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Manual do Prestador - Recomendaes para a Melhoria Contnua
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Unidade de Misso para os Cuidados Continuados Integrados
RREEDDEE NNAACCIIOONNAALL DDEE CCUUIIDDAADDOOSSCCOONNTTIINNUUAADDOOSS IINNTTEEGGRRAADDOOSS
MMaannuuaall ddoo PPrreessttaaddoorrRReeccoommeennddaaeessppaarraaaaMMeellhhoorriiaaCCoonnttnnuuaa
Agosto de 2011
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Unidade de Misso para os Cuidados Continuados Integrados
FICHA TCNICA
Proprietrio, editor e autor
Unidade de Misso para os Cuidados Continuados Integrados (UMCCI)Rua Gomes Freire, n. 5, 2. Dto1169-086 LisboaTel: +351213588060/61Fax: [email protected]://www.umcci.min-saude.pt
Coordenao Geral
UMCCIAna GiroIns Guerreiro
Coordenao Executiva
Insignis, Lda.Sandra Feliciano
Equipa Tcnica
UMCCIAlberto MatiasAna GiroCristina OliveiraHelena GomesIns GuerreiroIrene GustavoJoaquim Abreu NogueiraMaria Joo GiroMaria MaraMiguel FaustoVtor Marques
Instituto de Segurana Social, I.P.Ana GomesSofia Borges PereiraSofia Cunha
Insignis, Lda.,Graa SallesSandra FelicianoSofia Campos
Data de Publicao
1. Edio: Agosto de 2011
Este Manual foi redigido em conformidade com as disposies do novo acordo ortogrfico
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Unidade de Misso para os Cuidados Continuados Integrados
NDICE
NOTA DE ABERTURA 5
I INTRODUO E ADESO RNCCI 7
II ORIENTAES PARA MELHORIA CONTNUA 21
A QUESTES ADMINISTRATIVAS 21
B ORIENTAES GERAIS DE ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR E
HUMANIZAO EM CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
26
C INTERVENES ORIENTADAS AS BOAS PRTICAS 41
D IMPORTNCIA DA AVALIAO NUTRICIONAL EM CUIDADOS
CONTINUADOS
65
E PROBLEMAS RELACIONADOS COM MEDICAMENTOS NO IDOSO 72
F ORIENTAES PARA ARMAZENAMENTO DE MEDICAMENTOS,
PRODUTOS FARMACUTICOS E DISPOSITIVOS MDICOS
82
G LCERAS DE PRESSO 89
III DOCUMENTOS EXTERNOS 97
A LEGISLAO 97
B OUTROS DOCUMENTOS 102
IV INDICADORES DE AVALIAO 105
V INSTRUMENTOS DE RECOLHA DE DADOS 137
VI GLOSSRIO 147BIBLIOGRAFIA 151
HISTRICO DE REVISES 153
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Unidade de Misso para os Cuidados Continuados Integrados
NOTA DE ABERTURA
verba volant, scripta manent *
com as diversificadas experincias dos nossos primeiros quatro anos (concludos emNovembro de 2010) que nos permitimos concluir, e agora lanar, este MANUAL DOPRESTADOR Recomendaes para a Melhoria Contnua da Rede Nacional de CuidadosContinuados Integrados (RNCCI).
Manual, livro feito para estar mo, ou entre elas, as mos, com a finalidade de sermanuseado e estudado assim a etimologia da palavra em diferentes lnguas o atesta:handbook; manuel; manuale;
Comea por ser, necessariamente, coerente com os enquadramentos legais e os normativos,directivas, cpia dos procedimentos cientficos e/ou tcnicos que sustentam as prticas, emtodas as suas competncias e nveis, do dia-a-dia daqueles que trabalham para e na RNCCI eque a Unidade de Misso para os Cuidados Continuados Integrados (UMCCI) foi construindo ecompilando ao longo deste tempo.
simultaneamente o modelo definidor, de direitos e deveres, para aqueles que auferem daexistncia da Rede, os utentes, em qualquer dos seus enquadramentos: cuidados domicilirios,convalescena, reabilitao, manuteno e tambm paliativos.
Apesar de j estar aferido com as prticas implementadas, desde j tambm se afirma que opresente Manual dever ser alvo de actualizaes, sempre que tal a experincia, osconhecimentos adquiridos e os enquadramentos legais, as venham a exigir.
Uma palavra de estmulo aos que agora, por no terem participado na sua feitura, o vo terpela primeira vez nas suas mos: Este Manual orientador para os vossos diversos afazeresenquanto prestadores e/ou parceiros da RNCCI, mas tambm uma obra em constanteconstruo, que conta com as vossas sugestes, fruto do vosso trabalho no terreno - com epara os utentes - para evoluir, constituindo-se numa ferramenta de apoio gesto cada vezmais til, contextualizada e sempre actualizada.
Com a ajuda de todos aqueles que com anima se tm dedicado a este projecto, a nossagratido e a disponibilidade para, em conjunto, implementarmos e melhorarmos continuamenteesta nossa RNCCI - que em boa hora foi um projecto poltico abrangente por integrar,simultaneamente, as vertentes da sade e de apoio social e uma mudana de prioridadesdirigida s necessidades dos utentes e famlias, como centro da nossa preocupao esteManual pretende constituir-se como uma referncia segura, mesmo nas diferenas entre aszonas geogrficas do pas e para a diversidade da populao que a rede deve servir.
omnia mecum porto **
Ins Guerreiro
Lisboa, Agosto de 2011
* as palavras voam, os escritos permanecem
** quanto tenho, comigo trago
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Unidade de Misso para os Cuidados Continuados Integrados
I. INTRODUO E ADESO RNCCI
1. Enquadramento da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI ouRede)
As alteraes demogrficas, com cada vez maior peso da populao idosa, assim como a
alterao do tecido social provocada pela ausncia do domiclio da mulher, cuidadora tradicional,
levaram necessidade de encontrar respostas para apoio de pessoas em situao de
dependncia. Reabilitar e reinserir, a par de polticas de envelhecimento ativo, so os desafios no
momento, a nvel global. Houve, assim, a necessidade de definir uma estratgia para o
desenvolvimento progressivo de um conjunto de servios adequados, nos mbitos da Sade e
da Segurana Social, que respondessem crescente necessidade de cuidados destes gruposda populao, articulando com os servios de sade e sociais j existentes. A parceria
estabelecida entre os Ministrios do Trabalho e Solidariedade Social e da Sade possibilitou as
dinmicas de criao e fomento de respostas multisetoriais, com o objetivo de promover a
continuidade da prestao de cuidados de Sade e Apoio Social a todo o cidado que apresente
dependncia, com compromisso do seu estado de sade, ou em situao de doena terminal,
sustentado por diversos stakeholders, como entidades pblicas (hospitais, centros de sade,
centros distritais do Instituto da Segurana Social, I.P.) sociais e privadas (da Rede Solidria
e da rede lucrativa), tendo o Estado por principal incentivador.
A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, criada pelo Decreto-Lei n. 101/2006,
de 6 de junho, constitui-se como o modelo organizativo e funcional para o desenvolvimento da
estratgia enunciada. Representa um processo reformador desenvolvido por dois setores com
responsabilidades de interveno no melhor interesse do cidado: o Servio Nacional de Sade
(SNS) e o Sistema de Segurana Social.
Esta Rede pretende implementar um modelo de prestao de cuidados adaptado s necessidades
do cidado e centrados no utente, onde este possa aceder aos cuidados necessrios, no tempo e
locais certos e pelo prestador mais adequado. Atravs do desenvolvimento dos seus paradigmas, aRNCCI estimula a reviso do papel do hospital e refora o papel dos cuidados primrios de sade
como charneira do SNS, apoiando assim a sua modernizao e adequao s necessidades de
sade emergentes no pas. A RNCCI dirige-se, assim, a pessoas em situao de dependncia,
independentemente da idade, que precisem de cuidados continuados de sade e de apoio
social, de natureza preventiva, reabilitativa ou paliativa, prestados atravs de unidades de
internamento e de ambulatrio e de equipas hospitalares e domicilirias.
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Unidade de Misso para os Cuidados Continuados Integrados
2. Misso e Objetivos da Rede
A RNCCI tem por Misso prestar os cuidados adequados, de sade e apoio social, a todas
as pessoas que, independentemente da idade, se encontrem em situao de
dependncia, a qual se concretiza atravs dos seguintes objetivos:
A melhoria das condies de vida e bem-estar das pessoas em situao de
dependncia, atravs da prestao de cuidados continuados de sade e de apoio
social.
A manuteno das pessoas com perda de funcionalidade ou em risco de perder, no
domiclio, sempre que possam ser garantidos os cuidados teraputicos e o apoio social
necessrios proviso e manuteno de conforto e qualidade de vida.
O apoio, o acompanhamento e o internamento tecnicamente adequados respetiva
situao.
A melhoria continua da qualidade na prestao de cuidados continuados de sade e de
apoio social.
O apoio aos familiares ou prestadores informais, na respetiva qualificao e na
prestao dos cuidados.
A articulao e coordenao em rede dos cuidados em diferentes servios, setores e
nveis de diferenciao.
A preveno de lacunas em servios e equipamentos, pela progressiva cobertura
nacional, das necessidades das pessoas em situao de dependncia em matria de
cuidados continuados integrados.
A Misso da RNCCI vem assim dar resposta ao conjunto de pressupostos internacionais
definidos para o desenvolvimento dos cuidados continuados integrados, e que so:
Necessidade de diminuir internamentos desnecessrios e o recurso s urgncias por
falta de acompanhamento continuado;
Reduo do reinternamento hospitalar ou internamento de convalescena dos idosos;
Reduo do nmero de altas hospitalares tardias (i.e. acima da mdia de internamento
definida); Aumento da capacidade da interveno dos servios de sade e apoio social ao nvel
da reabilitao integral e promoo da autonomia;
Disponibilizao de melhores servios para o apoio continuado s pessoas em
situao de fragilidade ou com doena crnica;
Disponibilizao de melhores servios de apoio recuperao da funcionalidade e
continuidade de cuidados ps-internamento hospitalar;
Flexibilizao da organizao e do planeamento dos recursos numa base de sistema
local de sade, atravs da identificao, pormenorizada, das necessidades de
cuidados da populao, a nvel regional;
Maior eficincia das respostas de cuidados agudos hospitalares.
