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RAISE EM RIGHT_ Pgina 022 UM ABRAO, UM BEIJO E... UM CHUTE NO TRASEIRO

Uma maneira criativa de evitar problemas de disciplinaDra. Kay Kuzma

Um Abrao, um Beijo... e...- Pedro, preciso da sua ajuda - disse eu numa manh corrida. - Em 15 minutos temos que ir para a escola e no posso fazer tudo sozinha.- Mas eu no quero ajudar.- Bem, o que vai ser preciso para voc mudar de idia?- O que voc vai me dar? - disse alegremente Pedro, de 9 anos, vendo na situao uma oportunidade de sair ganhando algo.No querendo ser subornada nem prometer mundos e fundos, eu disse que lhe daria um abrao.- S isso no basta - respondeu Pedro com vises de doces e moedas danando diante dos seus olhos.- Tudo bem, disse eu, disposta a negociar. - Ento vou ter que te dar outra coisa qualquer.- O qu? respondeu ele ansiosamente.- Para cada coisinha que voc fizer por mim eu vou lhe dar no s um abrao, mas um beijo tambm!No era o que ele queria ou esperava.- Isso no basta, disse ele outra vez, sacudindo a cabea."Muito bem, chega de ser boazinha", pensei eu. "Vou passar o resto dos 15 minutos negociando com ele."- Est bem, repliquei, por tudo o que voc fizer para mim eu lhe darei um abrao, um beijo, e... um chute no traseiro.- Um o qu? perguntou ele admirado.- Um chute no traseiro - repeti.- No, disse ele rindo e abanando a cabea. - Ainda no basta.- Tudo bem, se voc realmente quer, vou lhe dar mais alguma coisa.- Vai dar o qu?- Bem, hesitei, vou dar-lhe um abrao, um beijo, um chute no traseiro e... uma mordidinha na orelha.Ele hesitou por um momento como se no estivesse acreditando que era a me dele que estava dizendo isso e depois gritou: Aceito!Bem, eu jamais sugeriria um chute no traseiro como a soluo para os pais que se queixam que seu filho foge das tarefas domsticas. Provavelmente no funcionaria para o seu filho. E talvez nunca mais funcione com o Pedro, mas com toda certeza nos divertimos bea com a brincadeira enquanto durou - e sem dvida serviu para convencer Pedro a fazer o que precisava ser feito. A vida muito mais agradvel se de vez em quando fazemos umas brincadeiras assim. A maioria dos pais ameaa e grita quando a criana hesita em obedecer, mas isso s torna o trabalho de disciplinar desagradvel, tanto para o jovem como para o adulto. Se a mesma lio de obedincia pode ser ensinada de forma inteligente, divertida e amorosa, por que no tentar?

A estratgia do cordo Acredito que as crianas nascem com uma variedade de caractersticas, umas mais agradveis do que outras.Quando observa-se vrias caractersticas difceis na personalidade e comportamento do seu filho, a tendncia tentar for-lo a comportar-se mais como a criana "perfeita" que voc quer que ele seja. Quanto mais forarmos a criana a se comportar altura das nossas expectativas em vez de respeitarmos as caractersticas que Deus lhe deu, mais ela resistir mudana - e mais insolente ser.Posso ilustrar melhor o que quero dizer com um cordo, porque as crianas so como cordes.Pegue um cordo e coloque-o esticado na sua frente. Agora pegue uma extremidade dele e o empurre para a frente. Ser que o cordo se move direitinho na direo em que voc est empurrando? claro que no. Ele fica todo enrugado. E se voc continuar empurrando, em breve o cordo ficar todo embolado. Mas tente pux-lo para onde voc quer que ele v e ele seguir.As crianas so como cordes; elas resistem quando se sentem foradas ou coagidas a fazer algo.O segredo para diminuir a resistncia e teimosia de uma criana lembrar-se da semelhana entre as crianas e os cordes. Se voc empurr-las na direo que quer que elas vo, elas no iro.A estratgia do cordo - de no empurrar a criana mas gui-la - deve comear no nascimento, respeitando os seus direitos como ser humano. No interrompa um beb rudemente tirando-lhe s pressas um chocalho e colocando subitamente uma mamadeira na boca dele, ou pegando-o como se ele fosse uma boneca de pano e no tivesse sentimentos. No imponha a sua vontade sobre o beb s porque ele no tem alternativa.Em vez disso, v devagar. Observe o seu beb. Se ele estiver interessado em algo, respeite-o. Fale com ele mesmo que ele no possa responder. Quando tiver que peg-lo no colo pode dizer: "Voc est pronto para vir com a mame? Vou te pegar agora."Prepare o seu bebezinho para as mudanas que vai lhe impor. Atraia a ateno dele. Diga-lhe o que voc vai fazer. Se for trocar a fralda, fale sobre tudo o que estiver fazendo e desse modo ter toda a sua ateno. Voc vai ver que a agitao dele desaparecer, ele vai parar de resistir! Depois diga: "Obrigado por colaborar tanto" e gratifique-o por submeter-se. D-lhe um beijo e um abrao extra. Recompensar a criana por ser submissa muito melhor do que impor a sua vontade sobre ela e depois ter que castig-la por ser rebelde.Motivar, incentivar, guiar e influenciar leva tempo, mas vale a pena de modo a fazer a criana se submeter voluntariamente ao que voc quer em vez de resistir teimosamente a tudo o que voc diz ou tomar decises por sentir-se rebelde na hora. Aqui esto algumas maneiras de guiar seu filho no caminho que voc quer que ele siga:1. S pea algo criana quando ela no estiver profundamente absorta em algo que ela goste muito de fazer. As crianas - tal como os adultos - no gostam de ser interrompidas.2. Avise a criana com uma certa antecedncia que uma mudana est para acontecer. "Dentro de dez minutos voc tem que guardar os blocos. Vou marcar o tempo."3. Pea a colaborao da criana: "Preciso muito da sua ajuda para servir a mesa".4. Sempre que possvel deixe a criana escolher: "Marquei aqui 3 coisas que precisam ser feitas antes de irmos fazer compras. Qual delas voc prefere fazer?5. Trabalhe alegremente com a criana. As crianas gostam de fazer o que voc estiver fazendo - se voc for uma companhia divertida.6. Use senso de humor e brincadeiras para evitar conflitos em potencial. Brinque de salo de beleza quando tiver que pentear cabelos embaraados. Brinque de restaurante com crianas que no gostam de comer.7. Incentive! Incentive! Incentive sem parar! Lembre-se que a criana que se comporta mal geralmente aquela que est desanimada. Voc pode transformar rebelio em submisso se apenas lembrar-se da estratgia do cordo!

Aplique o princpio da taa de amorO amor essencial para o desenvolvimento saudvel da criana. importante tambm para transformar um comportamento negativo em positivo. Na verdade, s vezes o amor mais eficaz para mudar o comportamento de uma criana do que a disciplina!O "princpio da taa de amor" explica por qu. O seu filho como uma taa. Quando est quase transbordando ele tem amor suficiente para dar, pode ser amoroso com voc e com os outros, e a tendncia comportar-se de uma forma aceitvel.Para as crianas amor sinnimo de ateno. Ento, quando o seu filho sentir-se vazio, tentar receber um monte de ateno, e geralmente esta necessidade de ateno resulta em um comportamento irritante. Muitas vezes os pais interpretam esse comportamento negativo como algo que merece castigo. Mas se o mau comportamento do seu filho deve-se ao fato da sua taa de amor estar vazia, o castigo no vai resolver. Primeiro a necessidade que ele tem de amor precisa ser satisfeita.A histria de Lara ilustra como o princpio da taa de amor funciona na prtica.Lara, de sete anos, estava tendo um dia horrvel. Ela resmungou, fez bico, empurrou a irmzinha, Cristina, e finalmente arrancou das mos de Cristina a sua boneca preferida.A me no final j no agentava mais:- Lara, que bicho te mordeu? Acho bom voc se endireitar e tratar bem a sua irm, seno vai apanhar!Lara nem ligou para a ameaa e continuou implicando com Cristina. Na hora de dormir a me disse a Lara que as palavras dela foram to desamorosas que deixaram a mame muito triste. Com isso Lara ficou ainda mais zangada.- Voc gosta mais da Cristina do que de mim - ela retrucou. E foi dormir amuada.Na manh seguinte Lara acordou de mau humor. Ficou lamuriando quando a me tentou tirar os ns do seu cabelo. A me estava intrigada. O que ser que estava incomodando Lara?Ser que Lara estava sofrendo uma falta de ateno positiva? A me chamou: - Lara, acho que j sei qual o seu problema.- Voc sabe? replicou Lara admirada.- Sei, disse a me, - a sua taa de amor est vazia! Vem c que eu vou ench-la.A me ps Lara no colo, abraou-a, beijou-a e disse-lhe como ela era especial. Lara estava surpresa, mas obviamente gostou da ateno que estava recebendo. Ela sabia que merecia o contrrio. Ao fim de um minuto, a me perguntou a Lara se a sua taa de amor estava cheia.- No, mas est at aqui, disse Lara, apontando para o peito.A me lhe deu mais uns apertezinhos e perguntou:- E agora? Est cheia?- No, disse Lara - mas est at ao queixo.- timo. - disse a me com um grande abrao - Vamos ver se conseguimos fazer esta taa transbordar.Finalmente, com um grande sorriso no rosto, Lara disse que agora estava transbordando.- Bem, se voc est com todo esse amor, - disse a me - porque no vai dar um pouquinho para a sua irm?- Eu no, a Cristina vai me empurrar e no vai querer. A me sabia que depois de Lara ter tratado a irm to mal era bem provvel que isso acontecesse, mas a incentivou a tentar. Meio hesitante, Lara foi procurar Cristina e disse:- Te amo, Cristina, e lhe deu um abrao. Cristina correspondeu com um abrao bem apertado, e as duas foram de mos dadas tomar o caf da manh.Mas a histria no termina aqui. Umas semanas mais tarde, a me teve um dia terrvel. Ela estava resmungando e falando asperamente com as meninas. Depois de um tempinho Lara disse:- Mame, acho que j sei qual o seu problema. A sua taa de amor est vazia! Agarrou-se ento ao pescoo da me e deu-lhe um grande beijo. Sabem o que aconteceu com a taa de amor da mame? De repente comeou a transbordar, e ela voltou a ser a pessoa feliz de sempre!Quantas vezes as crianas boas recebem bastante ateno? No muitas. A maioria das crianas descobre que recebem mais ateno quando se comportam mal, ficam se exibindo, fazendo bobeira, quando so tolas, destrutivas, ou aprontam. Receber ateno s vezes torna-se uma necessidade to grande que as crianas no querem nem saber se a ateno vai ser positiva ou negativa. Preferem ouvir uns berros ou levar uma surra do que serem ignoradas. Espero que o seu filho no tenha que se comportar mal para receber sua ateno.Lembre-se do princpio da taa de amor da prxima vez que algum que voc conhece o irritar. Nada mudar o comportamento desagradvel de algum que est com a taa de amor vazia mais rapidamente do que um pouquinho de amor extra: ateno positiva. Divirtam-se juntos por um tempo, inspire seu filho ou diga-lhe umas palavras de apreo. Veja se no faz uma diferena e reduz a necessidade da criana de se comportar negativamente.* * *Palavras de encorajamento so quase to necessrias quanto a gentileza e o afeto para transmitir calor humano criana e inspir-la a uma vida mais equilibrada. Um elogio sincero para uma criana tem o mesmo efeito que o sol tem nas flores.* * *

Trs mandamentos bsicosA maioria das crianas cresce com 9.528 regras que abrangem todas as pequenas infraes. Mas para que servem as regras se a criana no se lembra delas? Se voc j ouviu seu filho dizer: "Mas papai, eu no me lembro de ter ouvido o senhor me dizer isso", ento provvel que voc esteja dando ao seu filho mais regras do que ele consegue gravar. As regras em si no fazem as crianas serem disciplinadas!Estabelecer mais regras nunca vai ajudar o seu filho a aprender o que est certo e errado. Se ele no sabe direito o que considerado um comportamento certo ou errado, nunca conseguir tomar decises prudentes sozinho.Ento jogue fora o seu livro de regras e estabelea trs mandamentos bsicos como cdigo de comportamento para os seus filhos e para VOC! Eles so:

1) No se pode ferir os outros.2) No se pode ferir a si mesmo.3) No se pode ferir as coisas.

