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Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo – Univel – Ano VIII – N°19 – 1ª Quinzena Setembro/2009

Violência no trânsito é fruto daglamourização do desrespeito

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LEI SECA

Há um ano em vigor, a LeiSeca não reduziu o númerode acidentes nas rodovias.

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MENORES

A Copacol investiu R$ 15 mi-lhões no maior complexo in-dustrial de peixes do País.

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Muitos jovens dirigem semhabilitação e põem em riscoa vida de muitas pessoas.

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INVESTIMENTOS

Congresso RegionalA Univel é sede do 7º Con-gresso Regional da Escola daMagistratura e da 7ª SemanaJurídica, um dos maiores emais tradicionais eventos naárea jurídica de Cascavel.

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Divulgação

Tatiana Schicowski

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02 1ª Quinzena Setembro/2009

EDITORIALEDITORIAL

CHARGECHARGE

DIRETORA GERAL DA UNIVELVIVIANE DA SILVA

COORDENADOR DO CURSO DEJORNALISMO

CEZAR ROBERTO VERSA

PROFESSOR ORIENTADORJEFERSON POPIU

EDITORACARLA HACHMANN

PAUTEIROS E REPÓRTERESCARLA HACHMANN, CARLA ROSANA,CLEVERSON PRAXEDES, IZLA CORRÊA

CAVALCANTI, JULIANA VAZ, KELLYMENESES, PÂMELA GURTAT, RODRIGO

DIEFENTHALER, RODRIGO DIAS E TATIANASCHICOWSKI

DIAGRAMAÇÃOTATIANA SCHICOWSKI

TIRAGEM: 1000 EXEMPLARESIMPRESSÃO: GAZETA DO PARANÁ

JORNAL LABORATÓRIO DO 3° ANO DOCURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

COM HABILITAÇÃO EM JORNALISMO DAFACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS

APLICADAS DE CASCAVEL.FONE: (45) 3036-3636

Os artigos assinados são de inteiraresponsabilidade de seus autores

EXPEDIENTE

Cascavel é reconhecida como uma das cidades com o trânsitomais violento do País. Este ano 39 pessoas já perderam a vida noperímetro urbano, vítimas de acidentes automobilísticos. E os fatorespara a triste realidade são muitos, vão desde grande frota, vias largasque incentivam a alta velocidade, imprudência e, principalmente,desrespeito à vida.

Entrevistado especial nesta edição, o médico Jorge Trannin apre-senta mais um motivo para a caótica situação: a glamourização dosabusos, da velocidade, do som alto, da desobediência às leis. Issoreflete o desvirtuamento dos conceitos sociais da nova geração, queaparece com destaque nas estatísticas.

O incentivo ao consumo de bebidas alcoólicas, o uso sem restri-ções de entorpecentes, a tentativa de imitar produções cinematográfi-cas como Velocidade Máxima motivam os jovens a ignorarem os si-nais, a fazerem rachas pelas ruas da cidade, a surfarem sobre asmotocicletas em rodovias, enfim, a desafiarem a morte sobre rodas.

Quando as tragédias acontecem, restam o sofrimento e as lágri-

A vida como brinquedomas. A dor da perda acompanha as famílias para sempre. A indig-nação só é menor que o sentimento de impotência.

Leis são mudadas com o objetivo de coibir os abusos, de tentarimpor respeito a quem desconhece esse conceito. Quanto mais leissão criadas ou têm suas restrições ampliadas, mais são as infraçõescometidas, escancarando sua ineficácia.

Para mudar esse cenário que se compara a guerras civis é preci-so uma total revisão dos valores sociais, do que “é bonito” e do que“é feio”, do que pode e do que não pode, do que deve e não deve serfeito para “agradar a galera”.

Educação e respeito ao próximo são conceitos primordiais parauma sociedade viver em harmonia e devem ser instituídos dentrode casa, nos primeiros anos de vida. Impossível esperar que asregras do Estado possam substituí-los.

A vida é o bem mais precioso que temos. Enquanto isso não forconsenso geral, veremos nossos amigos e familiares sendo levadosprematuramente por inconsequentes nas ruas deste País.