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3. Organizao da Rede
A prestao de cuidados de
tipos de resposta, tal como si
Caraterizando as vrias tipol
Constituem Unidades de Int
Durao e Reabilitao, Uni
Paliativos.
A Unidade de Conv
devendo para esta ti
recuperao de um
elevado potencial de
As Unidades de M
transitrias, promov
decorrente de recup
crnico, cuja previsibi
As Unidades de L
cuidados que previn
otimizando o status
superior a 90 dias
Manual do Prestador - Recomendaes pa
os Continuados Integrados
sade e de apoio social assegurada pela R
ntetizado no digrama seguinte:
gias de cuidados continuados:
ernamento, as Unidades de Convalescena; U
ades de Longa Durao e Manuteno e Unid
alescena tem por finalidade a estabilizao c
pologia ser referenciadas pessoas que se enco
processo agudo ou recorrncia de um proce
reabilitao com previsibilidade at 30 dias cons
dia Durao e Reabilitao visam responde
ndo a reabilitao e a independncia, em
rao de um processo agudo ou descompens
ilidade de dias de internamento se situe entre 30
nga Durao e Manuteno tm por finalid
am e/ou retardem o agravamento da situao
do estado de sade, num perodo de intern
. Visam responder a doentes com process
a a Melhoria Contnua
9
CCI atravs de 4
nidades de Mdia
des de Cuidados
lnica e funcional,
ntram em fase de
sso crnico, com
ecutivos.
r a necessidades
situao clnica
o de processo
dias e 90 dias.
ade proporcionar
de dependncia,
mento em regra
os crnicos que
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Unidade de Misso para os Cuidados Continuados Integrados
apresentem diferentes nveis de dependncia e graus de complexidade e que no
possam, ou no devam, ser cuidados no domiclio.
As Unidades de Cuidados Paliativos, tal como so definidas no mbito da RNCCI,
destinam-se a doentes com doenas complexas em estado avanado, com evidncia
de falha da teraputica dirigida doena de base ou em fase terminal e que requerem
cuidados para orientao ou prestao de um plano teraputico paliativo.
Constituem Equipas Domicilirias, as Equipas Comunitrias de Cuidados Continuados
Integrados e as Equipas Comunitrias de Suporte em Cuidados Paliativos.
As Equipas de Cuidados Continuados Integrados, da responsabilidade das
Unidades de Cuidados na Comunidade dos Agrupamentos de Centros de Sade
(ACES), cfr. n. 4 do art. 11 do DL n 28/2008 de 22 de fevereiro, direcionam a suainterveno multidisciplinar a pessoas em situao de dependncia funcional, doena
terminal, ou em processo de convalescena, com rede de suporte social, cuja situao
no requer internamento. O seu desenvolvimento, para alm dos Cuidados de Sade
Primrios, contempla tambm a interveno da Rede Social, no apoio social
domicilirio.
Esta equipa da RNCCI, deve desejavelmente, incluir um ncleo especializado de
profissionais de sade, com formao especfica em cuidados paliativos, de forma a
assegurar o apoio e aconselhamento diferenciado em cuidados paliativos, no s emcontexto domicilirio, mas tambm s unidades de internamento de Reabilitao e de
Manuteno, assumindo-se assim, para alm das atribuies descritas, como uma
Equipa Comunitria de Suporte em Cuidados Paliativos.
Constituem Equipas Hospitalares, as Equipas Intra-Hospitalares de Suporte em Cuidados
Paliativos e as Equipas de Gesto de Altas.
As Equipas Intra-Hospitalares de Suporte em Cuidados Paliativos, que como o
nome indica esto sedeadas nos hospitais de agudos, tm por finalidade prestar
assessoria tcnica diferenciada nesta rea, transversalmente nos diferentes servios
do hospital. Constituem-se como recurso hospitalar uma vez que integram elementos
dos diferentes grupos profissionais, com formao em cuidados paliativos.
As Equipas de Gesto de Altas, so equipas hospitalares multidisciplinares, cuja
atividade consiste na preparao e gesto de altas hospitalares com outros servios
para os utentes que requerem suporte de continuidade dos seus problemas de sade e
sociais, quer em regime de internamento, quer em regime de ambulatrio.
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Unidade de Misso para os Cuidad
Constituem Unidades de Am
As Unidadesde Dia
autonomia de pesso
familiares lhes permit
manuteno so facu
O modelo de gesto da Red
servios. Compete Unidad
enquanto estrutura organiz
condutoras e agregadoras
tambm, zelar pelo acess
respondam s necessidadevida. Esta prestao ope
Regional (ECR) e Equipas
descentralizada visa uma a
RNCCI, garantindo a fl
acompanhamento e monitori
de gesto dos utentes.
A sua constituio intersect
coordenao, incluindo-se, nsegurana social. Os princip
diagrama seguinte:
estrutura de misso (UM
coordenao da RNCCI e
proximidade, atravs da indis
instituies de natureza priv
de Segurana Social.
Manual do Prestador - Recomendaes pa
os Continuados Integrados
bulatrio:
e de Promoo de Autonomia, que se destin
s em situao de dependncia, cujas condie
em a permanncia no domiclio. Os cuidados d
ltados em regime de dia.
e assenta numa lgica de descentralizao e c
e de Misso para os Cuidados Continuados Int
dora e reguladora, tendo por compromissos
e ao no s, garantir a sustentabilidad
e benefcio de cuidados continuados inte
de cada utente e promovam a sua autonomiacionalizada a nvel regional e local (Equipas
de Coordenao Local (ECL), respetivament
rticulao efetiva e eficiente dos diferentes nv
xibilidade e a sequencialidade na sua
ao, para alm de assegurar o bom funciona
rial, assume-se como caracterstica comum n
a composio destas equipas, elementos da rais intervenientes na coordenao da RNCCI
CCI), compete a conduo e lanamento do
contribuir para a implementao de servios
pensvel articulao entre centros de sade, ho
da e social, em articulao com as Redes naci
a a Melhoria Contnua
11
am a promover a
clnicas e scio-
reabilitao e/ou
ntratualizao de
egrados (UMCCI),
ticos e linhas
da RNCCI mas
rados (CCI) que
a e qualidade dede Coordenao
e. Esta estrutura
eis e agentes da
implementao,
ento do processo
os trs nveis de
a da sade e dapresentam-se no
projeto global de
comunitrios de
spitais, servios e
onais de Sade e
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Unidade de Misso para os Cuidados Continuados Integrados
Para alm da co-responsabilidade dos dois setores (Sade e Segurana Social), destaca-se,
ainda, a aposta na descentralizao regional das responsabilidades de planeamento, direo e
gesto dos recursos da RNCCI.
A nvel regional, a coordenao desenvolvida pelas ECR. Estas so constitudas por
representantes da Sade e dos Centros Distritais da Segurana Social (CDist do ISS, I.P.).
As principais responsabilidades das ECR encontram-se sintetizadas no diagrama seguinte:
ECR
Divulgao
de
informao populao
sobre
a RNCCI
Anlise depropostas
paraintegrar
a Rede
Acompanhamento
e controlo daexecuo
financeira
Garantia daqualidade
doscuidadosprestados
Monitorizao
e controlo daatividade
prestada
Garantia daequidade
e adequaono acesso
Rede
Formao
dosprofissionais
Plano Regional
de Implementao
e previsooramental
Garantia
daarticulao
entre
entidades eparceiros
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Unidade de Misso para os Cuidados Continuados Integrados
A nvel local, a coordenao desenvolvida pelas ECL. Estas so compostas por, pelo menos,
dois elementos dos CSP (mdico e enfermeiro) e um elemento do setor social, nomeadamente
do Centro Distrital do ISS, I.P. respetivo.
As principais responsabilidades das ECL encontram-se sintetizadas no diagrama seguinte:
Quanto ao modelo de financiamento: o diploma que instituiu a UMCCI determina que compete
ao Instituto de Gesto Informtica e Financeira da Sade (atual ACSS, IP) assumir todos os
encargos oramentais decorrentes das instalaes e do funcionamento da UMCCI, bem como
cativar verbas para o financiamento da RNCCI, atravs das receitas oriundas dos jogos sociais,
afetas aos projetos dos cuidados de sade e s pessoas idosas e cidados em situao de
dependncia.
A Rede dispe de um modelo de financiamento especfico, o qual define o financiamento das
unidades e equipas, em funo das condies de funcionamento das respostas, obedecendo
ao princpio da diversificao das fontes de financiamento e da adequao seletiva, variando,
ainda, em funo do tipo e da complexidade dos cuidados prestados, podendo incluir
comparticipaes do Ministrio do Trabalho e da Solidariedade Social (MTSS), do Ministrio da
Sade (MS) e dos utentes.
ECL
Assegurar aarticulao
das unidades eequipas
ao nvel local Apoiar eacompanhar
ocumprimento
dos contratos
Assumir osfluxos
de referncia
dos utentes naRede
Atualizar osistema
de informaoda Rede
Assegurar apreparao
de altas
Apoiar eacompanhar
a utilizao
dos recursos daRede
Promoverparcerias
para aprestao
de CCI
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Unidade de Misso para os Cuidados Continuados Integrados
Efetivamente, quando estamos perante respostas que integram a componente de apoio social,
h repartio dos encargos entre o MTSS e o MS, havendo lugar a uma comparticipao da
segurana social nos encargos decorrentes da prestao de cuidados de apoio social nas
unidades de mdia e longa durao da RNCCI.