Estes trs mandamentos bsicos abrangem uma grande quantidade de maus comportamentos, fornecendo criana a estrutura necessria para tomar decises. Sem estas trs regras as crianas podem tomar decises bem tolas. Por exemplo, Jacques quer jogar beisebol no jardim. Ele consulta o velho livro de regras e no se lembra de voc ter dito nenhuma vez que no se podia jogar beisebol na frente da casa. Ele recorda-se da regra N 5.422 que diz: "No jogar futebol no quintal". quase isso, mas ele est no jardim, no no quintal, e quer jogar beisebol, no futebol. Ento grita: "Bate a bola", sem nem pensar na janela panormica a uns metros de distncia.Mas se fosse aplicar os trs mandamentos esta situao, ele se perguntaria: "Ser que jogar beisebol no jardim vai ferir algum? No. Vai me ferir? No. Vai ferir alguma coisa? Ah , tem aquela janela panormica ali que pode quebrar facilmente. Acho melhor no jogar beisebol no jardim."Se voc aplicar estes trs mandamentos constantemente s diversas limitaes em sua casa, no vai demorar muito para os seus filhos entenderem. Quanto mais voc lhes lembrar esses mandamentos quando eles so pequenos, mais cedo comearo a aplic-los s decises que tomarem sobre o que devem ou no devem fazer. E quando isso acontece, o seu trabalho como disciplinador da famlia fica muito mais fcil.

Como classificar o comportamento das crianasDuvido que voc fique surpreso se eu lhe disser que no pode ensinar ao seu filho tudo de uma s vez. Se tentar ficar constantemente implicando, e as conseqncias disso no so muito agradveis. Primeiro, voc se tornar negativo e frustrado e perder a alegria de ser me ou pai. Segundo, vai infernizar a vida do seu filho. A maioria das crianas s agenta pais implicantes at um certo ponto - depois acabam revoltando-se.Mas a maior conseqncia de tentar ensinar ao seu filho tudo de uma s vez que estar to ocupado corrigindo as infraes de pouca importncia que acabar sem energia ou tempo para lidar com as importantes - o comportamento que viola um dos trs mandamentos bsicos de no ferir os outros, a si mesmo ou as coisas. Se isso acontecer, a criana comea a pensar que estes mandamentos no so to importantes afinal, e perde o respeito pela sua autoridade.Sendo assim, voc tem que decidir o que realmente importante para voc agora e concentrar-se em ensinar essas coisas. Logo que essas lies forem aprendidas, pode passar para os assuntos secundrios. Reparei que uma coisa que ajuda comear a dividir o comportamento do seu filho em trs categorias.Categoria 1: Comportamento que voc aprova e que gostaria de ver mais freqentemente. A sua lista pode incluir coisas como: ser educado, repartir os brinquedos, separar a roupa suja, brincar sossegadamente enquanto o beb dorme, etc.Categoria 2: Comportamento que voc no pode permitir porque infringe um dos trs mandamentos bsicos de no ferir os outros, a si mesmo ou as coisas. Nesta lista poder constar: ficar em p na banheira, morder os irmos, ou jogar coisas dentro de casa.Categoria 3: Comportamento que voc talvez no goste mas pode tolerar! Provavelmente esta lista ser a maior. O comportamento da categoria 3 pode incluir coisas como: deixar o cobertor enrugado quando arrumar e o lenol aparecendo por debaixo da coberta, usar o polegar para empurrar a comida para o garfo, etc.Depois que voc categorizou o comportamento da criana o seu plano de ao simples.Para a categoria 1: recompense o comportamento que aprova.Para a categoria 2: corrija o comportamento inaceitvel.Para a categoria 3: ou ignore as coisas que talvez no goste mas pode tolerar, ou, de forma criativa, ensine criana um comportamento mais apropriado sem ela perceber o que est acontecendo.O seu primeiro passo para lidar com o comportamento da categoria 3 organizar esses comportamentos segundo o grau de incmodo que so para voc. Voc tem que decidir o que realmente importante e tem que ser resolvido AGORA. Fazer a cama poder ser importante, mas no to importante como saber escovar os dentes e dizer "por favor". Ento concentre-se no escovar dos dentes e em dizer "por favor". Assim que estas coisas tornarem-se um hbito, voc pode passar a ensinar de forma criativa outros comportamentos.Monitorize-se cuidadosamente - e ao seu filho. Se notar que est corrigindo mais do que est recompensando, algo est errado.

Para ser mais fcil ensinar a obedincia Eu sou a favor de nos divertirmos com as crianas, mas isso no significa que eu seja indiferente ao mau comportamento ou que tenha medo de impor limites se necessrio. Pelo contrrio, o mtodo criativo de disciplina s funciona se os pais forem suficientemente fortes para estabelecer, manter e reforar limites, pois s assim as crianas sentir-se-o seguras no seu ambiente e respeitaro o adulto o bastante para obedecer voluntariamente.Ensinar crianas a obedecer no tem que ser uma tarefa cansativa. Pode ser divertido. Contudo, voc no pode rir, jogar e brincar com os seus filhos e esperar que eles obedeam a menos que estabelea algumas regras fundamentais.Obedincia a lio mais importante que uma criana deve aprender. A sua meta fazer com que a criana esteja basicamente disposta a obedecer. O primeiro fator essencial para ensinar as crianas a obedecerem estabelecer o respeito pela sua autoridade, certificando-se de que suas exigncias so cumpridas de forma constante. nos primeiros anos da vida do seu filho que voc deve transmitir a mensagem da sua autoridade. Para isso voc tem que fazer com que suas instrues e exigncias sejam cumpridas imediatamente. Certifique-se, porm, de que suas instrues so razoveis. Muitos pais ensinam da maneira errada a lio da obedincia tentando impor coisas impraticveis. Por exemplo: "Pare de chorar. No vou tolerar mais isso. Se voc no parar agora mesmo eu vou lhe dar uma boa desculpa para chorar!" Voc j ouviu isso antes? Ou ento isto: "Coma os legumes. Eu disse para voc comer - no se atreva a cuspi-los!"Esse tipo de coisa no se pode impor. Voc pode gritar at ficar roxo, ameaar e subornar - mas se a criana realmente no quiser fazer isso, ela que no fundo controla o ato de chorar, comer, dormir e evacuar. Comece com pedidos realistas, pedidos que voc pode exigir que sejam cumpridos. Por exemplo:"Entre". (V l fora e traga a criana para dentro.)"Lave o rosto e as mos". (Leve a criana at pia e d-lhe sabonete e uma toalhinha.)"V guardar a sua bicicleta". (Leve o seu filho pela mo at bicicleta. Ajude-o a guard-la).Depois que voc decidir que pode fazer com que um certo pedido seja cumprido, proceda da seguinte maneira:1) Faa o pedido uma vez s e certifique-se que a criana ouviu e compreendeu.2) Se a criana corresponder, recompense-a com uma palavra de apreo que defina o que voc sente: "Fico feliz quando voc faz o que eu lhe peo", ou com uma demonstrao especial de amor, como um abrao ou um sorriso.3) Se a criana no corresponder, repita o pedido ao mesmo tempo que comea a refor-lo. Por exemplo, "Eu lhe pedi para entrar em casa porque vamos jantar." Ento voc faz o que for necessrio para conseguir sua submisso voluntria. Por exemplo, faa um jogo de entrar em casa. "Aposto que chego l nos fundos antes de voc!" "Vamos ver quem adivinha quantos passos so daqui at sua cadeira na mesa!" Talvez voc possa pegar a criana pela mo e entrar com ela contando os passos.Cuidado com as tcnicas de distrao que a criana pode usar para no ter que obedecer ou para retardar a obedincia. "No a minha vez de esvaziar o lixo". "Eu fiz a ltima vez", ou "No justo." At mesmo o "Eu te amo, mame", ou "Que horas so?" podem ser tentativas de distrao. Tcnicas de distrao deveriam ser totalmente ignoradas - nem sequer discutidas - at que o pedido seja cumprido. Simplesmente repita o seu pedido depois de cada tentativa de distrao usada.

Me: Esvazie o lixo.Jnior: muito difcil pra mim.Me: Esvazie o lixo.Jnior: Por que tem que ser agora mesmo?Me: Esvazie o lixo.Jnior: Da ltima vez tambm foi eu. No justo!Me: Esvazie o lixo.Jnior: Quando posso sair para brincar?Me: Esvazie o lixo.

Deu para entender? Voc pode parecer um disco arranhado, mas logo que a criana descobre que as tcnicas de distrao no funcionam, obedecer torna-se muito mais fcil.Leva tempo para fazer com que seus pedidos sejam cumpridos, mas se voc no for constante, s poder esperar do seu filho uma submisso parcial.Partamos do princpio de que a me considera importantssimo que Jnior faa a sua cama todas as manhs. Ele sabe exatamente o que ela pensa disso - uma regra que deve obedecer. Mas sua me est bem ocupada de manh e muitas vezes esquece de verificar o seu quarto. Quando ela vai verificar e v que a cama no est feita pode achar mais fcil ignorar a infrao do que ter o trabalho extra de cham-lo e convenc-lo a fazer a cama antes que o nibus escolar chegue. Decide esperar at que ele venha da escola. Ento, quando ambos chegam em casa, j esqueceram a cama.Ora, a me ainda cr firmemente que a cama deve ser feita e j deixou isso muito claro para o Jnior. Isso no deveria ser suficiente para que ele arrumasse a cama? Ele sabe muito bem o que deve fazer. Por que no o faz? A razo que ela no foi constante nem exigiu que esse requisito fosse cumprido.Se a me exigisse e impusesse com constncia o comportamento que ela espera do seu filho at que esse comportamento se tornasse automtico e um hbito, Jnior acordaria de manh pensando: "Humm, ser que fao a cama?" Ento pesaria os prs e os contras. ("Se eu no fizer, mame me obrigar a fazer antes de tomar caf") e tomaria uma deciso sensata ("Acho melhor fazer e no ter que pensar mais nisso").* * *Se quer educar os seus filhos da maneira certa, eduque-os no caminho que devem seguir e no no caminho que querem seguir.* * * mais difcil ser-se constante quando o papai, a mame, a vov, o primo, a tia e a bab esto todos envolvidos na educao da criana. A criana aproveita-se desta oportunidade e joga um adulto contra o outro a fim de fazer o que quer. Uma criana no precisa que ningum lhe ensine a dividir e conquistar! Concordar nos limites que a criana dever respeitar e depois imp-los com perseverana a convencer de que no vai-se safar com a desobedincia.