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Violência no trânsito: glamour é o maior vilãoENTREVISTAENTREVISTA

Carla Hachmann

Médico do Siate traça perfil dos motoristas envolvidos em acidentes e diz que problema é social

O Siate (Serviço Integrado de Atendi-mento ao Trauma e Emergências) há dezanos, o médico Jorge Trannin ainda se co-move com alguns casos que se depara nasruas de Cascavel. Mas ele é duro ao avali-ar a situação e diz que ela continuará ti-rando vidas enquanto não houver umamudança de conceitos sociais, como maiseducação e respeito ao próximo.

Para ele, o maior problema é oglamour que há em desrespeitar as leis,

Caps-AD garante atendimentoambulatorial a usuários

Unifatos – Houve mudança nesses dez anosem que atende pelo Siate de Cascavel?

Jorge Trannin – Nesse período só vejo amesma situação, a de irresponsabilidade geral,de falta de educação. Antigamente, numa tardeatendíamos a 15 acidentes; agora são 12, dez.Parece que diminuiu um pouco. Mas cresceubastante o número de colisões automóvel commoto e aumentou a violência. Antes havia umesfaqueado, um baleado por semana, agora aten-demos a um por dia.

Unifatos – Os fins de semana são real-mente o período de maiores ocorrências?

Trannin - Sexta-feira à noite começa o show.São na maioria jovens, geralmente bêbados, emalta velocidade. Ou brigam nos bares ou se matamno trânsito, ou as duas coisas. Para cada pessoamorta, quatro ficam internadas nos acidentes. Dáuma média diária de ocupação de um leito de UTI(Unidade de Terapia Intensiva) por acidente.

Unifatos – A maioria dos envolvidos emacidentes é jovem, então?

Trannin – O perfil é de pessoas de 15 a 35 anos,geralmente alcoolizados, que estão dirigindo.

Unifatos – Qual a causa dessa situação?Trannin - O problema é que á um glamour,

é bonito sair em alta velocidade. As meninasolham, acham bonito, e eles fazem isso mesmo.

1ª Quinzena Setembro/2009

o que explica o comportamento dos jo-vens nas ruas da cidade.

Trannin já foi chefe da 10ª Regionalde Saúde e hoje também atua como ad-vogado, cuja formação concluiu há pou-co tempo na Univel. Nessa década deatendimento a pessoas feridas poucacoisa mudou, diz Trannin, apenas umaumento no caso de homicídios e tenta-tivas, além de mais colisões envolvendomotos. Confira a entrevista na íntegra.

esconder as garrafas. Até o morrer faz partedo glamour. Quem tem conhecido que mor-reu, que está no hospital, de bengala, achambonito. Dá status. Enquanto isso não aca-bar, não haverá mudança.

Unifatos – Campanhas de conscientizaçãosão eficientes?

Trannin - Não adianta campanha, pois di-rigir de maneira deseducada é bonito. Quemarranca, leva o motor às últimas é bonito. Ve-mos que as pessoas estão emocionadas, masé bonito ser amigo da vítima. As campanhassão ineficientes porque não abordam essetema. Está atacando o álcool, mas ataca a pro-paganda que sustenta a mídia.

Unifatos – Mas o que pode ser feito pararesolver esse problema?

Trannin - Numa fase inicial, tem de sertolerância zero. E então mudar os conceitos,

Eles gostam de passar na tevê ou estar na fo-tografia sem braço, cheio de machucados. Éigual ao filme Velocidade Máxima, batem o car-ro, é bonito, tipo macho americano. A mulheradaacha interessante, vem a polícia, o jornal, temfama, tem glamour envolvido na história. Ou-tro dia falei com um garoto com som alto e eleme disse: “A mulherada olha”.

Glamour é o fator principal; o segundo é afalta de educação. As pessoas não têm educa-ção, não têm noção de trânsito, acha que podepôr os pneus na faixa, que pode ultrapassarquando o sinal está quase abrindo, que podecortar pela direita, que pode parar no meio dapista, não têm noções de trânsito. E o terceiroproblema é o álcool. Não é o álcool o maiorproblema, por trás de um que bebeu está umsujeito que acha bonito beber, que não temrespeito pela vida dos outros.

Unifatos – Isso quer dizer que o problemasão os conceitos sociais?