A implementao da RNCCI visa estabelecer parcerias com outros Programas Nacionais e
setores da Administrao Pblica. Na articulao com o setor autrquico pretende-se o
desenvolvimento de estratgias a nvel local, de forma a fortalecer a prestao de servios, ao
nvel dos cuidados continuados integrados. Na parceria com o setor social e privado lucrativo,
importa incluir e diversificar parceiros de modo a potenciar a RNCCI, bem como aproveitar e
otimizar os recursos existentes.
Tudo isto pressupe um nvel de articulao cujo objetivo o aproveitamento e otimizao dos
meios, atravs da incluso e diversificao de parceiros capazes de contribuir para o
desenvolvimento, expanso e atividade da Rede.
Assim, as entidades promotoras e gestoras das unidades e equipas da Rede podem revestir a
natureza de entidades pblicas dotadas de autonomia administrativa e financeira, com ou sem
autonomia patrimonial, Centros de Sade, instituies particulares de solidariedade social e
equiparadas, ou que prossigam fins idnticos, entidades privadas com fins lucrativos.
4. Regras de Adeso Rede
a) Para formalizar o pedido de adeso RNCCI, a entidade promotora e gestora dever
fazer chegar Administrao Regional e Sade, I.P. (ARS) competente (em funo da
correspondente rea de influncia), o respetivo formulrio de candidatura preenchido e
assinado por quem tenha poderes para o ato nos termos legais. Este poder ser
entregue em mo prpria, enviado por CTT registado ou enviado por correio eletrnico.
O modelo do formulrio de candidatura encontra-se disponvel* para download, no stio
da Internet da Administrao Regional de Sade, I.P. (ARS), do Instituto de Segurana
Social, I.P. (ISS) e da Coordenao Nacional da RNCCI).
* o modelo de formulrio ser disponibilizado aquando da aprovao e publicao de diploma legal que
regulamenta esta matria.
b) Os critrios de anlise da proposta de adeso so:
i. Cobertura territorial (de acordo com os rcios definidos pela Coordenao
Nacional da RNCCI para cada tipologia de RNCCI);
ii. Adequao da interveno.
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c) O pedido de adeso
teis, a contar da r
articulao dos comp
d) Caso o parecer ao p
dever entregar R
e) exceo do estudo
est dispensada no
da Sade estabelea
a prestao de cuida
f) De seguida, a ECR
da entidade promoto
identificao da segu
g) Prossegue-se com
acompanhamento do
articulao com os c
I.P. Aps concludo o
Pl
loc
pi
Manual do Prestador - Recomendaes pa
os Continuados Integrados
analisado pela ECR competente e, no prazo m
ceo do pedido, a mesma entidade emite u
etentes servios tcnicos da ARS, IP e Centro D
edido de adeso seja favorvel, a entidade pr
CCI a seguinte documentao:
prvio de arquitetura, a apresentao da resta
aso de a instituio ser entidade pblica com
protocolos com o objetivo de criar e/ou reconv
os continuados integrados.
constitui um processo onde constam, pelo men
a e gestora, respetivo nmero de identificao f
rana social.
verificao do cumprimento das condies
desenvolvimento do projeto tcnico de arquitet
mpetentes servios das ARS, I.P. e dos Centro
projeto tcnico de arquitetura exposto ECR.
Planta delocalizao
Planta deimplantao do/sedifcio/s
nta de todos osisos onde se
aliza a unidade,incluindo os
espaosrtilhados, comndicao dosquipamentos
Estudo prvio dearquitetura
a a Melhoria Contnua
15
ximo de dez dias
parecer, com a
istrital do ISS, I.P.
motora e gestora
te documentao
qual o Ministrio
rter servios para
s, a identificao
iscal e nmero de
e instalao e o
ra, pela ECR, em
Distritais do ISS,
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Unidade de Misso para os Cuidados Continuados Integrados
h) A ECR analisa, juntamente com os competentes servios que tambm acompanharam
o projeto e emite o relatrio de apreciao deste, no perodo de dez dias teis, no qual
constam:
i) Quando a organizao no cumpre as condies de instalao, a ECR estabelece um
perodo, no superior a sessenta dias teis, para a normalizao das no
conformidades detetadas.
j) As condies de instalao so confirmadas em visita tcnica final, no caso de aconstruo ser de raiz e/ou ter sido ampliada ou remodelada para tipologias da RNCCI.
Neste caso, a entidade promotora informada para apresentar ECR, no prazo de
trinta dias teis, a seguinte documentao:
i. Comprovativo da segurana contra incndios (que dever ser emitido pela
Autoridade Nacional de Proteo Civil que considere ocasionais obras de
remodelao e ou reconverso do edificado);
ii. Comprovativo da Entidade Gestora de ligao rede predial de abastecimento de
gua e de ligao rede de drenagem de guas residuais;iii. Autorizao de utilizao emitida pela Cmara Municipal competente, com o
mbito do uso a que se destina;
iv. Termo de responsabilidade, emitido por entidade credenciada, atestando a
conformidade da instalao da Rede de Gases Medicinais e do Sistema de
Aspirao/Vcuo (com as normas e legislao portuguesas e as normas e
diretivas europeias aplicveis) bem como da certificao dos materiais usados na
instalao, anexando documento comprovativo da certificao da entidade
instaladora.
Declarao de conformidade do projeto com os
requisitos de instalao das unidades da
RNCCI;
Declarao de no conformidade do projeto
com os requisitos de instalao das unidades
da RNCCI, com indicao das causas de no
conformidade.
OU
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Unidade de Misso para os Cuidados Continuados Integrados
5. Regras de Referenciao
a) Os utentes so referenciados para a RNCCI pelas Equipas de Gesto de Altas (EGA)
do hospital de agudos ou pelas Equipas Referenciadoras dos cuidados de sade
primrios (preferencialmente nas 48 horas aps o internamento; ou 48 horas antes dadata prevista para a alta hospitalar, quando os cuidados continuados integrados sero
prestados no domicilio do utente), que realizaram o diagnstico da situao de
dependncia, mediante avaliao mdica, de enfermagem e social. Esta deciso tem
de ser validada pela Equipa Coordenadora Local (ECL) da rea de residncia do
utente, consoante os formulrios e processos de registo estabelecidos pela
Coordenao Nacional da RNCCI. Exceptuam-se os doentes que esto a ser seguidos por
1 equipa EIHSCP ou ECSCP, podendo ser admitidos directamente por estas na rede. Estas
equipas podero pedir transferncia dos seus doentes para outras respostas de cuidados
paliativos, sendo colocados pelas ECL sem validao prvia.
b) Quando o utente recebe alta hospitalar e vai ser admitido numa unidade ou equipa
prestadora da RNCCI, deve fazer-se acompanhar de uma srie de documentao,
atualizada pela EGA:
i. Nota de alta mdica, com informao da situao clnica e medicao;
ii. Notas de enfermagem, com indicao das necessidades em cuidados;
iii. Notas do servio social;
iv. Cpia dos meios complementares de diagnstico e teraputica realizados ou
do relatrio dos mesmos;
v. Anotaes sobre o programa de seguimento do doente e de marcaes de
prximas consultas ou exames complementares, com identificao do
responsvel pelo seguimento do doente, quando aplicvel.
c) Quando se referencia um utente para unidade ou equipa prestadora importante
atender sua proximidade com a da rea do domiclio do utente, bem como a sua
preferncia.
d) Os utentes que podem ser admitidos nas unidades e equipas prestadoras da RNCCI
so aqueles que, independentemente da idade, se apresentem em alguma das
situaes seguintes:
i. Pessoas em situao de dependncia, com incapacidade para desenvolver as
atividades instrumentais e bsicas da vida diria e/ou com presena de
sndromes geritricos, nomeadamente, desnutrio, deteriorao cognitiva,
problemas sensoriais;
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Unidade de Misso para os Cuidados Continuados Integrados
ii. Pessoas com episdios frequentes de reagudizao e que necessitam de ser
seguidas e acompanhadas durante perodos de tempo mais ou menos longos,
nomeadamente, doena pulmonar obstrutiva crnica, doena
neurodegenerativa, insuficincia cardaca, diabetes, hepatopatia;
iii. Pessoas com doena grave, progressiva e incurvel, sem possibilidades de
resposta favorvel a um tratamento especfico, com sintomas intensos,
mltiplos, multifatoriais e instveis, com prognstico de vida limitado e que
provoca um grande impacto emocional ao doente e famlia;
iv. Pessoas com necessidade de continuidade de tratamentos;
v. Necessidade de ensino de procedimentos aos cuidadores, de modo a garantir
a continuidade de cuidados no domiclio.
e) Os critrios de referenciao para admisso de qualquer pessoa que se encontre em
alguma situao descrita na alnea anterior so:
I. Unidade de convalescena: situao de dependncia decorrente de internamento
hospitalar, passvel de melhoria, que exiba alguma das condies seguintes:
i. Doente com necessidade de cuidados mdicos e de enfermagem
permanentes;
ii. Reabilitao intensiva;
iii. Alimentao por sonda nasogstrica;
iv. Tratamento de lceras de presso e/ou feridas;
v. Manuteno e tratamento de estomas;
vi. Teraputica parentrica;
vii. Medidas de suporte respiratrio, como oxigenoterapia, aspirao de secrees
e ventilao no invasiva;
viii. Doente com necessidade de ajuste teraputico e/ou de administrao de
teraputica,com superviso continuada;
ix. Doente com algum dos seguintes sndromes, potencialmente recupervel a
curto prazo: depresso, confuso, desnutrio, problemas na deglutio,
deteriorao sensorial ou compromisso da eficincia e/ou segurana da
locomoo;
x. Doente crnico com risco iminente de descompensao;
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Unidade de Misso para os Cuidados Continuados Integrados
xi. Doente com indicao para programa de reabilitao fsica com durao
previsvel igual ou menor a 30 dias;
xii. Doente com sndrome de imobilizao.