Estabelecer limites fceis de obedecerObedincia a disposio de viver dentro de limites estabelecidos por outros. H limites em todos os nveis da sociedade, e podemos nos deparar com srios problemas se os ignorarmos. Quanto mais cedo o seu filho puder aprender a importncia de obedecer a estes limites, mais feliz ele ser - e mais gratificante ser o seu trabalho como pai ou me. "Crianas obedecei aos vossos pais" (Efsios 6:1) um conselho sensato. Por que ser que para algumas crianas to difcil obedecer?As crianas reagem aos limites da mesma maneira que os adultos. Se a conseqncia for bastante severa para levar a coisa a srio, ento elas obedecem. Se tiverem medo das conseqncias sociais da desobedincia, elas se submetero. Mas se a conseqncia for insignificante e todos os outros estiverem ignorando os limites, elas arriscaro. E quando o limite vago - se houver uma certa regra mas elas no sofrerem nenhuma conseqncia pelas infraes leves ou se os limites forem impostos de forma inconsistente - as crianas no s confrontaro o limite mas tambm freqentemente o ultrapassaro.Aqui est uma lista de conferncia com perguntas que voc deve fazer a si mesmo para determinar se um limite "fcil de obedecer".1. O limite claro? Quando voc pede ao seu filho para cortar a grama, o que quer dizer com isso? Quer dizer que alm de cortar a grama tambm tem que recolher com a vassoura de grama todos os pedacinhos de grama e junt-los em montinhos e coloc-los em sacos de lixo? Voc quer que o seu filho corte a grama nas bordas? Se quer, no se esquea de deixar isso bem claro.2. Quando voc quer que ele obedea? O limite de tempo est claro? razovel tanto para voc como para o seu filho? Ele concorda com esse tempo-limite?3. A conseqncia da desobedincia suficientemente severa para ser levada a srio? Voc deixou claro quais eram as conseqncias? Se voc ainda no sabe bem quais sero as conseqncias, pelo menos certificou-se de que o seu filho sabe que haver conseqncias? Voc est preparado para levar a cabo as consequncias?4. A presso social permite que a obedincia ocorra? Ou ser que h outras crianas desobedecendo ao limite e com isso dificultando mais a submisso do seu filho? Por outro lado, existe a possibilidade de aceitao social se o limite for respeitado ou constrangimento social se no for?5. O seu filho entende o limite que voc impe? Ele sabe dizer em suas prprias palavras o que voc lhe pediu para fazer? Voc escreveu para que ele leia?Se no quer que o seu filho ultrapasse os limites estabelecidos, ento tem que deixar bem claro que quando voc diz uma coisa est falando srio.

Deixe-os sofrer as conseqnciasBeto ficou brincando depois das aulas e chegou tarde em casa. Perdeu o jogo de basquete que todos os seus amigos foram assistir - eles no puderam esperar por ele.Slvia plantou uma hortinha como atividade escolar mas depois esqueceu de reg-la. Todas as plantinhas morreram e ela levou um D na atividade.Gil deixou a sua boa luva de beisebol l fora na grama durante a noite. Durante a noite o regador automtico disparou e de manh a luva estava ensopada. Gil perdeu uma bola que vinha voando para o campo esquerdo no jogo do campeonato tarde e o outro time ganhou porque ele no estava acostumado com a luva que lhe emprestaram.Conseqncias. Muitas vezes parecem ser to duras. Por que foi que a me do Beto no saiu procura dele depois das aulas para ele ir ver o seu time preferido jogar? Por que papai no regou a hortinha de Slvia quando viu o rabanete murchando? Por que os pais de Gil no lembraram-lhe de guardar a sua luva? Foi uma perda cara.Por qu? Porque esses pais aprenderam sabiamente que uma das melhores tcnicas para modificar o comportamento de uma criana deix-la sofrer as conseqncias do seu comportamento inapropriado - aprender com os seus erros. As conseqncias so muito mais eficazes quando medidas mais brandas tais como por exemplo lembrar ou avisar a criana, no produziram mudana no comportamento. Deixar a criana sofrer as conseqncias a maneira mais rpida, e a longo prazo a menos dolorosa, de incentivar a criana a tomar decises sbias.Se as crianas no entendem a ligao entre as suas aes e certas conseqncias, podero achar que vo se safar com o que quiserem. Delinqentes, por exemplo, ficam muitas vezes surpresos quando o seu comportamento ilegal finalmente resulta em pena de priso.- Por que eu? perguntam.- Por qu? Por que voc infringiu a lei.- Certo, infringi a lei. Toda a minha vida tenho infringido leis e nunca me aconteceu nada. Por que agora?As conseqncias vm de duas formas: as naturais, e as impostas por pais ou outras figuras de autoridade.As conseqncias naturais acontecem automaticamente se a criana prosseguir na sua vereda de "destruio". Por exemplo, a conseqncia natural de comer uma fruta verde pode ser dor de estmago, ou a conseqncia natural de um quarto desarrumado pode ser passar vergonha quando um professor fizer uma visita. As crianas muitas vezes aprendem que melhor no baterem nos outros depois que sofrem a conseqncia natural de apanharem tambm. Outras aprendem a trancar as bicicletas com cadeado porque quando no o fizeram a bicicleta foi roubada.s vezes as conseqncias naturais podem ferir as crianas, tais como a conseqncia de ser atropelado por um carro por brincar na rua ou levar uma queimadura por brincar com fsforos. Os pais precisam proteger os filhos dessas conseqncias terrveis, mas ao mesmo tempo ensin-los a serem responsveis pelo seu comportamento. Outras aes (tais como no limpar o quarto) no acarretam muitas conseqncias naturais, ento os pais tm que cri-las. A maneira de fazer isso impondo ao filho uma conseqncia - uma conseqncia lgica, para que ele entenda a mensagem de que o castigo que recebeu est ligado ao seu erro.Vi que algumas das maiores lies que os meus filhos aprenderam foram lies que eles ensinaram a si mesmos ao sofrerem as conseqncias naturais do seu comportamento.Por exemplo, uma vez quando Kim, Cntia e Pedro estavam no maternal, decidiram comprar para o pai uma caixa dos seus biscoitos preferidos no seu aniversrio. Logo que tomaram a deciso, ficaram to excitados em adquirir os biscoito que queriam ir comprar na hora. Levei-os loja. Acharam a caixa de biscoitos na prateleira e a levaram com cuidado at ao caixa e comearam a tirar as moedinhas dos seus cofrinhos.Finalmente compraram os biscoitos e fomos para casa. No tive tempo de embrulhar imediatamente o presente, ento coloquei-o na prateleira de cima da despensa, achando que ali estariam seguros.Bem, as crianas viram onde eu os coloquei, e mais tarde uma deles disse: - Puxa, aposto que os biscoitos do papai so uma delcia. Quem me dera poder comer um.- Eu tambm, concordaram os outros. - Aposto que papai nem ia perceber se tirssemos um.Ento Kim subiu no banquinho alto e pegou a caixa de biscoitos. Tirou um, desembrulhou, deu uma mordida e deu o resto para Cntia.- No, disse Cntia, - eu quero um s para mim.- Eu tambm, retrucou Pedro. Ento Kim tirou mais dois biscoitos e deu-os a Cntia e Pedro. Olhou para a caixa e pensou que ningum ia notar que estava faltando alguns, e a colocou de volta na prateleira.Mas no dia seguinte, lembraram-se mais uma vez dos biscoitos, e l foram eles buscar mais. Kim pegou mais trs. E continuaram fazendo isso at que a caixa ficou vazia, mas eles no me disseram nada. Ento no dia do aniversrio de Jan, peguei a caixa da prateleira e a embrulhei sem nem perceber o que eles tinham feito.- O que tem dentro do embrulho para o papai? perguntaram as crianas quando viram o presente.- Os biscoitos que vocs compraram para o aniversrio dele, respondi.- Mas - disseram as crianas com a voz entrecortada - no podemos dar isso ao papai.- Por que no? perguntei.- Porque est vazio.- Vazio? exclamei.- , disseram elas. Ns comemos todos. Vamos ter que comprar outra caixa para o papai.- Agora no temos tempo, expliquei. - E vocs no tm mais dinheiro. Vocs vo ter que dar de presente para o papai uma caixa vazia!E foi o que aconteceu. Jan desembrulhou o presente e perguntou:- O que isto?- uma caixa vazia de presente para o senhor, disseram eles baixando a cabea envergonhados. - Ns comemos todos os biscoitos. Mas desculpe papai, nunca mais vamos lhe dar de presente uma caixa vazia!E nunca mais deram!Ora, eu poderia ter-lhes dado um sermo sobre roubar e como era terrvel no ter um presente para o pai. Poderia t-los mandado para o quarto e at ter-lhes dado umas palmadas. E depois de t-los castigado pelos seus erros, poderia ter ido loja e comprado outra caixa de biscoitos. Mas o efeito nunca teria sido o mesmo.s vezes difcil deixar o seu filho sofrer as conseqncias naturais porque "bons" pais querem o melhor para os seus filhos. Conheo uma me que se levanta todas as manhs bem cedinho para preparar um lanche para o seu adolescente, embora esse seja o trabalho dele. Por qu? Porque ela no quer que ele passe fome. E ele nem se d ao trabalho de preparar o seu lanche porque a sua me sempre o ajuda. Ento aquilo que deveria ser responsabilidade dele tornou-se responsabilidade dela, porque ela no est disposta a deix-lo sofrer a conseqncia, que passar fome.Quando no existem conseqncias naturais, ou a conseqncia natural prejudicial, os pais devem impor uma conseqncia que ajude o filho a ver a insensatez do seu comportamento e aprenda a lio por experincia prpria. Voc no pode permitir que a sua filha de dois anos corra para a rua. A conseqncia natural que ela pode morrer. Voc no pode permitir que o seu filho de dez anos v pegar frutas no quintal do vizinho sem pedir. O vizinho poder repreender severamente a criana ou chamar a polcia, ou o fato dela passar impune com isso pode incentiv-la a comportar-se assim no futuro.Em vez disso, em casos assim, voc dever ensinar-lhe o que inapropriado usando um conseqncia lgica imposta pelos pais. Por exemplo: "Se voc for para a rua vai ter que brincar no quintal." "Se voc for pegar frutas do vizinho, vamos ter que tirar US$ 10 da sua mesada, e voc e eu iremos falar com o seu Felipe e dar-lhe esse dinheiro para pagar pelas frutas."Alguns pais dizem: "Eu imponho conseqncias o tempo todo. Se o meu filho quebrar o vidro da janela, dou-lhe umas palmadas. Se ele brigar com algum, dou-lhe umas palmadas. Se ele derramar o leite, dou-lhe umas palmadas." Estas so conseqncias impostas pelos pais, s que NO so conseqncias lgicas relacionadas com o comportamento especfico da criana.Para uma maior eficcia as conseqncias impostas pelos pais devem estar claramente ligadas ao comportamento do filho. Se a criana quebrar o vidro da janela, deixe-a recolher os cacos (se ela j tiver idade suficiente para no se cortar), pea desculpa ao dono e pague os estragos. Se a criana se meter numa briga, uma conseqncia lgica poderia ser: "Se vocs dois no se do bem, vo ter que ficar separados e sentados nas cadeiras onde se resolve as questes (duas cadeiras, uma de frente para a outra) onde as crianas tm que ficar sentadas at entrarem num acordo. At uma criana pequena pode limpar o leite derramado e aprender uma lio sobre as conseqncias de ser-se descuidado.O aspecto bom de usar-se conseqncias naturais e lgicas que a criana no poder nunca verdadeiramente dizer: "Isso injusto!" Ela comea a aprender que a disciplina apropriada ao seu ato, e que ela merece sofrer as conseqncias.* * *Tente castigar de acordo com o erro! Castigue o membro ofensor de maneira firme e clara, depois de avisos e ameaas justas, para as crianas saberem o que vai lhes acontecer caso persistam. E seja constante, sem falhar, para que elas saibam sem sombra de dvida que vo ser castigadas se fizerem aquilo que voc lhes disse para no fazerem.* * *As crianas no precisam de muita experincia para saberem qual seria uma conseqncia justa para o seu mau comportamento. Ento, se no sabe bem o que fazer, ou o seu filho j for mais crescido e voc acha que ele talvez ressinta a disciplina, trate-o como Deus tratou o rei Davi, e deixe a criana escolher as conseqncias. Deus disse a Davi para no fazer um censo, mas Davi queria saber as propores do seu reino, ento desobedeceu s instrues de Deus. Para ensinar Davi a importncia da obedincia, Deus ia impor-lhe uma conseqncia, mas deixou-o escolher entre 3 anos de fome, 3 meses de perseguio em batalha, ou 3 dias de praga mortal na terra. (Cf. II Sam.24)Em vez de correr o risco de deixar o filho ressentido com o que ele considera uma disciplina injusta, permita-lhe escolher o que quer, mesmo que voc ache que ele vai optar por algo brando demais. Se a lio for aprendida, a severidade da conseqncia no importa.Os disciplinadores criativos no do logo um tapa na criana. Eles consideram cuidadosamente o tipo de disciplina, para verem o que que vai ajudar a criana a aprender, para o resto da vida, que vale a pena obedecer. Ento, por que no "castigar" de acordo com o "crime", e comear a permitir que a criana aprenda com as conseqncias?!