Trannin – Exatamente. Antigamente tinhao cigarro, era bonito fumar, seguir o [ator] ClarkGabble, e todos começaram a fumar. Agora ébonito encher a cara. Quanto mais bebe maishomem é. E as mulheres estão fazendo a mes-ma coisa. É um problema de conceitos soci-ais. Percebemos claramente que as pessoasse orgulham de sair na rua e contar, na facul-dade, que pararam em uma blitz e tiveram de

Divulgação

Jorge Trannin: “Épreciso mostrar que no

dia a dia é feio, quecheiro de sangue é

ruim”

as campanhas de publicidade, da mídia. NosEstados Unidos os motoristas dão preferên-cia ao pedestre não por medo de ser preso,mas porque é bonito respeitar a lei; e aqui éo contrário. Vejo com frequência o cidadãoandando devagar na esquerda e o que estáatrás que se dane. E, se estiver com pressa,faz de tudo no trânsito.

Unifatos – A Lei Seca não ajudou?Trannin - Proibir a bebida alcoólica é hi-

pocrisia legislativa. Primeiro deve-se acabarcom a beleza, com o glamour. E isso é possí-vel por meio da mudança da propaganda. Aspessoas têm de ver na televisão as famíliaschorando na beira do caixão, isso não é boni-to. Mostrar que no dia a dia é feio, que cheirodo sangue é ruim, que cheiro do cadáver éruim. E isso tem de se dar por meio da mídia.Com o cigarro mudou, agora tem de mostrarclaramente que a bebida é um mal.

Unifatos – Os pais têm responsabilidade nisso?Trannin – Claro que têm. Os pais enchem a cara eos filhos acham aquilo bonito. É uma questão de

exemplos. Minha filha não vai me ver furando sinal,bebendo antes de dirigir, parar sobre a faixa de pe-

destre, desrespeitar a velocidade.

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Fonte: BPTran - P/3 Planejamento e CTI (Centrode Tecnologia e Informações); Polícia Militar do

Paraná; Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual;DPRF (Departamento de Polícia Rodoviária

Federal).Nota: Os dados do DPRF foram colocados na

faixa etária “não informada” nos anos de 2007 e2008 e não foram computados no primeiro

semestre de 2009. Faltam dados de novemunicípios do interior do Estado em 2009.

Faixa Etária 2007 2008 2009 (jan a jun)Menores de 18 anos 1.567 1.547 644

18 a 29 anos 26.442 28.436 1.66230 a 59 anos 30.168 31.647 13.382

60 anos e mais 3.680 3.567 1.485Não informada 10.792 12.168 2.828

Total 72.649 77.365 30.001

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Nem mesmo quando se envolvem em acidentes eles perdem o medo de dirigir sem carteiraPâmela Gurtat

Menores ao volante, um perigo para todosHABILITAÇÃOHABILITAÇÃO

Com algumas alterações no roteiro,menores de idade dão desculpas sem amenor cerimônia quando são flagradospela polícia ao dirigir ou pilotar sem habi-litação. A Carteira Nacional de Trânsitosó é conferida a quem tem mais de 18 anos,logo, qualquer um que dirija antes destaidade é um perigo no trânsito.

E conforme as autoridades do setor, nãosão poucos os casos de menores que seenvolvem em acidentes. Em 2007, foramcomputados no Paraná 1.567 acidentescujo condutor tinha menos de 18 anos, e1.547 no ano seguinte. De janeiro a junhodeste ano já foram 644 acidentes nessascircunstâncias. Os dados são do BPTran -P/3 Planejamento e CTI (Centro deTecnologia e Informações), da Polícia Mi-litar, do Batalhão da Polícia RodoviáriaEstadual e do Departamento de PolíciaRodoviária Federal.

Mas isso não intimida os jovens a an-darem sem autorização, o que se agrava

em cidades pequenas. Paulo tem 20 anos emora em Laranjeiras do Sul. Ele diz queaprendeu a dirigir com 15 anos para serútil caso acontecesse algo com a família.Moravam longe da cidade e quem o ensi-nou foi o pai. “Como morava em uma chá-cara, longe da cidade, foi muito importan-te ter aprendido porque, caso alguma coi-sa acontecesse, já sabia que poderia pegaro carro, ter mais autonomia”. No entanto,até hoje ele dirige sem carteira.

E quem pensa que apenas meninosdescumprem a lei se engana. A jovem D.D,de Corbélia, tem 19 anos e CNH na mão,mas ela já infringiu a legislação. “Dirijodesde os 16 anos, mas apenas moto”. Agarota diz ter sido influenciada pelo pai eacrescenta que recomendações nunca fal-taram. “Sempre tive muita cautela, meu paisempre me passou as recomendações bá-sicas do tipo dirigir com cuidado, ligar assetas, respeitar a velocidade, e como se pre-venir contra a polícia”.