II. Unidade de mdia durao e reabilitao: situao de dependncia que,decorrente de uma doena aguda ou reagudizao de doena crnica, ostente
alguma das seguintes condies:
i. Doente com necessidade de cuidados mdicos dirios, de enfermagem
permanentes;
ii. Reabilitao intensiva;
iii. Medidas de suporte respiratrio, como oxigenoterapia e aspirao de secrees e
ventilao no invasiva;
iv. Preveno ou tratamento de lceras;
v. Manuteno e tratamento de estomas;
vi. Doente com algum dos seguintes sndromes,potencialmente recupervela mdio
prazo: depresso, confuso, desnutrio, eficincia e/ou segurana da locomoo;
vii. Doente com indicao para programa de reabilitao fsica com durao previsvel
at 90 dias;
viii. Doente com sndrome de imobilizao.
III. Unidade de longa durao e manuteno: situao de dependncia que
apresente alguma das seguintes condies:
i. Doente com necessidade de cuidados mdicos regulares e cuidados de
enfermagem permanentes;
ii. Doente que, por patologia aguda e/ou crnica estabilizada, necessite de cuidados
de sade e apresente dfice de autonomia nas atividades da vida diria, com
previsibilidade de internamento superior a 90 dias;
iii. Doente com patologia crnica de evoluo lenta, com previso de escassa
melhoria clnica, funcional e cognitiva;
iv. Doente sem potencial de recuperao a curto e mdio prazo;
v. Doente com algum dos seguintes sndromes: depresso, confuso, desnutrio/
problemas na deglutio, deteriorao sensorial ou compromisso da eficincia
e/ou segurana da locomoo;
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Unidade de Misso para os Cuidados Continuados Integrados
vi. Doentes com dificuldades de apoio familiar ou cujo principal cuidador tem
necessidade de descanso, no podendo a durao do(s) respetivo(s)
internamento(s) ser de durao superior a 90 dias, com o limite anual de 90 dias.
IV. Unidade de cuidados paliativos: situao de dependncia em que o doente seja
portador de doena grave e/ou avanada, ou se encontre em fase terminal,
oncolgica ou no, sem resposta favorvel teraputica dirigida patologia de
base.
V. Unidade de ambulatrio: situao em que o doente solicite cuidados continuados
integrados de suporte, de promoo de autonomia e apoio social, em regime de
ambulatrio e no estejam reunidas condies para ser cuidado em contexto
domicilirio.
VI. Equipas domicilirias de cuidados continuados integrados: situao dedependncia em que estejam reunidas condies para a prestao domiciliria dos
cuidados continuados integrados de que necessitam o doente e a sua famlia.
f) Os critrios para de excluso em unidades e equipas prestadoras so os seguintes:
i. Doente com episdio de doena em fase aguda;
ii. Pessoa que necessite exclusivamente de apoio social;
iii. Doente cujo objetivo do internamento seja o estudo diagnstico;
iv. Doente infetado, cujo regime teraputico inclua medicamentos de uso
exclusivo hospitalar.
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Unidade de Misso para os Cuidados Continuados Integrados
II. ORIENTAES PARA MELHORIA CONTNUA
A. PROCEDIMENTOS na RNCCI
1. Fluxos de admisso, continuidade da prestao de cuidados, mobilidade e alta
a) Admisso
Antes da admisso de utentes nas unidades e equipas prestadoras, necessrio haver uma
proposta de referenciao da EGA e ou da Equipa Referenciadora dos cuidados de sadeprimrios e um prvio consentimento informado por parte do utente. Nas unidades de
internamento de mdia durao e reabilitao, nas unidades de longa durao e manuteno e
nas unidades de ambulatrio, ainda necessria a assinatura do termo de aceitao das
situaes de comparticipao do utente e da tomada de conhecimento da necessidade da
celebrao de contrato de prestao de servios (particularmente do pagamento de cauo, no
ato da admisso e respetivo valor, conforme legislao aplicvel).
Aps o procedimento anterior, da responsabilidade da ECL determinar a admisso do utente
em unidade ou equipa prestadora da RNCCI, tendo a unidade ou equipa de efetivar essaadmisso no perodo de 48 horas.
Nas unidades de internamento de mdia durao e reabilitao, nas unidades de longa
durao e manuteno e nas unidades de ambulatrio, celebra-se, nesta etapa, o contrato de
prestao de servios, entre as entidades promotoras e gestoras e o utente ou seu
representante.
A ECL assegura a atualizao das informaes relativas ao utente que constam no processo
de referenciao.
b) Continuidade da prestao de cuidados
Para garantir a continuidade da prestao de cuidados adequada a cada utente internado, o
plano teraputico estabelecido deve ser reavaliado quinzenal ou mensalmente, conforme a
tipologia da unidade.
Na tipologia unidade de ambulatrio, a continuidade da prestao aos utentes dever ser
proposta ECL, aps a reavaliao do plano teraputico.
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Unidade de Misso para os Cuidados Continuados Integrados
Quando os utentes internados em unidades da RNCCI necessitem de cuidados em hospital de
agudos, num perodo superior a 24 horas, pode haver reserva de lugar (por um perodo nunca
superior a 8 dias),contando este tempo para a determinao da taxa de ocupao da unidade.
c) Procedimentos de mobilidade e alta
Quando os objetivos do plano teraputico so atingidos, ou considerada adequada uma
mudana de tipologia, a unidade ou equipa prestadora deve elaborar proposta fundamentada
ECL, para apreciao e autorizao da mobilidade ou alta do utente.
A mobilidade do utente deve atender ao critrio de proximidade ao domiclio deste, sendo
prioritria em relao aos utentes em lista de espera na RNCCI. Caso no haja simultaneidade
entre o domiclio do utente e a rea geogrfica da unidade ou equipa, da responsabilidade da
ECL da rea da unidade, articular-se com a competente ECR, de modo a cumprir o critrio de
proximidade.
Se os utentes internados em unidade, agudizarem e necessitarem de cuidados em hospital de
agudos, por perodo de tempo superior ao definido para a reserva de lugar (8 dias),
beneficiaro de prioridade na readmisso na RNCCI.
A preparao da alta deve ter inicio antecipadamente, de forma a permitir encontrar a soluo
mais adequada necessidade de continuidade de cuidados, conjeturando a necessria
articulao entre a unidade, a competente ECL e ou a ECL da rea do domiclio do utente.
2. Regulamento Interno
As unidades de Cuidados Continuado Integrados devero dispor de um regulamento interno de
funcionamento, contendo, forosamente, os seguintes elementos:
a) Misso, viso, valores e objetivos;
b) Organograma;c) Identificao da direo tcnica, direo clnica e mapa de pessoal, no qual seja
indicado o nmero de profissionais por categoria, bem como o correspondente nmero
de horas a afetar unidade;
d) Direitos e deveres dos utentes e seus familiares ou cuidadores informais;
e) Servios e cuidados disponveis;
f) Condies de prestao de cauo nas unidades de mdia durao e reabilitao,
nas unidades de longa durao e manuteno e na unidade de ambulatrio;
g) Modalidades de pagamento dos encargos decorrentes dos cuidados de apoio social;
h) Condies do depsito de bens;i) Condies de admisso, mobilidade, alta e reserva de lugar;
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Unidade de Misso para os Cuidados Continuados Integrados
j) Horrios de funcionamento;
k) Horrio das refeies;
l) Gesto de reclamaes;
m) Demais regras de funcionamento.
Este regulamento, depois de aprovado pela entidade promotora e gestora da unidade que o
apropria, dever ser submetido apreciao da Equipa Coordenadora Regional (ECR), a qual
proferir parecer vinculativo e devidamente fundamentado, no perodo mximo de 10 dias
teis, a contar da data da receo do mesmo.
3. Processo Individual do Utente
As unidades e equipas prestadoras devem constituir o processo individual, que de acesso
restrito nos termos da legislao aplicvel, e que dever abranger:
a) Identificao do utente;
b) Data de admisso;
c) Identificao e contacto do mdico assistente da unidade ou do ambulatrio;
d) Identificao e contacto do Gestor de Caso da unidade ou da equipa prestadora;
e) Identificao e contactos dos familiares, cuidadores informais e representante legal
quando exista;
f) Cpia do Consentimento Informado e do Termo de Aceitao, quando aplicvel;
g) Contrato de Prestao de Servios, conforme modelo aprovado pelas entidades
competentes, quando aplicvel;
h) Plano individual de interveno;
i) Registos dirios relativos evoluo do estado de sade do utente;
j) Nota de alta;
k) Meios complementares de diagnstico e teraputica realizados, ou relatrios dos
mesmos.
Este documento deve ser constantemente atualizado, sendo que os registos de observaes,
prescries, administrao de teraputica e prestao de servios e cuidados, devem ser
datados, com a indicao da hora em que foram realizados, e assinados, de forma legvel, pelo
seu autor.
As unidades e equipas prestadoras devem assegurar o arquivo do processo individual do
utente, conforme a legislao vigente.
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Unidade de Misso para os Cuidados Continuados Integrados
4. Informao ao Utente
As unidades da RNCCI devem ter sempre disponvel e em local bem visvel e de fcil acesso, a
seguinte informao:
As unidades devem ser identificadas mediante afixao de placa identificativa com logtipo da
RNCCI e respetiva tipologia, em conformidade com as regras definidas pela Coordenao
Nacional da RNCCI.