Dizer sim em vez de noSe voc j disse no ao seu filho e ele fez cara feia, esperneou e berrou at que voc acabou dizendo sim, ento deve ter percebido que deve haver uma maneira melhor do que essa. A nica coisa a fazer , da prxima vez que o seu filho pedir alguma coisa, dizer-lhe sim primeiro, a menos que tenha realmente que dizer no.O exemplo a seguir mostra como o SIM pode ser muito mais eficaz. uma cena tpica passada numa lanchonete.Me (para o seu filho em idade pr-escolar): "Coma o seu sanduche."Jnior: "Eu quero ir brincar no parquinho. Posso?"Me: "NO! Coma o seu almoo."Jnior (comeando a fazer bico): "Mas eu quero ir brincar."Me (j ficando frustrada): "Eu disse para voc comer o seu sanduche."Jnior (irrequieto na cadeira e choramingando, fingindo): "Eu quero ir brincar."A me perde a pacincia e vira-se para a sua filha do outro lado da mesa. "Shelly, me d o seu cinto." A me segura o cinto em atitude ameaadora enquanto olha para Jnior, sentado na cadeira fazendo bico. Devagarzinho ele pega o seu sanduche e d uma dentada - e a me volta conversa que estava tendo com uma amiga.Uns minutos mais tarde Jnior repara no sorvete que a irm est tomando porque j terminou de almoar, e choraminga: "Eu quero sorvete."A me ignora o seu pedido e responde rispidamente: "Coma o seu sanduche seno vou usar o cinto."Jnior fica quieto mais ainda fazendo bico, depois sai da cadeira e se encosta na me. Ela veste o casaco nele e diz irm: "Fique olhando ele l fora."Finalmente o menininho ganha o que quer e sai correndo, alegremente, para brincar l fora no parquinho to convidativo. Mais tarde volta para terminar a comida e sai com um sorvete na mo! o que acontece muitas vezes quando os pais dizem no. As crianas tm um jeito de fazer cara feia ou importunar at que lhes dem o que querem. Se esta me tivesse apenas usado o mtodo SIM de criar crianas, teria feito uma grande diferena. Por exemplo, a cena poderia ter sido assim:Me: "Coma o seu sanduche."Jnior: "Eu quero ir brincar no parquinho. Posso?"Me: Claro, assim que tiver dado mais trs mordidas.Jnior d as mordidas no sanduche e sai correndo alegremente para brincar enquanto a me come em paz. Podemos at imaginar que a criana volte a entrar e pergunte: "Mame, vem brincar comigo?" e a me, usando o mtodo SIM, poder responder: "Assim que terminar o meu sanduche eu vou. Voc no quer mais uma mordidinha?" E possvel que a criana ainda d mais umas duas mordidas antes de voltar para brincar no parquinho.O mtodo do SIM no quer dizer que voc no tenha convico, e no significa que sempre vai deixar o seu filho fazer o que quer. Todos vencem com o mtodo do SIM. Por exemplo, voltando cena do restaurante, veja s os benefcios de dizer sim: A me conseguiu comer em paz; Jnior conseguiu ir brincar - e acabou comendo tanto quanto comeria com a ameaa de levar uma surra. A irm foi brincar com um irmozinho feliz - e no ficar cuidando de um menininho de cara feia. E todos no restaurante tiveram um almoo agradvel.Se o mtodo do SIM uma coisa que parece que voc precisa cultivar, ento comece a praticar a resposta: "sim, mas"."Sim, voc pode ir brincar l fora, mas tem que colocar uma cala comprida, uma jaqueta quentinha, botas, gorro e s pode ficar l fora 45 minutos."."Sim, voc pode comprar um vestido novo, mas vai ter que ganhar o dinheiro para pag-lo.""Sim, voc pode assistir a esse programa, mas sabe o que a nossa famlia pensa sobre violncia. Na primeira cena violenta voc vai ter que desligar a televiso."Sabe-se que os pais dizem no aos seus filhos muito mais vezes do que dizem sim. Impensadamente e sem nenhuma boa razo, o "no" sai pela boca com a maior facilidade!Ento, para os pais criativos, aqui est uma boa regra a seguir: se voc no quiser que os seus filhos faam cara feia e fiquem insistindo at que voc mude de idia, s diga no quando tiver certeza absoluta de que a resposta tem que ser no e que voc no vai mudar de idia de jeito nenhum.

A regra do dez por umAs crianas precisam de ateno positiva. Crticas, queixas e comentrios negativos so desanimadores e muitas vezes resultam num comportamento pior. Mas estmulo, otimismo e uma expresso positiva tm o mesmo efeito nas crianas que o fertilizante tem nas plantas. o que verdadeiramente as faz florescer.Rudolf Dreikurs, o altamente conceituado psiquiatra infantil, disse certa vez: "O estmulo mais importante do que qualquer outro fator na criao das crianas. to importante que a falta dele pode ser considerada a causa bsica do mau comportamento. Uma criana que se comporta mal uma criana que se sente desanimada. A criana precisa ser estimulada constantemente, assim como uma planta precisa de gua."Por que no recompensar as atitudes positivas? Se voc quer ser um disciplinador criativo muito importante pegar os seus filhos fazendo coisas boas. Na realidade, o que eu recomendo a regra do dez-por-um: dez expresses positivas para cada expresso negativa! Ao aplicar isso, voc se tornar o pai (ou me) positivo que sempre quis ser.A falta de ateno positiva pode provocar tremendos problemas de comportamento nas crianas. Por exemplo, uma me queixou-se: "Estou tendo muitos problemas com o meu filho de 5 anos, Kurt. Ele insolente, teimoso, e sempre faz o contrrio do que lhe peo. No entendo isso, pois o seu irmo mais velho, Dean, um amor de menino. Tento tratar os dois da mesma forma, mas acabo passando mais tempo com Dean porque ele uma pessoa simptica. Por que existe uma diferena to grande no comportamento deles?" surpreendente, no , quando um filho to bom e o outro to "ruim"? Apesar de voc tratar os dois da mesma forma, os resultados so opostos. A razo para isto que as crianas nascem com caractersticas diferentes, o que as torna pessoas de fcil ou de difcil convivncia. Mas apesar das suas caractersticas inatas, todas as crianas precisam de ateno positiva. Elas precisam se sentir especiais. Elas precisam receber elogios e reconhecimento.Quando um dos filhos na famlia muito submisso e recebe naturalmente ateno positiva em abundncia, a criana mais difcil repara nisso, pelo menos subconscientemente. interessante notar que muitas vezes o mais velho aceita a palavra dos pais e o segundo rebelde. O mais novo comea a ver que o mais velho (ou a criana submissa) monopoliza a ateno por ser submisso. A segunda criana calcula que no tem como ser to boazinha assim por mais que se esforce, ento para que competir?Mas a criana difcil precisa e anseia por ateno, ento escolhe outro campo onde se aprimorar - optando muitas vezes pelo papel de rebelde. Ela prefere receber ateno negativa do que no receber nenhuma! bem provvel que essa necessidade de ateno o que torna Kurt to antiptico. A questo , como se pode modificar o comportamento de uma criana como Kurt? Eis algumas idias:1. Assegure-se de que os dois filhos recebem a sua cota de reconhecimento positivo. Isso quer dizer que voc deve se esforar por notar mais as coisas positivas que Kurt faz - coisas que para voc podero ser insignificantes. Recompense-o por submeter-se o mnimo que seja.2. Faa com que seja fcil e divertido para Kurt obedecer. Por algum tempo no lhe pea para fazer coisas que sabe que ele vai resistir. Voc quer o mximo de submisso possvel para poder dar a ele mais ateno positiva.3. Seja firme nos limites absolutamente essenciais. No aceite comportamento insolente e desrespeitoso - mas tambm no lhe d muita ateno negativa por causa disso. Quando isso acontecer, diga calmamente, "Voc me magoa quando me trata assim, e no se deve magoar os outros." E depois pode mand-lo para o quarto at que ele decida agir apropriadamente, ou aplique outro tipo de disciplina.4. Por fim, siga a regra do dez-por-um. Procure expressar apreo ao seu filho dez vezes por cada repreenso que lhe der, porque quanto mais difcil for a criana, mais repreenses vai receber, ento aumente proporcionalmente a interao positiva com ela para que obtenha o mesmo efeito. Por exemplo, voc pode notar quando Kurt sorrir, lembrar-se de dizer por favor e obrigado, ou apenas a sua boa vontade em passar mais uns minutinhos brincando com o cachorro que no recebe muita ateno. Voc tem que se tornar especialista em apanhar o seu filho fazendo coisas boas.Lembre-se que expresses positivas nem sempre tm que ser em palavras. Sorria, pisque o olho, faa um carinho na cabea da criana, e ela entender que voc est prestando ateno nela, e com isso estar enchendo a sua tacinha de amor. Poder ser um desafio e tanto mas vale a pena.

Valores so estabelecidos desde cedoGrande parte do comportamento que voc gosta ou no gosta de ver no seu filho um reflexo direto dos seus valores. Por exemplo, na realidade no h nada de errado em que o seu filho coma com as mos, se elas estiverem limpas. O fato do seu filho comer com as mos ou com o garfo determinado por valores.A maioria das correes que os pais impem aos filhos so um reflexo direto dos seus prprios valores. So formas de comportamento sobre as quais os pais tm uma forte convico, no porque o dito comportamento prejudique o indivduo, os outros ou as coisas, mas sim porque algo que eles pessoalmente prezam muito.Os valores diferem entre o pai e a me. Talvez voc e a sua esposa no concordem em certas coisas como por exemplo a importncia de ter-se uma alimentao vegetariana, a razo para deitar-se cedo, ou quanto tempo uma criana precisa para brincar. Estas colises de valores podem provocar grandes conflitos, deixando a criana incerta sobre o que realmente importante.Tambm verdade que certas formas de comportamento podem ser toleradas em certas famlias e totalmente proibidas em outras. Como no h nada inerentemente certo ou errado nestes comportamentos, isso pode ocasionar graves conflitos entre os pais e os filhos porque o filho no entende por que os seus amigos no so repreendidos por determinados comportamentos que para ele so expressamente proibidos.A forma de diminuir ao mximo estes conflitos estabelecer claramente quais os comportamentos aceitveis que tm a ver com os valores, e fazer isso o quanto antes, de preferncia durante a infncia. Assim, quando voc escutar: "Mas o Rogrio faz. Por que eu no posso?" voc tem como responder. Se voc estabeleceu claramente um comportamento aceitvel para a sua famlia, pode dizer: "Isto algo que a nossa famlia considera importante." Ou, "Os valores da nossa famlia so diferentes e no podemos permitir isso."Uma das melhores maneiras das crianas pequenas abraarem os seus valores deix-las escutar quando voc estiver falando sobre eles, mas no diretamente com elas. Muitas vezes uma conversa que as crianas ouvem tem mais impacto do que as palavras faladas especificamente para elas.Voc no tem condies de ditar os valores que o seu filho vir a defender. Mas se quiser que ele respeite os seus valores, e se quiser aumentar as chances dele praticar esses valores antes de tornar-se adulto, ento, alm de manter uma boa relao com os seus filhos, certifique-se de que os seus valores so razoveis, que os estabelece desde cedo e que os defende com constncia atravs de instruo e exemplo.