Ela aprendeu a dirigir com um amigo,mas quando seu pai descobriu que sabia pi-lotar emprestou sua própria moto, mascondicionou o carro à carteira de habilitação.

Há dois meses A.A. completou 18 anos,mas há dois anos ele dirige em Laranjeirasdo Sul. Aprendeu com o próprio pai.“Meus pais sempre me acharam respon-sável e por isso ele me ensinou. Eles sabemque tenho plena consciência do que estoufazendo. Quando eu era menor eles fica-vam meio preocupados, mas eu só pegavao carro quando necessário ou para sair e apolicia nunca me pegou”.

Ele revela as recomendações dadas porseu pai caso a polícia o abordasse. “Sem-pre dizia: ‘Se a polícia te parar, diz quepegou o carro porque foi preciso. Andepelas ruas menos movimentadas e nuncapelo centro, justamente para evitar qual-quer descaso’”. Agora na maioridade, eleafirma: “Não dirijo mais, pois já vou fazera minha carteira”.

A sorte nem sempre andou aolado de Fernando. Aos 16 anos elepegou a moto de um amigo, furou apreferencial e bateu em um Fuscaque capotou e quase caiu em cimadele. A polícia apareceu e fez a ocor-rência. Fernando foi sentenciado acumprir pena alternativa, mas, comoteve de pagar o conserto da moto doamigo, ficou por isso mesmo.

O susto de pouco adiantou. Quan-do completou 17 anos Fernando com-prou uma moto e continuou andan-do sem habilitação. “Isso foi apenasum acaso do destino, não ia andar apé por conta disso, não é mesmo?”,diz, com naturalidade.

Por se tratar de menores de ida-de, os pais e proprietários do veícu-lo podem ser punidos pelo seu usoirregular. De acordo com o artigo 162do CTB (Código de Trânsito Brasi-leiro), constitui infração gravíssimade trânsito dirigir veículo sem pos-suir carteira nacional de habilitaçãoou permissão para dirigir, com multae possibilidade de apreensão doveículo do responsável pelo menor.

Conforme o CTB, previsto no artigo310, “permitir, confiar ou entregar a di-reção do veículo automotor a pessoanão habilitada” pode levar à detençãode seis meses a um ano ou multa. Casohaja acidente fatal, há de se somar àssanções do CTB penas do Código Cri-minal, como homicídio culposo(sem intenção de matar).

Conforme a soldado Vivian dePaula Oro, da Polícia Militar de La-ranjeiras do Sul, “se o menor des-cumprir a lei, dirigindo veículoautomotor e elétrico, serão acarreta-das consequências jurídicas da prá-tica de ato infracional, com a impo-sição de medidas previstas no Esta-tuto da Criança e do Adolescente pe-la Vara da Infância e da Juventude eensejará à adoção de medidas cri-minais contra os pais ou responsá-veis, que responderão pela práticade crime, sem prejuízo de outros de-litos, resultantes dos atos do menor,que serão chamados a indenizar osdanos advindos do ato, ou seja, omenor responderá pela ato infra-cional praticado e os pais ou respon-sáveis, pelos danos por ele cometidos”.

Punição nem sempre assusta

Cascavel tem uma das maiores fro-tas do País, com quase 140 mil veícu-los cadastrados. Um carro para duaspessoas. Isso sem contar os carros quevêm de outras cidades.

Com uma frota crescente e um siste-ma viário imutável, a Cettrans (Com-panhia de Engenharia de Transporte eTrânsito) promove campanhas deconscientização, na tentativa de orde-nar o fluxo dos veículos e pedestres eevitar os acidentes.

Para isso foi criado o Prat (Progra-

Campanhas de trânsito focam a p az nas ruasCarla Rosana

ma de Redução de Acidentes), em maiodeste ano, com o objetivo de fazer com queos motoristas consigam trafegar em pazpelas ruas de Cascavel.

“Programas educativos são desenvol-vidos para que cada um tome para si queno trânsito não se brinca, pois a vida dooutro depende de quem está ao lado”, ar-gumenta a diretora de Trânsito daCettrans, Vânia Camargo Müetzemberg.

“É importante a Cettrans fazer proje-tos de conscientização, já que andar de lo-tação hoje é quase impossível dependen-

do do horário. Tomara que esses pro-gramas ajudem os motoristas a respei-tarem mais os pedestres”, comenta aconfeiteira Euzânia Valério Pena.