Licena ouautorizao defuncionamento
Mapa de pessoale horrio deatendimento
Organograma
Identificao dodiretor tcnico
Identificao dodiretor clnico e do
enfermeirocoordenador
Horrio defuncionamentoHorrio das visitas
Plano e horrio das
atividades
Mapa semanaldas ementas
Sinaltica deemergncia
Referncia existncia deregulamento
interno e de livrode reclamaes
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Unidade de Misso para os Cuidados Continuados Integrados
5. Recursos Humanos
Orientaes, para as diversas unidades da RNCCI, considerando a lotao de 30
camas/lugares, a seguinte estrutura de recursos humanos:
Perfil Profissional
Horas semanais a)
Frequncia
Unidadede
Convalescena
UnidadedeMdia
DuraoeReabilitao
UnidadedeLonga
DuraoeManuteno
UnidadedeCuidados
Paliativos
b)
Mdico (inclui Mdico Fisiatra) 40 30 20 20 Presena diria c)
Psiclogo 20 20 20 10Presena ao longo da
semanaEnfermeiro(inclui Coordenador
e Enfermeiro de Reabilitao) 480 360 240 320 Presena permanente
Fisioterapeuta 80 80 20 10 Presena diria
Assistente Social 40 40 40 10 Presena ao longo dasemana
Terapeuta da Fala 8 8 0 0Presena ao longo da
semana
Animador Scio-Cultural 20 20 40 0Presena ao longo da
semana
Nutricionista 5 5 4 4 Presena ao longo dasemana
Terapeuta Ocupacional 40 40 20 0Presena ao longo da
semanaPessoal Auxiliar 560 480 320 320 Presena permanente
Perfil ProfissionalHoras semanais a)
FrequnciaUnidade de Dia e Promoo de
Autonomia d)Mdico (inclui Mdico Fisiatra) 8 Presena dias teis
Psiclogo 20 Presena dias teisEnfermeiro 20 Presena dias teis
Fisioterapeuta 20 Presena dias teisAssistente Social 20 Presena dias teis
Animador Scio-Cultural 40 Presena dias teisTerapeuta Ocupacional 20 Presena dias teis
Pessoal Auxiliar 120 e) Presena dias teis
LEGENDA:a) As horas semanais correspondem ao mnimo recomendado de horas contratadas por grupo profissional, sendo possvel a flexibilidade das equipas, no casode existir mais do que uma tipologia na mesma instalao.b) Considerada a lotao de 15 camas. Excluda a necessidade de ter Fisiatra e Enfermeiro de Reabilitao.c) Na Unidade de Longa Durao e Manuteno, deve considerar-se a presena de Mdico ao longo da semana.d) Dotao a reajustar em funo da especificidade da Unidade.e) Inclui 20 horas semanais de Motorista.
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B. ORIENTAES GERAIS DE ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR E
HUMANIZAO EM CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
1. ENQUADRAMENTO GERAL DOS CUIDADOS
A Prestao de Cuidados na RNCCI significa fornecer os melhores cuidados possveis
disponveis a um indivduo e ou famlia/cuidador com uma necessidade, num contexto
especfico.
Na prestao de cuidados deve aplicar-se a melhor evidncia disponvel, associada percia
profissional, sendo esta um contnuo de mltiplas dimenses resultados obtidos, atributos
pessoais (como capacidades tcnicas, de pensamento critico, de comunicao e de relao
interpessoal) e conhecimentos, bem como proficincia cognitiva e valores do indivduo.
A identificao das expectativas e objetivos do indivduo e da famlia/cuidadores informais so
partes importantes na qualidade dos cuidados prestados.
A Sade e o bem-estar, so assim influenciados pelas oportunidades do indivduo se envolver
satisfatoriamente em atividades e participar em situaes de vida, no dia a dia.
Perda ou limitao na capacidade de se envolver em atividades resultam numa restrio na
participao e promovem maior dependncia e diminuio da perceo de qualidade de vida.
Devem ser dadas oportunidades para o envolvimento do indivduo em situaes de vida diria
e facilitado o desempenho nas atividades que so, para si, importantes.
Devem ser implementados procedimentos facilitadores da recuperao de capacidades
funcionais e/ou cognitivas que conduzam a maior autonomia possvel
A atuao multidisciplinar, em equipa, indispensvel.
Em suma, os cuidados prestados na RNCCI devem ser:
Equitativos a equidade de acesso e prestao de cuidados devem ser garantidaa todas as pessoas em situao de dependncia;
Responsveis e pr-ativos terem a capacidade de prevenir, retardar e ou
compensar o aumento de dependncia, atravs da identificao das situaes de
risco e com adequao no tempo e na intensidade da interveno;
Personalizados os cuidados devem ser adaptados condio funcional
associada patologia subjacente dependncia, e tendo em conta os contextos
pessoais, familiares, ambientais e residenciais, ajustando-se s necessidadesindividuais;
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Unidade de Misso para os Cuidados Continuados Integrados
Dinmicos - os cuidados e apoio social devem ser ajustados de forma dinmica e
interativa em funo das necessidades e expectativas em cada momento da
evoluo do doente, num contnuo reajuste de recursos e intervenes;
Eficientes os cuidados de sade e apoio assistenciais devem assentar no
planeamento de objetivos e produzir resultados positivos mensurveis numa
perspetiva de rentabilizao de meios e acessibilidade universal;
Baseado na evidncia deve haver lugar divulgao dos avanos na
investigao internacional e nacional no que diz respeito a estratgias de
interveno social, protocolos teraputicos a dinmicas de organizao de
cuidados de sade e de apoio social de modo a promover entre todos os
profissionais a adoo de melhores prticas.
2. A PRESTAO DOS CUIDADOS
O mbito de interveno na RNCCI fundamenta-se no princpio dos 3 Rs Reabilitao,
Readaptao, Reinsero.
Para o seu cumprimento deve proceder-se:
i. Avaliao multidisciplinar do utente (inicial, contnua e final com as reviso do plano de
cuidados);
ii. Promoo integrada de autonomia atravs de:
- Plano individual de cuidados;
- Capacitao do Cuidador informal;
iii. Acompanhamento e avaliao contnua e reviso do plano de cuidados.
Na RNCCI o doente deve ser sempre o centro dos servios prestados. Para que tal se
verifique, necessria uma nova abordagem de cuidados de sade e de apoio social, baseada
numa planificao de objetivos partilhados, a alcanar em funo de determinados perodos de
tempo (curto, mdio e longo prazos), constantes de Plano Individual de Interveno.
Esta abordagem implica:
Envolvimento do doente, familiares/cuidadores informais na elaborao do seu Plano
Individual de Interveno no respeito pelas suas capacidades, necessidades e
preferncias;
Respostas organizadas e flexveis de acordo com as necessidades e preferncias
dos utentes;
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Unidade de Misso para os Cuidados Continuados Integrados
O reconhecimento de que os profissionais de sade e de ao social so parte de um
mesmo sistema em que os objetivos e recursos so partilhados.
Particularmente em situaes de doena crnica, deve tornar-se percetvel para o doente que
apesar da situao de doena possvel continuar a envolver-se em situaes de vida no dia a
dia e desempenhar as suas atividades, ainda que de uma forma adaptada.
Para garantir a melhor qualidade de vida possvel, necessria a compreenso das
necessidades, potencialidades, recursos e limitaes existentes de modo a permitir a
disponibilizao dos suportes que possam promover a autonomia.
Para tal o primeiro passo avaliar a dependncia e necessidades do utente, considerando:
A gravidade, natureza e estabilidade da patologia subjacente;
O impacto a curto, mdio e longo prazo da dependncia presente na capacidade para
o desempenho nas atividades que para si so importantes;
A compreenso que o doente tem da sua situao clnica;
As expectativas que o doente tem em relao aos resultados dos tratamentos
ministrados;
As crenas e expectativas dos profissionais ao prestarem cuidados.
Em suma, a avaliao multidisciplinar centrada no utente e visando a personalizao dos
cuidados, deve considerar, entre outras, as seguintes dimenses:
Capacidade de Atividade/Restrio; Capacidade de Participao/Restrio;
Perspetivas do indivduo;
Fatores contributivos da capacidade de atividade e participao.
As perspetivas do indivduo (atitude, crenas, emoes, hbitos e histria de vida, nvel de
motivao e expectativas) podem constituir obstculos sua recuperao, ocupao/atividade
e participao.
Os antecedentes de sade e restries atividade e participao tambm podem comprometer
os resultados. Quando o utente se encontra motivado positivamente para a abordagem de
cuidados, a adeso aos planos maior com os consequentes ganhos em sade.
Se em qualquer indivduo com necessidades de reabilitao, os condicionantes so
multifatoriais (ambientais, psicossociais, culturais e fsicos), no mbito dos Cuidados
Continuados Integrados, estes podem atingir maior complexidade, com reflexos na avaliao
de necessidades e de interveno.
A maior prevalncia de alteraes da cognio, limitaes sensoriais e comorbilidades
condicionam o contexto, criando a necessidade de profissionais com conhecimentos e
competncias especializadas.
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Unidade de Misso para os Cuidados Continuados Integrados
A manuteno da mobilidade funcional um dos principais objetivos dos cuidados a prestar
nos servios da RNCCI.