O problema est na criana ou nas circunstncias?As crianas enfrentam dois tipos de problemas: problemas ligados s circunstncias, os quais podem ser resolvidos modificando as circunstncias ou ambiente de alguma forma, e problemas humanos que s podem ser resolvidos quando a pessoa com o problema resolve mudar.A maioria dos problemas de comportamento na infncia esto relacionados s circunstncias. Eles podem ser resolvidos com uma mudana de situao. Voc pode precaver-se contra o problema satisfazendo a necessidade da criana antes dela se comportar mal para chamar a sua ateno. Em outros casos, voc domina a situao, e atravs da disciplina o problema fica resolvido. Eis alguns problemas ligados s circunstncias e as suas solues.O seu beb chora: voc troca a fralda e ele sossega.O seu filho de 1 ano joga comida no cho: voc tira-lhe o prato e ele deixa de jogar comida no cho.Joyce teve um tpico problema ligado s circunstncias com Betsy, de 4 anos. Betsy atrasava todo mundo para a escola. Depois do caf da manh, em vez de escovar os dentes e vestir o casaco para se preparar para sair, ela ficava enrolando. A me tentou tir-la da cama mais cedo de manh, mas no adiantou. At mesmo quando o caf da manh estava pronto antes da hora, Betsy no conseguia se aprontar a tempo.Finalmente a me conversou com Betsy sobre o problema e ficou sabendo que embora Betsy adorasse ir para o jardim de infncia ela queria passar mais tempo com a me. Ao ficar enrolando todas as manhs ela recebia mais ateno da me, embora fosse acima de tudo ateno negativa.Joyce admitiu que o incio do dia era agitado, e Betsy no recebia muita ateno a menos que se comportasse mal. Ela ento decidiu fazer uma experincia. Comeou a aprontar as merendas e colocar a mesa na noite anterior para poder passar uns 20 minutos a mais com Betsy de manh. Lia para ela, brincava de boneca ou de fazer chazinho; o que Betsy quisesse. O resultado? Betsy desabrochou com esta ateno adicional, e o problema desapareceu.Joyce deu-se conta de que o problema de Betsy no ficar pronta para a escola na hora estava ligado situao, e surgiu porque ela precisava de ateno. O plano de ataque de Joyce ento foi de mudar a situao, e o problema foi rapidamente resolvido. Se Joyce no tivesse um diagnstico correto do problema provavelmente dobraria seus esforos nas crticas e repreenses a Betsy, e sem saber teria contribudo para agravar o problema.Nem todos os problemas so to simples de resolver. s vezes preciso mudar o plano de ataque, ou preciso experimentar uma grande variedade de solues at achar uma que realmente funcione. Muitas vezes problemas ligados situao que poderiam ter sido resolvidos facilmente com uma mudana de ambiente tornam-se problemas humanos profundamente enraizados que afetam todos os aspectos da vida de uma criana por muitos anos; tal como o hbito de se exibir para obter ateno, ou de mentir por medo de ser castigada severamente.Se voc j tentou um monte de coisas para o seu filho parar com um comportamento negativo e nada funcionou, admita a derrota e experimente este mtodo:1. Converse com o seu filho sobre o problema. Ajude-o a reconhecer que se trata de um problema que ele tem e mostre o efeito negativo que este comportamento ter sobre ele a menos que seja corrigido.2. Diga-lhe que voc est disposto a ajud-lo, mas s se ele quiser mudar e procurar a sua ajuda. Pode ser que o seu filho s precise de um lembrete para motiv-lo e dar-lhe o entusiasmo necessrio para vencer esse hbito to incmodo.3. Comece a edificar a auto-estima de seu filho. Encha a taa de amor dele. Encoraje-o em vez de disciplin-lo. Agora necessrio um mtodo completamente diferente de disciplina.Ajude os seus filhos a verem que eles que formam a sua prpria personalidade e reputao. Eles podem escolher as caractersticas que querem desenvolver. s vezes talvez sintam-se como o apstolo Paulo e acabem fazendo o que no querem e no fazendo o que deveriam fazer. Mas Cristo pode dar-lhes a coragem e o autocontrole necessrios para mudar - se Lhe pedirem ajuda. "Para Deus todas as coisas so possveis" (Marcos 10:27).

Criar filhos responsveisVoc s vezes se sente como uma velha chata implicando com seus filhos e lhes dizendo cada coisinha que tm que fazer? "Escove os dentes; arrume a cama; esvazie o lixo." Voc detesta ser to mandona, mas qual a sua opo se as crianas no fazem o que tm que fazer?Implicar no transforma uma criana irresponsvel em responsvel, mas conheo trs estratgias poderosas que fazem isso. A primeira tem a ver com incentivar o seu filho a ser o seu prprio chefe, a segunda desafi-lo a reeducar voc - o seu pai mando ou sua me mandona! A terceira tem a ver com ensinar o seu filho a saber tomar decises para voc no ter que lhe dizer o que fazer. Eis como funcionam essas estratgias.* * *Deveramos fazer com os nossos filhos como Deus faz conosco: Ele tenta nos persuadir a fazer as coisas pela motivao certa e amorosa porque queremos fazer o que est certo, porque O amamos e amamos os outros, e no porque somos obrigados, forados, ou porque receamos ser castigados.* * *Ficar mandando pode-se tornar um estilo de vida irritante, uma cilada onde os membros mais velhos e mais capazes de uma famlia muitas vezes caem. Eu sei porque j aconteceu conosco. Quando Cludio era mais novo, mame, papai e duas irms mais velhas ficavam sempre lhe dando ordens - repetindo sem parar. Mas s quando Jennifer, a prima de 6 anos de Cludio perguntou: "Por que todo mundo fica mandando no Cludio?" que percebemos como havamos nos tornado to mandes. Vi que tinha que fazer alguma coisa para animar o Cludio a assumir responsabilidade pelo seu prprio comportamento. Ento uma noite, ao coloc-lo na cama, perguntei:- Cludio, voc gosta que as pessoas fiquem mandando em voc?- No, disse ele enfaticamente.- Ento voc precisa mandar em si mesmo. Ningum vai ficar mandando em voc se voc tomar controle da sua vida. Quando faz o que deve fazer, ningum precisa ficar pegando no seu p. Ento de quem a culpa se todos ficam lhe dando ordens?- Acho que minha, disse ele docilmente.- Isso mesmo. Ou voc manda em si mesmo e diz a si mesmo o que fazer, ou outra pessoa vai ter que mandar em voc.- Mas isso difcil, suspirou Cludio. - Eu no gosto de fazer todas as coisas que tenho que fazer.- Mesmo assim as coisas ainda tm que ser feitas. Ento, ou voc toma controle da sua vida - ou ns vamos ter que lhe dar ordens. O que vai ser preciso para fazer voc ser o seu prprio chefe e trabalhar ?- Mame, lembra daquele caminhozinho com uma moto atrs?- Est bem, esse ser o seu salrio de chefe por dois dias de trabalho. Eu posso ajud-lo a fazer uma lista todas as manhs. Voc tem at ao meio-dia para provar que o seu chefe est trabalhando. Ningum vai lembr-lo de nada nem pegar no seu p. Mas se ao meio-dia o seu chefe no estiver fazendo o trabalho, ento o resto da famlia tem o direito de comear a mandar voc fazer as coisas; e esse dia no conta para ganhar o caminho. Lembre-se, tem que ser dois dias seguidos! Voc acha que o seu chefe forte o bastante para lidar com voc?"- Acho que sim.Inclinei-me e beijei a sua testa: - O seu chefe vai precisar descansar bastante. Ele vai fazer o trabalho de quatro pessoas. Em vez de todo o mundo ficar lhe dando ordens, ele vai ter que fazer tudo so- zinho. Boa noite, chefe, sussurrei fechando a porta.E dois dias depois, o chefe de Cludio tinha ganho o seu salrio: o caminhozinho com a moto atrs. O maior problema foi mudar o comportamento dos quatro ex-chefes de Cludio! Mas ao vermos que Cludio se tornou responsvel pela sua prpria vida, logo nos afastamos para desempenharmos o papel de controlar a nossa prpria.Muitas crianas no gostam da maneira como os pais as tratam, e culpam os seus pais. O que elas no entendem que os seus pais provavelmente esto tratando-as exatamente da maneira que crianas irresponsveis merecem ser tratadas. Mas se voc disser isso na cara delas, elas no aceitam. Ento eu gosto de desafiar as crianas com o fato de que elas tm o poder para mudar os seus pais. Talvez seja difcil "ensinar papagaio velho a falar", mas possvel. E o mesmo com os pais. No fcil reeduc-los, mas s vezes importante tentar.As crianas aprendem a tomar boas decises se as deixarmos tomarem-nas sozinhas. Desde cedo o seu filho pode aprender a tomar decises simples. Ele deveria tomar as suas prprias decises se conseguir procurar a informao que precisa para tomar uma boa deciso, estudar as alternativas com imparcialidade e aceitar as conseqncias da sua deciso. A sigla a lembrar PRESTA. PR para procurar informao, EST para estudar as alternativas, e A para arcar com as conseqncias.Eis como funciona a estratgia. Digamos que a sua filha de 3 anos quer atravessar uma rua movimentada. Voc no deixa. Ela nova demais para compreender a informao vital sobre a velocidade e o momentum dos veculos em relao s suas perninhas de 3 anos de idade. Estudar os prs e os contras de correr para a rua est alm da sua capacidade, e as conseqncias so severas demais. Ento voc impe a sua prpria deciso.Mas a mesma menina de 3 anos poder estar pronta para fazer uma escolha simples e que no envolva risco, tal como comer ou no entre as refeies. A minha filha Kim tomou esta deciso quando tinha trs anos. Ela queria um biscoito. Eu disse que no. Ela insistiu, importunou, ento experimentei a estratgia PRESTA.Dei-lhe a informao de por que eu no concordava que ela comesse biscoitos entre as refeies. Quando a barriga dela estivesse cheia com biscoitos doces ela no teria fome para comer a comida saudvel que amos comer no jantar. As alternativas que lhe dei eram simples: coma um biscoito agora e nada no jantar, ou ento podia comer morangos de sobremesa. As conseqncias de comer um biscoito antes do jantar no a faziam correr perigo de vida. , ela poderia no ter fome no jantar, e poderia at criar um hbito (que teria que superar mais tarde) de ficar beliscando comida de pouco valor nutritivo entre as refeies, mas nenhuma das conseqncias era grave demais para ela no estar altura de tomar uma deciso. Ento, depois que tive certeza de que ela entendeu as conseqncias, deixei ela decidir.Parei de importun-la. Ela decidiu que seria melhor esperar at o jantar.No posso prometer que o seu filho tomar uma deciso semelhante. Na hora eu no sabia que deciso Kim tomaria. Eu no tinha como saber o que ela iria fazer, e sou esperta o bastante para saber que s porque funciona uma vez no quer dizer que continuar a funcionar. Mas a criana precisa da oportunidade de aprender a passar pela luta de tomar uma deciso. O que indispensvel que ela aprenda a sofrer as conseqncias depois de tomar uma deciso errada!A maneira de criar uma criana responsvel tirar as mos do volante, por assim dizer, e deix-la dirigir sozinha algumas vezes. Se voc continuar no comando implicando constantemente, lembrando e tomando decises pela criana, ela deixa voc assumir as responsabilidades dela, esperando que um dia se esquea de lembr-la, e depois se algo no for feito a culpa sua por no ter lhe lembrado.Coloque a responsabilidade nos ombros dela usando a estratgia acima, depois descreva claramente as conseqncias do que acontecer se ela no cumprir a sua responsabilidade. Quando as crianas ficam mais velhas, at podem ajudar a determinar quais as conseqncias apropriadas. E se falharem em fazer o que devem, deixe-as sofrer as conseqncias. Talvez parea crueldade, mas pode ser uma lio incrvel!Mostre ao seu filho que h muitas maneiras de ajudar as pessoas a se lembrarem do que precisam fazer. Uma delas fazendo uma lista; outra agrupando as tarefas dentro de um certo perodo do dia, como por exemplo, "coisas a fazer antes do caf". Certas tarefas podem tornar-se habituais depois que voc entra numa boa rotina. Se nada mais funcionar, incentive o seu filho a simplesmente perguntar a algum: "H mais alguma coisa que preciso fazer agora?" Se o seu filho no lembra bem possvel que mais algum lembre.* * *O seu filho j est se tornando o tipo de pessoa que vai ser.* * *

