 39
ÍNDICE-----------------------------------------------------------------------------------------41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS----------------------------------------------------43
43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROS, Rego Darcymires. A Gerontomotricidade e as Condutas
Psicomotora. In: Carlos Alberto Mattos Ferreira.Psicomotricidade.
Da educação infantil á gerontologia. Teoria e Prática. São Paulo.
Editora Lovise, 2000. Cap.XVI. p. 153.
CENEVIVA, W. “Estatuto do Idoso, Constituição e Código Civil: a
terceira idade nas alternativas da lei”. A Terceira Idade, v.15, n.30,
p.7-23, 2004
CALDAS, Célia Pereira. A saúde do idoso: A arte de cuidar. Rio
de Janeiro 1998.
CHOPRA, Deepak. Corpo sem idade, mente sem fronteiras: a
alternativa quântica para o envelhecimento. 5 ed. RJ: Rocco. 1996.
394 p.
CORDEIRO, R.C. Reabilitação Gerontológica. In: In: RAMOS, L.R.
et al. Guia de Geriatria e Gerontologia. São Paulo, Manole, 2005.
DEBERT, G. G.; SIMÕES, J. A. Envelhecimento e velhice na família contemporânea. In: FREITAS, E. V. et al. Tratado de geriatria e gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. Cap. 146, p.1366-1373.
DUARTE, Meirelayne Borges; REGO, Marco Antônio Vasconcelos.
Comorbidade entre depressão e doenças clínicas em um
ambulatório de geriatria. Cad. Saúde Pública . 2007, vl.23, n.3, pp.
44
FARINATTI, P. T. V. Teorias biológicas do envelhecimento: do
genético ao estocástico. Revista Brasileira de Medicina do Esporte,
v.8, n. 4, jul./ago. 2002
GAMA, SOUZA, Cida, ROSSI, Cláudio, et al. Em Forma. Rev. Veja,
SP, vol... nº ..., 8 set. 1999.
LUSTRI, Rogério Wilton e Morelli, José Geraldo Silva da. Aspectos
biológicos do envelhecimento. In: José Rubens Rebelatto e José
Geraldo da Silva Morelli. Fisioterapia Geriátrica. A Prática da Assistência ao
Idoso. São Paulo. Editora Manole. 2004.
NÉRI, Anita Liberalesso. Desenvolvimento e envelhecimento:
perspectivas biológicas, psicológicas e sociológicas. São Paulo:
Papirus, 2001.
NÓBREGA, A. C. L., FREITAS, E. V., OLIVEIRA, M. A. B.,
LEITÃO, M. B., LAZZOLI, J. K., NAHAS, R. M., BAPTISTA, C. A.
S., DRUMMOND, F. A., REZENDE, L., PEREIRA, J., PINTO, M.,
RADOMINSKI, R. B., LEITE, N., THIELE, E. S., HERNANDEZ, A.
J., ARAUJO, C. G. S., TEIXEIRA, J. A. C., CARVALHO, T.,
BORGES, S. F., DE ROSE, E. H. Posionamento oficial da sociedade
brasileira de medicina do esporte e da sociedade brasileira de geriatria e
gerontologia: atividade física e saúde no idoso. Revista Brasileira de medicina
do esporte, v. 5, n. 6, 1999.
PACHECO, M. D. A., CÉSAR, M. C., JUNIOR, A. V. O., STORER, I.
A. Qualidade de vida e performance em idosos: estudo
comparativo. Revista Saúde e Atividade física, v. 7, n. 17, p. 47-52,
200
45
ROSA NETO, F.; CARVALHO, A. C. Manual de avaliação motora
para terceira idade. Porto alegre: Artmed, 2009.
SCHIMIDT, Maria Luiza. Psicomotricidade na Terceira Idade.
Uberlândia, 2007.
SHARKEY, B. J. Functional vs chronologic age. Medicine and
Science in Sports and Exercise, v. 19, n. 2, p.174-178, 1987.
STEIN, R.; HOHMANN, C. B. Atividade sexual e coração. Arquivos
Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v. 86, n. 1, p. 61-67, 2006.
ZIMERMAN, Guite I. Velhice: aspectos biopsicossociais. Porto
Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.
<http://www.minhavida.com.br/saude/galerias/16600-terceira-idade-
mudancas-dessa-fase-afetam-paladar-equilibrio-e-ate-olfato>
visitado em 05 de fevereiro de 2016, às 19:16. (Pt1)
<http://www.portalterceiraidade.org.br/dialogo_aberto/sexualidade_3
i/index.htm> visitado em 11 de fevereiro de 2016, às 15:26. ( Pt 2)
46
<http://www.efdeportes.com/efd126/psicomotricidade-historia-e-
intervencao-profissional.htm > visitado em 11 de fevereiro de 2016,
às 17:10. (Pt3)
<: https://psicologado.com/psicologia-geral/sexualidade/a-
sexualidade-em-idosos © Psicologado.com> visitado em 15 de
março de 2016, às 21: 36. ( PT4)
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO –
<http://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/51905/dificuld
ades-e-contraindicacao-do-sexo-na-terceira
idade#ixzz43mSCgAAq > visitado em 17 de fevereiro de 2016, às
18:00 ( pt 5)
47
Top Related