2.1 Orientaes gerais
Deve-se, entre outras:
Identificar as necessidades do utente e as suas limitaes;
Ter uma ateno particular com os utentes portadores de limitaes,
nomeadamente: viso, audio, orientao auto e alo-psquica e coordenao
de movimentos;
Integrar, sempre que possvel, os cuidadores informais na elaborao,
execuo e avaliao do plano de cuidados;
Promover a participao e autocuidado do utente em todo o processo do seu
cuidar;
Promover independncia funcional;
Estabelecer ou restaurar percias ou capacidades, ainda no desenvolvidas ou
limitadas;
Promover capacitao possvel de todos os indivduos, independentemente
das suas caractersticas;
Promover estratgias de vida ativa, na vertente fsica, cognitiva, psicossocial,
sensorial;
Promover o uso racional do medicamento;
Avaliar o estado nutricional, a integridade cutnea, a cognio, o humor;
Avaliar fatores que afetam atividades de vida diria (AVD), atividades
instrumentais de vida diria (AIVD), como: fatores individuais, hbitos, rotinas,
papel, padres comportamento; contextos culturais, fsicos, ambientais, sociais
e espirituais; capacidades motoras, comunicao/interao;
Reavaliar em processo contnuo, a mobilidade e funo;
Facilitar a utilizao, quando necessrio, de prteses, ortoteses e outrasajudas tcnicas necessrias promoo de autonomia;
Compensar, modificar ou adaptar atividades e/ou ambientes, com o objetivo de
melhorar o desempenho e facilitar a participao nas situaes de vida do dia-
a-dia;
Implementar medidas de segurana para a transferncia da cama para outros
locais e mobilidade na prpria cama;
Avaliar e intervir no estado de continncia, para a reabilitao da continncia
urinria e fecal;
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Unidade de Misso para os Cuidados Continuados Integrados
Avaliar a necessidade de assentos especiais e estratgias de preveno de
leses de presso;
Promover vesturio adequado para encorajar independncia e promover
conforto e higiene pessoal;
Promover a participao ativa de todos os profissionais em reunies dediscusso de casos;
Promover comunicao com familiares e doente, no contexto da equipa;
Permitir horrio de visitas, o mais flexvel possvel, sobretudo para os
familiares, atendendo aos desejos do utente, disponibilidades da famlia e
amigos e situao clnica;
Promover formao/educao dos profissionais que diariamente acompanham
o utente, utente e famlia;
Articular com a entidade promotora do voluntariado, a integrao dos
voluntrios na unidade e papel a desempenhar;
Implementar e monitorizar programas de preveno de quedas e reduo de
leses;
Proceder preparao da alta do doente ou da sua transio para outra
unidade, de acordo com os protocolos existentes;
Preparar a famlia para a alta do doente, se for esse o caso e proceder sua
informao e formao para que possa ser um prestador informal de cuidados.
A humanizao central num processo de prestao de cuidados, e neste contexto deve-se,
entre outras:
Respeitar a forma como o utente quer ser tratado nome de batismo, apelido
com ou sem ttulo profissional ou outro;
Respeitar a intimidade, privacidade e confidencialidade do utente, em todos os
atos de prestao de cuidados;
Informar o utente, na medida do possvel e de acordo com a equipa, quanto
sua situao e respetivo prognstico;
Fazer o inventrio de todos os bens do utente, quando da sua entrada na
Unidade de RNCCI e arquivar uma cpia da lista de bens;
Assegurar-se do consentimento informado do utente para os atos da prtica do
cuidar;
Informar o utente como aceder ao telefone, outros meios tecnolgicos e
horrios do funcionamento das vrias atividades e servios;
Respeitar os horrios estabelecidos quanto a toma de medicamentos, sesses
de reabilitao, exames complementares de diagnstico;
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Unidade de Misso para os Cuidados Continuados Integrados
Tornar as horas das refeies, momentos de prazer arranjo das mesas,
msica ambiente calma e repousante, tratamento calmo e sereno de eventuais
conflitos, permisso da partilha do momento das refeies com os familiares
(preo afixado) e respeito pela dieta;
Assegurar assistncia religiosa, se desejada e de acordo com a convico doutente;
Criar condies para a existncia de meios (espelhos, quadros, relgios,
informaes em carateres grandes e cores apelativas) que permitam a
orientao para a realidade;
Contribuir com a sua opinio para a criao de ambientes agradveis pintura
de paredes de tons coloridos, cortinas e colchas de padres de bom gosto e
decorao agradvel, respeitando as caractersticas locais (quadros, flores e
outras).
Quando se analisam as orientaes gerais enunciadas, verifica-se a sua transversalidade ao
cumprimento de diversos objetivos na prestao de cuidados.
2.2 Orientaes especficas
2.2.1 Promoo da mobilidade
Na promoo da mobilidade devem acautelar-se:
Avaliao de risco de quedas e fraturas;
Minimizao de permanncia prolongada na cama;
A promoo de exerccio individual e grupal;
O treino de AVD e AIVD;
A melhoria estado de nutrio;
A superviso de marcha e transferncia de lugares;
A preveno do sindroma de imobilizao.
2.2.2 Preveno de Quedas
As quedas podem minorar-se atravs de:
Programas de exerccio com o objetivo de aumentar o tonus muscular e
melhorar e equilbrio;
Evitar medicao que afete o equilbrio;
Eventual utilizao de auxiliares de marcha ou outros dispositivos;
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Unidade de Misso para os Cuidados Continuados Integrados
Interveno na rea Cognitiva e Emocional, que se podem relacionar com o
medo de cair;
Interveno multidisciplinar e multifatorial para minimizar riscos de sade e
ambientais. A promoo de um ambiente fsico seguro, inclui entre outras
dimenses, a existncia de pavimento no escorregadio, e ausncia dedesnveis, assim como um acesso fcil a instalaes sanitrias e a dispositivos
de apoio ao banho, e variabilidade de altura das camas de acordo com a
situao.
2.2.3 Promoo da cognio e estado emocional
Na rea da cognio e estado emocionaldeve, entre outros:
Existir avaliao pr-activa de risco de delrio; Promover-se o controlo da dor;
Implementar-se medidas para prevenir o declnio da funo cognitiva, entre
outras;
Encorajar atividades que promovam estimulao cognitiva;
Encorajar atividade fsica;
Rever a medicao;
Otimizar estimulao ambiental;
Incluir famlia e cuidador informal nos cuidados prestados;
Implementar medidas para a promoo de bem-estar e equilbrio emocional: -
promover estratgias de desenvolvimento de sensao de autocontrolo,
segurana interna e externa - promoo da autoconfiana e autoestima -
estimular rotinas positivas e gratificantes.
2.2.4 Manuteno da integridade cutnea
O compromisso da integridade cutnea condicionado por fatores como:
Imobilizao;
M nutrio;
Presso excessiva.
Assim nesta rea deve:
Efetuar-se avaliao de risco de lcera de presso na admisso;
Efetuar-se avaliao diria da integridade cutnea nos utentes em risco;
Otimizar-se a higiene cutnea;
Evitar-se temperaturas elevadas a nvel cutneo;
Prevenir-se ou minimizar-se os efeitos de incontinncia, se existir;
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Manter-se estado adequado de nutrio e hidratao;
Manter-se mobilidade;
Assegurar-se a no permanncia na mesma posio por perodos de tempo
determinados (alguns autores sugerem 2 horas);
Evitar-se que os utentes estejam sentados por longos perodos de tempo; Considerar-se o uso de materiais antiescara;
Mobilizar e transferir de forma adequada, evitando o cisalhamento.
2.2.5 Promoo do bom estado nutricional
A m nutrio uma causa major de declnio funcional e de aumento de morbilidade. A
nutrio adequada contribui de forma determinante para a manuteno da fora muscular e
integridade ssea.
Na rea da nutrio deve, entre outros:
Avaliar-se o estado nutricional de todos os residentes ou utentes em acompanhamento;
Fornecer-se refeio ligeira entre refeies principais;
Fornecer-se lquidos com intervalos regulares;
Otimizar-se a posio do utente s refeies, de acordo com a sua situao;
Avaliar e tratar comorbilidades que contribuem para risco de malnutrio:
Depresso;
Nuseas e vmitos;
Dentio e problemas de higiene oral;
Adequar a alimentao s necessidades nutricionais tendo em conta a idade, sexo,
patologias, condio funcional e nvel de atividade fsica;
Entender a alimentao como necessidade bsica de suporte de vida, mas tambm
como atividade de prazer, indo ao encontro das preferncias e desejos individuais,
salvaguardando as restries alimentares impostas por patologias ou disfunes
orgnicas, e procurando sobretudo nos cuidados de longa durao manter o atrativo e
a diversidade de apresentao.
2.2.6 Preveno de complicaes respiratrias
Promover o ortostatismo e as variaes de decbito no doente acamado;
Promover uma adequada dinmica vrtebro-costal e abdomino-diafragmtica;
Promover o ensino de posies de repouso e relaxamento, quando
necessrias;
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Promover as condies necessrias a uma eficaz drenagem de secrees,
aplicando se necessrio tcnicas de desobstruo e de tosse assistida;
Garantir um bom estado de hidratao.
2.2.7 Promoo do controlo de esfncteres
Na rea da continncia, deve, entre outros:
Identificar-se na admisso a existncia de incontinncia;
Avaliar-se o risco para incontinncia transitria;
Manter-se hidratao;
Modificar fatores ambientais constrangedores;
Promover mobilizao e atividade;
Promover-se treino vesical;
Promover-se treino de msculos plvicos.
3. INDICADORES DE RESULTADOS NEGATIVOS
Consideram-se geralmente indicadores de resultados negativos, os exemplos seguintes:
Infees;
Leses no explicveis;
Inatividade dos utentes;
Posicionamento inadequado;
Erros de medicao;
lceras de presso;
Desconforto e dor;
Comportamento disruptivo;
Nutrientes adequados e/ou lquidos de hidratao no consumidos;
Alterao de peso no planeado; Aspeto geral pouco cuidado cabelo, unhas, barba, vesturio inapropriado;
Barreiras ao movimento;
Interaes inapropriadas entre profissionais e utentes;
Servio de refeies desorganizado;
Equipamento inadequado;
M manuteno das instalaes;
Odores;
Ambiente com questes de segurana no identificadas e/ou no corrigidas.
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4. CUIDADOS PESSOAIS
Os cuidados pessoais, incluem entre outros:
Alimentao e Hidratao;
Banho; Fazer a barba;
Cuidar da pele, do cabelo e da boca;
Problemas de controlo de esfncteres;
Preservar ou iniciar atividade fsica adaptada.
Numa situao de dependncia, pode ser necessria ajuda para o seu desempenho. Ao
cuidador que disponibiliza esta ajuda exigido conhecimento, pacincia, competncia e
capacidade fsica.
4.1 Alimentao e Hidratao
Deve encorajar-se a alimentao e hidratao autnomas. Para tal deve:
o Verificar-se se as gengivas tm reas inflamadas as prteses dentrias
podem no se adaptar corretamente e provocar dor na mastigao;
o Disponibilizar-se instrumentos necessrios como talheres ou copos adaptados;
o Disponibilizar-se alimentos fceis de comer sem talheres;
o Se o doente tiver alteraes da viso devero colocar-se os utenslios e a
comida em lugares fixos. O mtodo do relgio para localizar a comida pode
ajudar; por exemplo: a sua carne est s nove, a sua batata est s doze e a
sua cenoura est s trs;
o Adequar-se atitudes que estimulem auto confiana sempre que for necessrio
alimentar um doente dependente.