Voc culpado de abuso infantil?Voc culpado de abuso infantil? Antes de responder impulsivamente " claro que no", por favor continue lendo. Isto para TODOS os pais, porque todos os pais tm o potencial para abusarem das crianas.Detesto admitir isso, mas at mesmo com todos os meus cursos sobre desenvolvimento infantil, de vez em quando tenho abusado das crianas. Nunca vou esquecer uma tarde quando deixei as minhas emoes ficarem completamente descontroladas. Tinha um milho de coisas para fazer e nada parecia dar certo. A casa estava um desastre, e os meus trs filhos em idade pr-escolar estavam correndo de um lado para o outro que nem uns selvagens. Quanto mais alto eles gritavam e berravam, mais nervosa eu ficava.Finalmente aconteceu algo que foi demais para mim, foi a gota d'gua que fez o copo transbordar e eu arrasei as crianas verbalmente. Depois, comecei a pensar na maneira terrvel como as tinha tratado. Sabia que no se devia falar assim. Vi que tinha que pedir desculpas s minhas filhas. Chamei as meninas, coloquei-as sentadas no meu colo e disse que sentia muito por ter agido daquela maneira e ter dito aquelas coisas terrveis.Geralmente imaginamos que abuso infantil o tratamento irracional, cruel e violento que deixa a criana fisicamente machucada e marcada para o resto da vida.Esse tipo de abuso de menores um crime hediondo, e nem passa pela cabea da maior parte dos pais tratar uma criana dessa maneira. Mas h tipos mais suaves de abuso infantil dos quais muito provavelmente todos somos culpados. O que espantoso que se o seu filho tiver mais de dois anos, provvel que na sua casa j tenha ocorrido abuso infantil, sendo voc o abusador e o seu filho a vtima.O abuso infantil no s aquele que inflige dano fsico a uma criana. qualquer tratamento que destri o conceito que a criana tem de si mesma, sua auto-estima. So maus-tratos fsicos ou verbais. Comportamento abusivo no tem que deixar cicatrizes visveis. Pode deixar cicatrizes internas, aquelas que, com o tempo, deixam uma marca no pensamento e na personalidade da criana. So cicatrizes que destroem a auto-estima.Estas so algumas diretrizes especficas para garantir que o seu comportamento no se torne abusivo:1. Nunca discipline se estiver irado. Quando voc est "fervendo" de raiva, vai ter que esperar para disciplinar o seu filho. D uma volta no quarteiro, faa uma arrumao na garagem, v arrancar ervas daninhas, jogue tnis, ligue para o seu esposo(a), ou ore bastante antes de interagir com o seu filho. Quando estiver com as emoes novamente sob controle, ser muito mais fcil pensar numa forma criativa de resolver o problema.2. Quando os seus lbios deixarem escapar palavras precipitadas ou descontroladas, ou quando voc agarrar e bater no seu filho impulsivamente, pea desculpas imediatamente. As crianas so flexveis e raramente guardam rancor se souberem que a me ou pai esto realmente arrependidos e se esforando para serem melhores pais.3. Trate o seu filho no como ele merece ser tratado, mas como voc gostaria de ser tratado se voc estivesse no lugar dele, ou como acha que Jesus o trataria.4. Procure acima de tudo evitar problemas de comportamento em vez de meramente reagir aos problemas de comportamento. Pare um pouco para resolver problemas quando ainda so pequenos e fceis de resolver, em vez de esperar at que voc e o seu filho estejam perigosamente descontrolados. Lembre-se do princpio da taa de amor.5. Guie suas aes pela Palavra de Deus.6. Anime-se. Mesmo que o seu comportamento tenha sido abusivo antes, voc pode mudar.Se voc se ira e perde o controle com freqncia, precisa perguntar por qu. Observe a sua vida. Voc est estressado? Ser que no pode reorganizar as coisas (compromissos, responsabilidades) na sua vida para aliviar um pouco a presso? No momento voc se encontra em uma situao que exige muito de voc mas que em breve acabar? Ser que voc no pode se lembrar que a situao temporria e levar as coisas mais na esportiva e descontrair-se mais?Observe tambm os seus filhos. Algumas crianas so mais difceis de criar do que outras. Quanto mais difcil a criana for, mais estmulo e apoio voc vai precisar dos outros para ajud-lo a manter uma atitude positiva, caso contrrio voc pode deixar-se dominar pela frustrao e pela raiva. No tenha medo de pedir ajuda. Voc precisa passar umas horinhas longe das crianas para poder regressar mais animado. E quanto mais difcil for a criana, mais voc precisa fazer isso.

Modere o seu temperamentoOs pais perdem a pacincia e gritam com os filhos porque isso funciona. As crianas rapidamente compreendem que, mesmo que a mame e o papai peam alguma coisa dezenas de vezes, eles raramente fazem algo para se certificar de que os filhos vo obedecer, at que ficam to zangados que acabam gritando. Como resultado, os filhos s obedecem quando escutam os gritos. Eles vem ento que os pais esto falando srio e que melhor fazerem o que lhes pedido seno vo apanhar! Como as crianas tm a tendncia de obedecer depois que ouvem uns gritos, a sua obedincia refora para os pais a necessidade da gritaria. Ento a mame e o papai acabam dando um murro na mesa, batendo os ps e gritando com mais freqncia. um ciclo vicioso. Mas pode ser quebrado, e deve ser, porque a obedincia que se obtm ao perder a pacincia no vale tanto quanto o que voc perde. Cada vez que voc perde a pacincia e os seus filhos vem o seu comportamento descontrolado, voc perde o respeito deles.Tem outra razo por que perder o controle e principalmente gritar no uma boa maneira de obter obedincia. degradante para a criana.Como voc se sentiria se algum com autoridade sobre voc (um professor ou patro) ficasse zangado e gritasse com voc? Provavelmente teria vontade de desaparecer do mapa. E se acontecesse na frente de outros, voc se sentiria verbalmente atormentado e despedaado. Bem, provavelmente faria rapidamente o que aquela pessoa com autoridade queria que voc fizesse, mas passar a desprez-la por t-lo envergonhado.As crianas no so muito diferentes dos adultos nesse aspecto. Elas no gostam de ser humilhadas e rebaixadas, principalmente na frente de outras pessoas.Seria melhor voc conseguir se controlar antes de ficar to zangado que tem vontade de gritar. Algumas idias so:Se o seu filho no prestar ateno da primeira ou segunda vez que voc falar, tente baixar a voz em vez de levant-la. Aproxime-se do seu filho, fite-o nos olhos e sussurre o recado. Conheo professores que obtiveram um controle maravilhoso sobre os seus alunos principalmente por baixarem a voz at estarem sussurrando, se havia muito barulho na classe. A reao dos alunos foi fazerem silncio para poderem ouvir.Talvez voc possa ir mais longe e experimentar o mtodo do silncio. V e pare perto do seu filho e no diga nada at que ele se vire e olhe para voc. Quando tiver toda a ateno dele, faa o seu pedido. s vezes s o fato de colocar a mo suavemente nas costas da criana e esperar basta para ganhar sua ateno.Quando o seu filho estiver prestando ateno, expresse firme e claramente o seu pedido. Depois verifique para ter certeza de que ele est fazendo o que voc quer. Quando agir assim, observar uma melhora significativa no seu filho em termos de submisso, sem quaisquer efeitos colaterais. E voc se sentir muito melhor por ter moderado o seu temperamento!

Mostre claramente como voc se senteDigamos que voc teve um dia agitado. Apesar de estar morta de cansao, cozinhou um jantar delicioso para os seus filhos. Eles devoraram a comida sem sequer agradecerem, e no momento em que a ltima colherada da torta de morango desaparece - eles desaparecem tambm. Voc est desapontada por ningum sequer ter mencionado como o jantar estava gostoso. Comea a tirar a mesa e a pilha de loua suja parece grande demais.A comea a sentir pena de si mesma. "Por que que as crianas no podem ajudar?" Voc no lhes diz nada porque sabe que esto estudando, mas quanto mais pensa nisso, mais perturbada fica. "Qual o problema destas crianas, afinal?" E comea a pensar em todas as outras noites em que teve que lavar a loua sozinha. "No justo!" pensa ao pegar no pano e comear a limpar a mesa agressivamente. Nesse exato momento a sua filha de 14 anos pergunta inocentemente: "Mame, como se escreve enciclopdia?" Pronto, no foi preciso mais nada! Num momento voc libera toda aquela ira reprimida e grita: "No me venha perguntar como se escreve enciclopdia. Se voc no pode me ajudar na loua, eu tambm no vou te ajudar!"Voc explodiu por qu? Porque no fez nada logo quando teve a primeira sensao de desapontamento. Pelo contrrio, tentou ignorar o sentimento, mas ele no foi embora. Comeou a aumentar e ficou cada vez mais feio, at que voc foi forada a expressar os seus sentimentos negativos com um acesso de raiva.Como isto pode ser evitado? Confrontando as pessoas com uma expresso do que voc sente, assim que reconhecer o primeiro sentimento negativo. A sua declarao "sinto" pode ser algo como: "Crianas, me sinto desapontada quando depois de tanto trabalho ningum me agradece, porque gosto de saber que voc me do valor!" ou, "Fico chateada quando tenho que lavar toda a loua sozinha, porque preciso comear a ler um livro esta noite."Uma declarao eficaz do que voc sente tem trs elementos:1. "Sinto" e a seguir expresse a emoo.2. "Quando" e a seguir expresse a situao.3. E depois "por qu", e a seguir a razo desse sentimento.Pratique declaraes para expressar o que sente. uma maneira muito melhor de desativar a ira do que um acesso de raiva!