Segundo a diretora de Trânsito, con-tinuamente são desenvolvidas campa-nhas com vídeos educativos, palestras,operações de rua incluindo panfletos eadesivos para motoristas e pedestres.

A companhia se prepara agora paraa Semana do Trânsito, que começa dia 18de setembro, quando haverá uma intensi-ficação das ações pelas ruas de Cascavel.

Condutores do Paraná envolvidos em acidentes com vítimas por faixa etária

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Vidas perdidas

A dor e a saudade ficam guardadas no coração de quem perdeu alguém que realmente amavaJuliana V az

1ª Quinzena Setembro/2009

A tristeza e a saudade, a dor inevitável,mágoa e solidão, são esses os sentimentos queEliane Martins convive diariamente. Ela ain-da lembra o desespero que sentiu há 17 anos,quando seu marido, Alcides de Azevedo, per-deu a vida em um acidente de trânsito. Alcidessofreu um acidente saindo de Cascavel. O diaestava chuvoso, ele perdeu a direção e capo-tou o veículo duas vezes. O local onde ocor-reu o acidente não tinha proteção alguma.

A dor que Eliane sente é compartilhadapor familiares de amigos de outras 20 milpessoas todos os anos, que perdem a vidanas estradas do Paraná. No mundo todo otrânsito ceifa vidas, mas os números brasi-leiros são alarmantes e disparam na frentede qualquer outro país. Em geral, os aciden-tes são causados pela alta velocidade, pelouso de bebidas alcoólicas e drogas e a busca

de emoção, principalmente na faixa etáriade 16 a 25 anos de idade. Em Cascavel, mui-tas das infrações flagradas representam ris-co à vida e à integridade das pessoas.

Os pedestres são as vítimas mais fre-quentes desse tipo de morte. Eles represen-tam 34,9% dos óbitos. Camila Pusebomperdeu sua mãe em 2001. Marisa Pusebom,de 39 anos, estava fazendo exercícios físi-cos na Rua Matogrosso, em frente ao mer-cado Rimafra, em Cascavel, quando foiatropelada por um motorista alcoolizado,na tarde de um domingo. “A perda de al-guém que amamos é uma das piores doresque podemos sentir”, conta Camila, queapós oito anos ainda tenta superar a dor.

Agora a família luta pela indenizaçãoda perda, um direito referente ao sentimen-to de dor pela morte da pessoa amada.

A dor de tantas famílias que perdemseus entes retrata a banalização da vida.As notícias que mostram a violência notrânsito são dadas rotineiramente.

A receita de quem passa por isso émanter a união da família e seus propó-

sitos, sem jamais virar as costas para avida. A melhor forma para superar a doré o fortalecimento da própria família. Deuma forma geral, o luto é um processoque dura de um a dois anos. Após esseperíodo a dor se abranda.

Segurança e Paz no Trânsito de CascavelSegundo o Detran/PR (Departamento de Trânsito do Paraná) e o Siate (Serviço

Integrado de Atendimento ao Trauma e Emergência), Cascavel é a cidade do Paranámais violenta. No dia 1º de agosto, na Avenida Carlos Gomes, Camila BortoliniTaques, estudante de Medicina, perdeu a vida em um acidente de trânsito. Elaestava voltando para casa depois de um encontro com os amigos. O veículo em queestava foi violentamente atingido por um dos carros que vinha em alta velocidade.

Alunos de Medicina da Unioeste fizeram uma passeata pelas ruas de Cascavelpedindo segurança e paz no trânsito. Seus amigos fizeram uma homenagem a ela eprotestaram, com várias faixas, com frases de: “Racha é crime!”, “Dirigir alcoolizadoé crime!”, “Velocidade a 140 km/h é crime!”, “Tirar uma vida é crime!”.

Vidas perdidas

Page 6: Unifatos 19ª edição

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1ª Quinzena setembro/200906

Lei seca é ignorada e mortes continuamMedida foi criada para fortalecer a fiscalização e buscar reduzir o número de acidentes

Cleverson Praxedes

DESOBEDIÊNCIADESOBEDIÊNCIA

Criada em 20 de junho de 2008 paracoibir os altos índices de acidentes, a LeiSeca não tem trazido os resultados espera-dos. Ainda ignorada por boa parte dosmotoristas, as estatísticas não sãosatisfatórias. Na comparação entre o anoanterior ao de vigência da tolerância zero,o número de acidentes aumentou 11%,embora o total de mortes tenha caído 6,5%.Mesmo assim, 57 pessoas perderam a vidana BR-277, no trecho entre Candói eMedianeira, abrangência da PRF (PolíciaRodoviária Federal).