4.2 Banho
necessrio que o ambiente (fsico ou social) compense as incapacidades que a pessoa
apresenta sem no entanto, se substituir mesma na realizao desta atividade.
4.3 Cuidar dos cabelos, barba e outros tegumentos
A prestao de servios peridica por barbeiro ou cabeleireiro desejvel e estimula a auto-
estima.
O cuidado com as unhas particularmente importante em doentes diabticos.
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recomendvel barbear com mquina eltrica para reduzir o risco de cortes em particular em
doentes diabticos ou com teraputica anticoagulante.
4.4 Cuidados com a pele
Deve:
Manter-se a pele limpa e seca especialmente em indivduos com problemas de
incontinncia; utilizar um sabo neutro, enxaguar bem e secar cuidadosamente;
Manter-se os lenis limpos, secos e sem rugas;
Massajar-se a pele suavemente com movimentos circulares;
Mudar-se a posio dos doentes confinados cama ou cadeira de duas em
duas horas. Estimular-se que faam movimentos para redistribuio da pressocorporal nos intervalos da mudana de posio;
Garantir-se uma boa alimentao e ingesto adequada de lquidos;
Usar-se colches e cadeiras confortveis e que se adaptem s formas do corpo
em vez de rgidas consegue-se assim uma distribuio do peso por uma maior
rea cutnea diminuindo os pontos de presso nas proeminncias sseas;
Encorajar-se o movimento ou pequenos exerccios estimulam a circulao,
com benefcios a diferentes nveis. Pentear-se, ajudar no banho e a vestir-se so
boas maneiras de pessoas frgeis se exercitarem e serem mais independentes;
Vigiar-se possveis pontos de presso que possam interferir com uma boa
circulao, como por exemplo sapatos apertados, ligas nas meias ou roupa interior
apertada;
Vigiar-se o aparecimento de pequenas feridas ou zonas ruborizadas e/ou
maceradas que devem ser imediatamente tratadas.
4.5 Problemas de controlo de esfncteres
Quando se verificam problemas de controlo de esfncteres os doentes devem ser levados
casa de banho de 2 em 2 horas. Em caso de obstipao ou irregularidades do trnsito
intestinal, o doente deve ingerir: frutos frescos, vegetais, alimentos com fibras; beber pelo
menos 8 copos de gua por dia; evitar alimentos obstipantes como o queijo, o arroz e as
bananas; fazer exerccio fsico tolerado.
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4.6 Preservar ou iniciar atividade fsica adaptada
O exerccio fsico considerado hoje como uma das melhores maneiras de manter a
qualidade de vida, exercendo influncia favorvel sobre a condio funcional do organismo e
sobre sua capacidade de desempenho.
5. PROMOO DO AUTO-CUIDADO
Pessoas em situao de dependncia na sequncia de um episdio agudo ou no decurso de
doena crnica tm o direito de viver uma vida to normal quanto possvel.
Para o conseguir, devem ser ajudadas a readquirir as capacidades de autocuidado que
possam ter perdido.
Muitas vezes a preocupao de minimizar os riscos a que a pessoa em situao de
dependncia possa estar exposta, pode conduzir a uma atitude protecionista por parte dos
profissionais que impede o desenvolvimento de competncias para o autocuidado.
A preocupao deve canalizar-se para o reforo da autoconfiana. O ponto de equilbrio deve
ser encontrado com o apoio dos recursos da comunidade. Estes devem ser identificados e
integrados na rede de suporte do doente, de modo a melhorar a sua qualidade de vida.
O primeiro passo para se conseguir a maior contribuio dos doentes/dependentes para o
autocuidado a identificao das suas capacidades, necessidades e expectativas.
O planeamento dos cuidados deve integrar os componentes de sade e social com o indivduo
ou seu cuidador como foco central de toda a prestao.
Por autocuidado entende-se a capacidade de:
Permanecer ativo e saudvel quer fsica quer mentalmente;
Prevenir doenas e acidentes;
Cumprir prescries teraputicas;
Gerir doenas crnicas.
Em suma, o indivduo responsabiliza-se pela sua prpria sade e bem-estar fsico e emocional.
A recuperao e manuteno de todas estas capacidades no mbito da RNCCI, exigem a
participao de profissionais que suportem e promovam as aes do indivduo.
Para conseguir satisfazer com qualidade as necessidades de sade e de apoio social dos
utentes pode ser necessrio:
Apoio psicolgico;Estmulo para a recuperao de competncias;
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Adaptao situao presente;
Suporte financeiro e logstico.
O envolvimento dos doentes/familiares nas decises de tratamento e suporte que lhe dizem
respeito a melhor garantia de promoo do autocuidado.
Este , por definio, desempenhado pelo indivduo em seu prprio benefcio. Assim os
servios devem ser desenvolvidos nesta base.
A educao e o treino, a informao, as ajudas tcnicas e as redes sociais se bem
implementados ajudam o doente/dependente a tornar-se mais confiante e a autocuidarse mais
facilmente.
medida que a confiana aumenta os doentes/familiares tornam-se mais ativos e mais
interessados em se autocuidarem.
5.1 Desenvolvimento e treino de competncias
Pode haver diversas abordagens para ajudar as pessoas a adquirirem as competncias
necessrias ao autocuidado.
Deve-lhes ser sempre dada informao e educao acerca da sua situao especfica e
responder s suas perguntas e desafios com segurana e disponibilidade.
Os profissionais prestadores de cuidados devem questionar-se acerca do modo como podem
ajudar o doente.
Deve estabelecer-se uma relao de parceria entre ambos na partilha de perspetivas
eventualmente diferentes acerca de um mesmo assunto (situao de doena/dependncia).
Interaes que promovam alteraes necessrias no estilo de vida dos doentes no sentido do
autocuidado devem ser encorajadas.
Na informao a transmitir aos doentes deve identificar-se o que eles desejam e no desejamsaber. A linguagem e os formatos da informao devem ser apropriados capacidade de
compreenso de cada um deles. Nesta transmisso de informao devem ser envolvidos os
familiares e outros cuidadores informais prximos de modo a existir uma maior partilha e
dinamismo, garantindo assim maior sucesso na reabilitao dos doentes.
Assim, deve-se:
Estimular a pessoa em situao de dependncia a fazer tudo o que lhe seja possvel;
fornecer a ajuda necessria. A participao nos cuidados pessoais uma forma de
exerccio que ajuda a manter a mobilidade e a promover a independncia. No importa
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a dimenso da atividade (segurar o sabonete, ajeitar a frente do cabelo, ) o que
importante que a pessoa seja capaz de participar, proporcionando se necessrio
ortoteses ou outras ajudas tcnicas;
Adaptar as instalaes de modo a que o doente possa desenvolver mais atividades .
Instalar equipamento de apoio nas casas de banho. Entre outras, colocar os espelhos
com altura acessvel a cadeiras de rodas e luzes com interruptores facilmente
acessveis, ou seja efetuar anlise ergonmica;
Identificar quais as atividades que a pessoa em situao de dependncia pode
desempenhar parcialmente. Por exemplo, pode ser capaz de vestir a parte superior
do corpo na posio sentada e necessitar de ajuda para vestir a inferior;
Incluir o doente no planeamento dos seus cuidados;
Identificar as alteraes de sade e capacidades do doente. Os seus planos de
cuidados alterar-se-o de acordo com estas.
6. PROMOO DO BEM-ESTAR
Para a promoo do bem-estar dever:
o Encorajar-se o convvio com amigos e familiares atravs de visitas,
telefonemas ou cartas;
o Proporcionar oportunidades para socializao, envolvimento em ocupaes
significativas;
o Ajudar-se no incio da prtica de novos passatempos ou reativao de antigos;
o Facilitar a comunicao atravs de uma escuta ativa, dando oportunidade para
a partilha de sentimentos;
o Assegurar-se a privacidade do doente;
o Tratar-se o doente com respeito, no como se fosse incapaz de pensar por si
prprio;
o Encorajar-se o movimento e o exerccio;
o Ajudar-se a encontrar maneiras de ser to til quanto possvel;
o Facilitar-se a comunicao.
A necessidade de ajuda nas AVD no significa que o doente no possa tomar decises. Os
cuidadores devem respeitar sempre o princpio de que a ajuda a prestar deve ser a necessria
no respeito pelo direito que o outro tem de tomar decises acerca de si prprio.
Muitas vezes, assume-se que as pessoas com dependncia, e particularmente as pessoas
idosas, no so capazes de pensar por si prprios.
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No entanto, estas continuam a fazer uso dos seus poderes criativos, podendo, eventualmente,
o seu tempo de reao ser mais lento e este facto no ser assumido por familiares, amigos e
cuidadores.
Nas pessoas idosas, a memria recente tambm no cumpre as suas funes como
antigamente.
Como tal dever-se- promover oportunidades para que a pessoa faa uso das suas
competncias, dando oportunidades para envolvimento nas situaes do dia a dia, atravs do
desempenho das atividades que para si so significativas, ainda que de uma forma adaptada.
Os benefcios desta aprendizagem contnua incluem mais entusiasmo pela vida, menos tdio
e depresso, aumento de autoestima e de autorespeito, mais interesse pelo mundo e mais
ideias para partilhar.
Perante situaes de confuso, pode ser til:
Proceder a alteraes pontuais da rotina;
Escrever instrues simples em caligrafia clara e grande;
Utilizar etiquetas grandes (palavras ou imagens) nos armrios ou gavetas para
identificar o contedo;
Colocar relgios e calendrios bem visveis e riscar os dias que passam;
Estimular o consumo de alimentos nutritivos;
Encorajar o movimento e o exerccio uma vez que este estimula a circulao
sangunea e ajuda a melhorar as funes fisiolgicas, incluindo a capacidade de
pensar.