A psicologia do iceberg 101Um erro muito comum que os pais fazem quando disciplinam os filhos atacar o comportamento que no gostam em vez de pensaram uns minutinhos para descobrirem que emoo subjacente causou o problema. Para evitar cair nessa armadilha, voc deve habituar-se a pensar num iceberg todas as vezes que o seu filho fizer algo que voc no gosta.Deixe-me recapitular o comportamento tipo iceberg para voc saber a que me refiro. Pelo que sei dos icebergs, h sempre muito mais iceberg debaixo da gua do que na superfcie. Contudo, quando olhamos para um iceberg no ficamos imediatamente cientes da parte submersa. Se voc tentar mudar o iceberg tirando lascas da parte de cima, o iceberg se ajusta na gua e provavelmente outra parte dele emerge.Isto se assemelha muito ao comportamento das crianas. Todas as vezes que voc vir alguma coisa que no gosta, quer seja comportamento destrutivo, insolncia ou palavras cruis, aes hostis ou importunas, como a parte de cima do iceberg. A nossa tendncia como pais nos livrarmos do comportamento que achamos desagradvel. Batemos, berramos ou ameaamos para tentar mudar aquele comportamento. E s vezes conseguimos. O comportamento desaparece. Mas se no desativarmos a emoo subjacente que causou o comportamento, provvel que outro comportamento venha tona. E o segundo comportamento poder at ser pior do que aquele do qual voc quis se livrar antes.Um dia Bruce, de 10 anos, entrou em casa berrando:- Eu odeio a minha professora. Ela uma idiota. - O seu rosto expressava raiva. Ele atirou os livros no cho e gritou mais uma vez - eu odeio ela!Sua me ficou chocada com a cena. Entrou resoluta no quarto e disse:- Bruce, estou envergonhada de voc! Isso no maneira de falar da sua professora!- No quero nem saber, replicou Bruce. - Ela uma idiota e eu a odeio.- Chega! No permito que voc fale assim. Voc no deveria odiar ningum, e eu deveria lavar a sua boca com sabo por chamar algum de idiota, principalmente a sua professora. Pegue j esses livros que voc jogou no cho.A essa altura Bruce estava roxo de raiva. Saiu da sala furioso, batendo a porta.Vamos repassar a cena com algumas pequenas mudanas para ver o que podemos aprender. Bruce, de 10 anos, entrou em casa berrando:- Eu odeio a minha professora. Ela uma idiota.A me no aprovou o comportamento de Bruce. Ela sempre ensinou seus filhos a respeitarem os adultos e a nunca chamarem ningum de idiota, mas reconheceu que havia algo l dentro que estava causando isto. Comeou a pesquisar o problema subjacente. Veja o que aconteceu:- Puxa, falou a me. - Voc est zangado mesmo.- Estou uma fera, respondeu Bruce. - A minha professora me fez passar por bobo diante da turma inteira.- Voc fica sem jeito quando envergonhado na frente dos seus amigos, no fica?- , fico. O rosto de Bruce comea a se descontrair e ele comea a recolher os livros que jogou no cho. - No entendo por que ela caiu em cima de mim. A culpa no foi minha. E eu lhe disse, mas ela no quis escutar. - Aqui a raiva de Bruce comeou a desanuviar. A me aproximou-se, deu-lhe um abrao e as lgrimas comearam a escorrer. Sentaram-se no sof e Bruce desabafou a histria toda.Depois que tinha contado tudo, as explicaes foram ouvidas e as emoes desativadas, a me perguntou:- Bruce, como que voc vai resolver esse problema com a sua professora? - E depois, durante dez minutos, mame e Bruce trabalharam juntos no problema. No final a me acrescentou: - E a propsito, Bruce, no adianta nada ficar bravo assim. E chamar as pessoas de 'idiotas' no resolve o problema.- , eu sei. Vou tentar me lembrar disso. E obrigado por me escutar.Quando procura-se a emoo por trs do mau comportamento, o segredo escutar, porque a nica maneira de desativar uma emoo perturbadora conversando.E enquanto voc escuta, vai perceber que ocorre algo muito interessante. Aquela forte emoo que causou o mau comportamento comea a se dissipar. Ento, depois que essa emoo foi desativada, o seu filho est pronto para passar resoluo do seu problema. Ento, da prxima vez que o seu filho manifestar um comportamento inaceitvel, lembre-se do efeito iceberg. Pode ser que o comportamento que voc est presenciando seja apenas a ponta do iceberg.

Como evitar dificuldades antes delas comearemOs pais poderiam evitar tantos desastres se apenas pudessem antecipar as dificuldades. Uma criana s agenta presso at um certo ponto, depois explode. Se voc vir que as coisas no esto indo bem, avise o seu filho. "Parece que voc est a ponto de estourar e bater em algum. Provavelmente no uma idia muito boa!" A sua interveno neste momento crtico pode ajud-lo a tomar controle de si mesmo.Muitas coisas que as crianas fazem e que os pais acham que devem ser corrigidas nunca aconteceriam se fssemos mais observadores e as ajudssemos a canalizar suas energias antes do mau comportamento ocorrer. Aqui esto algumas tcnicas eficazes para usar quando se prev dificuldades:

1. Controle atravs de um toque. Muitos problemas de disciplina ocorrem porque o pai ou a me no foram observadores o suficiente para notar que as tenses estavam se acumulando ou os conflitos surgindo. Antes que as coisas expludam, s vezes um simples afago, um abrao, ou simplesmente colocar a mo no ombro do seu filho servir como lembrete de que voc est ali e de que vai ajud-lo quando ele precisar.2. Afeto "hipodrmico". Uma injeo amigvel de afeio pode ser para o seu filho uma fonte de nimo numa situao difcil. Isso pode ser feito verbalmente dizendo "te amo", ou no verbalmente com um sorriso, um piscar de olhos, ou um abrao espontneo.3. Distrao. Quando o seu filho comea a ficar frustrado e parece que no consegue lidar com a situao mesmo com a ajuda de um adulto, distra-lo pode vir bem a calhar. Isso importante principalmente quando as crianas so pequenas demais para serem persuadidas com uma explicao.4. Mostre a realidade. Os pais muitas vezes ficam surpresos ao ver como possvel explicar uma coisa a uma criana bem pequena. At uma criancinha de 2 anos consegue entender explicaes simples quando quer. Muitas crianas ficam frustradas porque querem fazer uma coisa mas no h tempo ou espao suficiente, ou elas no tm o material certo para isso. Elas ficam zangadas e agressivas porque no compreendem essas limitaes. Os pais deveriam tomar o tempo necessrio para explicar a realidade da situao e assinalar o que pode ser feito dentro dessas limitaes. Por exemplo: "No tenho os ingredientes necessrios para fazer sorvete, mas tenho um pacote de pudim que podemos fazer."5. Use incentivos e recompensas. Promessas e recompensas no deveriam ser usadas para subornar a criana (como, "se voc for boazinha hoje, eu lhe darei uma surpresa"). Entretanto, s vezes pode ser apropriado prometer alguma coisa e dar recompensas como incentivo no caso de um comportamento desejvel. Por exemplo, "se voc guardar as peas do quebra-cabeas, podemos ler uma histria antes do almoo."Esteja em sintonia com o seu filho. Evitar desastres bem melhor do que ter que imaginar que tipo de disciplina criativa vai ensinar ao seu filho que o mau comportamento no compensa!

Proteja seus filhos com amorIsso de dizer que criana mimada criana que foi amada demais no tem fundamento. Amor demais no estraga criana nenhuma - mas pouca disciplina (educao) sim! impossvel dar o tipo certo de amor em demasia a uma criana. As crianas desabrocham com o amor que demonstra ateno, respeito, aceitao, perdo e confiana. Na verdade, quanto mais amor desse tipo voc puder dar, melhor. O amor atua como um amortecedor. Quanto mais fraco for, mais os erros dos pais afetaro e magoaro a criana emocionalmente. Mas se o amor for forte, os pais podem cometer erros ocasionais e as crianas se recompem rapidamente. Esto to convencidas do amor de seus pais que nada consegue abal-las.Mas este fato apresenta um problema na sociedade agitada de hoje. O que acontece que as crianas no se sentem amadas a menos que recebam ateno positiva adequada dos pais. S que impossvel dar ateno sem passar tempo fazendo coisas juntos. Por isso, muitas crianas hoje no se sentem amadas, porque os pais esto ocupados demais. Sendo assim, os pais de hoje no tm como cometer muitos erros com os seus filhos.Por que voc no comea hoje a criar esse amortecedor de amor, para que quando cometer um erro - como todos ns fazemos - isso no destrua o seu filho. Em vez disso, ele(a) conseguir se recompor pelo fato de ter sido protegido por este amor, e poder dizer sem sombra de dvidas: "Mas eu sei que os meus pais ainda me amam."

O equilbrio entre amor e autoridadeDisciplina eficaz depende dos pais equilibrarem amor com autoridade. timo divertir-se com os seus filhos, rir sobre bobagens e fazer brincadeiras malucas, mas as crianas s vezes passam da conta. Nesse momento, voc talvez tenha que dizer firmemente: "Agora chega!" Em outras ocasies voc deve dar um abrao depois de uma severa admoestao para mostrar que tudo est perdoado.Uma noite Jan disse duas vezes s nossas duas filhas em idade escolar para sossegarem e irem dormir mas elas continuaram conversando, contando piadas e rindo. Ele ento acabou suspirando e me cutucou:- V Kay, agora a sua vez.Entrei no quarto delas com passos fortes como um soldado, e ordenei:- Chega! Fiquem quietas e vo dormir!Imediatamente fez-se silncio no quarto. Quando me virei para sair, parei e perguntei num tom diferente:- Vocs j oraram, meninas?- No! - foi a resposta.- Ento melhor orarem agora mesmo! - falei firmemente.Obedientemente as duas meninas se ajoelharam e Cntia orou fervorosamente: "Querido Jesus, por favor ajude a minha me a no ser to severa".A ironia da situao foi demais, e ns trs desatamos a rir! Depois das oraes nos abraamos, beijamos e nos separamos como amigas.Um bom disciplinador caminha constantemente entre a firmeza e a ternura - entre o amor e a autoridade. Talvez s vezes voc se desequilibre para um dos lados, mas corrige o erro com um toquezinho para o outro lado. Voc no tem medo de demonstrar autoridade quando necessrio, mas tambm no tem medo de demonstrar amor e carinho.As crianas precisam de um equilbrio entre autoridade e amor. Se receberem acima de tudo autoridade de um dos pais, bom o outro equilibrar as coisas. Mas seria melhor se a autoridade e o amor pudessem vir tanto do pai como da me. como se os pais estivessem numa gangorra. Se ambos ficarem perto do meio - forem fortes e amorosos - a tendncia terem um relacionamento ntimo e se apoiarem mutuamente. Mas se um deles ficar muito na extremidade e se tornar ou autoritrio ou tolerante demais, isso fora o outro a se mover na extremidade oposta para poder equilibrar a gangorra.