A Lei 11.705 altera o Código de Trânsi-to Brasileiro e aumentou o rigor aos moto-ristas flagrados dirigindo após terem con-sumido bebida alcoólica.

De acordo com o inspetor João RobertoSecco, do Departamento da PRF, a lei játrouxe resultados favoráveis onde foi apli-cada. Segundo ele, a medida tem comoobjetivo acabar com os índices de aciden-tes que são quase inevitáveis, pois se a fro-ta aumenta ano a ano e a malha viária ésempre a mesma, a tendência é de aumen-tar o número de acidentes. Contudo, a res-trição conseguiu reduzir a gravidade dascolisões, percebida por Secco no trecho deabrangência da sua delegacia.

A lei tem abrangência nacional e o rigor éo mesmo para quem está nas rodovias outrafega nas vias urbanas. Ela estabeleceumultas a quem estiver dirigindo e for consta-tado teor alcoólico. Se estiver abaixo de 0,10miligramas por litro de ar expelido pelospulmões estará isento de multa, pois é consi-derada uma dosagem muito pequena, equi-valente a um copo de cerveja. Quem acusarde 0,10 a 0,29 miligramas é enquadrado narestrição administrativa, leva multa de R$957 e tem o direito de dirigir suspenso. E,quem estiver acima de 0,30 miligramas, rece-berá as punições administrativas e será en-quadrado como crime pelo artigo 306 doCódigo de Trânsito Brasileiro, que prevê pri-são de seis meses a três anos.

O inspetor da PRF observa que na rodo-via a velocidade usada é maior, o que au-menta a gravidade dos acidentes, diferentedo perímetro urbano. “Nós usamos os ra-dares fotográficos para a aplicação dessalei, que se torna repressiva e educativa.Não é apenas com a repressão que vocêvai chegar a um objetivo, é preciso que

todos os meios possíveis, mesmo didáti-cos dentro das escolas e universidades,debatam o sistema educação para o trânsi-to, e, quem sabe, só assim teremos no futu-

PERÍODO: 20 DE JUNHO A 19 DE JUNHOLEI 11.705 (LEI SECA) - 01 ANO

BR 277 – ENTRE OS KM 398 AO KM 672 = 274 KM

ACIDENTES 2007/2008 2008/2009 VARIAÇÃO %

Total de acidentes 1270 1410 11,02Total de acidentes com feridos 552 549 (-) 00,54Total de acidentes com mortos 51 41 (-) 19,60FERIDOS 1006 908 (-) 09,74MORTOS 61 57 (-) 06,55

OBS: O trecho corresponde à BR-277 entre Candói e Medianeira, abrangendo 13 municípios e 1 1 perímetros urbanos

ro um trânsito mais humano”, ressalta.Após completar um ano de existência,

a PRF faz um levantamento dos acidentese o comparativo de mortos e feridos não foi

animador. “Porém estamos no primeiroano de existência da lei, esperamos queesses números melhorem para o próximoano”, afirma o inspetor Secco.

Número de acidentes nãoreduz apesar da nova lei

Divulgação

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071ª Quinzena setembro/2009

Nova Aurora pode virar a Capital do PeixeCooperativa instala maior complexo industrial do País com apoio da prefeitura

Rodrigo Diefenthaler

A instalação em Nova Aurora do mai-or complexo integrado de peixes do Paíspode transformar o Município na Capitaldo Peixe. A unidade industrial da Copacol(Cooperativa Agroindustrial Consolata)possui 2.343 m² de área construída em umterreno de 55 mil m² doado pela Prefeiturade Nova Aurora, que também realizou aterraplanagem, subestação de entrada deenergia, poço artesiano, reservatório deágua, pavimentação asfáltica e lagoas paratratamento de efluentes. Na obra foraminvestidos R$ 15 milhões financiados peloBRDE (Banco Regional de Desenvolvi-mento Econômico), com recursos doBNDES (Bando Nacional de Desenvolvi-mento Econômico e Social).

O sistema de integração entre a coo-perativa e 150 piscicultores cooperadoscompreende desde o processo de produ-ção, até o abate e a comercialização dosprodutos à base de tilápia para os mer-cados interno e externo.