Em situaes de agitao e comportamentos disruptivos deve:
Evitar-se a confrontao;
No argumentar. Se a pessoa ficar demasiado agitada, deve mudar-se para um
assunto diferente;
Reduzir-se os estmulos. Diminuio da intensidade luminosa, incluso de uma msica
relaxante;Rodear-se o doente de objetos e imagens que lhe sejam familiares;
Caminhar-se com o doente calmamente para reduzir a ansiedade e a tenso muscular.
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C. INTERVENES ORIENTADAS PARA AS BOAS PRTICAS
i. CUIDADOS AO UTENTE COM INCONTINNCIA URINRIA
1. Princpios Bsicos
A incontinncia urinria definida como a perda involuntria de urina num momento e espao
inadequados. O objetivo de interveno nesta rea manter o utente seco e confortvel e
reabilitar a funo de eliminao urinria.
A incontinncia urinria pode ser de vrios tipos:
A. Incontinncia urinria funcional de incio recente: aparecimento no ltimo ms, ou
relacionada com hospitalizao recente.
Como causas para este tipo de incontinncias so apontadas:
Infeo urinria;
Diabetes mal controlada;
Frmacos (diurticos/sedativos);
Sndrome confusional;
Alteraes do trnsito intestinal: impactao fecal;
Problemas de mobilidade por mudana do ambiente (internamento/hospitalizao).
B. Incontinncia urinria crnica: com durao superior a um ms e com resultados de
incontinncia funcional recente mal resolvida.
Este tipo de incontinncia subdivide-se em trs:
a) Incontinncia de urgncia: a bexiga esvazia antes do tempo, no h resduo ps-
miccional. Habitualmente intercala com sintomas de urgncia miccional.
Apresenta como possveis causas:
Instabilidade idioptica do detrusor;
Bexiga automtica por leso neurolgica (sistema nervoso central, ou medular alta):
Instabilidade do detrusor secundria a doenas de bexiga (cistite, litase, ps-
radioterapia).
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b) Incontinncia de esforo: as perdas de urina coincidem com o aumento da presso
intra-abdominal; por exemplo tossir, rir, manobra de Valssalva, levantar pesos.
As suas causas podem ser:
Debilidade da musculatura plvica (mulheres multparas, ps-menopausa); Em homens, ps-prostatectomia.
c) Incontinncia por regurgitao: a bexiga no esvazia completamente dando origem a
perdas contnuas ou constantes gota a gota. Existe resduo ps-miccional.
So apontadas como causas:
Obstrutivas: Hipertrofia da prstata;
No obstrutivas: Bexiga hipotnica (flcida) por leso neurolgica (neuropatia
diabtica, leso medular baixa, leso radicular razes sagradas).
2. Objetivos das Intervenes
Os objetivos de interveno so definidos por tipo de interveno.
A. Intervenes relativas ao espao
Dispor de espaos fsicos sem barreiras arquitetnicas e ambiente adequado que permita a
intimidade o fcil acesso ao WC e evite perigos.
B. Intervenes relativas aos cuidados diretos aos utentes
B1 Intervenes gerais para todos os tipos de incontinncia
Conseguir que o impacto da incontinncia tenha o mnimo de interferncia nas atividades da
vida diria e, se possvel, que se recupere a continncia.
B2 Incontinncia urinria funcional de incio recente
Conseguir a recuperao da continncia e, se no for possvel, que exista um menor nmero
de episdios de incontinncia.
B3 Incontinncia urinria crnica
Manter o utente seco e confortvel.
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C. Intervenes relativas aos protocolos clnicos (para todos)
Identificar os distintos tipos de incontinncia e dirigir as intervenes especficas para cada tipo
de incontinncia.
3. Propostas de intervenes bsicas
A. Intervenes relativas ao espao
A1 Intervenes gerais para todos os tipos de incontinncia
Ambiente adequado:
Preservar a Intimidade;
Fcil acesso ao WC e/ou facilitar o uso de utenslios adequados (urinol, arrastradeira,fraldas, resguardos, etc.);
Evitar perigos e barreiras arquitetnicas.
B. Intervenes relativas aos cuidados diretos aos utentes
B1. Intervenes gerais para todos os tipos de incontinncia
Explicar, informar e transmitir a ideia de que se pode melhorar o problema, ou pelo
menos aprender a conviver com ele;
Promover a autoimagen e a autoestima;
Utilizar roupa cmoda e fcil de vestir e despir;
Fomentar as relaes sociais (sadas e passeios);
Promover, estimular e ensinar, se for o caso, a higiene pessoal;
Uso de fralda temporria, permanente ou noturna;
Alimentao equilibrada e rica em fibras vegetais (preveno da obstipao);
Manter o peso adequado;
Evitar dietas com picantes e/ou bebidas estimulantes (caf, alcol);
Assegurar uma hidratao adequada de predomnio diurno;
Diminuir a ingesto de lquidos 2-3 horas antes do deitar.
B2. Incontinncia urinria funcional de incio recente
Intervenes gerais para todos os tipos de incontinncia;
Otimizar a mobilidade do utente;
Facilitar a mico na cama;
Corrigir as causas desencadeadoras da incontinncia;
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Fisioterapia geral para melhoria da mobilidade; Terapias de comportamento (tcnicas de esvaziamento precoce).
B3. Incontinncia urinria crnica
B3.1 Incontinncia de urgncia
Intervenes gerais para todos os tipos de incontinncia;
Terapias de comportamento (mices voluntrias programadas);
Avaliar a prescrio de frmacos que relaxam o msculo da bexiga (anticolinrgicos).
B3.2 Incontinncia de esforo
Intervenes gerais para todos os tipos de incontinncia;
Tcnicas de reabilitao da musculatura do solo plvico (exerccios de Kegel,
biofeedback);
Avaliar nas mulheres o uso de estrognios tpicos vaginais;
Em alguns casos considerar a alternativa cirrgica.
B3.3 Incontinncia por regurgitao
Intervenes gerais para todos os tipos de incontinncia;
Em casos de obstruo avaliar a cirurgia e/ou administrao de frmacos relaxantes
para o esfncter urinrio interno (alfa-bloqueantes);
Avaliar algaliao vesical permanente ou intermitente.
ii. CUIDADOS AO UTENTE COM COMPROMETIMENTO DA MOBILIDADE
1. Princpios Bsicos
O objetivo dos cuidados ao utente com comprometimento da mobilidade potenciar a
reversibilidade e prevenir, minimizar ou tratar complicaes decorrentes da imobilidade.
Perante um compromisso da mobilidade necessrio fazer uma avaliao completa que
determine as causas da imobilidade, a eventual recuperao ou reversibilidade e que permita
ainda prevenir ou minimizar as complicaes associadas, o mais rapidamente possvel,
evitando que se estabeleam definitivamente.
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2. Objetivos das intervenes
Os objetivos de interveno so definidos por tipo de interveno e grupo de doentes.
A. Intervenes relativas ao espao
Adaptar o ambiente para facilitar as deslocaes dos utentes e manter a autonomia dos
mesmos.
B. Intervenes relativas aos cuidados diretos aos utentes
B1 Manter o nvel Sensorial
Dar prioridade s deslocaes;
Dar segurana e orientao ao utente.
B2. Individualizar o plano de cuidados
Estimular a manuteno ou melhoria da autonomia, recuperar a situao base prvia,
se a reabilitao total no for possvel.
B3. Oferecer apoio social e estmulo
Ajudar o utente a ganhar confiana medida que vai ganhando capacidade funcional.
Incluir a famlia na execuo dos cuidados definidos.
B4. Prevenir complicaes derivadas do Sndrome de Imobilidade
Implementao de medidas que previnam ou atrasem ou aparecimento de
complicaes.
C. Intervenes relativas aos protocolos clnicos
C1. Avaliar a mobilidade: no momento de admisso [avaliao prvia (ao acontecimento
que deu origem a admisso na RNCCI) e avaliao atual]:
Determinar o potencial de reabilitao;
Incluir no plano individual de cuidados um plano de ao para promover a mobilidade;
Monitorizar a capacidade funcional para poder avaliar a evoluo e impacto das
intervenes.
C2. Corrigir os elementos includos nos protocolos clnicos que reduzem a mobilidade
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Identificar e eliminar ou reduzir as atuaes que possam interferir de forma direta ou
indireta na autonomia e na mobilidade do utente.
C3. Consensualizar protocolos clnicos
Estabelecer protocolos clnicos que especifiquem atuaes para prevenir ou atrasar oaparecimento de complicaes associadas imobilidade.
3. Propostas de intervenes bsicas
A. Intervenes relativas ao espao
A1. Evitar barreiras arquitetnicas
Portas:- Ter em conta a amplitude, para que passem as cadeiras de rodas;
- Ter em conta o peso para que os utentes as possam abrir comodamente.
Quartos/corredores: amplos, para permitir a mobilidade de cadeiras de rodas,
muletas, etc.
Moblia: retirar mveis ou coloc-los estrategicamente como ponto de apoio.
Apoios: em corredores e salas de passagem.
Cho: antiderrapante, sem tapetes ou cabos que possam provocar quedas.
Iluminao: adequada em todos os espaos e Interruptores facilmente acessveis.
A2. Realizar adaptaes tcnicas
Casas de banho adaptadas: sanitas altas com barras laterais de apoio.
Moblia adaptada: cadeiras pesadas com encosto alto e apoio de braos, camas
eltricas para facilitar diferentes alturas e posturas.
Bengalas, muletas, andarilhos e cadeiras de rodas, etc.
A3. Dispor de espaos fsicos especficos
Dispor de espao dedicado especificamente reeducao da marcha e potenciao
muscular em geral: espao de fisioterapia e terapia ocupacional.
B. Intervenes relativas aos cuidados diretos aos utentes
B1. Manter o
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