Deixe as crianas imitarem"Seu macaquinho de imitao", uma expresso que os pais usam muitas vezes ao verem seus filhos os imitarem. Todas as crianas tendem a copiar as aes e palavras dos outros - principalmente de seus pais. At mesmo criancinhas de colo tm uma habilidade impressionante para imitar. Experimente mostrar a lngua para um recm-nascido. Repita esta ao e provvel que o beb tambm mostre a lngua. Incrvel, no ?As crianas so como esponjas. Elas absorvem tudo o que vem. por isso que os pais esto sempre sendo observados quando se trata dos seus filhos. Voc nunca sabe quando o seu filho vai observar o que voc est fazendo e copiar.* * *As crianas nunca so muito boas em dar ouvidos ao que os mais velhos lhes dizem, mas sempre os imitam. - James Baldwin* * * fcil ficar desanimado quando voc v os seus filhos imitarem as atitudes que voc mais detesta em si mesmo. Mas no desanime, eles tambm pegam as coisas boas. Depois de me lamentar pelos hbitos ruins que os meus filhos pegaram de mim, fiquei animada um dia quando percebi que as minhas filhas estavam adquirindo um bom hbito. Elas tinham seis e oito anos de idade, e estavam aprendendo a manter o seu quarto limpinho.- Meninas, arrumem as suas camas e guardem as roupas antes de sairmos. - Gritei por cima do burburinho da manh quando nos preparvamos para sair de casa. Eu tinha um nmero suficiente de coisas para fazer que me tomariam uns 30 minutos, e s metade do tempo para faz-las, ento no tinha tempo para supervisionar a operao de limpeza que pedira s meninas.Cinco minutos antes de sair dei a ltima instruo:- Entrem no carro. Estamos saindo. - Elas obedeceram imediatamente e fui pegar o meu casaco e bolsa no quarto e comecei a caminhar pelo corredor. Ao passar pelo quarto das meninas dei uma olhada para ver se estava tudo arrumadinho."No acredito", suspirei, o quarto delas estava uma baguna. Elas no tinham feito nada. Impulsivamente, comecei a gritar, mas parei. Afinal, a culpa em parte foi minha por no t-las supervisionado melhor, e elas j estavam dentro do carro. Em vez de irritar todo mundo, por que no lidar com a situao de uma forma criativa?Coloquei o meu casaco e bolsa numa cadeira, catei a roupa delas e arrumei rapidamente as camas. O quarto ficou apresentvel. A peguei uma folha de papel grande e escrevi: "Queridas Kim e Cntia, arrumei a sua cama porque amo vocs. Com muito amor, mame." Prendi o bilhete na colcha do beliche de cima onde no podia deixar de ser visto e entrei no carro sem dizer uma palavra s meninas sobre o que eu fizera.Quando voltamos para casa Kim e Cntia foram para o quarto. Fiquei de ouvidos abertos para ver a sua reao ao entrarem no quarto . Elas nem notaram que estava arrumado, mas imediatamente viram o bilhete.- O que diz? - perguntou Cntia. Kim chegou perto do bilhete, desprendeu-o e leu para Cntia.- Ei, ela arrumou mesmo! - exclamou Cntia olhando novamente para as camas.- , disse Kim. - Mame deve amar mesmo a gente.Eu esperava que elas sassem do quarto correndo para me agradecer mas, assim como os nove leprosos, elas nunca o fizeram. "Bem", pensei, "no teve o efeito que eu esperava", e esqueci a situao.Trs semanas mais tarde passei outra vez para checar o quarto das meninas. Desta vez estava tudo em ordem. Reparei ento num bilhete na colcha de Cntia. Inclinei-me e li: "Querida Cntia, arrumei a cama para voc porque te amo. Com amor, Kim".Desta vez eu que fiquei surpresa. Funciona! As crianas seguem os bons exemplos assim como os maus. Ento, pais, animem-se. Continuem a dar o exemplo que sabem que Cristo gostaria que dessem, e no fiquem surpresos ao verem os seus filhos assimilando esse exemplo.

Tenho que ter cuidado com aquilo que fao,Uma filhinha me segue passo a passo.No me atrevo a errar no caminho,Com medo que ela siga um exemplo daninho.Ela s tem uns trs anos de vida,Mas eu j me vejo nela refletida.E ela diz que vai ser como eu,Essa menina preciosa que comigo aprendeu.Gosta de ajudar a cozinhar, costurar e muito maisPor onde quer que eu v, ela vai atrs.E no escapo nunca ao seu olhar,Tudo que fao ela quer imitar.Ela quase me considera um ser divino,Pois acredita em tudo o que eu digo.No dever ver o que vil em mim,Essa menina confiante que me segue assim.Senhor, que eu nunca me esquea ento,Que em todas as horas, difceis ou no,Como ela foi ensinada, assim ser,Essa futura me que me seguir. Martha E. Lambert

merc da TVOs pais no so os nicos que os filhos imitam. O pessoal na televiso na sala tambm so modelos que as crianas imitam.Uma vez me pediram para observar os hbitos de alimentao de um menino de 3 anos no maternal. A professora disse que ele tinha um comportamento muito estranho - bagunceiro seria a palavra mais apropriada.Cheguei justamente quando a professora estava servindo biscoitos de sobremesa. O menino agarrou dois e imediatamente comeou a enfi-los na boca com as duas mos. Pedaos de biscoito voaram por todo o lado. Dei uma olhada e imediatamente vi que esta criana parecia o Monstro dos Biscoitos no "Vila Ssamo". Mais tarde falei com o menino, e ele admitiu que era o Monstro dos Biscoitos.A televiso influencia as crianas. VOC deve decidir o tipo de influncia qual quer sujeit-la. Se no consegue controlar os seus prprios hbitos de assistir televiso, como pode esperar que os seus filhos controlem os deles? Examine-se. J ficou constrangido quando o seu filho entra e pega voc assistindo a certos programas? J mentiu sobre o que est assistindo? "Ah, eu no estava prestando ateno ao que estava passando."? O seu exemplo provavelmente influenciar muito mais as decises de seus filhos do que as palavras que voc usa!Violncia, palavres, cigarros, drogas, bebidas alcolicas, atitudes desamorosas e atos imorais aos quais os seus filhos so expostos em filmes, rock e vdeos esto tendo seu efeito. Est tornando-os insensveis ao mal. E quer voc goste ou no, ao verem e ouvirem essas coisas, os valores deles mudam. provvel que comecem a imitar o que vem.As nossas mentes so computadores poderosssimos aos quais nada escapa. Cada vista, cada cheiro, cada som captado e armazenado na memria. E no momento certo, com o estmulo apropriado, recordado. Pesquisas sobre o funcionamento do crebro provaram isso. Uma simples sonda tocando uma certa regio do crebro pode trazer memria as notas de uma melodia, o aroma de flores, uma cena de abuso, ou sentimentos de euforia. Est tudo l. A memria se edifica sobre a memria. O pensamento sobre pensamento. Sentimento sobre sentimento. Todas estas coisas influenciam o tipo de pessoa que nos tornamos. Por isso, cada coisa impura que se permite entrar no nosso crebro como aplicar um band-aid nossa natureza to sensvel. Em breve tem tanto band-aid que ficamos insensveis s coisas puras.Em primeiro lugar reexamine o seu prprio padro e comportamento. Voc no pode ter uma srie de valores para voc e outra para os seus filhos. Eles rapidamente pegam qualquer disparidade. Eles vo mencionar a sua hipocrisia e voc perder a credibilidade.Em segundo lugar tome uma posio firme - e logo. Os filhos aceitam com mais facilidade os valores dos pais quando os pais tm um alicerce firme.Terceiro, explique aos seus filhos sobre a capacidade de memria do crebro. Deus criou este "computador" maravilhoso, e nos deu boas recomendaes sobre a importncia da qualidade do input. "Como imaginou na sua alma, assim ". (Pro.23:7)Quarto, encha a sua mente e a de seus filhos com coisas positivas.

Tcnicas de modificao de comportamentoEstou querendo dar aos pais o mximo de idias prticas que consigo, sobre como instruir as crianas. Modificaes de comportamento um desses mtodos prticos. Pode parecer muito sofisticado, mas no . Na realidade uma maneira simples de reforar certos comportamentos que voc gosta e livrar-se daqueles que no gosta, sem castigar o seu filho. A idia bsica louvar as atitudes positivas (porque quando o comportamento recompensado ele ocorre com mais freqncia) e ignorar as negativas (porque voc no quer que o negativo seja recompensado pela sua ateno).Este mtodo de disciplina deveria comear no nascimento, porque no requer que a criana saiba falar nem compreender. O beb corresponde naturalmente ateno, e quando a recebe por um certo comportamento, tende a repetir esse comportamento mais vezes. Quando penso na admoestao "instrui o menino no caminho que deve seguir" (Pro.22:6), penso imediatamente em modificao de comportamento.Modificao de comportamento tambm um dos mtodos mais eficazes que podemos usar para incentivar os nossos filhos a terem mudanas de comportamento a longo prazo. No um mtodo que funciona instantaneamente.Quando uma criana se comporta mal, mande-a para um certo quarto ou lugar por pouco tempo - no mais do que cinco minutos. O mais importante no a quantidade de tempo que ela passa no quarto. Essa rea de "isolamento" funciona porque a criana no recebe a sua ateno enquanto est l, portanto no est sendo recompensada.Este mtodo de ensinar comportamento adequado no deveria ser considerado castigo; meramente uma conseqncia do mau comportamento. Os seus filhos aceitaro isso sem ressentimento se voc o fizer com naturalidade, sem forar nem irar-se indevidamente. Voc pode usar com xito esta tcnica de "isolamento" com o seu filho se seguir as seguintes diretrizes:1. Escolha UM comportamento que queira modificar.2. Conte o nmero de vezes que este comportamento ocorre durante um certo tempo: uma hora, uma tarde, um dia inteiro. melhor que o faa durante trs perodos diferentes e obtenha a mdia.3. Quando o seu filho se comporta mal, diga calmamente: "Voc vai ficar "suspenso" por (d o motivo)" e leve-o para o quarto que voc escolheu. No se esquea de lhe dizer quanto tempo ele vai ficar l, ou deixe ele escolher, dizendo: "Voc pode sair quando estiver pronto para mudar o seu comportamento". Uma regra geral para seguir com crianas pequenas um minuto de "suspenso" para cada ano de idade.4. Quando o seu filho sair e agir apropriadamente, importante dispensar-lhe um pouco de tempo e ateno.O segredo do sucesso na modificao de comportamento persistncia. um mtodo demorado e lento de alterao de comportamento mas eficaz se cada vez que houver um mau comportamento voc tomar uma atitude.Quando as crianas se portam bem, o mais eficaz recompensar imediatamente. Quando voc diz ao seu filho, "obrigado por ter guardado os blocos", dois segundos depois dele o ter feito, isso ter mais sucesso em reforar esse comportamento desejvel do que se esperar cinco minutos para agradecer-lhe. Quando voc est querendo ensinar ao seu filho um comportamento adequado, tambm importante no esperar at que ele realize toda a tarefa para elogi-lo. Por exemplo, se quiser ensinar o seu filho a guardar os blocos quando ele termina de brincar, deveria comear a elogi-lo assim que ele comear a guardar os blocos.Ao aplicar este mtodo, importante trabalhar apenas num comportamento de cada vez. Se tentar modificar muitos comportamentos ao mesmo tempo a criana talvez no goste de ter que passar tanto tempo "suspensa" no quarto, e o mtodo transforma-se em castigo.Quando decidir usar esta disciplina em relao a um comportamento especfico numa determinada criana, extremamente importante comunicar a todos os membros da famlia, para que a criana possa ser recompensada ou ignorada de forma constante.

Fazer o inesperadoH vrios sculos o filsofo francs Jean Rousseau disse: "Faa o contrrio do que geralmente feito e quase sempre voc estar correto." Eu chamo ao mtodo de disciplina baseado nesta teoria de "terapia de choque". fazer o inesperado. uma tcnica de disciplina que S eficaz quando usada com pouca freqncia.O fato destas tcnicas no serem a maneira habitual dos pais reagirem que as torna to eficazes. Mas o problema que quanto mais elas forem usadas menos eficazes se tornam.Surpreenda a sua filha. Quando ela esperar que voc fique zangada, sorria e perdoe de boa vontade. Quando ela esperar receber uma surra, sente-a no seu colo e d-lhe carinho. Quando ela esperar que voc a mande para o quarto, pergunte-lhe se ela quer que voc a ajude a organizar a baguna que ela fez.* * *Amamos nossos filhos quando so bonsMas quando so ruins e nada angelicais,Por razes que ainda no entendemos,Ns os amamos muito mais.Amamos os nossos filhos quando queremReceber nosso carinho e afeio,E amamos ainda mais quando censuramE rejeitam o amor do nosso corao.Ns os amamos quando nos fazem chorarE at quando nos tratam duramente;E ningum sabe a razo disso,Exceto outros pais como a gente. Richard Armour* * *