O abate inicial será de 10 toneladas detilápia ao dia, com previsão de alcançar50 toneladas diárias em 2012. Nesse mo-mento, 100 novos empregos diretos serãooportunizados na nova atividade.

Dessa forma, a Copacol continua a in-vestir no crescimento integrado, no qualas bases para o sucesso estão apoiadas nofortalecimento dos associados, na geraçãode empregos e no desenvolvimento dosmunicípios de sua área de atuação.

De acordo com o prefeito Pedro Le-andro Neto, os investimentos do Muni-cípio com a Copacol primam a geraçãode emprego e renda. Segundo ele, a cons-tante busca da administração munici-pal pela geração de emprego fez comque o Município investisse na implan-tação do empreendimento e, acima detudo, porque a Copacol é uma grandeparceira de Nova Aurora.

Ele ressalta que o abatedouro de pei-xes é um marco na história do Municí-pio, que irá movimentar toda uma ca-deia, que vai desde o piscicultor até oconsumidor final, principalmente coma exportação do produto.

DESENVOLVIMENTODESENVOLVIMENTO

A Copacol comemora o seu 45° ani-versário e o pioneirismo passou a ser suamarca registrada. A preocupação deoportunizar a diversificação das propri-edades dos associados permitiu à coo-perativa, que já garantia sustentação aosprodutores na atividade agrícola, bus-car alternativas viáveis e concretas decapitalização dos associados.

Para tanto, a cooperativa deu início

Pioneirismo é marca registrada na cooperativa

Assessoria Copacol

em 1980 ao projeto denominado Comple-xo Integrado Avícola, que hoje representa60% do faturamento da cooperativa. Daprodução de carnes de frango, cerca de40% é exportada para mais de 25 países,incluindo os mercados mais exigentes.

A suinocultura e a bovinocultura sur-giram em parceria com a Cooperativa Cen-tral Frimesa, com o mesmo propósito deoferecer uma oportunidade de renda para

os associados.Hoje com 4,3 mil associados e mais de

6 mil colaboradores diretos, os projetosda Copacol não param por aí. Mostran-do mais uma vez o seu pioneirismo, aCopacol dá início ao sistema integradode peixes, como uma nova alternativa derenda para os associados, que em 90%são miniagricultores e pequenos agricul-tores que possuem até 50 hectares de área.

A unidade industrial possui 2.343 m² de área construída em um terreno de 55 mil m². Na obra foram investidos R$15 milhões

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08 1ª Quinzena setembro/2009

Univel se engaja nos “8 Objetivos do Milênio”

Tatiana Schicowski

Diretores e coordenadores se empenham na organização do Círculo de Diálogo e seleção de alunos

Em setembro de 2000, a ONU (Orga-nização das Nações Unidas), ao analisaros problemas mundiais de maior impac-to, fundou um projeto que estabeleceu osObjetivos de Desenvolvimento do Milê-nio (ODM), com o desígnio de garantir ascondições mínimas de igualdade,fraternidade e justiça. O objetivo do proje-to é mudar a rua, a comunidade, a cidade,o estado, o país e o mundo.

Ao participar de um encontro da ONU,o presidente da Fiep (Federação das Indús-trias do Estado do Paraná), Rodrigo Ro-cha Loures, trouxe a ideia para o Brasil,instalando-a primeiramente em Curitiba.A coordenação do ODM no Paraná ficou acargo de Maria Aparecida Zago Udenal.

Em abril de 2008 Cascavel participoudo primeiro Circulo de Diálogo, uma reu-nião na qual os projetos são expostos, ava-liados e selecionados.

O núcleo ODM em Cascavel é lidera-do pelo coordenador da Fiep regional,Vilson Basso, que pretende aliar acadê-micos nessa ideação. O intuito é reforçara mão de obra e a implementação dos pro-jetos. Os alunos da Univel poderão entrarem contato com sua instituição para veri-ficar a possibilidade de vincular trabalhoa um projeto de extensão dentro do quepreconiza os Objetivos do Milênio. Tam-bém aderiram às metas as instituiçõesUnioeste, Unipar, Unibam e Itecne. Cadauma tem direito a 60 vagas e cabe a elasselecionarem os alunos.

A INSTITUIÇÃOA Univel – Faculdade de Ciências So-

ciais e Aplicadas de Cascavel tem comocoordenador do Projeto Objetivos do Milê-nio Cezar Roberto Versa, coordenador docurso de Jornalismo. Cada curso terá umresponsável para seleção dos alunos.

Cascavel dará início ao “plano aca-dêmico” com um Círculo de Diálogo queocorrerá no dia 22 de setembro no salãoda Catedral Nossa Senhora Aparecida,das 18h30 às 22h. Os projetos já exis-tentes serão apresentados na reunião eos alunos que tiverem interesse pode-rão se aliar à equipe.

O Desenvolvimento do Milênio é umconjunto de oito macro-objetivos, que de-verão ser atingidos pelos países integran-tes até 2015, por meio de ações do gover-no e da sociedade, sustentado por patro-cínios e doações, dentro da prerrogativade H. J. Brown: “As pessoas podem serdividas em três grupos: Os que fazem ascoisas acontecerem; os que olham as coi-sas acontecerem; e os que ficam se per-guntando o que foi que aconteceu.”

A coordenação do curso de Direito da Univel e a Emap (Escola da Magistratura doParaná) - Núcleo de Cascavel realizam nos dias 9, 10 e 11 de setembro, no auditório daUnivel, o 7º Congresso Regional da Escola da Magistratura e 7ª Semana Jurídica daUnivel. A temática desta edição será Tendências Constitucionais do Direito: AInterdisciplinaridade como Tônica. No evento, haverá as seguintes palestras: As omis-sões, planejamento financeiro e o controle do poder judiciário nas políticas públicas,ministrada por Josélia da Nogueira Silveira; O teletrabalho para portadores de  neces-sidades especiais, ministrada por Mara Vidigal Darcanchy; Direito ProcessualAmbiental, apresentada por Jonatas Luiz Moreira de Paula; A defesa do consumidor edo cidadão: uma abordagem constitucional, por Erolths Cortiano Junior; GarantismoPenal – O moderno direito penal à luz do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul,ministrada por Romero Osme Dias Lopes; Associações sem fins econômicos no códigoCivil de 2002, tratada por Rodrigo Xavier Leonardo.

As inscrições podem ser feitas na tesouraria na Univel. O valor para acadêmicosé de R$ 40 e para profissionais é de R$ 80. Mais informações no núcleo da Emap ouna coordenação do curso de Direito da Univel.

Univel promove Congresso Regional

PROJETOPROJETO

Acadêmicos se reunem no auditóro da Univel para prestigiar palestras

Mais informações podemser obtidas nos sites http://www.portalodm.com.br/ ewww.nospodemosparana.org.br/.

41%41%41%41%41%

50%50%50%50%50%

50%50%50%50%50%

55%55%55%55%55%

65%65%65%65%65%

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-85%-85%-85%-85%-85%

-2%-2%-2%-2%-2%

58%58%58%58%58%

0,1%0,1%0,1%0,1%0,1%

89,5%89,5%89,5%89,5%89,5%

50%50%50%50%50%

50%50%50%50%50%

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66,7%66,7%66,7%66,7%66,7%

0%0%0%0%0%

100%100%100%100%100%

87%87%87%87%87%

57%57%57%57%57%

ODM METAS ODMAlcançadosDesejados

Reduzir pela metade até 2015 aproporção da populaçãocom rednaabaixo da linha da pobreza.

AVANÇOS*

Reduzir pela metade até 2015a proporção da populaçãoquemorre de fome.

Garantir que até 2015todas ascrianças de ambos os sexosterminem o ensino fundamen-tal.Eliminar a disparidade entre os se-xos em todos os níveis de ensino.

Reduzir em dois terços até 2015a mortalidade de crianças meno-res de 5 anos.

Reduzir em três quartos até 2015a taxa de mortalidade materna.

Até 2015 ter detido e começado areverter a propagação do HIV/Aids.

Até 2015 ter detido e começadoa reverter a propagação da ma-lária e outras doenças importan-tesIntegrar os princípios do desen-volvimento sustentável nas po-líticas e reverter a perda de re-cursos ambientais até 2015.

Reduzir a metade, até 2015,a pro-porção da população sem acessosustentável à água potável segu-ra.Até 2020 ter alcançado uma me-lhora significativa nas vidas dehabitantes de bairros degradados.

Todo mundo trabalhando pelodesenvolvimento

Se continuarmos nesse ritmo:

Não alcançaremos

Temos dificuldadesAlcançaremos

Situação

Page 9: Unifatos 19ª edição

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